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Amostragem_de_auditoria_1

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Universidade Federal do Espírito Santo
Auditoria Contábil
Prof. Donizete
AMOSTRAGEM DE AUDITORIA
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A Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T – 11.11 define as regras de Amostragem.
Em seu item 11.11.1.7 define:
“Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta, ou classe de transações, para permitir que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria sobre algumas características dos itens selecionados, para formar, ou ajudar a formar, uma conclusão sobre a população”.
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DEFINIÇÃO
Segundo a Norma Internacional de Auditoria (NIA) nº 530, da International Federation of Accountants, a amostragem em auditoria é:
 “A aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações, para permitir que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria sobre algumas características dos itens selecionados, para ajudar a formar uma conclusão sobre a população”.
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Natureza e finalidade de amostragem de auditoria
Amostragem de auditoria é a aplicação de um procedimento de auditoria a menos do que 100% dos itens que compõem um saldo de conta ou classe de transações.
Avaliação de algumas características do saldo ou classe.
Amostragem é aplicada em testes de controles e testes substantivos, mas com algumas diferenças.
Tem como objetivo fazer generalizações sobre todo um grupo sem precisar examinar cada um de seus elementos.
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VANTAGENS DA AMOSTRAGEM
Redução do tempo de auditoria, consequentemente, redução dos custos;
Possibilidade de efetuar revisão mais apurada, uma vez que se dispõe apenas de alguns itens ao invés de toda a população;
Apresentação de relatórios mais oportunos, em consequência do menor tempo despendido para a realização dos trabalhos, facilitando assim a correção nos controles da entidade auditada; 
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DESVANTAGENS DA AMOSTRAGEM
Aumento do risco de erro, ou seja, pode-se deixar de verificar alguma conta ou saldo errado;
Pode-se aceitar ou rejeitar populações inadequadamente;
Pode-se efetuar estimações que não reflitam a realidade.
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Determinação dos objetivos e procedimentos de auditoria
Detectar ou impedir erros, fraudes ou outras irregularidades.
Segundo Boynton “o ponto importante é que o auditor deve entender como determinado controle afetará sua avaliação do risco de controle relacionado com a certa afirmação ou objetivo de auditoria”.
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DETERMINAÇÃO DA AMOSTRA
	Na determinação da amostra, o auditor deve levar em consideração os seguintes fatores:
População objeto da amostra;
Estratificação da amostra;
Tamanho da amostragem;
Risco de amostragem;
Erro tolerável; e
Erro esperado.
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Erro Tolerável X Erro Esperado
Erro Tolerável:
É o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar;
É considerado durante o estágio de planejamento e para os testes substantivos;
Está relacionado com o julgamento do auditor sobre a relevância;
Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho da amostra.
Erro Esperado:
É quando o auditor espera que a população contenha erro;
É necessário examinar uma amostra maior do que quando não se esperava erro, para concluir que o erro real da população não excede o erro tolerável planejado;
Tamanho menores de amostra são justificados quando se espera que a população não contenha erros.
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Incerteza e amostragem
O auditor deve aceitar alguma incerteza quando o custo e o tempo de fazer um exame em 100% dos dados são, em seu julgamento, maiores que as consequências adversas de um parecer errôneo ao examinar apenas uma amostra.
Denomina-se risco de auditoria:
Risco de controle
Risco de testes de detalhes
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Risco de amostragem
Possibilidade de que uma amostra coletada não seja representativa da população, levando o auditor a uma conclusão diferente da que ele chegaria se examinasse toda a população.
Tipos de riscos para testes de controle:
Risco de avaliação do risco de controle em nível baixo demais;
Risco de avaliação do risco de controle em nível alto demais;
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Risco de amostragem
Tipos de riscos para testes substantivos:
Risco de aceitação incorreta;
Risco de rejeição incorreta;
Relacionam-se com eficiência e eficácia.
Riscos não relacionados a amostragem: erros humanos, procedimentos de auditoria inadequados, interpretações equivocadas dos resultados, utilização de informações errôneas fornecidas por terceiros, etc.
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Passos envolvidos em amostragem de auditoria
Determinação dos objetivos e procedimentos de auditoria
Determinação da população e da unidade de amostragem
Especificação do controle de interesse e evidência de eficácia operacional
Utilização de julgamento profissional para determinação do tamanho da amostra
Utilização de julgamento profissional para determinação do método de seleção da amostra
Aplicação dos procedimentos de auditoria para testes de controles
Avaliação de resultados
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Amostragem estatística e não estatística
A escolha entre qual dos tipos utilizar baseia-se principalmente em relações de custo/benefício.
