Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

INTITUTO METROPOLITANO DE EDUCAÇÃO E CULTURA 
 
 
FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
LAMARTINE SILVA MATOS ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
ARQUITETURA DE INTERESSE SOCIAL COMO CAMINHO PARA 
DIGNIDADE - ANÁPOLIS-GO 
 
 
 
 
 
ANÁPOLIS 
2018 
 
 
LAMARTINE SILVA MATOS ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
ARQUITETURA DE INTERESSE SOCIAL COMO CAMINHO PARA 
DIGNIDADE - ANÁPOLIS-GO 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentada à 
Faculdade Metropolitana de Anápolis como 
requisito parcial para obtenção do título de 
Bacharel do Curso de Arquitetura e Urbanismo 
sob a orientação da Prof.ª Me. Fernanda 
Antônia Fontes Mendonça. 
 
 
 
 
 
ANÁPOLIS 
2018 
 
 
LAMARTINE SILVA MATOS ALMEIDA 
 
 
 
ARQUITETURA DE INTERESSE SOCIAL COMO CAMINHO PARA 
DIGNIDADE - ANÁPOLIS-GO 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentada à 
Faculdade Metropolitana de Anápolis como 
requisito parcial para obtenção do título de 
Bacharel do Curso de Arquitetura e Urbanismo 
sob a orientação da Prof.ª Me. Fernanda 
Antônia Fontes Mendonça. 
 
Data de aprovação: ____/____/____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
_____________________________ 
_____________________________ 
_____________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço acima de tudo a Deus, por ter me 
concedido força e graça. A minha família que 
sempre esteve ao meu lado me motivando a 
prosseguir, em especial a minha mãe Genivera 
Pimentel meu pai Adelvanio Matos e a minha 
noiva Narielly Rodrigues, que me sustentaram 
nos momentos mais difíceis da caminhada. 
Aos meus amigos que torceram pela minha 
vitória. E a minha orientadora Fernanda 
Mendonça que me proporcionou ânimo na 
busca do conhecimento. 
“Se cheguei até aqui foi porque me apoiei no 
ombro de grandes homens. ” 
Isaac Newton 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho busca compreender o atual cenário que se encontra a habitação 
de interesse social brasileira, através de pesquisar bibliográficas com também de 
campo, desenvolvendo críticas quanto ao caráter dos programas habitacionais. O 
projeto surge como uma nova alternativa de implementação habitacional, baseada nos 
conceitos de pertencimento e flexibilidade, promovendo a participação popular ao 
projeto, aliado a valorização da identidade pessoal, onde o morador tenha a liberdade 
de modificar o espaço segundo as suas necessidades, proporcionado assim um 
caminho para dignidade. 
Palavras-chaves: Habitação de interesse social. Pertencimento. Flexibilidade. 
Participação popular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9 
1.1 PROBLEMÁTICAS .......................................................................................................... 9 
1.2 HIPÓTESE ..................................................................................................................... 10 
1.3 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 10 
1.4 OBJETIVO ESPECIFICO ............................................................................................... 10 
1.5. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 11 
1.6. METODOLOGIA ........................................................................................................... 12 
2. HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL .................................................................................. 12 
 2.1. Fundação da Casa Popular (FCP) e a política habitacional ............................... 14 
 2.2 (BNH) / (SFH) ..................................................................................................... 14 
3. DÉFICIT HABITACIONAL ................................................................................................ 15 
4. PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA ...................................................................... 17 
 4.1 Programa Minha Casa, Minha Vida II .................................................................. 18 
 4.2 Programa Minha Casa, Minha Vida III ................................................................. 18 
5. QUANTIDADE X QUALIDADE......................................................................................... 20 
6. A PARTICIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA NAS QUESTÕES HABITACIONAIS ........ 20 
7. A PARTICIPAÇÃO POPULAR COMO COLABORADORA NA PRODUÇÃO DE 
MORADIA. ........................................................................................................................... 21 
 7.1 Autoconstrução ................................................................................................... 21 
8. SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO ............................................................................ 22 
 8.1. Percepção .......................................................................................................... 23 
 8.2. Memória ............................................................................................................. 23 
 8.3. Identidade .......................................................................................................... 23 
9. FLEXIBILIDADE HABITACIONAL ..................................................................................... 24 
 9.1 Tipologia Flexível ................................................................................................ 24 
 9.2 Funcionalidade .................................................................................................... 25 
 9.3 Métodos de flexibilidade habitacional .................................................................. 25 
 9.4 Capacidade de personalizado na habitação ........................................................ 26 
10. ESTUDO DE CASOS .................................................................................................... 28 
10.1 Conjunto Habitacional Quinta Monroy .......................................................................... 28 
 10.1.1 Histórico ......................................................................................................... 28 
 10.1.2 Autor do Projeto ............................................................................................. 29 
 10.1.3 Propostas e Desafios ..................................................................................... 29 
 10.1.4 A lei de Nolli ................................................................................................... 31 
 10.1.6 Relação urbana .............................................................................................. 31 
 
 
 10.1.7 Condicionantes............................................................................................... 33 
 10.1.8 Setorização .................................................................................................... 34 
 10.1.9 Considerações ...............................................................................................35 
10.2 Casa Vila Matilde ......................................................................................................... 35 
 10.2.1 Histórico ......................................................................................................... 35 
 10.2.2 Autor do Projeto ............................................................................................. 35 
 10.2.3 Propostas e Desafios ..................................................................................... 36 
 10.2.4 Programa de Necessidades ........................................................................... 36 
 10.2.5 Condicionantes............................................................................................... 37 
 10.2.5 Setorização .................................................................................................... 38 
 10.2.6 Tecnologia ...................................................................................................... 39 
 10.2.7 Considerações ............................................................................................... 40 
10.3. Conjunto Habitacional Jardim São Francisco .............................................................. 40 
 10.3.1 Relações espaciais ........................................................................................ 40 
 10.3.2 Topografia ...................................................................................................... 41 
 10.3.3 Participação Popular por Mutirões .................................................................. 41 
 10.3.4 Considerações ............................................................................................... 42 
11. ESTUDO DO LUGAR .................................................................................................... 42 
 11.1 Anápolis ............................................................................................................ 42 
 11.2 Habitação social em Anápolis ........................................................................... 42 
 11.3 Setor Escala ...................................................................................................... 46 
 11.4 Mapa de Uso e Ocupação do Solo .................................................................... 49 
 11.5 Mapa de Gabarito ............................................................................................. 50 
 11.6 Transporte Coletivo ........................................................................................... 50 
 11.7 Infraestrutura local ............................................................................................ 51 
 11.8 Nível de Satisfação do Setor Escala ................................................................. 52 
12. PROPOSTA HABITACIONAL ........................................................................................ 52 
12.1 CONCEITO .................................................................................................................. 52 
 12.2 Diretrizes ........................................................................................................... 53 
 12.3 Usuário ............................................................................................................. 53 
 12.4 Programa de necessidades ............................................................................... 54 
 12.5 Funcionograma ................................................................................................. 55 
13.1 PARTIDO ..................................................................................................................... 55 
 13.2 Perfil topografico ............................................................................................... 55 
 13.3 Parcelamento .................................................................................................... 56 
 13.4 Condicionantes ................................................................................................. 56 
 13.5 Unidade Habitacional ........................................................................................ 57 
 
 
 13.6 Setorização ....................................................................................................... 58 
 13.7 Simulação solar e ventos dominantes ............................................................... 58 
 13.8 Materiais e Tecnologias .................................................................................... 60 
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 62 
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 63 
16. Anexo A ......................................................................................................................... 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1.INTRODUÇÃO 
A arquitetura de interesse social ,refere-se a uma arquitetura publica, voltada 
as camadas menos favorecidas, o qual não detém possibilidades lineares de acesso 
a moradia; a mesma compreende questões de cunho populares, na área de 
habitação, saneamento, trafego , uso e ocupação de solo entre outros aspectos de 
influência sócias . Em destaque ao tema, habitação, a arquitetura social promove 
estudos, e medidas executivas no tocante a moradia, atendendo as demandas sociais, 
de conforto, localidade e principalmente acessibilidade de compra ao cidadão por 
meio de custo e forma de pagamento justa. Visando assim atender à população, cujo 
o nível de renda impossibilita ou dificulta aquisição à moradia através dos meios 
tradicionais no mercado imobiliário. 
Observa-se que a crise habitacional brasileira se desenvolve simultaneamente 
ao processo de crescimento e urbanização das cidades, acarretando profundas 
modificações nas ações governamentais e na paisagem urbana. Quando se analisa 
adventos históricos entre o período colonial até o final o século XIX, percebe-se que 
o índice de urbanização praticamente não se modificou no Brasil, entre os anos de 
1890 a 1920, cresceu aproximadamente 3%. Foi somente no período entre 1920 e 
1940 que o Brasil viu sua taxa de urbanização triplicar, chegando a 31,24%. Com isso 
o déficit habitacional ampliou-se alcançando principalmente as habitações de baixa 
renda (SANTOS, 2009). 
Se faz necessário estabelecer uma maior compressão dos desafios do 
arquiteto na busca de uma arquitetura adequada para fins sociais, tendo que vencer 
desafios que envolvem a sociedade o poder público e a iniciativa privada, visando a 
criação de uma habitação que cumpra o papel relevante no tocante as necessidades 
da população de baixa renda, através da realização de análises das condições que 
repercutem no histórico da habitação social relacionando-a a segregação de cunho 
sócio habitacional, impulsionado até mesmo dentro dos programas sociais. 
1.1 PROBLEMÁTICAS 
A habitação social atual apresenta incúria em seus valores societários, no 
momento em que a qualidade projetual e executiva é posta em segundo plano em 
detrimento, da economia dos investimentos, que objetivam a adição de prestigio das 
10 
 
ações governamentais e o lucro por parte da iniciativa privada.Desta forma, para a 
edificação das habitações, utilizam-se na maior parte dos casos, materiais de baixa 
qualidade e os processos construtivos os mais simples possíveis. O que resulta em 
moradias enfileiradas e em repetições quase infinitas sem qualquer relevância, dando 
pouco valor a estética e conforto das habitações. Dentre as problemáticas que 
podermos perceber em um conjunto habitacional estão a implantação, à repetição 
mecânica das edificações, a qualidade dos projetos arquitetônicos, a qualidade da 
construção e os riscos com a concepção de guetos, socialmente excluídos do restante 
da cidade (VILLA ROTELLI, 2012). 
Isto é, conjuntos habitacionais com as equivalentes peculiaridades seguem 
sendo massivamente reproduzidas. Neste cenário temos a seguinte problemática: 
Como proporcionar moradia de qualidade, atendendo as especificidades de cada 
morador? 
1.2 HIPÓTESE 
 O desenvolvimento de uma proposta de habitação de interesse social, para a 
cidade de Anápolis, onde a concepção parte da elaboração de um projeto de 
habitação popular, com uma arquitetura que atenda às necessidades de cada família, 
oferecendo um layout maleável, possível de modificações por parte dos moradores, 
proporcionando assim um sentimento de identidade, pertencimento e memória e ainda 
uma urbanização coerente aos princípios básicos do urbanismo poderá servir de 
alternativa aos inúmeros exemplos de Arquitetura Social que vem sendo 
desenvolvidas na maioria das cidades brasileiras. 
1.3 OBJETIVO GERAL 
Este trabalho tem por objetivo a idealização de conjunto habitacional de baixo custo, 
o qual atenda os anseios singulares da população carente, dotado de uma 
infraestrutura urbana que proporcione conforto e inclusão social, oportunizando maior 
qualidade de vida. 
1.4 OBJETIVO ESPECIFICO 
O trabalho consiste em: 
Estudar e compreender o histórico da habitação social no Brasil; 
11 
 
