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CONTRATO DE PARCERIA

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Direito Agrário e Cooperativismo
PARCERIA RURAL
Atualmente os CONTRATOS DE PARCERIA RURAL são regidos pelo Estatuto da Terra, e suas norma regulamentares, além de contar, em caráter supletivo com as norma do Código Civil para disciplinar os casos omissos, bem como através do Decreto 56.566/66; 
CONCEITO
PARCERIA RURAL: é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso específico de imóvel rural, de partes do mesmo, incluído ou não benfeitorias, outros bens e/ou facilidades, com o objetivo de nele ser exercida atividade de exploração agrícola, pecuária, agro-industrial, extrativa vegetal ou mista; e/ou lhe entrega animais para cria, recria, invernagem, engorda ou extração de matérias primas de origem animal, mediante partilha de riscos de caso fortuito e da força maior do empreendimento rural, e dos frutos, produtos ou lucros havidos nas proporções que estipularem, observados os limites percentuais da lei (art. 96, VI do estatuto da terra)“
Para Francisco Godoy Bueno: Parceria rural é a modalidade contratual pela qual o parceiro-proprietário cede ao parceiro-produtor o uso da terra, partilhando com este os riscos do caso fortuito e da força maior e os frutos do produto da colheita ou da venda dos animais. Prepondera, nesse tipo de relação, a comunhão das forças e dos resultados, sendo que a partilha dos frutos deve obedecer a proporções compatíveis com os meios de produção disponibilizados por cada um dos parceiros.
"Para os fins deste Regulamento denomina-se parceiro-outorgante, o cedente, proprietário ou não, que entrega os bens; e parceiro-outorgado, a pessoa ou o conjunto familiar, representado pelo chefe, que os recebe para os fins próprios das modalidades de parceria definidas no art. 5º “
TIPOS DE PARCERIA
Parceria agrícola, quando o objeto da cessão for o uso de imóvel rural, de parte ou partes do mesmo, com o objetivo de nele ser exercida a atividade de produção vegetal;
Parceria pecuária, quando o objetivo da cessão forem animais para cria, recria, invernagem ou engorda;
Parceria agro-industrial, quando o objeto da cessão for o uso do imóvel rural, de parte ou de partes do mesmo, e/ou maquinaria e implementos com o objetivo de ser exercida atividade de transformação de produto agrícola, pecuário ou florestal; 
Parceria extrativa, quando o objeto da cessão for o uso de imóvel rural, de parte ou partes do mesmo, e/ou animais de qualquer espécie com o objetivo de ser exercida atividade extrativa de produto agrícola, animal ou florestal;
Parceria mista, quando o objeto da cessão abranger mais de uma das modalidades de parceria definidas nos incisos anteriores". 
PERCENTUAIS E PARTICIPAÇÕES 
ART. 96, VI DO ET.
ART. 96, VI - na participação dos frutos da parceria, a quota do proprietário não poderá ser superior a:
a)dez por cento, quando concorrer apenas com a terra nua;
b)vinte por cento, quando concorrer com a terra preparada e moradia;
c)trinta por cento, caso concorra com o conjunto básico de benfeitorias, constituído especialmente de casa de moradia, galpões, banheiro para gado, cercas, valas ou currais, conforme o caso;
d)cinqüenta por cento, caso concorra com a terra preparada e o conjunto básico de benfeitorias enumeradas na alínea "c" e mais o fornecimento de máquinas e implementos agrícolas, para atender aos tratos culturais, bem como as sementes e animais de tração e, no caso de parceria pecuária, com animais de cria em proporção superior a cinqüenta por cento do número total de cabeças objeto de parceria;
e)setenta e cinco por cento, nas zonas de pecuária ultra-extensiva em que forem os animais de cria em proporção superior a vinte e cinco por cento do rebanho e onde se adotem a meação de leite e a comissão mínima de cinco por cento por animal vendido;
f)o proprietário poderá sempre cobrar do parceiro, pelo seu preço de custo, o valor de fertilizantes e inseticidas fornecidos no percentual que corresponder à participação deste, em qualquer das modalidades previstas nas alíneas anteriores;
g)nos casos não previstos nas alíneas anteriores, a quota adicional do proprietário será fixada com base em percentagem máxima de dez por cento do valor das benfeitorias ou dos bens postos à disposição do parceiro."
CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO 
A diversidade de deveres e atribuições entre o parceiro-outorgante e o parceiro-outorgado;
A participação de ambas as partes contratantes nos resultados, observados os tetos pré-fixados no Estatuto da Terra (art. 96, VI) em relação ao parceiro-outorgante, bem como a partilha dos riscos, entre outorgante e outorgado, provenientes de caso fortuito ou força maior;
A semelhança, em regra, à situação de sociedade de capital e indústria, tendo o parceiro-outorgante posição semelhante ao sócio capitalista e o parceiro-outorgado ao sócio de indústria;
A finalidade econômica do contrato;
A bilateralidade do contrato, não sendo permitida, portanto, a intervenção de terceiros na sua execução além do parceiro-outorgante e do parceiro-outorgado.
É intuitu personae, de forma que não se transmite aos herdeiros das partes contratantes. 
A posição de "administrador" do empreendimento por parte do parceiro-outorgante nas relações com terceiros, salvo estipulação diversa expressa contrato. 
CLAÚSULAS OBRIGATÓRIAS – ART. 96, V DO ET.
O inciso V do art. 96 do Estatuto da Terra, traz consigo as cláusulas que constarão, obrigatoriamente, em todas as espécies de contrato de parceria:
a) quota-limite do proprietário na participação dos frutos, segundo a natureza de atividade agropecuária e facilidades oferecidas ao parceiro;
b) prazos mínimos de duração e os limites de vigência segundo os vários tipos de atividade agrícola;
c) bases para as renovações convencionadas;
d) formas de extinção ou rescisão;
e) direitos e obrigações quanto às indenizações por benfeitorias levantadas com consentimento do proprietário e aos danos substanciais causados pelo parceiro, por práticas predatórias na área de exploração ou nas benfeitorias, nos equipamentos, ferramentas e implementos agrícolas a ele cedidos;
f) direito e oportunidade de dispor sobre os frutos repartidos.
Artigo. 35, § 3º do Decreto 59.566/66 é claro ao dispor :
“não valerão as avenças de participação que contrariarem os percentuais fixados neste artigo, podendo o parceiro prejudicado reclamar em Juízo contra isso e efetuar a consignação judicial da cota que, ajustada aos limites permitidos neste artigo, for devida ao outro parceiro, correndo por conta deste todos os riscos, despesas, custas e honorários advocatícios”.
FALSA PARCERIA
Assim dispõe o citado dispositivo legal:
"Parágrafo único - Os contratos que prevejam o pagamento do trabalhador, parte em dinheiro e parte percentual na lavoura cultivada, ou gado tratado, são considerados simples locação de serviço, regulada pela legislação trabalhista, sempre que a direção dos trabalhos seja de inteira e exclusiva responsabilidade do proprietário, locatário do serviço a quem cabe todo o risco, assegurando-se ao locador, pelo menos, a percepção do salário-mínimo no cômputo das duas parcelas". 
Portanto, observamos que o primeiro fator que colabora para a desconfiguração do contrato de parceria vem a ser o pagamento parcial em dinheiro ao parceiro-outorgado.
A direção dos trabalhos, mediante inteira e exclusiva responsabilidade do parceiro-outorgante traz consigo outros requisitos da relação empregatícia, a saber: 
a) subordinação, caracterizada pela direção e inteira responsabilidade dos trabalhos pelo parceiro-outorgante;
b) pessoalidade, que é a estrita relação do parceiro-outorgado com o parceiro-outorgante, caracterizada pela exclusividade que este tem na direção dos trabalhos.
Ocorrendo, concomitantemente, estas hipóteses, a relação de parceria cederá lugar à relação empregatícia, razão pela qual as regras aplicáveis serão as constantes na legislação trabalhista.
O CONTRATO DE PARCERIApoderá ser: escrito ou verbal (art. 92 do ET); A doutrina classifica como sendo um contrato: Bilateral; Oneroso; Consensual; Não solene.
Vantagens e riscos: as vantagens e os riscos são de ambos parceiro outorgante e parceiro outorgado;
Registro dos Contratos: Não é obrigatório para ter validades entre as partes, mas conforme disposto no art. 22 do CC, os contratos para terem efeito contra terceiros, deverão ser registrados em cartório de registro público. Para o INCRA, o registro é obrigatório, somente será expedido Certificado de Uso Temporário da Terra, para os contratos registrados.
