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RESUMO CONSTITUCIONAL

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RESUMO CONSTITUCIONAL
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL 
PRINCIPIO DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
Preâmbulo: “in claris non fit interpretatis” (quando é claro não precisa de interpretação) – significa que a lei é clara e, por ser clara, é isenta de interpretação, cria-se o sentido da norma levando em conta o contexto. 
Hoje em dia tem que ser relativizado, mesmo o dispositivo sendo obvio, é importante fazer todas as interpretações. Exemplo: a interpretação do artigo 223, §3 “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. Sofreu regulamentação pela ADI 4277 – que reconheceu a união estável para casais do mesmo sexo.
PRINCÍPIO EM ESPÉCIE 
Principio da unidade da constituição
É importante ter um conhecimento sistemático da constituição, da unidade da constituição. Não adianta pegar um dispositivo isolado sem compreender o sistema da constituição, sua distribuição/estruturação dos dispositivos constitucionais. Exemplo: sabemos que os direitos fundamentais não estão dispostos apenas no artigo 5º da CF. Deve-se correlacionar os dispositivos constitucionais, levando em conta o sistema constitucional. Outro exemplo, seria a cláusulas pétreas que não se restringem ao artigo 60°, estão presentes também no artigo 150, III entre outros.
 
Principio da máxima efetividade (social)
Devo interpretar a constituição levando em conta a máxima eficácia do dispositivo, extrair a máxima eficácia da norma constitucional. Exemplo: artigo 5º, inciso XI, coloca a casa como asilo inviolável, essa interpretação se estende além de casa (domicílio/residência), mas se entende como casa o local onde o sujeito se encontra, sendo assim, o local de trabalho, o quarto de hospital no qual esteja internado, todos estes dentre outros são invioláveis. Foi extraído dessa norma seu sentido amplo, sua máxima efetividade. Isso é feito especialmente em normas que prescrevem direito. De certa forma acaba por delimitar o direito do Estado. 
Principio da concordância prática ou harmonização
Decorre do conflito aparente de normas constitucionais. Há critérios para resolver antinomias, mas esses critérios não são utilizados para conflitos de normas constitucionais. 
Esse princípio analisa as duas normas constitucionais que estão aparentemente em conflito para resolver a situação. Concordância prática, o conflito só é aparente, deve haver uma harmonização, na prática não há conflito. Exemplo¹: todo individuo possui direito à propriedade (artigo 5º, XXII), mas deve obedecer a utilidade pública, sendo-lhe garantido o direito a previa indenização justa (artigo 5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição). 
Exemplo²: a lei garante o direito de sigilo de correspondência (artigo 5º, XII) no entanto há exeções, como no caso de correspondência enviada para presidiários. 
Principio da força normativa da constituição – decorre do neoliberalismo
A constituição é uma lei, não apenas um parâmetro para controle de constitucionalidade das leis. Quem trouxe esse principio foi Konrad Hesse, escritor da obra “a força normativa da constituição”. A constituição acima de tudo é uma lei e deve gerar efeitos, resultados, eficácia constitucional/concreção constitucional, é o que se espera dela. 
Principio da sociedade aberta dos interpretes da constituição
Decorre da obra “hermenêutica constitucional” escrita por Peter Haberle. Ele diz que não é só o poder judiciário que interpreta a constituição, todos interpretam, como a opinião pública, classe sindicais, a imprensa, servidor público, enfim, todo mundo, não apenas o juiz. 
Principio da interpretação conforme a constituição
Denota uma técnica de controle de constitucionalidade e não somente um método de interpretação hermenêutico, sempre que houver mais de uma interpretação possível para uma determinada norma deverá ser utilizada aquela que esteja em maior grau de conformidade com os ditames da constituição. Compete, porém, ao aplicador observar a forma de utilização deste princípio, como forma de evitar a ocorrência de excessos, o que de certo poderá desnaturar a sua finalidade. 
Exemplo: Cota de Reserva Ambiental (CRA) O novo Código Florestal adotou o critério do bioma para fins de compensação da Reserva Legal, porém este critério foi objeto de impugnação perante a suprema corte. Os ministros consideraram que o critério do bioma é muito abrangente e decidiram pela interpretação conforme a Constituição, de modo a permitir o uso de CRA para a compensação de Reserva Legal apenas entre áreas com identidade ecológica.
	
PRINCIPIO DA RAZOZBILIDADE OU PROPORCIONALIDADE
Exige do agente público que, ao realizar atos discricionários, utilize prudência, sensatez e bom senso, evitando condutas absurdas, bizarras e incoerentes. Assim, o administrador tem apenas liberdade para escolher entre opções razoáveis. Atos absurdos são absolutamente nulos. Para atingir a finalidade da norma, deve-se seguir a ideia de justiça e proporção. Aplica-se muito no direito administrativo (ex. direito de polícia)
Um exemplo é a aplicação de multa caso acha descumprimento ao código florestal, essa multa deve ser proporcional e razoável a fim de manter um ambiente equilibrado. 
O princípio da proporcionalidade tem três elementos ou subprincípios:
adequação: o ato administrativo deve ser efetivamente capaz de atingir os objetivos pretendidos (esse meio é adequado a finalidade da constituição. Ex. se o valor da multa é adequado para atingir a finalidade)
necessidade: o ato administrativo utilizado deve ser, de todos os meios existentes, o menos restritivo aos direitos individuais (o meio é necessário para atingir o fim constitucional?).
proporcionalidade em sentido estrito: deve haver uma proporção adequada entre os meios utilizados e os fins desejados. Proíbe não só o excesso (exagerada utilização de meios em relação ao objetivo almejado), mas também a insuficiência de proteção (os meios utilizados estão aquém do necessário para alcançar a finalidade do ato). (Esse meio utilizado realmente máxima o direito interessado? – é eficaz?). 
