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Micro Imuno Parasito Completo

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Micro Imuno Parasito
ÓRGÃOS LINFÓIDES E CÉLULAS ENVOLVIDAS NA RESPOSTA IMUNE
- Infecção: presença de microrganismos que causam alterações fisiológicas e danos teciduais e alterações de proteínas plasmáticas.
- Infecção endógena: causados por microrganismos pertencentes à microbiota endógena
- Inflamação: é uma resposta fisiológica que envolve alterações no sistema vascular e tecido conjuntivo.
- Resposta inflamatória aguda: resposta imediata; se desenvolve no momento da ação do agente inflamatório – resposta inespecífica, ou seja, o mesmo mecanismo será utilizado para eliminar qualquer agente agressor.
- Resposta inflamatória crônica: quando o agente agressor permanece no tecido lesionado, levando ao aumento dos elementos vasculares e destruição tecidual. 
ÓRGÃOS LINFÓIDES
- Órgãos linfóides e tecidos linfáticos = sistema linfático 
- São nestes órgãos/tecidos que são geradas e diferenciadas as células de defesa e também será o sítio de resposta imunológica
- Órgãos linfóides primários ou centrais: estruturas responsáveis pela produção e/ou diferenciação de células de defesa -> Medula óssea e timo 
- Órgãos linfóides secundários ou periféricos: atuam no armazenamento das células de defesa, além de atuarem como sítio de resposta imunológica -> Baço, linfonodos e os gânglios linfáticos. 
- Depois de geradas nos órgãos linfóides primários, as células de defesa ficam circulando entre os órgãos linfóides secundários, o sangue e linfa, mas nunca retornam ao órgão linfóide primário. 
MEDULA ÓSSEA VERMELHA
- Responsável por produzir todos os elementos sanguíneos, incluindo as células de defesa da linhagem mielóide e também da linhagem linfóide. 
TIMO 
- Fica próximo ao arco aórtico e tem como função gerar as células T (linfócitos T) a partir de céls linfóides provenientes da medula óssea vermelha. 
- As céls T geradas no Timo passam por um processo para terem capacidade de diferenciar os constituintes do organismo, para que as céls de defesa não ataquem eles. As céls que não adquirem essa característica entram em apoptose e são removidas pelos macrófagos.
LINFONODOS 
- Situadas ao longo de todo o corpo, principalmente nas axilas, glândulas mamárias e virilha. 
- Função: filtrar a linfa de forma a captar e reconhecer os agentes infecciosos e destruí-las através da ação de células de defesa. 
BAÇO
- Situado próximo ao pâncreas.
- Papel similar ao linfonodo, porém agem captando e reconhecendo agentes infecciosos presentes no sangue e destruindo através da ação de macrófagos e linfócitos B.
- O baço também é responsável pela remoção e destruição de hemácias velhas.
NÓDULOS LINFÁTICOS E SITIOS MUCOSOS
- Localizados no intestino.
- São grupos de céls de defesa de origem linfóide (Linf. B e Linf. T) que migram para estas regiões a partir dos linfonodos regionais. Nestas regiões ocorre o reconhecimento e destruição dos antígenos antes que eles alcancem tecidos mais profundos. 
CÉLS ENVOLVIDAS NA RESPOSTA IMUNOLÓGICA
- As céls de defesa com exceção dos Linf. T são produzidas e diferenciadas na medula óssea vermelha.
- Medu. Óssea. Verm: Tecido conjuntivo rico em céls pluripotentes, ou seja, indiferenciadas. Estas céls são estimuladas por mediadores químicos e diferencia-se em linhagem mielóide progenitora e linhagem linfóide progenitora.
- Linhagem Mielóide: Principal característica -> presença de grânulos citoplasmáticos ricos em enzimas oxidativas; A partir da dessa linhagem são gerados os eritrócitos, plaquetas, basófilos, neutrófilos, monócitos, eosinófilos e as céls dentriticas. Com exceção dos dois primeiros tipos celulares, todos os outros atuam na defesa imunológica. 
- Linhagem Linfóide: Também é gerada a partir das céls pluripotentes da medula óssea. Uma parte destas céls geradas vai para o Timo, onde irá originar os Linf. T após um processo de diferenciação específico. As céls que permanecem na medula óssea se diferencial em linfócitos B e céls NK.
NEUTRÓFILOS
Céls com o citoplasma rico em grânulos contendo lisozima e enzimas oxidantes. 
Atuam na defesa contra bactérias.
Atravessam os vasos sanguíneos para chegar até o tecido conjuntivo lesionado – diapedese.
EOSINÓFILOS 
Também possuem o citoplasma rico em grânulos, mas o conteúdo é de histamina e heparina. Podem sofrer diapedese, mas não é tão rápido quanto os neutrófilos. 
Função: Ação contra helmintos e processos alérgicos. 
 
MONÓCITOS
Céls que sofrem diferenciação ao realizar diapedese. 
