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Projeto de Caprinocultura Sustentável

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - SETEC 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
DO MARANHÃO - CAMPUS CODÓ 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPRINOCULTURA DE CORTE EM SISTEMA ORGÂNICO VISANDO O 
ABASTECIMENTO DO RESTAURANTE DO INSITUTO FEDERAL DO 
MARANHÃO CAMPUS CODÓ: IDEIAS, PLANEJAMENTO E DESAFIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CODÓ-MA 
2018 
CAPRINOCULTURA DE CORTE EM SISTEMA ORGÂNICO VISANDO O 
ABASTECIMENTO DO RESTAURANTE DO INSTITUTO FEDERAL DO 
MARANHÃO CAMPUS CODÓ: IDEIAS, PLANEJAMENO E DESAFIOS 
 
A caprinocultura no nordeste do Brasil é um setor que cresce constantemente. 
Pretendendo posicionar a caprinocultura no contexto da crescente preocupação com a 
exploração sustentável da atividade agropecuária, destacando as importantes 
contribuições que cabras e bodes podem oferecer para o tema, bem como os desafios que 
os caprinocultores devem enfrentar nos próximos ano. Com o presente estudo objetiva-
se desenvolver em sistema orgânico a caprinocultura de corte no Instituto Federal do 
Maranhão Campus Codó, tendo a finalidade de abastecer o restaurante da instituição. A 
implantação do sistema vai desde a compra de animais, a escolha das espécies forrageiras 
que servirão para a alimentação dos caprinos, o plantio das culturas, a montagem das 
instalações- aprisco-, visando a redução de custos e tornando o sistema sustentável. 
 
 
 