Exemplo: o amianto é uma substancia cancerígena. A lei federal 9055/95 disciplina sua utilização com determinados fins, enquanto algumas leis estaduais proíbem. Alegaram, portanto, inconstitucionalidade dessas leis estaduais, no entanto, o STF não deferiu o pedido, por se tratar de uma restrição proporcional ao fim, que seria a proteção à saúde. 
TEORIA DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
Correntes
Interpretativista- a interpretação da constituição. O juiz deve levar em consideração o significado mais claro da disposição normativa. Não pode levar em conta outros fatores, além da interpretação normativa literal. Exemplo: licença gestante não cabe a quem não gesta. Aplica-se a lei no caso concreto e pronto. 
Não interpretativista- se tornou a regra do poder judiciário. Se terá o sentido da disposição normativa mais outros valores. Sentido polissêmico (vários sentidos da norma). Exemplo: licença gestante é valido para mãe adotiva e para casais homo afetivos, levam-se em consideração outros fatores. 
A partir dessa ideia temos o ativismo judicial, o juiz é o principal interprete da constituição, ele vai além desse processo, leva em consideração outros valores que reputa ser importante, dando um sentido mais amplo a norma, buscando atender as demandas sociais e tomar decisões proporcionais. 
Essa corrente interpretativa é muito importante, no entanto, ultimamente vem se tornando perigosa, pois muitos juízes decidem de forma diferente do que a lei prevê com base do ativismo judicial. É preciso seguir as leis mas de forma proporcional e não ignorá-las. A interpretação deve ser adequada e dentro dos limites constitucionais, caso contrário se perde asegurança jurídica do Estado. Hoje temos uma politização do judiciário, juiz se tornou agente politico, aparece na mídia, concedem entrevistas, isso é incorreto, já que o juiz só deve se manifestar quando provocado. 
Interpretação quanto à variação subjetiva dos intérpretes (quem interpreta?).
- JUDICIAL (juízes/tribunal): interpretação/aplicação concreta (atinge diretamente as partes do processo) feita pelos órgãos judiciais (juízes e tribunais). A interpretação judicial vincula. A partir do momento que se irroga a decisão ela é aplicada, não se discuti, o processo termina ali. 
Exceção: controle de constitucionalidade (direito/concentrado) – decisão “erga omnes” tomadas pelo supremo aplica-se a todos e não só as partes do processo, já que a lei passa a ser inconstitucional. Através da interpretação, STF artigo 102, I, a (a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal) e TJ, artigo 125, §2 (Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão).
- DOUTRINÁRIA: interpretação realizada pelos juristas, estudiosos, doutrinadores do direito. Por meio da interpretação extraem o sentido das disposições normativas. Muitas vezes os juízes buscam na doutrina a interpretação de determinado assunto. Essa interpretação não vincula, ela é abstrata, não possui necessariamente uma aplicação prática. 
- AUTÊNTICA: é a interpretação autentica do órgão que expediu o ato normativo a ser interpretado, ou seja, feita por quem produziu a norma, o órgão que a produziu é quem interpreta. Exemplo: CPC – exposição de motivos. 
Ira expor um novo ato normativo que visa explicar como se deve interpretar o ato anterior. É abstrato. 
DIVISÃO ESPACIAL DO PODER (divisão político administrativa do Estado brasileiro)
ORGANIZAÇÃO/ESTRUTURA DO ESTADO
- artigo 1º (SO-CI-DI-VA-PLU) Princípios da republica federativa do Brasil. 
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;(agora é compartilhada)
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (neoliberal: liberalismo econômico + justiça social)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Obs.: união indissolúvel (proibido o direito de secessão) Clausula pétrea (artigo 60, §4, I)
Pode haver lei federal que se aplica a todo o território nacional e leis que se aplicam apenas a União, como a do regime dos servidores federais. 
	
- artigo 18 (autonomia da União, estados, municípios e distrito federal). O artigo 1º se completa com este artigo. 
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
	
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, far-se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em Lei Complementar estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Perante estes artigos, podemos extrair: 
- forma de Estado: FEDERADO 
- forma de Governo: REPUBLICANO
- sistema de governo: PRESIDENCIALISMO - presidente é chefe de Estado (representa a nação) e chefe de governo. 
- regime de governo: DEMOCRACIA – governo do povo (democracia formal) + e para o povo (democracia material) 
- OBJETIVOS DA REÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL– artigo 3º 
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; (se reduz a desigualdade, não se erradica em razão do capitalismo). 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. - a lei pode discriminar (exemplo, destinar cargos políticos apenas para brasileiros natos), desde que o fator discriminante esteja dentro dos parâmetros legais/princípios e direitos constitucionais (principio da isonomia material). 
- PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÁS RELAÇOES INTERNACIONAIS– artigo 4º 
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados; (igualdade jurídica, os Estados são diferentes, mas nos aspectos jurídicos são iguais). 
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade (respeitar os processos dos outros povos, principalmente civis e políticos- direito de autodeterminação dos povos: é o princípio que garante a todo povo de um país o direito de se autogovernar, realizar suas escolhas sem intervenção externa, exercendo soberanamente o direito de determinar o próprio estatuto político.). 
