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16/06/2014 1 CIMENTO PORTLAND Escola Politécnica de Pernambuco Prof. Dr. Arnaldo Cardim de Carvalho Filho 0 que é cimento ?0 que é cimento ? O Cimento portland é um dos mais importantes materiais de construção a serviço da engenharia, com um vastíssimo campo de aplicação. Exemplos de aplicações como solo‐cimento, a pavimentação de estradas, as habitações pré‐ fabricadas, tubos de concreto, pavimento intertravado, etc. 0 que é cimento ? Seu nome técnico é “cimento portland”, pois assim foi batizado pelo seu inventor há mais de 150 anos, inspirado na cor das pedras da ilha de Portland ሺInglaterraሻ, que eram muito usadas nas construções da época. 16/06/2014 2 0 que é cimento ?0 que é cimento ? O Cimento Portland, ou simplesmente cimento, é fabricado com calcário, argila, gipsita e outros materiais denominados adições. 0 que é cimento ?0 que é cimento ? O processo de fabricação do cimento consiste basicamente na extração do calcário da jazida ሺminaሻ, com auxílio de máquinas e explosivos, seguindo‐se a sua britagem emistura com argila. 16/06/2014 3 Jazida de Matérias Primas: Calcário + Argila 0 que é cimento ?0 que é cimento ? Essa mistura passa por um moinho, onde é reduzida a pó, e a seguir por um possante forno giratório, onde é cozida a 1450ºC, transformando –se em pelotas de clínquer. COMPOSIÇÃO DO CLINQUER PORTLAND 16/06/2014 4 0 que é cimento ?0 que é cimento ? Finalmente este clínquer é moído e misturado a gipsita e outras adições, transformando‐se no cimento, que agora está pronto para ser entregue ao consumo, em sacos ou a granel. Matérias‐Primas ‐ CALCÁRIO O calcário é o carbonato de cálcio ሺCaCO3ሻ, que se apresenta na natureza, com impurezas como óxido de magnésio. O carbonato de cálcio puro ou calcita, sob ação do calor , decompõe‐se do seguinte modo: CaCO3 ሺ100%ሻ CaO ሺ56%ሻ CO2 ሺ44%ሻ 16/06/2014 5 Calcário CaCO3 (CaO + CO2) Vê‐se que uma tonelada de calcário dá origem a 560 Kg de cal, que é verdadeiramente a matéria‐prima que entra na fabricação do cimento, no entanto os 440 Kg de CO2 são perdidos sob a forma de gás, que sai pelas chaminés. A dolomita é o carbonato de cálcio e magnésio CaMgሺCO3ሻ2, que encerra apenas 30,4% de CaO, não sendo utilizado na fabricação de cimento. 16/06/2014 6 A argila empregada na fabricação do cimento é essencialmente constituída de um silicato de alumínio hidratado, geralmente contendo ferro e outros minerais, em menores porcentagens. A argila fornece os óxidos SiO2, Al2O3 e Fe2O3 necessários a fabricação do cimento. Matérias‐Primas ‐ ARGILA A gipsita é o sulfato de cálcio hidratado – CaSO4.H2O . É um produto de adição final no processo de fabricação do cimento portland, com a finalidade de regular o tempo de pega. Matérias‐Primas ‐ GIPSITA PLC – Moagem de Farinha 16/06/2014 7 PLC – Forno e Torre de Ciclones PLC – Moagem de Coque Carvão PLC – Dosagem de Combustível 16/06/2014 8 CaO Fe2O3Al2O3 SiO2 C3A C2S C4AF C3S 1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase 4ª Fase C4AF C3A C2S - Belita C3S – Alita Clínquer Portland Fase Líquida Fluxograma Esquemático da Formação das Quatro Fases Constituintes do Clínquer Portland. Temperatura ̊̊C Processo Reações Química < 200 Secagem. Eliminação da água Livre 100 ...400 Eliminação da água adsorvida 400...750 Decomposição da argila com formação de METACAOLINITA Al4(OH)4Si4O10 2(Al2O3.2SiO2) + 4H2O 600 ...900 Decomposição da METACAOLINITA e outros compostos com a formação de uma mescla de óxidos reativos Al2O3.2SiO2 Al2O3 + 2SiO2 600 ...1000 Decomposição do CALCÁRIO com a formação de CS e CA CaCO3 CaO + CO2 3CaO + 2SiO2 + Al2O3 2(CaO. SiO2) + CaO.Al2O3 800...1300 Fixação da CAL por meio do CS e CA com formação de C4AF CaO.SiO2 + CaO 2CaO. SiO2 2CaO + 2SiO2 2CaO. SiO2 CaO 2Al2O3 + 2CaO 3CaO.Al2O3 CaO Al2O3 + 3CaO + Fe2O3 4CaO.Al2O3 + Fe2O3 1250...1450 Nova fixação da CAL por meio do C2S 2CaO.SiO2 + CaO 3CaO. SiO2 Reações de Clinquerização – Transformações químicas no tratamento térmico da farinha crua do Cimento Portland. Cinética Química do Forno de Clinquer: 1. Secagem, eliminação da água livre, e evaporação da água adsorvida; 2. Decomposição da argila com formação