 
Palavras chaves: sustentabilidade, carne, caprinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A produção de ruminantes de pequeno porte é uma das atividades de maior 
importância para a região do Semiárido nordestino. Segundo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística - IBGE (2014), o rebanho nordestino apresenta grande 
expressividade no quantitativo da população animal, ou seja, possuem em torno de 8,1 
milhões de caprinos, 10,1 milhões de ovinos e 29,3 milhões de bovinos, mesmo assim 
exibem níveis baixos de produtividade. 
Pretendendo posicionar a caprinocultura no contexto da crescente preocupação 
com a exploração sustentável da atividade agropecuária, destacando as importantes 
contribuições que cabras e bodes podem oferecer para o tema, bem como os desafios que 
os caprinocultores devem enfrentar nos próximos anos. (DEVENDRA C., 2010) 
Primeiramente, é importante definir o termo "sustentabilidade". Desenvolvimento 
sustentável é uma forma de uso dos recursos disponíveis que objetiva satisfazer as 
necessidades humanas enquanto se preserva o meio ambiente, para que tais necessidades 
possam ser satisfeitas não apenas hoje, mas também no futuro. Ou seja, é a forma de 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a possibilidade 
das próximas gerações de satisfazer as suas. Assim, a caprinocultura sustentável pode ser 
definida como a capacidade de produzir cabras e seus produtos para satisfazer as 
necessidades humanas no presente e no futuro. (DEVENDRA C., 2010) 
Neste sentido, devem ser considerados fatores ambientais (uso da energia, 
conservação da biodiversidade, manejo do solo e da água, qualidade do ar, etc.), 
econômicos (políticas de trocas justas, acesso aos mercados, demanda pelos produtos, 
créditos, financiamentos, etc.) e sociais (fatores culturais, tradições, política, sociedade 
civil). (DEVENDRA C., 2010) 
Vários acontecimentos e tendências globais podem afetar negativamente ou 
positivamente os sistemas de produção de caprinos, e os produtores precisam estar 
atentos. Alguns deles são o aquecimento global, os custos crescentes da energia e dos 
grãos, o crescimento da população humana e as mudanças de suas dietas, o crescimento 
dos rebanhos de animais de criação e a degradação ambiental. Como estes fatores podem 
afetar a caprinocultura? O que torna os criadores de caprinos mais resistentes ou mais 
sensíveis às oportunidades e desafios que estão surgindo? (DEVENDRA C., 2010) 
Fazer com que ocorra a ampliação da capacidade produtiva por animal, 
melhorando também o potencial nutritivo das forragens, pode representar uma 
possibilidade de menor impacto, diante de uma maior necessidade de investimentos e de 
forte apelo ambiental e produtivo. As fabaceas forrageiras, consideradas fortes fixadoras 
de nitrogênio, por sua capacidade simbiótica, são essências e contribuem para a 
alimentação animal, além de constituírem uma alternativa em pleito a sustentabilidade 
dos sistemas de produção agrícola e pecuário (BARCELLOS et al., 2008). 
Pesquisas vêm sendo realizadas, tendo como foco melhorar os baixos índices de 
produção animal e tornar essa prática sustentável. O uso da Leucena (Leucaena 
leucocephala (Lam.) de Wit), por se tratar de uma leguminosa forrageira que se 
desenvolve bem nos trópicos, pode vir a servir como reserva estratégica de alimento para 
a região (CAMPOS et al., 2017). 
Por decorrência de sofrer pouca ou nenhuma estacionalidade no período de seca, 
essa leguminosa consegue manter sua produtividade, fazendo assim com que suas folhas 
continuem verdes durante todo o ano (SANTANA NETO et al, 2013). A leucena possui 
um manejo fácil, apresenta boas características nutricionais e destaca-se para a sua rebrota 
rápida mesmo em terrenos secos, influenciando assim seu uso na alimentação animal 
(DRUMOND; RIBASKI, 2010; BARRETO et al., 2010). 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
A criação de caprinos no nordeste do Brasil é, desde a época colonial, 
caracterizada como atividade de subsistência feita por pequenos produtores rurais, 
oferecendo a estes, produtos valiosos como carne, leite, pele e esterco, constituindo-se 
como uma alternativa econômica para as populações de baixa renda. Atualmente o 
Nordeste detém 90,16% dos caprinos nacionais. 
A proporção mais significativa da produção animal está diretamente relacionada 
com a alimentação, tendo como maiores valores por quilo de produto, as fontes proteicas 
de maior valor, liderando o ranking está a soja e seus subprodutos, como o farelo de soja 
(FS). 
É de extrema necessidade fazer uso de fontes alimentares alternativas com o 
intuito de melhorar a relação custo/benefício das dietas (ARGÔLO et al., 2010), onde as 
leguminosas adaptadas aos trópicos, com a finalidade de suprir as necessidades proteicas 
dos animais, surgem como uma alternativa viável, tanto do ponto de vista nutricional, 
quanto econômico. (ELOY, A.M.X. et al., 2007) 
As poaceas africanas são predominantes nas pastagens na região nordeste, por se 
adaptarem bem à baixa pluviosidade. O capim-tanzânia (Panicum maximum) vem sendo 
utilizado como uma alternativa ao capim-colonião, forrageira do gênero Panicum 
tradicionalmente cultivada em solos mais férteis, bem como passou a ser usada como 
substituta da braquiária decumbens em processo de degradação. Além disso, o benefício 
computado refere-se exclusivamente à pecuária de corte. Sabe-se, no entanto, que outras 
atividades, como a produção de leite, são beneficiadas pelo capim-tanzânia (EMBRAPA, 
1990). 
Os cultivares da espécie Panicum maximum (Mombaça e Tanzânia) são 
caracterizadas pelo seu grande potencial de produção de forragem, destacando-se nas 
áreas de pastagens cultivadas do país. A espécie apresenta alta resposta à adubação e, 
como a maioria das forrageiras tropicais, possui considerável estacionalidade de 
produção, com maior acúmulo de massa no período de disponibilidade hídrica, 
temperatura e luminosidade favoráveis. Apresentam ainda, porte elevado, folhas longas e 
de boa aceitabilidade aos animais de diversas categorias (PEIXOTO JÚNIOR, 2014). 
Além disso, a tanzânia apresenta maior resistência às cigarrinhas-das-pastagens,em relação ao Colonião e Tobiatã e possui resistência mediana ao carvão nas 
inflorescências, dessa forma há um menor uso de inseticidas para o controle dessas pragas 
na cultura (EMBRAPA, 2001). 
Dessa forma, o seguinte estudo pretende produzir/implementar de forma 
sustentável a caprinocultura de forma intensiva no Instituto Federal de Educação, Ciência 
e Tecnologia do Maranhão – Campus Codó, como forma alternativa de oferta de carne 
para o R.U da referida instituição. Já que o mesmo requer uma quantidade equivalente a 
1056 animais por ano, para que se possa ofertar carne de caprinos 4 vezes ao mês. 
 