Cabe ao INCRA o controle e a fiscalização referente aos contratos de arrendamento, principalmente no tocante as cláusulas obrigatórias;
Na hipótese de ser necessário o uso de analogia para interpretação das disposições do contrato de parceria, serão aplicadas as normas referentes a contrato de SOCIEDADE;
Reza o inciso II do art. 96 do E.T. que "expirado o prazo, se o proprietário não quiser explorar diretamente a terra por conta própria, o parceiro, em igualdade de condições com estranhos, terá preferência para firmar novo contrato".
ART. 12 DO DECRETO 56.566/66
Nos contratos escritos obrigatoriamente deverá constar: 
O lugar e data da assinatura do contrato celebrado; 
O nome, prenome e endereço das partes contratantes; 
Características do arrendador e do arrendatário/qualificação civil; 
Especificação do objeto do contrato (arrendamento ou parceria), o tipo de atividade a ser explorada e a destinação do imóvel ou dos bens;
O imóvel deverá ser identificado com o número do seu registro no Cadastro de imóveis rurais, e deverá ser especificado no contrato detalhadamente a localização do imóvel; 
A forma de pagamento deverá vir expressa no contrato incluindo as condições de partilha dos frutos, se for o caso; 
Como os contratos em gerais, deverá constar o foro para dirimir as questões controversas do contrato;
O contrato deverá ser assinado na presença de 4 pessoas.
Qualquer que seja a natureza do contrato, obrigatoriamente, deverá constar clausulas que assegurem a conservação dos recursos naturais e a proteção social e econômica dos arrendatários e dos parceiros-outorgados, conforme mencionam o 13, incisos III e V da Lei nº 4.947-66 (art. 13);
A cerca da conservação dos recursos naturais deverá ser observado pelos contratantes os seguintes preceitos:
prazos mínimos, na forma da alínea " b ", do inciso XI, do art. 95 e da alínea " b ", do inciso V, do art. 96 do Estatuto da Terra: de 3 (três), anos nos casos de arrendamento em que ocorra atividade de exploração de lavoura temporária e ou de pecuária de pequeno e médio porte; ou em todos os casos de parceria; de 5 (cinco), anos nos casos de arrendamento em que ocorra atividade de exploração de lavoura permanente e ou de pecuária de grande porte para cria, recria, engorda ou extração de matérias primas de origem animal; de 7 (sete), anos nos casos em que ocorra atividade de exploração florestal;
Em se tratando de prazo superior a dez anos, é necessário que o cônjuge do arrendador ou parceiro outorgante concorde.
OBRIGAÇÕES DAS PARTES
O parceiro outorgante é obrigado a:
I – entregar ao parceiro outorgado o imóvel rural opbjeto do contrato na data estabelecida, ou segundo o uso e costume da região; 
II – garantir ao parceiro outorgado uso e gozo do imóvel rural cedido durante o prazo do contrato;
III – fazer no imóvel, durante a vigência do contrato, obras e reparos necessários;
IV – Pagar taxas, impostos, toda e qualquer contribuição que incida no imóvel.
O parceiro outorgado é obrigado á:
I - entregar a cota que lhe couber na partilha;
II – usar o imóvel conforme convencionado, como se fosse seu;
III – levar ao conhecimento imediato do proprietário qualquer ameaça de turbação ou esbulho;
IV –fazer no imóvel as benfeitorias úteis e necessárias, salvo convenção em contrários.
EXTINÇÃO
a- pelo término do prazo do contrato e do de sua renovação;
b- pela retomada;
c- pelo distrato ou rescisão do contrato; 
d – pela resolução ou extinção do direito do parceiro outorgante;
e- por motivo de força maior, que impossibilite a execução do contrato;
f- por sentença judicial irrecorrível;
g- pela perda do imóvel rural;
h- pela desapropriação parcial ou total do imóvel rural e
i- por qualquer outra causa prevista na lei.
DIFERENÇAS BÁSICAS
ARRENDAMENTO
PARCERIA
São cedidos uso e gozo do imóvel rural;
Pagamento ajustado em quantia certa (dinheiro);
Os riscos correm por conta do arrendatário.
É cedido apenas o uso específico do imóvel rural;
Parceiros Outorgante e Outorgados partilham o resultado.;
Os riscos correm por conta das duas partes.

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