Conhecer os aspectos que envolvem os programas atuais de habitação social; 
Entender qual o papel da iniciativa privada quando o assunto é habitação popular; 
Conhecer o papel do poder público, seja ele municipal, estadual ou federal na redução 
do déficit habitacional das famílias de baixa renda; 
Conhecer o papel do agente financiador das habitações populares; 
Conhecer o perfil de moradores de conjuntos habitacionais; 
Definir diretrizes e criar um programa de necessidades que atenda ao perfil dos 
moradores; 
Definir um local adequado para implantação do conjunto habitacional de forma que 
este esteja em comum acordo com as possibilidades dos agentes envolvidos no 
processo; 
Entender a dinâmica da cidade; 
Propor o projeto de um conjunto habitacional onde a Arquitetura Social será valorizada 
e aprovada pelos seus moradores. 
1.5. JUSTIFICATIVA 
Na história do Brasil, pode-se perceber que a crise habitacional se desenvolveu 
simultaneamente ao processo de crescimento das cidades, acarretando profundas 
modificações em sua paisagem. Uma das características mais simbólicas do processo 
de desenvolvimento das cidades se deu no final século XIX proporcionando uma 
acelerada expansão nas camadas populares urbanas, circunstância atenuadora, que 
influenciou diretamente a busca por moradia, transporte, educação, saúde, dente 
outros serviços urbanos, até o presente momento insólita (MARICATO, 1997). 
A urbanização resultou em atitudes governamentais que não trouxeram 
respostas que contemplassem a população de baixa renda, mais sim o 
embelezamento das cidades, desprezando a população mais carente (RIBEIRO, 
1983).Visto que posteriormente os investimentos em habitação popular surgem como 
instrumentos de capitalização desprovidos de interesse social. (BONDUKI,2004). 
A arquitetura em seu âmbito social, colide com fatores socioeconômicos, os 
quais oferecem verdadeiros obstáculos erguidos e solidificados no decorrer da história 
(MARICATO, 1997). 
12 
 
Desta forma cresce a necessidade de uma nova concepção para a população 
de baixa renda, onde se promova o equilíbrio social, político e econômico. Um projeto 
que utilize da participação popular, no qual cada futuro morador se sinta participante 
do programa, atuando diretamente na criação da sua moradia e assim de sua cidade. 
Visando atender aos anseios populares; juntamente com as metas da ação público e 
privado, proporcionando qualidade para os moradores, economia à iniciativa privada, 
e corroborando a atuação governamental. 
1.6. METODOLOGIA 
A metodologia adotada neste trabalho fundamenta-se na averiguação e 
estruturação de conhecimentos teóricos sobre a arquitetura de interesse social, 
flexibilidade, unidades modulares, interação urbana, participação população, atuação 
da iniciativa privada e os programas governamentais de habitação. Para a concepção 
deste trabalho serão utilizadas pesquisas bibliográficas, que detenha relevância com 
o tema proposto, vistos em livros, acervos digitais como artigos dissertações de 
mestrado e entrevistas com os principais expoentes que compõem tema. As 
bibliografias são estabelecidas utilizando como referência autores relacionados a 
temática arquitetura de interesse social, como Demetre Anastassakis, Raquel Rolnik, 
Sergio Magalhães, Nabil Bonduki, Flavio Villaça, dentre outros. 
Ao decorrer da estrutura do trabalho também serão apresentadas referências 
projetais, em que ambos os casos proporcionam sugestões em que o aspecto modular 
a tipologias e a cooperação popular trouxeram referências positivos para os 
moradores. Tal analise de conferência dos estudos de caso tem como objetivo 
contribuir para o ensaio projetual que será empreendido. 
Ao final serão evidenciadas as propostas de tipologias arquitetônicas através de 
experimentos projetais com base nos conceitos adquiridos sobre a atuação popular, 
modulação , flexibilidade e interação urbana . Tais tipologias serão apresentadas a 
nível de estudo preliminar, empregando de recursos gráficos para melhor 
apresentação da proposta. 
2. HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL 
Ao longo da história de colonização no Brasil, o território foi se ordenando de 
maneiras diversas, Santos (2009, p. 19), “a ‘cidade’ estava além de uma “radiação” 
13 
 
do poder distante, uma ambição que marca participação num país longínquo”. Assim, 
a urbanização no pais foi se expandindo de maneira mais intensa a partir do século 
XVIII, e somente no século XX Obtém-se as peculiaridades da atual urbanização 
(SANTOS, 2009). 
Uma das características mais simbólicas do processo de urbanização que se 
despontou no Brasil no final século XX foi o acelerado crescimento das camadas 
populares urbanas (VILLAÇA, 2001) 
No Rio de Janeiro, por volta de 1890, presenciou-se um período marcado por 
mudanças de âmbito social, econômico, espacial e político, o que ocasionou 
transformações no que se refere à moradia popular, dando início à formação de 
cortiços, sendo esta uma tipologia de habitação urbana coletiva, constituída por 
pessoas de classe baixa, que passando a viver de forma insalubre e sem nenhum 
planejamento que ofereça maior qualidade de vida (CAMPOS, 2004) 
Para a classe dominante, era mais fácil “conviver” com as vilas operárias do que 
com os cortiços e barracos existentes na cidade. O único controle feito pela legislação 
era que as vilas não fossem edificadas em regiões de maior valor ou potencialmente 
nobres (VILLAÇA, 1986). 
As modificações urbanas, executadas em inúmeras cidades brasileiras entre o 
final do século XIX e início do século XX, impulsionaram os padrões para um 
urbanismo moderno. Realizavam-se obras de saneamento básico para erradicação 
de epidemias,ao mesmo tempo que proporcionava um embelezamento das cidades 
e estabelecia critérios jurídicos para o mercado imobiliário. A população passou a 
ser suprimida nesse processo sendo expulsas para áreas periféricas (MARICATO, 
2000). 
Após a proclamação da República em (1889), decorreram diversas políticas de 
afastamento da população carente que se encontrava na região central da cidade; 
tendo como justificativa o controle sanitário por parte dos médicos-higienistas, como 
forma de padronização social. Desta forma, empresas da iniciativa privada investiram 
na construção civil e na distribuição de habitações, entretanto os investimentos não 
se destinavam as pessoas de baixa renda. 
 As medidas urbanísticas tomadas neste período e ao longo da República Velha 
(1889 – 1930) objetivava o embelezamento das cidades para atração de novos 
investidores estrangeiros na indústria, foi neste período que os centro da cidade 
14 
 
passou a abrigar o setor de comércio e serviço, retirando da região as residências 
(MARICATO, 2000). 
2.1. Fundação da Casa Popular (FCP) e a política habitacional 
Entre 1940 e 1960, a logística habitacional fundava-se na oferta de crédito 
imobiliário pela Caixas Econômicas e pelos Institutos de Aposentadorias e Pensões 
(IAPS). Os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs), dispuseram como propósito 
sanar a demanda habitacional da classe ligados à indústria e comércio, sendo a 
primeira instituição pública a investir em moradia, ainda que seu objetivo principal 
seria oportunizar benefícios previdenciários e assistência médica aos associados 
(MARICATO, 2000) 
A sistematização de um órgão que comandasse a política habitacional ocorreu 
em 1946, quando foi criada a Fundação da Casa Popular (BOTTEGA, 2007).Desta 
forma, o Estado e o proletariado passaram a financiar as moradias (VILLAÇA, 1986). 
As propostas da Fundação da Casa Popular teve seu fim, devido a ideologia dos 
grupos beneficiados, que se encontravam imparciais sobre o posicionamento 
governamental na definição de uma política social. Além de tudo, a Fundação 
apresentava poucos recursos orçamentários, debilitando ainda mais o seu exercício. 
Desde a sua criação, a FCP foi utilizada com fins políticos (VILLAÇA, 1986). 
2.2 Banco Nacional de Habitação (BNH) / Sistema Financeiro de Habitação 
(SFH) 
O Sistema Financeiro da Habitação-BNH foi o primeiro a ser fundado com base 
em recursos do trabalhador e, portanto, implicava em retorno do investimento. Este 
retorno não aconteceu como esperado, e a questão da inadimplência nos pagamentos 
tornou-se central na problemática habitacional em 1964 (CARDOSO, 2013) 
Segundo Cardoso (2013), essa foi uma das questões enfrentadas pelo programa 
e que atrapalhou na produção de unidades voltadas para as famílias de baixa renda. 
A maioria destes empreendimento foi feita em áreas periféricas, muito distantes e 
pouco conectadas com a malha urbana, afastadas e sem vinculação com os serviços 
básicos de infraestrutura como linhas de ônibus, rede pública de água, esgoto, 
energia, iluminação, além disso, os próprios projetos habitacionais não absorvem as 
necessidades dos moradores, onde famílias não tinham alternativa de intervenção, 
15 
 
reformulação ou até mesmo ampliação dos ambientes segundo as suas 
necessidades, o que tornava a moradia um espaço simplesmente amorfo . 
O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi formado pela Lei 4380/64 que 
instituiu “a correção monetária e o Banco Nacional da Habitação (BNH), onde tornou 
o órgão o principal orientador e disciplinador das questões habitação no País” (LEI 
4380/64). Neste período os conjuntos habitacionais poderiam ser financiados por meio 
do BNH (VILLAÇA, 1986) 
A partir de 1965, o desenvolvimento demográfico acentuado e a modernização 
dos setores de produção impulsionam diretamente a movimentação migratória. Isso 
foi intensificado pelo forte investimento na melhoria de infraestrutura, principalmente 
no sistema de transporte e comunicação. Ao longo desse processo urbano, reduziu-
se consideravelmente a relevância da população rural (CHAFFUN, 1997). 
O BNH teve o seu fim 1986, e sua função e encargos foram transmutado para a 
Caixa Econômica Federal. Desta forma, sucederam várias modificações no quadro da 
instituição governamental, que auxiliou na reformulação da política urbana e 
habitacional (CARDOSO, 2013) 
3. DÉFICIT HABITACIONAL 
A concepção de Necessidades Habitacionais e dividido em dois aspectos: O 
déficit Habitacional e a Inconformidade das residências. Sendo o déficit habitacional o 
que é equivalente à necessidade de edificação de novas moradias para a solução de 
problemas sociais e exclusivos das habitações. A inadequação dos domicílios implica 
diretamente aos problemas na qualidade de vida dos moradores, ela aponta para a 
necessidade de melhoria das unidades habitacionais. (Fundação João Pinheiro ,2013) 
A definição de déficit habitacional está relacionada abertamente à carência no 
estoque de moradias, compreende tanto as moradias sem condições habitacionais, 
onde prevalece a de substituição dessas moradias precárias ou pela coabitação 
familiar, quando há a presença de mais de uma família habitando a mesma unidade, 
ou quando a moradia esta implantada em regiões não residencial. Pode-se 
compreender então que o déficit habitacional como, "déficit por reposição de reservas 
" e como "déficit por incremento de estoque" (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2013). 
O Déficit por reposição de reserva se refere a domicílios com pouca ou nenhuma 
condição de habitabilidade devido a precariedade das edificações e a depreciação 
16 
 
das mesmas. Encaixam-se nessa categoria os domicílios rústicos, por não 
apresentarem paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, resultando em 
desconforto para seus moradores. A depreciação deste tipo de imóvel está 
relacionada da vida de uma moradia, levando a necessidade de substituição por novas 
edificações. O déficit por incremento de estoque está relacionado as moradias 
improvisadas, o qual se encontram implantadas em áreas não providas de quesitos 
básicos para moradia e a coabitação familiar. Ambos indicam a necessidade de 
produção de novas unidades domiciliares (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2013) 
Ainda de acordo com a Fundação Joao Pinheiro (2013) outro elemento do 
influenciador do déficit habitacional se refere ao excessivo valor dos alugueis, que 
corresponde ao número de famílias urbanas que comprometem grande parte de sua 
renda familiar com a locação. O déficit habitacional e um retrato das necessidades de 
novas habitações, e pode ser observado em todas em todo País . 
 
