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Sangue Periférico
Aluno: Marcio Panato / Curso: Medicina
Faculdade: Universidade Anhembi Morumbi
O Sangue periférico é composto por plasma (49–64%) e elementos figurados: hemácias ou eritrócitos (35-50%), leucócitos (1%) e as plaquetas (<0,5%).
Obs: 
a)O sangue é uma mistura heterogênea que, quando separada, pode se
observar diversas camadas.
b)Hematócrito: Separação do plasma de leucócitos e hemácias
Plasma:
O plasma se forma da ingestão de água, de alimentos, da difusão, e trocas liquidas entre os vários compartimentos do organismo. É composto por 91%-92% de água, 7 – 8% de proteínas plasmáticas (Albuminas, Globulinas e Fibrinogênio) e 1-2% de outros solutos, como eletrólitos (Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3-, etc.) nutrientes e gases reguladores.
Leucócitos:
 Fazem a defesa do organismo. Há dois tipos de Leucócitos, os granulócitos e os agranulócitos. Os granulócitos destroem por fagocitose microrganismos invasores e outros agentes lesivos ao corpo. São eles os neutrófilos, eosinófilos, basófilos. Os agranulócitos são os monócitos (Macrófago), realizam fagocitose e os linfócitos (Linfócito B, Linfócito T e Natural Killer), que são os efetores da imunidade do organismo.
Granulócitos:
Neutrófilos: Fazem defesa contra infecções bacterianas, atuando em processos inflamatórios. Localizam-se na medula óssea (proliferação e reserva), no pool sanguíneo (½ circulante e ½ na margem) e pool tissular.
Obs: Cinética neutrofílica: os neutrófilos se dispõem de duas maneiras nos vasos, no compartimento marginal, junto as paredes de vênulas e arteríolas ou em livre circulação no interior dos vasos. O compartimento marginal contém o mesmo número de neutrófilos que o compartimento circulante, mas apenas o circulante é considerado na contagem do leucograma. 	Tipos de granulócitos: granulações toxicas em processos infecciosos. Os Grânulos específicos são enzimas/elementos de reposição da membrana e elementos antioxidantes e os grânulos azurofilos são lisossomos. No hemograma aparece como “bastonetes” e “segmentados”. Possuem sobrevida de 6 a 8 horas. Os mecanismos capazes de alterar a concentração de neutrófilo no sangue periférico:
Alteração na proporção de células entre os compartimentos: passagem da marginal para a circulante após adrenalina e exercícios extenuantes. Indica falsa neutrofilia.
Modificação no provimento pela medula óssea: aumento da produção em infecções. Neutrofilia verdadeira.
Modificação da migração para os tecidos: diminuição da passagem, maior mobilização da medula óssea, desvio do marginal pro circulante, na administração de glicocorticoides. Neutrofilia ineficiente, com aumento da produção porem aumento do armazenamento intravascular.
Neutrofilia: > 7.000/uL. Causas: Infecções bacterianas (meningite, pneumonia, apendicite, peritonite, amigdalite endocardite, artrite, entre outras.) intoxicações exógenas, intoxicações endógenas, colagenases, descarga adrenérgica, corticosteroides.
Neutropenia: < 1.500/uL. Causas: neutropenia crônica benigna, neutropenia clínica, medicamentos, produtos químicos, radiações, síndromes mielodisplásicas, febre tifoide, febre paratifoide, infecções intestinais por Salmonelas, E. coli invasora, Yersínia, etc. Diminuição do fornecimento pela medula óssea, aumento da destruição, alteração da distribuição.
Eosinófilos: Fazem a defesa contra parasitas, atuando, quando desregulado, em alergias 40 a 500/mm³, 1 a 5% no adulto e na criança.
No hemograma:
Eosinofilia: > 500/uL. Causas: parasitoses, alergia, radioterapia, colagenoses, Síndrome de Loeffler e doenças mieloproliferativas.
Eusinopenia: < 40uL. Stress, infecções agudas, corticosteroides e ACTH
Basófilos: Atuam principalmente na inflamação. Nos tecidos, transformam-se em mastócitos. Tem sítios de ligação de imunoglobulina E (IgE), e sua degranulação libera histamina. Entre os granulócitos estão a heparina, histamina, proteína básica principal, condroitin sulfatado, carboxipeptidase A e B glicuronidase.
No hemograma:
Basofilia: >100/uL. Causas: doenças mieloproliferativas (LMC, policitemiavera).
Basopenia: sem interesse clínico.
Agranulócitos:
Monócito: É uma célula fagocítica do sangue. Ao sair do sangue, diferencia-se em macrófago, fagocitando bactérias, células mortas, e outros corpos estranhos aos tecidos. Obs: Os macrófagos fagocitam (“ingerem”) microrganismos para destrui-los. Quando imaturos são denominados monócitos e ficam no sangue. Quando maduros, viram macrófagos e vão atuar nos tecidos. 
