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CAT RESUMO

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RESUMO NP2 
CAT-A – Teste de Apercepção Infantil
** Significado de Apercepção
É um dos mais importantes instrumentos para diagnostico psicológico. Trata-se de um método projetivo temático que tem como objetivo revelar a estrutura de personalidade da criança e sua maneira de reagir e a lidar com as questões do crescimento. Os autores elaboraram estímulos padronizados que permitisse investigar as diferenças individuais diante das questões comuns da infância.
As figuras de animais do teste se deram pelo fato das crianças se identificarem mais com os animais do que com as pessoas.
O CAT-A contem 10 gravuras de animais em diversas situações as quais permitem investigar aspectos como o relacionamento da criança com figuras importantes da sua vida, dinâmica das relações interpessoais, natureza e força dos impulsos, defesas mobilizadas, estudo do desenvolvimento infantil e a compreensão da dinâmica familiar.
Técnicas projetivas temáticas como CAT são considerados mais como experimentos do que como teste psicológico. 
Cabe ao pesquisador demonstrar as associações entre características das históricas das historias e as características do individuo. A avaliação estruturada para estas técnicas projetivas constituem uma maneira de aproximar clinico e pesquisador, possibilitando que a investigação baseada em dados coerentes com a visão cientifica quantitativista responda a questões clinicas delimitadas e relevantes → para tomada de decisões relativas ao diagnostico e planejamento de intervenções. 
Para adaptação para o Brasil, houve uma ficha de sistematização de possibilita analises passiveis de tratamento estatísticos, sem desrespeitar a proposta original ou cair na simplificação excessiva. Contexto de natureza psicodinâmica que se apoia nos conceitos da Psicanalise e priorizando analise de conteúdo narrativo.
Para validação do teste no Brasil, foi submetido à concordância entre os avaliadores, que consiste em apresentar as descrições claras e detalhadas, de modo que estes avaliadores vejam as mesmas coisas nos mesmos lugares. Concordância entre os avaliadores → atende ao critério da objetividade (acordo perante o fenômeno).
Para uso da CAT-A, é necessário ter conhecimento da visão psicodinâmica da personalidade.
Métodos Projetivos → designar um conjunto de técnicas voltadas para a investigação do individuo em sua singularidade, onde tais técnicas projetivas consideram aspectos qualitativos das respostas do examinando, indo conta a psicometria.
O termo projetivo trata-se de um processo natural de apreensão dinâmica dos objetos do mundo externo em sua interação com o mundo interno da pessoa. Bellak atribui a este processo a denominação de apercepção a fim de evitar confusão com o mecanismo de defesa proposta por Freud. 
As técnicas projetivas buscam favorecer ao máximo a manifestação do mundo interno do individuo, usando material ambíguo, dando margem para diversas interpretações. 
TAT quem deu origem as técnicas projetivas. Todas solicitam que o examinando crie historias ou temas a partir das diferentes figuras em cenas de diferentes graus de estruturação.
Leopold e Sonia Bellak procuraram oferecer conjunto de cenas mais próximas do universo infantil, por isso foram utilizados animais nas cenas, a fim de uma maior identificação das crianças com os animais, pois são vistos como mais frágeis e menores que os humanos. O uso dos animais também tem vantagem na ambiguidade, dado que o sexo e idade dos personagens são indefinidos, dando a criança uma melhor forma de atribuir aqueles personagens as pessoas ao seu redor.
A seleção dos cartões deriva-se do referencial teórico da Psicanalise.
As cenas foram escolhidas considerando problemas, situações e papeis importantes no desenvolvimento e na vida infantil, partindo do referencial psicanalico. 
CAT é ideal para crianças de 5 a 10 anos.
TEMAS FREQUENTEMENTE EVOCADOS:
	 
Cartão 1
	As respostas mais típicas envolvem a figura materna, geralmente percebida como objeto que nutre e gratifica. Tema referente ao ato de comer, ser ou não alimentado, e atitudes diante da alimentação. Eventualmente podem ser percebidas referencias a rivalidade fraterna.
	
