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DIREITO EMPRESARIAL II

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Aula dia 23 de fevereiro de 2015
DIREITO EMPRESARIAL II
Teoria Geral dos Títulos de Crédito
Oriundo do direito romano, o cumprimento das obrigações eram de cunho pessoal, quem tinha crédito, cobrava de quem devia, e, no caso da negativa de pagamento, o devedor poderia se tornar “escravo” do credor ou ainda, o devedor era submetido a castigos físicos, como forma de quitação de seu débito.
O primeiro título de crédito foi a letra de câmbio, usada na época do início das cruzadas, com o fomento do comércio entre o oriente médio e a Europa. Surgiu da necessidade de equilibrar os negócios, pois nem tudo o que se comercializava podia ser dividido, bem como a força de trabalho para desempenhar um labor demandava de mais tempo e meios de manufatura do que outros produtos ou serviços, o que por vezes exigia mais de um mercador que do outro.
DO CRÉDITO
Ato de confiança do credor ao devedor. O crédito é um fenômeno econômico, só se adquire mediante a confiança do credor para com o pretenso devedor.
Título de crédito é o crédito em si. É a permissão de utilizar capital alheio por meio de um documento.
O cartão de crédito não é um título de crédito, mas sim o meio pelo qual se permite a realização de operações de crédito. O boleto de cobrança é o meio de cobrança do crédito, é um facilitador das transações bancárias.
ORIGEM ETIMOLÓGICA
A origem etimológica da palavra CRÉDITO vem do latim CREDERE, ou seja, ter fé ou confiança.
DO TÍTULO
No sentido estrito= rótulo que marca a existência de fatos jurídicos na lei.
Títulos
Certidão de nascimento = ato jurídico= pessoa;
Título de crédito= cheque, duplicata= objeto;
Título de doutor= habilitação legal= fato.
DEFINIÇÃO DE TÍTULO DE CRÉDITO
É um documento, ou seja, a inscrição jurídica em um papel de crédito ou débito. Documento, conforme artigo 225/CC é 
“As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão”.
 
Título de crédito, conforme o artigo 887/CC pode ser entendido como “O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei”, portanto é um documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado.
a) documento necessário: é a cartularidade, ou seja, o papel;
b) ato literal: à exatidão do que está escrito;
c) autônomo: existe por si só, não depende da existência de outros meios para existir.
CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
a) Literalidade: só se considera o que está escrito;
b) Autonomia: não está vinculado a uma obrigação originária, ele, por si só, tem validade jurídica;
c) Cartularidade: princípio dom papel, o título tem que ser físico, impresso. O titular do título está em posse, é proprietário, favorecido. Há, contudo exceções, no caso das NF-e (notas fiscais eletrônicas).
d) Circularidade: o título está sempre em trânsito, vai passar pelas mãos de terceiros. É uma relação obrigacional que pode ser transferida a terceiros, p.ex.: o cheque ao portador.
e) Executividade: se beneficia dos recursos do artigo 585/CPC - Dos títulos executivos extrajudiciais, 
São títulos executivos extrajudiciais: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º. 10.1973)
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores; (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
§ 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º. 10.1973)
O devedor só pode impugnar os aspectos formais do título, na fase de conhecimento, p.ex.: a prescrição.
f) Abstração: O credor emitindo o título de crédito para o terceiro se torna uma obrigação autônoma, não se discute a obrigação originária, pois, perante o terceiro o título pode ser cobrado.
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
a) Quanto à natureza:
Abstratos: princípio da abstração, não se pergunta a origem, p.ex.: nota promissória, letra de câmbio e cheque. São títulos próprios e perfeitos;
Causais: são títulos imperfeitos e impróprios, é vinculado à origem e circulam por meio do endosso, assim como os abstratos, p.ex.: duplicata ou triplicata que estão ligados a um vínculo/ negócio jurídico anterior.
b) Quanto ao modelo: o fato de dispor no título os requisitos essenciais, pois cada título tem uma previsão legal própria, o seu conteúdo, a disposição dos dados (layout), p.ex.: o cheque, que a lei define a forma do título. A lei vincula a forma do modelo, assim como a duplicata.
