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Aula 4.2 higienização corporal

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Necessidade de higiene corporal
Faculdade Estácio de Sergipe – FaSe
Profª Raquel Ferreira Melo
Higiene
Higiene: é o conhecimento ou a prática relativa à manutenção da saúde
Objetivos
Proporcionar conforto e o bem estar do paciente.
Prevenir infecção;
Assegurar uma boa auto-estima.
Estimular a circulacão e relaxamento muscular;
Assegurar a limpeza e preservar a integridade do corpo.
Fatores podem Influenciar na Higiene pessoal
Condições Socioeconômicas;
Cultura;
Infância = influência dos pais;
Adolescência = influência do grupo de amigos.
Estado de Saúde;
Preferência pessoal;
A imagem corporal afeta o modo pelo qual a higiene é mantida
Nível de desenvolvimento
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ATO DA HIGIENE NAS 
AÇÕES DE ENFERMAGEM
A equipe de enfermagem deve evitar tornar o cuidado de higiene uma simples rotina.
Precisa aliar seus conhecimentos adquiridos com sua experiência e raciocínio crítico.
Demonstre curiosidade > realizar uma observação completa da pele à procura de anormalidades/ alterações na mesma (integridade da pele, cavidade oral e órgãos de sentido).
Demonstre humildade > o cuidado de higiene não é igual para todos os pacientes; aproveite este momento como um novo aprendizado.
Medidas de Higiene
Tipos de higiene
Oral
Corporal
Banho de aspersão
Banho de imersão
Banho de ablução
Banho no leito
Lavagem da cabeça
Higiene íntima
Ambiental
 Higiene corporal
A higiene envolve as seguintes estruturas anatômicas:
Corpo
Higiene oral
Higiene ocular
Higiene capilar
Higiene da genitália
Tipos de banho
ASPERSÃO(BANHO DE CHUVEIRO): 
Em paciente que estiverem em condições de realizar autocuidado 
Tipos de banho
IMERSÃO( BANHO NA BANHEIRA): 
Realizado em crianças e em pacientes em autocuidado que necessitam de imersão como complemento terapêutico.
Tipos de banho
Tipos de banho
BANHO NO LEITO
Usado para paciente acamados.
Observações no banho de leito
Orientar o paciente;
Promover a independência do banho;
Proporcionar privacidade do cliente;
Fechar portas e janelas para evitar corrente de ar;
Manter segurança do paciente.
O banho no leito, segundo OGASAWARA (1989), 
“É muito mais que um procedimento básico de enfermagem, é uma necessidade humana essencial para pessoas que precisam de repouso absoluto, ou cuja mobilidade/locomoção estejam afetadas.”
ATENÇÃO:
Limpeza da pele durante uma doença é mais importante do que no estado normal. (SOUZA, 1978).
No banho com a fricção cutânea estimula a circulação, substituindo o exercício, um dos fatores essenciais na manutenção da saúde, além de conservar o paciente sempre limpo e confortável.
Atenção
Atkinson e Murray (1997) e Dugas (1984), referem que a privacidade do cliente durante o banho deve ser respeitada. Esse respeito implica: pedir autorização para tocar no seu corpo, realizar o banho protegido de olhares alheios, solicitar a sua ajuda, dentre outros.
Atenção: respeitando a privacidade 
Uma forma de respeitar esse princípio é freqüentemente solicitar a aprovação e/ou a ajuda do cliente, seja através de comunicação verbal ou não
Pesquisa em enfermagem 
O BANHO NO LEITO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA VISÃO DE QUEM RECEBE
Adelia Yaeko Kyosen Nakatani * 
Adenícia Custódia Silva e Souza * 
Ivete Vieira Gomes ** 
Maria Madalena de Sousa *
Participaram como sujeitos 12 clientes, que foram submetidos ao banho no leito, em condições de diálogo.
Respondendo a seguinte pergunta: 
relate uma situação ocorrida durante um banho no leito ao qual você foi submetido, no período de sua internação na UTI, descrevendo exatamente como foi a situação, quais foram os comportamentos adotados e qual foi o resultado.
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A pesquisa evidenciou duas categorias:
Primeira a falta de respeito à individualidade, 
2. Segunda a realização do banho em si.
Respostas: 
Não queria que homem desse banho em mim [...] C5. 
Me deixou nua por muito tempo, com a porta aberta e cheia de gente [...] C1. 
Elas já chegaram tirando as peças [...] C11.
O ruim foram as viradas bruscas, nem conversavam, achei que iria cair [...] C11. 
[...] me lavavam como se estivessem lavando um banheiro é mais um número. Vira de um lado, vira para o outro... e para lavar meu sovaco me puxou pelo ferro ortopédico que tive de colocar no braço esquerdo [...]
 Ela tirou o lençol de supetão, pegou o sabonete e o shampoo, começou lavando o cabelo, esfregando com força [...] C1. 
O banho! iniciou já me limpando de qualquer jeito, arrancando aquele pano de mim, mandando eu ficar quieto [...] 
 HIGIENE ORAL
Consiste na conservação e limpeza da cavidade oral do paciente. Nos pacientes incapazes de realizar o autocuidado, deve-se realizar o procedimento para prevenir acúmulo de excreções e a formação de crostas.
OBSERVAÇÕES
 Não esquecer de registrar no prontuário a realização da higiene oral e se foi encontrada alguma anormalidade na cavidade oral.
 Pacientes inconscientes ou com necessidades especiais: cuidado na higiene oral, para evitar riscos de bronco-aspiração. Talvez haja necessidade de realizar a limpeza dos dentes, lábios e língua com gazes, água e/ou enxaguatório bucal (de preferência sem álcool, pois pode provocar irritações nas mucosas);
 Orientar os usuários sobre a adoção de hábitos de higiene oral, para que eles continuem realizando quando receberem alta hospitalar.
RECOMENDAÇÕES:
Se o paciente estiver acamado, porém sem restrições de movimentos, deve-se oferecer o material e deixar que ele mesmo proceda à escovação.
 As próteses dentárias devem ser higienizadas em água corrente e recolocada na boca do paciente
Recomendar a higiene oral diária após as refeições para evitar cáries, infecções, hemorragias gengival, mal hálito e rachaduras nos lábios e língua.
Pacientes com plaquetopenia devem ser submetidos à uma escovação cuidadosa a fim de prevenir sangramento gengival.
RECOMENDAÇÕES:
Pacientes inconscientes, entubados e em jejum oral prolongado necessitam de higiene oral com maior frequência, para evitar infecções nos tratos digestivo e respiratório.
Nunca coloque os dedos dentro da boca de um cliente inconsciente.
Pode utilizar uma seringa para irrigar a cavidade oral
O uso da clorexidina tópica é recomendada no cuidado oral principalmente em pacientes com ventilação mecânica. Pois reduz a incidencia de pneumonia associada a ventilação. 
Higiene ocular
Limpeza da região ocular do paciente com objetivo de manter limpos sem secreção ou/e crostas e lubrificado em paciente inconsciente.
Higiene dos cabelos
Proporcionar conforto e estimulação do couro cabeludo, além de evitar o aparecimento de parasitas; 
Melhoria da auto-estima.
Observações:
Saber hábitos do paciente;
Temperatura da água;
Inspecionar o cabelo e couro cabeludo para ver a necessidade de aplicação de xampus especiais (caspa, por exemplo);
Proteger o ouvido do paciente;
Iniciar antes do banho no leito
ATENÇÃO: Contra indicada em paciente instável ou Lesões cabeça e pescoço; lesões raquimedulares e artrites
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Higiene da genitália
Realizado em paciente acamado ou dependente e antes da passagem cateteres vesical.
Observações:
Realizar sempre que o paciente estiver sujo de urina e ou fezes;
Garantir o respeito pelo pudor do paciente;
Durante banho no leito é ultima etapa do procedimento;
Informar o paciente sobre a necessidade do procedimento.
 
Necessidade de conforto
É o processo de movimentar e mudar o decúbito/posição do paciente com limitações físicas, ...
Finalidade
Decúbito dorsal

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