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CASO 5 a 10

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CASO 5 
André ajuizou uma ação em face de Paulo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial, André afirma que Paulo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. André devidamente citado oferece contestação, onde reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por André para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz.
A partir do texto acima responda às seguintes questões:
a.) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Paulo será possível o julgamento antecipado do mérito?
Considerando que que o réu apresentou defesa de mérito, indireta, em conformidade com o art. 350, NCPC, deverá o juiz conceder ao autor o prazo de 15 dias para que este se manifeste, inclusive podendo juntar novas provas aos autos. O juiz, ao não fazer isso, poderá está violando o contraditório.
b.) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso, poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito.
Sim, desde que antecipadamente tenha assegurado ao autor o prazo de 15 dias, conforme art. 350, NCPC. Caso contrário, não será possível admitir o julgamento antecipado parcial do mérito, mesmo que sob determinado fato não haja controvérsia.
CASO 6
Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas e filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-se:
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? 
Não. O caso trata de clara relação de consumo e nesse caso incide a regra da inversão do ônus da prova disposto no art. 6º, VIII, do CDC. A distribuição dinâmica do ônus da prova é exceção à regra geral do CPC, permitindo ao juiz e as partes, através de negócio processual típico, a distribuição para a parte que tenha melhores condições de produzir prova acerca da existência de um determinado fato. Trata-se de uma excelente oportunidade para o docente diferenciar de forma detalhada inversão do ônus da prova de distribuição dinâmica do ônus da prova
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser
Distribuído o ônus? 
A distribuição estática do ônus da prova permanece como regra geral nos termos do art. 373 do CPC. Importante destacar que ao autor cabe provar o fato constitutivo de seu direito e ao réu provar o fato novo alegado.
c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os critérios para utilização dessa espécie de prova?
A prova emprestada foi tratada de forma adequada no CPC, mas já era admitida em sede doutrinária e jurisprudencial. Importante destacar que o art. 372 admite a prova emprestada desde que seja assegurado o contraditório.
CASO 7
Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura (Mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o CPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana?
A advogada não deu a informação correta. Diante da narrativa do caso é possível a produção antecipada de prova, com fundamento no artigo 381, I, que admite antecipação da prova em casos de urgência.
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo?
Possível, conforme disposto no artigo 384, que atesta a existência ou estado de coisas ou pessoas com presunção de veracidade de documentos públicos.
CASO 8
A Administradora Joia Rara Ltda. está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda. contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda. discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas?
Em regra sim, pois segundo análise dos artigos destinados a produção de provas, existe um momento oportuno para seu requerimento. Contudo o próprio NCPC evidencia situações que podem ter entendimento contrário. Conforme artigo 370, NCPC, que permite ao juiz de ofício, requerer da parte as provas necessárias ao julgamento do mérito. Vale registrar o disposto no artigo 434, NCPC, no sentido de que a parte deverá instruir a petição inicial ou contestação com os documentos mínimos destinados a provar suas alegações.
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial?
A prova pericial, que serve para auxiliar o juiz, é um meio para comprovação de fatos obscuros, mas que dependem de conhecimentos técnicos, que exigem o auxílio de profissionais especializados, como por exemplo o perito judicial e o analista.
CASO 9
André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e Proporcionarcondições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação?
Sim, pois a mediação e conciliação podem ser tentadas não só nas audiências, mas a qualquer momento que o juiz vislumbre a possibilidade de obtenção de êxito.
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível?
Significa dizer que o referido ato processual é único, ainda que por qualquer motivo não se alcance a sua conclusão no mesmo dia de seu início.
CASO 10
Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo.
Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio?
Sim, eis que a sentença realmente ostenta tais requisitos e quanto a seus efeitos, permite a instituição de hipoteca judiciária. Ver artigo 38 da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais).
b) O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses?
Segundo dispõe o artigo 203, § 1o, NCPC, a sentença é definida como pronunciamento, por meio do qual o juíz com fundamento nos artigos 485 e 487, NCPC, põe fim na fase cognitiva do processo comum ou extingue a execução.
c) O caso acima admite reexame necessário?
Neste caso não, só se caber reexame quando envolver fazenda pública.

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