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Produção e Manejo de Suínos - Instagram @apostilasvet_danny_elis

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0 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
PRODUÇÃO E MANEJO DE SUÍNOS 
Danny Elis 
Medicina Veterinária - UFRGS 
2020/1 
 
 
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1 Produção e Manejo de Suínos 
Grade de Horários 
 
Datas de provas e saídas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 
07:30 
08:30 
09:30 
10:30 
11:30 
12:30 
13:30 
14:30 
15:30 
16:30 
17:30 
 
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2 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
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3 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
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4 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
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5 Produção e Manejo de Suínos 
Sumário 
PLANEJAMENTO ACADÊMICO SEMESTRAL ....................................................................................................................................7 
MERCADO, PERSPECTIVAS E PRODUTOS .....................................................................................................................................11 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO ............................................................................................................................................................15 
ESTRUTURA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO .............................................................................................................................................15 
HISTÓRICOS .................................................................................................................................................................................22 
DOMESTICAÇÃO ...........................................................................................................................................................................22 
MELHORAMENTO GENÉTICO .......................................................................................................................................................24 
ESTRUTURAS PIRAMIDAIS DE MELHORAMENTO GENÉTICO......................................................................................................................25 
PRINCIPAIS RAÇAS .......................................................................................................................................................................27 
RAÇAS CHINESAS ..........................................................................................................................................................................29 
RAÇAS NACIONAIS ........................................................................................................................................................................30 
LINHAGENS SINTÉTICAS DE SUÍNOS ...................................................................................................................................................31 
MANEJO REPRODUTIVO ..............................................................................................................................................................33 
REPOSIÇÃO E COBERTURA ...............................................................................................................................................................33 
GESTAÇÃO ..................................................................................................................................................................................41 
MANEJO NUTRICIONAL DA FÊMEA GESTANTE ......................................................................................................................................42 
MATERNIDADE - FÊMEAS ............................................................................................................................................................44 
MANEJO DOS LEITÕES: DO NASCIMENTO AO ABATE ..................................................................................................................48 
MATERNIDADE .............................................................................................................................................................................48 
CRECHE ......................................................................................................................................................................................52 
TERMINAÇÃO ...............................................................................................................................................................................53 
GESTÃO AMBIENTAL E MANEJO DE DEJETOS ..............................................................................................................................54 
 
 
 
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6 Produção e Manejo de Suínos 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 Produção e Manejo de Suínos 
Planejamento Acadêmico Semestral 
 
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8 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
 
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9 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
 
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10 Produção e Manejo de Suínos 
 Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 Produção e Manejo de Suínos 
Mercado, Perspectivas e Produtos 
 
Suínos são animais extremamente inteligentes, possuindo uma capacidade cognitiva equiparada a de uma criança de 
3 anos. Os suínos possuem uma ótima memória, sendo capazes de aprender tarefas simples com uma velocidade 
superior a cães, animais esses de reconhecida habilidade cognitiva. Além das suas habilidades cognitivas, os suínos 
são socialmente organizados, suscetíveis às emoções de outros animais do grupo. Mais de 20 vocalizações já foram 
identificadas, inclusive entre animais de fases iniciais, como os leitões. 
A utilidade comercial dos suínos vai muito além da produção de carne, gerando mais de 185 produtos. Alguns deles 
estão listados a seguir: 
 
 
 
A carne suína é a carne mais produzida no mundo. Segundo o portal Embrapa (2019), as 3 principais carnes 
produzidas no mundo em 2018 foram: 
• 1ª carne suína; 
• 2ª carne de frango; 
• 3ª carne bovina. 
Consumo per capita no mundo → 16 kg para a carne suína (frango → 14,5 kg; com tendência de superar o consumo 
de carne suína em um futuro próximo). O consumo de carne suína não tem uma distribuição linear, sendo muito 
concentrado em algumas regiões do globo. 
 
Em termos de produção, as outras carnes como ovelha, peru, cabra, pato, etc. representam uma parcela bem menos 
significativa, e se incluirmos o peixe ficamos com: 
• 115 milhões de toneladas de carne suína; 
• 108,6 milhões de toneladas de carne de frango; 
• 67,8 milhões de toneladas de carne bovina; 
• Somatório dos peixes (captura e aquicultura) → 160 milhões de toneladas. 
 
 
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12 Produção e Manejo de Suínos 
A produção de suínos está concentrada em algumas regiões do globo, merecendo destaque o Sudeste Asiático 
(China produz e consome 50% da carne suínado mundo) e o Meio Oeste Norte-americano (onde se localiza o 
cinturão do milho). 
No Brasil, o consumo de carne suína vem crescendo, e o consumo per capita de carne suína fica próximo de 15,9 kg 
per capita; a cada Kg que aumenta no consumo de carne, se aumenta a quantidade de matrizes para produção. 
 
Estima-se que a produção mundial seja de cerca de 107 milhões de toneladas de carne suína/ano, sendo os 
principais produtores nesta ordem: 1º China, 2º União europeia, 3º EUA e 4º Brasil. Somando a produção dos três 
primeiros colocados, já se tem 85 dos 107 milhões de toneladas. 
 
O consumo de carne suína está concentrado nos seguintes países, em ordem de importância: China, União Europeia, 
Estados Unidos, Rússia (consome mais do que produz, por isso precisa importar carne), Brasil e Japão. 
 
Exportação: apenas 7 milhões de toneladas (das 107 milhões que são produzidas), são vendidas no mercado externo, 
o restante é praticamente consumido dentro dos próprios países ou do mercado europeu. 
A China caiu para 5º no ranking de exportações. Os EUA vem em 1º, seguidos da União Europeia (2º), Canadá 
(3º) e Brasil (4º). A China exporta pouco comparado ao total produzido, mas acaba por exportar alguns 
cortes exclusivos, como a tripa, sendo o Brasil um de seus importadores. Grande parte do que é produzido 
no Brasil acaba por ser comercializado com a China e/ou Hong Kong. 
O consumo anual per capta na China é em torno de 36 kg. Países como Espanha, Dinamarca, República 
Tcheca consomem aproximadamente 60 kg/ano. Nesses países, o consumo de carne suína é tão elevado 
devido ao seu preço atrativo, especialmente em comparação com a carne bovina. 
 
A febre aftosa é uma barreira sanitária para a exportação. Santa Catarina é um estado livre de febre aftosa sem 
vacinação, sendo responsável por praticamente 55,5% do total exportado. Grande parte das exportações 
catarinenses é destinada ao Japão. Caso a doença seja novamente registrada no estado, uma série de embargos 
seria imposta. 
 
 
 
Fonte: https://www.embrapa.br/suinos-e-aves/cias/estatisticas/suinos/brasil 
https://www.embrapa.br/suinos-e-aves/cias/estatisticas/suinos/brasil
 
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13 Produção e Manejo de Suínos 
Importação: 7 milhões de toneladas comercializadas - O principal importador de carne suína é o Japão, seguido de 
Rússia, México, China e Coreia do Sul. 
 
 
Fonte: Associação brasileira de proteína animal. 
 
Peste Suína Clássica: apesar da necessidade de erradicação da doença, ela é controlável com a utilização de vacina. 
 
Peste Suína Africana: não tem vacina. Chega a dizimar populações, sendo de difícil erradicação. 
Grande surto desde 2005 na Rússia e no Leste Europeu, se alastrou para a parte Asiática da Rússia, e foi inicialmente 
reportada na China em agosto de 2018 --desde então, a patologia já se espalhou por todo o país, matando milhões 
de suínos e reduzindo o tamanho da criação de porcos chinesa em mais de 40% devido ao difícil controle e alta 
mortalidade. 
Em maio de 2013, ocorreu a abertura do mercado japonês para a carne suína brasileira, que habilitou 8 frigoríficos 
para a exportação. O processo de abertura desse mercado se iniciou 20 anos antes, com a suspenção da vacinação 
em 1993. Em 2016, ocorreu também a abertura do mercado a Coreia do Sul. 
O Brasil teve um salto na exportação nos anos 2000, se mantendo com uma média anual de exportação em torno de 
600 mil toneladas. Um fator preocupante é a dependência do mercado russo e chinês, principais compradores. A 
produção no Brasil cresceu 100% de 1997 a 2008, crescendo mais modestamente desde então, cerca de 10% até os 
dias de hoje. A produção anual aumentou cerca de 7%, um crescimento bem expressivo. 15 a 20% da carne suína 
brasileira é exportada. 
 
Há espaço para um aumento do consumo per capta do brasileiro → as médias passaram de 60 kg para 80 kg de 
carne ao ano. Grande parte do consumo se dá na forma de embutidos frescais e processados, sendo muito pouco o 
consumo in natura quando comparado a outros países. 
 
A produção brasileira de carne suína vem crescendo consideravelmente nos últimos anos, saindo de 2621 mil 
toneladas em 2004 e chegando a 3731 mil toneladas em 2016, tendo em 2013 apresentado uma redução de 25% na 
produção e exportação devido a um embargo imposto pela Ucrânia, um dos principais importadores, que alegou a 
presença de uma bactéria na carne suína brasileira na época. 
 
 
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14 Produção e Manejo de Suínos 
Os principais estados produtores de carne suína no Brasil, em 2016, são SC (26%), PR (22%), RS (21%), MG (11%), MT 
(5%), GO (4%), e MS (4%). 
 
Estado 2017 2018 2019 
SC 23,38% 27,9% 29,59% 
PR 21,01% 21,78% 19,85% 
RS 19,53% 18,93% 19,26% 
MG 11,03% 10,75% 11,16% 
MT 6,05% 6,09% 6,71% 
SP 5% 3,31% 4,9% 
MS 4,33% 4,81% 4,85% 
GO 4,15% 3,95% 3,54% 
AC 0,1% 0,1% 0,11% 
BA 0,02% 0,02% 0,01% 
SE 0,01% 0,01% 0,01% 
DF 0,4% 0,33% 
 
Fonte: Relatórios anuais da Sociedade Brasileira de Proteína Animal (SBPA). Anos 2018, 2019, 2020. 
 
