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BIOQUÍMICA-GLICÓLISE,GLICONEOGÊNESE E VIA DAS PENTOSES-FOSFATO Problemas: 1) Equação para a fase preparatória da glicólise.Escreva equações bioquímicas equilibradas para todas as reações do catabolismo da glicose em duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (a fase preparatória da glicólise), incluindo a variação de energia livre padrão para cada reação. Depois escreva a equação global ou líquida para a fase preparatória da glicólise, com a variação de energia livre padrão líquida. R: Reação 1: Glicose + ATP ⟶⟶ glicose-6-fosfato + ADP : ΔGº: -16,7 kJ/mol Reação 2: Glicose-6-fosfato ⟶⟶ frutose-6-fosfato : ΔGº: +1,7 kJ/mol Reação 3: Frutose 6-fosfato + ATP ⟶⟶ frutose 1,6-bifosfato : ΔGº: +14,2 kJ/mol Reação 4: Frutose-1,6-bifosfato ⟶⟶ fosfato de di-hidroxiacetona + gliceraldeído 3-fosfato : ΔGº: +32,8 kJ/mol Reação 5: Fosfato de di-hidroxiacetona ⟶⟶ gliceraldeído-3-fosfato : ΔGº: +7,5 kJ/mol Equação global ou líquida para a fase preparatória da glicólise, com a variação de energia livre padrão líquida: Glicose + 2ATP ⟶⟶ 2 gliceraldeído-3-fosfato + 2ADP + 2H ๋ : ΔGº: +2,1 kJ/mol 2.Fase de pagamento da glicólise em músculo esquelético. No músculo esquelético em atividade, sob condições anaeróbias, o gliceraldeído-3-fosfato é convertido a piruvato (a fase de pagamento da glicólise), e o piruvato é reduzido a lactato. Escreva as equações equilibradas para todas as reações desse processo, com a variação de energia livre padrão para cada reação. Depois escreva a equação global ou líquida para a fase de pagamento da glicólise (com o lactato como produto final), incluindo a variação de energia livre padrão líquida. R: Passo 1: Gliceraldeído-3-fosfato + Pi + NAD* ↔ 1,3-bifosfoglicerato + NADH + H ๋๋ : ΔGº: 6,3 kJ/mol Passo 2: 1,3-bifosfoglicerato + ADP ↔ 3-fosfoglicerato + ATP : ΔGº: -18,5 kJ/mol Passo 3: 3-fosfoglicerato ↔ 2-fosfoglicerato : ΔGº: 4,4 kJ/mol Passo 4: 2-fosfoglicerato ↔ fosfoenolpiruvato + H2O : ΔGº: 7,5 kJ/mol Passo 5: Fosfoenolpiruvato + ADP → piruvato + ATP : ΔGº: -31,4 kJ/mol GLOBAL: Gliceraldeído-3-fosfato + Pi + NAD ๋ + 2ADP → piruvato + 2ATP + NADH + H ๋ + H2O : ΔGº: -31,7 kJ/mol Redução de piruvato a lactato: Piruvato + NADH + H ๋ → lactato + NAD ๋ : ΔGº: -25,1 kJ/mol 3.Os transportadores GLUT. Compare a localização de GLUT4 com a de GLUT2 e GLUT3, e explique por que essas localizações são importantes na resposta do músculo, do tecido adiposo, do cérebro e do fígado à insulina. R: O GLUT4 é um transportador de glicose sensível à insulina que ocorre somente nos músculos e no tecido adiposo, a insulina estimula a sua atividade. Já o GLUT2 está presente no fígado e nas células β do pâncreas, que nunca sofre saturação e com isso nunca ocorre a limitação da velocidade do transporte da glicose e o GLUT3 é expresso no cérebro e nos tecidos nervosos, que apresentam uma alta demanda por glicose. O GLUT4 é o principal transportador de glicose na célula do músculo esquelético, músculo cardíaco e músculo adiposo, o mesmo está armazenado em pequenas vesículas intracelulares e se desloca para a membrana plasmática apenas em um sinal de insulina, o GLUT2 juntamente com o GLUT1 são transportadores nos hepatócitos e o GLUT3 nos neurônios cerebrais que estão sempre presente na membrana plasmática. OBS: A captação de glicose do sangue é mediada pela família GLUT de transportadores de glicose. 7.O calor das fermentações. Os fermentadores industriais de larga escala geralmente requerem resfriamento constante e eficaz. Por quê? R: Pois na reação metabólica ocorre a liberação de calor, no qual o microrganismo poderá não ter um bom desempenho e sofrer com essa quantidade de calor que será fornecida, por isso é necessário um resfriamento para o controle de temperatura no meio em que o microrganismo está, fazendo com que o mesmo sobreviva no decorrer do seu procedimento; caso o conteúdo que está presente no fermentador não tiver resfriamento, pode ocorrer da temperatura alterar-se o suficiente para destruir os microrganismos. 