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ARTIGO CIENTIFICO - ALIENAÇÃO PARENTAL

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ALIENAÇÃO PARENTAL: CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS, MEDIDAS JUDICIAIS 
E CABIMENTO DO DANO MORAL. 
Thalia Rezende Macedo 
Bacharelanda em Direito -FDCI 
thatamacedor98@gmail.com 
 
Andressa dos Santos Nascimento Marçal 
Professora Orientadora e Advogada graduada na FDCI 
andressamar1@hotmail.com 
 
RESUMO 
 
O objetivo deste artigo é resolver os problemas que afligem os conflitos familiares no 
contexto da desagregação dos grupos familiares. Tenta também analisar as possíveis 
formas de resolver o problema, sendo este um enquadramento social e histórico, 
prática esta que só foi observada há pouco tempo, não só com a família, mas também 
na sociedade. Em vista disso, esse abuso de menores tem muitas consequências. A 
alienação parental é uma doença, que se desenvolve nas novas famílias, algo que 
precisa ser combatido. Existe uma grande barreira para que o problema da alienação 
parental seja combatido e o sujeito da ação é justamente a pessoa que deve estar 
protegendo a criança ou o adolescente que vive entre quatro paredes. Com isso há 
uma grande dificuldade em provar a alienação parental, pois quem deve proteger os 
filhos é quem mais prejudica, alienando-os e separando-os do outro genitor que 
também a ama, através de chantagem emocional e com isso não há como a criança 
se defender. Pais que deveriam proteger seus filhos precisam dar a eles condições 
de sobrevivência emocional, estruturantes de sua personalidade. Por esta razão o 
grande objetivo é analisar as consequências jurídicas e medidas judiciais a serem 
aplicadas ao ser comprovada a alienação parental. 
 
Palavras chaves: Alienação Parental; Família; Guarda, SAP; Lei nº 12.318/10. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este artigo tem como objetivo descrever o tema da "alienação parental", uma doença 
que geralmente afeta o ambiente familiar na fase de separação do casamento, caso 
em que os pais procuram vingar outra pessoa (criança) através dos resultados desse 
relacionamento. Por meio de pesquisa bibliográfica, aborda o possível impacto 
psicológico na vida de crianças / adolescentes e seus pais alienados. 
 
A Alienação Parental é uma realidade em nossos dias, portanto o objetivo é informar, 
alertar sobre danos da separação, e propor a união entre todos que estão envolvidos, 
para encontrar soluções que exterminem este abuso, que rouba o colorido da vida da 
criança, deixando sua caminhada sem sentido. 
 
O grande dilema entre os genitores é tornar os filhos reféns e cúmplices de conflitos 
que não lhes pertencem. Como resultado, eles tiraram a alegria da infância e a 
liberdade dos jovens, tornando-os adultos. 
 
mailto:thatamacedor98@gmail.com
2 
 
 
 
No entanto, o estranhamento começa com a prática do conflito. Para vingança, os pais 
passam a usar os filhos para se agredirem. Vale ressaltar que os problemas e perdas 
do bebê são muito graves, em alguns casos, medidas judiciais devem ser tomadas 
para solucionar o problema. 
 
2 DEFINIÇÃO DE ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
A Lei nº 12.318 / 2010 define a alienação parental em seu artigo 2º e aponta várias 
formas de sua ocorrência de forma exemplar, que a alienação parental é a 
interferência na formação psicológica da criança e do adolescente induzida pelos 
avôs, pela sociedade e pelos pais. 
 
A lei estipula claramente: “Havendo indícios de alienação dos pais, o procedimento 
terá prioridade. O juiz determinará com urgência as medidas necessárias, ouvido o 
parecer do Ministério da Administração Pública”. 
 
Isso irá garantir que a integridade psicológica da criança ou adolescente seja 
preservada, e irá garantir a sua convivência com os pais, e alcançar a harmonia entre 
os dois quando possível. 
 
Igor Nazarovicz Xaxá (2008, p.19) apresentou um artigo na Universidade Paulista 
sobre o tema: Síndrome de Alienação Parental e Sistema Judiciário, no qual a 
alienação parental é descrita como a desconstrução da imagem dos pais de um dos 
pais. Este é um movimento frustrante que marginaliza os pais. 
 
