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TECIDO NERVOSO

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TECIDO NERVOSO
Profª. Kátia Cirilo Costa Nóbrega
Neuroanatomia – Curso de Fisioterapia
TECIDO NERVOSO
LINHAGENS CELULARES
1. NEURÔNIOS 
 
FUNÇÃO: Receber, processar e enviar informações.
2. CÉLULAS GLIAIS
FUNÇÃO: Sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa.
CORPO CELULAR
PROLONGAMENTOS
DENDRITOS
AXÔNIOS
NEURÔNIOS
Células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com células efetuadoras.
Apresenta três regiões: corpo celular (1), dendritos (2) e axônio (3).
1. CORPO CELULAR
2. DENDRITOS
3. AXÔNIO
4. TERMINAL AXÔNICO
COMUNICAÇÃO ENTRE NEURÔNIOS
1. CORPO CELULAR
Parte do neurônio que contém núcleo e o citoplasma (contém organelas citoplasmáticas).
Apresenta forma e tamanho variáveis.
Região de partida dos prolongamentos (dendritos e axônio).
Tem função receptora e integradora de estímulos, recebendo estímulos inibitórios e excitatórios gerados em outras células nervosas.
É o centro metabólico de neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais, bem como pela maioria dos processos de degradação e renovação dos constituintes celulares.
(MACHADO; HAERTEL, 2014)
2. DENDRITOS
Geralmente são curtos e ramificam-se profusamente como galhos de uma árvore.
Apresentam as mesmas organelas do pericárdio.
São especializados em receber estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de repouso que se propaga em direção ao corpo do neurônio e deste em direção do cone de implantação do axônio. 
3. AXÔNIOS
Surge do corpo celular ou de um dendrito principal chamado cone de implantação como um delgado prolongamento único que pode se ramificar (arborização terminal).
Alguns axônios possuem ramos colaterais que saem em ângulo reto do tronco axonal.
A espessura do axônio está diretamente relacionada a velocidade de condução (axônios mielínico e amielínicos).
FUNÇÕES: 
CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO
TRANSPORTE AXONAL
O transporte axonal é crucial para as relações tróficas.
(GARTNER; HIATT, 2007)
RESUMINDO...
GERAÇÃO E CONDUÇÃO DOS IMPULSOS NERVOSOS
São sinais elétricos gerados na zona de disparo de um neurônio como resultado da despolarização da membrana plasmática sendo conduzidos ao longo dos axônios até as terminações axônicas. 
A transmissão dos impulsos das terminações de um neurônio para outro neurônio, para uma célula muscular, ou para uma glândula ocorre nas SINAPSES.
A onda de despolarização ou impulso é conduzida ao longo de todo o axônio. In vivo, o impulso é conduzido em uma única direção, do local onde se iniciou a despolarização ao terminal axônico. 
Na - Sódio
K - Potássio
ATIVIDADE ELÉTRICA DOS NEURÔNIOS
	O axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. Constitui o local onde o primeiro potencial de ação é gerado e a zona de disparo na qual concentram-se canais de sódio e potássio, isto é, canais iônicos que ficam fechados no potencial de repouso e se abrem quando despolarizações os atingem. O potencial de ação repete-se ao longo do axônio.
	A despolarização deve-se a grande entrada de Na; segue-se repolarização pela saída de potássio. A volta as condições de repouso, no que diz respeito às concentrações iônicas dentro e fora do neurônio, ocorre por ação da chamada bomba de sódio e potássio.
BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO
Propagação de um potencial de ação em um axônio amielínico e um axônio mielínico
	Os anestésicos de ação local atuam sobre os axônios. são moléculas que se ligam aos canais de sódio, inibindo o transporte desse íon e, consequentemente inibindo também o potencial de ação responsável pelo impulso nervoso. assim, torna-se bloqueados os impulsos que seriam interpretados no cérebro como sensação de dor.
JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013
FLUXO AXOPLASMÁTICO
Refere-se ao movimento de organelas e substâncias solúveis através do axoplasma.
Há dois tipos de fluxo axoplasmático: 
FLUXO AXOPLASMÁTICO ANTERÓGRADO
FLUXO AXOPLASMÁTICO RETRÓGRADO
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
O transporte axonal retrógrado é usado por alguns vírus (p. ex., vírus da raiva) para difundirem-se de um neurônio para o outro dentro de uma cadeia de neurônios. Este também é o método pela qual as toxinas (p. ex., o tétano) são transportadas da periferia para o SNC.
CONDUÇÕES CONTÍNUAS E SALTATÓRIAS
São tipos de propagação.
Na condução contínua, os íons fluem pelos canais controlados por voltagem em cada segmento adjacente da membrana. A condução contínua ocorre em axônios amielínicos e fibras musculares.
A condução saltatória, modo especial do potencial de ação que ocorre ao longo de axônios mielinizados.
FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO
Quantidade de mielina.
Diâmetro do axônio.
Temperatura.
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS
NEURÔNIOS BIPOLARES – possuem dois prolongamentos que surgem do soma, um único dendrito e um único axônio.
