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Atividade de Campo no Zoológico de São Paulo Atividade 1 - Caracterização de recintos e levantamento de informações. 1.1 As informações das placas procuram dar aos visitantes as informações necessárias para o bom conhecimento dos animais expostos? 1.2 Existe enriquecimento ambiental? 1º Recinto Animais: Teiú-argentino, Jabuti-argentino, Lagarto-teiú, Jabuti-thinga. As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes, faltou informação com relação ao estado de conservação desses animais, longevidade, comportamento e atividade. O recinto também não apresenta enriquecimento ambiental. Figura 1. Recinto do Teiú-argentino sem enriquecimento ambiental. Fonte: Acervo pessoal Figura 2. Teiú-argentino em recinto. Fonte: Acervo pessoal 2º Recinto Animais: Queixada (Tayassu pecari) As placas oferecem informações necessárias aos visitantes, porém, não há enriquecimento ambiental. Figura 3. Queixadas em grupo, em seu recinto. Fonte: Acervo pessoal Figura 4. Placa com instruções sobre o Queixada. Fonte: Acervo pessoal 3º Recinto Animais: Onça-pintada (Panthera onca) As placas oferecem informações necessárias, porém, não há enriquecimento ambiental. A única coisa que observamos que pode ser considerado como enriquecimento ambiental era uma abóbora com um pedaço de carne dentro, para que o animal não perca seu instinto de caça. O animal apresentava-se agitado, andando de um lado para o outro no recinto, demonstrando estar estressado. Figura 5. Onça-pintada em seu recinto. Fonte: Acervo pessoal Figura 6. Placa com informações da Onça-pintada Fonte: Acervo pessoal 4º Recinto Animais: Jacaré-de-papo-amarelo, Jabuti-de-Madagascar, Cágado-listrado, Jabuti-thinga, Tigre-d'água, Jabuti-leopardo. As placas, além de serem de difícil visualização (situado em local afastado), não oferecem informações necessárias aos visitantes, como curiosidades, estado de conservação, horário de atividade, com exceção do Jacaré-de-papo-amarelo que apresenta informações importantes, como cuidado parental e a ectotermia. O recinto não possui segurança tanto para o animal, quanto para o visitante, que pode entrar ou ainda lançar objetos pra dentro do local. O recinto não apresenta enriquecimento ambiental. 5º Recinto Animais: Jacaré-do-pantanal, Jacaretinga, Tartaruga-americana-do-pio, Tartaruga-listrada, Tartaruga-de-orelha-vermelha As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes, nem mesmo no caso da Tartaruga-de-orelha-vermelha que não apresenta informações quanto ao impacto ambiental causado por sua introdução aqui no Brasil. O recinto não apresenta lugar para os animais realizarem termorregulação (rochas, "cavernas", entre outros) e assim como no 4ºrecinto, sem enriquecimento ambiental e sem segurança para os animais. Figura 7. Jacaré do pantanal em seu recinto juntamente com a Tartaruga americana do pio, Tartaruga listrada, Tartaruga de orelha vermelha e Jacaretinga. Fonte: Acervo pessoal Figura 8. Placa com instruções para incentivar os visitantes a não jogarem lixo no recinto. Fonte: Acervo pessoal Figura 9. Placas com informações sobre os animais do recinto (somente o básico e muito pequena!!!). Fonte: Acervo pessoal 6º Recinto Animais: Tartaruga-mordedora (Chelydra serpentina) Sem informações necessárias aos visitantes e sem enriquecimento ambiental. Figura 10. Recinto da Tartaruga-mordedora Fonte: Acervo pessoal Figura 11. Placa com informações sobre a Tartaruga-mordedora Fonte: Acervo pessoal 7º Recinto Animais: Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) As placas oferecem informações necessárias aos visitantes, porém, não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 12. Placa com informações sobre o Lobo-guará Fonte: Acervo pessoal Figura 13. Recinto sem enriquecimento ambiental do Lobo-guará com outra placa (antiga). Fonte: Acervo pessoal 8º Recinto Animais: Aoudad (Ammotragus lervia) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 14. Recinto sem informações do Aoudad Fonte: Acervo pessoal 9º Recinto Animais: Elefante-asiático (Elephas maximus) As placas oferecem informações necessárias aos visitantes, porém, não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 15. Placa com informações sobre o Elefante- asiático Fonte: Acervo pessoal Figura 16. Elefante-asiático em seu recinto, sem enriquecimento ambiental Fonte: Acervo pessoal 10º Recinto Animais: Flamingo-pequeno (Phoeniconaias minor) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto, além deste possuir grade