Gráfico1: Déficit habitacional, Fonte: Fundação João Pinheiro, 2013. Modificado pelo autor. 
Com Base nos dados da empreendidos pela Fundação João Pinheiro, e possível 
analisar através dos dados a distribuição das habitações precárias nas várias registes 
do Brasil. Pode-se averiguar que a maior densidade provida pelo déficit se se localiza 
no Norte com 27%, e no Nordeste com 31%, seguidos pelo Sul e Centro-Oeste com 
17,3% e 8,3% simultaneamente, e por último o Sudeste com o menor percentual, 4,5% 
A Fundação João Pinheiro em sua pesquisa sobre déficit habitacional de 2013 - 2014 
em parceria com a secretaria Nacional de Habitação apresenta diversos aspectos 
sobre a situação da habitação no (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2013). 
 
17 
 
 
 
 
 
Fig. 1: Hierarquia déficit habitacional. Fonte: FJP, 2013. Modificado pelo autor. 
Em seus métodos de pesquisa podemos destacar a maneira de identificar, 
elucidando os atributos que qualificam uma moradia como insatisfatória.Podendo ser 
compreendido através de analises referentes fatores como, improviso, rusticidade e 
adensamento, aspectos presentes em moradias consideradas deficitárias 
(FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2013). 
4. PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA 
No ano de 2009, o governo Lula lançou o programa Minha Casa, Minha Vida, 
no qual o objetivo principal era edificar um milhão de habitações. Pretendia-se com o 
programa possibilitar o desenvolvimento econômico do país. Porém o programa 
obteve várias críticas devido à sua maneira operacional e também por estar fora do 
Sistema/ Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS/ FNHIS), que 
promovia o controle e participação social (VALENÇA, e BONATES, , 2010) 
 O programa se deu em associação do Estado, Município, empresas e entidades 
sem fins lucrativos. O benefício e designado pelas prefeituras, assim os interessados 
devem se cadastrar na sede organizadora em seu município. As famílias que possuem 
interesse devem ter renda de até R$ 5 mil mês, não possuir residência própria ou 
financiamento, e nem ter recebido algum credito habitacional do Governo nos anos 
anteriores (BONDUKI, 1997). 
É bem verdade que o programa apresenta uma notável relação custo/benefício, 
atendendo as famílias de baixa renda; que em muitos casos se encontram nas 
periferias das cidades. 
 Os problemas urbanos são tratados por diversos autores como uma situação 
desafiadora e de difícil solução. O espaço urbano brasileiro é ocupado de uma 
maneira totalmente desequilibrada, onde a especulação imobiliária prepondera sobre 
a função social do solo urbano e da cidade como um todo (CHAFFUN, 1997). 
18 
 
4.1 Programa Minha Casa, Minha Vida II 
Em 2011 tem-se início o programa minha casa minha vida II que constituiu, o 
fundamental propósito o financiamento da construção de dois milhões de novas 
moradias até o ano de 2014, beneficiando famílias com renda mensal de até R$ 
4.600,00, abrangendo, similarmente, a construção ou reforma de moradias rurais. é 
importante reconhecer que este passo foi indispensável para se construir políticas 
públicas designadas ao caráter habitacional, não obstante, se faz necessário que se 
atente para as questões urbanas, correlacionadas a base política, social e econômica, 
o que gera desigualdades sociais e exclusão sócio territorial. A nova regulamentação 
do programa MCMV iniciou-se no dia 05 de agosto de 2011, porém as novas medidas 
foram publicadas em partes (CAIXA ECONOMICA, 2017). 
 Para minimizar maiores burocracias com cartórios nas escrituras dos imóveis, 
o governo assumiu a disposição de arcar com os valores das alíquotas, todavia retirou 
a imunidade da 1 (com renda de até R$1.600), atenuando ainda os descontos das 
faixas 2 e 3, que eram de 90% e 80%. A partir dessa nova fase do programa a faixa 1 
pagará 25% da taxa, e as outras duas faixas pagaram 50%. Isso significa que as 
famílias que detém renda entre R$3.100 a R$5.000 conseguiram economizar, em um 
financiamento de 30 anos, uma média de 21% do valor do imóvel (CAIXA 
ECONOMICA, 2017). 
4.2 Programa Minha Casa, Minha Vida III 
Em março de 2016, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, 3° etapa do 
programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, trará como objetivo a entregar dois 
milhões unidades habitacionais até o fim de 2018. Segundo o Ministério das Cidades, a 
previsão do governo é de investir cerca de R$ 210 bilhões nesta nova etapa do programa 
federal. A maior parte dos recursos será obtida por meio do Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço (G1.COM, 2016) 
 Na comemoração de estreia da nova etapa do programa, o ministro das 
Cidades, Gilberto Kassab, apregoou a concepção do Sistema Nacional de Cadastro 
Habitacional, por meio do qual os participantes poderão consultar o status de sua inscrição 
no Minha Casa, Minha Vida e o andamento do processo de seleção dos beneficiários. A 
19 
 
nova edição do programa, prevê também uma faixa média de financiamento para acolher 
famílias com faturamento de até R$ 2.350, com juros de 5% ao ano. 
 Segundo a regência, as 2 primeiras edições do programa já foram concedidas 
cerca de 2,6 milhões de unidades habitacionais. As 2 primeiras etapas do programa 
habitacional, foi aproximadamente investido aproximadamente R$ 240 bilhões (G1.COM, 
2016). 
Existem duas configurações de integrar-se ao Programa MCMV que estabelecem 
as categorias de financiamento e o tipo do benefício conferido. A primeira e direcionada 
a famílias com rendimento bruto de até R$ 1.800,00, as quais participam de sorteios de 
unidades para receber o benefício. Como sucedido em situações de familias com renda 
maior que R$ 1.800,00 e menor que R$ 6.500,00 não existe a necessidade de esperar 
por sorteio. Satisfaz o direcionamento à Caixa Econômica Federal para verificação das 
condições do financiamento dos imóveis. O programa e dividido por faixas para delimitar 
o tipo do benefício concedido e a cobrança de taxas e juros conforme verificado na tabela 
abaixo. (CAIXA ECONOMICA, 2017). 
 
 
 
 
 
 Tabela 1: Taxas por faixas. Fonte: Caixa Econômica Federal. 2017. Modificada pelo autor 
O financiamento detém alguns obstáculos submetendo-se da região em que o 
imóvel se localiza. Considerando a abundância de habitantes da região, o valor máximo 
do financiamento pode ser alterado (tabela 2). (CAIXA ECONOMICA, 2017). 
 
Tabela. 2: Restrições do valor. Fonte: SIENGE. Modificado pelo autor. 
20 
 
5. QUANTIDADE X QUALIDADE 
Em debate realizado na terça-feira, 14 de abril de 2015, na sede do IAB-RJ, 
Demetre Anastassakis juntamente com Pedro da Luz Moreira e Sérgio Magalhães, 
presidente do IAB, abordaram questões pertinentes à qualidade e a concepção do 
programa MCMV. Entre 2009 a 2017 programa MCMV já entregou 2,09 milhões de 
unidades, tendo como investimento 248,4 bilhões de reais (BRASIL, 2015). Entretanto 
pode o programa MCMV criar cidades além de ofertar moradia? 
(MAGALHÃES, 2015 ). 
 Sem deixar de lado o déficit habitacional que foi reduzido ao longo das ações 
do programa, Anastassakis afirma que para alcançar os objetivos sociais, o MCMV 
precisa passar por reformulação, pois a relação entre governo e empreiteiras é 
construído atendendo aos interesses particulares de ambos, ignorando os anseios 
sociais. (ANASTASSAKIS, 2015) 
Segundo o presidente nacional do IAB Sérgio Magalhães, os problemas como 
isolamento ausência de infraestrutura e insegurança, são fatos que provocam, a 
desestruturação das cidades existentes e impõem ao morador uma vida em guetos 
(MAGALHÃES, 2015 ).Para Anastassakis (2015) a população deve receber o crédito 
de escolha, participando do planejamento do projeto de habitacional antes do 
financiamento. 
6. A PARTICIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA NAS QUESTÕES 
HABITACIONAIS 
 O sistema de habitação formal tendeu historicamente a exclusão da classe de 
baixa renda e até mesmo da classe média, sendo que o programa de habitação social 
desenvolvido pelo governo tentou promover mudanças na dinâmica de mercado, a 
partir do sistema de subsídios, objetivando a construção de moradias destinadas a 
população de baixa renda, influenciando a adesão de novas habitações. 
(MALDONADO, 2017) 
 Para Maricato (2014) a retratação de questões sobre propriedade de terra no 
Brasil é expressada como “nó da terra”. A autora discorre sobre o tema acerca do 
problema de acesso à terrenos regulares para habitação como sendo uma das 
21 
 
maiores responsáveis pela crescente expansãodas favelas e terrenos irregulares 
localizados nas periferias das cidades. 
 O atual Cenário no qual a restrição orçamentária e a redução avaliativa da 
capacidade de endividamento estão limitadas, as Parcerias Público Privada (PPPS) 
apresentam melhor proposta aos gestores públicos, como forma de realização dos 
investimentos urbanos em especial, a infraestrutura (SILVA FILHO, 2015). 
 As PPPs permitem que o estado ofereça a responsabilidade de execução de 
obras. Desta forma, a iniciativa privada realiza os estudos necessários para realização 
dos projetos. Embora quando o licitante executa o projeto a sua real intenção difere-
se das expectativas governamentais, podendo reestruturar o projeto que não detenha 
a viabilidade específica e nem proporcione o bem-estar para o usuário (CAMACHO E 
RODRIGUES, 2015). 
7. A PARTICIPAÇÃO POPULAR COMO COLABORADORA NA PRODUÇÃO DE 
MORADIA. 
 A falta de moradia satisfatória no Brasil proporcionou a busca contínua de 
metodologias alternativas de construção, o que acende o acréscimo de novas 
percepções e de procedimentos construtivos inovadores. As políticas habitacionais 
não devem e nem pode levar à exclusão social e à adversidade. É imprescindível 
avaliar o ambiente da família, tanto no aspecto social como no psicológico, verificando 
as situações das camadas menos favorecidas. Não obstante, o amplo déficit 
habitacional presente, não se fundamenta em ofertar moradias à população mais 
carente, fazendo uso de planejamentos e execução com qualidade inferior. Esta 
atitude é passível de gerar ainda mais problemas sociais. Projetar uma moradia é uma 
atividade multidisciplinar que envolve os aspectos inerente à sociedade. 
7.1 Autoconstrução 
 A autoconstrução baseia-se por ações espontâneas na construção de moradia, 
tendo como objetivo reduzir os custos com agentes mediadores. Autoconstrução se 
tornou uma solução influenciada direta ou indiretamente pelas ações governamentais 
e pelos meios de comunicação que objetivava equacionar as problemáticas 
habitacionais para proteger as áreas de atuação industrial e garantir a estabilidade 
econômica. Além das intenções ideológicas e econômicas, o objetivo das ações 
22 
 
governamentais a acerca da habitação tem como intenção, reduzir a segregação de 
camadas sociais e suprimir os cortiços (BALTHAZAR, 2012) 
 Em pesquisa realizada em 2015 pelo CAU/BR, este aponta que 70% das 
pessoas que compõem a população economicamente ativa do país, declaram que 
contrataria os serviços de um arquiteto e urbanista para edificação ou reformas de sua 
moradia. Entretanto é sabido que 54% dos brasileiros já construíram por ação própria, 
destes, 85,4% realizaram modificações ou edificaram sua edificação, sem um 
acompanhamento adequado. Os principais fatores que influenciam estas ações, são 
a redução de gastos e a falta de informação. Mesmo com falta de informação sobre a 
atuação do profissional da construção civil, a maior parte dos entrevistados 
reconhecem a importância de um projeto desenvolvido pelo arquiteto como aspecto 
de segurança, e tendo em vista minimizar os atrasos e os obstáculos durante a 
execução da moradia. A maior parte dos participantes da pesquisa realizada pelo CAU 
em 2015, afirmam que já construíram sem a ajuda de um arquiteto, e as 
consequências de tal decisão foram a ausência de controle na dimensão da obra e do 
orçamento, da mesma forma como, de profissionais com qualificação (CAU/BR, 
2015). 
8. SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO 
 O sentimento de pertencer está interligado ao estado afetivo, variação de 
emoção, paixão ou prazer. Situação psicológica decorrente do sentimento, único meio 
para se conectar a existência concreta e vivida. O saber sensível se faz através do 
estado emotivo que pode representar satisfação ou insatisfação (RUSSELL, 1994). 
Os espaços de habitação, ao mesmo tempo em que são individuais, pois cada 
ser humano detém necessidades específicas, também são coletivos, já que existe a 
interação social entre a vizinhança, a rua, o bairro e a cidade, constituindo os hábitos 
comuns. Os usos dos espaços ampliam também os espaços das relações. A 
convivência doméstica se expande para a convivência com os vizinhos. 
Quando nos referimos a habitação de interesse social observamos a 
necessidade da análise sobre o envolvimento dos membros do programa habitacional, 
acerca da significação da moradia, quais sejam: averiguação dos graus de vinculação 
entre os moradores e o lugar, como ponto de partida para a assimilação da identidade 
23 
 