Amostragem estatística pode ser adequada quando a população a ser auditada é grande.
Em amostragem não estatística o auditor determina o tamanho da amostra e avalia os resultados inteiramente com base em critérios subjetivos e sua própria experiência.
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Amostragem Estatística
Fatores que devem ser observados na 
escolha deste tipo de amostragem:
Os parâmetros a estimar;
O nível de confiança desejável;
O índice de precisão escolhido; e
O grau de dispersão da população.
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Tipos de Amostragem Estatística
Amostragem Aleatória Simples;
Amostragem Exploratória;
Amostragem por Estratificação;
Amostragem por Intervalo; e
Amostragem por Conglomerado
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Amostragem Estatística
Amostragem aleatória simples
É um dos métodos mais utilizados entre os profissionais de auditoria, por sua simplicidade de aplicação e imparcialidade na amostra;
Consiste em selecionar a amostra por meio de um sorteio, sem restrições, entre todos os itens da população;
As ferramentas mais utilizadas são as fórmulas e tabelas
Amostragem exploratória
É caracterizada por uma seleção de itens mais direcionada dentro da população;
É aplicada quando o auditor observa evidências mínimas de qualquer fato ou caso irregular que motive uma apreciação mais profunda;
Possui tabelas especiais que auxiliam na seleção;
É a opção indicada em históricos ou suspeitas de fraudes ou coisas do gênero.
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Amostragem Estatística
Amostragem por Estratificação
É escolhido quando há uma variedade muito grande de itens de valores diferentes dentro da população;
Consiste em dividir a população em subgrupos, estratos, relativamente homogêneos entre si e dessa forma não generalizar um quantitativo tão diverso dentro do mesmo universo amostral, mas sim em seus estratos;
Amostragem por Intervalo
Obedece uma regra de seleção, onde são definidos intervalos constantes entre as transações;
Detalhes como o primeiro item selecionado para a amostra ao tamanho definido do intervalo devem ser observados, pois quaisquer mudanças podem comprometer a imparcialidade da amostra
Amostragem por Conglomerado
São estabelecidos subgrupos heterogêneos e representativos dentro da população total;
Permite uma análise de cada conglomerado mais próxima da realidade de informações dentro da variedade populacional.
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População
População:
Conjunto de “indivíduos” com uma ou mais características em comum, que se pretendem analisar.
Populações Contábeis
É o conjunto de itens que se constitui do saldo de uma conta ou de uma classe de transações;
Diferem da maioria das demais populações porque antes de o auditor iniciar seus testes, os dados já foram conferidos, acumulados, compilados e sumariados.
Esses dados são relativos a saldos de contas ou classes de transações e mostram caminhos para avaliar procedimentos ou aderência aos controles internos.
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Amostragem não Estatística
Controles que podem ser testados:
Controles programados;
Controles gerais de computação;
Follow-up manual;
Controles gerenciais.
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Determinação da população e da unidade na Amostragem não Estatística
A população é definida pelo controle interno de interesse e representa todas as situações em que o controle deve ser executado.
Unidade de amostragem representa a forma como o auditor identifica o desempenho dos controles internos de interesse.
Quando a entidade tem instalações em muitos locais, o auditor pode tratar cada entidade como uma população separada. 
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Amostragem não Estatística
Especificação do controle de interesse e evidência de eficácia operacional
O auditor deve determinar a evidência que demonstrará se os controles internos foram eficazes ou não.
No caso de relatórios de exceções, o auditor necessita entender como o cliente documenta o processo de correção das transações
“Quando o auditor obtém entendimento dos controles internos, também é útil entender a trilha de auditoria documental que eles deixam, para que exceções sejam claramente reconhecidas”
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Amostragem não Estatística
Utilização de julgamento profissional para determinação do tamanho da amostra
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Amostragem não Estatística
Utilização de julgamento profissional para determinação do método de seleção da amostra
Amostragem haphazard é o método mais usual.
Consiste na seleção de itens á vontade, sem consideração de valor, mês de ocorrência da transação ou qualquer outra característica.
Auditoria em entidades públicas.
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Procedimentos de Auditoria
	São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.
	Dividem-se em:
Testes de Controle ou de Observância
São amostras retiradas de uma população, com a finalidade de determinar, até que ponto os procedimentos, aos serem implantados, observam as especificações do sistema. 
