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Sobre a suposta omissão de inconstitucionalidade do preâmbulo do Acre.

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Discente: Carolina Aguiar Tabosa.
Turma: 2º Semestre, Matutino.
Avaliação Parcial 1 – Direito Constitucional
Mediante a problemática apresentada, faz-se necessário, primeiro, compreender que o preâmbulo é a representação da síntese das ideias do processo constituinte, uma certidão de origem, que serve como instrumento no processo de interpretação da Constituição. Contudo, ele não se caracteriza como norma constitucional, tampouco, tem força normativa, segundo consta a doutrina majoritária e o entendimento do STF, através da ADIN nº 2076-5, julgada improcedente. 
A discussão em questão é sobre o preâmbulo da Constituição do Acre não conter a expressão: “Promulgamos sobre a Proteção de Deus”, presente da Constituição Federal de 1988. Essa suposta omissão, declarada inconstitucional pelo determinado partido político, não tem validade, pelo fato de, tanto a expressão quanto o preâmbulo não serem normas jurídicas que, portanto, não servem de parâmetro para controle de constitucionalidade. 
Destarte, a Constituição do Estado do Acre não viola o Princípio Constitucional da Simetria, que é aquele que exige que os Estados, o Distrito Federal e os Munícipios adotem os princípios fundamentais e regras de organização do estado existentes na Constituição Federal, pelo fato de o preâmbulo não se tratar das referidas prerrogativas. 
Sendo ainda o Brasil um país laico, que não professa uma fé, a referida omissão da expressão do preâmbulo, além de constitucional, é justa, tendo em vista pessoas que não têm ou que tenham diverso cunho religioso.
Conclui-se portanto, que além o Poder Constituinte Derivado Decorrente do Acre não ter cometido tipo algum de inconstitucionalidade, ele atuou de forma autônoma criando seu diploma constitutivo garantido pelos artigos 18 e 25 da Constituição Federal de 1988.
Cuiabá – MT
14 de abril de 2015

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