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Processos de Atuação na Alienação Parenteral

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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Processos de Atuação na Alienação Parenteral
ARARAQUARA-SP
2018
Processos de Atuação na Alienação Parenteral
A alienação parental é a manipulação psicológica de uma criança mostrando medo, hostilidade ou desrespeito sem uma justificativa em relação não só a mãe ou pai mas de qualquer outro membro familiar. O caso torna-se mais frequente quando há um rompimento que não foi desejado na família, onde um dos pais ou membros da família não aceitam esse rompimento iniciando assim várias manipulações, ataques psicológicos, acusações entre genitor alienante (o que pratica a agressão), filho (que muitas vezes fica em uma situação irreversível) e genitor-alvo (o que sofre as ameaças).
A alienação, diferente, por exemplo, dos abusos sexuais, que mexem com o corpo da criança ou adolescente, a Alienação Parental (SAP) mexe no interior causando uma série de danos psicológicos. É necessário um apoio profissional na área, que saiba como fazer a pessoa contar o que está acontecendo, se inserindo com cuidado no meio familiar e constatando a veracidade da situação que vem ocorrendo.
O caso mais comum é quando o casal rompe sua vida conjugal e uma das partes fica frustrado por não conseguir aceitar o fim da separação, começa a criar um espírito de vingança e ódio sobre o ex-cônjuge, começando assim a usar o filho como desculpas para reatar o relacionamento a todo custo, não conseguindo, dar-se início então a atitudes desenfreadas de desmoralização e destruição da imagem do ex-parceiro.
O início geralmente é na infância da criança, sendo que a mãe (cerca de 95 a 98% no Brasil, segundo dados do IBGE) tem o papel de alienador, por na maioria das vezes ficar com a guarda da criança e ter que conciliar tudo a sua raiva, não aceitando que o parceiro continue vivendo sua vida sem ela ou com a hipótese de estar se relacionando com outra pessoa.
Existe uma diferença entre alienação parental (AP) e síndrome da alienação parental (SAP), uma é o ato de acusações e agressões praticadas e a outra são os aspectos emocionais que se é causado decorrente da alienação, respectivamente. As consequências da SAP são tão brutais que em alguns casos a criança apaga da memória os momentos bons vividos com o acusado.
Inicia-se então o processo de exclusão; o genitor alienante exclui o genitor alvo da vida de seus filhos, não o deixando mais a par das situações que ocorrem na vida deles, como os aspectos relacionados a saúde, vida escolar, relacionamentos afetivos e partes do processo de crescimento e desenvolvimento, e usam a criança apenas para estragar passeios e planos do genitor alvo. 
Logo após a exclusão o filho alienado começa a nutrir ódio, não querendo mais contato com o membro da família alvo, nem conversas, visitas, reprimindo seus sentimentos, ficando mais propenso a crises de ansiedade, depressões, baixa autoestima, síndromes do pânico entre outros. Como válvula de escape, muitos deles encontram saídas em álcool, drogas e outros tipos de violência, chegando até ao ponto mais devastador possível; a morte.
Aspectos legais e éticos envolvidos:
Em agosto de 2010, entra em vigor a lei 12. 318 que dispõe sobre a proteção da criança e adolescente frente a alienação parental (AP) causada decorrente da separação dos cônjuges, onde o alienador pratica atos de difamação e calunias contra seu ex parceiro (a) para com seus filhos, o alienado. Violando dessa forma uma das obrigações do genitor que é a de promover o convívio harmonioso e positivo com os genitores. 
De acordo com a legislação é considerado ato de alienação parental todo e qualquer ato que tenha interferência direta sobre a formação psicológica da criança ou adolescente, promovida pela pessoa que seja o guardião legal (genitor).
Esta lei também traz alguns exemplos de atos que são considerados alienação parental que podem ser constatados pelo juiz ou por pericia realizada:
I – realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
 II – dificultar o exercício da autoridade parental;
 III – dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV – dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
V – omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;
 VI – apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII – mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.
A lei também cita os avós como possíveis alienadores ou qualquer guardião ou tutor que detém da guarda do menor alienado. 
Perante a gravidade do caso, o juiz frente a AP, deve buscar auxilio na perícia de uma equipe multiprofissional como, por exemplo: psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras para que seja possível a identificação precoce da AP visando dessa forma à proteção e segurança do tutelado afetado, sem a privação da convivência com um dos seus genitores. 
Após a constatação de AP por parte de um dos genitores o juiz poderá decidir desde penas mais leves as mais severas, como por exemplo, a ordem da mudança de conduta ou até mesma a retirada da guarda do alienante, suspendendo os direitos e deveres do alienador quanto aos bens dos filhos, visando dessa maneira a proteção dos direitos da criança e do adolescente.
