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BOVINOCULTURA DE LEITE: INDICADORES ZOOTÉCNICOS NA PROPRIEDADE LEITEIRA, ANÁLISE DE BENCHMARKING E CUSTOS DE PRODUÇÃO DE LEITE

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20/11INDICADORES ZOOTÉCNICOS NA PROPRIEDADE LEITEIRA
Indicador é um número;
Reflete se todas as medidas tomadas foram eficientes;
IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES
Produtor deve saber responder perguntas simples, como “qual é o tamanho da fazenda?”, “quantos animais têm?”, “em quantas categorias os animais ser divididos?” Anotações fazem com que uma fazenda que parece pior (devido ao relevo, características visuais, etc) ser mais lucrativa Anotações = Boa gestão;
INDICADORES + ANÁLISE = DECISÃO
Qual é a importância de anotar? EFICIÊNCIA, pois o produtor consegue fazer controle zootécnico do rebanho O ideal é fazer com que a mulher do produtor anote, para que ela se sinta parte da propriedade e porque costuma ser melhor nisso.
*Controle dos indicadores: anotações em caderno, Excel ou softwares de gestão pagos (estes últimos são melhores, pois geram gráficos, por onde é mais fácil medir os dados);
CONTROLE ZOOTÉCNICO
Técnica de gerenciamento utilizada na propriedade leiteira, em que o produtor faz anotações sobre a vida produtiva e reprodutiva de cada animal da propriedade Direciona o produtor;
Objetivo: melhora na gestão lucro.
BENCHMARK
Valores padrões, de comparação (os maiores);
“Processo sistemático e ocntínuo de medida e comparações das práticas de uma organização com as práticas das melhores, no sentido de obter informações que a possam ajudar a melhorar o seu nível de desempenho.”
Levantamento de dados Diagnóstico Objetivos e metas Estratégias de ação e calendário de operações Avaliação
OBS
- Difícil conseguir anotações: quando se chega na fazenda, deve-se fazer o produtor começar a anotar;
- Análises anuais: normalmente só se toma decisões após 1 ano de análise de dados;
- Entrega de relatórios com os resultados mais importantes para o produtor. O primeiro deve ser pequeno, até 2 páginas, para que o produtor leia. Os próximos podem ter até 5 páginas e gráficos coloridos ao invés de textos para chamar a atenção do produtor.
(*)Gráficos importantes: evolução da PL, da CCS;
- A partir dos diagnósticos, consegue-se traçar os objetivos e metas. Deve-se olhar 3 pontos principais para aumentar a produção de leite:
1. Se há comida suficiente;
Exemplo
Fazenda de 6 ha produzindo 7.000 L/dia
7.000/30 L (produção média vaca/dia) = 233 vacas em lactação
60% de vacas em lactação (valor adequado)
233 – 60%
 X – 100%
X= 388 animais
Quanto esses animais vão comer?
300 vacas (233 vacas em lactação + 67 vacas secas) – valor escolhido
Ou seja, 88 novilhas
35kg (média de conssumo) x 300 vacas = 10.500 kg
20kg x 88 novilhas = 1.760 kg
 Total = 12.260 kg/dia x 365 = 4.474.900 kg/ano = 4.565,5 toneladas/ano
1 ha – 60 toneladas de silagem de milho (potencial máximo – arriscado)
 X – 4.565,5
X= 76ha para milho O produtor de leite é produtor de milho também
*Safra (Outubro – Janeiro) e Safrinha (após a colheita em janeiro, como ainda está chovendo, planta-se em Fevereiro – Maio, para regiões onde também chove em Fevereiro em Março) Poderia se considerar 100 toneladas: 60 da Safra e 40 da Safrinha.
No caso da fazenda, o produtor é cercado por vizinhos que plantam milho e terceirizou o processo (compra) Risco: produtor fica na mão de outras pessoas.