Cartão 2
	A percepção do conflito edípico costuma se manifestar neste cartão. É interessante observar com quem o ursinho coopera (pai ou mãe). O estimulo também sugere temas relacionados a competitividade que podem revelar segurança ou insegurança da criança quanto a própria capacidade. Pode ser vista como luta, acompanhada de medo e agressividade, expressão da própria agressividade e autonomia ou como brincadeira. A ruptura da corda pode revelar preocupação com castigo ou, simbolicamente, medo da castração.
	
Cartão 3
	O leão costuma ser associado a figura paterna, dado seu papel de rei e a posse de símbolos de poder como bengala e cachimbo. A bengala pode ser percebida como instrumento de agressividade ou para depreciação, nesse caso a figura do leão é vista como velha, impotente, alguém que não precisa temer. O ratinho é visto como figura de identificação. Observar relação do rato com leão – amizade, ameaçadora, consolo. Pode ocorrer uma alternância na figura de identificação, indicando confusão de papeis, conflito entre submissão e autonomia.
	
Cartão 4
	O estimulo evoca situações de lazer e relação com a figura materna. Questões de rivalidade fraterna ou preocupações com a origem dos bebes podem se revelar; em ambos os casos, a relação com a mãe é um aspecto importante. Podem ser identificado desejo de autonomia (canguru na bicicleta) ou regressão para ficar perto da mãe (bebe na bolsa). Eventualmente são sugeridos temas de fuga e perigo.
	
Cartão 5
	Narrativa relativa à cena primaria em todas as suas variações. Temas referentes ao medo de abandono, fuga da situação (ursinhos dormindo e os pais fora) e necessidades orais (ursinhos tem fome ou são alimentados) também podem ser evocados.
	
Cartão 6
	Como o cartão 5, aqui também elicia respostas relacionada a cena primaria. A pratica tem demonstrado que frequentemente o cartão 6 amplia o que ficou retida no cartão anterior. Temas como ciúmes, castigos, necessidades orais (ursinho com fome ou é alimentado), ameaças (fantasma, lobo), necessidade de proteção e medo de perder a mãe. Masturbação noturna não foi frequente nas amostras brasileiras.
	
Cartão 7
	As repostas mais típicas se referem à figura que ataca geralmente percebida como masculina, hostil, persecutória e ameaçadora. Favorece a expressão do medo da agressividade e modos de lidar com ela. Defesas contra a ansiedade da criança diante de situações ameaçadoras que envolvam expressão da agressividade podem se revelar pela rejeição do cartão, historias inócua (brincam ou são amigos) ou irrealista (macaco mais forte).
	
Cartão 8
	Temas referente à identificação com a figura parental e a sentimentos de proteção e aceitação por parte dessa figura costumam surgir neste cartão. A figura em primeiro plano pode ser tanto do pai quanto da mãe. O estimulo costuma revelar qual é o papel da criança na constelação familiar, assim como aspectos da dinâmica familiar.
	
Cartão 9
	Os temas mais frequentes eliciados neste cartão referem-se ao medo do escuro, de ser deixado só ou abandonado pelos pais. Temas relacionados a pesadelos, agressividade e castigo também podem ser observados. Eventualmente, as narrativas giram em torno do que se passa no ambiente ao lado, provavelmente devido à inferência de mecanismos de defesa diante da ansiedade mobilizada pelos temas mais comuns.
	
