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Teoria Geral Do Processo

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Teoria Geral Do Processo
Principio Constitucionais ( fundamentais)
Desjudialização : A principal motivação da desjudialização é promover uma solução rápida para os problemas existentes atendendo assim o principio da duração razoável do processo.
Acesso a justiça com a desjudialização: O ACESSO a justiça e robustecido pelo fenômeno da desjudicialização uma vez que tal técnica materializa uma forma mais simples, barata e rápida de solução controversas.
A relação é mutua e intensa, pois o processo passou a integrar o rol dos direitos fundamentais como por exemplo; o principio da fundamentação das decisões, juiz natural, sendo assim havendo a valorização dos direitos fundamentais no processo, como contraditório ampla defesa.
-O princípio da congruência (ou adstrição)… É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
- Principio do Devido Processo Legal; todos se submeterão a ser julgado pelo devido processo legal, ou seja, todas as etapas previstas em lei, garantias constitucionais, podendo ocasionar na nulidade do processo.
- Da inafastabilidade do Judiciário; Esta garantia alberga o direito de acesso à justiça, tanto o direito de ação quanto ao direito à defesa (não se deve esquecer que a acusação, também, é a defesa de alguma pretensão do poder público ou particular)
- isonomia das partes; Entretanto, deve-se deixar claro que a igualdade estabelecida na Constituição é a material, significando que o tratamento oferecido pelo ordenamento deve ser na medida da igualdade dos iguais e na medida da desigualdade dos desiguais.
- Contraditória e Ampla Defesa; consiste na oportunizarão das partes apresentarem os fatos e os argumentos a favor de seu pedido e contrários ao do seu adversário processual. Assim, tem-se claro que o contraditório, para ser respeitado, deve estar presente: 
a) a informação completa da pretensão à parte contrária;
Publicidade (para assegurar )
b) a possibilidade da reação à pretensão deduzida.
Manifestação (permitir a defesa)
E, no caso de revelia do acusado, será nomeado um defensor público para apresentar o contraditório mesmo na ausência daquele.
Paridade de Armas; igualdade formal para exercer,
Direito de Influência; direito de influenciar nas decisões.
Ele faz link com o principio da fundamentação das decisões.
-Principio do Juiz Natural; não haverá uma corte exclusiva de juízo ou tribunal de exceção ( especial) ; para julgar casos específicos. E não será sentenciado senão pela autoridade competente
- Da publicidade dos Atos; RES- PUBLICA (por uma questão de fiscalização) 
Dupla defesa; poder de informação e Contraditório. 
Dimensão Interna e Externa. 
Esses dois dispositivos deixam clara a garantia ao direito de toda a população de ter conhecimento e acesso aos atos processuais, estando ao alcance de qualquer interessado. A falta da devida publicidade aos atos processuais pode acarretar a sua nulidade. Acrescenta-se que há dois tipos de publicidade: a primeira é genérica aberta a todos; a segunda, a especial, é direcionada somente aos interessados e seus advogados, devido à possibilidade de restrição quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
Da motivação das Decisões; Novamente, com base no art. 93, IX, da CFRB/1988, temos que todas as decisões judiciais (e administrativas) devem ser claramente fundamentadas. O intuito constitucional para tal garantia é de assegurar a publicidade das decisões judiciais (já comentado), bem como possibilitar a sua impugnação e revogação, exercendo-se, assim, o controle de legalidade de tal decisão.
Entretanto, não devem restar dúvidas que fundamentar, no sentido constitucional, não é apenas indicar o dispositivo legal e dar a decisão. É necessário que o julgador demonstre os fatos, a base jurídica e a ligação entre eles, mostrando a motivação de sua decisão. A decisão que não obedecer tal estrutura conterá o conterão vícios que afetarão seus pressupostos de validade e eficácia. (poderão ser NULA)
-Duração Razoável do Processo ou Celebridade; o processo não pode ser rápido demais, a fim de estar atropelando os direitos, mas também não pode ser eterno, pois as partes são meros mortais.
O tempo ideal para a solução de um litígio é aquele que traga a pacificação social. 