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. (merco sul- mercado comum do sul. Tratado de assunção, decreto 350/91. Possui três metas: 1º tarifa comum; 2º abrir as fronteiras para livre circulação de bens e pessoas; 3º unificação da moeda. Ainda está na 1º, pois os países são muito diversificados). 
O Brasil não é um país isolado, há princípios que disciplinam/regulamentam essas relações. A proposta é de que todos os Estados sigam uma lei universal de direitos humanos (a maior dificuldade é a diversidade cultural). 
FEDERAÇÃO BRASILEIRA
HISTÓRICO: federação norte americana de 1776, independência das 13 colônias britânicas que estavam sob o domínio da coroa inglesa. As 13 colônias abriram mão da sua soberania (passaram a ter autonomia) e se uniram para formar o EUA (único poder soberano sob o manto de uma constituição). Essa federação é clássica e serviu de modelo para a maioria dos Estados contemporâneos, inclusive o atual sistema do Brasil. É considerado um movimento centrípeto (de fora para dentro). 
* No Brasil: federação surgiu em 1889 (decreto 1 de 15/11/89) – vem de D. Pedro II, que trás a república. A constituição de 1991 formaliza a república e o estado federado brasileiro (antes era um estado unitário). É um movimento centríolo (dentro para fora), houve a descentralização politico administrativa (por essa razão há falta de recursos, o estado deve prestar serviço público, mais não possui a verba necessária).CARACTERISTICAS DE TODAS AS FEDERAÇÕES 
- descentralização politica: não se está atribuindo apenas autonomia administrativa, mas também legislativa à entidades da federação (estados membros). Autonomia F.A.P – autonomia Financeira; Administrativa e Politica (auto-organização)
- constituição rígida: principalmente quando se estabelece a divisão espacial. Se refere a um processo mais rígido e solene para alterar a constituição, como por exemplo, as clausulas pétreas, nossa constituição tem um núcleo duro. 
- direito de secessão (separação): na federação não existe esse direito (só na confederação). 
- soberania vs autonomia: na federação se ganha autonomia, mas o Estado é quem possui a soberania. O Estado só é considerado soberano se ele for reconhecido como tal pelos outros estados.
- auto-organização dos estados-membros/órgão representado SF. 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
* A união tem duas naturezas: 1º entidade da administração pública – pessoa jurídica de direito público interno
2º representante do estado soberano 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS (artigo19) 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I -  estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público – estado laico: exceção quando decorre do interesse público, exemplo, culto em penitenciarias com o intuito de atingir o interesse público de manter a calma nos presídios (artigo 5º, VII). Não somos um Estado confessional (respeitam-se todas as religiões e também os ateus, não possui uma religião oficial). 
Esse inciso se relaciona com o artigo 5º, VI- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
II -  recusar fé aos documentos públicos – os documentos públicos tem fé pública. Os cartórios são delegados para essa função (ente delegado- particular que colabora com o Estado). Há documentos que possuem fé publico por natureza como as decisões judiciais. 
III -  criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si – refere-se ao artigo 12, brasileiro nato e naturalizado. É possível a constituição trazer exceção a essa regra prevista, como ocorre no caso de cargo exclusivo para brasileiro nato. Ou seja, é possível distinção desde que seja constitucional. 
1. UNIÃO – como unidade da federação (artigo 1º a 18). A união federal é a união indissolúvel e um ente autônomo – F.A.P
UNIÃO FEDERAL
- papel interno: porque ela é uma pessoa jurídica de direito público interno. Possui personalidade jurídica, pode firmar contratos, tem capacidade de adquirir direito e deveres. 
- papel internacional (artigo 21, I a IV): a federação é representante do Estado estrangeiro perante a sociedade internacional. 
CAPITAL FEDERAL – artigo 18, §1º - Brasília é a Capital Federal. Brasília é diferente dos demais municípios, ela não possui prefeito, mas sim governador do DF. É a sede do governo do DF. 
BENS DA UNIÃO – artigo 20 
São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Competência da união federal 
não legislativa (administrativa ou material): são competências de caráter administrativos. É a materialização daquilo que está previsto na constituição. 
 EXCLUSIVA (artigo 21): é aquilo que cabe somente a união, não há delegação a outros entes da federação – são competências administrativas exclusivas. Esse artigo não pode ser suprimido a alteração não pode tender a abolir o pacto federativo. 
Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
 XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais elacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
 b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. 
 COMUM (cumulativa ou paralelo): é competência da união, dos estados, municípios e Distrito Federal -“todo mundo pode”. Lei complementar estabelece as regras de cooperação entre eles, exemplo LC 140/2011 – proteção sobre o meio ambiente. 
Artigo 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I -  zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II -  cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III -  proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV -  impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V -  proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
VI -  proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII -  preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII -  fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX -  promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X -  combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI -  registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII -  estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Legislativa (competência para legislar – função legiferante, fazer lei).
 PRIVATIVA: essas matérias podem ser delegadas aos estados membros por meio de lei complementar, por esse motivo não são exclusivas. 