Vinculados: o cheque e a duplicata mercantil;
Livres: não há previsão legal de modelos, p.ex.: a letra de câmbio e a nota promissória.
c) Quanto à estrutura:
Ordem de pagamento: 1º - sacador
 2º - sacado
 3º - favorecido
 4º - tomador e } saque do cheque
 5º - beneficiário
Sacador é quem emite o cheque/ letra de câmbio/ duplicata mercantil.
Sacado é o banco ou empresa no caso de letra de câmbio.
Favorecido/ tomador/ beneficiário é quem recebe o dinheiro.
Promessa de pagamento: 1º - emitente = sacador e sacado, p.ex.: nota promissória
 2º - beneficiário = quem tem direito ao recebimento 
d) Quanto à circulação: 
Ao portador: por disposição de lei especial o cheque até o valor de R$ 100,00, não é obrigatório ser ao portador, ou seja, não é necessário o endosso, conforme artigo 904/CC “A transferência de título ao portador se faz por simples tradição”. Se o cheque for acima desse valor é necessário o endosso, ou seja, constar “ao portador” no campo destinado, conforme artigo 907/CC “É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial”.
Nominativos: títulos de crédito que tem que ter autorização do credor para a transferência. A tradição exige mais de um ato jurídico, sendo este o registro nos livros do credor, é o queprevê o artigo 922/CC “Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente”, p.ex.: ação da Petrobrás. A tradição de transferência de ações só se dá mediante a cientificação do emitente das ações, neste caso a Petrobrás.
À ordem: circulam por meio do endosso.
EMISSÃO E SEUS EFEITOS
Pro soluto: solução, o título de crédito resolve a obrigação originária, acaba com ela, põe fim, p.ex.: cheque, nota promissória;
Pro solvendo: não resolve a obrigação originária, p.ex.: quando o título é utilizado como caução/ garantia = cheque caução, nota promissória na aquisição de bens, conforme artigo 585/CPC supracitado.
NATUREZA DO DIREITO COMERCIAL X DIREITO CIVIL
Os títulos de crédito representam a obrigação de uma pessoa para com outra. Além dos títulos de crédito, as obrigações podem ser representadas por contrato, sentença judicial, lançamento fiscal, etc.
Contrato: “Contrato é uma espécie de acordo entre duas ou mais pessoas, cuja finalidade é adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir uma relação jurídica patrimonial. É, portanto, ato jurídico que, se realizado em conformidade com as normas legais, poderá ser entendido como lei entre as partes” (http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=8703). 
Fato jurídico é tudo o que repercute no direito ato jurídico é ato unilateral que repercute no mundo jurídico, p.ex.: registro de nascimento negócio jurídico é um ato bilateral com efeitos jurídicos convencionados pelas partes. 
Lançamento fiscal: “Procedimento administrativo, que decorre de atividade vinculada da autoridade, cuja responsabilidade é verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, calcular o montante devido, identificar o sujeito passivo, que é o contribuinte ou responsável, por fim, se necessário for, aplicar a penalidade cabível”. (http://www.jusbrasil.com.br/topicos/293354/lancamento-fiscal).
O título de crédito refere-se somente às relações creditícias, não se estabelecendo nenhuma outra obrigação de dar, fazer ou não fazer, ao passo que em contratos, além de assegurar créditos em geral, poderá reger outras obrigações.
O cheque pode ser, além de um título de crédito, um contrato, pois quando as partes convencionam data futura para descontar o cheque, cria-se obrigações entre as partes.
O título de crédito está relacionado à facilidade na cobrança dos créditos em juízo, definido na lei processual como título executivo extrajudicial, conforme o inciso I do artigo 585/CPC “São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque”. Isto dá ensejo ao credor de promover a execução judicial do seu direito, ao passo que os outros documentos, representativos de crédito, se sujeitam à ação de conhecimento ou monitória.
Vantagens na execução: não depende de prova e a defesa ataca os aspectos formais, ou seja, irregularidades do título. Opera-se por meio dos embargos, cita-se como exemplo o artigo 206/CC,
Prescreve:
§ 1o Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
A ação monitória existe para casos que dispõem de provas escritas, visando recuperar o título de crédito. No caso da ação de conhecimento ela existe para casos de provas testemunhais.
A principal diferença do regime cambiário é a disciplina dos demais documentos representativos de obrigações, o que podemos chamar de regime civil. Está na facilidade do credor de encontrar terceiros interessados em antecipar-lhe o valor da obrigação ou parte da mesma, em troca da titularidade do título.