Cartão 10
	Sugere narrativas que podem revelar as concepções morais da criança. Histórias sobre treinamento esfincteriano e controle dos impulsos podem ser observadas.
Foram observadas temas de carinho e cuidado entre as personagens, que podem estar associados a relações gratificantes ou a defesa contra a ansiedade mobilizada pelo estimulo (agressividade, punição),
O uso do CAT demanda raciocínio clinico, domínio dos conceitos da teoria psicodinâmica da realidade e conhecimento daPsicologia do Desenvolvimento, esta tarefa exige a “avaliação” de vários aspectos, não só da historia especifica, do protocolo como um todo e de outras fontes previamente coletadas (entrevistas com a criança, queixa, histórico, observações, etc), para um diagnostico entendido, não como classificação nosologica. (diagnóstico nosológico é a determinação da doença; não é o correto a ser feito pelo psicólogo.).
Atributos Psicométricos do CAT
Como os outros instrumentos projetivos, o CAT compartilha as dificuldades para uma validação estritamente psicométrica, dada a complexidade inerente à sua interpretação. E por se tratar de uma técnica aplicada em crianças, está sujeito a influencia do desenvolvimento. 
Considerando variáveis implicadas na personalidade → dificulta a elaboração de indicadores bem definidos como exigido pela psicometria. 
Testes projetivos avaliam a autoestima implícita (inconsciente e passível de avaliação indireta). Também é possível afirmar que indicadores relacionados à autoestima elevada convergem com a teoria que fundamenta o CAT. Também revela o nível geral de funcionamento do ego do indivíduo, ∙ verificando em que medida a criança é capaz de conciliar os impulsos e as exigências da realidade;
∙ solucionar de forma adequada e realista os conflitos internos e externos;
∙ e as qualidades de suas relações objetam e como interage com o ambiente.
Instrumento como índice de fidedignidade devido a concordância satisfatória dos avaliadores, tanto nos indicadores de autoestima elevada quanto na rebaixada.
Estudo de Fonseca mostrou que o reste pode também verificar e fornecer evidências de abuso sexual.
CAT é recomendado utilização apenas em crianças a partir dos 05 anos (idade pré-escolar).
Diferença no desempenho entre meninas e menos está ligado à idade, sem conexão com sexo.
Aula 10
Bom rapport é importante. O CAT deve ser aplicado após a criança sentir-se familiarizada com o aplicador. Extrema importância explicar que não existem histórias certas ou erradas, o mais importante é ela inventar uma história para cada figura. Instruções podem ser retomadas com linguagem adaptada de acordo com a idade e os recursos da criança.
É importante o psicólogo manter-se interessado na narrativa.
É preciso encorajar a narrar a historia, mas com cuidado para não induzir uma resposta. 
Apresentar uma figura por vez; manter os demais cartões ocultos para não tirar a atenção do cartão atual.
Anotar todos os comentários e comportamento/ações da criança para usa-los como informação auxiliar. Observar gestos, expressões faciais e posturas. Pode-se realizar um rápido inquérito após cada cartão para esclarecer possíveis dúvidas, é importante que estas perguntas sejam abertas e não possam ser respondidas com sim e não, para assegurar que a criança não seja induzida. 
As 10 histórias narradas são suficientes, desde que seja possível identificar uma sequencia de ações para a maioria das categorias de interpretação, particularmente as mais complexas como integração do ego e mecanismos de defesa.
Aula 12
9 variáveis → Autoimagem, Relações objetais, Concepção do ambiente; Necessidades e conflitos; Ansiedades; Mecanismos de defesa; Superego; Integração do Ego e Total.
Propõe uma forma de quantificar essas variáveis a fim de se obter uma apreciação global dos recursos da criança por meio da variável total → esta quantificação é útil para fins de pesquisa. 
Obtém também um panorama geral dos recursos psicológicos de que a criança dispõe para lidar com as demandas da vida imediata.
Tema Principal: Visão geral da produção da criança que orienta a interpretação, não se trata de uma característica de personalidade.
A análise do tema principal tem por objetivo levar a uma proposição que explicite o conteúdo latente do relato e o modo com o examinando elabora. Por conteúdo latente, entende-se o conteúdo psicológico subjacente ao conteúdo manifesto, ou seja, a narrativa em seu estado bruto. A análise do tema principal pode constituir o primeiro ou ultimo passo da análise da história, recomenda-se que seja o ultimo na medida em que se trata de uma síntese dos demais elementos identificados no processo de analise.
