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HEMATOLOGIA VETERINÁRIA

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HEMATOLOGIA VETERINÁRIA 
É a área que estuda os elementos figurados do sangue: 
hemácias, leucócitos e plaquetas. Estuda também a 
produção desses elementos, órgãos em que são 
produzidos, também conhecidos como órgãos 
hematopoiéticos (medula óssea, baço e linfonodos). 
Além do estado de normalidade destes, estuda 
também as doenças relacionadas 
 
O SANGUE 
 Tecido em fase líquida 
 A principal função do sangue é o transporte, seja 
esse de substâncias essenciais para a célula, como 
oxigênio, ou produtos do metabolismo que são 
indesejáveis ao organismo, temperatura e 
componentes do sistema imune 
 Plasma: água (>90%), sólidos orgânicos (09%) e 
sólidos inorgânicos (1%) 
 Elementos figurados: eritrócitos, leucócitos, 
plaquetas 
 
HEMATOPOIESE 
 É o processo de formação, desenvolvimento e 
maturação dos elementos figurados do sangue, a 
partir de um precursor celular comum e 
indiferenciado, conhecido como célula 
hematopoiética pluripotente, célula tronco ou 
stem cell 
 
HEMATOPOIESE PRÉ NATAL 
 Extra embrionária → saco vitelínico 
 Intra embrionária → fígado, baço, linfonodos, MO 
 
TEORIA MONOCELULAR / MONOFILÁTICA 
 Diz que todos os elementos sanguíneos derivam de 
uma única célula indiferenciada, que se diferencia 
nas linhages celulares a partir dos fatores de 
crescimento estimuladores de colônia 
 A série eritrocitária, que dá origem aos eritrócitos 
através do estímulo da eritropoetina (EPO), 
produzida pelo rim. A série megacariocítica, origina 
as plaquetas a partir do estímulo da trombopoetina. 
A série mielomonocítica, que origina os leucócitos, 
depende do estímulo de fatores estimuladores de 
colônia granulocíticos (FEC-G) e mielomonocíticos 
(FEC-M) 
Órgão Função no processo de hematopoiese 
Baço 
 Fase embrionária: diferenciação de 
eritrócitos 
 Fase adulta: armazenamento de ferro / 
hemocaterese e potencial de realizar 
hematopoiese 
Fígado 
 Fase embrionária: diferenciação de 
eritrócitos 
 Fase adulta: armazenamento de vitamina 
B12, ferro, ácido fólico (folato), 
hemocaterese (e eliminação de seus 
produtos – bile), potencial de realizar 
hematopoiese, produz precursor da 
eritropoetina, potencial de hematopoiese 
Estômago 
 Produção de ácido clorídrico para a 
liberação do ferro do complexo de 
moléculas orgânicas 
 Produção de intrínseco para facilitar a 
absorção de vitamina B12 
Rim  Produzem eritropoetina e tromboetina 
Mucosa 
intestinal 
 Absorção de vitamina B12, ferro e ácido 
fólico 
Linfonodo 
 Produzem linfócitos que estão engajados 
ativamente na síntese de anticorpos 
Sistema 
monocítico-
fagocitário 
 Também conhecido como sistema 
retículo endotelial (sistema de fagocítico) 
 Eliminação de células sanguíneas, 
reutilização da hemoglobina, 
armazenamento de ferro 
 Composto por fígado, baço e medula 
óssea principalmente 
Medula 
óssea 
 Produção de células sanguíneas 
 Hemocaterese 
 Armazenamento de ferro 
 
 
SISTEMA HEMATOPOIETICO LÍTICO 
 Responsável pela produção e destruição de 
células e elementos sanguíneos, sempre em 
quantidades proporcionais a fim de evitar o 
desequilíbrio fisiológico, sendo que os principais 
órgãos desse sistema são a medula óssea 
(produção) e o baço (destruição) 
 Em casos de esplenectomia, o fígado assume a 
função esplênica, pois retém seu potencial 
embrionário de participação no sistema 
hematopoiético lítico. 
 
