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Aula 2 DIREITOS REAIS II PROFA TANIA UNINOVE-VM-6ª. FEIRA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (PLANOGRAMA): •1. Apresentação da matéria, do programa e da bibliografia. Introdução ao Direito Civil. Referências históricas do direito civil. •2. Propriedade: Conceitos. Natureza Jurídica. Elementos Constitutivos da Propriedade. •3. Noções da Função Social da Propriedade e limitações do Direito de Propriedade •4. Formas de Aquisição da Propriedade Imóvel: Registro do Título •5. Formas de Aquisição da Propriedade Imóvel: Acessão •6. Usucapião Imobiliário •7. Usucapião Imobiliário. Procedimento extrajudicial. •8. Formas de Aquisição da Propriedade Móvel: Ocupação, Achado do Tesouro, Tradição, Especificação. •9. Formas de Aquisição da Propriedade Móvel: Da Confusão, da Comissão e da Adjunção e Modos de Perda da Propriedade •10. Condomínio Voluntário •11. Condomínio Edilício •12. Propriedade resolúvel. Propriedade Fiduciária. Usufruto. •13. Direitos do Promitente Comprador. Direitos Reais de Garantia: Conceito e características. •14. Direitos de Vizinhança •15. Direitos de Vizinhança CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (PLANOGRAMA): AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL POR ACESSÃO AULA 2 5 Propriedade por ACESSÃO •Legislação Básica – art. 1248 ao 1258, CC. •Significa aumento da coisa objeto de propriedade. O termo tem também a noção de acessório. Pelo princípio passa a pertencer ao dono da coisa o que se adere a ela, ou seja, o acessório segue o principal. 6 •Pelo princípio, passa a pertencer ao dono da coisa principal o que a ela se adere, também ocorre acessão quando da própria coisa exsurge um acréscimo, como o fruto da árvore. O problema jurídico surge quando as duas porções pertencem a proprietários distintos. Há, portanto a necessidade que se distinga o acessório do principal. 7 - Modalidade de ACESSÃO •1Acessão Natural (de imóvel a imóvel), sem a participação do homem. •2Acessão Industrial ou artificial (de móvel a imóvel), com a participação do homem. •3Acessão Própria, quando os acréscimos se formam pelos depósitos ou aterros naturais nos terrenos marginais dos rios. •4Acessão Imprópria, quando tal acréscimo se forma em razão do afastamento das águas que descobrem parte do álveo 8 Requisitos para acessão: •a)Conjunção entre duas coisas, até então separadas. Se as duas coisas continuam ter vida autônoma, não é acessão. •b)Caráter acessório de uma coisa em função de outra. A acedida é principal e a acedente e a acessória. 9 Problemas Jurídicos que surgem: •a)Atribuição do domínio da coisa acedente à principal, resolvido pela regra de que o acessório segue o principal. Saber quem é o verdadeiro dono. •b)Consequências patrimoniais decorrentes da acessão, que será resolvido tendo em vista o princípio que veda o enriquecimento indevido, conferido ao desfalcado sempre que possível, uma indenização. No acréscimo, deve se indenizar quem perdeu. 10 Da Aquisição por Acessão: •Acessão é o aumento do volume ou do valor da coisa principal, em virtude de um elemento externo. A Acessão é modalidade de aquisição de propriedade dividida em cinco espécies: AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA DE PROPRIEDADE IMÓVEL POR ACESSÃO Modo legal de aquisição originária de propriedade “Tudo o que se incorpora a um bem imóvel passa a pertencer ao seu proprietário” O Acessório segue o principal........ Espécies : 1. Acessões naturais (ou físicas) 2. Acessões industriais (ou artificiais) •A acessão pode dar-se: •I - por formação de ilhas; (a. natural) •II - por aluvião; (a. natural) •III - por avulsão; (a. natural) •IV - por abandono de álveo; (a. natural) •V - por plantações ou construções. (a. artificial) 14 Acessão por formação de ilhas: •O artigo 1249 do Código Civil dispõe: “As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes: AQUISIÇÃO DE ILHAS 16 AS QUE SE FORMAREM NO MEIO DO RIO •I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais; ILHAS 18 que se formarem entre a referida linha •II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado; 19 se as correntes forem navegáveis •Vale lembrar , que de acordo com o código das águas, se as correntes forem navegáveis, trata-se de águas públicas, e portanto a regras do código civil que dizem respeito a aquisição de propriedade por acessão aplicam-se aos rios não navegáveis. 