Parte-se de uma descrição sucinta e objetiva do relato (nível descritivo), a partir da qual a mensagem central é ampliada em uma generalização, formulada em termos de “se.. então” (nível interpretativo), para, enfim, se alcançar uma proposição que amplie o conteúdo latente para o nível da dinâmica do individuo (nível diagnostico). O objetivo é chegar ao nível diagnostico. 
Também são verificados:
Proximidade do tema da narrativa à demanda do estimulo (temática frequentemente evocada)
Identificação das historias com maior grau de conteúdo pessoal (as que afastam da temática frequente)
Teste de realidade (Percepção e Omissão de elementos), a fim de descobrir/verificar quando o nível de ansiedade compromete essa função egoíca. 
Autoimagem: Baseia-se nas características do herói principal – a figura central do relato, em torno da qual gira a trama. O herói é considerado a figura de identificação, na qual o examinando projeta suas características reais ou ideais. As personagens menos parecidas com o narrador podem representar aspectos menos conscientes e mais latentes de sua personalidade. 
Relações objetais: Investiga-se como a criança percebe as outras pessoas e o tipo de relação que estabelece com elas: pais, irmãos, rivais. As relações objetais podem ser percebidas como apoio, rivalidade ou outras.
Concepção do ambiente: Considera-se como ambiente todo o contexto que envolve o herói, incluindo as demais personagens mencionadas no relato. Quanto mais coerente for à visão do ambiente mostrada nas historias do CAT-A, mais motivos existem para considera-lo um elemento importante da personalidade do examinando e uma indicação útil de sua reação na vida diária. Geralmente dois ou três termos descritivos são suficientes (provedor, hostil, ameaçador, indiferente..)
Necessidades e conflitos: A identificação das necessidades se dá a partir dos comportamentos do herói ou de afirmações explicitas do que ele procura, deseja ou quer. Os conflitos se referem a desejos incompatíveis e concomitantes, revelados a partir das necessidades do herói, ou a impulsos que se opõem ao superego ou ao ambiente. A identificação das ansiedades subjacentes e das defesas mobilizadas para enfrenta-la. 
Ansiedades: As ansiedades referem-se ao que está por trás dos conflitos, aquilo que de que realmente a criança se defende, o motivo fundamental da configuração dos conflitos. As ansiedades mais importantes são as relacionadas a danos físicos, abandono (solidão, falta de apoio), castigos e medo de não ter ou de perder amor (desaprovação).
Mecanismos de defesa: Baseados nas propostas de Haworth, existem mecanismos de defesa adaptativos e os mecanismos fóbicos, imaturos ou desorganizados:
Mecanismos de defesa adaptativos:
Formação reativa: 
Um impulso indesejável é mantido inconsciente por meio da adoção de seu oposto. É adotada uma atitude rígida que impede a expressão de impulsos contrários.
Anulação e Ambivalência:
Anulação: uma ação visa ao cancelamento ou à negação do que foi expresso anteriormente.
Ambivalência: Expressão de atitudes ou sentimentos contraditórios em relação a um objeto, pessoa ou ato.
Isolamento: 
Consiste na ruptura das conexões associativas de um comportamento ou pensamento a outros pensamentos ou atos – particularmente os que os antecede e sucede no tempo -, de modo a exclui-los do consciente e evitar autoconhecimento.
Repressão e negação:
Repressão: é a operação psíquica que visa a fazer desaparecer da consciência um conteúdo indesejável (ideia, afeto ou outro).
Negação: mecanismo utilizando quando outros mecanismos de defesa não foram suficientes para barrar o desejo reprimido. O sujeito admite intelectualmente o recalcado, mas defende-se negando que lhe pertença. Trata-se de uma defesa menos radical que a repressão.
Falseamento:
Trata-se de uma distorçãoda realidade decorrente da dificuldade em aceita-la conforme se apresenta.
Simbolização:
Uso de símbolos que representam um grupo complexo de objetos e atos associados a desejos reprimidos que podem envolver aspectos inaceitáveis para o individuo. 
Projeção e Introjeção:
Projeção: o impulso inaceitável é atribuído a outra pessoa, objeto ou evento externo. O individuo expulsa de si qualidades, sentimentos, desejos ou objetos que não aceita em si mesmo e os localiza no outro.