 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 A Leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit) e seu uso na 
alimentação de caprinos 
 
A Leucena apresenta boa produtividade, de cinco a vinte cinco toneladas de 
matéria seca/ha/ano e pode produzir até 750 kg de sem/ha/ano (FORMENTINI, 2008). 
Os níveis de proteína tanto sob a forma de forragem verde quanto conservada como 
silagem ou feno, giram em torno de até 25,9%, cálcio de 2,36% e fósforo de 0,23% 
(COSTA, 2017). Por ter uma boa palatabilidade, não é recomendado a exclusividade da 
Leucena na alimentação, por decorrência da mimosina, pois se trata de aminoácido que 
pode chegar a causar intoxicações nos animais (FORMENTINI, 2008; LIMA et al. 2006; 
VIANA 2006). 
A Leucena tem variados usos para a alimentação animal, podendo ser utilizada 
como banco de proteína ou até mesmo consorciada com algum tipo de gramínea, ou ainda 
diretamente no cocho, fresca, ensilada ou até mesmo fenada. (SÁ et al., 2017; TALES, 
2000). 
Os caprinos estão recebendo destaque como boa fonte de alimentos proteicos em 
regiões menos desenvolvidas e até mesmo nas em desenvolvimento, obtendo assim uma 
maior relevância nas últimas décadas, gerando também renda para a maioria das famílias 
produtoras (ALVES et al., 2017) 
Contudo, a sazonalidade do período chuvoso e as secas periódicas que se 
apresentam na região do semiárido, acabam que impondo grandes e severas restrições ao 
suprimento de forragens e, consequentemente, à produção de pequenos ruminantes 
(MENEGHETTI; FERREIRA, 2009; ARAÚJO FILHO; SILVA, 2000.). 
 
 Capim-tanzânia (Panicum maximum): potencial e manejo 
 
 O bom manejo dos caprinos está relacionado a uma boa pastagem e à escolha 
da espécie e o seu manejo. O capim-tanzânia é umas das poaceas que se destacam para 
uso na caprinocultura. A Panicum maximum atinge até 1,3 m de altura; as folhas e bainhas 
não apresentam pilosidade nem cerosidade. Os colmos são suavemente arroxeados e as 
inflorescências são panículas com espiguetas arroxeadas, sem pilosidade e semelhantes 
às do capim-colonião comum. O capim-tanzânia requer solos de media a alta fertilidade, 
apresentando exigência média a alta quanto ao nitrogênio, fósforo e potássio, não se 
adaptando a solos mal drenados. Para seu estabelecimento são necessários níveis mínimos 
de fósforo no solo, 5 e 8 mg em solos argilosos e arenosos, respectivamente, e saturação 
de bases entre 30% e 45%, medida em pH 7,0 (EMBRAPA, 2001). 
 Essa espécie foi liberada pela Embrapa Gado de Corte para uso comercial em 
1990, em razão do seu elevado potencial de produção anual (33 t/ha de matéria seca total 
e 26 t/ha de matéria seca de folhas) e do seu bom valor nutritivo (12,7% e 9% de proteína 
bruta em folhas e em hastes (SANTOS & COSTA, 2006). 
De acordo com Italiano e Neto (2002), estudando poaceas forrageiras para uso de 
caprinos e ovinos em pastagem, na Embrapa Meio-Norte no Piauí, verificaram que a 
preferência dos caprinos e ovinos foi pelas poaceas tanzânia, andrópogon e braquiarão. 
Concluindo assim, que para a formação de pastagem, deve utilizar preferencialmente a 
tanzânia e o andropógon, e o pastejo deve ser feito aos 30 dias, por apresentar um bom 
rendimento forrageiro e razoável teor de proteína bruta. A tanzânia, por apresentar um 
poste de até 1,3 metros se mostra uma espécie adequada para alimentação de caprinos, 
estes que também apresentam um porte menor (ITALIANO E NETO, 2002). 
Apesar de os cultivares de Panicum maximum apresentarem diferentes potenciais, 
a obtenção de elevada produção de matéria seca (MS) em áreas de capim-tanzânia não 
representa grande problema, desde que as condições de fertilidade do solo e de manejo 
sejam favoráveis, além de apresentarem boa resistência às cigarrinhas-das-pastagens 
(EMBRAPA, 2003; SANTOS & COSTA, 2006). 
 