ROL DAS RELAÇÕES CAMBIAIS E SEUS SUJEITOS
Ordem de pagamento;
Saque;
Sacador;
Aceitante/ sacado;
Beneficiário/ tomador.
�
CONSTITUIÇÃO E EXIGIBILIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO
 SAQUE
É o ato inaugural da criação do título de crédito, é o momento em que se emite o cheque, a nota promissória e é nesse momento também que se cria o vínculo obrigacional. É quando se dá a ordem de pagamento, a partir da emissão do título de crédito.
A nota promissória não tem estrutura de saque, por se tratar de uma promessa de pagamento e não uma ordem de pagamento.
O saque vincula o sacador ao pagamento, ou seja, quem emite o título. O sacado é quem paga o título e o tomador quem tem direito ao recebimento. Essas três figuras não são consideradas sujeitos, mas sim “situações jurídicas”, visto que não necessariamente se fazem presentes no ato da emissão, pois no ato da relação cambial um e outro podem ser o mesmo “sujeito”.
ACEITE
Definição: é necessária a assinatura para assumir a obrigação, e pode ser tanto na frente quanto no verso, mas se for ao verso deve constar a expressão “aceite”, pois pode sewr confundido com o endosso. É um meio de discriminar o ato jurídico.
Requerimento do aceitante. 
1) Este de ter capacidade;
2) Não pode ser pessoa falida, pois tem que ter bens para poder cumprir a obrigação;
3) Caso o aceitante venhaa falecer, seu espólio é o responsável pela quitação do título de crédito. Espólio é o conjunto/ universo de direitos e obrigações do falecido.
O aceite é um ato irretratável, não se pode desistir, mas pode ocorrer por vício, p.ex.: no caso erro ou ignorância (artigo 138/CC), coação (artigo 151/CC), estado de perigo (artigo 156/CC), fraude contra credores (artigo 158/CC), ou seja, situações que fogem a normalidade.
Prazo de respiro: é o prazo compreendido entre a primeira e segunda apresentação do título, é de um dia. Esse prazo ocorre quando o sacador por ventura não esteja presente. É o que menciona no artigo 24 da Lei Uniforme de Genebra número 57.663 “O sacado pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira apresentação. Os interessados somente podem ser admitidos a pretender que não foi dada satisfação a este pedido no caso de ele figurar no protesto. O portador não é obrigado a deixar nas mãos do aceitante a letra apresentada ao aceite”. 
Se a letra de câmbio for apresentada antes da data de vencimento, se dá o vencimento antecipado.
Falta do aceite: Incorre nesse quesito quando o sacado não for encontrado; outro caso quando o título for recusado (no vencimento antecipado) e quando o aceitante não conseguir se expressar, conforme artigo 3/CC “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Para suprir a falta do aceite, o meio legal é o protesto, com objetivo de não perder o benefício de ordem. O protesto será contra os avalistas e endossatários, ou seja, os garantidores do título. Isso após o primeiro dia útil.
O aceite é puro e simples, não é condicionado a uma obrigação acessória, p.ex.: ou aceita ou não aceita. Pode ainda ser limitado, pois ser determinado quando será aceito, p.ex.: duplicata mercantil de 100 mil reais pode então ser limitada ao pagamento em 50 mil, os outros 50 mil de saldo, deverão ser acertados por meio de contrato, por exemplo.
ENDOSSO, CONCEITO
“É a forma pelo que se transfere o direito de receber o valor que consta no título, por meio da tradição (passar a propriedade- ato de entrega ao favorecido) da própria cártula”
O artigo 893/CC “A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes.”, trata não só da propriedade, mas também da garantia, ou seja, direitos não só dos valores, mas como se proprietário fosse.
SUJEITOS DO ENDOSSO
1) Endossante/ endossador: quem transfere o título de crédito- garante;
2) Endossatário/ adquirente: quem recebe o título de crédito.
A responsabilidade do endossante para com o emitente é responsabilidade solidária, pode o credor exigir o cumprimento da obrigação de qualquer um deles, não existe benefício de ordem, escolhe-se um ou outro, conforme artigo 910/ CC, 
“O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. § 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. § 2o A transferência por endosso completa-se com a tradição do título. § 3o Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente”.
ENDOSSO EM PRETO
É o endosso onde consta a expressão escrita nominal, cita o nome do endossatário. É mais completo.