Introjeção: visa a resolver as dificuldades emocionais do individuo por meio da atribuição, a si, de determinadas características de outras pessoas ou objetos. 
Mecanismos Fóbicos, Imaturos ou Desorganizados: Referem-se essencialmente ao fracasso de proteção ao ego. 
Medo e Ansiedade: Os conteúdos ansiógenos se expressão explicitamente. O discurso permanece relativamente organizado, mas não há possibilidade de enfrentamento ou solução do conflito subjacente. 
Regressão: Trata-se de um retorno a formas de gratificação de fases anteriores diante de conflitos que surgem em estágios posteriores do desenvolvimento. No sentido temporal, indica retorno do sujeito a etapas do seu desenvolvimento anteriores. No sentido formal, indica a adoção de modos de expressão e de comportamento de nível inferior em termo de complexidade, estruturação e diferenciação.
Controles frágeis ou ausentes: Indicam comprometimento do processo secundário que dá origem à expressão de conteúdos primitivos e intensos, com perda de qualidade do discurso (falhas de lógica e articulação).
Superego: Verifica-se aqui se existe alguma punição pelos comportamentos inadequados do herói, e, se houver se é proporcional à gravidade do deslize cometido (o que indica presença do superego atuante), exagerado em relação à gravidade da falha (o que indica interferência do superego rígido) ou leve demais ou inexistente (o que indica superego frágil). Nem todos os relatos permitem verificar o superego.
Integração do Ego: Basicamente o que verifica aqui é como o examinando deu conta da tarefa. É uma das dimensões mais importantes porque indica o nível geral de funcionamento da criança. Alguns aspectos a se consideração são:
- Grau de adequação do herói para lidar com os problemas presentes na trama são boa indicação. Uma boa integração do ego é indicada por desenlaces realistas que apresentam soluções adequadas. Desenlaces negativos, omitidos ou irrealistas indicam baixa integração do ego.
- Uma integração do ego fraca é observada em relatos impessoais e meramente descritivos, sem a elaboração de uma historia, ou desorganizados a ponto de comprometer o desenvolvimento ou a coerência da narrativa. No primeiro caso (relato descritivo), o uso das defesas impede a emergência dos conteúdos pessoais, no segundo caso (relato desorganizado), a ineficiência das defesas dá lugar a um maior nível de ansiedade, que compromete o uso adequado dos recursos egoicos. 
O fato de uma criança se desviar de um determinado tema que costuma ser mobilizado pelo estimulo deve ser entendido no contexto geral do protocolo: uma temática pode não ser expressa por ser muito perturbadora ou por ser substituída por outra particularmente mobilizada na criança. 
A presença de punições indica interferência do superego, mas os desenlaces, positivos pela ação de outra figura, apontam dificuldade de conter os impulsos e em lidar efetivamente com os conteúdos expressos, o que sugere uma integração do ego razoável. 
Na ficha CAT-A: Analise de conteúdo e os quadros Pontuação geral da analise de conteúdo e Pontuação Geral dos mecanismos de defesa, ajudam a identificas os relatos que mais se destacam, dado o predomínio evidente de aspectos positivos ou negativos das dimensões analisadas e a qualidade e variedade das defesas empregadas diante dos conflitos mobilizados pelos estímulos. 
Categoria de INTEGRAÇÃO DO EGO e TOTAL é onde fornecem os dados mais importantes, abrangentes e complexas.
Na ficha Análise de Conteúdo, as historias recebem ponto positivo e negativo de acordo com os elementos identificados no esquema de interpretação:
Autoimagem: P. Positivo – quando herói apresenta características como bom, corajoso, adequado, bonito, capaz.
P. negativo – quando o herói é visto como incapaz, mau, inferior ou outras que indiquem sentimentos de desaprovação ou rejeição.
Relações objetais: P. Positivo – quando as figuras parentais ou outras importantes denotam aceitação, compreensão, proteção e afeto;
P. Negativo – quando essas figuras provocam sentimentos de insegurança, rejeição, desvalorização. 
Concepção do ambiente: P. Positivo – quando o ambiente da narrativa indica que o herói se sente valorizado, acolhido e seguro.
P. Negativo – quando o ambiente sugere relações ou situações que geram inseguranças, são inadequadas, não oferecem apoio.