Perspectivas: 
Aumento do consumo de carne suína para 154,7 milhões de toneladas/ano para 2030 (Crescimento de 51%, ou seja, 
52 milhões toneladas a mais serão produzidas todos os anos para atender essa demanda crescente. Quantas 
matrizes terão que ser colocadas no campo se cada brasileiro aumentar em 1 kg/ano o seu consumo de carne suína? 
Precisariam ser alojadas a campo mais de 100 mil matrizes para este fim. Para suprir as 52 milhões de toneladas 
estimadas para 2030 → 28 a 31 milhões de matrizes. 
 
 
 
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15 Produção e Manejo de Suínos 
Sistemas de Produção 
Estrutura do Sistema de Produção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de sistemas de produção 
1) Ciclo completo: engloba todas as fases de produção na mesma granja; (tende a desaparecer porque cada 
vez mais se busca a especialização em cada categoria). 
2) Creche: recebe pré-puberdade e faz IA (inseminação artificial), vai da gestação até maternidade, lactação e 
desmame. 
3) Terminação: recebe da creche, engordando os animais até o abate. 
4) Produção de reprodutores: multiplicação – recebe fêmeas crescidas e aptas sexualmente da granja núcleo 
genética. 
 
Granja Ciclo Completo 
Faz todos os estágios, das fêmeas suínas e dos leitões 
Vantagens do ciclo completo: 
- Reduz o transporte (que é um custo significativo e de alto estresse), além de possibilitar uma maior 
biossegurança. 
 
Múltiplos sítios: 
(mais comum) 
UPL 
Unidades produtoras de leitões, que fazem as fases de reprodução, até a creche. 
UPD 
Unidades produtoras de desmamados, produzem leitões até o desmame. 
Creche 
Maiores cuidados e gastos com as instalações (pisos de plástico para manter os animais longe dos 
dejetos, maior cuidado com o conforto térmico) 
Crescimento-Terminação 
Existem mais terminadores, pois o período é maior, acumulando mais animais. 
É a fase mais fácil e mais barata de manejo. Menos cuidados que a creche, instalações mais baratas. 
Wean-to-Finish 
Os animais permanecem em uma única instalação o desmame até a terminação/abate. 
Comum nos EUA, Canadá e Europa. 
Vantagens de múltiplos sítios 
Mão de obra especializada, mais barato, biosseguridade, ampliação de pequenas granjas. 
Produção independente: 
Todas as granjas em SP (suinocultura mais conservadora) 
Não há vínculo contratual fixo, geralmente CC ou UPL, maior risco e chance de lucro. 
Produção integrada: maioria das granjas do RS 
Agroindústria e cooperativas, assistência técnica e insumos, mão de obra e instalações. 
Maioria dos abates industriais. 
Recebe o animal da cooperativa ou agroindústria, recebe insumos, medicamentos e 
assistência técnica. 
CPS 
GRSC 
Granjas Comerciais 
Introdução de material genético de animais importados 
e sêmen congelado; CPS – central produtora de sêmen. 
Granjas destinadas a 
comercialização de 
reprodutoras/ certificadas. 
 
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16 Produção e Manejo de Suínos 
Remuneração do produtorse dá pelo desempenho da granja deste produtor 
Cooperativa não é tão exigente com o desempenho do produtor quanto à agroindústria. 
 
 
Granjas UPL/UPD 
Maior preocupação com a biosseguridade, pois os leitões são mais suscetíveis as doenças, uma vez que 
serão realocados a diferentes granjas. 
Controlar: entrada de pessoas, animais e veículos, entrada de insumos, vazio sanitário, controle de roedores 
e vetores. 
Unidade acessória: escritório, banheiros, vestiários, etc. Importante para a biosseguridade. 
Nestas granjas ficam as matrizes, mas não necessariamente os machos. 
 
Leitoas ou marrãs – fêmeas jovens que iniciarão a vida reprodutiva. 
Porcas (matrizes suínas) – fêmeas que já estão em reprodução. 
MÉDIA: 25 leitões desmamados/porca/ano; melhor maneira de avaliar o desempenho reprodutivo das matrizes. 
META: 30 leitões desmamados/porca/ano 
 
Formas de Criar 
1) Confinamento 
2) Semiconfinamento 
3) SISCAL (sistema de criação de suínos ao ar livre → piquete → necessário muita mão de obra e grande área. 
 
Quanto à Sanidade 
1) Granja tradicional; 
2) Granja de Alta-saúde ou doença mínima: Granja de reprodutores suídeos certificada (GRSC): 
a. São granjas que além de vender reprodutores, vendem animais de exposição, feiras e leilões. 
b. Precisam seguir as recomendações da IN 19 de 2002, ou seja, deve ser livre das doenças de 
notificação obrigatória: 
i. Peste Suína Clássica; 
ii. Aujesky; 
iii. Brucelose; 
iv. Leptospirose; 
v. Tuberculose; 
vi. Sarna. 
c. Devem também ser livres das doenças de notificação opcional: 
i. Rinite atrófica progressiva (RAP); 
ii. Pneumonia enzoótica; 
iii. Pleuropneumonia suína; 
iv. Disenteria suína. 
v. Classificação a partir de quantas doenças ela é livre: 
1. Nível 1: livre das 4; 
2. Nível 2: livre de pelo menos 2; 
3. Nível 3: livre de uma; 
4. Nível 4: sem doença opcional certificada. 
d. São classificadas quanto ao grau de vulnerabilidade também: 
i. A – Bem protegida; 
ii. B – Baixa vulnerabilidade; 
iii. C – Moderada; 
iv. D – Altamente vulnerável. 
3) Livre de doenças específicas (SPF) 
 
 
 
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17 Produção e Manejo de Suínos 
Sistemas de Produção 
1) Tradicional: ciclo completo, ou seja, produção em 1 sítio: gestantes, lactantes e leitões (GLL), creche e 
terminação. 
2) Produção em 2 sítios: GLL → gestação, maternidade e creche (1ºsitio) e terminação (2ºsitio). 
3) Produção em 3 sítios: GLL → gestação/maternidade (1º sitio), creche (2º sitio) → terminação (3º). 
4) Produção em múltiplos sítios: 
GLL → creche 1 (turma 1 e 2) → creche 2 (turma 3 e 4) → creche 3 (T5 e 6) → creche 4 (T7 e 8). 
5) Produção em “wean-to-finish”: 
GLL → creche, crescimento e terminação. (aloja leitões desde a desmama até o peso de abate) 
6) Sítio 4 ou 4º sítio: recebe as leitoas de reposição são preparadas em local específico para depois ir pro 1º 
sitio.; 
7) Sítio 5 ou 5º sítio: igual ao sito 4º, só que ele deixa a matriz parir, elas são inseminadas e manda as 
primíparas. 
Abastece as granjas conforme necessidade, mas ao invés de enviar leitoas, envia primíparas gestantes no 
D40 a 50. 
 
Faixas Etárias 
Matrizes: dividas em: 
Reposição (nulíparas ou leitoas); 
Produção (primíparas ou pluríparas); 
Vão de OP0 a OP10 (ordem de parto 1 a 10). 
Incluem leitoas de reposição, fêmeas gestantes, fêmeas em lactação, fêmeas vazias e fêmeas de 
descarte. Normalmente, a matriz suína se paga com 3 parições. A partir do 3º parto, a matriz poderá ser 
reposta, dependendo da taxa de reposição da granja. 
Leitões: 
Recém-nascidos; 
Amamentação (desmame em 21 ou 28 dias); 
Desmamados vão para a creche = até cerca de 60 dias. 
Suínos: 
Crescimento (60 a 90 dias); 
Crescimento e terminação (60 até 150-180 dias). 
Machos: 
Jovens divididos em: 
Reposição; 
Utilização (são jovens até 1 ano); 
Adultos são os com mais de 12 meses; 
Rufiões (vasectomizados ou não – diagnóstico de cio); 
Descarte. 
 
 
 
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18 Produção e Manejo de Suínos 
Instalações 
1) Maternidade: as fêmeas são alocadas 3 a 5 dias antes do parto e permanecem até o momento do desmame 
(21 ou 28 dias). 
 
 
2) Creche: desmame até 56-65 dias. 
 
 
3) Recria/crescimento: até 90 dias. 
 
 
 
 
 
 
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19 Produção e Manejo de Suínos 
4) Recria/terminação: 60 a 150-180 dias (ou 90 a 130 kg). 
 
 
5) Para a reprodução e gestação: para reprodução é necessário um local de diagnóstico de cio, para IDE 
(intervalo de desmame ao estro) e para leitoas de reposição de IA. Gestantes podem ficar em gaiolas ou 
baias. 
 
 
 
 
 
Sistema Tradicional 
O sistema tradicional é o que ocorre em um único sítio. É preferível utilizar uma granja especializada para cada fase 
da produção. 
1 sítio (desuso), 2 sítios, 3 sítios, múltiplos sítios e wean-to-finish. 
Sítios permitem o uso de instalações exclusivas: 
Separa leitoas, creche e terminação. 
Evita que os problemas se espalhem ao longo de diferentes etapas. 
A cada 2000 matrizes → 1200 desmamados/ano. 
 
Wean-to-finish 
Gestantes/lactantes/leitões (GLL): desmame com 21 dias (usa 3 semanas) 
Aloja com 21 dias e abate com 147 dias (usa 18 semanas) 
 
4º Sítio (ou sítio 4) 
Leitoas 150 dias → indução da puberdade → IA → envia leitoas gestantes 
 
5º sítio (ou sítio 5) 
Leitoas 150 dias → IA → gestação → lactação e desmame → IA → envia primíparas gestantes 
Isola os leitões de primíparas em granjas especializadas. 
Melhor para maior controle sanidade e concentra a fase de maiores perdas em uma granja específica, bonificando 
esse local. 
 
 
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20 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
 
 
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21 Produção e Manejo de Suínos 
 
 
 
 
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22 Produção e Manejo de Suínos 
Históricos 
 
A origem dos suínos modernos está atrelada a três espécies de javalis: 
 
Sus scrofa scrofa, originária da Europa e do norte da África 
 
Sus scrofa vittatus, originária da Indonésia, Japão e China 
 
Sus scrofa cristatus, originária da Índia 
 
A espécie Sus scrofa mediterraneus seria uma intermediária entre as duas primeiras. 
 