individual; descoberta de possibilidades e níveis de cooperação da população nas 
políticas públicas e programas sociais. É indispensável que a cidade seja estudada 
enquanto uma estrutura dinâmica que sofre transformações o decorrer de sua história, 
sendo uma organização sócio espacial, abrangendo diferentes elementos que estão 
em constante influência bilateral, sendo ao mesmo tempo palco de luta (PAZ, 2010). 
Para discorrer sobre habitação como local de coexistência, se faz necessário entender 
os sentimentos humanos, vivenciados no cotidiano das famílias, e nos demais 
ambientes onde ocorre o contato entre os cidadãos. 
8.1. Percepção 
A percepção é o que liga o indivíduo com o mundo que o rodeia, 
proporcionando a organização das informações que se dão pelos estímulos 
sensoriais, implicando na consciência e na criação do seu significado. Através da 
percepção o homem interage e compreende suas sensações atribuindo significado e 
valor ao meio, em consequência disso os espaços projetados transformam-se em 
lugares que projetam o comportamento dos usuários. 
8.2. Memória 
 A memória é a capacidade de entender e relacionar os eventos atuais 
pertinente à eventos passados de mesmo caráter, por quanto a habilidade em 
compreender o passado através do presente (JAPIASSÚ, 1996).Dentro da arquitetura 
é possível identificar uma série de particularidades que remetem à memória, como a 
participação em projetos habitacionais, atividades exercidas no local, dentre outas 
fatores. Tais experiências provocam lembranças marcantes aos participantes, 
proporcionando real valor as experiências. 
8.3. Identidade 
A identidade é o que diferencia um indivíduo do outro, ou uma civilização de 
outra civilização, pois o homem se transforma por meio da interação com o mundo, a 
educação e a cultura, modificando a sua identidade e construindo um novo ser através 
do tempo. Na arquitetura a identidade e expressa por fatores particulares, onde 
simples detalhes transformam um todo. Exemplo da identidade está na representação 
24 
 
feita artística de um espaço, onde o morador transmite os seus valores inerentes, 
demostrando sua particularidade e pensamento. 
9. FLEXIBILIDADE HABITACIONAL 
Entre os diversos significados da palavra flexibilidade tem-se como sendo as 
diferentes maneiras de adaptação do espaço arquitetônico. Em sua definição mais 
usual, a flexibilidade, refere-se à qualidade de se ajustar as novas necessidades, quer 
seja por sua maleabilidade ou à sua disposição de se harmonizar as novas demandas 
A flexibilidade quando relativa à habitação vai além da modificação dos elementos em 
seu interior. Estabelece mais do que a permutação de alvenaria por estruturas 
divisórias leves, ou à incorporação de estruturas moduláveis, como também não 
limita-se apenas aos espaços livres; o mesmo não se baliza por estes conceitos, pois 
compreende também a noção de versatilidade e mutabilidade (SANTOS, 2012). 
Entende-se então que a flexibilidade quando citada sobre o ponto de vista 
arquitetônico, implicano conceito de uma edificação maleável, com a possibilidade de 
expansão, de transformação ou adaptação. Subentende-se então que flexibilidade é 
um item de suma importância, tal qual outros itens projetuais, como conforto 
ambiental, estética e segurança (DIGIACOMO, 2004). 
9.1 Tipologia Flexível 
Santos (2012) afirma que o conceito de flexibilidade pode ser explorado de 
diversas formas, porém existem dois conceitos mais comumente conhecidos: a 
flexibilidade inicial (concepção) e a flexibilidade permanente (continua). Pode-se 
afirmar que a flexibilidade inicial pode ser total ou parcial. A flexibilidade permanente 
diz respeito a mobilidade, elasticidade e evolução do ambiente, de sua fachada e seus 
acessos. 
Ao fazer o uso da flexibilidade em seu momento inicial, tem-se um maior índice 
de aproximação da proposta com o desejo dos compradores, a participação dos 
moradores no momento de concepção do projeto proporciona uma maior personalizas 
da residência. Além de ser adaptável a diversas situações sociais. Outra forma de 
exercer a flexibilidade e possibilitando espaços para possíveis ampliações, dando aos 
futuros habitantes a oportunidade de desenharem uma casa em seus gostos pessoais 
(SANTOS, 2012). 
25 
 
9.2 Funcionalidade 
São diversas as condicionantes que determinam se um edifício e funcional ou 
não. Entende-se por funcionalidade habitacional, aquilo que proporciona eficiência e 
desempenho de funções e atividades dentro de um espaço, sendo eles conjuntos de 
métodos ou características do próprio ambiente. 
A funcionalidade tem como caraterística propicia a facilidade, viabilidade e a 
eficiência no desenvolvimento das funções e atividades da residência. Essas 
características são proporcionadas pelos espaços e seus equipamentos. O conceito 
de funcionalidade pode ser definido como uma das vertentes que configuram a 
qualidade a habitação. Quando corretamente adequado viabiliza o desempenho das 
necessidades residenciais, organizadas em um conjunto eficiente e conexo, sendo 
este estruturado por métodos que visem o rápido desenvolvimento e o posterior e 
gradual enriquecimento de um ambiente residencial (COELHO, 2011). 
Do ponto de vista funcional, a habitação está ligada a relação de espaço, ao 
conjunto de equipamentos necessários para determinada atividade, incluindo seu 
usuário e os acessos da habitação, seja ele para o interior da casa ou para cada 
cômodo, a circulação entre cada ambiente e o acesso e utilização do mobiliário 
(PALERMO, 2011) 
9.3 Métodos de flexibilidade habitacional 
Os métodos de flexibilidade habitacional são um conjunto de estratégias 
necessários para que a flexibilidade (inicial ou permanente) seja obtida. A concepção 
de uma habitação flexível requer táticas que tornem possíveis a configuração dos 
elementos permanentes, sistema estrutural, criação de novos espaços, modificas de 
compartimentos e a possibilidade de ampliação. Para isso, foi estabelecida cinco 
formas de aproveitamento da flexibilidade: 
• Diversidade tipológica, que se entende por variação da tipologia do projeto 
arquitetônico, em um mesmo edifício ou conjunto habitacional, dando a 
possibilidade de escolha ao futuro morador; 
• Flexibilidade, em seu real contexto, dando a opção de reformulação dos 
ambientes; 
• Adaptabilidade, que descaracteriza o uso de uma peça, dando a ela 
26 
 
versatilidade quanto ao seu uso; 
• Aplicabilidade, que é a possibilidade de ampliação da residência, utilizada 
frequentemente em projetos de habitação-embrião; 
• Junção e desmembramento e o ato de unir unidades para tornar-se uma maior, 
e também ao contrário, quando uma unidade habitacional e desmembrada para 
dar lugar a mais unidades. 
As estratégias para a flexibilidade são concretizadas através da combinação 
de diversos elementos arquitetônicos, que podem ser móveis deslizantes, paredes 
desmontáveis, espaços neutros, blocos técnicos, dentre outros. Em seguida 
classificou os elementos arquitetônicos e estratégias flexíveis com a finalidade 
estarem aptos para serem aplicados a habitação, seja ela unifamiliar ou multifamiliar 
(SANTOS, 2012) 
9.4 Capacidade de personalização na habitação 
No que se diz respeito a arquitetura, os estudos da tipologia representam a 
análise de projetos ideais. Uma tipologia serve como base para que os projetos 
possam ser concebidos, e que em seu resultado final, o projeto receba modificações 
individuais, provocando a singularidade de cada unidade (ROSSI, 2001) 
O tipo e formado por características necessárias e universais, "O tipo e, pois, 
constante e se apresenta com características de necessidade; mas, mesmo 
determinadas, elas reagem com a técnica, com as funções, com o estilo, com o caráter 
coletivo e o momento individual arquitetônico (ROSSI, 2001) 
A tipologia e a habitação representam o modo de vida e as características de 
cada morador, por isso deve ser pensada de acordo com as necessidades, condições 
e padrões, avaliando individualmente a necessidade de cada indivíduo. Conceituado 
o que é tipologia e quais são suas atribuições para com os moradores e a sociedade, 
podemos classificar as tipologias da seguinte forma (PLHIS, 2011) 
 
 
 
27 
 
Quanto ao Lote: 
Individual: Matricula individual, Edificação Independente. 
 
 
Conjuntos: Lote partilhado, Edificação seriada. 
 
 
Conjuntos: Edificação Geminada. 
 
 
Conjuntos: Edificações separadas em um mesmo terreno. 
 
 
 
As tipologias também podem ser classificadas pelo número de pavimentos: 
Térrea, sobrado, sobreposta e escalonada. Para uma correta escolha da tipologia 
deve-se levar em consideração a customização do projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
10. ESTUDO DE CASOS 
10.1 Conjunto Habitacional Quinta Monroy 
Alejandro Aravena 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 2 : Quinta Monroy. Fonte Elemental. Modificado pelo autor. 
10.1.1 Histórico 
O caso do Conjunto Habitacional Quinta Monroy é um exemplo conveniente no que 
se refere as questões de habitação de interesse social em áreas dispendiosas. Isto 
acontece devido à localização da cidade, sendo uma região costeira, abraçada pelo 
deserto de Tarapacá e com arredores de áreas agrícolas. A partir de 1960, um 
loteamento irregular que, até então, estava na periferia da cidade, chamado de Quinta 
Monroy começa a se desenvolver dimensionamento. (CANOTILHO, 2008). 
Com o desenvolvimento da cidade em direção as extensões agrícolas, a região 
de Quinta Monroy passou a fazer parte do setor central da cidade de Iquique. 
Entretanto esta área ainda não desfrutava de uma infraestrutura e saneamento básico, 
ao mesmo momento em que já se conformava como bairro consolidado. Na década 
de 90 cerca de 100 famílias que já moravam no bairro moradoras não contavam com 
padrões de moradia, vivendo em condições precárias e entre conflito social. 
(id.ibid,2017) O programa governamental “Vivienda Social Dinamica Sin Deuda” 
conferiu um subsidio de 7.500 dólares por família para a aquisição de um novo terreno, 
custo da infraestrutura e construção da unidade habitacional e, por esse motivo, o 
escritório Elemental, coordenado pelo arquiteto Alejandro Aravena, sendo 
(GRUNOW, 2009). 
29 
 
 
Fig.3:.Implantação Antes e Depois. Fonte Elemental. Modificado pelo autor. 
Tendo como ponto inicial, o escritório Elemental propôs o levantamento 
socioeconômico da população de Quinta Monroy, envolvendo diversas questões como 
composição erendimento das famílias, além de estimativa espacial e estrutural das 
moradias existentes. Os resultados mostraram amplas desigualdades, sendo que 60% 
das famílias entrevistadas se encontravam no limite da pobreza, ao mesmo momento 
em que suas habitações não reunião as condições mínimas de salubridade, carente 
de iluminação natural ou ventilação direta, sem acesso a água potável ou saneamento 
e com habitações que apresentavam áreas inferiores a 30 metros quadrados 
(CANOTILHO, 2008). 
10.1.2 Autor do Projeto 
Alejandro Aravena nascido em Santiago 22/06/1967, arquiteto chilen Anteso e 
diretor executivo do escritório Elemental S.A. passou a ser conhecido mundialmente 
pala sua atuação direta nas questões que referentes a habitações de interesse social. 
Responsável pelo projeto “Elemental”, já edificou mais de 2.500 habitações de baixo 
custo (ARCHDAILY, 2016) . 
10.1.3 Propostas e Desafios 
Em 2001 com a criação de uma nova política habitacional onde o subsidio 
governamental alimentou para US $ 7 mil, a poupança familiar ficou em 300 dólares e 
não havia empréstimo bancário privado. Com isso, no final das contas, o credito final 
permaneceu proporcionalmente menor ao anterior. 
Perante as novas regras, a busca de soluções de viabilidade passou a ser o 
ponto chave para o sucesso do projeto. Após uma breve pesquisa da situação real, 
30 
 
foi verificado que uma família de classe média pode viver confortavelmente dentro de 
80 m2. Para Aravena, este era o ponto de partida. Assim o padrão ideal para a classe 
média seria 80m², os recursos disponíveis só permitiriam uma edificação de 40m². Era 
um fato intransponível; ao invés de construir 40m² resultando em uma moradia 
pequena, a proposta de Alejandro Aravena foi objetivar um primeiro modelo que a 
população não teria a capacidade construir sozinhos e que agregue futuras 
ampliações por parte dos mesmos (ARAVENA, 2018). 
 