A doutrinadora DIAS (2010, p 409-419), representante da Associação dos Pais 
Independentes do Estado do Pará, explicou que a alienação parental geralmente 
ocorre após a separação do marido e da mulher, e aqui os direitos de guarda dos 
cônjuges começam a ser manipulados. 
 
A criança odeia o ex-companheiro (a) que busca separação entre os dois. Nesse caso, 
a criança torna-se muito apegada ao alienígena, alienando-se do outro pai (alienado) 
e não deseja manter nenhum contato com ele, criando assim uma distância. 
 
Ressalta-se que o afastamento é realizado por terceiro, ainda que o casamento seja 
estável. Em outras palavras, a alienação dos pais é uma disputa legal sobre a custódia 
dos filhos. 
 
A alienação parental tem base legal anterior à Lei nº 12.318 / 20, que se baseia na 
Constituição Federal, e também no Código Civil e no Regulamento da Infância e da 
Juventude. A Lei nº 12.318 foi promulgada em 26 de agosto de 2010, lançando as 
bases para todo o arcabouço de proteção à infância e juventude. 
 
Diante disso, ainda há muito trabalho a ser feito na proteção dos infantes, 
principalmente sob o olhar atento da justiça e da sociedade. 
 
2.1 SINDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
Quem lida com conflitos familiares certamente já se deparou com um fenômeno que 
não é novo, mas que vem sido identificado por mais de um nome: Síndrome de 
3 
 
 
 
Alienação Parental, também conhecida como SAP, alienação parental ou implantação 
de falsas memórias, diz Maria Berenice Dias (2015, p. 545). 
 
Para uma melhor compreensão, a Alienação Parental como já visto, é considerada 
um processo de programação na mente da criança a odiar um de seus genitores sem 
razão. Entretanto, quando a Síndrome está presente, a criança dá sua contribuição 
no caso para desmoralizar o genitor alienado, ou seja, a criança já fica alienada a 
própria situação, que se coloca contra um de seu genitor, no caso, aquele que se 
encontra distante. 
 
Conforme os ensinamentos de Aguilar (2008, p. 209), a Síndrome é considerada um 
distúrbio que se origina da disputa pela guarda dos filhos em caso de separação dos 
cônjuges. Esse transtorno psicológico é causado no menor que, devido a incessante 
campanha de um de seus genitores em prol de desmoralizar o ex-companheiro, passa 
a odiá-lo. Os vínculos afetivos entre pai e filho são cortados, uma vez que a criança 
passa a rejeitá-lo ingressando na trajetória de desmoralizá-lo. A síndrome se instala 
dessa forma: 
 
A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que se 
caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, 
denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus 
filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com 
objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro 
genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais 
que justifiquem essa condição. Em outras palavras, consiste num 
processo de programar uma criança para que odeie um de seus 
genitores sem justificativa, de modo que a própria criança ingressa na 
trajetória de desmoralização desse mesmo genitor (TRINDADE, 2007, 
p.102). 
 
A síndrome de alienação parental tem sido amplamente discutida em ambientes 
médicos, psicológicos e judiciais, especialmente quando os casais são separados e 
casados em tribunal, e quando ocorre a separação por litígio, existe a síndrome de 
alienação parental. 
 
Como a síndrome de alienação parental, ela também tem o nome de uma doença, 
não uma doença mental ou clínica, mas uma situação que ocorre em uma disputa 
legal pela custódia de crianças. 
 
Esse fato realiza uma lavagem cerebral na criança visando que a mesma também 
contribua com o processo difamatório de um de seus pais. Souza (2006, p. 113) 
menciona que, uma vez que a imagem de um dos cônjuges é destruída pelo cônjuge 
alienador, a criança passa a ver o cônjuge alienado como seu inimigo, tal fato gera 
danos psíquicos na mesma que passa a ter uma dependência exacerbada por seu 
guardião e sentimentos antagônicos pelo outropai. Não raro, a criança deixa de querer 
estar com o genitor alienado. 
 
Em concordância com o psiquiatra estadunidense Richard A. Garden (apud BRASIL 
ESCOLA, [s/a], [s/p]): 
 
A síndrome de alienação parental (SAP) é uma disfunção que surge 
primeiro no contexto das disputas de guarda. Sua primeira 
4 
 
 
 
manifestação é a campanha que se faz para denegrir um dos pais, uma 
campanha sem nenhuma justificativa. É resultante da combinação de 
doutrinações programadas de um dos pais (lavagem cerebral) e as 
próprias contribuições das crianças para a vilificação do pai alvo. 
 