Políticas públicas associadas:
Tramita na Assembleia legislativa do Goiás, um projeto de lei que visa instituir politicas públicas para combater a AP, proposta feita pela deputada Isaura Lemos com o objetivo de conscientizar a população sobre os prejuízos desse ato e a importância de combate-los, promovendo debates, encontros, palestras e seminários.
Já no Estado de São Paulo, a secretaria municipal dos direitos humanos juntamente com a prefeitura de Votuporanga, já deu inicio a uma campanha para combater a alienação parenteral, tendo em vista que fere o direito da criança e do adolescente a ter convívio familiar saudável com prejuízo nas relações.
Dia 25 de abril é comemorado o dia mundial do combate a alienação parenteral, com a intenção de diminuir e erradicar esse ato afim de que todos possam exercer do direito de bom convívio familiar.
Atuação do Enfermeiro:
Como o enfermeiro é um dos mais importantes profissionais perante a diversas problemáticas e patologias, a atuação do mesmo não é dispensável em relação a alienação parental. 
Estudos realizados (SEGURA, ET AL, 2006) demonstram que crianças e adolescentes submetidos a AP, podem desenvolver problemas com álcool, drogas, atividade sexual precoce, bulimia, anorexia dentre outros. A atuação precoce do enfermeiro visa à diminuição dos fatores que predispõem um possível conflito social e interno.
Desse modo o enfermeiro após coleta minuciosa do histórico de enfermagem, utilizando a interpretação da linguagem tanto verbal quanto a linguagem corporal e escuta qualificada, não discriminando quaisquer informações cedidas pelo entrevistado, deve elaborar possíveis diagnósticos de enfermagem que representem os cuidados essenciais para a promoção de uma melhor qualidade de vida para com esses tutelados alienados e seus familiares.
Diagnóstico de enfermagem NANDA:
Risco de automutilação com fatores de risco: abuso de substancia, dissociação, distúrbio alimentar e emocional, divórcio na família, estratégias ineficazes de enfrentamento, historia familiar de comportamento autodestrutivo, incapacidade de expressar tensão verbalmente, perda de relacionamentos significativos, relações interpessoais problemáticas, sensação de ameaça com perda de relacionamento significativo, sentimentos negativos (depressão, rejeição, autoaversão, ansiedade relacionado à separação e culpa),transtorno de personalidade limítrofe e violência entre figuras entre paterna e materna;
Risco de suicídio com fatores de riscos sociais: apoio social insuficiente, desamparo, desesperança, isolamento social, perda de relacionamento significativo, pesar, problemas disciplinares, solidão e vida familiar problemática;
Risco de solidão com fatores de risco: isolamento físico, isolamento social e privação afetiva e emociona;
Pesar caracterizado por: afastamento, culpa, desespero, sofrimento psicológico e raivam, relacionado a antecipação de perda de pessoa significativa;
Conflito no papel de pai/ mãe caracterizado por: inadequação percebida para atender as necessidades do filho, perda percebida de controle sobre decisões relacionadas ao filho, preocupação em relação à família e ruptura nas rotinas de cuidado, relacionado à separação de pais/criança e mudança na situação conjugal.
Diagnósticos de enfermagem CIPESC:
Relacionamento Familiar conflituoso
Intervenções: acolher o usuário conforme suas necessidades e respeitando seus direitos, conhecer a família e encorajar a verbalização de sentimentos, esclarecer duvidas, estabelecer relação de confiança sempre estimulando o paciente a procurar ajuda e aplicar programa de monitoramento familiar;
Vinculo conflituoso 
Intervenções: encaminhar para grupos de autoajuda, estimular o restabelecimento dos vínculos afetivos, identificar rede de apoio familiar e comunitária e levantar suas dificuldades frente à situação relatada;
Vinculo familiar ausente
Intervenções: acolher o usuário e sua família em suas necessidades conhecendo a família e identificando suas necessidades frente à situação presente, orientar sobre os problemas da família e programar monitoramento domiciliar;
Vinculo mãe/pai comprometido
Intervenções: acionar recursos comunitários, avaliar a qualidade do cuidado materno/paterno com relação à criança, favorecer vinculo e proximidade com a paciente para que esta possa expressar suas necessidades e programar visita domiciliar.
Referências bibliográficas:
Andrade, Ludyara de. ALIENAÇÃO PARENTAL: CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGIAS E JURÍDICAS. Curso de Direito da Faculdade de Direito de Varginha;
JUNIOR, E. P.L, COSTA, M.R. ALIENAÇÃO PARENTAL- UMA ANALISE DA LEI 12.318/2010;
Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, 13 março 2018;
Prefeitura de Votuporanga- SP, secretaria de Direitos Humanos;
Ministério Público do Paraná;
Garcia, T.T.B.; Albuquerque G.A. O cuidar em enfermagem na síndrome da alienação parenteral. Faculdade Juazeiro do Norte;
Diagnósticos de enfermagem da NANDA, 2015-2017, 10º EDICAÇÃO;
Classificação internacional das praticas de enfermagem em saúde coletiva, CIPESC.

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