Custo da tonelada de silagem de milho: Varia. Quando muitas pessoas plantam milho e há condições favoráveis, pode chegar a R$130,00 ton/milho, mas pode chegar a R$250,00 ton/milho em épocas ruins.
Produtores médios/grandes, que ganham dinheiro, precisam de silagem de milho!
Para começar um rebanho, o recomendado é comprar novilhas prenhas e não vacas em lactação, devido a não se saber o histórico dos animais, principalmente de mastites Deve-se fazer testes (Brucelose, Tuberculose e Tripanossoma nos animais que entraram para o rebanho.
LEVANTAMENTO DE DADOS
IR: INVENTÁRIO DE RECURSOS
IR animal
Fazendas pequenas podem utilizar nome, para grande utilizar números.
IR terra e pastagem
Utilizar GPS para fazendas pequenas;
*Importante saber a área de pastagem para saber quantos animais se pode ter.
IR máquinas e implementos agrícolas
*Depreciação: deve-se guardar dinheiro para repor as máquinas e implementos quando estragarem.
IR estruturais
*Saber quais as estruturas o produtor possui: free-stall x compost, tipo de sistema de ordenha.
Converte bens físicos e bens monetários
- Preço de aquisição;
- Custo de produção;
- Menor valor entre preço de compra e preço de venda.
SWOT
Exemplos:
Oportunidades: área plana sem nada;
Forças: área plana com milho plantado;
Desafios: trocar um funcionário antigo, de confiança, por um novo que traz inovações e melhores;
TIPOS DE PRODUTORES – DIVIDIDOS EM CORES
Azul: métodico, é necessário oferecer números e justificativas importante: entender;
Verde: “bozinho”, deixa você fazer tudo na fazenda, mas pode trocar o profissional a qualquer momento importante: harmonia;
Amarelo: “festeiro”, deve entrar na onda dele importante: reconhecimento;
Vermelho: competitivo, deve-se tratá-lo como o melhor ou o que deveria ser o melhor importante: conquista.
METAS
Curto prazo: 3 meses para mostrar algum resultado na fazenda;
Ex.: aumentar a PL fazendo loteamento, IATF em vacas vazias.
Médio prazo;
Longo prazo (5 anos).
Calendário de operações
Fazer checklist de atividades;
Atividade devem ser conversadas e autorizadas/assinadas pelo produtor;
No próximo mês, mensurar a aceitação do produtor em relação as solicitações Medir quanto das atividades o produtor fez.
Avaliação da assistência e do produtor
- O que deu certo?
- Por que deu certo?
- O que não deu certo?
- Por que não deu certo?
- Continuar com as mesmas metas ou mudá-las?
OBS
Produtor deve fazer o que você pede. Se nada mudar durante muito tempo, você deve mudar de produtor e procurar um melhor;
Preço da assistência: salário mínimo + % no que o produtor ganhar a mais.
INDICADORES DE TAMANHO
1. IDENTIFICAÇÃO DE TODOS OS ANIMAIS DA FAZENDA
- Brinco (mais usado);
- Marcação a fogo;
- Marca fria;
- Tatuagem;
- Colar;
- Pulseira;
- Pique na orelha.
2. DIVISÃO DAS CATEGORIAS
- Reprodutores (tourinhos);
- Vacas em lactação;
- Vacas secas;
- Fêmeas (bezerras) de até 1 ano;
- Fêmeas (novilhas) de 1 a 2 anos;
- Fêmeas (novilhas) de 2 a 3 anos Em algumas fazendas. Não se quer esses animais na fazenda, pois são animais atrasados, que já deveriam estar parindo, mas atrasaram a reprodução.
Animais medidos em UA (importante para animais a pasto)
1 UA = 450kg PV
*Mais correto utilizar essa medida, pois tem um valor fixo.
Equivalente em UA
3. ÁREA DA PROPRIEDADE
Mapeamento;
Identificar áreas onde pode-se plantar milho/cana, onde colocar a ordenha, onde colocar os piquetes.
4. MÃO DE OBRA
- Dias homem/mês;
- Horas trabalhadas/mês.
