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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO RELATÓRIO DE TOPOGRAFIA: Levantamento por Amarração de Detalhes e Levantamento por Irradiação Alunos: Ana Paula de Almeida Ferreira Alisson Henrique dos Santos Marinho Aurita Ricardo Melo Neta Jessica Larissa da Silva Bezerra Thatyane Pereira Melo da Silva Rony Gouveia da Silva Sheila Silva Guabiraba Prof. Dr. Odair Barbosa de Moraes Prof. Natiele Vitorino Arapiraca Outubro de 2018 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................... 3 2. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES ................................................................................................ 4 3. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................... 7 4. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................... 9 5. ANEXOS................................................................................. .........................................................................10 1. APRESENTAÇÃO O relatório topográfico teve como objetivo registrar e transmitir conhecimentos práticos e teóricos sobre o trabalho de campo de levantamento planimétrico no ramo da topografia. As atividades práticas realizadas se dividiram em duas etapas distintas. O levantamento por amarração de detalhes foi a primeira etapa. Segundo Brandalize (2008, p.27) A amarração de detalhes (feições naturais e artificiais do terreno) é realizada utilizando- se somente diastímetros. Para tanto, é necessário a montagem, no campo, de uma rede de linhas, distribuídas em triângulos principais e secundários, às quais os detalhes serão amarrados. A esta rede de linhas denomina-se triangulação. E como segunda etapa foi realizado o método de irradiação. Que de acordo com Veiga, Zanetti e Faggion (2012, p.164, grifo nosso) “neste método o equipamento (teodolito) fica estacionado sobre um ponto e faz- se a varredura dos elementos de interesse próximos ao ponto ocupado, medindo direções e distâncias para cada elemento a ser representado” 2. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Os tópicos a seguir detalham os processos realizados para cada um dos levantamentos. 2.1. Levantamento por Amarração de Detalhes O levantamento planimétrico foi feito no terreno da Universidade Federal de Alagoas – Campus Arapiraca como atividade prática da disciplina de Topografia do curso de Arquitetura e Urbanismo, 4º período. Dessa maneira foi escolhido um local dentro desse terreno para que fosse feito o levantamento planimétrico do terreno determinado. Portanto, para que fosse obtido êxito nos resultados foi estabelecido o uso de alguns métodos e instrumentos que auxiliaram o desenvolvimento da atividade. O método utilizado para essa atividade foi a triangulação que consiste em mapear o terreno através de diagonais que formam triângulos. Com o auxílio da trena foi possível medir duas distancias e em seguida traçar a diagonal entre as duas distâncias formando-se assim um triângulo. Seguindo-se esse processo obteve-se 6 triângulos com uma poligonal no total de 13 lados. 2.1.1. Ferramentas/instrumentos Para esta atividade foram utilizadas somente trena e uma planilha para tratamento dos dados obtidos. 