Complexidade; A complexidade do assunto poderá ensejar um atraso processual. Contudo, é evidente que nem todo atraso justifica-se em face da complexidade da causa.
Comportamento das partes; quando as partes contribuem para a não solução do litigio.
Composição do Juiz; quando juiz se exime em julgar ( senta no processo)
Estrutura; quando a estrutura do puder judiciário não permite a celebridade.
- Do Duplo Grau de Jurisdição – Controvérsia Quanto à garantia constitucional de obrigatoriedade da existência duplo grau de jurisdição, boa parte da doutrina já a defendera, com base 5º, inciso LV, segunda parte, da Constituição, e dos arts. 92, 102, 105 e 108 da mesma Carta. [CINTRA, GRINOVER, SILVA, e outros]. Entretanto, o STF tem sido categórico que o duplo grau de jurisdição não foi garantido de forma genérica. A Constituição se limita a mencionar a existência dos tribunais e suas devidas competências recursais, não havendo garantia absoluta e genérica. Tanto que contra decisões em muitas ações de competência originária do Pleno do STF ou do Senado não cabe recurso
Jurisdição: Conceito
É basicamente uma função estatal, é o poder da soberania do Estado que o detém porque este é UNA e indivisível. Só há um poder, que é do Estado, manifestando-se através do exercício de três funções: legislativa, executiva (ou administrativa) e jurisdicional (é aquela função estatal que se aplica concretamente no caso concreto). É a atuação da vontade concreta da lei.
Chiovenda: atuar a vontade concreta do Direito. Para ele, a jurisdição é abstrata, pois só se tornará concreta com os sujeitos da jurisdição.
Carmeluti: obter a justa composição da lide. A lide é a razão de ser do direito, pois sempre que existir mais de duas pessoas interessadas no mesmo bem nascerá a lide e o direito.
Qual é a atual teoria que explica a natureza jurídica do processo?
Humberto Theodoro Júnior conceitua o processo como sendo a forma de compro a lide em juízo através de uma relação jurídica intersubjetiva de direito público, ou por outras palavras, o sistema de composição de lides através de uma relação jurídica vinculativa de direito público.
Quais são os poderes da jurisdição;
Poder de decisão; Poder de coerção; Poder de documentação.
Quais são as espécies ou classificação de jurisdição?
Quanto ao tipo de pretensão: (penal, trabalhista, civil stricto sensuestadual e federal) 
Quanto ao grau: (jurisdição inferior – 1º grau, competência originária); (jurisdição superior – tribunais – grau recursal).
Quanto ao órgão: (jurisdição especial (trabalhista eleitoral e militar); (jurisdição comum (estadual e federal))). 
Quanto à submissão ao direito positivo: (de equidade, de direito); 
Quanto à forma: (contenciosa voluntária ou graciosa).
Três Pilares do processo:
Ação: é o Direito de exigir do ESTADO, a prestação JURISDISCIONAL. É O direito abstrato garantido constitucionalmente, cujo tem a parte exercer sua pretensão em provocar o estado através da jurisdição, buscando uma solução para seu caso concreto.
Jurisdição: é o poder/dever do Estado de dizer o direito no caso concreto.
Processo; é o meio, ou instrumento pelo qual o ESTADO, exerce a jurisdição. É complexo e envolvem as partes, juiz, ministério publica quando necessário, em atos de recebimento da inicial ate a protelação da sentença. 
Características da jurisdição:
Lide: a atuação da jurisdição pressupõe a existência de uma lide. O problema é apresentado pelo particular para que o Estado atue no processo e julgamento.
Conceituando Lide: é a pretensão de uma pessoa resistida pela outra parte.
Inércia: os órgãos jurisdicionaissão inertes. Fica a critério do particular a provocação do Estado-Juiz ao exercício da função jurisdicional. O titular de uma pretensão vem a juízo pedir a prolação de um provimento que satisfaça a sua pretensão e com isso elimine o estado de insatisfação. (2º CPC e 24 do CPP).