 
 
 
 
Fig.4: Ideal x Possivel. Fonte Elemental. Modificado pelo autor. 
Se para obter o uso mais eficiente do solo, for reduzido a dimensão do lote para 
igualá-lo com o da casa, o que impetramos, além da eficiência, será a super ocupação 
do solo. Se para alcançar maior densidade, for construído em altura os edifícios 
resultantes não admitiriam modificações e futuras. E, neste cenário, se faz necessário 
que cada casa se amplie pelo menos duas vezes o seu tamanho original. (Alejandro 
Aravena 2017) 
 
Fig.5: Concepção Formal. (Elemental). 
. 
Fig.6: Concepção formal. Fonte Elemental. 
 
Ideal Possivel 
31 
 
E notável que o edifício impede a ampliação das edificações. Isso é fato, exceto 
no primeiro e no último pavimento; o primeiro pavimento sempre terá a possibilidade 
de ser ampliado horizontalmente sobre o solo e o último piso poderá crescer 
verticalmente. O que foi decidido então foi construir um difícil que detenha apenas o 
primeiro e o ultimo pavimento. 
10.1.4 A lei de Nolli 
A primeira reação dos futuros moradores ao serem informados da proposta, não foram 
inicialmente positivas. A estratégia utilizada baseava-se em um método criado 
originalmente pelos próprios moradores. Construindo um apartamento sobre as casas 
existentes conectadas por uma escada, duplicando com isso a densidade 
habitacional. Deste modo, a tipologia já havia sido criada, ela apenas não levava em 
conta o cuidado com o bem público. Era preciso provar que a questão não era de 
projeto, mas sim de falta de coordenação para manter os espaços vazios claros e 
limpos, ou seja, aplicar a “lei de Nolli”, segundo Alejandro Aravena (Elemental, 2016). 
 
 
Fig.7: Antiga Habitação. Fonte Elemental Fig.8: Futura Habitação. Fonte Elemental. 
 
10.1.6 Relação urbana 
 
Fig.9: Vista aérea da cidade de Iquique, Chile. Fonte Google Maps, modificado pelo autor. 
32 
 
O conjunto se localiza entre duas avenidas importantes na cidade de Iquique. 
Na imagem acima pode se observar: o traçado em amarelo que indica a Av. Salvador 
Allende Gossens; já a demarcação da linha laranja, representa a Av. Diego Portales 
que se conecta a Av. Heróis de lá Concepción em azul, sendo uma avenida de grande 
porte que integra os demais bairros da cidade. O ponto em vermelho delimita o lite do 
conjunto habitacional de Quinta Monroy. 
As casas estão disseminadas no terreno de modo a compor pequenos núcleos, 
com 47 vagas para de estacionamento frente a cada residência, detendo espaços de 
convívio e vias de circulação. Possuindo 4 entradas para automóveis e pedestres, que 
dão acesso a 4 áreas verdes, cada uma com suas vagas de estacionamento que 
geram 4 núcleos. No total, são 93 moradias, constituindo de 38 “habitações dinâmicas” 
no térreo e 55 “habitações dinâmicas” no segundo pavimento. 
 
Fig.10: Implantação do conjunto. Fonte Elemental. Modificado pelo Autor 
O cada lote foi desmembrado em terrenos de 9x9m, sendo tendo vão livres de 
3m ao fundo destinado ao pátio. No 1° pavimento, foram construídos 6x6m, com pé-
direito de 2.5m, admitindo 3x6m livres destinada à autoconstrução. No 2° pavimento, 
foram edificados 3x6m, com pé-direito de 5m, para uma edificação de dois 
pavimentos, e 3x6m laterais vazios, para a construção devida do morador. Ou seja, 
em 2 terrenos, com 18x9m, são construídas duas habitações térreas e três habitações 
de dois pavimentos. (ELEMENTAL,2016). 
33 
 
 
Fig.11: Fachada posterior tipo. Fonte Elemental 
Sobre o entorno, é bastante comum que os ambientes destinados à habitação 
também admitam pequenos comércios direcionados aos moradores do bairro. 
Considerando o conjunto de Quinta Monroy, para que as edificações também 
abriguem um ambiente comercial, além da habitação, somente no térreo poderia tem 
entrada direta, com intenção de ocupar a área não edificada conferida ao usuário. A 
figura abaixo demostra a esquematização das unidades onde as unidas térrea estão 
representadas em vermelho, duplex em azul, e as futuras ampliações em verde; a 
repetição delas, formando uma fita de composição da expansão das unidades. 
 
Fig.12: Modulação das Habitações. Fonte Elemental. Modificado pelo Autor 
As habitações térreas aceitam pessoas com deficiência e idosos com limitação 
motora, já que não possuem degraus. O limitador, entretanto, é o banheiro, que não 
está dimensionado para um deficiente em cadeira de rodas. A habitação que fica 
acima da térrea, por ter acesso somente por escadas, além da escada interna, já 
restringe a população moradora. 
10.1.7 Condicionantes 
O conjunto habitacional Quinta Moroy se encontra em uma região litorânea 
Iquique em Taracápa-Chile onde as máximas não ultrapassam 25 °C, sendo que o 
direcionamento dos vendo na região são predominantemente Sudoeste para Nordeste 
tendo a umidade media em 70% (Climate ,2018). Considerando as informações a 
necessidade de uma ventilação cruzada e indispensável, por se trada de uma região 
34 
 
de alta unidade que compromete a saúde do morador como também a integridade da 
edificação. Como solução, Alejandro Aravena utilizou aberturas tanto laterais como 
superiores, objetivando alcanças uma maior eficiência na troca de ar da edificação,ainda que a mesma seja modificada internamente a circulação não será aferrada 
devido aos vazios em seu perímetro 
 
Fig.13: ventos e insolação. Fonte: Autor 
10.1.8 Setorização 
Cada modulo habitacional de dividido inicialmente em 4 setores. Em amarelo, refere-
se ao espaço social/misto, espaço reservado para convivo, entretanto pode receber 
modificações que altere o seu uso podendo ser destinado a variadas necessidades 
(social intimo ou serviço). Na cor verde, ambiente de serviços, como cozinha e 
lavanderia. Na cor vermelha, e representado o banheiro que divide a mesma parede 
hidráulica para as áreas de serviço. Já a cor azul, representa a área de 
autoconstrução, onde o morador poderá adequa a mesma de acordo com a suas 
necessidades. 
 
. 
Fig.14: Setorização. Fonte: Elemental modificado pelo Autor 
35 
 
10.1.9 Considerações 
O presente estudo apresenta conceitos de flexibilidade e redução de custos. 
Tais aspectos darão base à proposta habitacional, onde o morador terá o potencial de 
modificar o espaço de acordo com suas necessidades, transformando o espaço a 
assim transmito a sua identidade. 
10.2 Casa Vila Matilde 
Terra e Tuma 
 
Fig.15: Casa Vila Matilde .Fonte: Pedro Kok, 2015. 
10.2.1 Histórico 
A casa está localizada na Vila Matilde-SP, tendo como proprietária Dona Dalva, 
residente no bairro a muitos anos, o qual encontrava boa parte de sua família, primos, 
tios, irmãos e amigos. Anteriormente sua residência apresentava grandes problemas, 
estruturais e de salubridade. A primeira alternativa seria vender a casa, cujo valor 
proporcionaria a compra de um pequeno apartamento, mais distante de seu 
(ARCHIDALIY, 2016). 
10.2.2 Autor do Projeto 
Em 2014 a casa apresentava ainda mais sinais patológicos, começando a 
sucumbir. Dona Dalva foi obrigada a alugar uma outra casa próxima, crescia a 
necessidade de uma nova residência. Neste momento os arquitetos responsáveis pelo 
projeto, Danilo Terra, Pedro Tuma e Fernanda Sakano, dirigentes do escritório de 
arquitetura Terra e Tuma, assumiram a responsabilidade do projeto. 
 
36 
 
10.2.3 Propostas e Desafios 
O maior desafio para a reforma da casa foi a parte inicial da obra tendo 4 meses 
de demolição cuidadosa da antiga casa, ao mesmo tempo em que se adimpliam os 
alicerces e contenções que sustentavam as casas vizinhas. 6 meses após a 
demolição deu-se início o levantamento da alvenaria. A casa foi inserida em um 
terreno com 4,8 metros de largura e 25m de comprimento (TUMA E TERRA, 2016). 
10.2.4 Programa de Necessidades 
O programa de necessidades consistiu de uma residência térrea com sala, 
lavabo, cozinha, área de serviço e suíte, detendo uma junção entre lavabo, cozinha, 
área de serviço e um jardim conectado à sala, localizada na parte frontal, e os quartos 
localizados na parte posterior. Na parte central da casa, o pátio realizou a função 
importante de proporcionar a iluminação necessária juntamente com a circulação de 
ar para as áreas internas, como também proporcionou a extensões da cozinha e da 
área de serviço. No pavimento superior a suíte foi pensada na recepção de possíveis 
visitantes, totalizando uma área de 95m². Já no espaço sobre a laje de cobertura da 
sala foi destinada ao terraço, o que proporcionou um espaço para cultivo de hortaliças, 
sendo que o mesmo poderia receber ampliações que atendessem a futuras 
demandas. 
 
 Fig.16:Planta Casa Vila Matilde.Fonte Archdaily, 2016
37 
 
 
Fig.17: Corte Casa Vila Matilde.Fonte Archdaily, 2016 
10.2.5 Condicionantes 
A casa se encontra entre 3 edificações confrontantes, o que dificulta a o 
cruzamento da ventilação, sendo assim a prioridade da ventilação se deu por inversão 
térmica proveniente da sua região frontal, percorrendo toda a extensão da casa; onde 
o ar quente superior é empurrado para cima, e expulso pela a abertura sobre a escada. 
 
Fig.18: Condicionantes Corte B-B .Fonte: Terra e Tuma, 2016 
Sobre a insolação, a fachada frontal da casa está direcionada ao oeste, 
entretanto devido a edificação vizinha, a radiação é minimizada por barreiras físicas, 
não alcançando diretamente as aberturas da edificação. A lateral esquerda recebe a 
insolação norte. Por se tratar de uma insolação que detém uma angulação superior, a 
mesma incide somente em áreas descobertas, sendo essencial para as plantas 
cultivadas, tanto no jardim interno na parte térreo, como na horta sobre o terraço. 
38 
 
 
 
Fig.19: Insolação. Fonte: Terra e Tuma, 2016.Modificado pelo Autor 
10.2.5 Setorização 
O projeto apresenta ligações simples entre os ambientes, destinando as áreas 
sociais e serviços mais próximos a entrada, e locando os ambientes íntimos na região 
posterior da casa, o que proporciona uma maior integração entre os ambientes, mais 
sem tirar a privacidade da proprietária. 
 