Exemplo
Para 1.000L/dia, 2 funcionários são suficientes;
Metade da renda do produtor vai para pagar a ração dos animais.
6. PRODUÇÃO TOTAL DE LEITE
- Litros/dia;
- Litros/mês;
- Litros/anos.
RECURSOS DISPONÍVEIS:
- Número de animais;
- Áreas disponíveis;
- Produção;
- Mão de obra.
21/11INDICADORES DE PRODUÇÃO
1. PRODUTIVIDADE POR VACA EM LACTAÇÃO (PVL)
-L/vaca lactante;
- Um dos mais aplicados a nível de campo;
- Pode indicar nível genético dos animais, bem como o sistema de manejo (intensivo, semi ou extensivo).
Exemplo: produção de leite mensal (L)/vacas em lactação.
Fatores que afetam: manejo nutricional e ambiental, seleção de animais, divisão de lotes e cálculo de dietas.
2. PRODUTIVIDADE PELO TOTAL DE VACAS (PTV)
- L/vaca O ideal depende da nutrição e genética do rebanho;
- Passa a ideia sobre a eficiência reprodutiva do rebanho;
- Quanto mais vacas secas menor será esse indicador.
Exemplo: produção de leite mentral (L)/total de vacas.
3. RELAÇÃO DE VACAS EM LACTAÇÃO PELO TOTAL DE VACAS (% VL)
- Indica a proporção de animais gerando receita direta;
- O ideal é queseja 83%;
- Obtido através da relação período de lactação x intervalo de partos Quanto maior o intervalo de partos, menor será a receita direta.
4. RELAÇÃO DE VACAS EM LACTAÇÃO PELO TOTAL DO REBANHO (% VLTR)
- Diretamento influenciado pelo tempo de recria;
- Índice ideal seria de 50%, considerando que não se tenha machos na propriedade.
Exemplo
80 vacas em lactação no rebanho A e B e IPP de 24 e 36 meses, repectivamente:
*No rebanho com idade ao primeiro parto de 24 meses, não há a categoria de fêmeas de 2 a 3 anos*
A (24 meses) (80/179)*100= 44,7%
B (36 meses) (80/215)*100= 37,2%
FATORES QUE LEVAM A IP ALTO
- Problemas no parto ou no período de transição;
- Nutrição;
- Detecção de cio/inseminação/cobertura;
- Problemas reprodutivos.
FATORES QUE DIMINUEM O PERÍODO DE LACTAÇÃO
- Problemas sanitários;
- Problemas de casco;
- Rebanhos menos especializados;
- Mastite;
- Déficit nutricional, como escassez de volumoso.
FATORES QUE AFETAM A ESTRUTURA DO REBANHO
- Sêmen sexado;
- Recria de machos – objetivo;
- Tempo de recria;
- Plano de aleitamento;
- Intervalos de partos;
- Manejo nutricional.
ÍNDICES QUE INDICAM A EFICIÊNCIA DO USO DA TERRA:
1. VACAS EM LACTAÇÃO POR ÁREA DE PASTAGEM (VL/ha)
- Indicam o grau de intensificação do sistema: intensivo ou extensivo;
- Na maioria das propriedades: 0,5-0,6 animais/ha Muito difícil atingir o ideal.
Exemplo: 80 vacas em lactaçãos em 100ha de pasto = 0,8 vacas/ha
2. VACAS EM LACTAÇÃO POR ÁREA UTILIZADA NA ATIVIDADE LEITEIRA (VL/há x at)
Computa toda a área destinada à atividade leiteira (RL, APP, curral, culturas anuais).
3. TAXA DE LOTAÇÃO (T.Lot)
- UA/ha, medida feita por tempo;
- Melhor estimativa da pressão de pastejo;
- Indica também grau de intensificação do sistema, 10UA/há (sistema adubado e irrigado) e 0,6UA/há (sistema extensivo).
