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A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E O CONTROLE FINANCEIRO

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Sistema de Ensino PRESENCIAL CONECTADO
Superior de Tecnologia em Gestão Pública
AMÍLCAR PERES VEIGA NETO
“A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E O CONTROLE FINANCEIRO.”
2018
AMILCAR PERES VEIGA NETO
“A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E O CONTROLE FINANCEIRO.”
Trabalho de Produção Textual individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas do V semestre.
Orientadores: Professores do Semestre
2018
PASSO 1: CONFORME O ARTIGO 74 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, DISCORRA CRITICAMENTE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FINALIDADE E A APLICABILIDADE DO SISTEMA DE CONTROLE PELOS TRÊS PODERES:
O controle é inerente a qualquer forma de organização, pois administrar compreende planejar, organizar, dirigir e controlar, os atos e recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos.
O controle da Administração Pública é um tema consagrado no campo do direito administrativo. Com efeito, o controle dos atos emanados dos entes públicos surge como um dos mais caros valores políticos desde a Revolução Francesa, representando uma das principais características do Estado de Direito. A transparência na Administração Pública é obrigação imposta aos administradores públicos, pois estes atuam em nome dos cidadãos "A sociedade tem o direito de pedir conta, a todo agente público, quanto à sua administração", esse valor, positivado no art. 15 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, evidencia a antiga preocupação com o controle e ainda privilegia a participação do povo, dos administrados, que é o destinatário da administração.
O Estado de Direito pode ser entendido como aquele criado e regulado por uma Constituição, onde o exercício do poder político seja dividido entre órgãos independentes e harmônicos, com o objetivo de controle recíproco, de modo que os cidadãos, sendo titulares de direitos, possam opô-los ao próprio Estado (Carlos Ari Sundfeld, Fundamentos de direito público, p. 38).
Oportuno lembrar que, na origem do Estado Liberal, o controle era realizado somente quanto a aspectos relacionados com a legalidade dos atos administrativos, na esfera do contencioso administrativo. Atualmente o direito dos administrados não se limita a fiscalizar eventual ilegalidade gestão pública, mas também verificar se a destinação dos recursos, além de lícita, tem sido adequada, razoável, moral e eficiente. Dentro de uma sociedade existe a necessidade de organizar as relações. A responsabilidade dessa organização é das instituições políticas, nas quais pessoas trabalham para intermediar as relações.
Algumas dessas pessoas realizarão todos os serviços e projetos necessários para a melhoria dessa sociedade, outra parte delas vai criar as regras/leis que organizam as relações dentro e fora dessa sociedade. Por fim, uma última parte vai cuidar para que as regras criadas sejam cumpridas por todos. As atribuições de cada esfera de poder se dão da seguinte forma:
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República (no caso do Executivo federal), juntamente com os Ministros, indicados por ele.  Cabe ao executivo a administração do Estado, observando as normas vigentes no país.
Ao Poder Legislativo cabe legislar e fiscalizar, sendo ambas igualmente importantes. Exerce também alguns controles como: político-administrativo e o financeiro-orçamentário. Pelo primeiro controle, cabe a análise do gerenciamento do Estado, podendo, inclusive, questionar atos do Poder Executivo; pelo segundo controle, aprovar ou reprovar contas públicas.
Ao Poder Judiciário cabe a função jurisdicional, que consiste na aplicação da lei a um caso concreto, que lhe é apresentado como resultado de um conflito de interesses.
Segundo Montesquieu, todo homem que detém o poder tende a abusar dele. Seguindo o pensamento dessa corrente, tudo estaria perdido se o poder de construir leis, de executar as resoluções públicas e o de punir crimes ou solver pendências entre particulares, se reunissem num só homem ou associação deles. Por isso, freia-se o poder, pelo poder:
Poder Executivo em relação ao Legislativo: Adoção de Medidas Provisórias (MP), com força de Lei, conforme determina o artigo 62 da Constituição Federal de 1988 – “Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional”;
Poder Legislativo em relação ao Executivo: Compete ao legislativo processar e julgar o Presidente e Vice-Presidente da República, assim como promover processo de Impeachment;
Poder Judiciário em relação ao Legislativo: Observa-se o Art. 53. §1º “Os deputados e senadores desde a expedição do diploma serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal”. Esse mecanismo assegura que nenhum poder irá sobrepor-se ao outro, trazendo uma independência harmônica nas relações de governança. Existem diversas outras medidas de relacionamento desses poderes tendo sempre como escopo o equilíbrio.