baixa, sem oferecer segurança aos animais. Figura 17. Flamingos-pequeno em seu recinto e placa com o básico de informações Fonte: Acervo pessoal 11º Recinto Animais: Ganso-australiano (Cereopsis novaehollandiae) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto, além deste possuir grade baixa, sem oferecer segurança aos animais. Figura 18. Ganso-australiano em seu recinto, sem enriquecimento ambiental Fonte: Acervo pessoal Figura 19. Placa com informações básicas sobre o Ganso-australiano Fonte: Acervo pessoal 12º Recinto Animais: Turaco-violeta As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto. 13º Recinto Animais: Araponga-do-nordeste (Procnias averano) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 20. Araponga-do-nordeste em seu recinto pequeno, sem enriquecimento ambiental Fonte: Acervo pessoal 14º Recinto Animais: Curica-azul (Pionus menstruus) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 21. Placa com o básico de informações sobre a Araponga-do-nordeste (figura 20) e placa com o básico de informações sobre a Curica-azul Fonte: Acervo pessoal Figura 22. Curica-azul em seu recinto sem enriquecimento ambiental Fonte: Acervo pessoal 15º Recinto Animais: Seriema (Cariama cristata) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 22. Seriema em seu recinto sem enriquecimento ambiental Fonte: Acervo pessoal Figura 23. Placa com informações básicas sobre a Seriema Fonte: Acervo pessoal 16º Recinto Formigueiro Animais: formiga-saúva As informações eram transmitidas através de áudio, porém, das 10 às 15h. O recinto não possui placas informativas. O recinto possui compartimentos necessários para o bom funcionamento do formigueiro. Figura 24. Placa com horários. Informações via áudio, dentro da sala do formigueiro Fonte: Acervo pessoal Figura 25. Formigueiro Fonte: Acervo pessoal 17º Recinto Animais: Mico-leão-dourado Não haviam placas com informações necessárias, nem mesmo informando quanto seu estado crítico de conservação. Porém, havia enriquecimento ambiental (balanços), provavelmente, isso se deve ao fato de ser um animal com difícil adaptação ao cativeiro, assim como outros primatas e muitos felinos. Figura 26. Placa com informações básicas do Mico-leão-dourado Fonte: Acervo pessoal Figura 27. Mico-leão-dourado em seu recinto com muitos enriquecimentos ambientais. Fonte: Acervo pessoal 18º Recinto Animais: Sucuri-verde (Eunectes murinus) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 28. Placa com informações básicas sobre a Sucuri-verde Fonte: Acervo pessoal Figura 29. Sucuri-verde Fonte: Acervo pessoal 19º Recinto Animais: Macaco-barrigudo (Lagothix lagotricha) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes, porém havia enriquecimento ambiental aos animais, como cordas, balanços e rede). Figura 30. Macaco-barrigudo em seu recinto com enriquecimento ambientalFonte: Acervo pessoal Figura 31. Placa com informações básicas do Macaco-barrigudo Fonte: Acervo pessoal 20º Recinto Animais: Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) As placas não oferecem informações necessárias aos visitantes e não há enriquecimento ambiental no recinto. Figura 32. Placa com informações básicas do Cachorro-do-mato Fonte: Acervo pessoal Obs. I: O recinto estava sendo limpo pela funcionária do zoológico, o que não nos permitiu ver onde o animal estava. Obs. II: Mesmo que alguns recintos possuam grades baixas, não oferecendo segurança ao animal, o parque possui algumas placas espalhadas conscientizando as pessoas a respeitarem os animais. Figura 33. Placas com conscientização para os visitantes Fonte: Acervo pessoal Figura 34. Placa com conscientização para com os animais do zoológico Fonte: Acervo pessoal Atividade 2 - Comparações entre animais do mesmo táxon: Adaptações de animais de mesma família ou até mesmo gênero, para a vida em ambientes diferentes. Procurar por cinco animais que apresentem modificações. Quais foram as vantagens evolutivas que estes caracteres proporcionaram a estes animais? Família dos Boídeos Animal 1 - Sucuri (Eunectes murinus) Animal semi-aquático, possui olhos e narinas na extremidade da cabeça para facilitar a respiração e visualização enquanto estiver na água. Além disso, possui escamas lisas auxiliando na locomoção dentro d'água. Animal 2 - Salamanta (Epicrates cenchria) Animal terrícola, com cauda mais curta para facilitar a locomoção no substrato. Animal 3 - Jiboia (Boa constrictor constrictor) Animal semi-arborícola, com cauda mais alongada para facilitar a locomoção sobre