 
Fig.20:Setorização. Fonte: Archdaily, 2016, Adaptado pelo Autor. 
 
Pav. Superior 
Pav. Térreo 
Pav. Térreo 
39 
 
 
Fig.21:.Setorização. Fonte: Archdaily, 2016, Adaptado pelo Autor. 
10.2.6 Tecnologia 
Os materiais e técnicas escolhidas foram balizadas sobre as questões de 
viabilidade e economia, desta forma optou-se por materiais mais simples e de mais 
fácil execução, dessa maneira, a vedação da casa foi realizada com blocos de 
concreto e lajes pré-moldadas em concreto. 
Para facilitar a construção e não afetar o andamento da obra, como o programa 
da aplicação dos blocos nas paredes, para que não houvessem cortes para as 
instalações elétricas, a estratégia se deu através da utilização de eletro dutos 
externos. O acabamento em concreto aparente, característico da arquitetura moderna 
e largamente difundido na arquitetura contemporânea, foi empregado para diminuir os 
custos adicionais com peças cerâmicas e outros revestimentos; entretanto, de 
maneira que ainda seja possível realizar a sua aplicação, caso seja necessário, em 
uma reforma futura. As vedações externas e internas em vidro oferecem maior leveza 
aos ambientes, ofertando praticidade e conforto à residência, sem afetar o orçamento. 
 
Fig.22: Detalhes fotográficos. Fonte: Pedro Kok, 2015. Adaptada pelo autor. 
Pav. Superior 
Corte A-A 
40 
 
10.2.7 Considerações 
O presente estudo apresenta conceitos e técnicas que oferecem qualidade, 
conforto e melhor custo benefício ao morador. Tais aspectos serão implantados à 
proposta habitacional, tais como: a utilização de blocos estruturais de concreto, 
instalações aparentes, piso em cimento queimado, e área verde. 
 
10.3. Conjunto Habitacional Jardim São Francisco 
Demetre Anastassakis. 
 
Fig.23: Jardim São Francisco Fonte: Blog São Francisco 2018 
 O conjunto habitacional Jardim São Francisco, foi fruto de um concurso que 
objetivava à edificação de habitação de interesse social no municípiode São Paulo 
no ano de 1989. Sendo liderada pelo arquiteto Demetre Anastassakis (USP, 2017). 
 
Fig.24: Implantação do conjunto habitacional Fonte: Google Earth 2008. 
10.3.1 Relações espaciais 
As relações espaciais viáveis com as formas definidas consistem em arranjar os 
paralelepípedos lateralmente ou realizar a sobreposição respeitando as seguintes 
condições: Área do pavimento superior deve ser menor ou semelhante a área do 
41 
 
térreo - Área mínima do pavimento térreo deve ser de 4.5x 6 metros - Número máximo 
de pavimentos = 2 (USP ,2017). Os volumes em cinza representam o embrião, já os 
volumes em laranja as ampliações. 
 
Fig.25: Vocabulário de formas e regras. Fonte: (Anastassakis, 2018), Modificado pelo auto 2018. 
10.3.2 Topografia 
A implantação das residências no terreno adotou um sistema de regras que 
tendiam a preservação da topografia, por meio do aproveitamento máximo das curvas 
de nível, a organização das soluções, a reordenação das residências, praças (com 
áreas verdes) e espaços cívicos (USP ,2017). 
 
Fig.26: Topografia Fonte: Blog São Francisco 2018 
10.3.3 Participação Popular por Mutirões 
A participação dos moradores no processo construtivo através de mutirões, 
trouxe um maior significado aos futuros proprietários, conferindo pertencimento em 
sua participação. A hipótese é que, ao se lembrar dos diversos agentes que 
participaram do processo, como membro ativo do Movimento de Moradia, como 
membros da assessoria técnica e do poder público, agentes pastorais e vizinhos a 
população reconheceriam melhor o processo de construção de suas casas. Em 
pesquisas realizadas posteriormente em 2008, chama a atenção, a predominância de 
lembranças generalizada sobre alguns acontecimentos que hoje fazem parte da 
42 
 
memória de muitas famílias. Desta forma o índice de moradores ex-mutirantes que 
continuaram morando na região e de 96,4% (Anastassakis, 2018). 
10.3.4 Considerações 
O presente estudo proporciona considerações singulares sobre a concepção 
habitacional. Tais aspectos serão direcionados na proposta habitacional, tais como: 
organização de mutirões, onde o futuro morador tenha a oportunidade de participar 
diretamente no projeto trazendo o sentimento de pertencimento através da memória, 
como também implementação de um sistema embrionário, oferecendo ambientes 
básicos que podem ser alterados de acordo com a necessidade do usuário. 
11. ESTUDO DO LUGAR 
11.1 Anápolis 
Anápolis e uma cidade brasileira situada no interior do estado Goiás, 
estabelecida sob o planalto central brasileiro, com clima tropical e um período seco, 
sendo uma cidade conhecida por deter uma temperatura mais agradável que a sua 
capital. O município se encontra a 50 Km de sua capital, com 1017 metros de altitude. 
Anápolis faz parte da segunda maior potência do Estado de Goiás, com um PIB de 
R$ 13.301,496 bilhões registrado em 2015 ,detendo o principal percentual em seu 
polo Industrial. Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE a cidade possui cerca de 
375.142 habitantes, Prefeitura de Anápolis, 2017. 
 
Fig.27: Mapa de localização da cidade de Anápolis. Fonte: Autor 2018 
11.2 Habitação social em Anápolis 
A cidade de Anápolis passou por dificuldades na oferta de novas moradias em 
2011, agravado pela acelerada expansão econômica, recebendo novos habitantes 
provenientes de cidades adjacentes como também de outras regiões do país (IBAM, 
2011).Entretanto no presente momento o cenário se mostra inerte, quanto a adesão 
de novas moradias, já que o mercado imobiliário enfrenta a insegurança econômica 
43 
 
acometida nos últimos anos. Abaixo gráficos quantitativos apresentando a ação do 
programa MCMV, e à distribuição do déficit na cidade de Anápolis. Os dados 
demostram que a classe menos favorecida (faixa1) são exatamente os maiores 
atingidos pala falta de moradia. 
 
Gráfico.2: Programa PMCMV e Déficit em Anápolis. Fonte: IBGE 2015. Modificado pelo autor 
 
Gráfico.3: Déficit Habitacional em Anápolis. Fonte: AMPC (2017) 
Na cidade de Anápolis há diversos conjuntos de habitação decorrentes ao 
programa Minha Casa Minha Vida, dentre eles os mais conhecidos são: Copacabana, 
Nova Aliança, Leblon, Summerville, Santo Antônio, Santo Expedito, Santo Cristóvão, 
Colorado e Jardim Itália II, Serra Dourada e Residencial do Servidor. Para a realização 
efetiva das análises dos conjuntos habitacionais presentes na cidade, se faz 
necessário entender a dinâmica espacial o qual se encontram; fator influenciador na 
qualidade de vida, como também na satisfação pessoal dos seus moradores. 
Abaixo informações gerais sobre os conjuntos habitacionais. 
44 
 
Fig.28: Graus de Centralidade Fonte: (MENDONÇA, 2016). Modificado pelo Autor 
45 
 
 
Fig.29: Habitações Sociais. Fonte: Prefeitura de Anápolis 2016, modificado pelo autor. 
Ao observar a implantação dos conjuntos habitacionais sobre o mapa de graus de 
centralidades, é notório que grande parte as habitações se encontram em regiões 
distantes de áreas potencialmente desenvolvidas. Oque desperta a atenção sobre o 
cenário está relacionado a segregação sócio espacial ofertada aos conjuntos de maior 
densidade populacional, o que proporciona ainda mais o sentimento de exclusão. 
Dentre as pesquisas realizadas em campo, a qualidade segundo os seus moradores, 
apresentou com grade oposição, em destaque o Residencial Copacabana, 
apresentando a real insatisfação dos seus moradores juntamente com a crescente 
barreira de permanecia. Do outro lado o Residencial Itália, desmontando uma boa 
satisfação e dignidade pessoal, segundo os seus moradores. Contrate este que se 
deve à inúmeros fatores, como a relação do conjunto ao seu entorno, densidade 
populacional, qualidade de transporte, e estruturas básicas de desenvolvimento 
humano, a junção dos diversos fatores geram o sentimento pertencimento e 
satisfação. Abaixo pesquisa realizada em campo, demostrando o sentimento dos seus 
respectivos moradores. 
 
 
 
46 
 
Nível de satisfação dos bairros Escala, Jardim Itália e Copacabana 
 
Gráfico.4: Nível de satisfação Fonte: Autor 2018 
A pesquisa foi realizada em 50 moradias dentre 3 bairros, Setor Escala, Jardim Itália 
e Copacabana, sendo realizada 5 perguntas direcionadas a cada morador com nível 
de 1 a 5 sendo 1 ruim ou nunca e 5 excelente ou sempre, dando ao morador o direito 
de avaliação. As perguntas realizadas foram: 1° avaliação sobre a qualidade do bairro, 
2° avaliação sobre a qualidade do transporte público,3° frequência de viagens 
realizada semanalmente ou centro por questões diversas, 4° sentimento pessoal de 
segurança ofertada pelo bairro, 5° sentimento de permanência, ainda que surja 
oportunidade de mudança para outro bairro. 
11.3 Setor Escala 
O bairro surgiu através das ações promovidas pela iniciativa privada, visando oferecer 
um loteamento de fácil aquisição, sendo comercializada com entradas uma baixa 
entrada financeira e parcelar divididas em até 180 meses. O setor escala conta hoje 
com cerca de 198 residências já construídas e várias outras em execução, o 
loteamento foi dividido em 2 etapas de venda. A última se deu em 2013, e demostrou 
rápida liquidação dos terrenos. Situado na região oeste da cidade de Anápolis-Go. Oacesso ao bairro se dá popularmente por 2 rotas principais, sendo a 1°Av. Fernando 
Costa lingando a Av. Ipameri até início da Av. Souzânia, j 2° se dá através da Av. 
Fernando Costa ligando a Av. Patrícia, finalizando na R. Margarete e direcionada a 
segunda à direita início da R Larissa. 
47 
 
 
Fig.30: Localização e principais acessos ao bairro. Fonte Autor 2018. 
Abaixo imagens de satélite demostrando a evolução em relação ao tempo. 
 
Fig.31: Antes de Depois Setor Escala II Epata.Fonte: GoogleEart 
O Loteamento situa-se entre dois bairros já consolidados, o bairro Jandaia e Dom 
Filipe, além de preservar a relação usual com o bairro Adriana Parque, devido aos 
serviços oferecidos por pelo mesmo. Todos os 4 bairros adjacentes dividem distintas 
atividades necessárias para ambos. 
 
 
 
 
 
 Fig.32: Situação do Bairro: Fonte Autor 
300 150 
300 150 
48 
 
Logo abaixo, mapa de serviços comercial, equipamentos públicos e hierarquia viária, 
que são referência no bairro, proporcionado o acolhimento das necessidades dos 
moradores, interligando diretamente os bairros adjacentes. 
 
 
Fig.33: Serviços Comercio , Equipamentos Públicos e Hierarquia viária Fonte: Autor 
 
Fig.34: Relatório Fotográfico Fonte: Autor,2018
300 150 75 
49 
 
 
Fig.35: Relatório Fotográfico Fonte: Autor,2018 
O bairro apresenta equipamentos públicos e boa estruturação urbana, que 
influencia diretamente na qualidade de vida dos seus moradores como também na 
satisfação nos mesmos 
11.4 Mapa de Uso e Ocupação do Solo 
 
Fig.36: Uso e Ocupação do Solo raio de 800m Fonte: Autor 
750 150 75 
50 
 
O bairro Escala é predominantemente residencial e dispõem de diversos lote 
vazio, porém que detém proprietários; que em muitos dos casos são utilizados para a 
especulação imobiliária, o que elevando o valor de revenda dos mesmos. Grande 
parte dos terrenos revendidos são destinados a criação de novos pontos comerciais 
ou serviços. E notório que fluxo comercial e de serviços se mantem crescente nas 
principais vias de acesso do bairro, onde se apresenta a maior concentração de 
movimento de pessoas, que usufruem dos diversos ofícios disponíveis nos bairros 
11.5 Mapa de Gabarito 
Predominantemente o bairro dispõem a horizontalidade, apresentando maior 
porcentagem de casas com um único pavimento, sendo que as tipologias de 2 a 3 
pavimentos destinadas a uso comercial ou de serviços. 
 