Na atual Constituição Federal, a divisão dos Poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário é Cláusula Pétrea (aquelas que não são objetos de deliberações/mudanças), disposto no Art. 60. §4º.
PASSO 2 – DENTRO DESSE CONTEXTO, RESPONDA COMO OCORRE O CONTROLE INTERNO E O CONTROLE EXTERNO:
O controle interno é aquele realizado em cada setor da administração, decorrente da sua própria autonomia administrativa e financeira, ou seja, decorre do seu próprio poder de autotutela, permitindo à Administração Pública rever os seus próprios atos caso ilegais, inoportunos ou inconvenientes, sempre com fulcro nos princípios da legalidade, supremacia do interesse público, eficiência e economicidade.
O controle interno, também, conhecido como autocontrole, controle intra-orgânico ou controle administrativo, é uma modalidade de controle exercido pela própria Administração, tendo como objetivo a verificação da oportunidade e do mérito do ato administrativo.
Uma das funções do controle interno é verificar se as metas anteriormente fixadas na lei orçamentária alcançaram os resultados almejados, estimulando a ação dos órgãos públicos na verificação da eficácia das medidas adotadas na solução dos problemas constatados.
No caso do controle externo tem-se que é aquele exercido por um Poder ou um órgão estranho à Administração Pública, como por exemplo, o controle exercido pelo Poder Legislativo, que faz o controle político, e pelo Tribunal de Contas, responsável pelo controle financeiro. Esse foi o modelo adotado pelos legisladores para o controle externo no Brasil.
O controle externo pode ser definido como um conjunto de ações de controle desenvolvidas por uma estrutura organizacional, contendo procedimentos, atividades e recursos próprios, alheios à estrutura controlada, e que visa à fiscalização, verificação e correção dos atos.
Nas lúcidas palavras de Guerra (2005), pode-se extrair a seguinte definição:
O controle externo é aquele desempenhado por órgão apartado do outro controlado, tendo por finalidade a efetivação de mecanismos, visando garantir a plena eficácia das ações de gestão governamental, porquanto a Administração Pública deve ser fiscalizada, na gestão dos interesses da sociedade, por órgão de fora de suas partes, impondo atuação em consonância com os princípios determinados pelo ordenamento jurídico, como os da legalidade, legitimidade, economicidade, moralidade, publicidade, motivação, impessoalidade, entre outro.
Segundo (MEDAUR, 1993, p. 14):
Insta frisar que não há qualquer hierarquia entre o controle interno e o externo. O que ocorre, na verdade, é a complementação de um sistema pelo outro. E nessa esteira de entendimento, conclui-se que o controle interno tem comoprincipal função apoiar o controle externo, orientando as autoridades públicas no sentido de evitar o erro, efetivando um controle preventivo, colhendo subsídios mediante o controle concomitante a fim de determinar o aperfeiçoamento das ações futuras, revendo os atos já praticados, corrigindo-os antes mesmo da atuação do controle externo (MEDAUAR, 1993, p.14).
Em vista de todo o exposto, tem-se que o sistema de controle da Administração Pública é de fundamental importância para qualquer organização e deve ser entendido de forma ampla, não podendo estar limitado apenas quanto aos aspectos financeiros e administrativos, mas sim, deve ser compreendido como um conjunto de ações e métodos que devem ser implementados dentro de um determinado ente administrativo, gerando nele uma verdadeira cultura de diafaneidade, permitindo, assim, que se faça comparações entre os resultados previstos e os efetivamente realizados, sempre tendo em vista o seu fim precípuo: o interesse público.