 
 
 
 
 
ERITROPOIESE 
 As hemácias são as unidades morfológicas da série 
vermelha 
 São compostas 61% de água, 32% de proteína 
(hemoglobina), 7% de carboidratos e 0,4% de 
lipídios 
 Nos mamíferos, as hemácias maduras são 
anucleadas, bicôncavas e não possuem 
organelas, logo não sintetizam nenhuma proteína 
 Através d a hemoglobina, a principal função 
dessas células é transporte de oxigênio do pulmão 
para os tecidos e de maneira inversa, o gás 
carbônico dos tecidos para o pulmão 
 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS HEMÁCIAS 
a) Interleucinas 
b) Eritropoetina (EPO) 
c) Hormônio tireoideano 
d) Fatores de crescimento 
e) Hormônios andrógenos 
f) Hipóxia tecidual 
 
FATORES INIBIDORES DA FORMAÇÃO DE HEMÁCIAS 
a) Drogas mielotóxicas 
b) Estrógeno 
c) Doenças infecciosas 
d) Doenças endócrinas 
e) Neoplasias 
 
 
HEMOGRAMA 
 Eritrograma: contagem e avaliação morfológica 
dos eritrócitos; dosagem da hemoglobina e 
medição do hematócrito 
 Leucograma: contagem total de leucócitos; 
diferencial leucocitário e avaliação morfológica 
 Plaquetograma: contagem e avaliação 
morfológica das plaquetas 
 
 
ERITROGRAMA 
 Parte do hemograma, composta por contagem 
dos eritrócitos, dosagem de hemoglobina, 
avaliação do hematócrito e determinação dos 
índices hematimétricos 
 Dosagem de hemoglobina: corresponde a 
concentração total de hemoglobina no sangue. 
Pode ser automatizada ou por espectofotometria. 
O hematócrito dividido por 3 tem-se o valor da 
hemoglobina do paciente 
 Lipemia pode causar alteração na dosagem 
 
AVALIAÇÃO DO HEMATÓCRITO 
 O hematócrito fornece a porcentagem de 
eritrócitos circulantes em relação aos demais 
componentes do sangue 
 Fatores como hemodiluição da amostra ou 
presença de coágulos podem alterar o resultado 
do hematócrito 
 
 Aumentados: policitemia / eritrocitose 
 Diminuídos: anemia 
 
ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS 
 Volume corpuscular médio (VCM) e a 
concentração de hemoglobina corpuscular média 
(CHCM) classificam as anemias: 
 
 VCM: tamanho das hemácias 
VCM = hematócrito x 107 / número de eritrócitos 
 
 CHCM: quantidade de hemoglobina nas hemácias 
CHCM = hemoglobina x 100 / hematócrito 
 
VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM) 
 VCM normal: normocítica – regeneração 
 VCM baixo: microcítica – regeneração 
 VCM alto: macrocítica – células jovens 
CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR 
MÉDIA 
 CHCM normal: normocrômica – (células adultas) 
 CHCM baixo: hipocrômica - (células jovens) 
 CHCM alto: hipercrômica 
 A hipercromia é um conceito teórico e não prático. 
Um eritrócito é capaz de transportar em seu 
citoplasma uma quantidade X de hemoglobina, e 
não existe, fisiologicamente, a possibilidade dessa 
célula transportar mais que seu limite 
 Hipercromia: hemólise ou esferocitose (concentra 
mais hemoglobina dentro dele) 
 
DISTÚRBIOS DE CONCENTRAÇÃO DOS ERITRÓCITOS 
 
ANEMIA 
 Contagem total de eritrócitos 
 Hematócrito 
 Concentração de hemoglobina 
 Se qualquer um desses indices estiverem abaixo do 
valor de referência, já considera-se anemia, pois o 
impacto fisiológico é o mesmo – hipóxia tecidual, 
pela diminuição do aporte de oxigênio 
 A anemia pode ser considerada verdadeira 
(absoluta) ou falsa (relativa) 
 
ANEMIA RELATIVA 
 Ocorre hemodiluição causada pelo aumento do 
volume plasmático, resultando em uma falsa 
redução dos índices hematológicos. Pode ocorrer 
tal anemia em animais em fluidoterapia, ou ainda 
em animais gestantes e lactantes 
 
ANEMIA ABSOLUTA 
 Distúrbio secundário 
 Apresenta três classes de sinais clínicos 
 