Testes Substantivos
São procedimentos de auditoria destinados a obter competente e razoável evidência da validade e propriedade do tratamento contábil das transações e saldos.
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Determinar os objetivos dos testes
Determinar as ações
Como examinar os itens?
Tipos de Amostragem
Tamanho da amostra através de modelos estatísticos
Seleciona aleatoriamente ente em amostra representativa
Aplica procedimentos de auditoria
Avalia resultados estaticamente
Tamanho da amostra por julgamento e fatores relevantes
Seleciona a amostra representativa por julgamento
Aplica procedimentos de auditoria
Avalia resultados subjetivamente
Relatório Conclusivo
ESTATÍSTICA
NÃO ESTATÍSTICA
Uma amostra
Todos os itens
Fonte: Boyton, William C. e Kell, Walter G., Modem Auditing, John Wiley & Sons, Inc., New York, 6th ed, 1995, p.368.
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Testes de Controles/Observância
 Aplicação dos procedimentos de auditoria 
Avaliação de eficácia dos controles da entidade auditada.
Controles programados, controles gerenciais, envolvimento dos usuários do sistema.
Este estágio está sujeito a riscos não relacionados com amostragem se o auditor não identificar falhas de controle quando tiver evidências em mãos.
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Testes de Controles/Observância
Passos do Planejamento de Amostragem Estatística 
Determinação dos objetivos de auditoria
Definição da população e da unidade de amostragem
Especificação dos atributos de interesse
Determinação do tamanho da amostra
Determinação do método de seleção da amostra
Execução do plano de amostragem
Avaliação dos resultados da amostra
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Testes de Controles/Observância
Determinação dos objetivos
O objetivo global de testes de controles é avaliar a eficácia do desenho e da operação dos controles internos.
Um ou mais planos podem ser desenhados para avaliar a eficácia de controles relacionados com determinada classe de transações.
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Testes de Controles/Observância
Definição da população e da unidade de amostragem
População é a classe de transações que está sendo testada.
Em amostragem de atributos, não é necessário conhecer o tamanho exato da população, embora uma aproximação razoável seja necessária quando a população é pequena demais.
Unidade de amostragem pode ser um documento, um lançamento em um diário ou um registro em um arquivo de computador.
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Testes de Controles/Observância
Taxa esperada de desvios da população
O Auditor deve considerar os aspectos abaixo para determinar a taxa esperada de desvios da população:
Taxa de desvios observada na amostra do ano anterior, ajustada, por julgamento, por alterações na eficácia do controle introduzidos no ano corrente;
Estimativa baseada em avaliação inicial do controle realizada no ano corrente;
Taxa encontrada em uma amostra preliminar de aproximadamente 50 itens.
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Testes de Controles/Observância
Especificação dos atributos de interesse
Existência de cópia de fatura de venda com correspondentes documentos de expedição, ordem e pedido do cliente;
Autorização de venda por pessoal adequado do departamento de processamento de ordens de fornecimento;
Verificação, pelo departamento de processamento de ordens de fornecimento, de que quantidades,descrições e preços que constam da ordem de fornecimento coincidem com as que constam do pedido do cliente;
Aprovação de crédito por pessoal autorizado pelo departamento de crédito;
Verificação, pelo departamento de faturamento, de concordância entre faturas de vendas, documentos de embarque e ordem de fornecimento.
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Determinação do tamanho da amostra
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Testes de Controles/Observância
Taxa aceitável de desvios
É a taxa mínima de não-atendimento a um controle que o auditor está disposto a aceitar, sem alterar o risco do controle planejado.
Para decidir sobre ela, o auditor deve considerar a relação de cada não-atendimento com:
Os registros contábeis que estão sendo testados;
Quaisquer controles internos relacionados ao controle em análise;
A finalidade da avaliação do auditor.
Varia inversamente ao tamanho da amostra
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Testes de Controles/Observância
Taxa esperada de desvios
O auditor utiliza os seguintes critérios para estimar a taxa esperada de desvios da população, para cada controle:
Taxa de desvios observadas na amostra do ano anterior, ajustada, por julgamento, por alterações nos controles;
Estimativa baseada em avaliação inicial do controle realizada no ano corrente;
Taxa encontrada em uma amostra preliminar de aproximadamente 50 itens.
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Testes de Controles/Observância
Determinação do método de seleção da amostra
Os itens da amostra devem ser selecionados de maneira tal que a amostra seja representativa da população.