Fig.37: mapa de Gabarito. Fonte: Autor 
11.6 Transporte Coletivo 
O bairro está servido de 2 a rotas de transporte coletivo de forma indireta, 
apresentando paradas nos bairros vizinhos, sendo elas, linha para bairro Dom Filipe 
e Jandaia. Abas as rotas estão se encostam em proximidade, proporcionando maior 
fluxo rotativo de usuários. 
150 15 
51 
 
 
Fig.38: Rota de transporte Coletivo Adjacentes. Fonte: Autor 
11.7 Infraestrutura local 
Com levantamento de infraestrutura, podemos analisar que tanto o bairro Escala 
quantos os adjacentes oferecem uma boa infraestrutura, dotada de iluminação 
pavimentação, redes de águas pluviais e esgoto, proximidades entre serviços básicos 
e boa ligação entre a rede de transporte coletivo. Vale ressaltar as questões de 
estrutura das calçadas, em que a sua maioria seque parâmetros razoásseis, dentro 
da medida de 2,5m; com exceção de lotes que ainda não foram edificados, desta 
forma preservam-se no seu estado natural, necessitando de calçamentos que serão 
efetivados futuramente pelo morador. 
 
Fig.39: Levantamento de Infraestrutura local Fonte: Autor 
150 15 
52 
 
11.8 Nível de Satisfação do Setor Escala 
Em pesquisa de campo realizada no bairro Escala foi levantado questões 
pertinentes a necessidade básica dos moradores. A pesquisa demostrou a satisfação 
pessoal dos moradores em relação ao bairro, juntamente com altos níveis de 
pertencimento expresso pelo desejo de permanência. 
 
Gráfico 5: Nível de satisfação Fonte: Autor,2018. 
 
12. PROPOSTA HABITACIONAL 
12.1 CONCEITO 
Uma habitação de interesse social assim como qualquer outra moradia deve ser 
concebia além um simples ambiente para habitar, deve promover a memória a 
identidade e a percepção, como também o conforto a flexibilidade de reformulação do 
espaço e um melhor custo benefício. Para a concepção do projeto, a tipologia 
arquitetônica será determinada a partir da flexibilidade e redução de custos, juntamente 
com a participação direta ou indiretas dos futuros proprietários promovidas por 
mutirões e atividades de finalização. Tendo como primazia no projeto disponibilizar 
áreas que sejam destinadas para ao desenvolvimento livre da edificação, através da 
simplicidade dos espações disponíveis, sendo eles internos e externos destinados a 
expansão. Tal tipologia prever a diluição de custo para promover a adesão das 
famílias faixa 1 no PMCMV. 
53 
 
12.2 Diretrizes 
Para a estruturação do projeto, foram delineadas diferentes estratégias, tendo em 
consideração os estudos de casos, bem como os conceitos citados aliados ao Plano 
diretor da cidade de Anápolis sendo eles: 
• A área do terreno a ser parcelada para a implantação das UH obedeceram a 
medida mínima de 180m² segundo o plano diretor. 
• Quanto ao espaço interno da habitação, será adotado medidas adequadas e não 
mínimas. 
• Garantir ventilação e iluminação natural, e minimizar a incidência sol direta nas 
fachadas. 
• O projeto será desenvolvido com espações que aceitem futuras modificações e 
ampliações. 
• Para a expansão haverá projetos predefinidos que viabilizem e facilite as 
alterações respeitando as normas técnicas juntamente com as leis municipais. 
• Serão realizados mutirões destinados a atividades básicas onde o futuro morador 
poderá participar diretamente da edificação da sua moradia. No final da execução 
da obra, cada morador poderá expressar a sua identidade através da pintura 
realizada em uma região predeterminada. 
12.3 Usuário 
Por meio do cadastramento PMCMV pode-se identificar que o maior número de 
usuários do programa detém a idade entre 21 e 30 anos sendo (42%). Seguindo de 
usuários de idade entre 31 e 40 anos sendo (24%). Nos últimos 10 anos número de 
filhos por família no país caiu 10,7%. Já entre as famílias mais podres esse número 
chegou a 15,7% (MDSCF ,2016). 
O conjunto habitacional toma forma a partir de módulos, correspondentes as 
variedades de perfil familiar que ingressam no Programa Minha Casa Minha Vida em 
Anápolis. Sendo 38% das famílias compostas por 1 -2 moradores. 47% por 3-4 
moradores, e 15% de famílias compostas por 5 ou mais moradores (Prefeitura de 
Anápolis, 2015). Para a efetivação do projeto a escolha do perfil familiar se dará como 
base nas famílias de faixa 1 do PMCMV, visando inicialmente famílias com até 4 
pessoas, mais que detenha o potencial para ampliação recebendo mais pessoas 
54 
 
Gráfico 6: PMCMV Anápolis. Fonte Caixa Econômica Federal. Modificado pelo Autor,2018. 
 
12.4 Programa de necessidades 
Tendo como base as informações do Plano Diretor sobre habitaçãosocial, os 
aspectos quanto ao partido adotado para implantação da edificação e os conceitos 
sobre do tema. Inicialmente designou-se um programa de necessidades para nortear a 
proposta. Devido ao caráter prático de diluição de gastos, haverá somente 1(uma) única 
tipologia, proporcionando o embrião para modificações vindouras. A residência será 
proposta sobre uma área térrea de com 48m² e superior com 36m² totalizando 84m². 
No programa a residência possui na parte térrea: sala, cozinha área de serviço, 
1 banheiro social, hall de circulação, 1 dormitório, jardim e escada. Na parte superior: 
escada ,1 banheiros social, hall de circulação, 1 dormitório, espaço livre para 
modificações internas e terraço. As áreas pré-definidas internamente poderá sem 
modificadas de acordo com a necessidade do morador, a sala do terreno podendo 
dividir o espaço com a sala de jantar, assim também com a cozinha que poderá ou não 
ser utilizada como copa. Já o dormitório térreo será o único ambiente que não poderá 
receber modificações em seu uso, devido a necessidade básica podendo ser destinado 
destinada a PNE. 
55 
 
12.5 Funcionograma 
Fig.40: Funcionograma Fonte: Autor 
13.1 PARTIDO 
O terreno destinado a implantação dos conjuntos habitacionais localiza-se no Setor 
Escala, frente Av. Souzânia, lateral direita R. Aurora Aíres , fundo R. Giuliano , lateral 
esquerda com a quadra 09 e 01. O terreno possui 27,578m² dispondo de curvas de 
nível decrescente seguindo o sentido da Rua Aurora Aíres. 
 
Fig.41: Situação doTerreno Fonte: Autor 
 13.2 Perfil topografico 
O perfil do terreno demostra pouca declividade , sendo que a parte mais alta do terreno 
alcaça 5,5m disposto em 203,45m. Sendo assim a topografia se preservará natural. 
 
Fig.42: Perfil topografico Fonte: Autor 40 5 
150 15 
75 5 
56 
 
13.3 Parcelamento 
O parcelamento da gleba engloba 3 fatores fundamentais, que são: 1° 
preservação da área pré-existente onde existe, um campo de futebol criado pelos 
moradores ao lado de uma área verde que possui vegetação nativa. 2° Proporcionar 
a distribuição dos terrenos em relação ao entorno imediato, onde as habitações 
possam fazer frete as residências vizinhas, produzindo a interação direta com o 
entorno. 3° Ordenar os lotes de forma a minimizar os efeitos da insolação, destinado 
as frentes em 3 posições: leste, norte e sul, simplicidade do estudo solar da habitação. 
13.4 Condicionantes 
A área reservada ao conjunto habitacional dispõe de insolação, leste em sua 
lateral direita, norte posterior e oeste na lateral esquerda. Possuído ventos dominantes 
relação sudeste / noroeste. Diferentemente da maior parte da cidade onde os ventos 
se matem em sentido leste /oeste, a área destinada a proposta, apresenta variação 
angular inclinada cerca de 45° sentido sul. Provavelmente essa predominância ocorre 
devido à grande área de campo livre de barreiras físicas localizadas ao sul, o que gera 
um microclima na região. 
 
Fig.43: Condicioantes e Parcelamento Fonte: Autor Fig.44: Terreno Fonte: Autor 
Associando os dados climáticos e de parcelamento, os terrenos foram divididos 
obedecendo os parâmetros conceituais, quanto as medidas legais. Assim lote padrão 
50 10 20 
25 5 
57 
 
apresenta 200m² em 8mx25m, e os de esquina 319.63m² em 13x25 com raio de 5m. 
Desta forma o loteamento apresenta 72 unidades habitacionais, recebendo 
inicialmente 288 moradores, dispondo de ruas com 12m, calçadas com 2,50m 
seguindo o padrão existente no bairro, além do aproveitamento do espaço pré-
existente, sendo remodelado com parque infantil, campo de futebol academia para 
idosos e APM, de acordo com o plano diretor da cidade. Abaixo mapa da disposição 
das áreas. 
 
Fig.45: disposição das áreas Fonte: Autor 
13.5 Unidade Habitacional 
Partido da simplicidade da forma, objetivando a redução de custos, a unidade 
habitacional oferece um caráter modular, podendo ser executada estruturalmente com 
mesmo padrão, tendo maior proporção térrea, já que se trata de um embrião, que 
prever necessidades essenciais. 
 
Fig.46: Volume inicial Fonte: Autor 
60 10 20 
58 
 
O projeto prever futuras ampliações realizadas pelo morador, sejam elas mínimas, 
dentro da própria edificação como expansões maiores, que modificam os volumes 
básico. 
 
Fig.47: Futuras ampliações Fonte: Autor 
13.6 Setorização 
A habitação será dividida em 6 espaços diferenciados, social, serviço, banheiro 
circulação vertical, íntimo e misto; o espaço misto se destinado a concepção novos 
ambientes internos. 
 
 
 
Fig.48: setorização. Fonte: autor 
 
13.7 Simulação solar e ventos dominantes 
Foram realizadas analises das possíveis incidências solares e ventos dominantes, 
expondo a habitação á 3 simulações, sendo: 1° fachada frontal norte e lateral direita 
oeste, 2° fachada posterior sentido norte e frontal sul, 3° fachada frontal leste, lateral 
direita norte e posterior oeste. Para atender a as necessidades, de proteção solar 
juntamente com a ventilação, a habitação terá brise misto em sua fachada frontal, 
visando o isolamento radiação oeste. 
ÍNTIMO 
SOCIAL 
SERVIÇO 
BANHEIRO 
CIRCULAÇÃO VERTICAL 
MISTO 
59 
 
 
Fig.49: Simulação Solar. Fonte: autor 
Já que a radiação leste não apresenta grande intensidade, vazos com plantas 
dispostas na fachada minimizará a insolação direta (Simulação 01). Na fachada 
posterior será instalado elemento, o que promoverá a circulação de ar. 
 
Fig.50: Simulação solar. Fonte: autor 
 
 
 
 
Fig.51: Brise misto. Fonte: autor 
 
 
 
8 1 
60 
 
13.8 Materiais e Tecnologias 
O projeto conta com técnicas e matéria que visam reduzir gastos e proporcionar 
eficiência. (1) A entrada da residência disponibilizará de pergolado constituído com 
madeiras reaproveitadas da construção. (2) A setorização do jardim se dará pela 
instalação de elementos vazados, sendo utilizada ainda como identidade morador. (3) 
O terraço será coberto com argila expandida para minimizar a temperatura da laje. (4) 
A habitação contará com a instalação de boiler para aquecimento de agua. (5) O 
revestimento do piso será de cimento queimado. (6). Para facilitar a flexibilização, as 
instalações serão aparentes. (7). Visando o conforto, a cobertura consistirá de telhas 
termo acústicas. (8) . As paredes que recebem insolação oeste, serão revestidas com 
tijolos de Eps. 
 
