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Conceitos basicos de microeconomia

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Paradigmas econômicos 
e o meio ambiente
Daniel Brianezi
Pré-
História
- Homens nômades
- Uso da recursos para 
sobrevivência
Revolução 
Industrial
- Especialização do trabalho
- Aumento da produção
- Início de uma maior exploração 
dos recursos naturais
Dias 
Atuais
- Globalização
- Difusão de tecnologias
- Efeito estufa
- Desmatamento
Economistas clássicos
 Adam Smith (1723-1790) – tornou conhecida a doutrina da
“mão invisível” – Riqueza das nações
 Os governos eram importantes somente no sentido de
fornecerem alguns serviços (que o mercado era incapaz de
regular)
 Apoiava a liberdade de mercado
 O meio ambiente figurava apenas como fator de produção
 Para David Ricardo a limitação à expansão do capitalismo
não se daria pela escassez de fontes energéticas e
insumos, mas sim às limitações tecnológicas
Paradigma Marxista
 Karl Marx (1818-1883) adotou a teoria de valor do trabalho dos 
economistas clássicos – os trabalhadores constituíam a única fonte de 
produto econômico liquido e era igualmente pessimista sobre o 
padrão de vida futuro para a maioria das pessoas na sociedade 
capitalista
 Mais-valia: diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário 
pago ao trabalhador
 Ganhos de produtividade pela inovação tecnológica excluem as 
pessoas do processo produtivo e eleva o conflito de classes 
 A sociedade capitalista seria inevitavelmente obstruída por um 
conflito de classes (trabalhadores x empreendedores capitalistas) em 
busca do poder social, que controlaria os recursos econômicos
 Ecomarxismo
Paradigmas neoclássicos e humanísticos
 Iniciou-se por volta de 1870 e o preço de um bem era visto 
agora não só como a medida de seu custo de trabalho, 
mas de sua escassez
 Os analistas compararam a quantidade disponível de um 
bem (oferta) com a quantidade procurada (demandada), 
determinando o preço de equilíbrio de mercado
 A atividade econômica era vista como o resultado da 
interação entre a atividade produtiva (determinada pelo 
progresso tecnológico) e as preferências dos compradores
Paradigmas neoclássicos e humanísticos
 Estabeleceu-se o ótimo de Pareto – equilíbrio de mercado
 Situação em que é impossível tornar alguém melhor sem 
prejudicar alguém
 Torna-se necessário a presença do governo na intervenção 
do mercado, já que existem “falhas de mercado” – quando 
os mercados não estão maximizando o bem-estar coletivo 
 O crescimento econômico voltou a fazer parte das 
agendas políticas econômicas
 1960 - a poluição ambiental aumentou – déficit de 
qualidade de vida – movimentos contrários ao crescimento 
econômico
 1970 - economistas acreditam ser possível o crescimento 
econômico associado a conservação dos recursos naturais –
surgimento da Economia Ambiental – década da 
regulamentação e controle ambiental (combate ao mal 
uso dos bens naturais)
 Seria simples?
Economia pós-guerra e o ambientalismo
Economia ambiental e economia ecológica
 A Economia ambiental – corrente neoclássica – aborda do
meio ambiente sob o tratamento de externalidades,
podendo ser corrigido com taxações etc
 Deterioração ambiental (falha de mercado) corrigida pelo
próprio mercado, mecanismo de preços e desenvolvimento
tecnológico
 Economia ecológica: visão sistêmica: consideração dos
fluxos entrópicos e desenvolvimento sustentável
O QUE É ECONOMIA?
 Grego “oikos” (casa) e “nomos” (costume, lei)
 Regras ou administração da casa, do lar
 A economia estuda o modo como os indivíduos e a
sociedade fazem suas escolhas e decisões para que os
recursos, sempre escassos, possam contribuir da melhor
forma para satisfazer as necessidades individuais e
coletivas
O QUE É ECONOMIA AMBIENTAL?
 É a aplicação dos princípios de economia ao estudo da
gestão dos recursos naturais
COMO SE DIVIDE A ECONOMIA?