Artigo 22 - Compete privativamente à União legislar sobre:
I -  direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II -  desapropriação;
III -  requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV -  águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V -  serviço postal;
VI -  sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII -  política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII -  comércio exterior e interestadual;
IX -  diretrizes da política nacional de transportes;
X -  regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI -  trânsito e transporte;
XII -  jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII -  nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV -  populações indígenas;
XV -  emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI -  organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII -  organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII -  sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX -  sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX -  sistemas de consórcios e sorteios;
XXI -  normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII -  competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII -  seguridade social;
XXIV -  diretrizes e bases da educação nacional;
XXV -  registros públicos;
XXVI -  atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII -  normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;
XXVIII -  defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX -  propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
 CONCORRENTE: essa competência cabe a união, estados e Distrito Federal. A constituição não fala sobre o município. 
Artigo 24 - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
 I -  direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II -  orçamento;
III -  juntas comerciais;
IV -  custas dos serviços forenses;
V -  produção e consumo;
VI -  florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII -  proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII -  responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX -  educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
X -  criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI -  procedimentos em matéria processual;
XII -  previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII -  assistência jurídica e defensoria pública;
XIV -  proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV -  proteção à infância e à juventude;
XVI -  organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
Caso haja conflito de competência legislativa,como no caso do amianto, é necessário ler os parágrafos deste artigo para solucionar corretamente o conflito. 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Exemplo: lei estadual que autoriza a fabricação de amianto entra em conflito com leis municipais que buscam melhorar a saúde. Ingressaram com ADIN contra a lei municipal, mas por decisão considerou improcedente a ação e inconstitucional o artigo II da lei 9055/99 de forma incidental. 
Em consonância com o paragrafo 4º se uma lei federal (permite o amianto) e uma lei estadual (proíbe) e posteriormente uma lei federal (permite o uso para cloro) a lei estadual não revoga porque são âmbitos de aplicação diferentes - a lei vai suspender sua eficácia para aquela matéria. 
Esses dispositivo (artigo24) deve ser analisado juntamente com o artigo 30 que corresponde ao município. 
Compete aos Municípios:
I -  legislar sobre assuntos de interesse local;
II -  suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III -  instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV -  criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual;
V -  organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI -  manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
VII -  prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII -  promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX -  promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
 TRIBUTÁRIA: residual – cabe a união criar novos impostos além dos que estão previstos na CF/88. Extraordinária – empréstimos para guerra. 
Artigo 153 - Compete à União instituir impostos sobre:
I -  importação de produtos estrangeiros;
II -  exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III -  renda e proventos de qualquer natureza;
IV -  produtos industrializados;
V -  operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI -  propriedade territorial rural;
VII -  grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
 § 2º O imposto previsto no inciso III:
 I -  será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I -  será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II -  será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
III -  não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV -  terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I -  será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
II -  não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
III -  será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I -  trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II -  setenta por cento para o Município de origem.
Artigo 154 - A União poderá instituir:
I -  mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II -  na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
2. ESTADOS MEMBROS 
AUTO
- AUTO-ORGANIZAÇÃO: os estados membros se auto organizam por meio de suas próprias leis e constituições
Artigo 25 - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
- AUTOGOVERNO: 
art. 27 – Assembleias legislativas
O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.( ou seja, se houver 1 deputado federal haverá 3 deputados estaduais, se houver 2 DF serão 6 DE; se houver 12 DF serão 36 DE. A partir de 12 DF aumenta-se apenas 1 DE, ou seja, se for 13 DF vai ser 37 DE). 
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual 
Art. 28 – governador do Estado
A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
 § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa,observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Art. 125 – tribunal de justiça 
Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
* Os estados membros possuem poder judicial próprio. Podem fazer, perante a constituição do estado, controle abstrato de constitucionalidade de normas municipais (§2) – quem pode fazer STF (constituição federal) e TJ (constituição estadual).
- AUTO ADMINISTRAÇÃO E AUTO LEGISLAÇÃO – competência (artigo 25 – 28)
FORMAÇÃO DOS ESTADOS
* Em razão do pacto federativo é possível a formação de um novo estado? – Sim, pois diz respeito a separação e não formação. É possível o desmembramento para a formação de um novo estado. 
- FORMAÇÃO DE UM ESTADO-MEMBRO 
Plebiscito: é o primeiro procedimento a ser realizado. É a consulta popular antes do ato legislativo executivo que quer ser realizado, são atos de relevância popular (previsto no artigo 14 CF e na legislação própria a Lei 9709/98). É considerado uma causa prejudicial, já que essa vontade popular vincula, ou seja, se não houver aprovação o processo é interrompido. 
 Projeto de lei complementar federal: feito no congresso. O quórum é de maioria absoluta (50% + 1) nas 2 casas (deputados e senadores). Passível de analise no congresso nacional. 
Audiência pública – AL: ocorre a audiência pública das assembleias legislativas interessadas. Se caso os membros não concordarem com o projeto isso não vincula, não interrompe o processo. Essa decisão é tomada pelo congresso. 
Aprovação pelo congresso nacional a lei complementar 
- BENS DOS ESTADOS-MEMBROS 
Art. 26 - Incluem-se entre os bens dos Estados:
I -  as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II -  as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III -  as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV -  as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS MEMBROS
- ADMINISTRATIVAS
Comum (artigo 23) – cabe a união, estado, município e Distrito Federal. Essa cooperação será decidida a partir de lei complementar (art. 23, paragrafo único). No caso de meio ambiente, por exemplo, há a lei complementar que estabelece os mecanismos de cooperação entre eles (lei complementar 140/11). 