ENDOSSO EM BRANCO
É o endosso onde consta somente assinaturas e logicamente será exigido documentos de identificação do endossatário para comprovar sua assinatura e n ainda constar números de documentos.
O endosso quando lançado na parte da frente deve se constar “endosso para fulano de tal”.
ENDOSSO PÓSTUMO
É o endosso tardio, que ocorre após o vencimento do título, e sua conseqüência jurídica é que o endossante fica desobrigado de pagar o título. A vantagem desse procedimento é que ele permite a cessão do título, cessão civil, não há mais garantia dos valores no título contido. Perde a garantia. É o que menciona o artigo 20 da Lei Uniforme de Genebra 
“O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto”.
ENDOSSO PRÓPRIO
É feita a transferência dos poderes e da obrigação do título. O endosso normal.
ENDOSSO IMPRÓPRIO
Só transfere os poderes. Por meio do mandato ou procuração é outorgado poderes para terceiros realizarem a cobrança, p.ex.: empresa de cobrança, logicamente mediante pagamento de certa quantia à empresa a título de pagamento dos serviços prestados, acertados anteriormente e ajustados em contrato. É um representante.
ENDOSSO CAUÇÃO
É uma forma de garantia de outra dívida, de outro negócio, deve constar “valor em garantia”.
CESSÃO CIVIL
Outro meio de transferência por meio diverso.
	ENDOSSO
	CESSÃO
	É ato unilateral, só depende da ação do endossante, no próprio título é feita a declaração.
	É ato bilateral, depende da ação dos dois ou mais envolvidos, por meio de um contrato de cessão.
	É autônomo, gera direitos novos ao endossatário.
	Está vinculado a uma obrigação originária, gera direitos derivados de quem recebeu.
	Não pode ser parcial, p.ex.: cheque de R$ 50.000,00, não pode ser endossado apenas R$ 25.000,00.
	Pode ser parcial a cessão de direitos, p.ex.: título de R$ 50.000,00 é facultado ao endossante a cessão parcial de R$ 25.000,00.
AVAL
Garantia dada por terceiro, conforme matéria do site Conhecimentos Bancários (http://conhecimentosbancarios.blogspot.com.br/2011/07/aval.html), 
Aval é uma forma de garantia dita "fidejussória", ou seja, "de confiança". É feita apenas em Títulos de Crédito (nunca em contratos).
O aval nada mais é do que uma assinatura do Avalista (a pessoa que está dando o aval) no Título de Crédito. Quando a pessoa assina, significa que ela está dando suporte, apoio para o emissor do Título. É como se ela estivesse dizendo "se ele não pagar pode vir cobrar pra mim". Inclusive mais de uma pessoa pode ser avalista.
O dinheiro/ pecúnia, não é título de crédito, pois é ele o próprio meio de pagamento. 
O aval é autônomo e disso decorrem outros princípios da abstração que não vincula o título a uma obrigação originária e outro da inoponibilidade que, conforme artigo publicado no site Âmbito Jurídico “A inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé significa que a pessoa obrigada por um título de crédito não pode se recusar em pagar ao portador do título, alegando qualquer relação pessoal. Não poderá alegar porque o terceiro de boa-fé nada tem a ver com a relação de base que ensejou a emissão do título”. (http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=8507&n_link=revista_artigos_leitura).
Conforme artigo 30 da LUG, “O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra”. Ou ainda “O pagamento do título de crédito, que contenha obrigação de pagar uma determinada soma, pode ser garantido por aval”.
O avalista não participa ativamente do negócio jurídico, pois é terceiro, estranho à relação. É garantia dada por terceiro.
AVAL EM PRETO OU EM BRANCO
Segue a mesma lógica do endosso, em preto nominal e em branco somente a assinatura.
AVAL PARCIAL
Conforme artigo 897/CC “O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. Parágrafo único. É vedado o aval parcial.” A lei prevê a vedação da prática de aval parcial, mas por meio de leis especiais, p.ex.:da nota promissória, do cheque e da letra de câmbio, existe a possibilidade do aval parcial, logo, regra geral, artigo 897/CC, não pode.
Não entra a duplicata mercantil, é regida por lei geral, pois não há lei especial.
PLURALIDADE DE AVALISTAS
Por meio do artigo 275/CC “O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto”. existe solidariedade entre os avalistas, não havendo benefício de ordem.