2.1.2. Resultados A Tabela 1 contém todos os dados referentes à análise do terreno por amarração de triângulos. (Tabela 1: Dados da Amarração por Triangulação em anexo) A poligonal formada pela amarração de triângulos foi composta de 13 lados que resultaram em 6 triângulos distintos, conforme a figura 1. (Figura 1: Amarração por Triangulação em anexo) O cálculo foi feito para todos os ângulos internos. Para a prova dos ângulos obtidos foi feita a soma dos ângulos internos de cada triangulo e obteve-se o valor de 180 graus em todos eles. 2.2. Levantamento por Irradiação O levantamento planimétrico por irradiação também foi feito no terreno da Universidade Federal de Alagoas – Campus Arapiraca. Dessa maneira, foi escolhido um local dentro desse terreno para que fosse feito o levantamento planimétrico do terreno determinado. Nesse sentido foi estabelecido o uso de alguns métodos e instrumentos que auxiliaram o desenvolvimento da atividade. O método utilizado para esse levantamento foi o da irradiação. Portanto, seguindo o qual foram definidos todos os vértices correspondentes ao terreno e a partir daí definiu-se um ponto dentro dessa área para a fixação do teodolito e tripé, de modo que desse ponto fosse possível visualizar todos os outros pontos do terreno. Feita essa etapa, logo foi feito o nivelamento do teodolito e tripé com a superfície e demarcado o centro óptico do instrumento com uma espécie de estaca. Após esse processo o aparelho finalmente foi ligado e com o auxílio de uma bússola alinhou-se o teodolito com o norte e este foi zerado no ângulo horizontal. Em seguida a luneta foi ajustada em aproximadamente 90º e seu foco foi ajustado. O próximo procedimento foi levar a mira até o ponto 1 e fixa-la. Em seguida com o teodolito enquadrou-se o foco na graduação da mira e verificou-se o ângulo horizontal referente a este ponto, além disso a trena foi esticada do centro óptico do teodolito até o ponto determinado para análise da distância direta. O mesmo procedimento do ponto 1 foi feito nos outros 21 pontos. 2.2.1. Ferramentas/instrumentos Nesse levantamento foram utilizados o teodolito para verificação de ângulos e distâncias indiretas, o tripé para ser o suporte do teodolito, trena para a medida de distâncias horizontais diretas e a mira para auxiliar nas medidas de distancias indiretas além de ter servido como sinalização do ponto. 2.2.2. Resultado Os resultados obtidos no levantamento de terreno por irradiação foram tratados e dispostos na Tabela 2 para a realização dos cálculos necessários. (Tabela 2: Dados do Levantamento por Irradiação (Parte I) em anexo) Na tabela constam todos os 22 pontos analisados em campo. O azimute em grau, minuto e segundo foi o primeiro dado a ser computado e em seguida eles foram convertidos, conforme o cálculo a seguir, em graus centesimais para a realização dos cálculos das coordenadas de cada ponto. 𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠𝑖𝑚𝑎𝑖𝑠 = 𝐺𝑟𝑎𝑢 + 𝑀𝑖𝑛 60 + 𝑆𝑒𝑔 3600 Na coluna seguinte encontram-se as distancias medidas de forma direta através da trena que também fizeram parte do cálculo de coordenadas. A próximas etapas são descritas através da Tabela 3. (Tabela 3: Dados do Levantamento por Irradiação (Parte II) em anexo) A primeira coluna da tabela expõe as coordenadas parciais dos pontos e estas foram obtidas de acordo com cálculo a seguir: Coordenada X 𝑋 = 𝐷 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝐴𝑍 Onde: D = Distancia Horizontal do aparelho ao ponto analisado AZ = Azimute do ponto analisado Coordenada Y 𝑌 = 𝐷 𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝐴𝑍 Onde: D = Distância Horizontal do aparelho ao ponto analisado AZ = Azimute do ponto analisado As coordenadas parciais foram utilizadas para encontrar as coordenadas totais, e este cálculo foi feito da seguinte forma: O primeiro passo foi analisarna coluna das parciais X qual o menor valor de coordenada e fixa-lo na coluna das totais de X. O mesmo processo foi feito para a total Y. Logo, as coordenadas totais X e Y de cada ponto foram obtidas somando-se o valor das coordenadas X parcial do ponto determinado com o valor fixo X e somando-se o valor da coordenada Y parcial do ponto com o valor fixo Y. Essas coordenadas totais foram utilizadas