8.A fermentação para a produção de molho de soja. Molho de soja é preparado por fermentação de uma mistura salgada de feijão de soja e trigo com vários microrganismos, incluindo leveduras, ao longo de um período de 8 a 12 meses. O molho resultante (depois da remoção dos sólidos) é rico em lactato e etanol. Como esses dois compostos são produzidos? Para evitar que o molho de soja tenha um gosto forte de vinagre (vinagre é ácido acético diluído), o oxigênio deve ser mantido fora do tanque de fermentação. Por quê? R: O lactato é formado à partir de muitos organismos que regeneram o NAD ๋ pelo transporte de elétrons do NADH para o piruvato; já outros organismos, como as leveduras, regeneram o NAD ๋ pela redução de piruvato em etanol e CO2. O oxigênio deve ser mantido fora do tanque de fermentação sim, porque quando contém a presença de oxigênio o lactato será oxidado a ácido acético e com isso ocorreria com que o molho de soja obtivesse um gosto forte de vinagre. 10.Atalho da glicólise. Suponha que você descobriu uma levedura mutante cuja via glicolítica foi encurtada devido à presença de uma nova enzima que catalisa a reação.. O encurtamento da via glicolítica resultante beneficiaria a célula? Explique. R= Não. Pois o encurtamento da via deixaria de liberar 2 ATPs e NADH, fazendo assim com que ocorra um déficit praticamente de cinco ATPs, prejudicando a célula na liberação de energia.A falta de reações que deveria ocorrer na via resultaria na redução da formação de moléculas de ATPs com este encurtamento. 11.Papel da lactato-desidrogenase. Durante atividade intensa, a demanda por ATP no tecido muscular aumenta muito. Nos músculos das pernas do coelho ou no músculo das asas do peru, o ATP é produzido quase exclusivamente por fermentação láctica. O ATP é formado na fase de pagamento da glicólise por meio de duas reações, promovidas pela fosfoglicerato-cinase e pela piruvato-cinase. Suponha que o músculo esquelético seja desprovido da lactato-desidrogenase. Poderia ele desenvolver atividade física vigorosa, ou seja, gerar ATP em alta taxa pela glicólise? Explique. R: Não. A lactato desidrogenase está presente no citoplasma de todas as células do organismo. O ponto central do problema proposto na questão é que o NAD+ deve ser regenerado a partir do NADH, para a glicose dar continuidade. Alguns tecidos, como o músculo esquelético, obtêm quase todo o ATP por meio da glicólise, mas são capazes de atuar somente em exercícios não prolongados.Com a finalidade de produzir ATP em uma taxa maior o NADH formado durante a glicólise deve vir a ser oxidado. Quando falta uma quantidade significativa de Oxigênio nos tecidos, a lactato desidrogenase converte o piruvato e NADH a lactato e NAD+. Quando ocorre a falta dessa enzima o NAD+ não poderia ser regenerado e a produção glicolítica de ATP irá parar, como consequência, a atividade muscular não poderia ser mantida. Caso o músculo esquelético seja desprovido de lactato desidrogenase ele não conseguirá desenvolver uma atividade física vigorosa, ou seja, gerar ATP em alta taxa pela glicólise. 21.Custo energético de um ciclo de glicólise e gliconeogênese. Qual é o custo (em equivalentes de ATP) de transformar glicose em piruvato pela via glicolítica e de este voltar a glicose pela gliconeogênese? R: Terá um custo equivalente à 2 ATPs, pois na realização de ambos os processos terão um saldo de 2 ATPs cada, resultando este custo energético. 22. Relação entre gliconeogênese e glicólise. Por que é importante que a gliconeogênese não seja o inversoexato da glicólise? R: A glicólise é a quebra de glicose em piruvato, enquanto a gliconeogênese consiste na produção de glicose a partir do piruvato, lactato ou de intermediários do ciclo de Krebs. Esses dois processos são componentes essenciais para o metabolismo de energia, embora são praticamente o espelho uma da outra, cada uma dessas reações possuem mais diferenças do que similaridades. Um exemplo são as três reações da glicólise que são essencialmente irreversíveis e não podem ser utilizadas na gliconeogênese. Na gliconeogênese, as três etapas irreversíveis são contornadas por um grupo distinto de enzimas, catalisando reações suficientemente exergônicas para serem efetivamente irreversíveis no sentido da síntese de glicose. Com base nesses fatos faz-se importante que a gliconeogênese não seja o inverso exato da glicólise.
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