20 Acessão por aluvião: •Art. 1.250: “Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. 21 Acessão por aluvião: •Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem” ALUVIÃO 23 que caracteriza o aluvião •O que caracteriza o aluvião é o fato do é o fato de o acréscimo feito pelo rio à margem ser de tal modo lento que se torna impossível precisar a quantidade acrescida no momento anterior. Por analogia, se resolve o problema do aluvião com a regra de que o acessório acompanha o principal. Conceito Jurídico – código das águas - “Art. 16. Constituem "aluvião" os acréscimos que sucessiva e imperceptivelmente se formarem para a parte do mar e das correntes, aquém do ponto a que chega o preamar médio, ou do ponto médio das enchentes ordinárias, bem como a parte do álveo que se descobrir pelo afastamento das águas.” ALUVIÃO imprópria 25 Art. 1251 do código civil •“Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado. Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida” AVULSÃO 27 Acessão por avulsão • “Verifica-se avulsão quando a força súbita da corrente arranca uma parte considerável e reconhecida de um prédio, arrojando-a sobre outro prédio” – código das águas – art.19 28 Diferencial da acessão por avulsão • O Diferencial da acessão por avulsão, está na indenização ao primeiro proprietário para aquisição do acréscimo no período de um ano, ou sem indenização se após o prazo ninguém houver reclamado. Entretanto o primeiro proprietário não é obrigado a aceitar a indenização, podendo optar pela remoção da parte acrescida a terreno de outrem. 29 Acessão por álveo abandonado •Definição de álveo – leito do rio – “Álveo é a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto”.Art.9 Código das águas. 30 álveo abandonado • Art. 1.252 do C.C. “O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo” Porém se a mudança do curso das águas se der de forma artificial, cabe indenização ao proprietário ofendido. ALVEO ABANDONADO 32 Construções e plantações •Elencadas nos artigos 1253 a 1259 do código civil, as construções e plantações são acessõesdecorrentes da conduta humana. As construções e plantações são consideradas acessórios do solo. Não se leva em conta o conceito de valor. A presunção é que pertencem ao proprietário do solo, embora não seja essa presunção absoluta. Como é possível semear, plantar e construir com sementes e materiais não pertencentes ao proprietário do solo, distinguem-se as hipóteses nas quais isso pode ocorrer: 33 Plantações e Construções •Em regra, "toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário" (art. 1.253/CC). Porém, referida presunção pode ser quebrada, como ocorre, por exemplo, em uma das cinco hipóteses a seguir elencadas: - Se as sementes ou os materiais alheios são empregados, de boa-fé, pelo dono do imóvel, este adquire a propriedade daqueles, mas, para evitar o enriquecimento sem causa, fica obrigado a pagar o seu valor, reembolsando o proprietário das sementes ou dos materiais. Mas, se os emprega de má-fé, fica obrigado a, além de indenizar o proprietários dos bens acessórios, arcar com as perdas e danos. 34 1-Semeadura, plantação ou construção em terreno próprio com material alheio •com solução no art. 1254 – “Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.” 