As pinturas ruprestes encontrados nas grutas de Altamira, na Espanha e reproduzidas no Museu Nacional Alemão 
(DeutschesMuseum) de Munique mostram que o javali já era conhecido na Europa há 15.000 anos. 
 
A história do javali (Sus scrofa Linnaeus 1758) remonta a milhões de anos. Fósseis revelam que há cerca de 48 
milhões de anos, mamíferos onívaros habitavam as florestas e pântanos nos quais foi formado o carvão. Estes 
fósseis, conhecidos como Entelodontidae são considerados os antecedentes mais remotos do animal que 
conhecemos hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Domesticação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9000 a.C. 
Sus scrofa 
domesticus 
Sus scrofa 
scrofa 
Sus scrofa 
vittatus 
Sus scrofa 
cristatus 
 
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23 Produção e Manejo de Suínos 
Idade Média 
Menor necessidade de defesa; 
Alimento disponível sem esforço; 
Seleção de animais: 
População operária; 
Energia, gordura. 
 
 
 
Seleção empírica 
Crescimento Tardio: animal tipo banha. 
 
Pós-guerra 
Produção industrial de óleo vegetal 
Associação de consumo de gordura animal como causa de doenças. 
Seleção de animais: 
Carne magra; 
Cruzamentos planejados; 
Avaliação e tipificação de carcaças. 
Animais tipo carne: 
Posterior desenvolvido; 
Seleção aprimorada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2,36 
13,3 
11,2 
 
 
 
 
115 Kg 
159 dias 
1:2,21 
 
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24 Produção e Manejo de Suínos 
Melhoramento Genético 
 
Ferramentas; 
Avaliação Fenotípica e Genotípica 
Pirâmides 
Mais de 350 raças suínas catalogadas 
 
 
Classificação: 
 
 
 
 
 
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25 Produção e Manejo de Suínos 
Estruturas Piramidais de Melhoramento Genético 
(Texto retirado de “Produção de Suínos: Teoria e Prática” – ABCS, 2014) 
Em genética, convencionou-se dar o nomede pirâmide à forma da estrutura dos diferentes estratos de produção de 
um programa de melhoramento genético. Essa forma dá uma ideia de como esses estratos estão distribuídos, bem 
como os volumes de animais em cada um desses estratos e a estratégia de seleção a ser aplicada no programa. 
 
A estrutura de um programa de melhoramento genético é relevante devido a dois aspectos da estratégia de seleção: 
1. o de melhoramento genético: de que modo determinar os animais geneticamente superiores; 
2. o da disseminação dos genes dos animais geneticamente superiores: como fazer para que esses animais 
geneticamente superiores disseminem seus genes mais rapidamente por toda a população. 
 
Esses dois aspectos também estão relacionados com o sistema de produção da espécie em questão. Além disso, os 
tipos de animais a serem produzidos, e, mais ainda, os tipos de cruzamentos utilizados para a sua produção é que 
vão definir a estrutura dessa pirâmide. outros aspectos “não genéticos” também estão envolvidos na definição dessa 
estrutura, aspectos tais como o perfil sanitário das populações e o investimento necessário em cada um dos 
estratos. 
 
Estrutura de um programa de melhoramento genético de suínos 
No caso da espécie suína, normalmente a pirâmide possui bem definidos todos os estratos de produção. Isso 
acontece devido, principalmente, à estrutura de um programa de melhoramento genético de suínos estar baseada 
em cruzamentos, bem como esses programas estarem estruturalmente bem organizados, ou seja, com uma 
definição clara de quais são os agentes que atuam em cada um dos estratos. Com a profissionalização cada vez 
maior da suinocultura e a necessidade de altos investimentos em genética, principalmente na área molecular, os 
rebanhos núcleos estão cada vez mais concentrados, e, normalmente, nas mãos de empresas especializadas em 
melhoramento genético. 
 
 
Sendo assim, a pirâmide é formada no seu topo pelo estrato núcleo, onde estão localizadas as granjas que possuem 
os rebanhos puros ou sintéticos, rebanhos esses compostos de um menor número de animais, quando comparados 
aos demais estratos. Porém, esse estrato possui os animais de maior valor genético dentro da população como um 
todo e no qual são aplicados os protocolos de avaliação genética, bem como os controles de acasalamento dos 
animais, com o objetivo de manter a variabilidade genética e identificar geneticamente os melhores indivíduos da 
população. Nesse estrato, há alta intensidade de seleção, com vistas a maximizar o progresso genético. O 
dimensionamento dos rebanhos núcleos depende da intensidade de seleção aplicada e das taxas de reposição nos 
rebanhos núcleos e nos rebanhos multiplicadores e comerciais. 
 
O estrato seguinte, chamado de multiplicador, recebe os animais puros ou sintéticos das granjas núcleos e promove 
o cruzamento entre eles, produzindo os animais cruzados ou híbridos que serão utilizados no estrato comercial. 
nesse nível da pirâmide, em geral, o objetivo é promover o cruzamento entre as raças puras ou sintéticas, de 
maneira que se obtenha a complementaridade de características entre as raças, além de buscar maximizar a 
heterose, atendendo à demanda de animais de reposição do estrato comercial. O dimensionamento dos rebanhos 
 
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26 Produção e Manejo de Suínos 
multiplicadores se dá de acordo com a taxa de aproveitamento dos animais cruzados ou híbridos, além de considerar 
a taxa de reposição aplicada no rebanho comercial. 
 
O estrato comercial recebe os animais do estrato de multiplicação ou núcleo, dependendo do sistema de 
cruzamento utilizado, produzindo os animais de abate. O melhoramento genético na base da pirâmide é, portanto, 
alcançado como consequência da transferência dos genes selecionados nos estratos superiores. 
 
É importante ressaltar que, por questões sanitárias, o fluxo de animais na pirâmide é normalmente do topo, 
rebanhos núcleos, para a base, rebanhos multiplicadores e comerciais. Além disso, o fluxo de animais nos diferentes 
estratos da pirâmide dependerá do sistema de cruzamentos utilizado, tendo esse fluxo impacto na agilidade de 
transferência dos genes selecionados nos estratos superiores, e, consequentemente, no lag genético, que é a 
diferença genética entre indivíduos nascidos em um nível do sistema e aqueles nascidos do sistema como um todo 
em um nível superior em determinado momento. Outros fatores que interferem no lag genético são: a taxa anual de 
ganho genético no estrato núcleo, a superioridade genética dos animais transferidos e a porcentagem de reposição 
dos machos e fêmeas em todos os estratos. 
 
 
 
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27 Produção e Manejo de Suínos 
Principais Raças 
Landrace: 
Pelagem: branca 
Cabeça: média 
Perfil cefálico: retilíneo 
Orelhas: célticas 
Adaptada ao clima tropical 
Precocidade, prolificidade e ótimo desempenho 
Compridos com pernis de ótima conformação 
Boas características maternas 
 
 
 
 
Large White (Yorkshire) 
Pelagem: branca 
Cabeça: média 
Orelhas: asiáticas 
Perfil cefálico: côncavo 
Boas características maternas 
Prolificidade, rusticidade e ótimo desempenho 
Alto rendimento e qualidade de carcaça 
Animais longos com bons pernis 
 
 
 
 
 
Duroc 
Pelagem: vermelha com variação de tonalidades 
Cabeça: pequena 
Perfil cefálico: sub-côncavilíneo 
Orelhas: ibérico 
Dorso e lombo levemente arqueados 
Rusticidade, precocidade e bons aprumos 
Qualidade da carcaça e carne (marmoreio) 
Baixa habilidade materna 
 
 
 
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28 Produção e Manejo de Suínos 
Pietran 
Pelagem: branca com manchas pretas 
Cabeça: larga 
Orelhas: asiáticas 
Perfil cefálico: concavilíneo 
Pouca gordura corporal, excelente área de lombo 
Raça dos “4 pernis” 
Praticamente livre do gene halotano 
+ Carcaças com mais carne magra 
- PSS -Porcine Stress Syndrome 
- Predisposição ao PSE 
 
 
 
 
Hampshire 
Pelagem: preto com faixa branca 
Orelhas: asiáticas 
Perfil cefálico: côncavo ou subcôncavo 
Curto e bom desempenho 
Baixa habilidade materna 
Gene RN - 
 
 
 
 
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29 Produção e Manejo de Suínos 
Raças Chinesas 
Meishan: 
Prolificidade 
+ 3 a 4 leitões por leitegada, em média, do que as raças Landrace e Large White 
- Menor peso dos leitões ao nascer, menor taxa de crescimento, mais gordura 
Cruzamentos 
 
 
 
 
Naïma 
Prolificidade excepcional, baixa mortalidade embrionária, alta taxa de ovulação. 
Leitões numerosos, uniformes e vigorosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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30 Produção e Manejo de Suínos 
Raças Nacionais 
Piau, caruncho, canastra, moura, etc. 
Baixa prolificidade, crescimento tardio, rusticidade. 
Grande ameaça de extinção. 
 
 
 
 
 
 
Moura: 
Rusticidade e resistência a doenças 
Qualidade de carne: marmoreio e coloração 
 
 
 
 
 
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31 Produção e Manejo de Suínos 
Linhagens Sintéticas de Suínos 
(Texto retirado de “Produção de Suínos: Teoria e Prática” – ABCS, 2014) 
Linhas sintéticas ou compostas de suínos resultam do cruzamento único ou sequencial de machos e fêmeas de duas 
ou mais raças, formando um novo genótipo contendo genes de cada uma das populações de origem. 
 
No desenvolvimento de linhas sintéticas, pode-se objetivar: 
a) a formação de um novo grupo genético com percentuais fixos de cada uma das raças de origem; 
b) a formação de um novo grupo de animais com capacidade genética específica para uma ou mais 
características de importância econômica. 
 
Na sua formação, deve-se obedecer a algumas regras fundamentais: 
1) Certificar-se de que os animais usados nos cruzamentos originais tenham sido intensamente selecionados 
para as características relevantes; 
2) Maximizar a variabilidade genética em termos de valores genéticos nos grupos genéticos ou raças de 
fundação, utilizando o maior número possível de animais não aparentados. 
 