AVAL- DIRETAMENTE NO TÍTULO
Necessariamente deve ser no título de crédito, não pode ser por meio de contrato, não cabe benefício de ordem, pode cobrar a dívida de quem emitiu a cártula e no caso negativo, poderá acionar o avalista. O artigo 275/CC “O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto”, da solidariedade, no pólo passivo, é o direito postetativo, ou seja, direito de cobrança.
A outorga conjugal é obrigatória no aval pelo fato de proteção ao patrimônio familiar (se não for separação total de bens).
O aval posterior do vencimento, artigo 900/CC “O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado”, fica como coobrigado.
AUTONOMIA DO AVAL, por Amaro Paes de Almeida
“A obrigação cambial do avalista é inteiramente autônoma. Quem presta aval se obriga, ainda que inexistente ou nula ou ineficaz a obrigação no título ajuizado”.
DIREITO DE REGRESSO- AVAL- ARTIGO 899/CC 
“O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final. § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores.§ 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
É um terceiro que garante o título, quando mais de um avalista há a responsabilidade solidária. Se um dos avalistas pagar sua parte, p.ex.: 1/3 do valor da dívida em se tratando de caso com três avalistas, desta feita, pagamento parcial, todos continuam coobrigados com o saldo, inclusive quem pagou o terço correspondente. Se este por sua vez pagar o total da dívida terá direito de regresso contra os demais avalistas, bem com contra o avalizado.
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO
O título deve ser líquido, certo e exigível, são, portanto, princípios do título de crédito.
VENCIMENTO: “Ocorrerá ordinariamente (comum), com o término normal do prazo sobre as seguintes formas elencadas no artigo 6º do Dec. Lei 2.044/1908 ‘Art. 6º A letra pode ser passada: I. À vista. II. A dia certo. III. A tempo certo da data. IV. A tempo certo da vista’.”.
a) A vista: no momento da emissão o título já tem exigibilidade;
b) A dia certo (a prazo): determina/ estipula uma data de vencimento;
c) A tempo certo da data: estipulada uma data incerta, p.ex.: pagamento daqui a duas semanas, ou ainda, sete dias da data do termo certo.
d) a tempo certo a vista: o sacado dá o aceite, então o pagamento se dará 30 dias do momento do aceite.
FATO IMPEDITIVO/ ANORMAL
Artigo 19 do Dec. Lei 2.044/1908
 “A letra é considerada vencida, quando protestada: I. pela falta ou recusa do aceite; II. pela falência do aceitante. O pagamento, nestes casos, continua diferido até ao dia do vencimento ordinário da letra, ocorrendo o aceite de outro sacado nomeado ou, na falta, a aquiescência do portador, expressa no ato do protesto, ao aceite na letra, pelo interveniente voluntário”.
a) Falta/ recusa do aceite: gera vencimento antecipado dos títulos em geral;
b) Falência: por ser vedada a emissão de títulos de crédito por falido (judicialmente) é fato impeditivo.
PAGAMENTO
Artigo 304/CC “Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste”.
É um direito, o devedor tem direito de pagar. Se o credor se opuser ao pagamento, o devedor poderá se valer do depósito judicial, consignação em pagamento ou depósito em banco público. Importante pois se dará a quitação da dívida, não incorrendo o devedor em juros ou mora.
PROTESTO
É a prova literal que o título foi apresentado ao aceite ou pagamento e que nenhuma dessas providências foram atendida pelo sacador ou aceitante. Ocorre pela falta de pagamento ou recusa; falta ou recusa do aceite do sacado e a falta ou devolução do título. São atos do credor/ beneficiário/ tomador.
Conceito artigo 1º da Lei 9.492/97 “Art. 1° Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida.”
O protesto deve ser feito no vencimento. Se apresentado no último dia de prazo, o protesto se dará no dia seguinte, conforme artigo 44 da LUG,
“A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento). O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1 do artigo 24, a primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte. O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos dois dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite. O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta de pagamento. No caso de suspensão de pagamentos do sacado, quer seja aceitante, quer não, ou no caso de lhe ter sido promovida, sem resultado, execução dos bens, o portador da letra só pode exercer o seu direito de ação após apresentação da mesma ao sacado para pagamento e depois de feito o protesto. No caso de falência declarada do sacado, quer seja aceitante, quer não, bem como no caso de falência declarada do sacador de uma letra não aceitável, a apresentação da sentença de declaração de falência é suficiente para que o portador da letra possa exercer o seu direito de ação”.