Imutabilidade dos atos jurisdicionais: somente os atos judiciais podem ser atingidos pela imutabilidade. A coisa julgada é a imutabilidade dos efeitos de uma sentença, em virtude da qual nem as partes podem repropor a mesma demanda em juízo ou comportar-se de modo diferente daquele preceituado, nem os juízes podem voltar a decidir a respeito, nem o próprio legislador pode emitir preceitos que contrariem, para as partes, o que já ficou definitivamente julgado.
Princípios Inerentes a Jurisdição
Inércia - A jurisdição é inerte no sentido de que ela não é prestada de oficio. Os interessados no exercício da função jurisdicional devem requerê-la, devem provocar a atuação do Estado-juiz.
Substitutividade - Consiste na circunstância de o Estado, ao apreciar o pedido, substituir a vontade das partes, aplicando ao caso concreto a “vontade” da norma jurídica. Em suma, o poder judiciário ao compor o litígio substitui a vontade das partes. Na jurisdição voluntária não há substituição da vontade. Por outro lado, na sentença extrapetita, o juiz decide fora do que foi pedido, julgando algo que não representava o objeto do pedido.
Imperatividade - A substitutividade da jurisdição leva, necessariamente, à compreensão de sua imperatividade. O Estado-juiz, para realizar adequadamente o objetivo maior de pacificar os litigantes, imporá o resultado que mediante o devido processo, entender aplicável ao caso, independentemente da concordância dos litigantes.
Inafastabilidade- Garante a todos o acesso a o judiciário. 5º XXXV. O poder judiciário não pode deixar de processar e atender alguém a quem venha a juízo deduzir uma pretensão fundada no direito e pedir solução ao caso concreto;
Indelegabilidade - É vedado ao juiz delegar atribuições. Não pode juiz algum delegar funções a outro órgão. Isso porque o Juiz não age em nome próprio e sim como um agente do Estado;
Divisão da Jurisdição
Jurisdição Especial e Comum
Existem justiças que exercem justiça comum, ex: justiças estaduais e federais.
Existem justiças que exercem justiça especial, ex: justiça militar, eleitoral e trabalhista.
O princípio da congruência trata de uma proibição ao magistrado.Não poderá o juiz conceder nada a mais (ultra petita) ou diferente do que foi pedido (extra petita).
Jurisdição pode ser:
Contenciosa
É aquela em que não há um consenso entre as partes, não conseguem solução amigável para o conflito. A jurisdição contenciosa, destinada à solução de conflitos pela atividade substitutiva do Estado-juiz, é a atividade inerente ao Poder Judiciário. Tem como elementos caracterizadores: 
Lide
Presença da ação
Há coisa julgada
Existem Partes
Julgado é material
Juiz se delimita nas leis
E composto por processo
Finalidade: atuação do direito pacificação social.
- presença de lide, partes, sentença de mérito e função jurisdicional.
Voluntária
É aquela em não há conflito, mas que o Estado precisa intervir exercendo apenas uma atuação administrativa sobre alguns atos de particulares porque eles são importantes para o Direito, como, por exemplo, na compra de um imóvel, abertura de empresa, etc. É uma administração pública de interesses privados. A jurisdição voluntária é, por sua vez, função de cunho administrativo, exercida pelo Poder Judiciário por força de atribuição legal (função atípica). Daí ser definida como administração pública de interesses privados. Tem como elementos: 
Não há lide
Não há ação
Não há coisa julgada
Caractere administrativo
Existem interessados
Julgado formal
Juiz utiliza outras premissas para solução
E composto por procedimento
Finalidade: criação de situações jurídicas novas.
O acordo de vontades, os interessados, a homologação e a atribuição administrativa.
Diferença entre Jurisdição Contenciosa e Jurisdição Voluntária
Jurisdição Voluntária o Estado intervém, porque interessa à sociedade, mesmo não havendo conflito, digamos que o mesmo opera uma função atípica de cunho administrativo, enquanto na Jurisdição Contenciosa o Estado intervém, porque há conflito para ser sanado, onde a decisão de uma das partes não convém a outra.
Qual é a distinção entre a jurisdição contenciosa e a jurisdição voluntária?