 Instalações para caprinos 
O chiqueiro recomendado para a criação de caprinos deve ser rústico, destinado 
ao abrigo e manejo dos caprinos. Deve ser construído utilizando materiais existentes na 
propriedade, tais como madeira redonda e palha de babaçu ou carnaúba para a cobertura, 
com piso de chão batido. O tamanho do chiqueiro deve ser definido de acordo com a 
dimensão do rebanho, recomendando-se uma área útil de 0,8 m2 a 1,0 m2, para cada 
animal adulto. É importante que o chiqueiro apresente, internamente, pelo menos quatro 
divisões destinadas para lotes de animais nas seguintes fases de desenvolvimento 
(EMBRAPA, 2003). 
A primeira divisão deve dar acesso a um piquete com pastagem nativa ou 
cultivada. Esta área permite manejar adequadamente as cabras próximas à parição e as 
cabras recém-paridas, evitando a ação de predadores e a ocorrência de miíases (bicheiras) 
nos animais recém-nascidos. Em cada uma das divisões reservadas tanto aos lotes de 
cabras próximas à parição e as recém-paridas, quanto para os animais em reprodução e 
desmamados, devem ser colocados cochos para sal mineral para a suplementação dos 
animais. Os cochos podem ser feitos de pneus, de tábuas ou de troncos ocos encontrados 
na propriedade e devem ficar posicionados a uma altura de 0,50 m do solo (EMBRAPA, 
2003). 
 
4 OBJETIVOS 
 
4.1 OBJETIVO GERAL 
 
 Desenvolver a caprinocultura de corte de forma sustentável no IFMA 
campus Codó visando o fornecimento de carnes para o RU. 
 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Determinar a quantidade de animais a ser adquiridos para suprir a 
necessidade do refeitório; 
 Escolher as espécies forrageiras adequadas para alimentação dos caprinos; 
 Produzir de forma sustentável as forrageiras para a alimentação dos 
animais; 
 Traçar formas de manejo para a obtenção máxima de produção. 
 
5 METODOLOGIA 
 
 Alimentação dos animais 
A fonte de volumoso será capim-Tanzânia fornecido via pastejo direto, e o 
concentrado será formulado na proporção de 70:30 (fonte energética: fonte proteica). 
Onde cada animal, consumirá um média de 1 kg de material proteico (Feno de Leucena) 
e 6 kg aproximadamente de capim-tanzânia. 
A alimentação dos animais será fornecida em duas refeições diárias, às 08:00 h e 
16:00 h. Todo o volumoso (capim- Tanzânia) será fornecido de uma única vez, na refeição 
da manhã, e o concentrado será fornecido 50% pela manhã e 50% à tarde. 
 