LETRA DE CÂMBIO
Origem histórica: É um direito obrigacional. Surgiu no período feudal. Os comerciantes se deslocavam de um feudo ao outro para realizarem comércio e por conta da diversidade de “moedas”, para facilitar a negociação, surgiu um meio que possibilitasse facilitar as transações comerciais. Era um depósito que o comerciante fazia ao banqueiro, este por sua vez emitia uma carta ao comerciante contendo os dados necessários do depósito, o comerciante trocava estas cartas em outros feudos e ao final do ciclo os banqueiros se reuniam a fim de compensarem uns aos outros pelas cartas que recebiam e que haviam passadas aos comerciantes. Era o encontro de contas.
Nos dias atuais, por meio da LUG (Lei Uniforme de Genebra) que as letras de câmbio fosse de uma mesma estrutura, isso a nível mundial, visto que não perdeu sua essência de ser utilizada em negociações que envolvem vários povos de distintas moedas. Com o mesmo objetivo, facilitar o comércio entre os povos do mundo.
LETRA DE CÂMBIO
Espécie de título de crédito classificada como ordem de pagamento, que se consubstancia numa declaração unilateral de vontade do sacador que manda o sacado (quem paga) pagar, pura e simplesmente, ao tomador (beneficiário) determinado valor constante no documento que o corporifica (valor constado no documento) p.ex.: R$ 10.000,00 (dez mil Reais).
É DOCUMENTO: é um objeto que se extraem fatos, ou seja, a obrigação pode ser pormeio dos dispostos no artigo 225/CC “As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão”.
CARTULARIDADE: é um documento do credor que se apresenta diretamente por meio da apresentação do documento, ou seja, é necessária a aposse do título para permitir o saque.
É TÍTULO FORMAL: a lei determina como seus elementos são dispostos na cártula, há, portanto, forma vinculada, por meio da LUG. A afronta aos requisitos dispostos em lei, pode gerar nulidade, vai depender do nível de alteração feita.
Só podem ser emitidos títulos de crédito previstos em lei, é um rol taxativo, conforme artigo 887/CC “O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei” bem como na LUG- Lei Uniforme de Genebra.
LITERAL: é considerado o que está escrito na cártula. Traduz-se pela soma escrita nela contida. Pode ser estipulada incidência de juros.
NATUREZA JURÍDICA: é um título de crédito extrajudicial. Os benefícios estão descritos no artigo 585, inciso I/ CPC, ou seja, inicia-se o processo na fase de execução, não passa pela fase de conhecimento, pois se trata de título certo, líquido e exegível.
TÍTULO DE CRÉDITO PRÓPRIO: versa sobre obrigações creditícias, logo tem natureza cambial, não pode cobrar obrigação de dar, fazer ou não fazer.
POSSUI AUTONOMIA: não está vinculada a obrigação originária. É independente, a pessoa favorecida poderá cobrá-la, dela decorre o princípio da abstração, é abstrato.
ESTRUTURA À ORDEM: 
a) SACADOR: manda pagar, quem emite a cártula, emitente;
b) SACADO: quem paga, pessoa, empresa ou banco;
c) BENEFICIÁRIO: quem recebe os valores.
Lembrando que são situações jurídicas, logo podem estar na mesma condição, p.ex.: sacador/ sacado serem o mesmo, em uma só situação.
NORMATIZAÇÃO DA LETRA DE CÂMBIO
LEI UNIFORME DE GENEBRA
Principal fonte, prevalecendo sobre o Código Civil por conta da especialidade da lei e sobre o Decreto por conta do princípio da cronologia, lei anterior. O primeiro por conta do CC ser norma geral e a LUG específica e o segundo por ordem de edição da lei, mais antiga prevalece sobre a mais nova.
O código Civil traça as normas gerais sobre títulos de crédito, conforme artigo 903 “Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código”, prevalece enquanto não existir conflito de normas.
O Decreto 2.044/1908 impõe normas específicas da letra de câmbio, prevalecendo sobre o CC quando colidentes e revogadas pela LUG, no mesmo sentido, quando colidentes (cronológico).
REQUISITOS DA LETRA DE CÂMBIO
“A letra contém:
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título;
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
4 - A época do pagamento;
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador)”.