Na contenciosa, o Estado procura dirimir um conflito de interesses, um litígio que lhe é apresentado pelas partes. Há atividade substitutiva do Estado em relação às partes. 13 A mediação é técnica de substituição da atividade jurisdicional e de pacificação de conflitos. Entre nós, não há ainda lei específica a regulando, porém tramite o Projeto de Lei 94/2002 ( Zulaiê Cobra - que prevê a mediação incidental de caráter obrigatório nos processos judiciais, logo que distribuída a petição inicial. 
Na voluntária ocorre a criação, modificação ou extinção de relação jurídica privada onde o juiz dá sua participação. Não há propriamente lide. É o que tradicionalmente chama de “administração pública de interesses privados”. Mas que por sua importância somente com sua realização perante o Judiciário é que estarão aptos à produção dos efeitos. A jurisdição voluntária não julga conflito. Há requerentes e não propriamente partes. Diferentemente da jurisdição contenciosa que recebe o nome na doutrina de internas lentes (ou seja, entre aqueles que resistem).
MÉTODO EXTRAJUDICIAL
	1. AUTO-TUTELA (autotutela) - A ausência de um Estado organizado, com poder insuficiente para coibir os homens de buscar a solução de suas lides através da lei do mais forte ( força) e subjugo forçado do mais fraco; Utilizava-se da força física contra o adversário para vencer sua resistência e satisfazer uma pretensão. NÃO É ADMITIDA PELO DIREITO BRASILEIRO.
2. HETERO-TUTELA - ADOTADA pelo Estado, onde um 3º (juiz), adentra no conflito para resolvê-lo. Conforme a jurisdição.
	
4. HETERO-COMPOSIÇÃO; O terceiro IMPARCIAL, que não integra a ESTRUTUTURA do poder JUDICIARIO, adentra para ajudar na solução. EXEMPLO: ARBITRAGEM. 
Arbitragem – Lei nº 9.307/96 É o acordo de vontades celebrado entre pessoas maiores e capazes, que preferem submeter a solução dos eventuais conflitos entre elas aos árbitros, e não à decisão judicial. Porém, para tanto, o litígio deve recair apenas sobre direitos patrimoniais disponíveis. Assim, o juízo arbitral é uma solução mais rápida para dirimir as controvérsias entre as partes. De acordo com o artigo 3º, da Lei nº 9.307/96, "as partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem , assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral" ( as partes escolhem o arbitro)
Analisando a arbitragem, esta é ou não a atividade jurisdicional?
Existem duas correntes. A primeira corrente que é majoritária entende que se trata de atividade jurisdicional. Já a segunda corrente está inda presa a ideia de que só o Estado pode exercer a jurisdição. Questão importante na arbitragem é que na própria lei existe previsão de que se pode pleitear junto ao Poder Judiciária a nulidade da sentença nos casos de vício formal, obrigando o Judiciário examinar tudo novamente. É bom recordar que a execução de sentença arbitral é realizada conforme o art. 584 do CPC.
Direitos Patrimoniais disponíveis
Extinção do processo sem resolução de mérito.
3. AUTO-COMPOSIÇÃO - É um método primitivo de resolução de conflitos entre pessoas e consiste em: um dos indivíduos, ou ambos, abrem mão do seu interessepor inteiro ou de parte dele. Portanto pode se afirmar que é um ajuste de vontades entre as partes (pressupondo pacificada e liberdade), onde pelo menos uma delas abre mão de seus interesses ou de parte deles
Direitos Patrimoniais disponíveis.
a) TRANSAÇÃO: há um sacrifício recíproco de interesses, e cada parte abdica parcialmente para chegar a uma solução bilateral das partes.
b) RENUNCIA: o titular do direito abdica o tal direito fazendo desaparecer juntamente com o conflito gerado por sua ofensa.
c) SUBMISSÃO: o sujeito se submete à pretensão contrária, ainda que fosse legítima sua resistência.
Mediação É uma forma de lidar com um conflito (como, por exemplo, em caso de separação, divórcio, brigas entre vizinhos, etc.) através da qual um terceiro (o mediador ou a mediadora) ajuda as pessoas a se comunicarem melhor, a negociarem e, se possível, a chegarem a um acordo sem DECIDIR nada. Técnicas de negociação, técnicas de mediação.
Não pode dar sugestões para as partes.