Classificação Sinais clínicos 
Hipovolemia  Mucosas hipocoradas 
Hipóxia 
 Cianose 
 Intolerância a exercícios 
 Apatia 
 Disfunção orgânica 
Mecanismos de 
compensação 
orgânica 
 Aceleração do pulso 
 Taquicardia 
 taquipnéia 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ANEMIA 
 Grau de regeneração medular: leva em 
consideração a resposta da medula óssea sobre a 
diminuição de eritrócitos circulantes 
 
 Anemia Regenerativa: a eritropoiese se mantém 
normal a aumentada para suprir a falta celular no 
sangue periférico. Nestas situações a diminuição 
de eritrócitos no sangue leva a hipóxia tecidual, 
sendo que os rins são os primeiros órgãos a sentir tal 
deficiência. Como consequência, há um aumento 
na produção e liberação de EPO que estimula a 
diferenciação da célula tronco na linhagem 
eritróide. Os principais tipos de anemia que estão 
relacionadasa regeneração são as anemias 
hemoíticas e hemorrágicas 
 
 Não regenerativa: a medula óssea não consegue 
manter / aumentar a produção de eritrócitos 
devido à consequências a lesões medulares ou 
então carência de substâncias e hormônios 
essenciais para a eritropoiese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fator 
Raças 
 Policitemia (cães de pequeno 
porte e animais de corrida) 
 Macrocitose (Poodle) 
 Akitas (microcíticos) 
 Metarrubrócitos (Schnauzer) 
Prática de 
exercícios 
 Logo após exercício intenso 
(policitemia) 
Estado 
fisiológico 
 Gestantes e lactantes (anemia 
relativa) – retém líquido 
Idade 
Animais jovens 
 Policitemia relativa (atividade 
medular hematopoiética 
intensa) 
 Macrocitose (VCM elevado) e 
hipocromia (CHCM diminuído) 
Sexo 
 Machos: policitemia (hormônios 
andrógenos X estrógenos) 
Altitude 
 Altitudes elevadas: policitemia 
(menor tensão de oxigênio) 
INDÍCIOS DE REGENERAÇÃO MEDULAR 
 Anisocitose (RDW) 
 Macrocitose (VCM) 
 Metarrubrocitose 
 Policromasia (CHCM) 
 Corpúsculo de Howell-Jolly (resquício de organelas, 
indica eritropoiese acelerada) 
 
MORFOLOGIA 
CELULAR 
INTERPRETAÇÃO 
Normocítica/ 
normocrômica 
Indício de falta de regeneração medular, 
sendo comum em doenças crônicas 
(DRC), endócrinas (hipotireoidismo), 
doenças infecciosas e em casos de 
carência nutricional 
Macrocítica/ 
hipocrômica 
Sugestivo de aumento da eritropoiese e 
denotam o aumento de reticulócitos no 
sangue periférico. Os reticulócitos 
contribuem para o aumento do VCM, 
pois são células maiores e do CHCM, pois 
possuem aproximadamente 20% de 
hemoglobina a menos do que uma 
célula madura 
Microcítica/ 
Hipocrômica 
Anemias não regenerativas. 
Relacionadas a carência de ferro e 
vitamina B6. Característico de perdas de 
sangue crônicas 
Macrocítica/ 
Normocrômica 
Relacionada a deficiência de vitamina 
B12 e ácido fólico que são estimuladores 
de divisão celular na eritropoiese. As 
principais causas são doenças 
mieloproliferativas, hepatopatias, 
distúrbios nutricionais e o uso de drogas 
inibidoras do folato 
Microcítica/ 
Normocrômica 
Observada no início da deficiência de 
ferro 
 
 
CONTAGEM DE RETICULÓCITOS 
 PADRÃO OURO (regeneração) → 72 horas 
 Reticulócitos são eritrócitos imaturos (maiores e 
com menor concentração de hemoglobina) 
 Reticulócitos corrigidos: cão (>1%), gatos (>0,4%) 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ANEMIA – MECANISMO FISIOLÓGICO 
 Anemia hemorrágica 
 Anemia hemolítica 
 Anemia por deficiência de ferro 
 Anemia por doenças inflamatórias 
 Anemia por doença renal crônica 
 