Quando chegam ao tecido conjuntivo, os monócitos se diferenciam em macrófagos, céls com alto poder de fagocitose responsável pela remoção de bactérias e céls velhas. 
BASÓFILOS
Diferenciam-se em mastócitos ao chegar ao tecido conjuntivo. 
São ricos em grânulos de histamina. 
A liberação da histamina provoca a vasodilatação e a formação de edemas -> sinais característicos de reações alérgicas e da resposta inflamatória. 
LINFÓCITOS B
Céls da linhagem linfóide, ao serem ativadas pelo antígeno diferenciam-se em plasmócitos (céls responsáveis pela produção e secreção dos anticorpos)
LINFÓCITOS T
Gerados e diferenciados no Timo. 
Capaz de reconhecer apenas antígenos proteicos que foram previamente processados pelas céls apresentadoras de antígeno.
Após sua ativação são geradas duas subpopulações: os linfócitos T auxiliares -> liberam citocinas que ativam outras céls de defesa; e os linfócitos T citotóxicos -> atacam céls infectadas por antígenos intracelulares. 
CÉLULAS NK
São geradas a partir das céls linfóides progenitoras.
Função: destruir céls infectadas por vírus, fungos e bactérias através da liberação do seu conteúdo lisossômico. 
RESPOSTA IMUNE INATA
- Resposta natural do organismo
- Reconhece o que é comum e essencial a sobrevivência de diferentes microrganismos.
- É uma resposta rápida e inespecífica e por isso não produz memória imunológica. Independentemente do hospedeiro que entrar em contato com o patógeno, a velocidade e intensidade da resposta imune será a mesma. 
- As céls que atuam na resposta imune inata possuem receptores capazes de reconhecer estruturas como a parede celular e flagelo.
- Os genes para a expressão destes receptores estão codificados na linhagem germinativa e possuem resíduos de manose que auxiliam no reconhecimento de diferentes microrganismos -> receptores localizados na membrana plasmática, membrana dos endossomos e livre no citoplasma, o que permite o reconhecimento de diferentes estruturas dos patógenos. Este processo é eficiente contra vírus, mas seu alvo principal são bactérias. 
- Pele e mucosas: formam barreiras epiteliais
Leucócitos sanguíneos e teciduais: sentinelas no meio extracelular 
- As células envolvidas na resposta imune inata atuam, na sua maioria, através da fagocitose. Os fagócitos (macrófagos) e os polimorfosnucleados (neutrófilos) são as principais células envolvidas na resposta imune e realizam a opsonização e fagocitose dos patógenos após migrarem por diapedese para o local da infecção.
- Os neutrófilos são especialmente ativos contra bactérias, são encontrados no sangue e são atraídos por quimiotaxia para o local da lesão. Eles possuem grânulo rico em lisozimas, que é a enzima responsável pela destruição da parede celular. 
 - Os macrófagos são encontrados em forma de monócitos, após sofrerem diapedese eles se diferenciam em macrófagos e então adquirem a capacidade de fagocitar. Alguns macrófagos são fixos em tecidos, em especial no fígado (céls de Kupfer), no tecido ósseo (osteoclastos), nos alvéolos (macrófagos pulmonares) e no sistema nervoso (micróglia).
- A capacidade de fagocitose dos macrófagos é maior do que a dos neutrófilos. 
- Além das céls de fagocitose, também atuam na resposta imune inata as céls NK, que são ativas contra céls que estejam infectados por patógenos intracelulares, em especial o vírus. Também atuam no combate de céls tumorais. Em ambos os casos em ação citotóxica e são incapazes de realizar a fagocitose. A célula NK é capaz de sofrer degranulação e com isto estimular a apoptoseda célula infectada. 
- A resposta imune inata também é auxiliada por proteínas plasmáticas; as citocinas e o sistema complemento. 
- Sistema complemento = grupo de enzimas proteolíticas que atuam em sistema de cascata. 
- As citocinas também são proteínas citoplasmáticas atuantes na resposta imune inata. Elas são produzidas por macrófagos, mastócitos e células dendríticas ativados e atuam estimulando a diapedese de neutrófilos e monócitos, bem como ativando as céls NK.
RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA E HIPERSENSIBILIDADE
IMUNIDADE ESPECÍFICA ADQUIRIDA
- Defesa elaborada pelo organismo para lidar com as estratégias desenvolvidas pelos agentes infecciosos para driblar o sistema imune. 
- Base dessa imunidade: molécula adaptadora -> estrutura capaz de ativar o sistema complemento e as céls de fagocitose, além de uma região ligar-se ao agente infeccioso. Esta molécula é conhecida como anticorpo. 
- Regiões que ativam o sistema complemento e a céls de fagocitose: regiões com função biológica
Região de ligação com o agente infeccioso específico: região com função externa específica 
- Antígeno = agente infeccioso, corpo/agente estranho capaz de ativar o sistema imune. 