Todos os itens da população devem ter a mesma probabilidade de serem selecionados
Amostragem aleatória e amostragem sistemática
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Testes de Controles/Observância
Execução do plano de amostragem
Após o plano de amostragem ter sido desenhado, os itens são selecionados e examinados.
Determinação da natureza e a freqüência dos desvios seja determinada.
Falta de documentos, ausência de assinaturas que indiquem que determinado controle foi realizado, discrepâncias entre detalhes de documentos e correspondente, falhas nos registros contábeis.
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Testes de Controles/Observância
Avaliação dos resultados da amostra
Verificar a taxa de desvios da amostra.
Determinar o limite superior de desvios da amostra
Quando o tamanho da amostra não constar na tabela, o auditor deve utilizar o tamanho da amostra imediatamente inferior.
Provisão para riscos de amostragem.
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Testes de Controles/Observância
Avaliação de resultados
Desvios
dos procedimentos de controle estabelecidos devem ser tabulados, resumidos e avaliados.
As evidências devem ser comparadas com a taxa aceitável de desvios determinada quando a amostra não estatística foi planejada.
Cabe ao auditor verificar se o nível de risco planejado deverá ser aumentado ou diminuído.
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Testes de Controles/Observância
Considerações dos aspectos qualitativos de desvios
Cada desvio deve ser analisado, para determinação de natureza e causas.
Empregados novos, um substituto inexperiente, um empregado em férias, mal entendimento de instruções, incompetência, falta de cuidado e violação deliberada podem ser fatores de desvios.
O auditor deve considerar se o desvio pode ter efeito direto sobre as Demonstrações Contábeis.
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Testes Substantivos
A NBC T 11, em seu item 11.1.2.3, explica que “os testes substantivos visam à obtenção de evidência, quanto a suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistema contábil da entidade.”
São usados para obtenção de informações sobre quantias monetárias.
São desenhados para obtenção de evidência de que um saldo ou conta não contém erros ou irregularidades relevantes
Risco de aceitação incorreta e risco de rejeição incorreta.
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Testes Substantivos
Aplicação
	São aplicados utilizando as seguintes técnicas:
Exame e contagem física;
Circularização (confirmação externa);
Conciliações;
Exame dos documentos originais;
Conferência de cálculos;
Exame de escrituração;
Exame de registros auxiliares (verificação);
Inquérito – perguntas e respostas (obtenção de informações de várias fontes;
Investigação minuciosa;
Correlação das informações obtidas; e
Observação
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Testes Substantivos 
Amostragem de Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT)
É uma abordagem que utiliza teoria de amostragem de atributos para expressar conclusões em valores monetários.
É aplicável principalmente para testar se transações e saldos se encontram superavaliados.
Contas a receber, Investimentos em títulos, testes de preços de estoque, adições ao imobilizado.
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 Testes Substantivos 
Planejamento de amostragem estatística – Amostragem de Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT)
Determinação dos objetivos do plano
Definição da população e da unidade de amostragem
Determinação do tamanho da amostra
Determinação do método de seleção da amostra
Execução do plano de amostragem
Avaliação dos resultados da amostra
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Testes Substantivos 
Objetivos, população e unidade de amostragem
O objetivo principal é obter evidência de que um saldo de conta registrado não contém erros ou irregularidades.
A população consiste na classe de transações ou saldo de conta a ser testado. O auditor deve decidir se todos os itens serão incluídos.
Unidade de amostragem é a unidade monetária individual, porém deve funcionar como um “gancho”.
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Testes Substantivos 
Determinação do tamanho da amostra
O tamanho da amostra é determinado através da fórmula:
n = VC x FC / EA – (EP x FE)
VC: Valor contábil
FC: Fator de confiabilidade
EA: Erro aceitável
EP: Distorção prevista
FE: fator de expansão para distorção prevista
O valor contábil especificado na determinação do tamanho da amostra deve relacionar-se precisamente com a definição da população adotada.
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Testes Substantivos 
n = VC x FC / EA – (EP x FE)
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Testes Substantivos 
Determinação do método de seleção da amostra
O método mais comum em amostragem PPT é a seleção sistemática.
O valor contábil total é dividido em intervalos iguais, ou seja, em valores monetários iguais.
A unidade lógica então é escolhida de cada intervalo. O intervalo de amostragem é calculado através da seguinte fórmula.
IA = VC / n
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Testes Substantivos
 Execução do plano de amostragem
O auditor aplica procedimentos adequados e determina o valor real de cada unidade lógica incluída na amostra.
