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134 Obrigação de fazer – plano de saúde

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13	QUARTO MODELO (obrigação de fazer – plano de saúde) Sobre o mesmo tema, veja-se o terceiro modelo do capítulo “Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico”.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível do Foro de Mogi das Cruzes, São Paulo.
R. A. C. V., brasileiro, solteiro, industriário, titular do e-mail racv@gsa.com.br, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua Henriqueta Batalha Arouche, nº 00, Vila Nancy, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Adelino Torquato, nº 00, sala 00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vem à presença de Vossa Excelência propor ação de obrigação de fazer, observando-se o procedimento comum, com pedido liminar, em face da empresa N. D. Saúde S.A., inscrita no CNPJ nº 00.000.000/0000-00, titular do e-mail institucional bdsaude@gsa.com.br e dos telefones 00-0000-0000 e 00-0000-0000, sediada na Avenida Paulista, nº 00, Bela Vista, cidade de São Paulo-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:
1. Com a falência da empresa Unimed Paulista, a carteira em que está inserido o autor foi transferida por seu empregador, T. G. Indústria e Comércio Ltda., para a ré. Segundo as normas da ANS e os termos firmados entre as empresas, tal transferência não importou em qualquer carência e/ou restrição para os conveniados, conforme provam documentos anexos.
2. Não obstante as normas supra referidas que afastam a exigência de qualquer tipo de carência e/ou restrição a doenças pré-existentes, o autor teve NEGADO PEDIDO DE COBERTURA.
3. Infelizmente, o autor é portador da doença denominada “Devic”, CID 10-G36, também conhecida como síndrome de Devic e Neuromielite óptica, doença crônica rara que ataca o sistema nervoso central (os sintomas se parecem com os da esclerose múltipla). 
O autor encontra-se em tratamento desde meados do ano de 0000, quando ocorreu o primeiro surto de mielite; inicialmente o tratamento era feito via oral com o medicamento “azatioprina”, mas com a evolução da doença hoje o paciente precisa se submeter a quimioterapia com o imunossupressor “rituximabe” (cada aplicação tem custo aproximado de R$ 15.000,00).
4. Não obstante a situação geral do autor seja gravíssima, ou seja, a sua vida depende da continuidade do tratamento, conforme afirma laudo médico anexo firmado pelo Dr. P. S. de C., CRM 00.000-SP, a ré negou autorização para compra e aplicação do medicamento.
5. Registre-se que enquanto administrado pela falida Unimed Paulistana, o plano de saúde sempre autorizou os procedimento ligados ao tratamento de saúde do autor, fato que, com absoluta certeza, tem garantido até o presente momento a sua sobrevivência.
6. A pedido do médico responsável pelo tratamento, o procedimento de aplicação do medicamento “rituximabe”, quimioterapia, foi remarcado para o dia 00.00.0000 no Hospital do Câncer A. C. Camargo, sendo FUNDAMENTAL para a sobrevivência do autor, conforme o laudo médico citado.
7. Desnecessário, porém oportuno registrar que a ilegal atitude da ré coloca em GRAVE RISCO a vida do autor, não restando a ele outra saída senão buscar a tutela jurisdicional por meio desta ação.
Ante o exposto, considerando que a pretensão do autor encontra arrimo nos artigos 6º, VI, e 14 da Lei 8.078/90, requer:
a) os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa;
b) seja concedida liminar, em tutela provisória de urgência (art. 300, CPC), no sentido de determinar à ré que assuma IMEDIATAMENTE os custos do tratamento de saúde do autor, autorizando o hospital responsável a comprar, sob sua responsabilidade patrimonial, e aplicar ao autor o medicamento “rituximabe”, na quantidade necessária e por tantas vezes e por tanto tempo que o exigir o tratamento, sob pena de multa diária no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), cuja soma deverá ser sequestrada das contas da ré a cada cinco dias, com escopo de custear o tratamento que, como se disse é imprescindível para a sobrevivência do paciente; considerando a urgência da situação, estando a aplicação já remarcada para o dia 00.00.0000, requer-se ainda que a decisão judicial seja comunicada à ré e ao hospital responsável pelo tratamento por meio do e-mail informado na qualificação, assim como pelo fax 00-0000-0000;
c) a citação da ré para que, querendo, apresente resposta no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
d) seja, no mérito, a ré condenada a arcar, com arrimo no plano de saúde firmado entre ela e o empregador do autor, com TODOS os custos do tratamento de saúde dele, fornecendo o medicamento “rituximabe”, ou outro que venha a ser prescrito pelo médico responsável, pelo tempo e quantidade que se fizerem necessários, sob pena de multa diária no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), tornando definitiva a liminar concedida.
Observando que a responsabilidade da ré, na qualidade de fornecedora de serviços, é objetiva (art. 14, Lei 8.078/90-CDC), indica que provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos) e oitiva de testemunhas (rol anexo).
Nos termos do art. 319, VII, do CPC, o autor registra que não tem interesse na designação de audiência de conciliação.
Dá-se ao feito o valor de 15.000,00 (quinze mil reais).
Termos em que,
p. deferimento.
Mogi das Cruzes, 00 de outubro de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Junior
OAB/SP 000.000

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