- Os anticorpos são produzidos pelos plasmócitos (céls derivadas dos linfócitos B) que produzem um tipo específico de anticorpo que ficará situado na superfície externa da sua membrana. Assim o antígeno só irá ligar-se aos anticorpos com o quais tiver perfeito encaixe, dando sinal para que o linfócito se diferencie em plasmócito e passa a produzir o anticorpo específico. -> O antígeno é quem seleciona os anticorpos que irá reconhecê-lo. 
Este processo recebe o nome de seleção clonal e permite que grandes concentrações de anticorpos sejam produzidas para combater uma infecção específica, e, além disso, este processo também produz memória imunológica. 
- Memória imunológica = processo que capacita o organismo a gerar uma resposta imune mais rápida em um segundo contato.
- Quando o antígeno entra no organismo, leva cerca de 5-7 dias até que sejam detectados anticorpos no sangue. Após atingirem um pico, a concentração deste anticorpo no sangue cai; este processo é chamado de resposta imune primária. No entanto, esta memória é específica, ou seja, o sistema imune pode diferenciar especificamente dois organismos; esta é a base da imunidade adquirida.
- Todas as células do nosso corpo possuem marcadores celulares próprios que pertencem a um grupo de moléculas chamadas de MHC (complexo principal de histocompatibilidade). As células T auxiliares reconhecem alterações na superfície celular em função da associação entre o antígeno e o MHC, induzindo a liberação de citocinas que podem auxiliar as células B a liberarem anticorpos e/ou ativar macrófagos e capacita-los a matar parasitas intracelulares. Já as células infectadas por vírus têm alterações no MHC de classe I; neste caso a liberação de interferon impede a disseminação viral.
CÉLULAS QUE ATUAM NA IMUNIDADE ADAPTATIVA 
LINFÓCITOS B
- Base da resposta imune humoral, onde os anticorpos reagem com determinantes antigênicos presentes no sangue, linfa e fluídos tissulares. A maior parte das céls B é exterminada durante a deleção clonal; aquelas que escapam entram na circulação e são capazes de ativar a seleção clonal desde que interaja com um antígeno específico. 
- Durante esta ativação existem sinais químicos que fazem o linfócito B se diferenciar em plasmócito, tipos celulares capazes de secretar anticorpos com a especificidade de se ligar a antígenos como aqueles que ativaram a célula B mãe. 
- Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas (Ig), são estruturas proteicas formadas por quatro cadeias polipeptídicas, sendo duas cadeias leves e duas cadeias pesadas unidas entre si através de pontes dissulfetos. Por terem origem proteica, as Imunoglobulinas possuem um determinante genético. A análise desta estrutura nos mostra a presença de uma região constante (Fc) e uma região variável (Fab), onde ocorre a ligação do antígeno.
- Todos os anticorpos são produzidos pelos plasmócitos resultantes da diferenciação do linfócito B.
a)       IgG – mais abundante do corpo, presente na maioria dos líquidos extravasculares combatendo microrganismo e suas toxinas. É capaz de atravessar a placenta e pode ativar fortemente os fagócitos mononucleados e os neutrófilos polimorfonucleares. Sua adesão ao microrganismo patogênico facilita a ação das células de fagocitose. Assim a região Fc se liga a célula de fagocitose ativando-a e a região Fab permanece ligada ao antígeno. A principal célula de fagocitose ativada são os macrófagos e os neutrófilos
b)       IgA – presente na superfície externa do corpo onde encontramos secreções muco-serosa. Ativa fracamente os fagócitos mononucleados e os neutrófilos polimorfonucleares. Encontrada principalmente nas secreções de mucosas por participar da defesa da superfície externa do corpo. Ao contrário da IgG, não atravessa a barreira placentária, porém é passada de mãe para filho através do leite materno. Sua função é recobrir toda superfície externa do antígeno impedindo sua ligação a superfície célula, impedindo sua entrada na célula.
c)       IgM – primeira linha de defesa contra bactérias. Age como um aglutinador. Incapaz de ativar os fagócitos mononucleados e os neutrófilos polimorfonucleares. Atuam principalmente através da ativação do sistema complemento. É a maior de todas as imunoglobulinas. São conhecidos como agentes citolíticos e aglutinadores e agem com muita eficiência contra os estágios iniciais de uma infecção. Por estarem presentes no sangue são os principais responsáveis pelo combate as bacteremias por ativarem fortemente o sistema complemento.
d)       IgD – Presente aderida a superfície dos linfócitos B onde atua em conjunto com a IgM e também na ativação dos linfócitos.
e)       IgE – protege as superfícies externas do corpo. Presente em baixas quantidades no soro e nas superfícies externa no corpo. Seu papel está relacionado ao controle de infecções parasitárias e aos sintomas de alergias atópicas. Ativa fortemente os mastócitos (cujo papel está relacionado aos sintomas de alergias), basófilos e eosinófilos (cujo papel está relacionado ao controle de infecções parasitárias).