Uma vez formada a nova linha sintética, deve-se melhorá-la por meio de seleção, com o objetivo de obter animaisgeneticamente superiores para as características de interesse. Esse novo grupo de animais pode se constituir, com o 
tempo, em uma nova raça. 
Os objetivos a serem alcançados com linhas sintéticas podem variar, mas geralmente concentram-se em alta 
prolificidade em linhas sintéticas maternas e em alta eficiência alimentar e rendimento de carne em linhas sintéticas 
paternas. 
A importância do aumento no número de leitões produzidos por leitegada e por porca por ano fez com que 
houvesse um grande interesse do mercado por genótipos com alta prolificidade. Para isso, foram desenvolvidas 
linhas hiperprolíficas em raças puras, tanto em Landrace como em Large White, mas principalmente na última, e 
linhas sintéticas do cruzamento de Landrace, Large White e outras raças com uma ou mais raças chinesas de suínos 
de alta prolificidade, como a Meishan. 
No PBB, esses novos grupos genéticos são denominados de “Puros Sintéticos”. Em termos reprodutivos, eles 
funcionam como qualquer raça pura, com acasalamentos entre machos e fêmeas do mesmo grupo. o número de 
registros desses animais vem crescendo e, em 2011, superou o número de registros juntos de Duroc e Pietrain. 
 
SUÍNO LIGHT MO25C 
Cruzamento de Landrace, Large White e Moura 
Suculência (marmoreio), utilizada para produtos curados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORCO PRETO IBÉRICO: 
Regional, carne com mais coloração e gordura. 
Carne de alto valor comercial (PATA NEGRA). 
Animais são alimentados com castanhas de corticeira, para que o sabor da castanha fique na gordura. 
 
 
 
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32 Produção e Manejo de Suínos 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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33 Produção e Manejo de Suínos 
Manejo Reprodutivo 
Reposição e Cobertura 
 
Fases da Produção de Suínos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fases da produção intensiva: 
Gestação 
114 dias – as matrizes ficam no galpão de gestação 
Pode ser em baias individuais ou coletivas, o ideal é que fique em baia individual até a fase 
fetal da gestação, para não perder a gestação na fase embrionária por ocorrências de brigas. 
Lactação 
Na suinocultura comercial – 21 a 28 dias. 
O desmame comercial é abrupto, diferente do convencional 
Vantagem de utilizar os 21 dias é fazer com que a porca entre em cio mais cedo novamente e 
maximizar a produção de leitões por ano. 
Utilizar os 28 dias, ajuda a facilitar a adaptabilidade dos leitões nas próximas fases. 
Intervalo desmame-cio ou desmame-cobertura (IDC) 
4 a 6 dias para a matriz voltar ao cio e ser inseminada novamente. 
Dias não produtivos - não devem ser muitos, devem ser minimizados 
 
Reprodução: 
 
Eficiência Reprodutiva = nº leitões desmamados/porca/ano 
 
 
 
Média: 2,4 partos/porca/ano. 
Meta das granjas é 30 leitões desmamados/porca/ano. - Melhor maneira de medir produtividade. 
Esmagamento é a maior porcentagem de morte em leitões - quando a porca deita em cima dos leitões. 
 
 
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34 Produção e Manejo de Suínos 
Leitões nascem com peso médio de 1,3 Kg. 
Peso médio ao nascer diminui, conforme aumenta o número de leitões por gestação. 
Desmame com 6 a 8 Kg 
Creche 
Por tempo: 42 dias; 
Por meta de peso: média de 25 a 28 Kg (dependendo do peso inicial de entrada na creche). 
Crescimento-Terminação 120 a 140 Kg (+- 110 dias) 
Terminação quando o animal estaciona o ganho de massa muscular e começa a acumular tecido adiposo. 
Diferença entre crescimento e terminação - manejo nutricional 
 
Granjas UPL/UPD 
Maior preocupação com a biosseguridade, pois os leitões são mais suscetíveis as doenças e porque estes 
leitões vão ser destinados a diferentes granjas. 
Nestas granjas ficam as matrizes, mas não necessariamente os machos. 
 
Leitoa ou marrã – animais que estão sendo inseridas na vida reprodutiva. 
Porcas – animais que já estão em reprodução. 
MÉDIA: 25 leitões desmamados/porca/ano; melhor maneira de avaliar o desempenho reprodutivo das matrizes. 
META: 30 leitões desmamados/porca/ano 
 
Reposição: 
 
35 a 50% 
 
Involuntário (ou biológico): 
Taxa de mortalidade (4 - 9% no brasil, > verão, > periparto) 
Falhas reprodutivas (anestro, abortos, distocia) 
Baixos índices produtivos (hab. materna, leite) 
Idade (OP>7); 
Tamanho e problemas locomotores. 
Taxa de reposição é alta mesmo que o manejo seja ótimo, pois terão animais descartados por idade 
devido à queda da produção, aumento do consumo de ração e, consequentemente, aumento dos 
custos para a granja. 
Os custos da matriz começam a se pagar a partir do 3º parto. 
Mortalidade maior entre fêmeas (matrizes) que animais em terminação, a exigência em matrizes é 
maior. 
 
Voluntário: 
Econômico (promovido por uma decisão gerencial de caráter técnico ou econômico) 
Exemplo: baixa produtividade individual histórica ou risco de baixa produtividade futura 
Objetivo: Introduzir animais superiores. 
 
Lotes de reposição: 
Duas origens: Empresas genéticas e animais da própria granja (auto-reposição). 
Auto-reposição: produz seus animais de reposição, passam a assumir a responsabilidade que antes 
era das empresas de genética - mais trabalho e, talvez, menos custo. Escolha das características que 
quer manter, maior segurança. 
Empresas: maior parte das granjas faz compra. 
Controle de ganho de peso: importante nas matrizes também. 
Cuidados: Quarentena (>28 dias) - monitorar animais novos para possíveis doenças, baias coletivas e 
programa de vacinação. 
 
 
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35 Produção e Manejo de Suínos 
Fluxo dos animais de Reprodução 
O intervalo desmame-estro: fêmea que estava lactando e o leitão desmamou, vai para o diagnóstico do cio. Quando 
este é detectado, realiza-se a inseminação. Uma vez inseminada, espera-se que entre em gestação, vá para a 
maternidade, desmame e novamente comece um novo ciclo. Quando algumas fêmeas retornam ao cio após a 
primeira inseminação, se dá uma 2ª chance, e em caso de nova repetição de cio, esta fêmea é encaminhada para o 
descarte (descarte voluntário). 
 
Uma unidade produtora de leitões (UPL) tem normalmente uma meta de leitões para entregar toda semana; se 
precisa entregar 1200 e entregou 1000, é necessário investigar o que aconteceu com os 200 que faltaram; é preciso 
gerar e desmamar conforme a demanda. Para isso se controla: 
1) Tamanho da leitegada; 
2) Nº de matrizes inseminadas (60% da meta vem daqui); 
3) Taxa de parição; 
4) Mortalidade na leitegada. 
 
Procedência das fêmeas para IA semanal em uma granja de 1000 matrizes 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑓ê𝑚𝑒𝑎 =
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑎𝑛𝑜
 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
=
365
140
= 2,6 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 = (1000 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠 ×
2,6
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜
𝑎𝑛𝑜
𝑓ê𝑚𝑒𝑎
) = 2600 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜
=
2600
52
 = 50 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎 
 
 
 
Dessas 50 que pariram, cerca de 8 morrem ou são descartadas: 
Sobram 42 para a próxima inseminação. 
É preciso fazer a reposição das descartadas/mortas: REPONHO + 8 FÊMEAS. 
 
 
 
Das inseminadas: 
Algumas retornam ao cio e não emprenharem (REPONHO +3); 
É preciso considerar as oportunistas (REPONHO +2). 
Assim minha meta de cobertura é 55 fêmeas, já que se considera que 90% vão parir (taxa de parição) 
Assim, teremos os 50 partos por semana. 
 
Esse é o fator nº2 = número de matrizes emprenhadas. 
 
 
Inseminar 
10% a mais! 
 
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36 Produção e Manejo de Suínos 
Definição da Frequência dos Lotes 
Granjas de mais de 1000 matrizes terão partos semanais tranquilamente, as menores possuem menos partos e 
menos leitões para serem entregues, e as muito pequenas entregam leitões de origem múltipla, o que é ruim. 
Para as granjas menores o que se faz é diminuir o ritmo de partos/lotes (fazer quinzenal e não semanal)para ter 
maior número de leitões e que os animais entregues sejam contemporâneos, padronizando peso/idade na entrega. 
Assim, 1 parto a cada 140 dias → 2,6 partos por ano e 12 leitões a cada parto por fêmea. 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑓ê𝑚𝑒𝑎 =
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑎𝑛𝑜
 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
=
365
140
= 2,6 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
𝐿𝑒𝑖𝑡õ𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑚𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠
𝐹ê𝑚𝑒𝑎
𝐴𝑛𝑜
= (�̅� 𝑙𝑒𝑖𝑡õ𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑚𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠 × 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑎𝑛𝑜) = 
 
12 × 2,6 = 31,2 𝑙𝑒𝑖𝑡õ𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑚𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑓ê𝑚𝑒𝑎 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 
 
 
Para desmame em 21 dias + 5 dias de IDE (intervalo desmame/estro) e os 114 dias de gestação: 
 
 
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 =
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
 = 
140
7
= 20 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜. 
 
Então: 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 = 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
= 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 = 
1000 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
20 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
= 50 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 
 
 
 
 
 
Para desmame em 27 dias + 5 dias de IDE (intervalo desmame/estro) e os 114 dias de gestação: 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 = 
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
=
147
7
= 21 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
 
 
Então: 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜
= 
 
 
 
 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 =
1000 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
21 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 
= 42 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 
 
Lembrar de inseminar 
10% a mais! 
Lembrar de inseminar 
10% a mais! 
 
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37 Produção e Manejo de Suínos 
 
O problema é se o produtor tem só 200 matrizes, nesse caso para otimizar não se faz lotes semanais e sim de 28 
dias: 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 =
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
=
140
28
= 5 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
Então: 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜
=
200
5
= 40 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 
 
 
 
 
 
Assim, para o pequeno produtor se faz uma produção em bandas, diminuindo o número de lotes 
aumentando o intervalo entre os lotes. Assim, o produtor consegue produzir o número necessário de leitões 
para entregar por lote, 40 x 12 leitões = 480 leitões. 
 
