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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS Engenharia da Computação Circuitos Elétricos I Professora: Thaís de Fátima Araújo Silva Trabalho RLC / Prática 9 Brendon Marcel C. Santos – 12.1.8396 Thiago Antônio Fortes Rocha – 14.1.8381 João Monlevade, 11 de novembro de 2018 1. Sumário Objetivo....................................................................................................................3 Parte 1:Trabalho RLC..............................................................................................3 Questao 01.......................................................................................................3 Questão 02.......................................................................................................7 Questão 03.......................................................................................................9 Questão 04.....................................................................................................10 Questão 05.....................................................................................................11 Pratica 09.............................................................................................................12 Conclusão.............................................................................................................20 Referências Bibliográficas...................................................................................20 2 2. Objetivo Esse relatório é divido em duas partes. A primeira parte será responsável descrever todo processo analítico e experimental dado pelo trabalho sobre circuitos RLC, assim como mostrar resultados encontrados. Já a segunda parte descreve a realização da 9ª prática de circuitos realizado em laboratório. Ambas as partes se referem a aplicação de circuitos RLC, tentando conectar conhecimentos teóricos e práticos, testando estes circuitos de 2ª ordem quando estão excitados a tensões de ondas quadradas e verificando seus estados sub, sobre, e criticamente amortecidos. 3. Parte I: Trabalho RLC O trabalho se constitui basicamente de simulações de circuitos de primeira e segunda ordem em programas de computador. Para isso, utilizamos o programa PSIM, que conta com todos os componentes que precisávamos. Apresentaremos primeiramente a parte experimental, e logo em seguida os resultados encontrados afim de responder as questões apresentadas. Etapa 1: Comportamento de Circuitos Transitórios de 1ª Ordem Questão 1: Simulamos no PSIM dois circuitos, um RC e outro RL, iguais aos da prática 8 realizada em sala de aula. Foram utilizados: Circuito RC: Resistência = 10kΩ, Capacitor = 0,01μF e um gerador de funções aplicando uma onda quadrada de Vpp (tensão pico-a-pico) = 3V e Frequência = 1kHz. Figura 1 - Circuito RC 3 Circuito RL: Resistência = 10kΩ, Indutor = 10mH e um gerador de funções aplicando uma onda quadrada de Vpp (tensão pico-a-pico) = 3V e Frequência = 1kHz. Figura 2- Circuito RL Resultados Ao se comparar os resultados de entrada e saída consegue-se perceber o nível de confiança que o simulador tem, pois, os resultados encontrados tanto na simulação quanto na medição em prática são iguais. Circuito RC: Resultados de tensão encontrados no resistor encontrados em prática Figura 3 - Resposta Tensão Entrada Circuito RC em Prática Resultados de tensão no resistor encontrados em simulação 4 Figura 4 - Resposta Tensão Entrada Circuito RC em Simulação Resultados de tensão no capacitor encontrados em prática Figura 5 - Resposta Tensão Capacitor Circuito RC em Prática Resultado de tensão no capacitor encontrados em simulação Figura 6 - Resposta Tensão Capacitor Circuito RC em Simulação Foi encontrado também um valor da constate de tempo de 1,88s que tambpem bate ao experimento feito em sala. Circuito RL: Resultados de tensão no resistor encontrados em prática 5 Figura 7 - Resposta Tensão Entrada Circuito RL em Prática Resultados de tensão no resistor encontrados em