LINFÓCITOS T
- Produzidos na medula óssea e maturados no timo, onde sofrem a deleção clonal caso sejam hábeis em gerar respostas contra o próprio organismo.
- São céls efetoras da resposta imune celular, sendo direcionada contra qualquer fator, deste um vírus até contra uma mutação que transformou uma célula normal em uma célula cancerígena.
- As céls T possuem glicoproteínas como receptores de superfície-MHC. A principal diferença entre o anticorpo e o receptor da célula T está no fato de que o anticorpo se liga ao antígeno intacto, enquanto que os receptores da célula T não reconhecem o determinante antigênico diretamente, mas o fragmento de um determinante antigênico ligado a uma molécula de MHC presente na membrana da célula apresentadora de antígeno.
Após serem ativadas pela seleção clonal, as células T geram três tipos de células efetoras:
Linfócito T citotóxico (CLT ou T-CD8) -  reconhecem células infectadas por vírus e a matam por lise citotóxica
Linfócito T auxiliar (Cel. TH ou T – CD4) – auxiliam as células efetoras da resposta imune humoral e da resposta imune celular, se ligando ao antígeno antes da ativação da célula B. Caso auxilie na resposta imune humoral, a célula TH utiliza as células com MHC da classe II, enquanto que na resposta imune celular utiliza-se a células com MHC da classe I.
Linfócito T supressor (cel TS) – controla a intensidade da resposta imune
- As céls T também participam da resposta imune adaptativa, mas são incapazes de produzir anticorpos, cuja produção é restrita aos plasmócitos. 
- Mas as céls T também são capazes de reconhecer um antígeno no corpo e isto só é possível graças a receptores presentes na membrana dos linfócitos. Estes receptores são formados por duas subunidades cujo domínio externo é variável,enquanto que o domínio que fixa a proteína à membrana da célula T é constante. Este receptor é chamado de TCR. 
- No entanto, para que estes receptores reconheçam o antígeno e possam assim ativar a célula T, é necessário que o antígeno esteja ligado ao complexo principal de histocompatibilidade ou simplesmente MHC. Existem duas classes de MHC.
MHC classe I - Presentes em quase todas as células nucleadas do corpo e ativam células T citotóxicas
MHC classe II – Associadas aos macrófagos e linfócitos B, podendo ativas os linfócitos T helper.
HIPERSENSIBILIDADE 
- Resposta imune adaptativa benéfica que acontece de forma exagerada ou inapropriada. Por ser uma resposta adaptativa, não se manifesta no primeiro contato com o antígeno e sim nos contatos subseqüentes. 
Hipersensibilidade Tipo I – também conhecida como hipersensibilidade imediata e resulta da ação da IgE contra um antígeno inócuo, como o pólen, poeira, pêlos de animais. Existe a liberação de mediadores químicos que desencadeiam uma reação inflamatória aguda com sintomas como asma e renite.
Hipersensibilidade Tipo II – ou citotóxica dependente de anticorpos caracteriza-se pela ligação antígeno anticorpo, com fagocitose, ativação de células NK e lise mediada pelo sistema complemento.
Hipersensibilidade Tipo III – envolve a ação de complexos imunes que não podem ser completamente removidos do organismo.
Hipersensibilidade Tipo IV – ou hipersensibilidade tardia (DTH) ocorre quando um antígeno fagocitado não consegue ser eliminado, estimulando a ação de linfócitos T e a liberação de mediadores inflamatórios; também são comuns em rejeição a transplantes e dermatite alérgica de contato.
- Comumente dizemos que as hipersensibilidades do tipo I, II e III são mediadas por anticorpo, enquanto que a do tipo IV é mediada pelos linfócitos T e macrófagos. Embora exista quatro tipos de hipersensibilidade, não significa que elas ocorreram sempre isoladamente.
MORFOLOGIA, FISIOLOGIA E REPRODUÇÃO BACTERIANA
- Nem todo microrganismo possui capacidade infecciosa. A grande maioria dos microrganismos são chamados de não patogênicos, que podem ser tanto benéficos para o ser humano, como também pode não apresentar qualquer efeito sobre nós. 
- Microbiota endógena = microrganismos que residem no interior ou na superfície corporal. O feto não possui essa microbiota, sendo exposto a ela durante e após o parto. 
- Os organismos que compõem a microbiota endógena podem ser nocivos ou benéficos e residem na pele, em aberturas corporais, mucosas do trato digestório e do trato gastrointestinal; estes ambientes são quentes e úmidos, proporcionando um ótimo ambiente para o desenvolvimento destes microrganismos. Sangue, linfa, líquido cefalorraquidiano e órgãos internos são normalmente livres de microrganismos.
- Além da microbiota residente, existe a microbiota transiente, que reside em caráter temporário em regiões internas e externas do corpo. Estes microrganismos são normalmente retirados pelo banho, podem não conseguir competir com a microbiota residente do corpo, ser descartados por produtos de excreção ou secreção humana.