galhos, coloração semelhante ao de troncos para camuflagem. Animal 4 - Piton (Python molurus) Animal terrícola, com cauda mais curta para facilitar a locomoção no substrato. Animal 5 - Suaçuboia (Corallus hortulanus) Animal arborícola, com olhos maiores para obter boa visualização sobre os galhos, cauda bem alongada para obter melhor suporte sobre os galhos. Esses animais, por não possuírem veneno, tem o corpo bem robusto para capturar suas presas através da constrição, aém de possuírem uma coloração bem parecida com a do substrato em que se encontram ou galhos, auxiliando na camuflagem, minimizando a chance de serem predadas e maximizando as chances de caçarem, com exceção da Suaçuboia que possui grande variedade de coloração, podendo ou não, auxiliar na camuflagem. Atividade 3 - Observação de uma hora com descrição do comportamento de um animal de um determinado recinto, não antropomorfizando as informações. Foi observado, durante uma hora (das 12:15h às 13:25h), o recinto do Macaco-aranha, o testa-branca (Ateles marginatus). O recinto é uma ilha, de aproximadamente 40 m², onde há dois indivíduos de macaco-prego, com enriquecimento ambiental (cordas). Durante a observação, os macacos movimentavam-se quase o tempo todo, utilizando os galhos, cordas, penduravam-se utilizando os braços e a cauda, andavam na extremidade da ilha, dando a impressão de que estavam estressados. Em alguns momentos, dirigiam-se até a ponta do recinto e observavam as pessoas, e quando havia um grande número de pessoas os observando e até gritando, tentanto chamar a atenção dos macacos, estes levantavam os braços e batiam no peito. Em um momento que um dos macacos estava sentado observando, o outro macaco se aproximou e o "abraçou" por trás, se apoiando. Também foi observado o macaco pegando objetos da água. Os macacos não interagiam entre si, portanto, não foi possível observar comportamento de dominância. Figura 35. Recinto dos macacos-aranha Fonte: Acervo pessoal Figura 36. Macacos-aranha interagindo com os visitantes Fonte: Acervo pessoal Figura 37. Placa com informações sobre o Macaco-aranha Fonte: Acervo pessoal Atividade 4 - Observação de uma hora com descrição de comportamentos das pessoas que visitam os mesmos recintos observados durante a atividade anterior. Foi observado, durante uma hora (das 12:15h às 13:25h), a interação do Macaco-aranha, o testa-branca (Ateles marginatus) com os visitantes. Durante a observação, notou-se que as pessoas possuem poucas instruções sobre os animais e que não havia nenhum aviso sobre o que fazer ou deixar de fazer com o animal (assim como na maioria dos recintos vistos no Zoológico). Então era possível notar que, a abundância de gritos, lixos jogados para dentro do recinto, imitações era alta. Segue uma tabela, para maiores entendimentos: Atitudes dos visitantes no recinto do Macaco-aranha (Ateles marginatus) no Zoológico de São Paulo Quantidade de pessoas observadas Visitantes pulando para dentro do recinto 2 pessoas Visitantes imitando os macacos-aranha 13 pessoas Visitantes divertindo-se com os movimentos dos macacos-aranha 10 pessoas Visitantes tirando fotos 22 pessoas Visitantes tentando chamar a atenção dos macacos- aranha 16 pessoas Visitantes jogando lixos, papéis, comidas para dentro do recinto dos macacos-aranha 11 pessoas Visitantes, incluindo crianças, com interesse nos comportamentos, na alimentação e atitudes diferentes como bater palma, imitar pessoas ou bater no peito 32 pessoas Responsáveis dando broncas em crianças que tentam pular para dentro do recinto ou jogam algum alimento 4 pessoas Visitantes com comportamentos de antropormofismo 18 pessoas Visitantes sem interesse algum 6 pessoas Obs.: Durante a observação do comportamento dos visitantes com os animais, foi possível perceber que a maioria não lia a placa (figura) que estava em exposição falando sobre a extinção do animal e seu comportamento. As pessoas só estavam interessadas com a exibição e brincadeira que os macacos-aranha faziam. De acordo com diversos comportamentos dos visitantes presenciados pelo grupo, como ignorar as placas informativas nos recintos, tentativas de interação com os animais, entre outros, é possível dizer que, por mais que o Zoológico de São Paulo tenha alterado seu foco visando a conservação dos animais, os visitantes ainda possuem um olhar diferente em relação aos animais, uma visão de exibicionismo. Em vista disso, é de extrema importância, ações educativas no parque.
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