 
 
ANEMIA HEMORRÁGICA 
 Perda (aguda ou crônica) de sangue 
 Perda excessiva em procedimentos 
 Defeitos de coagulação 
 Intoxicação 
 Traumas 
 Lesões gastrointestinais 
 Doenças parasitárias 
 As anemias hemorrágicas são de caráter 
regenerativo 
 
ANEMIA HEMOLÍTICA 
 Aceleração da destruição das hemácias 
 Intravascular: ação direta no eritrócito circulante 
(doenças infecciosas – babesiose; 
microangiopatias) 
 Extravascular: autoimune X imunomediadas 
(doenças autoimunes, intoxicação por agendes 
oxidantes, uso de medicamentos, 
incompatibilidade sanguínea) 
 
ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO 
 O ferro é um limitante para a eritropoiese. Na sua 
ausência, a hemoglobina não pode ser produzida 
 Reservas (filhotes e desnutridos) 
 
ANEMIA DE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS 
 Estímulo por citocinas inflamatórias como IL-1, IL-6, 
IFN-Y, FNT-alfa 
 Diminuição do ferro sérico e medular 
 Redução da meia vida das hemácias 
 Redução da produção de EPO 
 
ANEMIA DA DOENÇA RENAL CRÔNICA 
 Decorrente da diminuição da produção de 
eritropoietina pelos rins 
 
POLICITEMIA 
 Principais sinais clínicos: mucosas congestas e 
secas, cianose, intolerância a exercício, apatia, 
sinais neurológicos em casos mais graves 
 
Policitemia relativa: 
 Relativa: desidratação 
 Fisiológica: altitude, exercícios, estresse 
 
POLICITEMIA ABSOLUTA 
 Ocorre um aumento verdadeiro na eritropoiese, 
mediado ou não pela EPO e pode ser classificada 
em primária ou secundária 
 
 Primária: é uma condição rara em animais, 
podendo ser uma condição genética ou 
relacionada a neoplasia medular. A eritrocitose 
primária neoplásica é chamada de policitemia 
vera que é uma desordem mieloproliferativa 
crônica (leucemia eritróide crônica). Este distúrbio 
pode acontecer independente da presença de 
EPO 
 
 Secundária: ocorre pela hipóxia (eritropoietina 
aumentada), doenças cardiovasculares, doenças 
respoiratórias, neoplasias produtoras de EPO, 
obesidade 
 
POIQUILOCITOSE E INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS 
 Poiquilocitose: é a alteração da morfologia dos 
eritrócitos 
 
 Acantócitos: relacionados com alterações de 
colesterol e fosfolipídios da membrana; 
hemangiossarcomas viscerais; hepatopatias 
 
 Codócitos: aumento da membrana 
citoplasmática; hepatopatias; excesso de EDTA 
 
 
 
 
 Esferócitos: perda parcial da membrana celular; 
anemia hemolítica imunomediada; se formam 
quando macrófagos eliminam parcialmente 
anticorpos que se ligam a membrana 
 
 
 Esquisócitos: fragmentos de eritrócitos que surgem 
devido à destruição mecânica na circulação; CID; 
hemangiossarcoma; doença cardiovascular 
 
 
 
 
 Equinócitos: armazenamento longo da amostra ou 
alterações da relação sangue:EDTA; aumento do 
pH; pode ser pelo uso de drogas como furosemida 
e doxorrubicina; distúrbio eletrolítico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS 
 Corpúsculo de Heinz: refere-se a oxidação da 
hemoglobina por agentes (alimentos, 
medicamentos, compostos químicos); a presença 
de grande quantidade provoca aumento na 
rigidez da membrana levando a fragmentação e 
aprisionamento no baço onde são fagocitadas 
(geralmente está presente em anemias 
hemolíticas) 
 
 Corpúsculo de Howell-Jolly: restos de fragmentos 
nucleares que não foram totalmente eliminados na 
maturação celular. Comuns em pacientes 
esplenectomizados, com anemias e atrofia 
esplênica 
 
 
 Corpúsculo de Lentz: corresponde ao efeito 
citopático do vírus da cinomose sobre as células, 
gerando uam inclusão eosinofílica que pode ser 
observada no citoplasma de hemácias e 
leucócitos. A presença desse corpúsculo é 
patognomônica da cinomose 
 