- Embora a destruição da microbiota transiente não cause grandes problemas ao corpo, a destruição da microbiota residente perturba o equilíbrio estabelecido entre o hospedeiro e seus colonizadores.
- Dentre os microrganismos que compõem a microbiota endógena temos aqueles chamados de patógenos oportunistas. Estes microrganismos, em geral, não causam problema algum ao hospedeiro. No entanto existem duas situações que podem fazer com que estes microrganismos manifestem suas características infecciosas. A primeira, e mais comum delas, é quando existe uma baixa na atividade imune; ou seja, as defesas do organismo não estão funcionando como deveriam e com isto os microrganismos acham uma brecha para se manifestarem. A segunda situação que permite a manifestação de um patógeno oportunista é o acesso do microrganismo a um local diferente da sua região de permanência original, fazendo com que ele manifeste seu potencial patogênico.
MORFOLOGIA BACTERIANA
- A célula bacteriana pode adquirir forma esférica, em bastão ou espiralada; individual ou em grupos. -> Tais padrões de organização são importantes na classificação taxonômica das bactérias. A esta característica bacteriana de apresentar vários arranjos damos o nome de pleomorfismo.
FORMA ESFÉRICAS – COCOS
Diplococos – cocos aos pares. Ex Neisseria meningitides  - meningococos
Estreptococos – cocos em cadeia. Ex: Streptococcus pneumoniae (pneumonia); Streptococcus salivarius (saliva, benéfico).
Estafilococos – cocos em “cachos”. Ex: Staphylococcus aureus (garganta, podendo causar dor de garganta).
FORMAS CILÍNDRICAS, EM BASTONES – BACILOS
- Tem variação de forma, tamanho, espécies e condições de crescimento.
- Podem ocorrer aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (estreptobacilos).
- Apresentam, algumas vezes, flagelos que auxiliam no movimento.
Exemplos: 
Shighella sp – diarreias sanguinolentas; 
Clostridium botulinum – paralisia nervosa pela toxina botulínica; 
Pseudomonas sp – infecções oportunistas; 
Bacillus cereus – gastroenterite; 
Salmonella sp – febre tifoide; gastroenterite; 
Escherichia coli – normalmente no trato intestinal, mas pode causar doenças enterogástricas; 
Corynebacterium diphteridae – bactéria da difteria; se organiza de uma forma especial, conhecida como paliçada.
BACTÉRIAS COM FORMAS HELICOISAL- ESPIROQUETAS
São encontradas individualmente (células isoladas) e normalmente apresentam flagelos que auxiliam na movimentação. Exemplos:
Leptospira  biflexa;  
Leptospira interiogans – leptospirose; 
Vibrio sp – espiral curto, incompleto – cólera; 
Treponema  pallidum – corpo flexível – sífilis
FLAGELOS
São estruturas responsáveis pela locomoção da bactéria através da realização de movimentos ondulatórios. Acredita-se que a quimiotaxia desencadeie os movimentos do flagelo. A proteína que compõe o flagelo se chama flagelina. Os flagelos se originam na membrana citoplasmática na forma de uma estrutura de discos sobrepostos; é a estrutura basal, do último disco se origina uma estrutura em forma de gancho que fica em contato com a membrana externa; finalmente, já no meio extracelular origina-se o flagelo em si.
FÍMBRIAS
São apêndices filamentosos constituídos de uma proteína chamada pilina. Comparadas aos flagelos, as fímbrias são menores, mais curtas e numerosa, sendo encontradas dispostas por toda superfície da bactéria. Não atuam na mobilidade da bactéria, sendo encontrada em diferentes espécies de bactéria, no entanto são mais comuns nas bactérias gram-negativas.
As funções mais importantes das fímbrias são:
Troca de material genética durante a conjugação bacteriana através de uma fímbria especial chamada fímbria sexual (ou pelo F).
Adesão da bactéria em uma superfície mucosa.
 CÁPSULA
É uma proteção bacteriana contra condições ambientais adversas. Situada externamente a parede celular, a cápsula também atua como um fator de virulência da bactéria, evitando que esta seja fagocitada por células do sistema imunológico.
A composição da cápsula é de polissacarídeos, ou seja, grandes cadeias de açúcares diferentes unidas entre si através de ligações químicas específicas. As cápsulas são identificadas conforme o tipo de polissacarídeos predominante. Algumas vezes estes polissacarídeos não são os únicos constituintes da cápsula, podendo haver polipeptídios (proteínas) também.
PAREDE CELULAR
É uma estrutura rígida que dá forma a bactéria, ficando situada logo acima da membrana citoplasmática. A principal função da parede é permitir que a bactéria resista as alterações bruscas do ambiente, como por exemplo, a variação da pressão osmótica e temperaturas muito baixas. Bactérias que tiveram a parede celular removida são chamadas de protoplastos e incapazes de se reproduzirem.