4. PRODUTIVIDADE DA TERRA (PT)
- Indica a eficiência no uso da forragem;
- Pode ser aumentada pelo aumento na T. Lot ou aumento na PVL.
PT = produção de leite anual/área da atividade leiteira
PT = 345600/160 => 2160 litros/ha/ano.
INDICADORES QUE INDICAM A EFICIÊNCIA DE MÃO-DE-OBRA:
1. PRODUTIVIDADE DA MDO (PMDO)
- Influenciada pelo uso de implementos mecânicos na propriedade;
- MDO contratada ou familiar, medida em 44h de trabalho por semana.
PMDO = Produção de leite no período/dias homem no período
PL = 28800 litros/mês Dias homem/mês = (4x30) – (4x1) = 116
PMDO = 28800/116 = 248 L / dia homem
Litros por dia/homem:
- 450 litros/dia homem;
- Nível tecnológico;
- Mecanização do sistema;
- Grande impacto nos custos.
2. PRODUTIVIDADE DO [ ] (PC)
- Muito empregado na prática: orientação nutricional e gasto com [ ];
- Geralmente se adota 3:1 Para lotes de vaca seca, pode-se aumentar essa relação: 4:1.
PC = Produção de leite/quantidade de ração
PC = 28800/9600 PC = 3 litros de leite/kg de ração
INDICADORES REPRODUTIVOS
MANEJO REPRODUTIVO
- Desmama;
- Puberdade;
- Parto;
- Período de serviço;
- Idade ao primeiro parto;
- Intervalo de partos;
- Manejo pré-parto;
- Nascimento.
1. TAXA DE CONCEPÇÃO (TC)
Fêmeas aptas a repoduçãos: novilhas que já estejam ciclando, vacas que já passaram pelo período de involução uterina e vacas que estão com DEL muito alto.
TC = (DG+30/TF) x 100
TC = taxa de concepção;
DG+30 = diagnóstico de gestação positivo aos 30 dias;
TF = total de fêmeas aptas à reprodução.
2. TAXA DE PRENHEZ (TP)
- A diferença entre TC e TP está na reabsorção embrionária;
- Se não houver 2 DG, o TC é considerado como TP.
TP = (DG+60/TF) x 100
TC = taxa de concepção;
DG+60 = DG positivo aos 60 dias;
TF = total de fêmeas aptas a reprodução.
3. TAXA DE REABSORÇÃO EMBRIONÁRIA (TRE)
- Gestação interrompida precocemente;
- Baixos níveis de P4 circulante, IBR, BVD e stress;
- Necessita de pelo menos 2 DG.
TRE = ((DG+30 – DG+60) / DG+30) x 100
TRE = taxa de reabsorção embrionária;
DG+30 = diagnóstico de gestação positivo aos 30 dias;
DG+60 = diagnóstico de gestação positivo aos 60 dias.
4. TAXA DE PARIÇÃO (TPA)
Soma-se o número de animais vivos ao nascimento e os natimortos (animais que morreram dentro das primeiras 24 horas.
TPA = (NP/TF) x 100
TPA = taxa de parição;
NP = número de partos;
TF = total de fêmeas aptas à reprodução.
5. TAXA DE ABORTO (TA)
- Número de abortos de ocorreram após 45 dias de gestação;
- Pode indicar doenças reprodutivas: brucelose, leptospirose, IBR, BVD e neosporose.
TA = (NA/DG+60) x 100
TA = taxa de aborto;
NA = número de abortos;
DG+60 = fêmeas com diagnóstico de gestação positivo aos 60 dias.
6. TAXA DE NATALIDADE (TN)
- Número de bezerros vivos, excluindo os natimortos;
- Dividido pelo total de fêmeas aptas a reprodução, pois há gastos com esses animais Saber a influencia nos gastos futuros;
Duas maneiras de calcular:
TN = (BV/TF) X 100
TN = taxa de natalidade;
BV = número de bezerros nascidos vivos, descontando os natimortos;
TF = ttoal de fêmeas aptas à reprodução.