Com fundamento nas palavras da psicóloga clínica Denise Maria Perissini da Silva 
(2012, [s/p]): 
 
[...] a alienação parental (AP), é uma patologia psíquica gravíssima que 
acomete o genitor que deseja destruir o vínculo da criança com o outro, 
e a manipula afetivamente para atender motivos escusos. Quando a 
própria criança incorpora o discurso do alienador e passa, ela mesma, 
a contribuir com as campanhas de vivificação do pai/mãe-alvo, 
instaura-se a síndrome de alienação parental (SAP). 
 
A prática caracterizou ato de Alienação Parental e resultou na indenização por 
danos morais. Segue jurisprudência (acórdão) do TJ/DF: 
 
(TJ-DF 20160510046647 DF 0004598-54.2016.8.07.0005, Relator: 
CARLOS RODRIGUES, Data de Julgamento: 14/06/2017, 6ª TURMA 
CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE : 22/08/2017 . Pág.: 
647/690) 
CIVIL E PROCESSO CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. 
INOCORRÊNCIA. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1. O 
reconhecimento do dever de compensar por danos morais decorre de 
violação de direitos da personalidade, caracterizada pela dor e 
sofrimento psíquico que atinjam a vítima, em especial, a sua dignidade. 
No entanto, deve-se analisar com acuidade cada situação, porquanto 
a demonstração da dor e do sofrimento suportados pela vítima situa-
se dentro da esfera do subjetivismo, impondo-se verificação detida em 
cada caso. Nesse sentido, devem ser desconsiderados os meros 
dissabores ou vicissitudes do cotidiano, devendo ser reconhecido o 
dano moral quando a ofensa à personalidade seja expressiva, o que 
não se verifica na espécie. 2. Para a caracterização da síndrome da 
alienação parental, faz-se imprescindível a realização de estudos 
psicossociais com a criança, a fim de permitir uma avaliação detalhada 
do seu estado psíquico (existência, ou não, de um processo de 
destruição, de desmoralização, de descrédito da figura paterna). 3. 
Para que reste configurada a litigância de má-fé é necessária prova 
inconteste de que a parte praticou quaisquer das condutas descritas 
no artigo 80 do Código de Processo Civil, bem como elementos 
concretos que apontem a existência de ato doloso e de prejuízo 
causado à outra parte, o que não se verifica nos presentes autos. 4. 
Recurso conhecido e parcialmente provido. 
 
2.2 MEDIDAS JUDICIAIS NECESSÁRIAS NO COMBATE A ALIENAÇÃO 
PARENTAL 
Toda má conduta será punida pelos tribunais de outros países relacionados à 
chamada síndrome da alienação parental prevista na legislação brasileira. Veja a 
Espanha como exemplo. Por exemplo, em 2007, teve um impacto na mídia do país 
(Elmundo, 2007)na ação, o juiz revogou a guarda da mãe de uma menina de oito 
anos, concedeu a guarda em nome do pai e proibiu qualquer forma de contato entre 
a criança e a mãe e a menina com a mãe. 
5 
 
 
 
 A família materna, dentro de seis meses. Segundo informações divulgadas à época, 
a medida foi tomada com base em laudo pericial, que indicava que a criança se 
tornaria vítima da síndrome de alienação parental praticada pela mãe com o objetivo 
de representar o pai como filha. No veredicto do juiz, a menina deve obter assistência 
psicológica de especialistas que monitoram e avaliam a síndrome. 
 
Da mesma maneira se justifica pelo fato que a nova lei listar, no parágrafo único do 
art. 2º, formas de alienação parental, tal como, "realizar campanha de desqualificação 
da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade’’. Em outras 
palavras, sob a nova lei, uma série de comportamentos mostrados em conflitos 
familiares pode ser reconhecida como evidência de suposta alienação parental. 
 
Essa avaliação pode levar a uma multiplicação das decisões judiciais, estipulando 
medidas punitivas contra os pais em processos matrimoniais e, em última instância, 
causando sofrimento aos filhos. 
 