Quando ocorrem diferenças, o auditor registra tanto o valor contábil quanto o valor de auditoria, nos papéis de trabalho. Essa informação então é utilizada para projetar o erro total da população.
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Testes Substantivos
Avaliação dos resultados da amostra
O auditor calcula um limite superior de erro (LSE), com base nos dados da amostra, e o compara com o erro aceitável.
Se o LSE for igual ou inferior ao erro aceitável, os resultados da amostra dão suporte à conclusão de que a população não contém erros ou irregularidades relevantes.
LSE = EP + PRA
EP: Erro projetado da população
PRA: Provisão para risco de amostragem
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Erro projetado da população
Um erro projetado é calculado para cada unidade lógica que contenha erro. Esses erros são então somados, para se chegar ao erro projetado de toda a população.
É calculado um percentual de contaminação para cada unidade, de acordo com seu valor. Percentual de contaminação = (VC – VA) / VC.
Então utiliza-se a fórmula: Erro projetado = PC x Intervalo de amostragem.
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Provisão para risco de amostragem
É calculada através da fórmula: PRA = Precisão básica + Provisão incremental.
A precisão básica é sempre a mesma, independente de a amostra conter erros ou não.
Os passos para provisão incremental são estes:
Determinação da alteração incremental adequada ao fator de confiabilidade.
Classificação dos erros projetados cujo valor contábil é inferior ao intervalo de amostragem.
Multiplicação dos erros projetados classificados pelos fatores adequados, e soma dos produtos.
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Testes Substantivos 
Considerações qualitativas
O auditor deve considerar os aspectos qualitativos dos erros monetários.
Diferenças entre questões de princípios ou de aplicações e erros propriamente ditos ou irregularidades.
Deve considerar a relação dos erros com outras fases da auditoria, e verificar se o plano de amostragem deve ser redesenhado.
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Testes Substantivos 
Vantagens e desvantagens de amostragem PPT
Geralmente é mais fácil de ser utilizada que a amostragem clássica de variáveis, porque o auditor pode calcular tamanhos de amostras e avaliar resultados manualmente ou com auxílio de tabelas.
Ser não houver erros na população, a amostragem PPT resulta em menor tamanho de amostra.
Pode ser desenhada com mais facilidade e a seleção dos itens pode começar antes de toda a população estar disponível.
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Testes Substantivos 
Vantagens e desvantagens de amostragem PPT
Se forem identificadas subestimações na amostra, a avaliação dos resultados pode exigir considerações especiais.
A seleção de saldos nulos ou saldos com sinal diferente exige atenção especial.
Amostragem PPT podem superavaliar a provisão para riscos de amostragem, se forem encontradas subavaliações na amostra. Como resultado, a probabilidade de rejeição incorreta aumenta.
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Testes Substantivos
Amostragem Clássica de Variáveis
Tem como base a teoria da distribuição normal para avaliar a população da conta que está sendo auditada.
Pode ser aplicada mediante três técnicas:
Média por unidade (MPU);
Diferença; e
Quociente.
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Testes Substantivos
Amostragem por Média por Unidade (MPU)
A MPU determina um valor de auditoria para cada item da amostra, para fazer uma média desses valores e multiplicar pela quantidade de unidades da população, obtendo, assim, uma estimativa do valor total da população.
Para determinar o tamanho da amostra na amostragem MPU deve-se considerar os seguintes fatores: 
Tamanho da população;
Desvio-padrão estimado da população;
Erro aceitável;
Risco de rejeição incorreta;
Risco de aceitação incorreta;
Provisão planejada para risco de amostragem; e
Valor da distribuição normal padronizada.
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Testes Substantivos
Amostragem por Média por Unidade (MPU)
Fórmula a ser utilizada para determinar o tamanho da amostra na MPU:
n = (N x UR x Sxj / P)2 
Onde:
N = tamanho da população;
UR = valor da distribuição normal padronizada
para o risco desejado de rejeição incorreta;
Sxj = desvio-padrão estimado da população;
P = provisão projetada para risco de amostragem.