TN = (12/IDP) X 100
12 = número de meses do ano;
IDP = intervalo de partos.
7. TAXA DE MORTALIDADE (TM)
- Este índice é estratificado por categorias;
- As menores categorias tendem a apresentar um maior valor de mortalidade
TM = ((NI-NF)/NI) X 100
TM = taxa de mortalidade medida em %;
NI = número de bezerros vivos no início de um determinado período, por exemplo, ano;
NF = número de bezerros vivos no final do período, por exemplo, ano.
8. PERÍODO DE SERVIÇO (PS)
- Período compreendido entre o parto e a primeira IA ou cobertura fértil;
- Deve ser alterado de acordo com a número de vezes que a vaca for inseminada;
- PS ideal de 85 a 110 dias;
- Índice influenciado pelo status nutricional e distúrbios no parto.
9. INTERVALO DE PARTOS (IDP)
- Período decorrente entre dois partos;
- Mais conhecido;
- Resumo diversos indicadores;
- Afeta diretamente %VL, período seco, produção de leite na vida útil da vaca, número de bezerro produzido.
PIDP = (PS+284) / 30,4
PIDP = previsão de intervalo de partos;
PS = período de serviço;
284 = período de gestação;
30,4 = média de dias por mês em um ano.
10. SERVIÇOS POR CONCEPÇÃO (SC)
- Número de vezes que uma vaca é inseminada ou coberta até que ela se torne gestante;
- Indica a eficiência do inseminador, do touro e da vaca;
- Pode ser influenciado por fatores como ovário policístico e manuseio correto do sêmen.
SC = NS/FP
SC = número de serviços;
FP = fêmeas prenhas.
11. TAXA DE CONCEPÇÃO AO PRIMEIRO SERVIÇO (TCPS)
- Pode indicar o grau de precocidade sexual do rebanho;
- Deve-se ter cautela em sua análise.
TCPS = (FP1/TF) X 100
TCPS = taxa de concepção ao primeiro serviço;
FP1 = total de fêmeas prenhas ao primeiro serviço;
TF = total de fêmeas inseminadas ou cobertas.
12. PERÍODO SECO (Pseco)
- Período compreendido entre o final da lactação e o próximo parto;
- Período necessário para a preparação da glândula mamária para uma nova lactação;
- Pode ser afetado: status nutricional do animal e pela interrupção da lactação.
Exemplo:
Uma vaca finalizou a lactação no dia 18/02/2012 e pariu no dia 18/04/2012 Pseco = DP – FL = 18/04/2012 – 18/02/2012 = 60 dias.
DP = dia do parto;
FL = dia do final da lactação.
13. IDADE AO PRIMEIRO PARTO (IPP)
- Tem forte impacto sobre o sistema produtivo;
- Influencia a taxa de reposição do rebanho, a pressão de seleção e a vida produtiva do animal;
- GMD = nutrição e genética.
Exemplo:
Considerando uma IPP de 24 meses:
Data de nascimento: 01/01/2009
Peso ao nascimento: 40 kg
Data da 1º IA: 22/03/2010
Peso a IA: 360 kg
Altura a IA: 1,25 metros
GMD = (peso a IA – peso ao nascimento) / (data nascimento – data na IA)
GMD = 0,72 kg/dia
14. VIDA ÚTIL DA VACA (VU)
- Espaço compreendido entre o primeiro parto e o descarte da vaca;
- Influenciado pela IPP;
- Quanto mais tempo a vaca ficar no rebanho, maior será sua contribuição para cobrir os gastos gerados por ela durante sua cria e recria.