de metacaulinita; 3. Decomposição da metacaulinita e outros compostos, com formação de uma mescla de óxidos reativos; 4. Decomposição do Calcário com formação de Silicatos cálcicos (CS) e Aluminatos cálcicos (CA); 5. Fixação da cal por meio do CS e CA com formação do Ferro‐ aluninato tetracálcico (C4AF); 6. Nova fixação da cal por meio do CS. 16/06/2014 9 3232 2 OFeOAl SiOSílicadeMódulo São numerosos métodos de controle da composição química da mistura crua, dentre eles as mais empregadas são: São numerosos métodos de controle da composição química da mistura crua, dentre eles as mais empregadas são: 32322 65,018,18,2 100 OFeOAlSiO xCaOSaturação 32 32 OFe OAlAlumíniodeMódulo Importante ! O conhecimento prévio das propriedades físico‐ químicas e mineralógicas, é extremamente importante para o domínio da operação do sistema. PLC – Resfriador Formação dos compostos anidros do clinquer 16/06/2014 10 RESFRIAMENTO é submetido a um processo controlado de esfriamento através da injeção de O clínquer uma vez formado, abandona a zona mais quente do forno, e é submetido a um processo controlado de esfriamento através da injeção de ar. 1ºሻ Resfriamento ሺ1450 ºC – 1250 ºCሻ Ocorre ainda no interior do forno entre a zona de descarga de material e o início da chama ሺponta do maçaricoሻ. É responsável pela cristalização da fase líquida e estabilidade dos cristais constituintes de ferro e alumínio ሺC4AF e C3Aሻ 2ºሻ Resfriamento ሺ1250 ºC – 100 ºCሻ Ocorre no resfriador industrial, e é responsável pela estabilidade morfólogica dos cristais de C3S e C2S. O clínquer após resfriado é transportado e armazenado em depósito coberto para posterior uso. O clínquer após resfriado é transportado e armazenado em depósito coberto para posterior uso. MOAGEM DE CIMENTO A moagem de cimento é uma das fases ou estágios do processo em que o clínquer juntamente com o gesso ሺ3 – 6 % em massaሻ, argila e calcário é submetido através de equipamentos apropriados a um processo de afinamento ou moagem, transformando‐se em um pó ultra‐fino, denominado Cimento Portland. Cimento Portland É um aglomerante hidráulico, constituído basicamente por óxido de silício ሺSiO2ሻ, alumínio ሺAl2O3ሻ, e ferro ሺFe2O3ሻ e, secundariamente por Mg, S, K, Na e outros elementos em menor proporção. 0 que é cimento ?0 que é cimento ? Cimento Portland: é um aglomerante hidráulico constituído de óxidos de cálcio ሺCaOሻ, silício ሺSiO2ሻ, alumínio ሺAl2O3ሻ e ferro ሺFe2O3ሻ. Quando misturados com água, adquire consistência pastosa de fácil modelagem. Após certo tempo, o cimento endurece apresentando grande resistência. 16/06/2014 11 Tipos de Cimento Portland Código de Identificação do tipo (Sigla) Classe de Resistência Código de Identificação na Sacaria (Tipo e Classe) Materias-primas utilizadas (Composição) Resistência mínima à compressão em MPa a idade de 3, 7, 28 dias segundo a Classe. Comum NBR-5732 Rev. -jul/91 CP I 25 32 40 CP I - 25 CP I - 32 CP I – 40 100 % Clínquer + Gesso (Gesso = 3 – 6 %) 8 10 15 15 20 25 25 32 40 Comum com adição NBR-5732 Rev. -jul/91 CP I-S 25 32 40 CP I – S - 25 CP I - S - 32 CP I – S - 40 95-99 % Clínquer + Gesso 1 – 5 % Calcário 8 10 15 15 20 25 25 32 40 Composto com escória NBR-11578 Rev. -jul/91 CP II-E 25 32 40 CPII – E - 25 CP II - E - 32 CP II – E – 40 94 – 58 % Clínquer + Gesso 0 – 10 % Calcário 6 – 34 % Escória Alto Forno 8 10 15 15 20 25 25 32 40 Composto com Pozolana NBR-11578 CP II-Z 25 32 40 CP II – Z - 25 CP II - Z - 32 CP II – Z – 40 94 – 76 % Clínquer + Gesso 0 – 10 % Calcário 6 – 14 % Pozolana 8 10 15 15 20 25 25 32 40 Composto com Fíler NBR-11578 CP II-F 25 32 40 CP II – F - 25 CP II - F - 32 CP II – F – 40 94 – 90 % Clínquer + Gesso 6 – 10 % Fíler Calcário 8 10 15 15 20 25 25 32 40 Alto Forno (AF) NBR-5735 Rev. -jul/91 CP III 25 32 40 CP III - 25 CP III - 32 CP III - 40 65 – 25 % Clínquer + Gesso 35 – 70% Escória Alto Forno 0 – 5 % Calcário 8 10 15 15 20 25 25 32 40 Pozolânico NBR-5736 Rev. -jul/91 CP IV 25 32 CP IV - 25 CP IV - 32 CP IV – 40 84 – 45 % Clínquer + Gesso 15 – 50 % Pozolana 0 – 5 % Calcário 8 10 15 20 25 32 ARI NBR-5733 Rev.