para o cálculo da área e também dos rumos. A coluna correspondente a área foi dividida em duas partes: Área yx – Esta corresponde à multiplicação da coordenada total Y com a coordenada total diagonal X. Área xy – Esta corresponde à multiplicação da coordenada total X com a coordenada total diagonal Y. Por fim a Tabela 4 expõe os dados finais do levantamento de terreno por irradiação. Nessa Tabela 4 o primeiro objetivo foi encontra o rumo entre os pontos e sua orientação. (Tabela 4: Dados do Levantamento por irradiação (Parte III) em anexo) Para encontrar o ângulo foi utilizada a seguinte relação: 𝑅𝑢𝑚𝑜 𝐴𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 1 − 2 = 𝐶𝑡𝑋2 − 𝐶𝑡𝑋1 𝐶𝑡𝑌2 − 𝐶𝑡𝑌1 Onde: Ct = Coordenada Total Logo, se CtX2 – CtX1 for > 0, então terá orientação Leste se não, Oeste. E se, CtY2 – CtY1 for > 0 então a orientação será Norte se não, Sul. Para determinar o tamanho de todos os lados da poligonal foi feito o seguinte cálculo: Alinhamento 1 – 2 𝐿𝑎𝑑𝑜 1 − 2 = √ (𝐶𝑡𝑋2 − 𝐶𝑡𝑋1)2 (𝐶𝑡𝑌2 − 𝐶𝑡𝑌1)2 A coluna de pontos é correspondente a coordenadas que foram exportadas para o AutoCAD e geraram a Figura 3. (Figura 2 – Poligonal do terreno obtida através do método de irradiação - AutoCad em anexo) E por fim, a última coluna corresponde à área dessa figura poligonal que foi obtida através da soma das áreas xy subtraindo-se a soma das áreas yx e dividindo-se por 2, conforme o cálculo abaixo: Á𝑟𝑒𝑎 = ∑ Á𝑟𝑒𝑎𝑥𝑦 − ∑ Á𝑟𝑒𝑎𝑦𝑥 2 3. CONCLUSÕES A primeira conclusão obtida envolveu o nível de detalhamento do terreno, onde o método de irradiação notavelmente proporcionou um resultado superior a amarração por detalhes, pois permitiu a análise das curvas do terreno. Concluiu-se também que ambos os métodos devem ser utilizados em terrenos relativamente pequenos para manter a precisão. Na elaboração da representação planimétrica dos terrenos notou-se que o método de amarração por detalhes torna-se mais complexo nesta etapa devido ao modo de realização dessa representação ser feito através do desenho de triângulos com auxílio de linhas e arcos. Portanto, embora o cálculo dos ângulos internos e externos do terreno seja rápido, há uma certa lentidão na representação gráfica. Isso não acontece com o método de irradiação, pois após o processo do cálculo das coordenadas, que demanda certo tempo, basta fazer a ligação dos pontos, tornando a representação gráfica bem mais fácil e rápida. E por fim em relação a probabilidade de erros chegou-se à conclusão que o método de amarração de detalhes pelo fato de ter um método com uma quantidade de cálculo menor do que o método de irradiação, logo a probabilidade de erros é menor. Mas deve-se também levar em consideração o uso correto dos equipamentos e ferramentas no trabalho de campo para que os dados sejam confiáveis. REFERÊNCIAS ZILKHA, Esther. Utilização do GeoGebra na Construção de Instrumentos – Teodolito. PROFMAT- IMPA, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <https://impa.br/wp- content/uploads/2016/12/esther_zilkha.pdf> Acesso em: 24/08/2018 BRANDALIZE, Cecília B. Apostila de Topografia para Engenharia Civil e Arquitetura. PUC-PR. Paraná, 2008. Disponível em: < http://www.topografiageral.com/Download/TOPOGRAFIA.pdf> Acesso em: 24/08/2018 VEIGA, Luis Augusto Koenig; ZANETTI, Maria Aparecida Zehnpfennig; FAGGION, Pedro Luis. Fundamentos de Topografia. UFPR. Paraná, 2012. Disponível em: < http://www.cartografica.ufpr.br/docs/topo2/apos_topo.pdf> Acesso em: 24/08/2018 4. ANEXOS Tabela 1: Amarração por Triangulação Figura 1: Amarração por Triangulação Tabela 2: Dados do Levantamento por Irradiação (Continua) Tabela 2: Dados do Levantamento por Irradiação (Conclusão) Figura 2: Levantamento por Irradiação
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