15. TAXA DE CONCEPÇÃO (TC)
TC = ((Animaisvivos + natimortos + abortos + reabsorção) / Total de fêmeas aptas à reprodução) x 100
TC = ((52+5+4+5)/72) x 100
TC = 92%
16. TAXA DE PRENHEZ
TP = ((Animais vivos + natimortos + abortos) / Total de fêmeas aptas à reprodução) x 100
TP = ((52 + 5 + 4)/72) x 100
TP = 85%
17. TAXA DE REABSORÇÃO EMBRIONÁRIA (TRE)
TRE = (reabsorção / animais vivos + natimortos + abortos + reabsorção) /Total de fêmeas que conceberam) x 100
TRE = (5/(52+5+4+5) x 100
TRE = 7,5%
18. TAXA DE PARIÇÃO (TPA)
TPA= ((Animais vivos + natimortos) / Total de fêmeas aptas à reprodução) x 100
TPA = ((52+5)/72) x 100
TPA = 79%
19. TAXA DE ABORTO (TA)
Taxa de aborto (TA) TA = (abortos / animais vivos + natimortos + abortos) x 100
TA = (4/(52+5+4)) X 100
TA = 6,5%
20. TAXA DE NATALIDADE (TN)
TN= ((Animais vivos) / Total de fêmeas aptas à reprodução)) x 100
TN = (52/72) x 100
TN = 72%
21. SERVIÇO POR CONCEPÇÃO (SC)
SC = Total de IA’s/ (Animais vivos + natimortos + aborto + reabsorção)
SC = 121/(52+5+4+5)
SC = 1,83
ANÁLISE DE BENCHMARKING
“É um processo sistemático e contínuo de medida e comparações das práticas de uma organização com as práticas das melhores, no sentido de obter informações que a possam ajudar a melhorar o seu nível de desempenho.”
PRINCÍPIO
Grupo de empresas Quais são as melhores, com maior rentabilidade? Por que são melhores? Indicadores, práticas e processos.
VANTAGENS E LIMITAÇÕES
Vantagens
Segurança e exatidão: os valores são obtidos diretamente de unidades de produção presentes em mesmo ambiente político e sócio-econômico.
Limitações
Implantação de sistemas de acompanhamento das unidades de produção;
Dificuldade de abrangência dos resultados.
EXEMPLOS
CONSIDERAÇÕES
Anotar é necessário;
Abandonar o achismo;
Comparar com propriedades mais eficientes - Benchmarking;
Gerenciamento e planejamento.
QUIZZ
Você foi contratado como técnico para atender um grupo de 5 produtores de leite de baixa a média produção. Qual seriam as primeiras providências (básicas) a serem tomadas? Cite ao menos 2 e explique sua importância.
28/11CUSTOS DE PRODUÇÃO DE LEITE
Devido ao aumento da concorrência, da exigência do consumidor e da sustentabilidade, há a necessidade de GERENCIAMENTO, visando aumentar a COMPETITIVIDADE.
GERENCIAMENTO
Zootécnico;
Sanitário;
Econômico.
GERENCIAMENTO ECONÔMICO
Entender os fatores de produção (terra, capital, etc);
Identificar pontos de estrangulamento;
Suportar decisões técnicas;
Planejar a atividade;
Acompanhar o mercado.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
- Composição genética – zebu, mestiço ou europeu;
- Tipo de volumoso – pastagens, semi-confinado e confinado.
Sistemas de produção ↔ Custos de produção
AVALIÇÃO ECONÔMICA
Renda x Custos.
RENDA BRUTA DA ATIVIDADE
Tudo que gera valor no ciclo de produção:
- Venda de leite;
- Venda de animais;
- Venda de esterco;
- VIA (variação de inventário animal).
CUSTOS DE PRODUÇÃO DE LEITE
Compensação para continuar produzindo:
- Terra;
- Capital;
- Trabalho.
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
	CUSTO FIXO
	CUSTO VARIÁVEL
	Constante por unidade produzida
	Variável por unidade produzida
	Custo do curral
	Custo de alimentação
DEPENDE DA SITUAÇÃO E DA UNIDADE DE TEMPO!
PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS
Custo real x Custo estimado.
PARA SETORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Custo direto x Custo indireto.