-jul/91 CP V ARI Alta Resistência Inicial CP V - ARI 95 – 100 % Clínquer + Gesso 0 – 5 % Calcário 1 dia 14 3 dias 24 7 dia 34 Tipo, Classes e Composição dos Cimentos Fabricados no Brasil C O M P O N E N T E S D O C I M E N T O ÕXIDOS FORMULA FORMULA ABREVIADA OXIDO DE CÁLCIO CaO C SÍLICA SiO2 S ALUMINA Al2O3 A OXIDO FERRICO Fe2O3 F TRIOXIDO DE ENXOFRE SO3 s AGUA H2O H SILICATO TRICÁLCICO 3CaO.SiO2 C3S SILICATO DICÁLCIO 2 CaO.SiO2 C2S ALUMINATO TRICÁLCICO 3CaO.Al2O3 C3A FERRO ALUMINATO TETRACÁLCICO 4CaO.Al2O3.Fe2O3 C4AF SULFATO DE CÁLCIO DIHIDARATADO CaSO4.2H2O CSH2 16/06/2014 12 16/06/2014 13 PRINCIPAIS PARÂMETROS DA HIDRATAÇÃO: 1. Velocidade de hidratação 2. Calor de Hidratação I ‐ Calor total depreendido II ‐ Velocidade de despreendimento 3. Estabilidade de volume 4. Estabilidade química (durabilidade) REAÇÕES QUÍMICAS DO CIMENTO PORTLAND Silicatos cálcicos: C3S e C2S 2C3S + 7H C3S2H4 + 3CH H = ‐ 114 KJ/mol (silicato tricálcio) + (água) = (C‐S‐H) + (Hidróxido de cálcio) 2C2S + 5H C3S2H4 + CH H = ‐ 43 KJ/mol (silicato dicálcio) + (água) = (C‐S‐H) + (Hidróxido de cálcio) REAÇÕES QUÍMICAS DO CIMENTO PORTLAND Ferro‐Aluminatos cálcicos: C3A e C4AF 2C3A + 7H C6AS3H32 + 3CH H = ‐ 200 KJ/mol (Aluminato tricálcio) + (água) = (Etringita) + (Hidróxido de cálcio) 2C4AF + 5H AFT + CH H = ‐00 KJ/mol (Ferro‐aluminato tetracálcio) + (água) = (Fases de AFT) + (Hidróxido de cálcio) 16/06/2014 14 16/06/2014 15 16/06/2014 16 16/06/2014 17 16/06/2014 18 Cimento Portland Comum (CP I) a. CP I ‐ Cimento Portland Comum b. CP I‐S ‐ Cimento Portland Comum com Adição 2. Cimento Portland Composto (CP II) a. CP II‐E ‐ Cimento Portland Composto com Escória b. CP II‐Z ‐ Cimento Portland Composto com Pozolana c. CP II‐F ‐ Cimento Portland Composto com Fíler 3. Cimento Portland de Alto‐Forno (CP III) 4. Cimento Portland Pozolânico (CP IV) 5. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V‐ARI) 6. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS) 7. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) 8. Cimento Portland Branco (CPB) Cimento Portland Comum CP I e CP I‐S (NBR 5732) • Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado como retardador da pega) é muito adequado para o uso em construções de concreto em geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. • O Cimento Portland comum é usado em serviços de construção em geral, quando não são exigidas propriedades especiais do cimento. Também é oferecido ao mercado o Cimento Portland Comum com Adições CP I‐S, com 5% de material pozolânico em massa, recomendado para construções em geral, com as mesmas características. 16/06/2014 19 Cimento Portland CP II (NBR 11578) • O Cimento Portland Composto é modificado. Gera calor numa velocidade menor do que o gerado pelo Cimento Portland Comum. • Seu uso, portanto, é mais indicado em lançamentos maciços de concreto, onde o grande volume da concretagem e a superfície relativamente pequena reduzem a capacidade de resfriamento da massa. Este cimento também apresenta melhor resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo. • Recomendado para obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré‐moldados e artefatos de cimento. Cimento Portland CP II‐Z (com adição de material pozolânico) • Empregado em obras civis em geral, subterrâneas, marítimas e industriais. E para produção de argamassas, concreto simples, armado e protendido, elementos pré‐moldados e artefatos de cimento. O concreto feito com este produto é mais impermeável e por isso mais durável. Cimento Portland CP II‐E (com adição de escória granulada de alto‐ forno) • Composição intermediária entre o cimento portland comum e o cimento portland com adições (alto‐forno e pozolânico). Este cimento combina com bons resultados o baixo calor de hidratação com o aumento de resistência do Cimento Portland Comum. Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacadas por sulfatos. . Cimento Portland CP II – F (com adição de material carbonático ‐ fíler) • Para aplicações gerais. Pode ser usado no preparo de argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro, concreto‐massa, elementos pré‐moldados e artefatos de concreto, pisos e pavimentos de concreto, solo‐cimento, dentre outros. 