PASSO 3 – DESCREVA AS COMPETÊNCIAS DO TCU E DEMAIS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NA CONSTITUIÇÃO, CONFERIDAS AO TRIBUNAL POR MEIO DE LEIS ESPECÍFICAS QUE MEREÇAM DESTAQUE.
Dentre as competências do TCU, conforme inciso I do art. 71, está a apreciação das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio, a ser elaborado em 60 dias do seu recebimento.
O julgamento das contas dos chefes do Poder Executivo é atribuição do respectivo Poder Legislativo de cada ente federativo. O tribunal de contas apenas realiza a apreciação prévia dessas contas, emitindo parecer prévio conclusivo.
Nos termos do art. 49, IX, da Constituição, compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República.
Ao TCU, conforme art. 71, II, compete o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, tanto da administração direta quanto indireta, incluindo as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas de quem der causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
Apesar das empresas públicas e sociedades de economista se sujeitarem a regime jurídico de direito privado, elas também estão sujeitas à jurisdição do TCU, uma vez que fazem parte da administração pública indireta.
Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, o julgamento do TCU não se submete a discussão posterior do poder legislativo, tendo esta Corte total autonomia quanto às suas decisões. No entanto, por se tratar de decisão administrativa, esta poderá ser discutida, e eventualmente reformada, pela via judicial.
Quanto à quebra de sigilo bancário no âmbito dos processos administrativos conduzidos pelo TCU, o STF já determinou que ele não tem poder para sua decretação, mesmo que motivadamente, estando este ato protegido pela reserva de jurisdição, ou seja, somente pode ser determinado por decisão judicial ou legislativa, no âmbito das CPIs. O mesmo se aplica, por simetria, às demais cortes de contas.
São ainda competências do TCU estabelecidas no art. 71 da Constituição:
apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades da Administração Pública direta e indireta;
fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
O § 3º do art. 71 determina que as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. Porém, conforme jurisprudência do STF, a ação deve ser proposta pelo ente público beneficiário da condenação, não pelo tribunal de contas.
PASSO 4 – RESPONDA QUAIS SÃO OS DESAFIOS DOS ADMINISTRADORES E DOS ADMINISTRADOS, BEM COMO QUAL É A IMPORTÂNCIA DOS REFLEXOS DA TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA?
O papel do administrador público, na evolução política/administrativa histórica brasileira, sempre apresentou extrema relevância para o cenário socioeconômico, apesar dos regimes e métodos de gestão adotados ao longo dos anos. Porém, em momento algum o papel do gestor público, deixou de estar vinculado a participação da sociedade, a boa-governança e a ética.
No momento atual, de internacionalização de políticas socioeconômicas e ambientais, de complexidade dos mercados e busca constante por inovação, o gestor público está desafiado a acompanhar a evolução e reorganizar o processo de gestão, conduzindo mudanças, inserção da participação social e estabelecimento de estratégias complexas e contínuas, que se repercutam em qualidade de vida da população e gerem em longo prazo desenvolvimento sustentável.
A globalização tornou o mercado mais complexo e competitivo, o que exigiu mudanças no perfil de diversos profissionais. Necessário em qualquer empresa, o Administrador não foge dessa regra.
É de conhecimento geral que a prática administrativa é essencial para a sobrevivência das empresas e deve ser realizada por pessoas qualificadas, para que não comprometa o desempenho da organização. O profissional dessa área, assim como o de outras, tem que se adaptar às tendências de mercado.
No século XXI, alguns princípios ainda são considerados imprescindíveis para gerir, como ética, planejamento estratégico, dinamismo e capacidade de negociação. Porém, eles devem se unir a características que podem e devem fazer parte do Administrador atual, como responsabilidade ambiental e social, visão globalizada e facilidade para trabalhar em equipe. A visão técnica precisa se aliar à humanística.
Portanto, as mudanças no perfil do Administrador são nítidas. Ser inovador, perceber o papel da mudança como elemento fundamental das organizações atuais e ter uma atitude empreendedora são características que irão garantir que esse profissional consiga sobressair e esteja sempre à frente das exigências do mercado.