CUSTO OPERACIONAL
CUSTO OPERACIONAL EFETIVO (COE)
É O DESEMBOLSO COM:
- Alimentação;
- Medicamentos;
- Manutenção;
- Mão-de-obra contratada;
- Energia;
- Combustível;
- Impostos;
CUSTO OPERACIONAL TOTAL (COT)
COE + MDO FAMILIAR + DEPRECIAÇÃO
MDO FAMILIAR
- Contabilizar todos os participantes;
- Remuneração justa.
DEPRECIAÇÃO
- Processo natural;
- Desgaste físico ou econômico;
- Custo de substituição.
CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO
1. Metódo linear:
- Simples;
- Com distorções.
2. Método exponencial:
- Mais complexo;
- Valores reais.
3. Outros métodos:
- Porcentagem constante – e.g. (10%);
- Método dos dígitos – complexo.
 
DEPRECIAR VACAS?
É preciso ter novilhas para reposição no rebanho, para que não haja depreciação de vacas, mas sim apreciação de novilhas.
CUSTO TOTAL (CT)
COT + TAXA DE JUROS = CT
TAXA DE JUROS
Juros sobre o capital investido ou custo de oportunidade.
CAPITAL INVESTIDO
- Valor atual ou de arrendamento;
- Valor médio;
- Valor atual;
- Custo de formação.
MARGEM BRUTA
EXEMPLOS:
1) 
PREJUÍZO FINANCEIRO ABANDONAR A ATIVIDADE
2)
NÃO COBRE AS DEPRECIAÇÕES E A MDO FAMILIAR SOBREVIVÊNCIA A CURTO PRAZO
3)
COBRE PELO MENOS PARTE DAS DEPRECIAÇÕES E MDO FAMILIAR SOBREVIVÊNCIA A MÉDIO PRAZO
MARGEM LÍQUIDA
1)
NÃO COBRE TOTALMENTE AS DEPRECIAÇÕES SOBREVIVÊNVIA A MÉDIO PRAZO
2)
NÃO HÁ REMUNERAÇÃO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO SITUAÇÃO DE ESTABILIDADE E ESTUDO DE NOVAS ALTERNATIVAS
3)
REMUNERA O CAPITAL INVESTIDO TEDÊNCIA DE PERMANECER NA ATIVIDADE
TAXA DE REMUNERAÇÃO DO CAPITAL
- = LUCRO;
- Determina a taxa real de retorno.
ATIVIDADE LEITEIRA X LEITE
Atividade leiteira: leite, cria e recria.
Segmentar por setores:
- Dificuldade de gerenciamento;
- Divisão correta dos insumos.
Divisão proporcional à renda bruta
EXEMPLOS
1)
2)
RBleite = venda de leite (R$/ano)
Custo médio do leite (R$/L) = Custo da atividade (R$/ano) x RBleite/RBatividade (%)
DISTORÇÕES NOS CÁLCULOS
Alternativas
1. Rebanho estabilizado Difícil;
2. Variação no inventário animal (VIA) Melhor opção.
VARIAÇÃO DO INVENTÁRIO ANIMAL (VIA)
- Venda “excessiva”;
- Compra “excessiva”;
- Retenção “excessiva”.
*APROXIMAM O REBANHO DE REBANHOS ESTABILIZADOS*
VIA (R$) = VALOR FINAL DO REBANHO – VALOR INICIAL DO REBANHO – COMPRA NO PERÍODO
QUANDO USAR?
EXEMPLO
INDICADORES REFERÊNCIA
DADOS DE CUSTO INTERPRETAÇÃO BENCHMARK
ESPECIFICIDADES REGIONAIS
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba:
Rebanhos de alta produtividade;
Acesso barato a grãos;
Alto custo da terra;
Sul de Minas:
Rebanhos de alta produtividade;
Alto valor dos animais;
Alto custo da terra.
Jequitinhonha/Mucuri:
Rebanhos de baixa produtividade;
Mão-de-obra barata;
Custo de produção baixo.

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