simulação Figura 8 - Resposta Tensão Entrada Circuito RL em Simulação 6 Resultados de tensão no indutor encontrados em prática Figura 9 - Resposta Tensão Indutor Circuito RL em Prática Resultados de tensão no indutor encontrados em simulação Figura 10 - Resposta Tensão Indutor Circuito RL em Simulação Questão 2: Figura 11 - Simulação 7 Circuito Cimulado: Figura 12 - Resultado Simulação Valores medidos: i3= 0,0144V e 0,015Ai 3(0 −) = 0 Cálculos: Chave aberta : − 0, 2 + 10i2 + 10i2 + v L = 0 20i2 = 0,2 i2 = 0, 01A − 0, 3 + 20i1 + 40i1 + v L = 0 60i1=0,3 i1 = 0, 005A i = i2 + i1 = 0, 015A Chave fechada: A resistência equivalente é 40//10 = 8Ω i3=0,2/10=0, 02A t > 0 − Rt − 8Rt i3(t)= i 0e L i3(t)= 0,015e 0,8 i3(t)= 0,015e− 10 t i3(0,004) = 0,015e− 10 0,004 i3(0,004) = 0,0144111842V Não há diferenças entre os valores calculados e os medidos pois os cálculos foram feitos com componentes ideais e no simulador também. 8 Questão 3: Para responder essa questão, montamos o seguinte circuito no simulador em que os valores de R = 50Ω, L = 10mH e C = 1mF com condições iniciais il(0) = 2ª e vl(0) = 10V excitado por uma fonte de corrente de I = 1ª. Figura 13 - Circutio RLC Questão 3 Resultados Ao se executar a simulação, captamos valores de tensão no capacitor e notamos que tais valores iam diminuindo à medida que o tempo passava. Figura 14 - Resposta Tensão Capacitor com Resistor de 50 Ohms Nota-se também muito pouca, ou quase nenhuma, interferência no sinal à medida que ele entra em regime permanente, logo concluímos que o sinal tem um amortecimento forte. Logo após cortamos o valor de resistência pela metade trocando o resistor de 50Ω para R = 25Ω, e obtivemos os seguintes resultados: 9 Figura 15 - Resposta Tensão Capacitor com Resistor de 25 Ohms Notamos que, apesar do amortecimento continuar forte devido à ausência de interferências no sinal, o tempo para que o circuito entre em regime permanente é bem maior que o anterior. Por fim, colocamos um último valor de resistência, agora R = 100Ω. Através da simulação, obtivemos o seguinte gráfico: Figura 16 - Resposta Tensão Capacitor com Resistor de 100 Ohms Logo, podemos concluir que à medida que o valor de resistência para, essa configuração de circuito, aumenta, menor é o tempo para que ele entre em regime permanente. Questão 4: Para esta questão, também montamos um circuito RLC, porém agora em série. Os valores dos componentes também foram alterados. R = 280Ω, L = 100mH e C = 0,4μF, excitado por uma fonte de tensão contínua de V = 48V, não contendo nenhuma tensão inicial presente no circuito. 10 Figura 17 - Circuito RLC Série Questão 4 Ao simularmos este circuito, buscando valores de tensão sobre o capacitor, obtivemos o seguinte gráfico: Figura 18 - Resposta Tensão Capacitor Questão 4 Esta resposta nos indica uma interferência enorme no sinal de saída do circuito, nos indicando que, para esta configuração, nós temos um amortecimento fraco no sinal. Questão 5: Figura 19 - Simulação Circuito Questão 05 11 Figura 20 - Resultado Simulação Circuito Questão 05 Figura 21 - Resultado Simulação Circuito Questão 05 4. Prática 9 – Comportamento do circuito RLC 4.1 – Teoria Para a realização desta prática, primeiro devemos entender alguns conceitos teóricos. Segundo o próprio roteiro de prática: “Ligação Série A aplicação da LKT ao circuito da Figura 1 conduz a seguinte equação: 12 Diferenciando a equação (1), obtém-se: Esta é uma equação diferencial de segunda ordem homogênea de coeficientes constantes. O polinômio característicopara essa equação diferencial é: com α=R/(2L) e ω0 = 1/√LC. O parâmetro α é chamado de constante de amortecimento (em radianos por segundo) e o parâmetro ω0 é chamado de frequência de ressonância (angular). Os zeros do polinômio característico são chamados de raízes características, elas são: A forma da resposta depende dos valores de α e ω0, ou seja 1. Circuito superamortecido (α > ω0) 2. Circuito criticamente amortecido (α = ω0) 3. Circuito subamortecido (α < ω0) 13 Ligação RLC Paralelo Para o circuito RLC em paralelo, Figura 2, tem-se: Definindo R = R//Rs tem-se: Diferenciando, obtém-se: As expressões da constante de amortecimento e frequência de ressonância para o circuito RLC paralelo são α = 1/(2RC) e ω0 = 1/√LC, respectivamente.” 