Sacador e sacado (devedor): Maria José LTDA.
Beneficiário (favorecido): José de Silva Barbosa.
ENDOSSO DA LETRA DE CÂMBIO: transfere e garante a letra de câmbio. A procuração vai definir quais poderes, p.ex.: autorizar alguém a pegar o aceite com o sacador, só está autorizado a colher o aceite, nada mais.
ARTIGO 5º DA LUG: 
Numa letra pagável à vista ou a um certo termo de vista, pode o sacador estipular que a sua importância vencerá juros. Em qualquer outra espécie de letra a estipulação de juros será considerada como não escrita. A taxa de juros deve ser indicada na letra; na falta de indicação, a cláusula de juros é considerada como não escrita. Os juros contam-se da data da letra, se outra data não for indicada.
EXPRESSÃO: “não a ordem” significa que quando for fazer endosso, transfere apenas direitos, não a garantia dos valores.
ENDOSSO PARCIAL: é vetado pela LUG, não pode, é nulo.
AVAL: garante total ou parcialmente a letra de câmbio, é o que enuncia a LUG. O pagamento integral tem previsão no CC e LUG e pagamento parcial somente na LUG. É garantia de terceiro.
ACEITE: apresentação facultativa quando certa a data do vencimento. O prazo de prescrição da letra de câmbio é de 6 (seis) meses. Quando acerto termo de vista, a letra de câmbio deve ser datada; quando mais de um sacado deve-se cobrar do primeiro nomeado como sacador; irretratável ocorre quando uma vez dado o aceite na letra de câmbio não poderá recusar o pagamento; a recusa se prova pelo protesto, quando a pessoa se recusa a fazer o pagamento o credor protesta o título.
PAGAMENTO: Artigo 39 LUG “O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja entregue com a respectiva quitação. O portador não pode recusar qualquer pagamento parcial. No caso de pagamento parcial, o sacado pode exigir que desse pagamento se faça menção na letra e que dele lhe seja dada quitação.
Não pode ser recusado o pagamento parcial da letra de câmbio, o saldo PE compromissado por meio de uma nova letra de câmbio com o valor remanescente contendo uma nova data de vencimento e incidência de juros e correção se assim for acertado.
DIREITO DE AÇÃO: contra o sacador, contra o sacado (se der aceite) e contra coobrigados (endossantes e avalistas).
NO VENCIMENTO: se o pagamento não for efetuado, deve ser exigível:
a) Antes do vencimento: pela recusa total ou parcial
b) Protesto: no dia seguinte ao do vencimento
b.1) se apresenta no último dia;
b.2) falta= penalidade.
INTERVENHO: Tem relação com o artigo 304/CC “É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção, a incompetência (art. 112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição (art. 135)”. Trata-se de responsabilidade cambial semelhante a do sacado que o aceite. Qualquer pessoa pode ser por honra dos respectivos aceitante e avalistas. Significa então um meio de intervenção, que se dá no momento do protesto. Portanto, no ato do protesto, pela falta ou recusa do aceite, a letra de câmbio pode ser aceita por terceiro mediante concordância do detentor ou portador. Ou seja, um terceiro vai realizar o pagamento, com objetivo de não ver o nome do emitente da letra de câmbio, lançado a protesto. Ocorre então o pagamento, não a garantia, visto que a obrigação se extingue com a quitação da letra.
Responsabilidade cambial solidária, pois é semelhante a do sacado que aceita, pois o pagamento pode ser feito por outro título sem garantia, p.ex.: um cheque.
Por honra do sacado e seus respectivos avalistas é feita a intervenção do terceiro e este por sua vez tem direito ação de regresso contra estes.
RESSAQUE: o portador da letra de câmbio protestada pode haver o embolso (receber o pagamento) da soma devida pelo ressaque de nova letra de câmbio, a vista, sobre qualquer dos coobrigados. Os coobrigados são os avalistas e endossantes, o sacado quando der aceite, pois se não der aceite não figura como coobrigado.
Há a emissão do título, o título não é pago, ocorre a segunda emissão do título com vencimento a vista, isto é o ressaque, a emissão de uma nova letra de câmbio. É a emissão de um título de crédito para pagamento de outro título de crédito.
Este é o beneficiário
 (favorecido)
Sacador/ sacado 
 (devedor)

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