Num sistema semanal se calcula quantas salas serão necessárias na maternidade para se ter o alojamento de 7 dias, 
mais os 21 dias de lactação, mais os 7 dias de vazio sanitário. 
Para calcular o número de salas: 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑎𝑠 =
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 + 𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
= 
 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑎𝑠 =
21 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 + 7 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
7 𝑑𝑖𝑎𝑠
=
35
28
= 5 𝑠𝑎𝑙𝑎𝑠 
 
 
 
 
 
Lembrar de inseminar 
10% a mais! 
 
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38 Produção e Manejo de Suínos 
Desenvolvimento reprodutivo 
Fatores influentes: 
Idade (5-7 meses) 
Genótipo (híbridas são mais precoces, 115d na Meishan) 
Nutrição 
Alojamento (grupo favorece precocidade) 
Estresse (cortisol) -pode antecipar a puberdade 
Presença do macho – pode estimular o desenvolvimento do sistema reprodutor. 
Feromônios esteróides presente nos machos 
3α-androstenol 
5α-androstenona 
Outros estímulos 
Outros odores corporais, visuais, auditivos 
 
Antigamente: 
Se causava alto estresse nos animais ou alojava-se as fêmeas em uma baia e o macho em outra (lado 
a lado) com contato visual, estimulo auditivo, feromônios e outros odores corporais. 
Atualmente: 
Manejo diário, leva-se o macho maduro (>11 meses) até as fêmeas (>150 dias), contato físico direto 
em tempo adequado (20 min), alternar os machos, por 40-50 dias (onde se obtém 93% das fêmeas 
em cio) - objetivo: antecipação e sincronização do cio. 
 
Levar as fêmeas até a baia do macho é recomendada pois os estímulos seriam mais fortes, mas não é viável 
por questões de manejo. 
 
Primeiro estro é apenas registrado. Não inseminar! 
Pouco desenvolvimento do sistema reprodutor, tamanho corporal da fêmea jovem e acaba 
comprometendo seu desenvolvimento (descarte precoce), leitões em menor número e tamanho. 
Segundo estro 
Normalmente também é registrado, mas se pode fazer alguns manejos, como manejo nutricional 
(flushing) para aumentar prolificidade (por pelo menos 2 semanas, já que cada ciclo dura 21 dias) 
Terceiro estro: primeira inseminação 
 
Primeira cobertura: 
Requisitos mínimos: 
Peso (varia conforme a genética) 
Idade e GPD médio adequados. 
Estes parâmetros têm grande influência sobre a vida reprodutiva (crescimento do animal, 
crescimento da leitegada, taxa ovulatória crescente) 
Avaliação corporal por escore corporal (subjetiva) 
Deve estar entre 2,5-3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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39 Produção e Manejo de Suínos 
Avaliação corporal por Espessura do Toucinho (objetiva) 
Ponto P2 - 5,5 cm lateral a linha média lombar, logo após a última costela. 13-18 mm de ET é o ideal. 
 
 
 
Fêmea magra: 
Leitões menores 
Menor produção de leite 
Fêmea obesa: 
Distocia; 
Menor consumo de ração; 
Menor produção de leite. 
Flushing: 
Manejo nutricional pré-cobertura (de 14 a 21 dias pré-cobertura) 
Dieta com menos gordura e mais amido causa aumento da produção de insulina, que leva a maior 
taxa ovulatória. 
 
Diagnóstico de Estro: 
Leva o macho até as fêmeas, contato focinho a focinho por 1-2min, 2x ou 1x por dia. - TOLERÂNCIA A 
PRESSÃO LOMBAR. 
 
 
 
Protocolo de detecção: 
Edema e hiperemia da vulva, secreção vulvar, redução do apetite e salto sobre outras porcas. 
Reflexo de tolerância ao macho ou Reflexo de tolerância ao humano. 
Pluríparas: 
Primeira inseminação 12 h após o RTM. 
Próximas inseminações, de 12 em 12 h após a primeira, em 48 h. 
Total de 4 inseminações 
Leitoas: 
Primeira inseminação na hora da detecção do RTM; 
Próximas de 12 em 12 h até fechar 36 h. 
Total 4 inseminações. 
 
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40 Produção e Manejo de Suínos 
Inseminação artificial: 
Reduz necessidade de machos; 
Reduz custos com machos; 
Sêmen de machos com alto valor zootécnico; 
Melhor controle da qualidade espermática; 
Aumenta a segurança sanitária; 
Melhora os índices reprodutivos. 
Coleta de sêmen: 
Descartar secreções uretrais; 
Sêmen composto de quatro fases (secreções uretrais, fase rica, fase pobre e fase gelatinosa). 
Secreções uretrais: são os primeiros jatos do ejaculado e tem a função de limpar a uretra. 
Fase rica: apresenta um aspecto leitoso e contém aproximadamente 70% dos espermatozoides e do volume 
do ejaculado. 
Fase pobre: de aspecto intermediário entre a fase rica e as secreções uretrais, representa o restante do 
número de espermatozoides e do volume produzido pelas vesículas seminais. 
Fase gelatinosa: produzida pelas glândulas bulbo-uretrais, geralmente apresenta a fase final da ejaculação. 
Intervalo entre coletas: 5-4-5 dias. 
Área de coleta: 
Apresentar localização próxima ao laboratório (objetivo principal é aumentar ao máximo a viabilidade 
espermática). 
Comunicação com o laboratório através de uma janela dupla para que o sêmen seja rapidamente processado 
sem que o coletor entre no laboratório – menor manipulação possível – redução de contaminação. 
 
 
 
Armazenamento do sêmen: 
A 16-17 °C; com leve agitação; 
Não se congela; 
Deve ser utilizado em até 72 h. 
Avaliação do sêmen: 
MICROSCÓPIO: motilidade, aglutinação, concentração, morfologia e contaminação. 
MACROSCÓPIO: volume 150-200 ml, cor e odor 
Diluição do sêmen: 
Processo em que o sêmen é misturado com diluentes (conservadores) para a produção e separação da dose 
inseminante. 
Métodos de IA: 
Sentido– craniodorsal, anti-horário. 
Convencional (intracervical) ou intrauterina. 
Método convencional precisa do macho (menos chance de refluir sêmen), IU não necessita. 
 
CONVENCIONAL INTRAUTERINA 
Presença do Macho Não presença do Macho 
85-95 mL de sêmen 50 mL de sêmen 
3 bilhões de espermatozoides por dose +-1,5 bilhões de espermatozoides por dose 
Maior tempo de procedimento (esperar a dose ir aos 
poucos) 
Menor tempo de procedimento (pode apertar a bisnaga 
de sêmen) 
Maior índice de refluxo Não recomendado em leitoas ou fêmeas jovens 
 
 
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41 Produção e Manejo de Suínos 
Gestação 
 
Duração de 114 dias (+- 3 dias). 
Reconhecimento da gestação entre 11º-12º dia, devido à liberação de estrógenos pelos blastocistos. Do 13º ao 26º 
ocorre a placentação completa (fixação). 
Mensuração de estrógenos e presença de embriões (>4-5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causas não infecciosas de perda gestacional: 
Alojamento (brigas e estresse calórico), 
Nutrição 
Intoxicações. 
 
Instalações: 
Gaiolas Individuais: 
Gaiolas individuais ainda são as mais utilizadas mundialmente: 
Otimiza o espaço; 
Facilita o manejo; 
Evita brigas; 
Melhor controle nutricional. 
Nos primeiros 30 dias de gestação, deve-se fazer uso das gaiolas individuais, pois é na fase 
embrionária que ocorrem 90% das perdas. 
Lesões mais comuns: machucados pela compressão do corpo contra a grade. 
 
Baias coletivas: 
Normativas permitem usar as gaiolas até 4 semanas de gestação, mas pode ser utilizado as baias 
coletivas de gestação antes. 
As fêmeas passam 80% do seu tempo nas baias, deitadas. Ainda são utilizadas pelo maior bem-estar 
que promovem às fêmeas por poderem estar em livre movimento. 
Lesões mais comuns: mordeduras e lesão de membros. 
Problemas de controle de brigas (social) e de desenvolvimento individual. 
 
Embrião Feto 
Reconhecimento 
materno: 11º - 12º 
d 
Verificar retorno ao 
cio entre 17º e 35º dia 
Reabsorção 
embrionária. 
 
90% das perdas 
gestacionais ocorrem 
neste período. 
Mumificação fetal 
Dia 0 
Dia 30 
Dia 114 
 
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42 Produção e Manejo de Suínos 
Manejo Nutricional da Fêmea Gestante 
 
 
 
Lactação × Gestação: 
 
A exigência na lactação é muito maior que na gestação. 
Na lactação a ração é liberada e na gestação é controlada. 
1/3 final da gestação se faz bump feeding. 
3-5d após IA: período crítico! 
Não dar muita ração (catabolismo da progesterona), cuidar flushing. 
75-90 d: desenvolvimento das fibras musculares dos leitões. 
L-carnitina estimula angiogênese. 
Aumentar a produção de leite das porcas: 
Alimentação, sanidade, genética e temperatura! 
Porcas hiperprolíferas, quadros catabólicos (redução de reservas e consumo ineficiente), síndrome 
do segundo parto. 
Calor e produção de leite: 
Reduz consumo e aporte nutricional, dificulta mobilização de reservas, reduz fluxo sanguíneo para a 
glândula mamária. 
Temperatura ideal para lactantes: 12-16ºC, gestantes: 16 a 19ºC. 
 
 
 
 
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43 Produção e Manejo de Suínos 
Participação da Energia em porcas gestantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESERVA 
Crescimento/reserva Fetos + Tec. Mamário 
ATIVIDADE 
MANTENÇA 
~60% da exigência de EM 
100kcal/kg de PM (PV0,75) 
 
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44 Produção e Manejo de Suínos 
Maternidade - Fêmeas 
De 3 a 7 dias antes de parir as fêmeas são transferidas para as baias de parição, no setor da maternidade. 
Atualmente existem softwares em que se coloca se foi parto normal ou não, o número de leitões nascidos vivos, 
mortos, mumificados, data e duração do parto, número de leitões desmamados, se faz todo o cadastro da fêmea 
com todos seus dados e dados de parto e da vida toda. 
Em granjas não tecnificadas anota-se em fichas, e antigamente se fazia os cálculos de partos através de calendários. 
 