Residual – de forma expressa pode-se encontrar o que compete à união (artigo 21) e o que compete aos municípios (artigo 30). Tirando esses dois artigos, o que sobrou compete ao estado, é a chamada competência residual (expressamente dito no artigo 25, §1 - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição). Essa competência é tanto administrativa quanto legislativa. 
- LEGISLATIVA
Expressa (artigo 25, caput - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição).
 
Residual (artigo 25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição). 
Delegado pela união (artigo 22, paragrafo único - Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo). Matérias de competência privativa da união. LC autoriza aos estados legislar sobre aquela matéria. 
Concorrente (artigo 24) – compete à união, estado, município e Distrito Federal. 
Suplementar (artigo 24, parágrafos 1-4). 
Tributária (artigo 155) – compete aos estados legislar também sobre os tributos. 
 serviços locais de gás canalizado (artigo 25, §2) – só por meio de lei, não cabe medida provisória. Área privada pode prestar serviços por meio de contrato de concessão. O petróleo é monopólio da união (artigo 177). 
 regiões metropolitanas (artigo 25, §3 -  Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum). 
3. MUNICÍPIOS
AUTO
- AUTO-ORGANIZAÇÃO: lei orgânica (artigo 29, caput - O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos).
- AUTO GOVERNO: (artigo 29 e seus incisos) 
 I -  eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II -  eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III -  posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição;
IV -  para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de... 
 V -  subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VI -  o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos...
VII -  o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município;
VIII -  inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;
IX -  proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros daAssembleia Legislativa;
X -  julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
XI -  organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII -  cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
XIII -  iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
XIV -  perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único.
- AUTO ADMINISTRAÇÃO/ LEGISLAÇÃO (artigo 30)
Compete aos Municípios:
I -  legislar sobre assuntos de interesse local;
II -  suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III -  instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV -  criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual;
V -  organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI -  manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
VII -  prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII -  promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX -  promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
 
FORMAÇÃO DE MUNICÍPIO 
Estudo de viabilidade municipal – vincula, é levado em consideração. 
Plebiscito (AL) – vincula, pois é necessário aprovação popular). 
Lei complementar federal que estabelece o prazo para criação
Lei estadual orgânica
COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS 
- NÃO LEGISLATIVA
Comum (artigo 23)
Privado (artigo 30, III a IX)
- LEGISLATIVA
Expressa (artigo 29, caput)
Interesse local (artigo 30, inciso 1º)
Suplementar (artigo 30, inciso 2º)
Plano diretor (artigo 182, §1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana). 
DISTRITO FEDERAL – surge com a constituição de 1892
HISTÓRICO: Transformação do município neutro (artigo 18,§1 - Brasília é a Capital Federal). 
DISTRITO FEDERAL COMO UNIDADE DA FEDERAÇÃO: 
- AUTO
Auto - organização: lei orgânica (artigo 32)
O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.
Auto governo: governo do distrito federal (poder executivo); câmara legisladora (poder legislativo) e Tribunal De Justiça Do Distrito Federal e Dos Territórios – TJDFT (poder judiciário) 
Administração/legislação 
COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL (artigo 32, §1). 
- NÃO LEGISLATIVA: comum (artigo 23) – compete a união, estados, municípios e distrito federal. 
- LEGISLATIVA
Expressa – artigo 32, caput - O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
Residual – artigo 25, §1 
Delegada – artigo 22, paragrafo único - Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Concorrente – artigo 24, § 1° ao 4º. 
Interesse local – artigo 30, I - Compete aos Municípios:  I -  legislar sobre assuntos de interesse local;
OUTRAS CARACTERISTICAS 
- indivisibilidade (não pode ser dividida em municípios) 
- autonomia tutelada (pela união)
TERRITÓRIO (artigo 33)
A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador, nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instâncias, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. 
AUTARQUIA (descentralização administrativa territorial) – entidade da administração pública indireta, possuem autonomia. Exemplo: INSS, Banco Central (BC), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). 
 CRIAÇÃO DE NOVOS TERRITÓRIOS - artigo 18, §2 - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Exemplo: ADCT art. 14º. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados, mantidos seus atuais limites geográficos.
Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área reincorporada ao Estado de Pernambuco.
OBS: O Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do Brasil. É a menor unidade federativa brasileira e a única que não tem municípios, sendo dividida em 31 regiões administrativas chamadas de cidades-satélites. Em seu território, está localizada a capital federal do Brasil, Brasília, que é também a sede do governo do Distrito Federal. Ou seja, Distrito federal não é Brasília. 
O Distrito Federal tem características tanto de Estado como de Município, possui um governador, e este que determina os administradores das regiões administrativas, inclusive a de Brasília. 
POLÍCIAS 
Art. 32, § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.
A segurança pública em âmbito estadual é atribuída à Polícia Civil, à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar. Essas instituições são organizadas e mantidas pelos próprios Estados, exceto no caso do Distrito Federal, onde essa atribuição é da União, conforme dispõe o art. 21, XIV - Compete à União: XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio. 
Em relação às polícias dos Territórios, a Constituição não prevê expressamente (como no caso do Distrito Federal) a organização a manutenção por parte da União. No entanto, por serem autarquias federais, a doutrina entende que vale a mesma regra.
** Os territórios (repartições administrativas da união) não possuem autonomia politica, somente autonomia administrativa. Os municípios criados através desse território possuem autonomia politica. 
EXERCÍCIOSVerifique a constitucionalidade, quanto a competência legislativa das unidades da federação, das seguintes leis: 
Lei estadual de São Paulo, que determina a gratuidade em estacionamento privado de shopping Center e hipermercados dentro do estado. 