 Rouleaux eritrocitário: as hemácias apresentam 
carga elétrica negativa, determinada 
principalmente pelo ácido siálico presente em 
algumas glicoproteínas de membrana. Dessa 
forma, as hemácias sofrem um fenômeno de 
repulsão denominado potencial zeta, fazendo 
com que elas permaneçam separadas umas das 
outras. Em algumas situações, como processos 
inflamatórios e infecciosos, o aumento das 
proteínas plasmáticas faz com que esse potencial 
zeta seja perdido e as hemácias se acumulem 
umas sobres as outras, formando uma “pilha de 
moedas” 
 
LEUCOGRAMA 
 Avaliação da quantidade, proporção e morfologia 
dos leucócitos 
 Pool medular: maturação e armazenamento 
 Pool sanguíneo: circulante e marginal 
 Pool tecidual 
 
NEUTRÓFILOS 
 
 São os mais abundantes em todas as espécies de 
mamíferos. Os fatores que estimulam a produção 
dessas células são: fatores quimiotáxicos 
produzidos no local da inflamação ou infeccção, 
interleucinas, UFC granulocítica, linfocinas, 
citocinas inflamatórias. 
 Os fatores estimulantes de colônia atuam 
diretamente nas células hematopoiéticas, 
aumentando a produção, proliferação, 
diferenciação e função celular. Uma vez que os 
neutrófilos saem do sangue para os tecidos não há 
retorno dessas células e são destruídas no tecido ou 
eliminadas através de secreções e excreções 
 A medula óssea libera os neutrófilos maduros no 
sangue periférico, os quais migram através do 
endotélio vascular para os tecidos, e participam da 
resposta inflamatória aguda, sendo a primeira linha 
dedefesa do organismo contra agentes 
bacterianos. Eles realizam fagocitose e apresentam 
ação bactericida, mas também agem contra 
fungos, vírus e protozoários. São considerados os 
leucócitos mais abundantes em cães e gatos 
 No neutrófilo maduro, o núcleo se divide em 
segmentos, sendo que pode haver 3 a 5 segmentos 
por núcleo em uma célula adulta 
MONÓCITOS 
 Os monócitos se originam de uma célula tronco 
mieloide que após se dividir em UFC-monocítica, 
dá origem a um monoblasto. As outras células 
dessa linhagem são: pró monócitos e monócitos 
 Os monócitos sanguíneos ao migrarem para os 
tecidos passam a se chamar macrófagos que 
incluem diversos tipos celulares como as células de 
kupffer, macrófagos alveolares, macrófagos do 
baço, medula óssea e linfonodo 
 Juntamente com os neutrófilos, colaboram na 
fagocitose e eliminação de tecidos mortos ou 
lesados, debris celulares, células canecrígenas e 
contribuem para a regulação da imunidade do 
organismo. 
 A medula óssea libera os monócitos no sangue 
periférico na ausência de inflamação ou em 
resposta a inflamação e, após sua distribuição nos 
tecidos os macrófagos são raramente encontrados 
no sangue, mas podem ser vistos no esfregaço 
sanguìneo de animais com erlichiose, 
histoplasmose e leishmaniose 
 São os maiores leucócitos, apresentam citoplasma 
basofílico com presença de finos grânulos, e 
núcleo de formato irregular. Os monócitos são bem 
variados em sua forma 
 
LINFÓCITOS 
 Oriundos de órgãos linfóides (timo, baço, 
linfonodos) 
 Uma célula tronco pluripotente se diferencia em 
célula tronco linfoide e em seguida em linfoblasto 
 Os demais tipos celulares são pró linfócito e 
linfócitos maduros 
 A diferenciação entre linfócitos B e T não pode ser 
realizada a partir de suas características 
morfológicas e no esfregaço de sangue, para 
diferenciar esses dois tipos celulares é necessário 
utilizar anticorpos monoclonais que reconhecem os 
marcadores celulares expressos na membrana 
plasmática. A produção dos linfócitos depende do 
grau e tipo de estimulação antigênica 
 Alguns antígenos estimulam os linfócitos B a se 
transformar em plasmócitos, que são produtores de 
imunoglobulinas, outros antígenos estimulam os 
linfócitos T para que produzam linfocinas e 
participem da resposta imune celular 
 São os leucócitos mais abundantes de ruminantes 
e desempenham um papel importante na defesa 
orgânica 
 