PASSO 5 – CITE ALGUNS AVANÇOS IMPORTANTES EM TERMOS ECONÔMICOS E SOCIAIS, APÓS A LRF SER EXIGIDA DE FORMA TRANSPARENTE E DEMOCRÁTICA NO PROCESSO DE CONTROLE DAS FINANÇAS PÚBLICAS. FUNDAMENTE A SUA RESPOSTA, APRESENTANDO EXEMPLOS DE SEU MUNICÍPIO OU REGIÃO:
A Lei de Responsabilidade Fiscal define os princípios básicos de responsabilidade, tem em seu bojo noções de como realizar uma gestão pudente dos recursos públicos, estabelecendo também mecanismos prévios de ajustes que asseguram a observância de parâmetros de sustentabilidade fiscal. Neste contexto, os governos (estadual, municipal e federal) são obrigados a tornar transparente e equilibrada a diferença entre receitas e despesas. Em contra partida a sociedade juntamentecom as Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores são obrigadas a discutir abertamente formas de combater o desequilíbrio fiscal.
Os economistas tem destacado três pontos importantes da lei que estão mudando a cultura dos gestores em relação às contas públicas.
O primeiro é o fato de os governantes terem que fixar metas fiscais nas leis de diretrizes orçamentárias. Ou seja, o prefeito, governador ou presidente tem que dizer quanto pretende arrecadar a mais do que deverá gastar com despesas correntes em um determinado ano. Ou o contrário, ou seja, qual será o déficit almejado. 
O segundo ponto é a proibição para novos refinanciamentos de dívidas entre os entes da federação, basicamente, entre os estados e municípios com a União. O terceiro ponto destacado por José Roberto Afonso é o fato de que os bancos estatais não podem fazer empréstimos para os governos.
O consultor Amir Khair ressalta a regra que impede que um administrador deixe para outras despesas de curto prazo sem o dinheiro correspondente. São os chamados restos a pagar.
"Em 1999, anteriormente à LRF, ele era da ordem de 10%, esse passivo líquido em relação à receita. E ele terminou em 2003, que é o último dado disponível para os municípios, em 2,8%, esse passivo líquido em relação à receita. Ou seja, houve uma extraordinária melhora nessa questão da herança de curto prazo." 
O prefeito de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, José Alberto Venzel, afirma que os gestores estão mudando e que os administradores realmente precisam de fiscalização constante.
O planejamento é inerente à atividade administrativa, e, no Brasil, há décadas, encontra-se entre os princípios legais que estruturam a reforma administrativa, salienta, portanto, que atualmente a termologia adotada é diferente da outrora, mudou de Plano Geral de Governo e Orçamento Anual para os atuais Plano Plurianual _ PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias _LDO e Lei Orçamentária Anual _LOA. Passando portanto os planos a começar a partir da qualificação financeira de metas e objetivos, no sentido de se assegurar a continuidade de programas, independentemente de períodos de governo. Comparando com barreiras, essa Lei foi maravilhosa, pois os gastos começaram a ser controlados, dando prioridade aos serviços de saúde, educação e infraestrutura, e não gastando as verbas apenas com festejos. 
REFERÊNCIAS:
GUERRA, Evandro Martins. Os controles externo e interno da Administração Pública. 2.ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Forum, 2005.
GOVERNO DA BAHIA. Parâmetros para uma gestão fiscal responsável. 2ª Edição, 2000
MEDAUAR, Odete. Controle da administração pública. São Paulo: RT, 1993.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 34 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2008.
 ____________, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 13 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2003. 
____________, Hely Lopes. Finanças Municipais. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo: Saraiva, 1979.
SILVA, F. N. Código de Conduta da Alta Administração Federal. Brasília: Presidência da República, Comissão de Ética Pública, 2005. Disponível em: www.ufma.br/canais/prh/boletim/codigoconduta.pdf. Acesso em: 10 out. 2018.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Critérios Gerais de Controle Interno na Administração Pública. Um estudo dos modelos e das normas disciplinadoras em diversos países. 2009. Disponível em: Acesso em: 10 out. 2018.

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