No hemograma:
Monocitose: > 800/uL. Causas: acompanha a neutrofilia em processos inflamatórios, (mais tardia), endocardite bacteriana subaguda, tuberculose, brucelose leishmaniose.
Monocitopenia: < 80/uL. Causas: Tricoleucemia, muito incomum.
Linfócito: Produzem anticorpos e outros agentes químicos responsáveis pela destruição de microrganismos. Dois aspectos únicos, característicos do sistema imunológico, são a capacidade de gerar especificidade antigênica e o fenômeno da memoria imunológica. Contribui para as reações alérgicas, rejeição de enxertos, controle de tumores e regulação do sistema imunológico. Após o nascimento, a medula óssea e o timo são os órgãos linfoides primários em que se desenvolvem os linfócitos.
Obs: Os linfócitos T e B não ativados são chamados de pequenos linfócitos. Quando ativados linfócito B é chamado de Plasmócito e o Linfócito T de Linfócito T reativo. A contagem global dos leucócitos (GB) é diferencial, relativa e absoluta, descreve as alterações morfológicas das células. Os linfócitos são divididos em:
Linfócitos B: Produzem anticorpos que se ligam aos microrganismos sinalizando para destruição.
Linfócitos T: Coordenam toda a resposta imune, além de serem capazes de destruir células infectadas e ativa os linfócitos B.
Células NK (Natural Killer): As células NK são orientadas para matar células- alvo o que pode ocorrer durante a infecção viral ou sem células malignas. As células NK desempenham essa função exibindo em sua superfície vários receptores.
No hemograma:
Linfocitose: > 4000/mm³. Causas: Infecções bacterianas (coqueluche, sífilis, tuberculose), Infecções por protozoários (toxoplasmose aguda), Doença linfo proliferativa e Infecções virais (mononucleose, rubéola, hepatite, CMV, HIV).
Linfopenia: < 800/mm³. Causas: Irradiação, Hodgkin, Lúpus e AIDS.
Plaquetas:
As plaquetas colaboram com a coagulação. O anticoagulante diminui a função de agregar das plaquetas. As plaquetas são produzidas na medula óssea por fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, uma das maiores células do organismo. O precursor do megacariócito (o megacarioblasto) surge por um processo de diferenciação da célula-tronco hematopoiética. No hemograma, o valor normal é entre 150.000 a 450.000/mm3. Não possuem grande variações com sexo ou idade. Tempo de vida: de 7 a 10 dias.
No Hemograma:
Plaquetopenia (trombocitopenia): < 150.000/mm³. Causas: Púrpuras trombocitopênicas, Mieloaplasias, Leucemias, Grandes hemorragias, Viroses, Esplenomegalia, CIVD: coagulação intravascular disseminada e Septicemias.
Trombocitose ou Trombocitemia: > 450.000/mm³. Causas: Síndromes mieloproliferativas, Pós-hemorragia, Doenças inflamatórias crônicas, Pós-esplenectomia e Anemia ferropriva. Hemácias.
Hemácias:
Está relacionada com a respiração, transporte de gases através da hemoglobina. Tem origem na Eritropoiese. Seu formato é bicôncavo e é uma célula anucleada (não tem núcleo e tem camadas que são unidas por proteínas, existem patologias decorrentes de alterações nessas proteínas). Os valores citoplasmáticos aproximados são 33% de Hb e 66% de água. Seu tempo de vida é de aproximadamente 100 - 120 dias. A concentração em homem é cerca de 5.200 milhões/ mm3 e em mulher é de 4.700 milhões/ mm.3
 É responsável pela oxigenação do sangue: Sangue venoso tem pO2 = 40mmHg, os capilares pulmonares têm pO2 = 100mmHg (hematose alveolar), o sangue arterial tem pO2 entre 90 e 100mmHg e os capilares gerais tem pO2 = 40mmHg (trocas gasosas nos tecidos). O mais importanteno Hematócrito é a hemoglobina, é o mais fidedigno. A Hemoglobina é composta por duas cadeias alfa e duas cadeias beta, cada subunidade com molécula Heme com Fe+2. 
 Os limites de referência inferiores da concentração de Hb em homens, mulheres e crianças de várias idades. Os recém-nascidos têm maior valor de Hb, que diminui até os 3 meses de idade até o valor mínimo, voltando a subir. Em crianças, os valores são menores que em adultos, e o valor de homens é maior que o de mulheres. No hemograma: VCM informa o volume das hemácias e RDW informa a variação no tamanho da população. As hemácias determinam o tipo sanguíneo (Sistema ABO: diferentes tipos de aglutinogênios).

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