Em relação ao combate da alienação parental, em nosso tempo em decorrência do 
divorcio e à emancipação natural da mulher, muitas das vezes o papel que é dado a 
mãe é na maioria das vezes escolhida como cônjuge guardiã, pois muitas das vezes 
a mãe é mais inteligência e tem mais facilidade de lidar com os filhos, com o emprego 
e com as finanças, proporcionando assim uma importante independência, 
consequentemente, a mãe fica sobrecarregada e assim surge a alienação parental 
por parte dela com o genitor. 
 
O exercício do poder familiar é essencial, intransferível, indescritível e inalienável, pois 
é um poder / dever. No entanto, é aplicável a suspensão, perda ou extinção prevista 
na legislação aplicável. O Código Civil brasileiro trata da suspensão, da perda e da 
extinção do poder familiar nos seus artigos 1635 a 1638. 
 
Portanto, do ponto de vista jurídico, existem três tipos de violação dos direitos da 
família, representados pela lei: o não cumprimento de deveres, a suspensão do 
trabalho é considerada punição mais leve por abuso de poder, ou danos à propriedade 
de menores. É necessário rever e suspender os direitos da família. O doutrinador 
Carlos Roberto Gonçalves (2010, p. 416) diz da seguinte forma: 
 
[...] a suspensão do poder familiar constitui uma sanção aplicada aos pais 
pelo juiz, não tanto com intuito punitivo, mas para proteger o menor. É imposta 
nas infrações menos graves, mencionadas no artigo retrotranscrito, e que 
representam, no geral, infração genérica aos deveres paternos. Na 
interpretação do aludido dispositivo, deve juiz ter sempre presente como já 
se diz que a intervenção judicial é feita no interesse do menor. 
 
Devido a decisões judiciais cabíveis, também podem ocorrer perda, suspensão ou 
extinção do poder familiar. O artigo 6º da Lei nº 12.318 / 10 relaciona as medidas 
possíveis, a saber: 
Artigo 6º - Caracterizados atos típicos de alienação parental ou 
qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente 
com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, 
cumulativamente ou não sem prejuízo da decorrente responsabilidade 
civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais 
aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
I – Declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
6 
 
 
 
II – Ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor 
alienado; 
III – Estipular multa ao alienador 
IV – Determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial 
V – Determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou 
sua inversão; 
VI – Determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou do 
adolescente; 
VII – Declarar a suspensão da autoridade parental 
Parágrafo único – caracterizado mudança abusiva de endereço, 
inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também 
poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou 
adolescente da residência do genitor por ocasião das alternâncias dos 
períodos de convivência familiar. 
 
O juiz pode tomar medidas inviáveis para alienar os pais com base em sua autoridade 
ou a pedido de qualquer das partes. A segunda é passar mais tempo com pais 
separados para fortalecer o relacionamento um com o outro. 
VENOSA 
Outra medida judicial muito relevante é o conhecimento profissional. A evidência 
especializada mais comum em disputas de alienação parental geralmente tem a 
natureza da psicologia, psiquiatria e pesquisa social. Cada operação é realizada por 
profissionais com diferentes treinamentos. É necessárioentender as áreas que todos 
podem incluir. 
 
As condições ambientais da casa, os horários das famílias e as ligações com a 
comunidade são assunto dos assistentes sociais, e o Conselho Federal de Assistência 
Social as corrige por meio de seus órgãos estaduais. Na pesquisa social, é importante 
considerar a estrutura física da casa, o desempenho estético pessoal, como higiene e 
roupas vestíveis. 
 
Portanto, é fundamental ter rotinas organizadas e demonstrar capacidade de seguir 
planos, ter sempre bom senso e evitar comportamentos excessivamente rigorosos 
que deixam as pessoas obcecadas. 
 
A perícia psicológica se concentra na maturidade pessoal para estabelecer conexões 
consigo mesmo e com os outros. A psicóloga é cadastrada na Comissão Federal de 
Psicologia, e a deputada estadual recebeu a denúncia. No processo de avaliação, o 
processo de maturação de cada adulto é um processo lento e contínuo. Mesmo que 
o outro pai da criança tenha desentendimentos e ferimentos, é importante ser capaz 
de respeitar sua importância, ser capaz de ver o legado do conflito conjugal e distingui-
lo das responsabilidades parentais restantes. Mais importante do que o fato é como o 
pai os sente e os trata emocionalmente. 
 
A perícia psiquiátrica é conduzida por médico especialista, inscrito no Conselho 
Regional de Medicina do seu Estado. Não deve abordar questões da psicologia, se 
limita ao aspecto médico dos comportamentos. 
 