 Implementação da área de Leucena 
Será instalada uma área para o cultivo da Leucena que corresponderá a 5ha, será 
disposto duas covas por metro linear e 3 sementes por cova. Neste espaçamento serão 
empregados 10 a 12kg de sementes/ha (EMBRAPA, 1983). Será adotado o espaçamento 
de 1 x 1 m, sendo entre plantas e entre linhas, respectivamente. Indicado para a formação 
de banco de proteína com destino exclusivo para nutrição animal, conforme Andrade et 
al. 2015. 
 Uso dos animais 
Serão adquiridos 1056 animais no primeiro ano, onde metade será destinado para 
reprodução (514 fêmeas/matrizes e 14 machos/reprodutores), já o restante dos animais 
será distribuído uniformemente para que se possa fornecer carne caprinos 2 vezes ao mês, 
até que se implemente totalmente a caprinocultura com seu máximo de produtividade. Orçamento 
Sementes de Leucena – R$25 por Kg 
Adubação da Leucena - exigências baixas, requerendo apenas calagem (R$ 3165,00) 
Sistema de irrigação por gotejamento – R$ 431,00 (com todos os materiais/5ha) 
 Implementação da área de capim-tanzânia 
Será instalado uma área de 3 hectares, utilizando 2,0 kg ha-1 de sementes viáveis 
com espaçamento 0,30 m entre linhas com profundidade de 2,0 a 4,0 cm; com 4 piquetes 
de 715 m2 onde ficarão localizados bebedouros. Para a adubação nitrogenada será 
utilizado 300 kg ha-1 de nitrogênio tendo como fonte o esterco bovino. A irrigação será 
feita por aspersores com lâmina de 200mm, para economia de água (EMBRAPA, 2003). 
 Orçamento 
Sementes de capim-tanzânia – R$ 21 por kg 
Calagem- R$ 1900,00 (3ha) 
Sistema de irrigação por aspersão- R$ 1782 
 Instalação do aprisco 
 
O aprisco será feito de forma suspensa, a 80 cm do solo com área de 2000 m2, 
dividida em quatro partes distintas: 1. Para as matrizes e caprinos reprodutores; 2. Para 
os cabritos desmamados; 3. Para as cabras recém-paridas e 4. Para animais em lactação 
de acordo com a Embrapa (2003). 
Os materiais usados para a estrutura do chiqueiro serão madeira, tábuas, troncos 
pregos, ripas, arames, fechaduras, dobradiças, para a cobertura será utilizado palhas de 
babaçu, para os cochos será reutilizado pneus. 
 Bem-estar Animal 
A estrutura do aprisco, atenderá as demandas da produção de cunho orgânico: 
1. liberdade nutricional: os animais devem estar livres de sede, fome e desnutrição; 
2. liberdade sanitária: os animais devem estar livres de feridas e enfermidades; 
3. liberdade de comportamento: os animais devem ter liberdade para expressar os 
comportamentos naturais da espécie; 
4. liberdade psicológica: os animais devem estar livres de sensação de medo e de 
ansiedade; e 
5. liberdade ambiental: os animais devem ter liberdade de movimentos em 
instalações que sejam adequadas a sua espécie. 
 Bem-estar Animal 
Art. 59. 
§ 1º O uso de produtos provenientes de organismos geneticamente modificados só será 
permitido para as vacinas obrigatórias. 
Para obtenção e manutenção da saúde dos animais, deve-se utilizar o princípio da 
prevenção 
Art. 62. Todas as vacinas e exames determinados pela legislação de sanidade 
animal serão obrigatórios. 
 
 
 Orçamento 
Fechaduras – R$ 8,00 
Dobradiças – R$ 3,79 
Pregos – R$ 10, 57 
Barbantes – R$ 9,00 
 
6 RESULTADOS ESPERADOS 
 
Espera-se com este estudo a implantação da caprinocultura de corte de forma 
sustentável no Instituto Federal do Maranhão Campus Codó, visando o abastecimento de 
carne no refeitório da instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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