Mais complexas
Conciliação; diferente da jurisdição estatal e da arbitragem, o método traz a figura do conciliador, que embora sugira uma solução às partes, não pode impor sua sugestão ou vontade, como se lhe permite ao juiz togado e ao árbitro. Naturalmente que o conciliador, em sua tentativa de pacificar o conflito, busca que as partes aceitem suas ponderações e alternativas; cabendo a estas exclusivamente e de modo espontâneo a decisão ou não de aceitação das medidas apontadas.
Conciliador pode dar sugestões
Menos complexas
Ação
30- DEFINA “POSSIBILIDADE JURÍDICA DA AÇÃO”:
É a aptidão de um pedido, em tese, ser acolhido. Se, em tese, o pedido é possível, está preenchida esta primeira condição da ação.
31- DEFINA “INTERESSE DE AGIR”:
É verificado pela reunião de duas premissas: a utilidade e a necessidade do processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar benefícios; a necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa só é possível alcançar por meio do Judiciário. 
32- DEFINA “LEGITIMIDADE”:
(ou legitimidade para agir), ela pode ser conceituada como o poder jurídico de conduzir validamente um processo em que se discute um determinado conflito. A legitimidade pode ser exclusiva (atribuída a um único sujeito), concorrente (atribuída a mais de um sujeito), ordinária (o legitimado discute direito próprio) e extraordinária (o legitimado, em nome próprio, discute direito alheio).
Conceito: Ação nada mais é do que o direito à prestação jurisdicional, direito de acionar
a jurisdição, ou seja, o Estado-Juiz. É o direito de propor uma demanda perante o Juiz ou órgão jurisdicional competente. Por isso se diz que o direito de ação é exercido em face/contra o Estado. ( petição inicial)
Publico; A prestação jurisdicional é uma atividade pública, indisponível, do Estado. Independentemente do objeto do litígio, o direito de pedir ao Estado que solucione a lide é público, porquanto, envolver um interesse social, a solução pacífica dos conflitos, mediante a interferência do Poder Estado.
Subjetivo; O titular do direito (ou quem tenha respaldo jurídico para pleitear em nome próprio direito alheio – legitimidade extraordinária) pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional;
Autônomo; 
Abstrato; Não se confunde com o direito material que se pretende tutelar. Mesmo que o autor da ação não obtenha o provimento jurisdicional desejado, ainda assim, pode-se dizer que ele exerceu o direito de pedir o Estado-Juiz que se manifeste a respeito.
INSTRUMENTAL (autônomo ou abstrato)
Matéria de ordem publica - podem ser reconhecida pelo JUIZ, EM QUALQUER tempo ou grau de jurisdição.
Partes, causa de pedir, e pedido.
Teorias que explicam o direito de ação:
Teoria Imanentista: Seria mera manifestação ou extensão do direito material, não direito da parte. Não haveria ação, se inexistisse direito material. Para todo direito, haveria uma ação respectiva. Direito material e direito processual seriam o mesmo fenômeno, apenas apresentados de formas distintas.
Teoria do direito autônomo e concreto: O direito de ação é autônomo, mas somente existiria quando também existente direito material. Ou seja, só existiria direito de ação quando a sentença fosse de mérito e favorável, pois a “existência de tutela jurisdicional só pode ser satisfeita através da proteção concreta” (GRINOVER).
Teoria direito autônoma e abstrata: O direito de ação também não se subordina ao direito material, e a jurisdição será exercida tão somente com o pronunciamento judicial, seja ele de mérito ou não, favorável ou não.
Momento adequado para verificação das condições da ação:
Teoria da Asserção, também denominada de prospettazione, as condições da ação são aferidas consoantes o alegado pelo autor na petição inicial, não podendo o magistrado adentrar com profundidade em sua análise, sob pena de exercer juízo meritório.
Um estudo averiguação das condições no inicio do processo. Após seria um discursão de mérito, sentença com resolução de mérito.
Teoria Eclética (adotada pelo código), ou Concretista, capitaneada por Liberman, através da qual a presença das condições da ação é aferida conforme a verdadeira situação trazida a julgamento. Por esta teoria, se o juiz, após dilação probatória, constatar que a parte não é legítima, deverá pronunciar carência de ação e não julgar o pedido improcedente
.