 Microeconomia – estuda o comportamento de indivíduos e
pequenos grupos
 Macroeconomia – estuda o desempenho econômico das
economias como um todo
RECURSOS
 Para satisfazer as necessidades humanas é preciso 
produzir bens e serviços. Ou seja, precisamos de recursos
 Recursos são fatores ou elementos básicos utilizados na 
produção de bens e serviços – fatores de produção
 Terra
 Capital
 Trabalho
FLUXO CIRCULAR DA RENDA
Indivíduos ou 
famílias
Firmas
Fatores de produção
Bens e serviços
Produto agregado
Remuneração dos fatores de 
produção (renda agregada)
Pagamento por bens e 
serviços (demanda agregada)
DEMANDA
 O que é?
 São quantidades de um certo bem ou serviço que os 
consumidores desejam adquirir em determinado tempo, 
tudo mais permanecendo constante – preferência dos 
consumidores
 Relação inversa com o preço (coeteres paribus)
DEMANDA
 O que influencia?
a) O preço de um bem ou serviço
b) Gostos/preferências dos consumidores
c) A renda dos consumidores (bens normais e bens inferiores)
d) A variedade de bens disponíveis
DEMANDA
 Bens complementares
 Bens substitutos
 Bens inferiores
Preço (P) R$ Demanda consumidor 1 
(Qd1 = -2P+23)
Demanda consumidor 2
(Qd2 = -4P+46)
Demanda agregada 
(Qd = -6P+69)
0,50 22 44 66
1,50 20 40 60
2,50 18 36 54
3,50 16 32 48
4,50 14 28 42
5,50 12 24 36
6,50 10 20 30
7,50 8 16 24
8,50 6 12 18
9,50 4 8 12
10,50 2 4 6
11,50 0 0 0
OFERTA
 Várias quantidades de bens que os produtores desejam 
oferecer ao mercado em determinado tempo
 Lei da oferta: maior preço de um bem maior a quantidade 
ofertada e vice e versa
OFERTA
 O que influencia?
a) Preço do produto
b) Tecnologia
c) Disponibilidade de recursos
d) Preço dos fatores de produção
Preço (P) R$ Oferta produtor 1 
(Qs1 = 16P-4)
Oferta produtor 2
(Qs2 = 16P-4)
Oferta agregada 
(Qs = 32P-8)
0,50 4 4 8
1,50 20 20 40
2,50 36 36 72
3,50 52 52 104
4,50 68 68 136
5,50 84 84 168
6,50 100 100 200
7,50 116 116 232
8,50 132 132 264
9,50 148 148 296
10,50 164 164 328
11,50 180 180 360
Equilíbrio de mercado
 Interação das curvas de demanda e oferta que gera um
preço e quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço no
mercado
 Atende as aspirações de produtores e consumidores
P1
P1’
A
D
S
P
P*
P2’
P2
0 Q2’ Qx1 Q
* Q2 Q1’ Q
E
Equilíbrio de mercado
B
C D
F G
H I
Excedente
Escassez
Qs = 400P – 100
Qd = -100P + 1150
Q e P - Equilíbrio 
de marcado? 
Preço (P)
R$
Quantidade 
ofertada 
(Qs = 400P - 100)
Quantidade 
demandada
(Qd = -100P + 1150)
Excedente ou 
escassez de mercado
0,50 100 1100 Escassez = 1000
1,50 500 1000 Escassez = 500
2,50 900 900 Equilíbrio
3,50 1300 800 Excedente = 500
4,50 1700 700 Excedente = 1000
5,50 2100 600 Excedente = 1500
6,50 2500 500 Excedente = 2000
7,50 2900 400 Excedente = 2500
8,50 3300 300 Excedente = 3000
9,50 3700 200 Excedente = 3500
10,50 4100 100 Excedente = 4000
11,50 4500 0 Excedente = 4500
$
Q
11,50
2,50
0,25
900 1150
S
D
Excedente do consumidor
$
Q
11,5
0
2,50
900 1150
D
Excedente 
do 
consumidor
Benefício líquido para compradores
estimado pelo excedente do BM do
consumo sobre o preço de mercado
agregado a todas as unidades compradas
1
Excedente do consumidor = área do triângulo em destaque = ½*900*8,99 = 
R$4.045,50
(11,49-2,50)
Excedente do produtor
Excedente 
do produtor
Ganho líquido para vendedores
estimado pelo excedente do
preço de mercado sobre o CM
agregado a todas as unidades
compradas
Excedentedo consumidor = área do triângulo em destaque = 
½*900*2,25 = R$1.012,50
(2,50-0,2525)
$
Q
2,50
0,25
900
S
1
 Soma dos excedentes do consumidor e produtor = bem-
estar da sociedade
 R$4.045,50 + R$1.012,50 = R$5.058,00
 Está limitado a isso?