NEURÔNIOS UNIPOLARES (pseudo-unipolares) – possuem somente um prolongamento que parte do corpo celular e se ramifica em um ramo periférico e um ramo central.
NEURÔNIOS MULTIPOLARES – o tipo mais comum. Possuem múltiplos dendritos que partem do soma em vários arranjos e um único axônio. Estão presentes em todo SN e a maioria é representada pelos neurônios motores.
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS
NEURÔNIOS MOTORES – Controlam órgãos efetuadores (glândulas e músculos).
NEURÔNIOS SENSORIAS – recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo.
INTERNEURÔNIOS – estabelecem conexões entre os neurônios, formando circuitos complexos.
SEGUNDO SUA FUNÇÃO
SINAPSE
No sistema nervoso periférico, terminações axônicas podem relacionar-se também com células não neuronais ou efetuadoras – musculares ou secretoras.
Local de contato entre neurônios – sinapses neuronais.
São locais de transmissão do impulso nervoso entre as células pré-sinápticas e pós-sinápticas.
1. SINAPSES ELÉTRICAS
São raras em vertebrados e exclusivamente interneuronais.
Nessas sinapses, as membranas dos neurônios envolvidos entram em contato em pequena região. Há acoplamento iônico.
Não são polarizadas, fato que a comunicação entre os neurônios envolvidos se faz nos dois sentidos.
Elas existem, por exemplo, no centro respiratório situado no bulbo e permitem o disparo sincronizado dos neurônios aí localizados, responsáveis pelo ritmo respiratório.
2. SINAPSES QUÍMICAS
A grande maioria das sinapses interneuronais e todas as sinapses neuroefetuadoras são sinapses químicas, ou seja, a comunicação entre os elementos em contato depende da liberação de substâncias químicas, denominadas NEUROTRANSMISSORES.
Caracterizam-se por serem polarizadas.
NEUROTRANSMISSORES
Os neurotransmissores são moléculas sinalizadoras que são liberadas ao nível da membrana pré-sinápticas e que ativam receptores nas membranas pós-sinápticas.
(GARTNER; HIATT, 2007)
As moléculas podem atuar em dois tipos de receptores: (1) diretamente associados aos canais de potássio (2) associados as proteínas G ou receptores do tipo quinases, que ativam um segundo mensageiro.
MOLÉCULA SINALIZADORA
MOLÉCULA RECEPTORA
NEUROTRANSMISSORES
NEUROMODULADORES ou NEURO-HORMÔNIOS
VESÍCULAS SINÁPTICAS
Durante muito tempo acreditou-se que as vesículas sinápticas eram produzidas apenas pelo pericárdio, sendo levadas até as terminações axônicas através do fluxo axoplasmático. Sabe-se hoje que, em certas situações, elas podem também ser produzidas na própria terminação axônica a partir do retículo endoplasmático liso.
 (MACHADO; HAERTEL, 2014) 
VESÍCULAS SINÁPTICAS
Local de armazenamento do neurotransmissor.
Identificáveis à microscopia eletrônica apresentando morfologia variadas.
Vesículas agranulares
Vesículas granulares pequenas
Vesículas granulares grandes
Vesículas opacas grandes
O tipo de vesícula sináptica predominante no elemento pré-sináptico depende do neurotransmissor que o caracteriza.
SINAPSES QUÍMICAS NEURONAIS
Uma sinapse química compreende o elemento pré-sináptico, o elemento pós-sináptico e a fenda sináptica.
ELEMENTO PRÉ-SINÁPTICO –
É um botão terminal que contém apreciáveis vesículas sinápticas dentre outras organelas. Membrana pré-sináptica-densidade pré-sináptica (ZONA ATIVA).
ELEMENTO PÓS-SINÁPTICO – Membrana pós-sináptica densidade pós-sináptica (RECEPTORES).
A TRANSMISSÃO SINÁPTICA DECORRE DA UNIÃO DO NEUROTRANSMISSOR COM O SEU RECEPTOR.
SINAPSES QUÍMICAS NEUROEFETUADORAS
Essas sinapses são chamadas também de junções neuroefetuadoras, pois, envolvem axônios dos nervos periféricos e uma célula efetuadora não neuronal.
Conexão (células musculares estriadas) – junção neuroefetuadora somática.
Conexão (células musculares lisas ou cardíacas ou com glândulas) – junção neuroefetuadora visceral. 
NEURÓGLIA
Sob a denominação de neuróglia ou glia, incluem-se vários tipos celulares encontrados no SNC e SNP ao lado dos neurônios.
Ao contrário dos neurônios, as células gliais são capazes de se multiplicar por mitose, mesmo em adultos.
FUNÇÃO.
1. NEURÓGLIA DO SNC
Compreendem os astrócitos, oligodendrócitos, microgliócitos e células ependimárias.
Astrócitos e oligodendrócitos são coletivamente denominadas de macróglia.
TIPOS DE NEURÓGLIA
ASTRÓCITOS
Seu nome vem da forma semelhante à estrela.
Tipos: 1) astrócitos protoplasmáticos: substância cinzenta, com prolongamentos curtos e espessos; 2) astrócitos fibrosos: substância branca, com prolongamentos finos e longos que pouco se ramificam.