35 2- Semeadura, plantação ou construção em terreno alheio com material próprio •com solução no art.1255 – “Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo. 36 Se o semeador, plantador ou construtor agiu de má fé •Se o semeador, plantador ou construtor agiu de má fé, poderá ser constrangido a repor as coisas no estado em que se estavam e a pagar pelos prejuízos, •No entanto se ambos estão de má fé o art. 1256 determina que o proprietário adquira os acréscimos e pague o valor das acessões. •Presume-se a má fé do proprietário quando este sabia do trabalho de construção ou lavoura e não o impugnou. Locupletando-se a custa de outrem, este adquirirá a propriedade da acessão mas ficará com encargo de indenizá-la ao construtor ou plantador. 37 3 - Semeadura, plantação ou construção em terreno alheio com material alheio • solução no art. 1257 – “O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes, plantas ou materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio. Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor” Observe que o parágrafo único, obriga primeiramente a cobrança do plantador ou construtor, para posteriormente, caso não consiga receber, cobrar o proprietário. 38 Construção em imóvel alheio: • Fundamento Legal: Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente. Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção. 39 Se o construtor estiver de boa-fé •Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro 40 construção em zona lindeira •Tal problema, conhecido também como construção em zona lindeira ocorre se a construção invadir parcialmente terreno alheio em proporção não superior a vigésima parte deste. O construtor de boa fé passará a ter a propriedade da área invadida, mediante indenização pelo valor correspondente ao solo invadido. Se a área ultrapassar 1/20 do terreno pagará também indenização pela desvalorização da área remanescente. 41 •Se o construtor estava de má fé, poderá adquirir o domínio da parcela do solo invadido, se pagar em décuplo as perdas e danos, proporcional a 1/20 daquele, desde que o valor da construção exceda ao dessa parte e não se possa demolir a porção invasora sem grave dano para a obra construída. O construtor de boa fé que invada propriedade alheia em porção superior a sua vigésima parte, adquire o domínio da parcela invadida, respondendo por perdas e danos nos quais estão computados o valor econômico do que foi construído, a desvalorização da área remanescente e o valor de mercado da área perdida. Se agiu de má fé. O construtor é obrigado a demolir a construção , pagando em dobro a indenização das perdas e danos apurados. Estudo de CASO •Após o matrimônio, o casal José e Maria delibere por edificar no fundo do terreno de Antônio, pai de José, tempos depois, o casal veio a separar-se, a Maria não terá deferida a propriedade do imóvel, pois este pertencerá a seu sogro Antônio, titular do solo, portanto a CRI estará em nome de seu sogro. Nesse caso, Maria poderá pleitear indenização calculada sobre 50% do valor da acessão, uma vez que o proprietário Antônio já que ele permitiu a construção em seu terreno? Isso seria má fé se ele se negasse a indenizá-la? •(TRF_3ª Região_11º Concurso) •48.Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio: •(A) ganha, em desfavor do proprietário, as sementes, plantas e construções; •(B) perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; •(C) perde, em proveito do proprietário o que plantou e construiu, mas tem direito à indenização, caso tenha procedido de boa-fé; •(D) deverá pagar ao proprietário pelas benfeitorias realizadas no imóvel sem a devida autorização. •(TRF_3ª Região_11º Concurso) •48.Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio: •(A) ganha, em desfavor do proprietário, as sementes, plantas e construções; •(B) perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; •(C) perde, em proveito do proprietário o que plantou e construiu, mas tem direito à indenização, caso tenha procedido de boa-fé; ARTIGO 1255 •(D) deverá pagar ao proprietário pelas benfeitorias realizadas no imóvel sem a devida autorização. •OAB/MS - MAR/2004) No atual direito civil brasileiro, a transmissão da propriedade imóvel de valor superior a 30 vezes o salário mínimo, por ato inter vivos, opera-se: •a) com o registro do contrato particular de compra e venda •b) com o registro da escritura pública de compra e venda no registro de imóveis. •c) com a simples lavratura da escritura pública ou contrato particular de compra e venda. •d) com o registro do contrato particular de compra e venda no registro de títulos e documentos. •Alternativa correta (b) •O registro de imóveis (art. 1.245, CC/02) tem por finalidade a aquisiçãoda propriedade, com base na escritura pública (para imóveis com valor superior a 30 salários mínimos), ou com base no instrumento particular (para imóveis de até 30 salários mínimos), conforme previsão do artigo 108 do CC/02. OAB 2014 • Jeremias e Antônio moram cada um em uma margem do rio Tatuapé. Com o passar do tempo, as chuvas, as estiagens e a erosão do rio alteraram a área da propriedade de cada um. Dessa forma, Jeremias começou a se questionar sobre o tamanho atual de sua propriedade (se houve aquisição/diminuição), o que deixou Antônio enfurecido, pois nada havia feito para prejudicar Jeremias. Ao mesmo tempo, Antônio também começou a notar diferenças em seu terreno na margem do rio. Ambos questionam se não deveriam receber alguma indenização do outro. • Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta. • a) Trata-se de aquisição por aluvião, uma vez que corresponde a acréscimos trazidos pelo rio de forma sucessiva e imperceptível, não gerando indenização a ninguém. • b) Se for formada uma ilha no meio do rio Tatuapé, pertencerá ao proprietário do terreno de onde aquela porção de terra se deslocou. • c) Trata-se de aquisição por avulsão e cada proprietário adquirirá a terra trazida pelo rio mediante indenização do outro ou, se ninguém tiver reclamado, após o período de um ano. • d) Se o rio Tatuapé secar, adquirirá a propriedade da terra aquele que primeiro a tornar produtiva de alguma maneira, seja como moradia ou como área de trabalho OAB 2014 - GABARITO • Jeremias e Antônio moram cada um em uma margem do rio Tatuapé. Com o passar do tempo, as chuvas, as estiagens e a erosão do rio alteraram a área da propriedade de cada um. Dessa forma, Jeremias começou a se questionar sobre o tamanho atual de sua propriedade (se houve aquisição/diminuição), o que deixou Antônio enfurecido, pois nada havia feito para prejudicar Jeremias. Ao mesmo tempo, Antônio também começou a notar diferenças em seu terreno na margem do rio. Ambos questionam se não deveriam receber alguma indenização do outro. • Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta. • a) Trata-se de aquisição por aluvião, uma vez que corresponde a acréscimos trazidos pelo rio de forma sucessiva e imperceptível, não gerando indenização a ninguém. • b) Se for formada uma ilha no meio do rio Tatuapé, pertencerá ao proprietário do terreno de onde aquela porção de terra se deslocou. • c) Trata-se de aquisição por avulsão e cada proprietário adquirirá a terra trazida pelo rio mediante indenização do outro ou, se ninguém tiver reclamado, após o período de um ano. • d) Se o rio Tatuapé secar, adquirirá a propriedade da terra aquele que primeiro a tornar produtiva de alguma maneira, seja como moradia ou como área de trabalho OAB 2005 •68ª Questão: •Quando houver acréscimo de terras às margens de um rio, mediante desvio de águas ou afastamento dessas, que descobre parte do álveo, importando em aquisição da propriedade, por parte do dono do terreno marginal, do solo descoberto pela retração daquelas águas, configura-se: •a) aluvião imprópria. •b) avulsão. •c) aluvião própria. •d) acessão por abandono de álveo. OAB 2005 - gabarito •68ª Questão: •Quando houver acréscimo de terras às margens de um rio, mediante desvio de águas ou afastamento dessas, que descobre parte do álveo, importando em aquisição da propriedade, por parte do dono do terreno marginal, do solo descoberto pela retração daquelas águas, configura-se: •a) aluvião imprópria. •b) avulsão. •c) aluvião própria. •d) acessão por abandono de álveo. OAB 2005 •30ª Questão: •A aquisição da propriedade imobiliária pela avulsão dá-se •a) com o acréscimo paulatino de terras, às margens de um rio, por meio de lentos e imperceptíveis depósitos ou aterros naturais ou de desvio de águas. •b) pela formação de ilhas em rios não navegáveis em virtude de movimentos sísmicos. •c) pelo repentino deslocamento de uma porção de terra por força natural violenta, desprendendo-se de um terreno para juntar-se a outro. •d) pelo rebaixamento de águas, deixando a descoberto e a seco uma parte do fundo ou do leito do rio. OAB 2005 GABARITO •30ª Questão: •A aquisição da propriedade imobiliária pela avulsão dá-se •a) com o acréscimo paulatino de terras, às margens de um rio, por meio de lentos e imperceptíveis depósitos ou aterros naturais ou de desvio de águas. •b) pela formação de ilhas em rios não navegáveis em virtude de movimentos sísmicos. •c) pelo repentino deslocamento de uma porção de terra por força natural violenta, desprendendo-se de um terreno para juntar-se a outro. •d) pelo rebaixamento de águas, deixando a descoberto e a seco uma parte do fundo ou do leito do rio. •.(OAB/SP - 126°/30) A aquisição da propriedade imobiliária pela avulsão dá-se: •a) com o acréscimo paulatino de terras, às margens de um rio, por meio de lentos e imperceptíveis depósitos ou aterros naturais ou de desvio de águas. •b) pela formação de ilhas em rios não navegáveis em virtude de movimentos sísmicos. •c) pelo repentino deslocamento de uma porção de terra por força natural violenta, desprendendo-se de um terreno para juntar-se a outro. •d) pelo rebaixamento de águas, deixando a descoberto e a seco uma parte do fundo ou do leito do rio. •Alternativa correta (c) •A avulsão (repentino deslocamento de uma porção de terra, prevista no art. 1.251, CC/02) não deve ser confundida com a aluvião própria (depósitos gradativos e lentos de terra nas margens) nem com a aluvião imprópria (quando há o afastamento das águas, descobrindo parte do álveo). •É modalidade de aquisição da propriedade por acessão a imóvel, exceto: •a) Abandono de álveo. •b) Aluvião. •c) Formação de ilhas em rios não navegáveis. •d) Formação de ilhas em rios navegáveis (OAB/CESPE – 2007.3.SP) •A usucapião constitui modo •(A) originário de aquisição da propriedade. •(B) derivado de aquisição da propriedade. •(C) derivado de aquisição da posse. •(D) de celebração de contrato. •No que se refere à aquisição da propriedade através do registro, assinale a alternativa correta. •a) O registro confere presunção absoluta de domínio. •b) O registro é necessário para aquisição de bens móveis e imóveis. •c) O registro confere presunção relativa de domínio. •d) O registro, no direito brasileiro, é apenas meio de se dar publicidade ao ato translativo. c) O registro confere presunção relativa de domínio. •registro dá publicidade ao ato e gera direito real para o adquirente, transferindo-lhe o domínio. Gera presunção relativa de domínio, admitindo prova em contrário (art. 1245 e par. 2º do Código Civil). São princípios que regem o registro de imóveis, dentre outros: a) Publicidade, presunção “juris tantum”, continuidade e especialidade. b) Publicidade, presunção “juris et de juri”, territorialidade e continuidade. c) Publicidade, presunção “juris et de juri”, continuidade e instância. d) Publicidade, presunção “juris et de juri”, territorialidade e prioridade. São princípios que regem o registro de imóveis, dentre outros: a) Publicidade, presunção “juris tantum”, continuidade e especialidade. •Publicidade: art. 17 e art. 169 da LRP (Lei n° 6015, de 31/12/73). • Presunção “juris tantum” (presunção relativa) – art. 1245, par. 2º, e 1247 do Código Civil. • Continuidade: art. 195 da LRP. • Especialidade: art. 225 da LRP. Analise esse julgado • FERWAY MANUTENÇÃO MECÂNICA LTDA. propôs a AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO CUMULADA COM PEDIDO DE RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO nº 0023617-53.2009.8.16.0001 (nº antigo: 01001142/2009) em face do BANCO DO BRASIL S/A, sob o fundamento de que foi induzido em erro ao participar de leilão para alienaçãode imóvel, já que este foi descrito no edital de modo insuficiente, impedindo a correta compreensão do objeto posto à venda. • Sustenta que a descrição do bem licitado – “Imóvel tipo B, galpão situado na Rua Goiânia, 1470, Bairro Cajuru, em Curitiba, (PR), com área construída de 390,00 m² em terreno de 1.800,00 m²” – induziu ao entendimento de que o galpão era o objeto da licitação, pressupondo-se a regularidade daquela construção. Mas, se viu surpreendido quando soube que o galpão estava em desconformidade com a lei de zoneamento urbano. Assevera que, tendo a descrição do edital feito expressa referência ao galpão como objeto licitado, o ato convocatório padece de nulidade, eis que colocou em alienação objeto ilícito. Contestação do BB •Primeiro: caberia ao autor verificar a regularização antes de fazer o negócio; •Segundo: sim, descreve-se GALPÃO, vejamos o contrato: ... “O imóvel relacionado encontra-se com as benfeitorias não averbadas, cabendo ao adquirente todos os ônus decorrentes da averbação.” – fazia referência a adjacências da construção principal. Questionamento: •O galpão desse terreno é BENFEITORIA ou é CONSTRUÇÃO? •Analise sob essa ótica, a diferença, na prática, modifica o julgamento desse caso? continuando •Benfeitoria, na clássica definição de DE PLÁCIDO E SILVA, é “Expressão que sempre teve o sentido de benefícios, foi sempre compreendida como os melhoramentos promovidos em um prédio, com a intenção de torná-lo mais útil ou mais agradável” in Vocabulário Jurídico, Rio de Janeiro, 1999, p. 121). •De acordo com SILVIO VENOSA (in Direito Civil, vol. 5: direitos reais. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002), a construção em terreno vazio não corresponde à benfeitoria, mas sim à acessão que é forma de aquisição originária prevista no art. 1.248, inc. V do Código Civil:“Art. 1.248. A acessão pode dar-se:.... V - por plantações ou construções.” •Sendo assim e estando o objeto da licitação descrito como “galpão”, não era de se esperar que as benfeitorias referidas no campo “observação” se referissem à construção em si, de modo que a especificação do referido objeto não retratou com fidelidade o bem colocado em leilão. •No presente caso, a descrição do objeto foi demasiado sucinta, deixando de oferecer subsídios à correta compreensão das características do imóvel posto em leilão. E mais. Pode-se dizer que, na verdade, a descrição foi elaborada em equívoco, pois referiu-se ao galpão e na observação mencionou-se necessidade de averbação relativamente às benfeitorias, quando deveria ter esclarecido que havia pendências com o registro da construção principal Cabe dano moral para empresa que ganhou essa licitação? Que foi posteriormente anulada a licitação? Caberia, mas a pessoa jurídica não demonstrou!!! • No que concerne à indenização pleiteada a título de violação do dever de bo -fé e princípio da confiança, ou seja, a condenação em decorrência de dano moral , tenho que não restou caracterizada a ofensa apta a determinar este tipo de reparação. • Tratando-se de pessoa jurídica, para restar acolhido o pleito reparatório nesses termos, deveria sobressair dos autos a ocorrência de violação ao seu bom nome, à sua imagem, valores sociais no meio comercial, prejuízo de suas atividades em razão do descrédito frente aos membros da comunidade, situações estas que não exsurgem das provas colacionadas aos autos. Presidiu o julgamento o Desembargador NILSON MIZUTA (com voto). Votaram com o relator o Desembargador Presidente e o Desembargador CARLOS MANSUR ARIDA. Curitiba, 21 de julho de 2015. Juiz ROGÉRIO RIBAS, Subst. de 2º Grau Relator Estudem e boa semana!
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