- É inconstitucional, pois segundo o artigo 22, I, compete à união legislar sobre determinada área. 
Compete privativamente à União legislar sobre:
 I -  direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Lei municipal de Ribeirão Preto que estabelece a vedação ou proibição de uso de insulfilm em veículos automotores que transitam na cidade. 
- É inconstitucional, pois segundo o artigo 22, XI compete à união legislar sobre determinada área. 
Compete privativamente à União legislar sobre:
XI -  trânsito e transporte; 
Lei municipal de Ribeirão Preto que determina medidas de conforto como cadeiras de espera, bebedouros e instalações sanitárias em bancos (instituições financeiras) sediadas naquele município. 
- É constitucional, pois segundo o artigo 30, I compete ao município legislar sobre essa área. 
Compete aos Municípios:
 I -  legislar sobre assuntos de interesse local;
Lei do estado de São Paulo que estabelece assentos reservados a pessoas obesas em cinemas, teatros e espaços culturais. 
- É constitucional, pois segundo o artigo 24, XII ou XIV compete a união, estados e DF legislar sobre essa área. 
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XII -  previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIV -  proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
 
INTERVENÇÃO 
É uma medida excepcional, pois trás a ideia de estado de exceção. A regra é a não intervenção
Incide na autonomia politico administrativa das unidades da federação. O rol das circunstancias que podem levar a intervenção é taxativo, ou seja, somente nessas hipóteses poderá haver intervenção (artigo 34). Pode ocorrer intervenção quando um dos poderes se sentir desprotegido. 
Intervenção: 
União não intervir diretamente nos municípios, apenas nos estados-membros, DF e municípios dos territórios. Foi decretada a intervenção no estado do RJ e não no município. 
	Estados podem intervir diretamente nos municípios (artigo 35) intervenção estadual.
O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; 
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
 
Intervenção federal
Hipóteses:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (princípios sensíveis da constituição – são princípios que mantem a normalidade do estado democrático de direito, se violado um desses princípios é possível decretar intervenção). 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Espécies: 
	
- Espontânea: é aquela de ofício – o chefe do executivo (presidente) que pedi de ofício (ex ofício). Ele sozinho de forma espontânea pode decretar (tem regras/processo). Dentre as hipóteses do artigo 34, pode ser decretada por ofício – I, II, III e V. 
- Solicitação: artigo 34, IV, c/c artigo 36, I (1º parte). Cabe ao poder legislativo e executivo, se houver coação a algum desses poderes, o poder coagido poderá solicitar ao presidente que decrete a intervenção. 
 Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
 IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
 I -  no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido [...].
- Requisição: O STF é quem faz a requisição junto ao presidente da republica para decretar a intervenção. 
artigo 34, IV c/c 36, I (2º parte)
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
 IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
 I – [...] ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
artigo 34, VI (2º parte) c/c artigo 36, II
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
 VI – [...] ordem ou decisão judicial;
Quando se tratar de ordem judicial o STF/ STJ ou TSE podem fazer requisição perante o presidente
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
  II -  no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
 - Representação: ocorre por meio de ação direta de inconstitucionalidade interventiva. Processado e julgado pelo STF. Quem tem legitimidade para entrar é o procurador geral da república. 
artigo 34, VII c/c artigo 36, III.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
 Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
III -  de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. 
artigo 34, VI (1º parte) c/c artigo 36, III
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VI - prover a execução de lei federal, ordem [...]
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
III -  de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geralda República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
Execução da intervenção 
- Competência – artigo 84, X. Compete privativamente ao Presidente da República:
X - decretar e executar a intervenção federal;
- Oitiva para decretação: antes de o presidente decretar a intervenção ele deveria consultar esses órgãos. A decisão que o presidente tomar não vincula a opinião dos órgãos em questão, ou seja, mesmo se os conselhos forem contra ele pode ainda assim decretar. C.R (conselho da republica – art. 90) e Conselho de Defesa Nacional – art. 91 §1, III
- controle pelo legislativo – art. 36, §1º e 2º. 
Exceção (artigo 36, §3) – Lei federal, ordem, decisão judicial (art. 34, VI). Se o ato impugnado resolver a situação, não precisa passar pelo CNH. – afronta aos princípios acessórios (artigo 34, VII). 
DIVISÃO ORGANICA DO PODER – art. 2º (principio da separação dos poderes)
Histórico
- Aristóteles: descreve as divisões das funções, mas não atribuiu essas funções há órgão diferente, todo poder fica na mão de Deus. O Estado tem 3 funções: normativa, administrativa e julgamento
- Montesquieu: “o espirito das leis”, parte do principio de Aristóteles que há mais de 3 poderes, mas atribui 
- abrandamento da teoria de Montesquieu: alguns órgãos podem ser diferentes, os outros poderes podem aturar com o intuito de sanar em deficiência função atípica. Esses poderes atuam em conjunto. Exemplo: na falta da lei não criada pelo legislativo. Os poderes do estado exercem função típica todo mundo. 
	 ÓRGÃO
	 FUNÇÃO TÍPICA 
	FUNÇÃO ATÍPICA
	Legislativa
	- Legiferante (fazer leis)
- Fiscalizar (executivo) – tribunal de contas, auxilia o 
legislativo. Decisão não vinculante. Há apenas duas 
em SP e RJ.
	- jurisdicional (comissão parlamentar
de inquérito – CPI, impeachment)
- administrativa (licença, férias, licitação,
 contrato). 