Fig.52: 1-Lona translucida sobre pergolado, 2-Elemento vazado,3- Terraço com argila expandida, 
 
Fig.53:Boiler. Fonte: autor Fig.54: Cimento queimado. Fonte: EAC. Fig.55: Instalação aparente F: 
. Casabril 
 
 
Fig.56: Telha termoacústica .Fonte: AçosFutura Fig.57: Tijolo Eps. Fonte: EhDécor 
1 2 3 
4 5 6 
7 8 
61 
 
 
Fig.58: Fachada Frontal e Posterior. Fonte: Autor 
Conjunto Habitacional 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.59: Conjunto Habitacional.Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com base nas pesquisas realizadas juntamente com as considerações obtidas 
ao longo do presente trabalho, pode-se observar que as habitações sociais surgiram 
em consequência da necessidade básica humana, Diversos programas habitacionais 
foram instituídos ao longo do tempo, todavia os mesmos não atendem de forma 
satisfatória os anseios populares, dado que as habitações ofertadas apresentam a 
rigidez funcional, trazida pela concepção insensível da dinâmica humana , negligenciado 
a diversidade e as necessidades individuais ,tornando assim as habitações desprovidas 
de pertencimento . 
Mediante as conclusões obtidas ao longo do estudo, compreende-se que o 
problema habitacional no Brasil e amplo e carece de aprimoramento dos programas 
habitacionais vigentes, onde os mesmos ocasionem melhores condições de 
habitabilidade, reduzindo o déficit por moradia. 
Com o intuito de proporcionar novas alternativas as questões habitacionais, a 
flexibilidade juntamente com a participação popular, foi inserida no projeto de forma a 
torna-lo apropriado para seus usuários. Proporcionado assim a maleabilidade da 
habitação, aliada ao a memória, identidade e pertencimento, possibilitado a o caminho 
para dignidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMPC 2017 (aliança municipal pela competitividade), reduzir o déficit habitacional 
caderno de entregas e resultados página 9. 
ANASTASSAKIS, D. (14 de 04 de 2015). Pode o MCMV fazer cidade e prover 
moradia? (IAB, Entrevistador) 
ANASTASSAKIS, D. (15 de 02 de 2018). Conjunto Habitacional Jardim São 
Francisco. SÃO PAULO. 
ARAVENA, A. (2018). Elemental. Fonte: elementalchile: 
http://www.elementalchile.cl/ 
ARAVENA, Op. Cit. P. 85. Com os estudos realizados, se notou que o térreo e 
último andar eram os únicos pavimentos que poderiam se expandir. Como era 
a intenção do programa que as casas se expandissem após a entrega, utilizar 
“térreos” e “últimos andares” seria a opção ideal. 
ARAVENA, ALEJANDRO; ANDRES, Iacobelli. Elemental: Incremental Housing and 
Participatory Design Manual. Hatje Cantz. USA. 2013. BARBEIRO, Heloísa. 
Habitação Social em Iquique, Chile – ELEMENTAL. 
ARCHDAILY. (2016). Archdaily. Fonte: archdaily.com: 
https://www.archdaily.com.br/br/tag/alejandro-aravena 
ARCHIDALIY, V. M. (12 de 02 de 2016). Archdaily. Fonte: www.archdaily.com.br: 
https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tuma-arquitetos 
BALTHAZAR, R. D. (2012). A permanência da autoconstrução:. Um estudo de sua 
prática no Município de Vargem Grande Paulista . Tese de Doutorado. JUIZ 
DE FORA, SÃO PAULO, BRASIL: Universidade de São Paulo. 
BONDUKI, N. (1997). As práticas bem-sucedidas em habitação, meio ambiente e 
gestão urbana nas cidades brasileiras. São Paulo: Studio Nobel. 
BONDUKI, NABIL (1982), «Origens do problema da habitação popular em São 
Paulo 1886-1918», in Espaço & Debates, n.° 5, São Paulo. 
BONDUKI, NABIL (1990), «La crisis habitacional en la vivienda de alquiler en São 
Paulo», in Vivienda, vol. 1, n.os 1/2, INFONAVIT, México. CINTRA, João 
(1926), «A quanto monta a deficiência de 
BONDUKI, NABIL. Origens da Habitação Social no Brasil. 4. Ed. São Paulo: 
Estação Liberdade, 2004. 
BOTTEGA, L. D. (2007). De Vargas a Collor: urbanização e política habitacional no 
Brasil. Revista Espaço Plural. Ano VIII, nº 17, 2º semestre , 65 -72. 
64 
 
BRASIL. (15 de 06 de 2015). ESTRUTURAÇÃO DE PROJETOS DE 
INFRAESTRUTURA. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL E LIÇÕES PARA O 
BRASIL. 
BRASIL, Ministério das Cidades. Programa Minha casa Minha Vida, Brasília: 
Ministério das Cidades, 2017. 
BONDUKI, Nabil. Do projeto moradia ao programa minha casa minha vida. Teoria 
E debate, v. 82, p. 8-14, 2009. 
CAIXA ECONOMICA. (18 de 03 de 2017). POLITICAS HABITACIONAIS. Fonte: 
CAIXA ECONOMICA: 
http://www.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_habitacao 
CAMACHO E RODRIGUES. (2015). ESTRUTURAÇÃO DE PROJETOS DE 
INFRAESTRUTURA: EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL E LIÇÕES PARA O 
BRASIL. RIO DE JANEIRO. 
CAMPOS, V. F. (2004). Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-Dia. SÃO 
PAULO: Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços. 
CANOTILHO, J. J. (2008). Quita Monroy. Revista dos Tribunais. 
CARDOSO, F. H. (2013). A POLÍTICA HABITACIONAL DO GOVERNO. RIO DE 
JANEIRO. 
CAU/BR. (2015). Pesquisa DATA FOLHA CAU/BR. Fonte: http://www.caubr.gov.br/. 
CHAFFUN, N. (1997). Dinâmica global e desafio urbano. São Paulo: Studio Nobel. 
COELHO. (2011). Melhor habitação com melhor arquitectura . 
Http://infohabitar.blogspot.com/2010/03/melhor-habitacao-com-melhor.html. 
DIGIACOMO. (2004). Metodologias de Projeto para uma Habitação Social Flexível . 
VII Mostra de Iniciação Científica e Extensão Comunitária - IMED, 1-125. 
Elemental. (16 de 02 de 2016). Www.elementalchile.cl. Fonte: Elemental: 
http://www.elementalchile.cl/en/projects/quinta-monroy/ 
FLEXIBLE HOUSING. Disponível em http://www.afewthouqhts.co.uk/flexiblehousinq. 
Acesoem 18/05/2017. 
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. (15 de 01 de 2013). FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. 
Fonte: www.fjp.mg.gov.br: 
http://www.fjp.mg.gov.br/index.php/docman/cei/559-deficit-habitacional 
G1.COM. (12 de 10 de 2016). G1.globo.com. Fonte: G1: http://g1.globo.com/tudo-
sobre/minha-casa-minha-vida 
65 
 
GRUNOW, E. (2009). Alejandro Aravena La necesidad de información en el proceso 
habitacional chileno. . Projeto Design,Edição 347, 2009. HARAMOTO. 
IBAM. (2011). HABITAÇÃO SOCIAL EM ANAPOLIS. ANAPOLIS. 
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em 
http://www.censo2010.ibqe.qov.br/sinopseporsetores/7nivenst 
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. A autoconstrução no Brasil 
São Paulo: 1985. 
JAPIASSÚ, H. (1996). DICIONARIO. RIO DE JANEIRO: Jorge Zahar. 
MAGALHÃES, S. F. (14 de 04 de 2015 ). Pode o MCMV fazer cidade e prover 
moradia? (E. N. IAB, Entrevistador) 
MALDONADO. (2017). PARTICIPAÇÃO PRIVADA ,NAS AÇOES HABITACIONAIS. 
MINAS GERAIS: FAU/USP . 
MARICATO, E. (1997). AUTOCONSTRUÇÃO, A ARQUITETURA POSSÍVEL. São 
Paulo. 
MARICATO, E. (2000). A Cidade do Pensamento Único. Petrópolis-RIO DE 
JANEIRO: Editora Vozes. 
MENDONÇA, F. A. (2016). REESTRUTURAÇÃO DE REDES DE TRANSPORTE 
COLETIVO A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO DE CENTRALIDADES EM 
CIDADES DE MÉDIO PORTE: PROCEDIMENTO METODOLÓGICO E 
DEFINIÇÃODE DIRETRIZES. GOIANIA-GO. 
PALERMO. (2011). Habitação Social: Uma visão projetual Atas do IV Colóquio de 
Pesquisas em Habitação "Coordenação Modular e Mutabilidade. Minas 
Gerais : Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
PAZ, R. D. (2010). METODOLOGIAS DO TRABALHO SOCIAL EM HABITAÇÃO. 
São Paulo. 
PEDRO DA LUZ MOREIRA Professor Adjunto III da EAU-UFF Vice presidente do 
Instituto dos Arquitetos do Brasil – Entrevista no IAB 2015 
PLHIS, G. (2011). Plano de Habitação. São Paulo. 
REVISTA PROJETO (1990), Jardim São Francisco, no 130, pp. 110-111. Revista 
Projeto (1990), no 134, pp. 86-87. 
RIBEIRO, A. (1983). A QUESTÃO FUNDIÁRIA. São Paulo. 
ROSSI. (2001). A Arquitetura da Cidade. 2a Ed. Rio de Janeiro. Martins , 52. 
RUSSELL, B. (1994). The Collected Papers of Bertrand Russell. London: 
Foundations of Logic. 
66 
 
SANTOS. (2012). Assistência Técnica como Política Pública: O Caso do Escritório 
Público de Salvador. Revista Campo do Saber, v. 1, Pg 2-8. 
SANTOS, M. (2009). A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA. 5ª EDIÇÃO. SÃO PAULO: 
EDUSP. 
SANTOS, Marco Gui Alves dos; Flexibilidade e mutação: Proposta de um sistema 
modular flexível para habitação coletiva. Covilha, 2012. Dissertaçãode 
Mestrado-Arquitetura. Universidade da Beira Interior. 
SÉRGIO FERRAZ MAGALHÃES arquiteto e urbanista pela Faculdade de Arquiteto 
,Vice presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil – Entrevista no IAB 2015 
SILVA FILHO. (2015). FINANCIAMENTO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS 
NO SETOR DE INFRAESTRUTURA:BRASIL EM DESENVOLVIMENTO . 
DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A ATRAÇÃO DE CAPITAL 
ESTRANGEIRO. BRASÍLIA,: IPEA, . 
TUMA E TERRA. (12 de 10 de 2016). TERRA E TUMA ARQUITETOS 
ASSOCIADOS. Fonte: TERRA E TUMA: 
http://terraetuma.com/archives/portfolio/items/vmatilde 
TERRA E TUMA Arquitetos Associados. Casa Vila Matilde. 2015. Disponível em: . 
Acesso em: 15 abril 2018. 
USP. (2017). WWW.USP.BR. Fonte: UNIVERSIDADE DE SAO PAULO. 
VALENÇA, e BONATES, . (2010). The trajectory of social housing policy in Brazil, v. 
34, n. 2, pp. 165-173. Ministry of the Cities. 
VILLA ROTELLI. (2012). A habitação social redesenhando a cidade. Vitruvius. 
VILLAÇA, F. (1986). O QUE TODO CIDADÃO PRECISA SABER SOBRE 
HABITAÇÃO. SÃO PAULO. 
VILLAÇA, F. (2001). Espaço intra-urbano no brasil. São paulo: studio nobel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
16. Anexo A 
 
68

Mais conteúdos dessa disciplina