16/06/2014 20 Cimento Portland de Alto Forno CP III (com escória ‐ NBR 5735) • Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali‐agregado, além de ser resistente a sulfatos. • É um cimento que pode ter aplicação geral em argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, de concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro e outras. • É particularmente vantajoso em obras de concreto‐massa, tais como barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de aeroportos. Cimento Portland CP IV – 32 (com pozolana ‐ NBR 5736) • Para obras correntes, sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré‐moldados e artefatos de cimento. É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. • O concreto feito com este produto se torna mais impermeável, mais durável, apresentando resistência mecânica à compressão superior à do concreto feito com Cimento Portland Comum, a idades avançadas. • Apresenta características particulares que favorecem sua aplicação em casos de grande volume de concreto devido ao baixo calor de hidratação. Cimento Portland CP V ARI (Alta Resistência Inicial ‐ NBR 5733) • Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de idade e de 53 MPa aos 28 dias, que superam emmuito os valores normativos de 14 MPa, 24 MPa e 34 MPa para 1, 3 e 7 dias, respectivamente, o CP V ARI é recomendado no preparo de concreto e argamassa para produção de artefatos de cimento em indústrias de médio e pequeno porte, como fábricas de blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes, meio‐fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré‐moldados e pré‐ fabricados. • Pode ser utilizado no preparo de concreto e argamassa em obras desde as pequenasconstruções até as edificações de maior porte, e em todas as aplicações que necessitem de resistência inicial elevada e desforma rápida. • O desenvolvimento dessa propriedade é conseguido pela utilização de uma dosagem diferente de calcário e argila na produção do clínquer, e pela moagem mais fina do cimento. Assim, ao reagir com a água o CP V ARI adquire elevadas resistências, com maior velocidade. 16/06/2014 21 • O CP‐RS oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. Pode ser usado em concreto dosado em central, concreto de alto desempenho, obras de recuperação estrutural e industriais, concretos projetado, armado e protendido, elementos pré‐ moldados de concreto, pisos industriais, pavimentos, argamassa armada, argamassas e concretos submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. • De acordo com a norma NBR 5737, cinco tipos básicos de cimento ‐ CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V‐ARI ‐ podem ser resistentes aos sulfatos, desde que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes condições • Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente; • Cimentos do tipo alto‐forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto‐forno, em massa; • Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa; • Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) ‐ (NBR 13116) • O Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) é designado por siglas e classes de seu tipo, acrescidas de BC. Por exemplo: CP III‐32 (BC) é o Cimento Portland de Alto‐ Forno com baixo calor de hidratação, determinado pela sua composição. Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento. 8. Cimento Portland Branco (CPB) – (NBR 12989) • O Cimento Portland Branco se diferencia por coloração, e está classificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. • O estrutural é aplicado em concretos brancos para fins arquitetônicos, com classes de resistência 25, 32 e 40, similares às dos demais tipos de cimento. • O não estrutural não tem indicações de classe e é aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais. • Pode ser utilizado nas mesmas aplicações do cimento cinza. A cor branca é obtida a partir de matérias‐primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. • O índice de brancura deve ser maior que 78%. Adequado aos projetos arquitetônicos mais ousados, o cimento branco oferece a possibilidade de escolha de cores, uma vez que pode ser associado a pigmentos coloridos.
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