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Plasticidade e Consistência dos solos Mecânica dos solos 1 Profa. MSc. Paula de Carvalho Palma Vitor Bibliografia desta aula Capítulo 6: CAPUTO, H. P; CAPUTO, A.N. Mecânica dos solos e suas aplicações: fundamentos. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. V. 1, 256 p. Capítulo 2: PINTO, Carlos de Sousa. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 aulas. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. 355p. Estrutura da aula Introdução Plasticidade Limites de consistência Limite de liquidez Limite de Plasticidade Limite de Contração Exercício resolvido Índice de plasticidade Índice de consistência 3 Introdução: Solos grossos como areias e pedregulhos: caracterizados a partir da curva granulométrica. Solos finos isto não é suficiente, porque os minerais constituintes dos mesmos interagem com a água, alterando seu comportamento. A classificação dos solos finos é realizada a partir da curva granulométrica e dos valores dos limites de consistência ou Limites de Atterberg. Limites de consistência: analisa o comportamento do solo na presença de água. 4 Introdução: Plasticidade: O termo plasticidade é entendido, na Mecânica dos Solos, como sendo a propriedade que um material apresenta de suportar deformações rápidas, sem variação volumétrica apreciável e sem haver fissuração. Argilas 5 Introdução: Outras ciências da engenharia: comportamento plástico dos materiais fundamenta-se nas características tensão-deformação. Elástico quando recupera a forma e o volume primitivos, ao cessar a ação das forças externas. Plástico quando não recupera seu estado original ao cessar a ação deformante. 6 Mecânica dos Solos 1 7 Plasticidade: Para que a plasticidade possa manifestar-se em um solo é necessário que a forma de suas partículas finas permita que elas deslizem, umas por sobre outras, desde que haja quantidade suficiente de água para atuar como lubrificante. Comportamento plástico Seca “Lama” 8 Limites de Consistência Os limites de consistência são baseados no conceito de que um solo constituído por partículas de pequeno tamanho pode se situar em qualquer dos 4 estados: sólido, semi - sólido, plástico e líquido, dependendo da sua umidade. As respectivas umidades que definem a passagem de um estado de consistência para outro, são chamadas de limite de consistência. 9 Os limites de consistência são teores de umidade correspondentes as mudanças de estado Aparência fluidaEstado Líquido • Umidade elevada • ↓Umidade • h= LL (limite de liquidez)→ perde sua capacidade de fluir MoldávelEstado plástico • ↓Umidade • h=LP ( limite de plasticidade) Limites de Consistência 10 Retração ao secamento Semi-sólido • Desmancha ao ser trabalhado • ↓Umidade • h =LC ( Limite de contração) Sólido Sem variação volumétrica Limites de Consistência 11 Limites de Liquidez (LL): É o teor de umidade do solo com o qual uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar numa concha. A determinação do LL é realizada pelo aparelho de Casagrande. 12 Limites de Liquidez (LL) Método do aparelho de Casagrande (ABNT NBR 6459) A concha é preenchida com solo em uma determinada umidade na qual verifica-se qual o número de quedas da concha (golpes) para fechar uma ranhura aberta no solo. Para abrir a ranhura no solo é utilizado um cinzel padronizado. O procedimento é repetido para vários teores de umidade. 13 Ensaio de Casagrande Limite de liquidez: Método do aparelho de Casagrande 14 Limites de Liquidez Com os pares de valores (número de golpes, teor de umidade) constrói-se um gráfico relacionando teores de umidade, em escala aritmética (nas ordenadas) com o número de golpes em escala logarítmica (nas abscissas). O limite de liquidez será a umidade correspondente a 25 golpes 15 Limite de Plasticidade (LP): É o menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro de 3 mm de diâmetro, rolando o solo com a palma da mão. ABNT NBR 7180 16 Índices de consistência Considere-se uma argila A e Argila B 17 Quando argilas diferentes se apresentam com umidades correspondentes aos seus limites de consistência, elas apresentam comportamentos semelhantes ainda que suas umidades sejam diferentes. Índice de Plasticidade (IP) 𝐼𝑃 = LL − LP Zona em que o solo se acha no estado plástico. Fisicamente representa a quantidade de água que seria necessário acrescentar a um solo para que ele passasse do estado plástico ao liquido Máximo para as argilas e nulo para as areias Critério para se ajuizar do caráter argiloso de um solo: quanto maior o IP, tanto mais plástico será o solo. 18 Índice de Plasticidade (IP) 𝐼𝑃 = LL − LP fracamente plásticos 1< IP < 7 medianamente plásticos 7< IP < 15 altamente plásticos IP > 15 19 Quando o material não tem plasticidade ( exemplo areias) o IP é nulo. IP=NP LL?? LP?? IP? A correlação entre o LL e o LP, tem grande aplicação em avaliações de solo para uso em fundações, construções de estradas e estruturas para armazenamento e retenção de água. 20 LL?? LP?? IP? Solos com maiores LL são mais compressíveis: sujeitos a recalques. 21 EXERCÍCIO RESOLVIDO 22 EXERCÍCIO RESOLVIDO 1) De um ensaio de limite de liquidez obteve-se os seguintes dados: Nº. de golpes h(%) 36 35,8 29 37,7 23 40,2 18 42,4 13 44,8 8 49,2 e de um ensaio de limite de plasticidade obteve-se os seguintes dados: cápsula nº h(%) 118 19,3 119 18,7 120 19,7 Com base nesses resultados, calcular o LL, LP e IP deste solo. 23 EXERCÍCIO RESOLVIDO Limite de Liquidez (LL) Interpolação linear: 37,7 − 40,2 37,7 − 𝐿𝐿 = 29 − 23 29 − 25 L𝐿 = 39,37 % 24 EXERCÍCIO RESOLVIDO Limite de plasticidade (LP): Média: 19,3+18,7+19,7 3 LP=19,23 % Índice de Plasticidade (IP) 𝐼𝑃 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃 𝐼𝑃 = 39,37 − 19,23 𝐼𝑃 = 20,14% Solo altamente plástico IP>15% 25
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