Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.cers.com.br DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL Direito Penal Geovane Moraes 1 CONTINUAÇÃO AULA 04 TEORIA GERAL DO CRIME CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME TEORIA TRIPARTIDA ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO FATO TÍPICO - Conduta; - Resultado; - Nexo Causal; - Previsão Normativa (Tipo em sentido estrito); - Elemento subjetivo; - Relevância Jurídica - Social; CONDUTA (Regra Geral) - Positiva; - Negativa; DICAS IMPORTANTES 1 - A omissão será relevante ao Direito Penal quando for possível a identificação do binômio: ART. 13 DO CP. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. DEVER DE AGIR PODE SER: - Genérico (abstrato ou amplo); - Específico (delimitado ou restrito); Obs: Do dever específico deriva a figura do GARANTIDOR. 2 – Os crimes omissivos podem ser: - Próprios (puros ou perfeitos); - Impróprios (impuros ou imperfeitos); RESULTADO Art. 13 do CP - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. TIPOS DE RESULTADO CUIDADO COM A PEGADINHA - Crimes materiais; - Crimes formais (ou de consumação antecipada); - Crimes de mera conduta; NEXO CAUSAL - O CP adotou a Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais (da condição simples ou da condição generalizadora); Art. 13 do CP- O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. DICAS IMPORTANTES 1 – A equivalência dos antecedentes causais deve ser observada em conjunto com a aplicação da TEORIA DA ELIMINAÇÃO www.cers.com.br DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL Direito Penal Geovane Moraes 2 HIPOTÉTICA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS, tendo-se o cuidado de evitar o regresso ao infinito; 2 – TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA: CRIMES TENTADOS E CONSUMADOS ITER CRIMINIS - Cogitação; - Atos preparatórios; - Execução; - Consumação; - Exaurimento; Art. 14 - Diz-se o crime: I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. TEMAS CABULOSOS 1 – Qual a diferença entre tentativa perfeita e imperfeita? 2 – Qual a diferença entre tentativa branca e tentativa vermelha; 3 – É punível tentativa em sede de contravenção penal? Art. 4º da LCP - Não é punível a tentativa de contravenção. 4 – É cabível tentativa em crime culposo? 5 – É cabível tentativa em crime praticado com dolo eventual? 6 – Quais os critérios objetivos para mensurar a redução de pena no crime tentado? 7 – Como a desistência voluntária e o arrependimento eficaz influenciam na tentativa? 8 – Como o crime impossível influência na tentativa? RHC 121845 / MT - Primeira Turma Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO 19/08/2014 Ementa: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ROUBO TENTADO. PERCENTUAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE OU DE CONTRARIDADE À ORIENTAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A dosimetria da pena é questão relativa ao mérito da ação penal não sendo possível às instâncias extraordinárias analisar os dados fáticos da causa para redimensionar a pena finalmente aplicada. 2. A definição do percentual de redução da pena pela tentativa deve observar os atos de execução já praticados. 3. Recurso ordinário a que se nega provimento. HC 270283 / DF - SEXTA TURMA Relator: Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ 12/08/2014 HABEAS CORPUS. WRIT SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESVIRTUAMENTO. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO TENTADO. QUANTUM DE REDUÇÃO DE PENA. ITER CRIMINIS. PRIVILÉGIO. FRAÇÃO DO REDUTOR. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. MANIFESTO CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 1. Não há constrangimento ilegal no ponto em que foi aplicada a fração de 1/3 de redução de pena em decorrência da tentativa, visto que as instâncias ordinárias fundamentaram, com base nas circunstâncias do caso concreto, a redução de pena no referido patamar, tendo salientado que o paciente desferiu dois golpes de faca nas costas da vítima, "o que representa avanço do iter criminis" percorrido pelo agente…
Compartilhar