	Executivo 
	 Administração pública
	- Jurisdicional (aplicação de penas aos
seus servidores, poder de polícia)
- legislativa (medida provisória-art.84§6.
 Decreto autônomos). 
	Judiciário
	Jurisdicional (dizer o direito no caso concreto)
	Legislativa (regimentos interior, súmula 
vinculante) 
- administrativa: (conselho nacional de
Justiça - Tem função de fiscalizar o adm.
e o financeiro). 
PROCESSOS LEGISLATIVO - compreende um conjunto de atos encadeadas para a elaboração de normas segundo determinação constitucional. Estes atos podem ser, resumidamente, os seguintes: Iniciativa, discussão, (emenda, se houver), deliberação ou votação, sanção (veto, se houver e, havendo veto haverá a apreciação do veto), promulgação e publicação. 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
 I -  emendas à Constituição;
As emendas constitucionais possibilitam a inserção de acréscimos, supressões ou modificações do texto constitucional. As emendas constitucionais não se sujeitam à sanção presidencial e têm a mesma natureza e eficácia das normas constitucionais
II -  leis complementares; 
As leis complementares têm sua matéria predeterminada constitucionalmente, ou seja, somente poderão tratar das matérias que a Constituição Federal determinar serem próprias dessa espécie normativa. 
III -  leis ordinárias;
São as leis típicas, ou as mais comuns, aprovadas pela maioria dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal presentes durante a votação.
IV -  leis delegadas;
A lei delegada é um ato normativo elaborado e praticado pelo Presidente da República, em razão de uma autorização dada pelo Poder Legislativo. 
V -  medidas provisórias;
Nos casos extraordinários de necessidade e urgência, o Governo poderá adotar, com única e exclusiva responsabilidade, providências provisórias com força de lei, devendo apresentá-las imediatamente à Câmara dos Deputados, para sua conversão em lei. Todo o procedimento para aprovação da medida provisória está transcrito no artigo 62 da Constituição Federal.
VI -  decretos legislativos;
O decreto legislativo é uma espécie normativa destinada a veicular as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional, todas elas elencadas e previstas nos artigos 49 e 62 da Constituição Federal.
O processo legislativo de um decreto legislativo deverá ser realizado mediante instrução, discussão e votação em ambas as Casas Legislativas. Se forem aprovados, serão promulgados pelo Presidente do Senado Federal, na qualidade de Presidente do Congresso Nacional, que determinará a sua publicação. O Presidente da República não participa do procedimento.
VII -  resoluções.
A resolução é um ato praticado pelo Congresso Nacional destinado a regular matérias de competência do Congresso Nacional, de competência privativa do Senado Federal ou de competência privativa da Câmara dos Deputados. A resolução gera, em regra, efeitos internos, porém, há exceções nas quais os efeitos gerados são externos. A resolução destina-se a regular matérias de administração interna, em regra
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Lei complementar Lei ordinária
- A lei ordinária exige apenas maioria simples de votos para ser aceita, já a lei complementar exige maioria absoluta. A lei complementar como o próprio nome diz tem o propósito de complementar, explicar ou adicionar algo à constituição, e tem seu âmbito material predeterminado pelo constituinte; já no que se refere a lei ordinária, o seu campo material é alcançado por exclusão, se a constituição não exige a elaboração de lei complementar então a lei competente para tratar daquela matéria é a lei ordinária. Na verdade não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar, o que há são campos de atuação diversos. 
COMO UMA LEI É VOTADA NO CONGRESSO?
Câmara dos deputados: Um dos tipos de lei mais simples de serem votados no Brasil é a chamada lei ordinária. Ela começa a nascer quando um texto propondo a lei é encaminhado ou à Câmara dos Deputados ou ao Senado. Aqui a gente inicia a história na Câmara
Câmara dos deputados: Quem recebe o texto é a Mesa, formada pelo presidente da Câmara, dois vices e quatro secretários. Eles encaminham o projeto para comissões temáticas. Se ele trata de escolas, por exemplo, é analisado pela Comissão de Educação e Cultura. 
Câmara dos deputados: Cada comissão tem entre 18 e 60 deputados. Nela é preparado um relatório técnico, explicando como vai funcionar a nova lei e os impactos que ela pode provocar. O projeto inicial e o relatório seguem para outras comissões da Câmara
Câmara dos deputados: Se a lei envolve mais de um tema – educação e economia, por exemplo -, pode passar por até três comissões temáticas. Depois, ela vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que vê se o texto não contraria a Constituição. 
Câmara dos deputados: Estando tudo certo com o projeto, a CCJ encaminha o texto de volta para a Mesa da Câmara, que em seguida manda divulgá-lo no Diário da Câmara, uma publicação oficial que mantém os deputados informados sobre todas as atividades que rolam na casa. 
Reprovado – Se a lei contrariar a Constituição ou não for aprovada pelas comissões, o projeto acaba aí
Câmara dos deputados: Qualquer deputado tem um prazo de cinco sessões para pedir alterações ou o fim do projeto. Para isso, precisa recolher a assinatura de 52 deputados – 10% da Câmara. Se conseguir, a lei é votada no plenário, por todos os deputados. Se não, ela vai para o Senado
Emendado – Se os deputados que pediram a votação em plenário sugerirem emendas ao projeto, ele volta às comissões para ser reescrito antes de ser votado. 