Maternidade – Instalações: 
Fêmeas ficam alojadas em gaiolas com o escamoteador onde ficarão os leitões. 
 
Aquecimento dos leitões e são retirados dali apenas para a amamentação. 
 
O ideal é a gaiola ficar 60 cm do chão e ter 220 cm de comprimento. 
 
Ao redor da gaiola existem barras de restrição para a fêmea, para que quando ela for se mover ou deitar, 
não esmague os leitões. Os leitões podem e tem espaço para recuar. Visto que a maior mortalidade de 
leitões é o esmagamento. 
Baias de parição: 
Baias com os limitadores de posição ao se mover; 
"Swap" ou "combo-pens"; 
Temperatura de conforto térmico: 
Fêmeas em lactação é de 16 a 20 ºC; 
Recém-nascidos: 32 a 34 ºC. 
A manutenção da temperatura corporal do leitão é sempre feita pelo escamoteador, 
principalmente com a lâmpada, pois não há (nesta fase) gordura corporal suficiente para 
produzir calor (sistema de termorregulação pouco eficiente). Pisos e tapete térmicos ajudam 
a manter a temperatura, mas os custos de implantação são mais elevados. 
Quanto mais novo o leitão, maior a temperatura de conforto térmico. 
Escamoteador também funciona para proteger os leitões do esmagamento: 
- ter espaço suficiente para abrigar os leitões até o final a lactação; 
- ser atrativo e agradável - seco, aquecido e iluminado; 
- Temperatura ambiente entre 30 e 32°C. Ambiente deve ser limpo, (importante fazer vazio 
sanitário). 
Calmo, sem estresse; 
Sempre deve ser um local com assistência. Fundamental em granjas UPL. 
Há necessidade de ter gente dentro auxiliando, porque em regiões quentes a maioria dos partos é a 
noite. Se não cuidar o parto, no sentido de concentrar para a hora que tiver gente, muitas porcas 
irão parir a noite, no momento calmo e fresco. Caso não houver alguém cuidando o parto a noite, 
sempre induzir o parto para que seja no momento do dia que tenha gente cuidando para dar 
assistência. 
Parto: 
A maturação dos fetos estimula o útero a aumentar a produção de PGF2alfa causando lise do corpo 
lúteo e consequentemente diminuição da progesterona. 
Ocorre o aumento de relaxina, ocitocina, prolactina. Relaxina: estimula a dilatação do canal do parto; 
Ocitocina: estímulo das contrações uterinas e liberação de leite; Prolactina: produção de leite. 
Programação dos partos: 
PGF2alfa ou análogo associado ou não com a ocitocina. 
Pode ser intravulvar ou IM 
Após a aplicação de prostaglandina, o parto pode ocorrer entre 24h e 30h depois. Entretanto 
cuidar e anotar a data de inseminação para saber exatamente a época de parição, e não 
induzir aborto. 
Controle dos dados da granja e histórico de duração de partos na granja: 
Quando o parto é induzido o tempo de gestação dura em média 113-114 dias (112-
115), já se o parto é natural, a gestação pode durar de 114 a 117dias, sendo o pico 
em 115d, por isso dizemos que são 333, 3 meses, 3 semanas e 3 dias. 
 
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45 Produção e Manejo de Suínos 
Vantagens e desvantagens da programação de partos: 
Vantagens: acompanhamento do parto, partos em dias úteis, otimização a mão de obra, 
casos específicos (indícios de prolapso, histórico de partos difíceis, nulíparas pequenas). 
Desvantagens: risco de antecipação excessiva, risco de maior mortalidade, implicações na 
longevidade e relação com a síndrome MMA (mastite-metrite-agalaxia) 
 
Parto induzido ou parto natural: o parto dura em torno de 2-4h, 6-8h. 
O intervalo de expulsão entre leitões dura de 15 a 20min. 
Importante observar o comportamento da matriz para entender se houver distocia. 
Fase1: preparatória; 
Fase 2: expulsão dos fetos; 
Fase 3: expulsão das membranas; 
Sair leite é um dos sinais mais comuns de saber em quantas horas começará o parto. 
Ao pressionar a glândula mamária: 
Ejeção do leite em gotas 24h antes, em jatos 6h antes e, quando chega na porca e já tem 
pingos de leite sem estimular o parto começará em poucos minutos, a fêmea às vezes já está 
ofegante e deitada. 
A ejeção do leite é bom parâmetro para preparar o pessoal e separar as porcas que estão 
para parir. 
Fuçar o chão é característica de que o parto está chegando,é como se estivesse fazendo o ninho. (Mais 
comum em sistemas extensivos de criação) 
Horas/minutos antes do parto, a fêmea deita, fica parada, ofegante, com contrações uterinas 
visíveis. Importante direcionar os funcionários para dar assistência ao parto. 
Ideal já ir levando materiais caso a porca necessite de auxílio no parto. Como o leitão nasce 
totalmente sem imunidade, o ideal é limpar a parte posterior da fêmea antes do parto. 
 
A duração média de um parto varia de 3 a 4 horas e o nascimento de cada leitão é precedido por 
contrações abdominais. As placentas podem ser expulsas juntamente com cada leitão, entre os 
intervalos de nascimento ou ao final do parto. 
O intervalo fisiológico entre a expulsão de leitões não é fixo, sendo necessário observar o 
comportamento da matriz para definir a necessidade de intervenção. Na ficha de parto, deve haver 
um campo para anotação da hora do nascimento, de forma a acompanhar os intervalos muito 
prolongados. 
 
Cuidados com os recém-nascidos: 
Os manejos indispensáveis com leitões recém-nascidos têm como objetivo reduzir a perda de calor corporal 
e direcionar o mais rápido possível para a ingestão de colostro. O limite crítico inferior de conforto térmico 
de um leitão recém-nascido é 29ºC, ou seja, mesmo em condições de verão é um procedimento essencial 
para sobrevivência e mamada de colostro. Imediatamente após o nascimento, alguns procedimentos são 
essenciais: 
 
Dificuldade respiratória: 
- Massagem e reanimação na região das costelas. Ou movimento que 'dobra'. 
Leitões que estão em temperaturas frias, perdem sua energia em tentar regular sua temperatura e 
depois não consegue ir beber o colostro. 
As tentativas de reanimação de leitões aparentemente mortos incluem posicionar o leitão de cabeça 
para baixo, massagem torácica com compressão intercalada do tórax e abdômen em direção ao 
tórax para expulsar líquidos aspirados e reativar a respiração. 
Se for obtido sucesso, 33 esses leitões devem ser abrigados em local aquecido e incentivados a 
mamar assim que possível. 
 
Secagem do leitão: 
- Utilizar pó secante 
- Iniciar pela cabeça, retirando toda a secreção da boca e narinas para facilitar a respiração; cuidado 
ao usar o pó neste procedimento, pois a aspiração é indesejável; 
- Proceder a secagem por todo o corpo do leitão 
 
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46 Produção e Manejo de Suínos 
Manejo de umbigo-amarração e corte: 
- Amarrar o umbigo com cordão de algodão embebido em solução desinfetante a 3 cm da base; 
- Após amarrar, mergulhar em solução desinfetante, acondicionada em recipiente fechado e com 
capacidade para pequenos volumes. Isso é fundamental, pois obriga a troca constante da solução; 
- Lavar o frasco interna e externamente a cada recolocação da solução, evitando assim o acúmulo de 
sujeira. 
 
Marcação da ordem de nascimento com bastões coloridos, por exemplo: 
- verde do 1º ao 6º leitão 
- azul do 7º ao 12º leitão 
- vermelho 13º leitão em diante e todos os pequenos, independente da ordem de nascimento. 
(O padrão da marcação varia entre as granjas de suínos) 
 
Fornecimento de probiótico: 
- Em granjas com alto desafio pode ser utilizado por via oral, sempre após a ingestão do colostro; 
- Utilizar conforme orientação do fornecedor. 
 
Anotação de hora do nascimento e de manejos de intervenção: 
- Utilizar a ficha de parto para anotar o horário exato de nascimento 
- Anotar horário de aplicação de ocitocina e se houve realização de toque (necessário utilizar 
antibiótico caso o procedimento tenha sido feito) 
- Anotar a medicação utilizada. 
 
Mamada de colostro: 
O principal manejo durante as primeiras horas de vida do leitão é garantir a máxima ingestão de 
colostro nas primeiras 6 horas de vida. O ideal é que a primeira mamada ocorra em 10 a 15 minutos 
após o nascimento. Além disso, manter a temperatura corporal do leitão é fundamental para obter a 
máxima taxa de sobrevivência dos leitões. 
É fundamental que exista um comprometimento de todos os envolvidos no atendimento ao parto 
focado na imediata e máxima ingestão de colostro. O sucesso deste manejo está ancorado em alguns 
pilares: 
- Qualidade imunológica do colostro (exposição natural aos agentes durante a vida) 
- Característica do leitão e atendimento ao parto (peso ao nascer, ordem de nascimento, 
atendimento imediato ao recém-nascido) 
- Momento da mamada (uniformização adequada) 
- Garantir que todos os leitões acessem o aparelho mamário 
- Garantir que todos os leitões mamem quantidade suficiente de colostro 
- Fornecimento de colostro adicional aos pequenos e aos últimos a nascer (com auxílio de sonda – 
três vezes de 20 ml em intervalos de 2 horas para os de baixo peso e 30 ml de colostro da mãe 
biológica para os últimos a nascer que serão transferidos na uniformização). 
 