Ambos apoiáms-se em capilares sanguíneos – PÉS VASCULARES.
Tem função de sustentação e isolamento.
Importante para a função neuronal. 
Contribui para a receptação de neurotransmissores – glutamato.
Armazena glicogênio no SNC.
OLIGODENDRÓCITOS
São menores que os astrócitos e possuem poucos prolongamentos.
Podem formar pés vasculares.
Tipos: 1) oligodendrócitos satélite ou perineuronal – situado junto ao pericárdio e dendritos; 2) oligodendrócitos fascicular – encontrado junto as fibras nervosas, responsáveis pela formação da bainha de mielina do SNC.
TIPOS DE NEURÓGLIA
MICROGLIÓCITOS
São encontrados tanto na substância branca quanto cinzenta e apresentam funções fagocíticas.
São células pequenas, com núcleo denso também alongado e de formato irregular. Possuem poucos prolongamentos.
Aumentam em caso de inflamação. 
Quando ativados podem migrar para os locais de lesão, proliferar e liberar uma variedade de fatores, como o óxido nítrico, citocinas, fator de necrose tumoral etc.
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS
Constituem células cuboidais ou prismáticas que forram, como epitélio de revestimento simples, as paredes dos ventrículos cerebrais, do aqueduto cerebral e do canal central da medula espinhal.
2. NEURÓGLIA DO SNP
A neuroglia periférica compreende as células satélites e as células de Schwamm, derivadas da crista neural.
As células de Schwamm circundam os axônios, formando seus envoltórios, quais sejam, bainha de mielina e neurilema.
As células satélites envolvem os pericários dos neurônios, dos gânglios sensitivos e do sistema nervoso autônomo.
Em caso de injúria de nervos, as células de Schwamm desempanham importante papel na regeneração das fibras nervosas, fornecendo substrato que permitem apoio e o crescimento dos axônios em regeneração. Apresenta capacidade fagocítica e podem secretar fatores tróficos (incrementar o processo de regeneração).
FIBRAS NERVOSAS
Uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presentes seus envoltórios (bainha de mielina).
Podemos ter fibras nervosas mielínicas e amielínicas. Ambos ocorrem tanto no SNC (oligodendrócitos) quanto no SNP (células de Schwamm).
No SNC as fibras nervosas agrupam-se em feixes denominados de tratos ou fascículos. No SNP também agrupam-se em feixes, formando nervos.
No SNC a substância branca contém fibras nervosas mielínicas e a substância cinzenta, fibras nervosas amielínicas.
1. FIBRAS NERVOSAS MIELÍNICAS
A condução do impulso nervoso é do tipo saltatória, onde os potenciais de ação ocorrem apenas nos nódulos de Ranvier saltando em direção ao nódulo mais distal, o que confere maior velocidade ao impulso nervoso.
O processo de formação da bainha de mielina, ou mielinização, nas diversas áreas encefálicas, está diretamente relacionado à maturidade da função de cada uma delas.
Nas áreas sensitivas, inicia-se durante a última parte do desenvolvimento fetal e continua durante o primeiro ano pós-natal. No córtex pré-frontal só se completa na terceira década de vida.
No nível da arborização terminal do axônio, a bainha de mielina desaparece, mas o neurilema continua. No SNC não há formação de neurilema.
2. FIBRAS NERVOSAS AMIELÍNICAS
Conduzem o impulso nervoso mais lentamente, pois, a ausência da mielina impede a condução saltatória. Os canais de sódio e potássio não conseguem se distanciar.
NERVOS
Feixe de fibras nervosas (axônios e/ou dendritos) , em forma de cordão e de tecido conjuntivo associado, em curso conjunto fora do sistema nervoso central;
Tem como função levar (eferente) ou trazer (aferente) impulsos do ou para SNC.
São divididos de acordo com sua origem:
Nervos Cranianos 
Nervos Espinhais (raquídios)
CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS
FIBRAS A 
São axônios de maior diâmetro e mielinizados.
Tem um período refratário curto.
Axônios dos neurônios sensoriais que conduzem impulsos associados ao tato, pressão, posição articular e algumas sensações térmicas e dolorosas assim como os axônios de neurônios motores que conduzem impulsos para os músculos esqueléticos.
FIBRAS B
São axônios de diâmetros intermediários.
São mielinizados e apresentam condução saltatória.
Apresenta um período refratário longo.
Conduzem impulsos sensoriais das vísceras para o encéfalo e para a medula espinhal.
FIBRAS C
São axônios de menor diâmetro.
Apresentam períodos refratários absolutamente mais longos.
Esses axônios amielínicos conduzem alguns impulsos sensoriais para a dor, tato, pressão, calor e frio, da pele, e impulsos dolorosos das vísceras.
REFERÊNCIAS
COSENZA, R. M. Fundamentos de neuroanatomia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de histologia em cores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MACHADO, A.; ARTHEL, L. M. Neuroanatomia funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2014.
MARTINEZ, A. M. B.; ALLODI, S.; UZIEL, D. Neuroanatomia essencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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