 
 
 Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade 
celular e atuam estimulando ou atenuando a 
produção de anticorpos pelos linfócitos B 
(imunidade humoral) 
 Os tamanhos são bem variados, mas são divididos 
em pequenos, intermediários e grandes 
 
EOSINÓFILOS 
 Também conhecidos como acidófilos, apresentam 
função e origem semelhantes às dos neutrófilos 
 Possuem ação fagocítica e bactericida, porém são 
menos eficazes no processo 
 Apresentam importante ação contra parasitas 
celulares e participam das reações alérgicas e 
anafiláticas. Correspondem a aproximadamente 
de 3% a 5% dos leucócitos circulantes 
 Possuem núcleo polimórfico com grande 
quantidade de grânulos citoplasmáticos que se 
coram de maneira eosinofílica 
 
BASÓFILOS 
 São raros em muitos animais e sua produção ocorre 
em paralelo com os neutrófilos e eosinófilos, sendo 
que o estoque desse tipo celular, na medula óssea, 
é mínimo. 
 Várias citocinas estão envolvidas na proliferação e 
maturação dos basófilos, incluindo a IL-5 
 Estão presentes no sangue periférico em pequena 
quantidade (raro) 
 As funções desse tipo celular ainda não estão 
totalmente elucidadas, porém especula-se que 
participa juntamente com os eosinófilos em 
processos alérgicos 
 Apresentam tamanho compatível com os 
neutrófilos, com citoplasma ligeiramente 
arredondado e presença de grânulos 
citoplasmáticos basofílicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESVIO DE CONCENTRAÇÃO LEUCOCITÁRIA 
 
LEUCOCITOSE 
 Aumenta o número de leucócitos circulantes por 
volume de sangue. É mais comum que aconteça 
uma leucocitose devido a uma linfocitose 
(aumento de linfócitos) ou neutrofilia (aumento de 
neutrófilos) 
 Pode ser patológica ou fisiológica 
 Em situações de estresse, agudo ou crônico, pode 
ocorrer leucocitose devido a ação da adrenalina e 
do corticoide 
 
LEUCOPENIA 
 É a redução do número de leucócitos no sangue e 
normalmente ocorre por neutropenia ou linfopenia. 
 É uma alteração hematológica frequente, e indica 
que as defesas orgânicas estão diminuídas ou que 
a medula óssea pode estar com a sua atividade 
suprimida 
 As leucopenias podem ter várias causas: agentes 
químicos/físicos, agentes infecciosos, doenças 
imunomediadas 
 
NEUTROFILIA 
 É o aumento de neutrófilos no sangue periférico 
 Ocorre devido ao aumento da produção ou 
liberação da medula óssea em decorrência ao 
estresse, inflamação ou infecção moderada a 
grave 
 São causas de neutrofilia: medo, exercício, 
excitação, gestação, processos inflamatórios, 
intoxicação (chumbo, mercúrio, adrenalina e 
veneno) 
 
DESVIO À ESQUERDA 
 É o aumento de neutrofilos em bastão (bastonetes) 
no sangue periférico 
 Esse termo foi criado por Vitor Schiling, que 
estabeleceu um diagrama de maturação dos 
neutrófilos onde as células imaturas ficam à 
esquerda 
 O desvio à esquerda reacional ao processo 
inflamatório ou infeccioso é escalonado, ou seja, a 
proporção de células madurasé maior que células 
jovens na circulação, refletindo a hierarquia normal 
que ocorre na produção dos neutrófilos 
 