A qualquer momento pode ser aferida as condições das ações, gerando uma sentença sem resolução de mérito.
Condições da ação: São requisitos necessários e condicionantes ao exercício regular do direito de ação. São matérias de ordem pública, a respeito da qual o juiz deve pronunciar-se ex oficio, a qualquer tempo e grau de jurisdição, pois a matéria é insuscetível de preclusão. 
Extinção sem resolução de mérito se não houver legitimidade. Denominado carência de ação.
São duas as condições da ação:
Legitimidade das partes (legitima tio ad causam): (Ordinária, Extraordinária e Substituição Processual) Parte, em sentido processual, é aquela que pede (parte ativa) e aquela em face de quem se pede (parte passiva) a tutela jurisdicional. Os demais participantes da relação processual (Advogado, MP, auxiliares da justiça) não são partes.
Ativo: autor passivo : Réu
Com relação à legitimidade “ad causam” (ou legitimidade para agir), ela pode ser conceituada como o poder jurídico de conduzir validamente um processo em que se discute um determinado conflito. A legitimidade pode ser exclusiva (atribuída a um único sujeito), concorrente (atribuída a mais de um sujeito), ordinária (o legitimado discute direito próprio) e extraordinária (o legitimado, em nome próprio, discute direito alheio).
Legitimação Ordinária: quando existe coincidência entre a legitimação do direito material que se quer discutir em juízo e a titularidade do direito da ação. É a regra geral, aquele que se afirma titular do direito material tem legitimidade para, como parte processual (autor ou réu), discuti-lo em juízo.
Legitimação Extraordinária: o sistema jurídico autoriza alguém pleitear, em nome próprio, direito alheio. Isto não decorre da vontade das partes, mas somente da lei. A substituição processual é espécie de legitimação extraordinária. Ex: condomínio
2. Interesse de agir/processual: (Necessidade/Utilidade/Adequação). Quando a parte tem necessidade de ir a juízo para alcançar a tutela pretendida e, ainda quando essa tutela jurisdicional pode trazer-lhe alguma utilidade do ponto de vista prático. 
O interesse de agir é verificado pela reunião de duas premissas: a utilidade e a necessidade do processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar benefícios; a necessidade doprocesso se constata quando o proveito de que se precisa só é possível alcançar por meio do Judiciário.
Verifica-se o interesse processual quando o direito tiver sido ameaçado ou efetivamente violado. Se o autor mover a ação errada ou utilizar-se do procedimento incorreto, o provimento jurisdicional não lhe ser á útil, razão pela qual a inadequação procedimental acarreta a inexistência de interesse processual. Requisitos de existência do direito de tutela jurisdicional de mérito
Interesse-necessidade – quando há outro meio para obter a proteção do suposto direito senão através da atividade jurisdicional. 
Interesse-adequação – é a necessidade de pleitear a atividade jurisdicional utilizando a forma adequada.
Interesse-utilidade – O interesse pode ser aferida pela possibilidade de se obter através da prestação jurisdicional, um resultado mais favorável, mais vantajoso, mais útil de que aquele originariamente.
Carência da Ação É definida quando não há a possibilidade jurídica do pedido, legitimidade de partes e interesse processual, conforme determina o art. 267, VI do CPC:
Interesse processual;
Legitimidade das partes;
Possibilidade jurídica do pedido;
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: V.l. - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Assim, deve ser alegada pelo réu em preliminar de contestação a carência de ação, que ocasionará a extinção do processo.
Trata-se, portanto, de defesa processual peremptória, pois o feito apresenta um vício que impossibilita o magistrado de analisar o conteúdo do direito, ou seja, o mérito da causa.
Elementos da Ação:
Partes: autor e réu
Causa de pedir: Fato: narração de tudo o que ocorreu, fundamentos jurídicos de consequência jurídica obtida pelos fatos.
Pedido: 
Imediato: é o que busca no poder judiciário e o 
Mediato: é o bem da vida, relativo ao bem material. 