Moléculas da classe dos peptídeosglicanos são responsáveis pela rigidez e manutenção da pressão osmótica da célula; existem três tipos básicos de peptideosglicanos que seorganizam de diferentes formas para formar a parede, são eles o ácetilglicosamina (AGA), o ácido acetilmurâmico e um peptídeo de 4 – 5 aminoácidos na configuração D (existente só em bactérias). Conforme a composição da parede, as bactérias são dividias em Gram + e Gram –.
GRAM POSITIVAS - Possui a parede mais espessa e rígida devido a uma maior quantidade de peptídeoglicanos; no entanto sua composição a base de ácido teicóico faz com que esta parede seja o ponto de ação de vários antibióticos. Além disto a presença de proteínas na parede faz com que esta seja usada na identificação sorológica da bactéria.
GRAM NEGATIVAS - Também têm sua parede formada por peptídeosglicanos, no entanto menos espessa que as gram – positivas; porém com constituição mais complexa, possuindo uma maior concentração de lipídios formando um lipopolissacarídeo – LPS - que fica posicionado externamente a camada de peptídeoglicano. Este posicionamento faz com que esta camada seja seletiva para a entrada e saída de substâncias e pode causar efeitos tóxicos quando em contato com algum outro organismo; são as chamadas endotoxinas, podendo causar febre, diarreia, morte de células vermelhas e choque fatal. A estruturação da LPS ocorre da seguinte forma: a) lipídeo A embebido na membrana; b) polissacarídeos localizado na superfície da membrana e c) antígenos.
 
ÁREA NUCLEAR
É a região onde se encontra o material genético da bactéria. A região do NUCLEÓIDE onde encontramos o cromossomo único e circular das bactérias. Já os PLASMÍDEO são moléculas menores de DNA circular que não codificam uma característica específica, mas conferem vantagem seletiva a bactéria. Muitas vezes estão relacionados à resistência a antibióticos
ESPOROS
O esporo bacteriano é uma estrutura de resistência formada no interior da bactéria sendo muito resistente ao calor, á dessecação, e a outros agentes físicos químicos. Quando o ambiente não está propício para o desenvolvimento da bactéria, uma nucleoproteína começa a envolver todo material genético da bactéria, formando uma espessa parede constituída de ácido dipocolínico, um proteoglicano, que lhe confere uma grande resistência – esta estrutura se chama parede do esporo; envolvendo esta parede temos o córtex do esporo, também composta de um peptídeoglicano, mas menos resistente que o peptídeoglicando da parede do esporo. Finalmente, a camada mais externa do esporo é a capa do esporo, uma estrutura proteica rígida e rica em ligações disulfetos, responsável pela resistência a agentes químicos. Envolvendo toda esta estrutura existe o exósporo, uma membrana lipoprotéica rica em aminocarboidratos. Não é uma estrutura responsável pela reprodução. Este tipo de estratégia é muito comum em bactérias do gênero Bacillus sp e Clortridium sp.
É definido como crescimento bacteriano o aumento do citoplasma acompanhado pela síntese de macromoléculas como o DNA e proteínas. A disponibilidade de nutrientes é o principal fator que rege o crescimento bacteriano.
Em um sistema fechado, podemos classificar o crescimento bacteriano conforme as fases abaixo:
Fase Lag – fase de adaptação da bactéria ao meio. Existe um aumento de volume da célula, mas não ocorre a divisão celular e sim a síntese de DNA, proteínas e enzimas que serão utilizadas na divisão que se seguirá.
Fase Log ou de crescimento – período de divisão celular da bactéria. O tamanho da bactéria é menor quando comparado com o da fase lag. Também são sintetizados elementos estruturais da bactéria. Esta fase continua até que os nutrientes do meio sejam depletados.
Fase Estacionária – decréscimo da velocidade da divisão celular em virtude da redução dos nutrientes disponíveis no meio. Ocorre também a redução da taxa metabólica que se mantém através da degradação dos grânulos de reserva.
Fase de morte ou declínio – ocorre quando as condições do meio são impróprias para o crescimento em decorrência da falta de nutrientes e do acumulo de toxinas produzidas como restos do metabolismo bacteriano
 
Assim como no ser humano, o conjunto de reações responsáveis pela manutenção das funções bacterianas básicas. A matéria prima destas reações são os nutrientes que as bactérias absorvem do meio e serão utilizados para a produção de ATP (que será utilizado no transporte de moléculas, movimentação de flagelos e síntese de macromoléculas) e ainda para a produção de estruturas bacterianas. AS principais fontes de energia das bactérias são os carboidratos e as proteínas.
Tipos de metabolismo
Fermentação - processo que ocorre na ausência de O2 e leva a quebra parcial da molécula de carboidrato, podendo gerar diferentes produtos finais.
Putrefação – processo de decomposição de proteínas que também ocorre na ausência de O2, tendo como produto final a geração de ácido sulfídrico.