Distocia: 
- Quando o intervalo entre leitões é maior de 30min, massagear o aparelho mamário e colocar os leitões 
para mamar (massagem manual no aparelho mamário e estímulo contínuo de sucção pelos leitões 
estimulam a liberação de ocitocina) 
- Massagem abdominal (massagear o abdômen no sentido crânio-caudal, de forma vigorosa, porém sem 
machucar o animal. Deve-se tomar cuidado com massagem onde o funcionário coloca-se em pé sobre o 
abdômen da fêmea, para evitar lesões) 
Movimentar a fêmea (levantar a fêmea calmamente e mudá-la de posição pode auxiliar no 
reposicionamento dos fetos no útero e facilitar o trânsito dos mesmos). 
- Aplicação de ocitocina apenas quando NÃO TEM CONTRAÇÃO! (A utilização de ocitocina ou análogos deve 
ser cuidadosa e realizada somente quando existir a certeza de que não existe nenhum leitão preso no canal 
cervical, pois suas consequências podem ser a perda de grande quantidade de colostro, natimortalidade, 
prolapso e até rompimento do útero caso o canal do parto esteja obstruído). 
Quando houver necessidade de toque, a execução deve respeitar algumas regras: 
- Cuidados gerais como manter unhas curtas e observar dimensão do braço do operador são essenciais para 
diminuir o risco de lesões ao trato reprodutivo da matriz; 
 
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47 Produção e Manejo de Suínos 
- Lavar cuidadosamente com água e sabão toda a região próxima da vulva; 
- Obrigatoriamente, utilizar uma luva nova para cada toque, retirar da caixa apenas no momento do uso, 
vesti-la no braço e passar o gel lubrificante diretamente sobre o plástico; 
- Certificar-se se há algum leitão obstruindo o canal vaginal, palpar e manipular o leitão para reposicioná-lo e 
tracioná-lo; 
- Aplicação obrigatória de um antimicrobiano assim que o procedimento for concluído, não é adequado 
esperar o final do parto. 
 
Sobre o uso de toque, é necessário citar que a cada introdução da mão no canal do parto as chances de lesão e 
infecção uterina aumentam, por isso, deve ser realizado apenas o número realmente necessário e, se possível, 
posteriormente deixar que o parto transcorra normalmente 
 
 
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48 Produção e Manejo de Suínos 
Manejo dos Leitões: do Nascimento ao Abate 
Maternidade 
 
Fim do parto: 
Grande volume de placenta. 
Resíduos do parto não devem ser descartados com os outros dejetos. 
Leitões nascidos normais: >1,200 Kg 
Leitões de baixa viabilidade: apenas pequenos ou CIUR. 
Leitões CIUR (crescimento intrauterino retardado): 
Hiperprolificidade → deficiência no fluxo sanguíneo uteroplacentário (30 - 45º dia de 
gestação) → ↓ disponibilidade de nutrientes (baixa viabilidade, desempenho subsequente, 
brain sparing effect). 
Falta de nutrientes na metade da gestação, redirecionamento dos poucos nutrientes que chegam 
para o SNC. Pesar fígado e cérebro post mortem. 
Não se elimina estes leitões no nascimento, o que se faz é colocá-los para mamar sozinhos e por 
mais tempo, para não haver disputa entre os tetos. 
Mesmo com esse manejo, as chances de morte são grandes, e se sobreviverem serão pequenos. 
(Relacionado ao peso ao nascer e quantidade de fibras musculares.) Direcioná-los para os melhorestetos. 
“Os leitões que nascem com CIUR não são sacrificados. Há muitos anos atrás até havia uma 
recomendação de eliminar leitões que nasciam com peso baixo (não necessariamente com CIUR, 
se recomendava eliminar todos os pequenos mesmo). Mas isso mudou nos últimos anos, porque à 
medida que as leitegadas ficaram maiores (hiperprolificidade), o número de leitões com baixo 
peso aumentou muito. Se fossemos seguir a ‘regra’ do passado, talvez sobrasse só metade das 
leitegadas atuais. 
O manejo recomendado para leitões com CIUR é o mesmo recomendado para leitões leves. 
Aumentar o cuidado e garantir que eles tenham acesso ao colostro nas primeiras horas. Nem 
sempre a granja tem pessoal com tempo para isso, mas o ideal é que um funcionário 
auxilie/oriente nas primeiras mamadas e que o manejo do escamoteador seja bem feito (osleitões 
mais fracos são vítimas mais frequentes de esmagamento). Também pode ser útil fornecer algum 
tipo de suplemento (existem produtos energéticos para essa fase, por exemplo) e tentar orientar 
esses leitões pequenos a usar as mamas peitorais (anteriores), que produzem mais leite (e 
geralmente com mais nutrientes). 
No geral, as chances de sobrevivência dos leitões com CIUR são baixas (menores que dos leitões 
leves e, obviamente, menores que dos leitões que nascem com peso normal). Alguns produtores 
consideram que o custo de mão de obra (para esses manejos que mencionei acima) não se pagam 
por conta desse risco maior de mortalidade... e, por isso, decidem não adotar nenhum manejo 
especial. Mas, mesmo nesse caso, não se recomenda sacrificar... esses leitões são deixados "a 
sorte deles" (a chance de sobreviver é baixa, mas se sobreviver, seria lucro).” 
 
Ordem dos tetos: 
4 torácicos, 6 abdominais e 4 inguinais. 
Os tetos torácicos produzem o melhor leite e em maior quantidade, isso se dá pela sua irrigação, que vem de 
origem diferente, chegando maior quantidade de nutrientes. 
Leitões tem ordem de mamada – usam o mesmo teto a vida toda. 
 
 
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49 Produção e Manejo de Suínos 
Leitões não viáveis: 
Mumificado: 
No início do período fetal, não conseguem ser reabsorvidos e nascem junto com o resto da leitegada, 
seu tamanho indica o período quando morreu. Deve ser registrado na ficha da matriz. 
Normalmente ocorrem por causas não infecciosas, como brigas, estresse térmico... 
Natimortos: 
Mortalidade ocorreu no terço final da gestação, partos longos, leitegadas numerosas. Importante 
saber quando morreu, se foi na gestação ou no manejo do parto (na gestação, durante o parto ou 
logo após o nascimento). 
Tipo I: morte pré-parto. Causas: Infecciosas/toxinas; 
Tipo II: morte intra-parto. Causas: Problemas no parto (ECC, constipação, temperatura 
ambiente alta, estresse, indução inadequada com PGF2α, distocia). 
Teste do pulmão: retirar o pulmão e colocá-lo na água. Se boiar, houve respiração, então o animal nasceu 
vivo, que indica que a morte foi na maternidade e não na gestação. Se não boiar é perda gestacional. 
 
Cuidados com o recém-nascido: 
Colostro: 
Garantir a ingestão. 
Aumento do número de leitões sem aumento da quantidade de colostro produzido, o que diminui a 
quantidade disponível por leitão. 
Leitões precisam ingerir o colostro após ao nascimento, para adquirir a imunidade passiva (imunoglobulinas). 
Imunidade e energia. 
Devem consumir em no máximo 12h horas, pois a fêmea deixa de produzir colostro e o leitão perde a 
capacidade de absorver as imunoglobulinas. 
Alternativas: 
Colostro de outra porca via sonda nasoesofágica (muito trabalhoso e difícil). 
Realocação de leitões (cuidado de horário dos partos). 
Produtos comerciais (colostro em pó de bovinos) 
Banco de colostro (não é muito viável). 
 
Escamoteador: 
Treinar os leitões a ficarem no escamoteador. 
Local seco, aquecido e protegidos de esmagamentos. 
40 minutos de escamoteador/20 minutos de mamada. 
Leitões podem buscar calor na mãe – ESMAGAMENTO: 
Maior causa de mortalidade em leitões na primeira 
semana de vida. 
 
 
Categoria Conforto (ºC) 
Recém-nascidos 32-34ºC 
Leitões até desmama 29-31ºC 
Fêmeas em lactação 16-20ºC 
 
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50 Produção e Manejo de Suínos 
Transferência de leitões: 
Quando o número de leitões é superior ao número de tetos viáveis, ocorre grande disputa pelos tetos, o que 
pode limitar o acesso ao leite materno e, portanto, comprometer o crescimento do(s) leitão(ões) → 
transferir parte dos leitões para outra fêmea, caso necessário. O ideal é manter um controle da transferência 
de leitões, para saber quem é a mãe biológica e a mãe de leite. 
Cruzada: 
Quando leva parte dos leitões de uma fêmea para outra, há entrada e saída de leitões. 
Serve também para uniformizar leitegadas, evitando disputas, facilitando as próximas fases. 
Cuidar para não retirar mais de 20% da leitegada: 
Reconhecimento materno; 
Sanidade; 
Estresse; 
Controle do número de nascidos e desmamados por porca. 
Unilateral: 
Só retira leitões de uma porca e realoca em outra que tem uma leitegada menor ou tetos 
disponíveis. 
Problema: não ter tetos disponíveis em outras fêmeas. 
Solução: 
Transferência para matrizes velhas, que serão descartadas. 
Os leitões devem já ter mamado colostro. 
Não usar fêmeas que vão voltar para reprodução pois demorará mais para ciclar novamente e a fêmea 
perderá muito peso. 
Outras soluções para leitegadas grandes: 
Comedouros com sucedâneos lácteos. 
Desmame ultra mega precoce: 
Só mamam o colostro e vão para creche; 
Alimentação liquida é uma alternativa, mas de maior custo. 
 
Aplicação de Ferro: 
24 – 48 h; 
Evitar anemia ferropriva. (Os sinais são a pele e as mucosas pálidas, anorexia, menor desempenho, 
imunodepressão e alta mortalidade). 
As fontes de ferro suplementar podem ser injetáveis ou via oral 
Respeitar rigorosamente a dose recomendada; 
Importante realizar juntamente com outros manejos, para diminuir estresse: normalmente se faz aplicação 
de antibiótico, desgaste de dentre e corte de cauda. 
 
Desgaste de dente e corte de cauda: 
24 a 48 h pós nascimento; 
Desgaste de dentes: manejo feito para evitar machucados nos tetos da porca e por briga entre leitões 
(canibalismo) - usar desgastador, evitando alicates ou qualquer outra ferramenta - desgastar apenas o terço 
superior do dente, tomando cuidado para não atingir o canal dentário e não lesar a língua, a gengiva e os 
lábios. Corte de cauda: preventivo, diminuir canibalismo que ocorre frequentemente no crescimento-
terminação. 
O procedimento mais comum é cortar o último terço da cauda. 
Usar aparelho que permita cortar e cauterizar ao mesmo tempo, pois a cauterização previne hemorragias e 
promove cicatrização mais rápida do tecido. 
Identificação dos animais: 
24 a 48h; 
Rastreabilidade de origem. 
Piques na orelha: 
MOSSA AUSTRALIANA, cada mossa um valor diferente. 
Identificar a origem da granja (na creche), idade. 
Brincos: mais fácil de visualizar. 
Tatuagem: normalmente para reprodutores. 
 