 O desvio à esquerda regenerativo é caracterizado 
pela presença de bastonetes e outras células do 
sangue periférico sem perder a relação de 
produção, ou seja, o aumento de neutrófilos vem 
acompanhado de estímulo e liberação de células 
 O número de neutrófilos em bastão encontra-se 
abaixo do número de neutrófilos segmentados 
indicando uma boa resposta do organismo e 
também que a medula tem tempo suficiente (3 a 5 
dias) para responder a demanda e necessidade 
tecidual 
 O desvio à esquerda degenerativo é caracterizado 
quando o número de células jovens supera o 
número de segmentados ou quando ocorre perda 
da proporção maturativa, indicando que a medula 
óssea está esgotada na sua reserva de neutrófilos 
maduros liberando assim células imaturas 
 
DESVIO À DIREITA 
 É caracterizada pela observação de neutrófilos 
hipersegmentados (mais de cinco lóbulos) em 
quantidade alta no sangue periférico 
 Esse proceso indica que a diapedese dos 
neutrófilos pode estar diminuída e essas células 
estão envelhecendo na corrente sanguínea 
 Pode ser observado um aumento de neutrófilos 
hipersegmentados em pacientes medicados com 
corticoide ou com síndrome de Cushing, além 
disso, a deficiência de vitamina B12 pode levar a 
hipersegmentação 
 
NEUTROPENIA 
 É caracterizada pela diminuição de neutrófilos no 
sangue, podendo ser resultado de uma grave 
infecção em animais de companhia 
 São causas de neutropenia: septicemia, infecções 
graves, doenças autoimunes, uso de 
quimioterápicos, intoxicação por estrógeno, 
hematopoiese cíclica canina e erlichiose 
 
MONOCITOSE 
 É o aumento de monócitos no sangue 
 São causas de monocitose: fase de recuperação 
de infecções, efeito esteroidal no cão, inflamação 
crônica inespecífica, leucemia monocítica, 
necrose tecidual, protozooses e infecções em geral 
 
MONOCITOPENIA 
 A monocitopenia é a diminuição dos monócitos no 
sangue periférico, podendo chegar a zero 
 Não apresenta significância clínica 
LINFOCITOSE 
 É o aumento absoluto de linfócitos no sangue 
 As principais causas são descritas como 
fisiológicas, em que se observa a resposta à 
epinefrina, principalmente em gatos, cavalos e 
animais mais jovens, resultando assim em uma 
linfocitose transitória 
 Ocorre também: após vacinação, doenças 
infecciosas de natureza crônica, fase crônicada 
inflamação, infecção por protozoários, fase de 
convalescença, linfoma e leucemia linfocítica 
crônica 
 Os animais jovens com menos de 6 meses podem 
ter a contagem de linfócitos maior do que os 
animais mais velhos devido a produção mais 
intensa de anticorpos. 
 Apesar de ser rara, qualquer estímulo antigênico 
pode resultar em linfocitose, commo em casos de 
agentes infecciosos e inflamação crônica 
(erlichiose e FeLV) 
 
LINFOPENIA 
 É a diminuição de linfócitos 
 São causas de linfopenia: administração de 
corticosteroides, fase aguda de infecções virais, 
processos infecciosos graves, drogas 
imunossupressoras, radiação, perda de linfa 
 O leucograma de estresse ocorre devido aos 
corticóides exógenos e endógenos, sendo a causa 
mais comum de linfopenia 
 A infecção aguda pode ser mediada por 
corticosteroides ou em consequência a uma 
infecção, levando a diminuição na produção, 
aumento da marginalização e migração tecidual 
dessas células 
 
EOSINOFILIA 
 É o aumento do número absoluto de eosinófilos no 
sangue periférico 
 São causas de eosinofilia: parasitas e reações de 
hipersensibilidade, granuloma eosinofílico felino, 
gastroenterite eosinofílica, mastocitomas, linfomas 
 
EOSINOPENIA 
 É a diminuição da contagem absoluta de 
eosinófilos no sangue 
 São causas de eosinopenia: resposta ao uso de 
glicocorticoides que promovem a marginalização 
ou sequestro tecidual de eosinófilos, além de 
inibição da produção e liberação da medula 
óssea 
BASOFILIA 
 É o aumento do número absoluto de basófilos, 
sendo um achado RARO, normalmente associado 
a eosinofilia 
 Os basófilos não associados aos eosinófilos podem 
ser observados na doença mieloproliferativa 
crônica 
 
BASOPENIA 
 A basopenia, que é a diminuição dos basófilos no 
sangue, não apresenta relevância clínica 
 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS LEUCOCITÁRIAS 
 