Classificação da Ação:
Ação de Conhecimento; existência de indenidade, transformar o fato em direito, ou seja , dizer o direito.
Meramente declaratória; simples declaração.
Condenatória; condenação a uma obrigação de pagar de dar.
Ação de Execução: é cabível quando há crise de satisfação, visa, transformar o direito em fato.
Processo: é um meio no qual o ESTADO, vai valer para exercer a jurisdição e resolver a lide apresentada na ação.
Processo; para legislar sobre processo PODE SER lei federal.
Procedimento; conjunto de atos, uma serie de condutas realizada dentro do processo. O resultado dessas condutas chamou de processos. Pode ser tanto lei Estadual, quanto federal.
Uma sucessão de atos interligados de maneira lógica e consequencial, visando a obtenção de um objetivo.
Processo é diferente de procedimento. Qual a diferença?
Inicialmente processo e procedimento eram considerados a mesma coisa. Com o tempo
e aprofundamentos jurídicos, Oscar Bulow publicou o livro “Teoria das Exceções
Processuais” que marcou a distinção entre ambos. O processo passou então a ser o meio, o instrumento através do qual se obtém a prestação jurisdicional, o caminho formado por atos processuais que obedecem uma regra e que vão culminar em uma sentença. J á o procedimento configurou -se como o modo em que se executa estes atos processuais.
Classificação dos Processos
O processo de conhecimento: (Certificar)
É aquele que busca o re conhecimento de um direito, ou seja, a obtenção de uma tutela satisfativa; Ocorre a necessidade das partes de levar ao conhecimento do juiz, os fatos e fundamentos jurídicos, p ara que ele possa substituir por um ato seu a vontade de uma das partes.
O processo cautelar: (Assegurar)
É um processo preventivo, que visa evitar dano ou vício irreparável ou de difícil reparação. O processo cautelar pode apresentar-se na forma preparatória, quando instaurado antes da propositura da ação principal, ou na forma incidental, quando essa se encontra em andamento. De acordo com o artigo 800 do C PC, as medidas cautelares serão requeridas ao juiz competente para conhecer a causa e, quando p reparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal.
O processo de execução: (Efetivar)
Se dá quando já se possui um título executivo judicial (Artigo 475, n, C PC) – que já tenha transitado em julgado – ou extrajudicial ( Artigo 585, CPC). Execução é o meio pelo qual alguém é levado a juízo para solver uma obrigação que tenha sido imposta por lei ou por uma decisão judicial.
O processo sincrético: (Uma ou mais ação) isto é, daquele processo que se divide em duas etapas sendo a primeira de caráter cognitivo e a segunda de natureza executiva.
Pressupostos de Existência: sem eles o processo nem ao menos existe.
Pressupostos Processuais
Conceito: São exigências legais sem cujo atendimento o processo, como relação jurídica, não se estabelece ou não se desenvolve validamente não atingindo a sentença que deveria apreciar o mérito da causa “Huberto Theodoro Junior”.
Pressupostos Processuais de Existência
Os pressupostos de existência subdividem-se em:
Subjetivos: Que são compostos de: um órgão jurisdicional e da c apacidade de ser p arte
(aptidão de ser sujeito processual)
Órgão Jurisdicional – É um órgão ao qual direcionamos a petição inicial que deverá ser dirigida a um ó rgão da jurisdição qu e seja competente pa ra o conhecimento do provimento desejado. Competência é a aptidão ad vinda da lei (lato sensu) e das regras de organização judiciária, através dela o Judiciário tem jurisdição para o caso concreto. Partes – Diz respeito à possibil idade de a pessoa apresentar-se em juízo como autor ou como réu, ou seja, a capacidade de tomar assento em um dos polos no processo.
Capacidade de s er titular de direitos, ou seja, a capacidade de gozo definida pelo Direito
Civil. Todas as pessoas físicas e jurídicas são sujeitos de direito e têm capacidade de ser parte em juízo. O pressuposto processual de existência objetivo é a própria demanda (ato que instaura um processo, ato de provocação).