Respiração Aeróbica – quebra de nutrientes (carboidratos e proteínas) tendo o oxigênio como aceptor final de elétrons
Respiração Anaeróbica – que quebra de nutrientes (carboidratos e proteínas) tendo como aceptor final de elétrons compostos inorgânicos.
 
REPRODUÇÃO BACTERIANA
Procariotos normalmente se reproduzem assexuadamente, mas as baterias podem apresentar mecanismos de recombinação genética como resultado da interação do material genético de uma bactéria com PARTES do material genético de outra.
 O processo pelo qual uma bactéria se divide em duas após desenvolver uma parede celular transversal é conhecido como fissão binária transversal. A célula originada é um clone, ou seja, na população de bactérias que se dividem por fissão, todos os indivíduos são geneticamente idênticos. Na sequência de eventos, após a duplicação do material genético, ocorre primeiramente um alongamento da célula mãe seguido da invaginação da membrana citoplasmática formando um caminho através do qual ocorre a migração do material nuclear. Após a invaginação e a transferência do material genético ocorre a formação da parede celular transversa e a organização do DNA na região do nucleóide. Só depois disto a célula se separa completamente e repete o processo de fissão.
CONJUGAÇÃO - Processo através do qual uma bactéria - chamada de receptora - recebe parte do material genético de uma segunda bactéria - chamada de doadora. Normalmente esta pequena sequência de DNA transferida é uma variação presente apenas na bactéria doadora. Para que haja a conjugação é necessário o contato físico, feita por uma fímbria especial, o pelo F; este contato é breve e fraco, por isto apenas um pequeno pedaço de DNA é transferido. Após a conjugação, a bactéria volta a se reproduzir por fissão binária transversal.
 TRANSFORMAÇÃO - Quando uma bactéria morre, seu DNA pode ser libertado no meio, ou então pode ser capturado por um bacteriófago para posteriormente ser englobado por uma bactéria hospedeira.  Uma vez que o DNA transformado encontra-se dentro da bactéria hospedeira, ocorre o processo de recombinação e novos genes são incorporados ao DNA da bactéria.
A conjugação e a transformação são eventos que ocorrem em poucas bactérias; a grande maioria tem como forma de reprodução apenas a fissão binária transversal. O tempo normal entre uma divisão e outra é chamado de tempo de geração. O tempo de geração varia de espécie para espécie, mas também possui fortes fatores de dependência, como os nutrientes disponíveis no meio.
FATORES QUE INTERFEREM NO CRESCIMENTO E NA REPRODUÇÃO BACTERIANA
Um dos principais nutrientes que influenciam o crescimento bacteriano é a disponibilidade de carbono. Nas bactérias heterotróficas, este carbono é adquirido, principalmente, na forma de carboidratos, enquanto que nos organismos autotróficos este carbono é adquirido na forma de CO2 ou carbono inorgânico. O nitrogênio também é um elemento importante para a síntese de aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos e pode ser adquirido através de proteínas exógenas e por elementos como amônia e gás nitrogênio. O enxofre também é importante para a síntese de alguns aminoácidos e o fósforo é um elemento essencial para a síntese dos nucleotídeos trifosfatados comfunção energética ou estrutural.
Dentre os fatores físicos que influenciam no crescimento bacteriano temos a temperatura, o pH e, principalmente, o oxigênio. O oxigênio pode ser essencial para o crescimento bacteriano, neste caso dizemos que a bactéria é aeróbica estrita (ou obrigatória), pois ela é incapaz de crescer na ausência de O2. Por outro lado, existem as bactérias aeróbicas facultativas, que apresentam mecanismos que permitem utilizar o O2 quando este está presente em quantidades adequadas no meio através da cadeia de transporte de elétrons; no entanto, quando a concentração deste gás não é suficiente, a bactéria aciona outros mecanismos, como a fermentação, para a obtenção de energia – Ex: a maioria das bactérias entéricas. Finalmente, temos as baterias anaeróbicas restritas (ou obrigatórias), que são intolerantes ao O2. Nestas bactérias, o oxigênio é letal e tais espécimes só se desenvolvem em tecidos necrosados e alimentando -se principalmente de proteínas – Ex:  Clostridium.
FUNGOS E VÍRUS
VÍRUS
- Seres acelulares, dependem completamente de céls vivas para gerar sua própria energia ou para síntese de suas moléculas estruturais. 
- Constituídos por ácidos nucléicos (DNA ou RNA) e proteínas que formam um arranjo chamado de capsídeo (protege o material genético). 
- Este arranjo material genético associado ao capsídeo é chamado de nucleocapsídeo. O nucleocapsídeo de alguns vírus é envolto por uma membrana lipoprotéica, originada da célula hospedeira na qual o vírus foi sintetizado, denominada de envelope lipídico. Os lipídios que formam o envelope são normalmente oriundos da membrana plasmática da célula hospedeira.
O genoma viral contém apenas uma cópia de cada gene. As proteínas codificadas pelos vírus podem ser estruturais (matriz proteica formadora da partícula viral) ou funcionais, (relacionadas a replicação viral).
