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RESUMO CIDADANIA A2

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A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO NACIONAL BRASILEIRO E A CIDADANIA
Nesta unidade vamos entender o processo histórico do Brasil e sua organização política. Conheceremos o que é cidadania e sua relação com os Direitos Humanos.
a iconografia nacional nos chama atenção para um aspecto curioso do desenvolvimento da cidadania no Brasil, a ausência de participação do povo nos acontecimentos políticos mais relevantes da nossa história . Observem que no quadro que representa a independência do Brasil, Dom Pedro I encontra-se as margens do rio Ipiranga e com seu regimento declara a independência praticamente sem a presença do povo.
Na Proclamação da República novamente percebemos a ausência do povo. Está certo que a cidade do Rio de Janeiro era palco de intensos debates políticos, principalmente em relação a escravidão e o republicanismo, mas a deposição da monarquia em si ocorreu via intervenção militar. Se olharmos o quadro da Praça da Aclamação, atual Parque da República, e o regimento do Marechal Deodoro da Fonseca, mais uma vez não existe a presença do povo.
Jose Murilo de Carvalho (1987) nos adverte que estes fatos escondem uma cidadania "bilontra" (malandra). O brasileiro de um modo geral não acredita na política que sempre foi exercida pela elite e para a elite.
Victor Nunes Leal (1975) registrará no seu livro clássico, "Coronelismo, Enxada e Voto", a continuidade autoritária e excludente do Estado brasileiro durante o período chamado de República do Café com Leite. O poder local, o mandonismo, alicerçado numa economia rural, diante da incapacidade da presença do Estado em todo o território, será o dono do voto em um país agora pretensamente republicano.
VIOLÊNCIA, CORDIALIDADE E CIDADANIA NO BRASIL
No caso brasileiro, ao contrário, desde o passado até o presente denúncias e manchetes de arbitrariedade são frequentes o que indica a necessidade de fazer valer os direitos do cidadão a saúde, educação, trabalho, moradia, a integridade da sua própria vida e outros direitos que se confundem muitas vezes com os direitos humanos.
Constatamos uma estrutura estatal que de uma maneira geral se apresenta de maneira arbitrária e excludente na sua relação com o cidadão. Do ponto de vista societário, apesar da democracia, presenciamos uma estrutura estamental que resiste socialmente na mediada em que autoridades públicas como juízes e detentores de algum poder político ou econômico se prevalecem em detrimento da maioria da sociedade
Afetivo e inserido dentro de uma estrutura patriarcal que estabelece uma hierarquia que vai do senhor para os filhos, da esposa responsável pela reprodução, ama de leite e sua escrava até outros escravos e agregados como demonstra a tela pintada por Debret. Uma relação de dominação que não permite a contestação. Que pode ser carinhosa com as pessoas mais próximas e dura, ou mesmo cruel, com as pessoas mais distantes..
O ditado popular, "aos amigos tudo; aos indiferentes a lei e aos inimigos nem isso", reflete esta visão de mundo. Uma realidade social na qual a lei, pressuposto do Estado democrático de direito, é esquecida quando nos referimos aos amigos e aos inimigos e como a convivência social é colocada de lado diante do conflito de interesses. Quando não se respeita a lei ou o indivíduo resta a violência como mecanismo de ordenamento social.
VIOLÊNCIA, CORDIALIDADE E CIDADANIA NO BRASIL
A violência pode ser compreendida nas suas diferentes formas. Ela se apresenta frequentemente através da agressão física, mas pode ser verbal, psicológica e outras. Se perpetua nas relações familiares, na escola, no trabalho e em diferentes espaços sociais e de circunstancias de convivência humana.
Esta lógica permite perdoar uma infração cometida pelo filho do senhor e punir ferozmente o filho do escravo. Nada é mais contrário para a consolidação de uma sociedade democrática e cidadã que a vigência dessa cultura de violência que escolhe e seleciona suas vítimas de maneira arbitrária e pessoal.