Necessidades e conflitos: P. Positivo – quando as necessidades e conflitos são explicitados com discurso organizado e conteúdo pessoal – a criança traz na historia o que o herói precisa .
P. Negativo – quando as necessidades e os conflitos não são expressos (conteúdo pobre) ou estão presentes de modo intenso, associados a comprometimento da qualidade do discurso (discurso incoerente, repetição de palavras ou ideias, neologismos ou frases sem sentido).
Ansiedades: P. Positivo – quando associada a expectativas e exigências adequadas que fomentam crescimento, aprovação e busca de solução adequada. 
P. Negativo – quando reflete receio de perda de amor, sentimentos de desaprovação, abandono, fata de apoio, etc.
Mecanismos de defesa: P. Positivo – quando localizadas no inicio do continuum (mecanismos adaptativos), indicando habilidade para lidar com estímulos internos e externos.
P. Negativo – quando localizadas no final do continuum (mecanismos fóbicos, imaturos ou desorganizados), indicando inadequação ou insegurança para lidar com estímulos internos e externos. 
Superego: P. Positivo – quando mostra-se adequado, ou seja, nas narrativas em que o herói ou personagem cometem deslizes e existe punição proporcional ao delito. 
P. Negativo – quando nas mesmas circunstancias, mostra-se ausente ou rígido, punição severa diante do delito.
Integração do ego: Inclui a qualidade do discurso e o desenlace da narrativa. P. Positivo – quando o relato se mostra organizado e releva capacidade de conciliar os impulsos com as exigências da realidade e as ordens do superego, levando a uma solução adequada dos problemas (desenlace realista).
P. Negativo – quando o relato se mostra descritivo (pobre) ou desorganizado, ou revela dificuldades em solucionar os problemas (desenlaces insatisfatórios, irrealistas ou omitidos).
Total: Ao final, é obtido um total de pontos positivos e negativos para o protocolo, indicando predomínio de aspectos favoráveis ou desfavoráveis associados à autoestima da criança, as suas concepções de mundo e a sua capacidade de lidar com ansiedades e conflitos mobilizados. Trata-se de um recurso auxiliar para a sistematização de dados e levantamento de hipóteses que deverão ser confirmados com dados mais detalhados da analise e informações do histórico e situação atual da criança. 
Elaboração da Síntese 
No conteúdo clinico, o objetivo ultimo da analise é chegar a uma compreensão global do funcionamento da criança, que articule as evidencias dos recursos de que ela dispõe e suas dificuldades, de modo a fundamentar o encaminhamento recomendado. 
Adotada a sugestão de Silva quanto à elaboração da síntese:
→ Aspectos Intelectuais – considerar a amplitude do vocabulário, a riqueza dos recursos, a diversidade de temas abordados, levando em conta a idade e o nível sociocultural do examinando. São particularmente uteis das informações da dimensão Integração do Ego.
→ Autoimagem – abordar como a criança se percebe e o quanto confia em sua própria capacidade de resolver as dificuldades que enfrenta (adequação e participação do herói nos desenlaces; tipo de desenlace: reais, mágicos, trágicos).
→ Concepção do ambiente – indicar comoa criança percebe o ambiente e as pressões que exerce sobre ela, assim como suas inter-relações de modo geral. Particular atenção deve ser dedicada às representações das figuras parentais em suas interações com os heróis dos relatos. 
→ Principais necessidades, conflitos e ansiedades – apontar quais são as necessidades e os conflitos mais recorrentes, particular atenção deve ser dada aos que levam à queda na qualidade da produção (seja pelo empobrecimento, seja pela organização do discurso).
→ Defesas e elaboração dos conflitos – identificar quais são as defesas mais usadas e suas consequências em temos de facilitar ou dificultar a elaboração dos conflitos expressos nos relatos. Considerar aqui dados referentes ao superego e ao grau de integração do ego.
→ Encaminhamento – considerar a necessidade (ou não) de intervenções e possíveis alternativas que ajudem a criança no enfrentamento de suas dificuldades, seja em relação à família ou ao ambiente em geral (orientação para os pais, por exemplo), ou seja, em relação à própria criança (psicoterapia, atividades em grupo ou outras). São particularmente uteis as informações das categorias Integração do Ego e Total do formulário CAT-A, Analise de Conteudo.

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