Fungos
Os fungos são organismos eucariotos encontrados em toda parte do mundo e constituem um grupo diversificado composto por organismos unicelulares como as leveduras e pluricelulares, como os fungos filamentosos (bolores). Os fungos pluricelulares crescem em filamentos chamados de hifas, que se organizam formando os micélios Saber se um fungo é uni ou pluricelulares, bem como as características de suas hifas contribui para a sua identificação em casos de infecções fungícas. Assim como os vegetais, os fungos também possuem parede celular, porém, ao contrário dos vegetais que a parede é composta de celulose, a parede celular dos fungos é composta de quitina, um tipo de polissacarídeo.
 
Os fungos alimentam-se de matéria orgânica. Possuem a chamada digestão absortiva, onde secretam enzimas digestivas no substrato a ser consumido. Se este substrato for de animais e vegetais mortos os fungos atuam como decompositores permitindo a reciclagem de nutrientes. Estes fungos são chamados de saprófitas. No entanto, existem fungos que liberam suas enzimas digestivas em cima de um organismo vivo; neste caso chamamos estes fungos de parasitas e causam a destruição do tecido que estão parasitando.
Nem todos os fungos são prejudiciais ao organismo. Atualmente utilizamos os fungos para a produção de queijos, iogurte, cervejas, pães, bem como na síntese de alguns fármacos, como a ciclosporina (imunossupressora) e a penicilina (antibiótico).
Um fungo pode se reproduzir de forma assexuada, mais comum em fungos patogênicos e de forma sexuada, comumente encontrada em fungos de vida livre.
As formas assexuadas de reprodução são: a) brotamento; b) alongamento da hifa e c) formação de esporos assexuados (conídios). Sexuadamente os fungos se reproduzem através da fusão de dois núcleos de esporos. A reprodução sexuada de fungos parasitas só é observada em hospedeiros extremamente imunocomprometidos.
 LEVEDURAS
São os fungos unicelulares que, normalmente, se reproduzem por brotamento. São muito utilizadas em processos de formação de bebidas alcoólicas em virtude de serem aeróbicos facultativos, como a Saccharomyces cerevisiael. Algumas leveduras têm interesse médico, como o Cryptococcus neoformans e a Cândida albicans (oportunista, podendo ser encontrada na microbiota endógena). As leveduras têm uma forma muito semelhante a bactérias, mas podem ser diferenciadas destas na análise microscópicas por dois aspectos: são maiores que as bactérias e é possível observar o processo de brotamento; bactérias não se reproduzem por brotamento.
BOLORES
Crescem em forma de filamentos, sendo comumente observado em alimentos em decomposição. Possuem dois tipos de hifas, as chamadas de hifas aéreas, responsáveis pela parte reprodutiva e as hifas vegetativas que se estendem sob a superfície onde o bolor está crescendo. Neste grupo encontramos o Penicillium notatum, responsável pela produção da penicilina (antibiótico).
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
As infecções fungicas são conhecidas como micoses e podem ser:
Micoses Superficiais e Cutâneas – ocorrem em áreas mais externas no corpo, como pêlos, unhas e na epiderme.  São adquiridas através do contato com esporos
Micoses Subcutâneas e Sistêmicas – são infecções de camadas mais profundas da pele (Derme) ou de órgãos internos, podendo afetar dois ou mais sistemas orgânicos diferentes e simultaneamente. Atingem o corpo através do trato respiratório –inalando os esporos presentes no solo e em fezes secas contaminadas
A Candida albicans, levedura oportunista que fazem parte da nossa microbiota endógena, sendo encontradas na pele e nas mucosas da boca, trato gastrointestinal e genitourinário. Normalmente a população de Cândida é controlada pelas bactérias da flora normal desta região; situações que levam a diminuição da população bacteriana endógena podem levar ao aumento da população desta levedura e permitir um foco de entrada para novos microrganismos na corrente sanguínea. Embora seja mais comum causando micoses cutâneas e subcutâneas, em organismos imunodeprimidos a Candida pode provocar infecções sistêmicas.
Exemplos de infecções fungícas sistêmicas no trato respiratório inferior são as coccidiodomicose, causadas principalmente pelo Coccidioide immitis, esta infecção começa muito semelhante a uma gripe e pode progredir para lesões pulmonares e abscessos por todo corpo, incluído ossos, pele e SNC. As criptococoses são micoses profundas que podem ocorrer nas meninges, nos pulmões, rins, próstata, pele e ossos; é comum em pacientes aidéticos sendo causada pelo Cryptococcus neoformans, uma levedura capsulada que se reproduz dentro de macrófagos. Finalmente, um último exemplo de micose sistêmica é a histoplasmose, uma micose sistêmica com variáveis graus de gravidades, variando desde a assintomática até formas com lesões pulmonares; o agente etiológico é o Histoplasma capsulatum.

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