Câmara dos deputados: A votação em plenário só pode acontecer quando a sessão de trabalho da Câmara tiver pelo menos 257 deputados – 50% + 1 do número total de eleitos. Com esse quórum garantido, a lei segue adiante se a maioria simples dos presentes aprová-la. 
Reprovado – A mesma maioria simples em plenário também pode votar contraa lei, que aí é enterrada
Senado: A lei aprovada, direto nas comissões ou pelo plenário, vai então da Mesa da Câmara para a Mesa do Senado. Chegando lá, o projeto é distribuído para uma das comissões temáticas da casa, que irá revisar o texto aprovado na Câmara. 
Senado: As comissões do Senado têm de 17 a 27 membros. Como na Câmara, um projeto que trate de vários temas pode passar por mais de uma comissão temática. O texto final só é liberado por uma CCJ específica do Senado
Senado: Depois de passar pelas comissões, o projeto volta para a Mesa do Senado e é discutido em plenário. Dependendo das discussões e da votação, o projeto pode rumar para três caminhos bem diferentes, da “lata do lixo” ao gabinete do presidente da República. 
Reprovado – O Senado pode simplesmente recusar o projeto e arquivá-lo de vez
Emendado – Se o Senado sugerir alterações, o texto volta para as comissões da Câmara. Elas discutem as emendas seguindo os passos 4, 5 e 7. O plenário da Câmara aprova ou rejeita as emendas. Depois da votação, o texto vai direto para o presidente da República (passo 11). 
Presidência: Se nada for mexido pelos senadores, a Mesa do Senado manda a lei para a análise do presidente da República. Ele tem duas opções: aprovar o projeto (passo 12) ou vetá-lo total ou parcialmente (passo 13)
Aprovação: Com a aprovação do presidente da República, a nova lei está pronta para entrar em vigor. Ela só precisa ser publicada no Diário Oficial da União para passar a valer em todo o país. Ufa!
Congresso: Em caso de veto do presidente, a lei precisa ser discutida pelo Congresso Nacional, que reúne todos os deputados federais e senadores. As Mesas do Senado e da Câmara se revezam na presidência das sessões
Congresso: Uma comissão com três deputados e três senadores é criada para analisar o veto presidencial e apresentar um relatório a todo o Congresso. Daí o veto é discutido e votado (com voto secreto) em plenário
Rejeitada ou emendada: Se o Congresso não conseguir a maioria absoluta dos votos de deputados (257) e senadores (41), o veto é mantido. Se o veto era para a lei toda, o projeto morre. Se era parcial, as emendas pedidas pelo presidente são feitas pelo Congresso. Depois, a lei volta para o presidente publicá-la como ele queria
Aprovação: Se o Congresso conseguir o número de votos necessários, o veto é derrubado e o projeto volta para a Presidência da República. Aí, não tem jeito: mesmo a contragosto, o presidente é obrigado a publicar a nova lei no Diário Oficial da União. 
INICIATIVA DE PROJETO DE LEI
Congressistas (câmara dos deputados e senado federal) 
Presidente da república (artigo 61, §1º) 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
STF
Tribunais superiores 
Procuradoria geral da república
Cidadão (artigo 61, §2) - 1503 
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
MEDIDA PROVISÓRIA
Ato normativo de competência do presidente da república. É uma exceção. Pode sofrer emenda. Tem força de lei, deve ser convertida em lei. O congresso nacional tem que aprovar a medida provisória. O projeto de conversão em lei é de forma expressa, não existe aprovação tácita. 
- Legitimado: presidente da república
- Hipóteses: urgência ou relevância
- Aprovação: A Medida Provisória (MP) é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. Seu prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período. Se não for aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua publicação, a MP tranca a pauta de votações da Casa em que se encontrar (Câmara ou Senado) até que seja votada. Neste caso, a Câmara só pode votar alguns tipos de proposição em sessão extraordinária. 
Ao chegar ao Congresso Nacional, é criada uma comissão mista, formada por deputados e senadores, para aprovar um parecer sobre a Medida Provisória. Depois, o texto segue para o Plenário da Câmara e, em seguida, para o Plenário do Senado. 
Se a Câmara ou o Senado rejeitar a MP ou se ela perder a eficácia, os parlamentares têm que editar um decreto legislativo para disciplinar os efeitos jurídicos gerados durante sua vigência.
Se o conteúdo de uma Medida Provisória for alterado, ela passa a tramitar como projeto de lei de conversão.
Depois de aprovada na Câmara e no Senado, a Medida Provisória - ou o projeto de lei de conversão - é enviada à Presidência da República para sanção. O presidente tem a prerrogativa de vetar o texto parcial ou integralmente, caso discorde de eventuais alterações feitas no Congresso.
É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de MP que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
- Vedações: artigo 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:  I – relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;  
b) direito penal, processual penal e processual civil;  
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;  
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;  
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;  
III – reservada a lei complementar; 
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
LEI DELEGADA- caiu em desuso, pois o presidente pode recorrer ao MP sem pedir autorização. 
O presidente pede autorização do CN para fazer a alei. Exemplo: autorização se da por meio de avaliação que vai estabelecer o conteúdo e extensão (quem será atingida) dessa lei, 
Se exigir que passe por apreciação do congresso. Essa lei vai ser aprovada (§3) em aprovação única por maioria absoluta NÃO pode ser emendada. 
QUESTÕES
Quais são as garantias constitucionais dos juízes e promotores? 
Os juízes gozam das seguintes garantias, que visam assegurar a independência dos magistrados (artigo 95)
Vitaliciedade,

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