Uma cultura cidadã deve universalizar o respeito a pessoa humana em todas as relações sociais. Justifica-se, diante deste cenário de dificuldade, legislações especiais que procurem proteger um grupo social ou outro.
CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS
Infelizmente, os problemas sociais não são tão facilmente resolvidos e normalmente requerem um esforço coletivo muito maior. Em regra, o problema não é os direitos humanos, mas a realidade complexa que vivemos.
Importante frisar que todos querem fazer valer seus direitos e se consideram cidadãos, defendem a cidadania, mas quando falamos em direitos humanos não existe consenso. Cidadania e direitos humanos parecem ser coisas completamente diferentes uma da outra.
De um modo geral, falamos de cidadania quando pagamos impostos e não recebemos serviços públicos adequados como saúde e educação. Sempre que ouvimos algo sobre direitos humanos normalmente está associado a violência e criminalidade.
GERAÇÕES DE DIREITO E CIDADANIA A PARTIR DE MARSHALL E BOBBIO
PRIMEIRA GERAÇÃO OU DIMENSÃO
Os direitos de primeira geração, assim definidos por Noberto Bobbio (1992), são aqueles que declaram os direitos de liberdade. Estes surgem no âmbito público, e resguardam liberades públicas quais sejam, as de caráter civil e político.
A resistência ao poder opressivo do Estado é o foco dos direitos de primeira geração, que por isso são chamados de direitos de liberdades negativas. Essa expressão traduz a oposição à interferência do Estado nas liberdades individuais e coletivas.
SEGUNDA GERAÇÃO OU DIMENSÃO
Esses são os direitos sociais, culturais e econômicos e surgem com a queda do Estado Liberal e o nascimento do Estado do Bem-Estar Social.
"Art. 5o. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;” (BRASIL, 1988)
TERCEIRA GERAÇÃO OU DIMENSÃO
São os direitos sociais, decorrentes da solidariedade ou de titularidade coletiva, ditos difusos, eles nascem a partir da generalidade e diversidade da raça humana. Deste modo, estão voltados para a proteção do coletivo social, e não dos indivíduos. Atendem, portanto aos interesses difusos e coletivos.
Os direitos de terceira geração se dividem em:
- o direito à paz;
- o direito ao desenvolvimento;
- direito ao patrimônio comum da humanidade
- o direito à comunicação
- o direito à autodeterminação dos povos
- ao meio ambiente sadio ou ecologicamente equilibrado
QUARTA GERAÇÃO OU DIMENSÃO
Neste sentido, destaca a quarta geração dos direitos do homem surge para proteger direitos decorrentes desses avanços. São diretos que se refere à manipulação genética, à biotecnologia e à bioengenharia, têm forte cunho ético, pois tratam de discussões acerca da vida e da morte, Através dessa geração se determinam os alicerces jurídicos dos avanços tecnológicos e seus limites constitucionais.
QUINTA GERAÇÃO OU DIMENSÃO
O direito à paz surgiu primeiramente na Declaração das Nações Unidas, sendo que posteriormente, foi mencionado na Declaração da Conferência de Teerã sobre os Direitos Humanos, de 13 de maio de 1968, que reconheceu que a ausência de paz é prejudicial ao cumprimento dos direitos humanos.
A Resolução 33/73, aprovada na 84ª Sessão Plenária da Assembleia da ONU, de 14 de dezembro de 1978, consagrou expressamente a paz como direito fundamental, ao tratar sobre a preparação das sociedades para viver em paz. Neste há o reconhecimento de que “la paz entre lasnaciones es el valor supremo de lahumanidad, que aprecian em elmás alto grado todos losprincipales movimientos políticos, sociales y religiosos”. (ONU, 1978)
A paz é reconhecida assim como “condição indispensável ao progresso de todas as nações, grandes e pequenas, em todas as esferas”. Isso porque, logo no item 1, há a disposição de que diz:
“CONSIDERANDO que o reconhecimentoda dignidade inerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,” (ONU, 1948)

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