4.2 – Materiais necessários Potenciômetro de 1kΩ 1 Capacitor de 120µF 1 Indutor de 1mH Osciloscópio Protoboard Gerador de Funções 14 4.3 – Parte Experimental A prática é realizada sobre dois circuitos RLC. Primeiramente são aplicados os passos no primeiro circuito (circuito RLC em série), depois os mesmos se repetem para o segundo (circuito RLC paralelo). Nesta prática, testaremos o comportamento de amortecimento do sinal para ambos estes circuitos, alterando valores da resistência R no potenciômetro, enquanto o circuito é alimentado por uma tensão quadrada v(t) = 8Vpp e f = 1kHz. Primeiramente, precisamos saber para qual valor de R para α = ω0. Logo, igualamos as duas equações apresentadas na sessão teórica do relatório. Para RLC Série: R/2L = 1/(LC)^(1/2) => R = 2L/(LC)^(1/2) => 181,81Ω Para RLC Paralelo: 1/(2RC) = 1/(LC)^(1/2) => R = ((LC)^(1/2))/2RC => R = 45,83Ω Com isso, medimos o valor de tensão da entrada e tensão no capacitor. Os valores encontrados estarão na sessão Resultados para ambos os circuitos. Fizemos também mais duas medidas para ambos os circuitos, uma com valor de resistência maior do que a resistência calculada e uma outra com a resistência menor do que a calculada. Os resultados encontrados para essas medidas também se encontram na sessão Resultados. 15 4.2 – Resultados Para o circuito RLC em série, obtivemos os seguintes resultados de resistência que foram utilizados no potenciômetro Valores de R Subamortecido (α<ω0) 69,20Ω Criticamente amortecido (α=ω0) 182,10Ω Superamortecido (α>ω0) 373,50Ω Resposta Subamortecido (R = 69,20Ω) Figura 22 - Resposta RLC Série Subamortecido Reposta Criticamente Amortecido (R = 182,10Ω) 16 Figura 23 - Resposta RLC Série Criticamente Amortecido Resposta Superamortecido (R = 373,50Ω) Figura 24 - Resposta RLC Série Superamortecido 17 Como podemos perceber, para um circuito RLC com configuração série, à medida que aumentamos os valores de R, o valor de α aumenta, aumentando também o amortecimento do sinal, fazendo com que o sistema entre em regime permanente mais rapidamente e com menos distorções. Para o circuito RLC em paralelo, obtivemos os seguintes valores de resistência que foram utilizados no potenciômetro Valores de R Subamortecido (α<ω0) 183,00Ω Criticamente amortecido (α=ω0) 45,83Ω Superamortecido (α>ω0) 3,60Ω Resposta Subamortecido (R = 183,00Ω) Figura 25 - Resposta RLC Paralelo Subamortecido 18 Resposta Criticamente Amortecido (R = 45,83Ω) Figura 26 - Resposta RLC Paralelo Criticamente Amortecido Resposta Superamortecido (R = 3,60Ω) Figura 27 - Resposta RLC Paralelo Superamortecido 19 Já para o circuito RLC em paralelo, observamos o comportamento oposto: à medida que aumentamos o valor da resistência, a “crista” do sinal aumenta, indicando maior distorção e menor amortecimento no sistema, sendo assim, aumentando o tempo para que o circuito entre em regime permanente. 5. Conclusão Através deste trabalho pudemos entender melhor o funcionamento e características básicas de um circuito RLC e aprendemos também a como utilizar todas essas informações na prática, sabendo olhar para a resposta de um sinal no osciloscópio e deduzir o que aquele sinal realmente representa, até matematicamente. Aprendemos também a mexer com o PSIM, que, apesar de todas as limitações de licenças encontradas, é uma poderosa ferramenta para tratar problemas de circuitos gerais, podendos representa-lo no próprio programa, e simulando possíveis saídas. Por fim, entendemos o conceito de Amortecimento encontrado no sinal do circuito, e como podemos alterar o circuito a fim de controlar esse amortecimento. 6. Referências Bibliográficas Roteiro “Atividade Avaliativa de Circuitos Elétrico I – Simulações” utilizado em sala de aula. Roteiro “Prática 09” utilizado em sala de aula. 20