LINFÓCITOS REATIVOS 
 Geralmente estão associados a uma resposta 
imunológica do organismo e podem ser 
observadas em qualquer animal, principalmente 
em animais jovens e recém vacinados ou em 
convalescênça de doenças virais 
 Apresentam tamanhos variados e citoplasma 
basofílico podendo apresentar alguns vacúolos, 
núcleo pleomófico e agregado de cromatina 
 Apresenta uma área esbranquiçada perinuclear 
que corresponde ao Complexo de Golgi 
 
LINFÓCITOS GRANULARES 
 Apresentam pequenos grânulos vermelhos em uma 
área de seu citoplasma 
 São provavelmente as células T citotóxicas ou 
células Natural Killer (NK) e se encontram em 
pequenas quantidades 
 O aumento na quantidade de linfócitos granulares 
pode ser observado em condições reativas como 
infecções 
 
NEUTRÓFILOS HIPERSEGMENTADOS 
 Quando os neutrófilos apresentam mais de cinco 
segmentos nucleares 
 São as células que estão em circulação a mais 
tempo que o normal e uma causa é a ação de 
glicocorticoides que prejudicam a diapedese 
 Quando associados a leucocitose, indica aumento 
na produção de corticoide endogeno (síndrome 
de Cushing) ou estresse crômio 
 Administração de corticoides também pode ser 
responsável pela sua observação 
 
NEUTRÓFILOS TÓXICOS 
 São sugestivos do aumento da produção e 
ativação de neutrófilos 
 Nas células normais, há presença de granulação 
secundária que não se cora. As granulações 
tóxicas indicam granulopoiese muito ativa, e que 
estão sendo enviadas para circulação sanguínea 
os neutrófilos ainda com granulação primária 
 Outra explicação é que os grânulos são anormais, 
sendo um resultado da fagocitose de agentes 
tóxicos como bactérias 
 
MONÓCITOS ATIVADOS 
 Indicador de atividades fagocitárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLAQUETAS 
 São avaliadas pela sua contagem total e 
morfologia 
 Nos mamíferos as plaquetas (ou trombócitos) são 
fragmentos citoplasmáticos derivados de uma 
célula encontrada na medula óssea chamada 
megacariócito 
 Apresenta função de prevenir hemorragias e 
auxiliar na reparação tecidual 
 Animais não mamíferos apresentam plaquetas 
com núcleos (célula propriamente dita) com 
função de fagocitose, apresentação de antígeno 
e resposta tecidual à lesão 
 Nos mamíferos as plaquetas são originadas na 
medula óssea a partir de uma célula tronco que se 
diferencia em um precursor mieloide multipotente. 
A célula multipotente se diferencia em uma 
unidade formadora de exposição megacarocítica 
e seguidamente em um megacarioblasto imaturo 
(primeiro precursor plaquetário) 
 O núcleo do megacariócito se divide, sem dividir o 
citoplasma, formando o promegacariócito que 
apresenta quatro núcleos. Em seguida há uma fase 
de amadurecimento e formação do 
megacariócito 
 O citoplasma do megacariócito se multiplica 
formando as pró plaquetas que dão origem as 
plaquetas 
 Cada megacariócito origina 8000 plaquetas 
 Fatores estimulantes da produção: fatores 
estimulantes de colônia megacarocítica, fator 
estimulante da trombocitose trombopoetina e 
interleucina 
 
TROMBOCITOPENIA 
 Redução na produção (afecções medulares) 
 A erlichiose crônica diminui a produção de 
plaquetas, leucócitos e eritrócitos. A redução de 
plaquetas na erlichiose ocorre anteriormente as 
outras fases devido o tempo de meia vida das 
plaquetas reduzido, comparado a leucócitos e 
eritrócitos 
 Aumento da destruição (imunomediada) 
 Aumento do consumo (CID – coagulação 
intravascular disseminada) 
 Sequestro ou perda (baço) 
 
TROMBOCITOSE 
 Aumento na produção (aumento do estímulo por 
citocinas) 
 Diminuição da destrição (cortisol, esplenectomia) 
 Fisiológica (adrenalina / esplenocontração)

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