Demanda: É compreendida, aqui, como ato de demandar. O ato de demandar, por sua vez, significa ato de exercer o direito de ação. Com base no Princípio da Inércia, o início do processo dependerá da provocação da parte que se dá por meio do ato de demandar. Sem o exercício do Direito de Ação, o processo sequer existirá, portanto, a demanda é um pressuposto de existência.
Requisitos de desenvolvimento válido do processo
Competência do juízo – primeiramente, o órgão investido de jurisdição tem que ser o competente para o julgamento da causa. Somente quando incompetência for absoluta é que se terá por ausente esse pressuposto processual de validade, pois apenas aquela – e não a incompetência relativa – a carretará a nulidade dos atos decisórios (art. 113) e dará ensejo à ação rescisória, com a anulação absintiou do processo conduzido por juízo absolutamente incompetente (art. 485, II). De qualquer sorte, o não preenchimento deste pressuposto processual de validade, ao contrário dos demais, não acarretará a extinção do processo, sem exame do mérito (art. 267, IV), e sim a remessa dos autos ao juízo verdadeiramente competente.
Imparcialidade do juiz – Supõe que o juiz não seja parte, não dependa de qualquer das partes, e nem haja outro motivo para que se possa duvidar de sua isenção. É que a pessoa que irá julgar a causa seja imparcial, não podendo te r qualquer interesse direto ou indireto no resultado do julgamento
CapacidadeProcessual pode ser:
Capacidade de ser parte - A capacidade de ser parte ou personalidade judiciária diz respeito à aptidão do autor ou do réu para adquirir direitos e sujeitar-se a deveres. Trata-se do conhecimento da própria existência da pessoa física ou da pessoa jurídica, na linguagem do direito privado, ou seja, se o autor ou o réu podem ser sujeito de direitos.
Capacidade de estar em juízo - É a aptidão para o gozo ou exercício de direitos. Em se tratando de pessoas físicas, a capacidade plena inicia-se aos dezoito anos , ressalvadas as exceções que a lei prevê. Já as pessoas jurídicas não possuem capacidade de exercício, devendo ser sempre representadas.
Capacidade postulatória – É a capacidade para procurar em juízo. É ostentada, de regra, pelo advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil e aos Membros do Ministério Público. Elenca a doutrina duas razões para justificar a indispensabilidade do advogado: conveniência técnica e conveniência psíquica. Aquela diz respeito à segurança que representa confiar a defesa de interesses a quem está tecnicamente preparado para tanto; esta, ao suposto distanciamento psíquico do advogado em relação ao conflito submetido ao Estado-Juiz.
Regularidade formal da demanda - Dever á a petição inicial, além de apta, preencher os requisitos formais previstos nos arts. 282 e 283, sob pena de indeferimento de plano, caso os defeitos não sejam sanados no prazo de dez dias (art. 284).
Requisitos extrínsecos ou negativo (Não podem existir no processo)
Coisa Julgada: É causa de extinção do p rocesso sem julgam ento de mérit o, com fulcro no artigo 267, § V, do Código de Processo Civil. Há coisa julgada quando já houve pronunciamento judicial de mérito com trânsito em julgado sobre ação idêntica.
Litispendência: Ocorre quando se repete ação que está em curso (art. 301, §3º, CPC),sendo coincidentes os elementos constitutivos da ação, quais sejam, as p artes, o pedido (mediato e imediato), e a causa de pedir (remota e próxima). Quando há litispendência, o processo deve ser extinto sem julgamento do mérito, na forma do artigo 267, § V, do
Código de Processo Civil.
Perempção: É a perda do direito de ação em virtude de o processo ter sido extinto três vezes pelo motivo do artigo 267, § III, do Código de Processo Civi l, tendo em vista a mesma demanda. Deve ser dito que o corre a perda da pretensão, e não do direito, pois subsiste ao autor alegá-lo em sua defesa (artigo 268, do Código de Processo Civil).
Convenção de arbitragem: É o meio pelo qual as partes submetem um litígio para ser dirimido mediante arbitragem, através d e cláusula compromissória e compromisso arbitral, ou seja, ambos os instrumentos são capazes de propor cionar a solução do conflito com a exclusão da jurisdição e da tutela estatal, privilegiando-se a autonomia da vontade das partes.

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