 Falha de mercado
$
Q
11,50
2,50
0,25
900 1150
S
D
CUSTOS
 É a mesma coisa de despesa?
 Custo - é a soma dos gastos incorridos e necessários para
produção de bens e serviços. Ex.: salários, matéria-prima,
energia etc
 Despesa – Valor gasto com bens e serviços relativos à
manutenção da atividade da empresa, bem como aos
esforços para a obtenção de receitas através da venda dos
produtos. Exemplos: Depreciação de materiais
 Em outras palavras, custo é o dispêndio que pode ser 
atribuído ao produto final. Já despesa dificilmente 
vincula-se ao produto final.
CUSTOS
 Custos explícitos – dispêndios feitos pela firma
 Custos implícitos – dispêndios provenientes do uso de 
recursos próprios, não envolvendo um desembolso 
monetário. Ex.: custo de oportunidade
CUSTOS
 CT = CF + CV
 Custo fixo – aqueles que não se alteram mesmo que 
aumente ou diminua a produção. Ex.: aluguel, impostos
 Custo variável – alteram em função do volume de 
produção. Ex.: matéria-prima, máquinas e equipamentos, 
horas-extras 
Custos de Produção
0
20
40
60
1 3 5 7 9 11
Quantidade produzida
Cu
st
os
 To
ta
is 
(R
$)
Custo Fixo
Custo Variável
Custo Total
CUSTOS

Produção 
(unid.)
CF CV CT CTMe CVMe CMa
1 10 20 30 30 20 30
2 10 32 42 21 16 12
3 10 39 49 16,3 13 7
4 10 44 54 13,5 11 5
5 10 50 60 12 10 6
6 10 60 70 11,7 10 10
7 10 77 87 12,4 11 17
8 10 104 114 14,2 13 27
9 10 144 154 17,1 16 40
10 10 200 210 21 20 56
Custo Médios (R$)
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade Produzida
C. Fixo Médio
C. Var. Médio
C. Total
Custos Médios e Marginais
0
5
10
15
20
1 3 5 7 9 11 Qtd (q)
Cu
sto
s (
R$
)
C. Marginal
C. Var. Médio
C. Total Médio 
Custos
 Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou 
variável), significa que o custo médio estará crescendo. 
Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao 
médio, o médio só poderá cair
 Conclusão : Quando o custo marginal for igual ao custo 
médio (total ou variável), o marginal estará cortando o 
médio no ponto de mínimo do custo médio. 
$
Q*
P*
CM
Q
Lucro = P > CM
Lucro máx = RM = CM
Produção 
(unid.)
CF CV CT CTMe CVMe CMa RT RMa Lucro
1 10 20 30 30 20 30 17 17 -13
2 10 32 42 21 16 12 34 17 -8
3 10 39 49 16,3 13 7 51 17 2
4 10 44 54 13,5 11 5 68 17 14
5 10 50 60 12 10 6 85 17 25
6 10 60 70 11,7 10 10 102 17 32
7 10 77 87 12,4 11 17 119 17 32
8 10 104 114 14,2 13 27 136 17 22
9 10 144 154 17,1 16 40 153 17 -1
10 10 200 210 21 20 56 170 17 -40

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