 
 
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51 Produção e Manejo de Suínos 
Castração cirúrgica: 
5º a 8º dia; 
Castração escrotal! 
Realizar um corte longitudinal na bolsa escrotal sobre cada testículo e fazer a extirpação dos testículos 
juntamente com o cordão espermático 
Podem ser utilizados produtos cicatrizantes de aplicação local. 
Evita a produção do odor do cachaço que fica na carne, que está relacionado a testosterona, aldosterona e 
degradação de Aa (escatol) no TGI. 
Proibido o abate de suínos inteiros no Brasil. 
Antigamente apenas castração cirúrgica. Hoje tem imunocastração. 
Método deve ser rápido (30 segs.), animais saudáveis, sem hérnia ou criptorquidismo. 
Baias devem ser limpas, material limpo e evitar realização de outros procedimentos juntamente a castração. 
Não é realizado anestesia nem analgesia. 
Europa: abate de animais inteiros de menor idade. 
 
Acompanhamento do crescimento: 
Até 21º/28º dia – desmame 
Não se faz um controle muito rígido, se percebe maisfacilmente os que não estão crescendo. 
Normal: 250 a 300 g por dia → genética, alimentação (leite), ambiente... 
Fornecimento de ração na maternidade: 
Pouco efeito sobre o peso ao desmame, muito efeito sobre o consumo e desempenho na creche. 
O mais precoce possível, dietas com alta digestibilidade, pequenas quantidades oferecidas com 
renovação constante. 
Creep feeding – ração pré-inicial I. 
Leitões ao final do desmame: com 6 a 8Kg. NÃO DESMAMA COM < 4,5 – 5Kg. 
Decidir entre 21 ou 28 dias: 
21 dias: 
Maior número de partos por ano, pois a fêmea cicla mais rápido, menor perda de peso (pico 
de lactação próximo ao 21ºdia), leitões menores. 
28 dias: 
Animais mais vigorosos e bem preparados para a creche, mais pesados. 
Matrizes demoram mais pra ciclar e há menor aproveitamento das instalações. 
 
 
 
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Creche 
 
Manter um local limpo, calmo e monitorado. 
Pontos chave: 
Minimizar fatores de estresse; 
Monitoramento constante (consumo, indicativos de doenças e temperatura); 
Limpeza periódica de baias; 
Equipamentos, alimentação de qualidade. 
 
Causas principais de estresse: 
Morfofisiológicas: desmame na janela da imunidade passiva/ativa; 
Sociais: separar da mãe e mistura de lotes 
Ambientais: temperatura (zona de conforto entre 22-26ºC) 
Nutricionais (mudanças na ração – líquida para sólida). 
 
Desmame: estressante – por ser brusco e precoce. 
Estresse imunológico! 
Manobras: 
Fazer vazio sanitário antes de alojar os leitões na creche; 
Piso vazado para facilitar a limpeza; 
Evitar misturar lotes diferentes (o que também contorna o estresse social). 
 
Desenvolvimento do trato gastrointestinal (TGI): 
Não completamente desenvolvido no desmame precoce. 
Perfil enzimático preparado para digestão do leite (lactase alta e poucas enzimas para digerir os substratos 
da ração), pH do estômago de um leitão é básico (queremos pH=+-2 → fornecer acidificantes) 
Oferecer ração na maternidade – adaptar o animal. 
Não evita o problema de adaptação, mas facilita. Creep feeding! 
 
Manejo Nutricional: 
1º Dietas com alta digestibilidade e alta palatabilidade. 
Transição de dieta líquida x sólida 
Mesmo animais que recebem creep feeding ainda sim fazem jejum prolongado quando muda a dieta, os que 
não passam pela transição tendem a prolongar mais o jejum. 
Fornecer a mesma ração da maternidade na creche para facilitar o consumo (ração pré-inicial I). 
Animais que não comem/consomem menos na primeira semana de creche vão refletir nas fases 
subsequentes, sendo sempre mais leves. 
Facilitar consumo: 
Creep feeding; 
Utilizar comedouros parecidos nas duas fases; 
“Abrir” o comedouro; 
Ofertar alimentos líquidos ou úmidos, como a papinha, para aumentar o consumo de ração; 
Comedouros que incentivem os leitões a procurar a ração. 
Dieta de alto aporte proteico: 
Substrato para o crescimento muscular, que deve ser alto. 
Cuidar com o farelo de soja → compostos anti-nutricionais! 
Milho principal fornecedor de energia! 
Evitar desperdícios: 
Manter os comedouros regulados; 
Leitões bem acostumados com ração; 
Quantidade adequada de comedouros por número de animais/baia. 
Água: 
Animais que não consomem água, não consomem ração. 
Bebedouros com altura adequada, água de qualidade, número adequado de bebedouros por baia. 
 
 
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Terminação 
Baias mais simples, menos cuidados, menos equipamentos, lotes maiores, menos exigências estruturais - sistema 
mais barato. 
O consumo alimentar já é melhor, menos desafios imunológicos, melhor digestão dos nutrientes. 
Entram com +-25 Kg e saem com +-135 Kg e isto leva +-110 dias 
Equipamentos devem ser reguláveis, pois os animais mudam drasticamente de tamanho. 
Conforto ambiental 
 
Manejo alimentar: 
70% do plantel está em crescimento-terminação. 
Programas nutricionais: 
Alimentação por fases, para diferentes períodos: dieta adequada desde o início da vida. 
Exigências vão reduzindo com a idade (proteína bruta e aminoácidos) e o consumo aumentando 
conforme o crescimento. 
Acaba sendo fornecido mais nutriente do que a exigência do animal, resultando em aumento do 
desempenho, porém aumento da quantidade de dejetos. 
Fazer pelo menos 2 alimentações ao dia, 3-4x é melhor. 
Comedouros: 
Sistemas manuais: 
Produtor deve fazer o controle do número de alimentações por dia, maior estresse, mais 
mão-de-obra. 
Automatizados: 
Mais fáceis de trabalhar, comedouro permanece cheio. 
Não há muita disputa de comida. 
Cuidados: não deixar muito aberto para não haver desperdício e logo antes do abate 
controlar o consumo dos animais. 
Ração úmida 
Aumenta o consumo, aumenta o aproveitamento, diminui o desperdício. 
Permite pré-misturas: 
Duas dietas (líquidas), uma rica e uma pobre em nutrientes. 
Ao longo do crescimento estas duas dietas são misturadas. 
Alimentação de precisão: 
Em sistemas automatizados, os animais são pesados toda vez que acessam o comedouro. 
Peso ao abate no Brasil: +-120Kg 
Suínos Pesados: 
Pontos positivos: 
Custos fixos; 
CT é período “barato”; 
Tamanho maior dos cortes; 
Maior rendimento de carcaça no abate. 
Pontos críticos: 
Necessita maior espaço de criação no CT; 
Aumento de deposição de gordura na carcaça e de ET; 
Restrição alimentar é necessária em algumas genéticas. 
 
Imunocastração: 
Análogo sintético e incompleto do fator de liberação de gonadotrofinas ligado a uma proteína 
carreadora para torná-lo imunogênico. 
O protocolo é baseado na idade planejada de abate 
Diminui testículos e libido. 
Feito no crescimento-terminação. 
Vantagem: menor estresse. 
Desvantagens: 
Não é 100% eficaz (5% de falha); 
Abscesso na carne; 
Custo elevado. 
 
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Gestão Ambiental e Manejo de Dejetos 
 
Suinocultura: 
Biodiversidade: recursos genéticos e raças 
Ar: gases do efeito estufa, amônia, odores e ruídos. 
Solo: nutrientes, metais pesados, patógenos 
Águas: nutrientes (eutrofização, saúde pública), efluentes orgânicos (ecossistema), patógenos (saúde pública 
e ecossistemas). 
 
A produção de dejetos de 1 suíno equivale a 3,5 humanos. 
 
Licenciamento ambiental: Licença prévia, licença de instalação e licença de operação. Legislação ambiental dos 
estados, FATMA E FEPAM 
SC: 40mil m³ dejetos / dia, 1,12% do território nacional. 
 
Problemática: 
Caráter local x análise global: há emissões de poluentes e consumo de recursos naturais em todo o ciclo de 
produção. 
 
Instalações x volume: temperatura ambiental, sistema hidráulico e ajustes de equipamentos. 
 
Alimentação x impacto ambiental: aditivos melhoradores de desempenho, reduzir o uso de antimicrobianos 
de síntese, enzimas exógenas, ingredientes com baixo fitato, formulação de dietas com baixa PB – proteína 
ideal; formulação de dietas com baixo P, alimentação de 
precisão – ajustes oferta e exigências. 
 
 
Formas de reduzir o impacto ambiental: 
Fornecer dieta adequada (alimentação de precisão); 
Evitar desperdício de água e ração; 
Utilização de subprodutos de outras produções; 
Uso de enzimas exógenas (melhor aproveitamento dos nutrientes); 
Aumentar a eficiência da utilização dos recursos disponíveis e dos nutrientes da dieta. 
 
 
 
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Ractopamina: 
Aditivo com função de redirecionar nutrientes para a produção de proteína usado 15 a 20 dias pré-abate. 
Não só apenas o impacto local como ao longo de todo o ciclo de produção. 
 
Aplicação dos dejetos: 
Fertilizante orgânico; 
Biogás. 
 
Tratamento de dejetos: 
Decantadores, peneiramento e centrifugação: pré-tratamento, separa em frações; 
Esterqueiras: armazenagem, fermentação anaeróbia, revestido para não contaminar lençóis freáticos; 
Sistema de lagoas: 
Armazenamento; 
Mais eficiente; 
Maior custo; 
Alta demanda de área anaeróbia – facultativa – aeróbia; 
Biodigestores: energia + biofertilizante; alto custo; fermentação

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