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Testes Substantivos
Amostragem por Média por Unidade (MPU)
Fórmula para determinar a Provisão planejada para risco de amostragem (P):
P = Q x EA
Onde:
P = provisão planejada para risco de amostragem;
Q = quociente entre a provisão desejada para risco de amostragem e erro aceitável;
EA = erro aceitável
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Testes Substantivos
Amostragem por Média por Unidade (MPU)
Fórmula para determinar o desvio-padrão (Sxj):
		Sxj = √ ∑n (xj – x)2
		 	 j =1 n - 1 
Onde:
∑n = Soma dos valores da amostra; 
J = 1 significa que o somatório deve começar com o primeiro item;
n = significa que o somatório deve terminar com o ultimo item da amostra
xj = valores verificados na auditoria de itens individuais da amostra;
x = média dos valores verificados na auditoria de itens individuais da amostra;
n = quantidade de itens auditados;
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Testes Substantivos
Amostragem de estimação por diferença
É calculado a diferença entre o valor de cada item da amostra e o correspondente valor contábil.
A média dessas diferenças é então utilizada para obter uma estimativa do valor total da população e a variabilidade dessas diferenças é utilizada para determinar a provisão atingida para risco de amostragem.
Para utilização da amostragem por estimação de diferença há três condições indispensáveis:
O valor contábil de cada item da população deve ser conhecido;
O volar contábil total da população deve ser conhecido e corresponder à soma dos valores contábeis dos itens individuais;
Deve haver expectativa de mais do que umas poucas diferenças entre valores da amostra e valores contábeis.
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Testes Substantivos
Amostragem de estimação por diferença
Os passos a serem seguidos são similares aos apresentados na amostragem MPU
Para a determinação do tamanho da amostra utilizada a seguinte fórmula? 
n = (N x UR x Sdj / P)2 
Onde:
N = tamanho da população;
UR = valor da distribuição normal padronizada para o risco desejado de rejeição incorreta;
Sxj = desvio-padrão estimado das diferenças da população;
P = provisão projetada para risco de amostragem.
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Testes Substantivos
Amostragem de estimação de quociente
Passos:
Primeiro é determinado um valor de auditoria para cada item da amostra 
Depois, calcula-se o quociente entre a soma dos valores de auditoria e a soma dos valores contábeis dos itens da amostra.
Esse quociente deve ser multiplicado pelo valor contábil total.
Chega-se assim, a uma estimativa do valor da população
Com base na variabilidade dos quocientes dos valores de auditoria pelos valores contábeis dos item da amostra, obtém-se uma provisão para risco de amostragem.
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Testes Substantivos
Amostragem de estimação por diferença
x
 Amostragem de estimação de quociente
A escolha entre uma e outra depende principalmente de haver correlação entre os valores das diferenças e seus valores contábeis. 
Quando as diferenças são aproximadamente proporcionais aos valores contábeis a Estimação de Quociente exige um menor tamanho de amostra e, portanto, pode ser mais eficiente.
O auditor deve analisar e verificar qual a técnica de amostragem se mostra mais eficiente mediante as circunstâncias encontradas.
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O uso da amostragem estatística 
através do computador
Objetivo:
Otimizar o uso de tal técnica permitindo que ao auditor, agilidade, economicidade e confiabilidade para o trabalho executado.
Aplicação:
A amostragem estatística pode ser aplicada através de computador, utilizando o software Excel.
O Excel, dispões de opções específicas para obtenção de amostras. 
Vantagens x Desvantagens:
Possibilita economia de tempo; 
Melhora e eficiência e diminui os custos;
Afasta a possibilidade de erros de cálculos; 
Evita a prática do arbitramento do tamanho da amostra;
Melhora a qualidade do trabalho de auditoria e sua eficácia, reduzindo assim os níveis de risco de detecção em consequência, o grau de risco da auditoria;
Podem não apresentar vantagens da agilidade e qualidade das informações, se a seleção da amostra envolver uma população muito grande.
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Um dos momentos mais importantes da auditoria é o da escolha da amostra que será submetida a análise mais detalhada.
Uma amostra mal dimensionada poderá acarretar alguns problemas tais como: aumento do risco de erros, rejeição de populações indevidamente, estimações que não reflitam a realidade, dentre outros.
É preciso que os auditores dêem a devida importância na determinação das amostras, buscando cada vez mais se valer de ferramentas estatísticas que auxiliem na execução dos trabalhos e para que as opiniões emitidas nos pareceres de auditoria sejam aceitas com maior segurança e confiabilidade.
Questionar a qualidade dos trabalhos de auditoria é questionar a própria existência da auditoria, já que esta, por sua natureza, deveria ser isenta de qualquer falha, ou desvio, pois tem por objetivo expressar uma opinião correta no que tange a veracidade das informações prestadas pela empresa.
Amostragem em Auditoria
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Bibliografia
Boynton, William C. ; Johnson, Raymond N. ; Kell, Walter G. Auditoria. São Paulo: Atlas. 
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