O fato de um dos pais ter indícios de uma patologia psiquiátrica não o impede de 
assumir suas responsabilidades. O importante é como a pessoa lida com suas 
limitações e peculiaridades. Por exemplo, um pai/mãe com bipolaridade ou depressão 
que admite e trata sua doença é teoricamente muito mais apto do que outro que nega 
7 
 
 
 
a enfermidade e tenta mascarar com comportamentos neuróticos ou obsessivos. Por 
isso, nessa perícia o foco é ser aberto e não querer esconder questões de saúde. 
Caso queira provar algo do outro pai, traga informações objetivas e comprováveis que 
permitam ao médico formar sua própria convicção. 
 
No terceiro item, é prevista multa, cujo objetivo é fazer com que o estrangeiro sinta o 
impacto de seu comportamento econômico prejudicial. 
 
 Em relação ao item IV, o juiz pode determinar ações de acompanhamento psicológico 
ou psicossocial para restabelecimento das relações familiares. 
 
O quinto item diz respeito aos direitos básicos de uma vida familiar saudável, incluindo 
o abuso moral de crianças ou jovens e as violações dos direitos e obrigações dos pais. 
 
2.3 CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
A alienação parental tem muitas consequências e, em última análise, traz muitas 
perdas para os alienados e os alienados. Tem o maior impacto nas crianças. Afinal, 
as consequências são em grande parte uma ordem psicológica que o tira de sua vida 
familiar e destrói seu relacionamento por toda a vida. Normalmente, não é parte dos 
pais ou pai, mas sim da família, por exemplo, pelos avós, tios, tias e geralmente pela 
sociedade. 
 
Diante disso, crianças e adolescentes alienados passam a ter comportamentos que 
nunca tiveram antes, entre eles: ansiedade, insegurança, diminuição do desempenho 
escolar, irritabilidade, isolamento e até conflitos internos, e os resultados podem 
continuar. Tendência ao uso de drogas e álcool. 
 
O legislador tentou punir satisfatoriamente a rendição, mas ao invés de assumir um 
papel definitivo, deu o exemplo para caracterizar a alienação parental, pois esta não 
se limita à prática de si mesmo e ao comportamento previamente definido, mas inclui 
também uma série de comportamentos que afetam a personalidade do filho ou filha a 
fim de romper o vínculo afetivo com um dos pais e desvalorizar sua imagem. 
 
Vale destacar que a legislação pertinente também prevê que, dada a análise de casos 
específicos, outras hipóteses podem ser divulgadas pelo juiz ou verificadas por meio 
de perícia. 
 
O objetivo da lei é proteger as crianças e jovens e seus direitos básicos, e manter 
relações estreitas e saudáveis com suas famílias. A lei não classifica a alienação 
parental como crime, mas vem com uma lista de punições. Em seguida, verifica-se a 
prática de caracterização de comportamento de alienação parental, devendo aqui 
referir-se que o diagnóstico pode ser efetuado por técnico perito ou equipe 
multiprofissional qualificada, podendo o juiz responsável pelo pedido tomar ou não, 
cumulativamente, as medidas previstas na legislação aplicável, conforme a gravidade 
da alienação e às conseqüências existentes. 
 
Essas medidas vão desde simples advertências, alienação de pessoas até suspensão 
dos direitos dos pais, passando por mudanças na guarda, mudança na residência de 
8 
 
 
 
crianças ou adolescentes, acompanhamento psicológico e / ou psicossocial e até 
multas. 
 
A alteração da guarda é uma forma judicial severa quando configurada a alienação 
parental. Uma Jurisprudência do TJ/PR determinou a alteração da guarda das 
crianças ao pai pelo fato da mãe criar dificuldades para o convívio íntimo entre as 
crianças e o pai, bem como os avós e família paterna. 
 
Tal prática caracterizou ato de Alienação Parental e resultou na alteração da guarda 
dos filhos. Segue jurisprudência (acórdão) do TJ/PR: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 823738-3, DE FORO CENTRAL DA 
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA. 
RELATOR: DES. RUY MUGGIATI. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
AÇÃO DE ALTERAÇÃO DE GUARDA. PRELIMINARES. CERTIDÃO 
DE INTIMAÇÃO AUSÊNCIA JUNTADA DE EXTRATO DO SISTEMA 
PROJUDI VALIDADE. AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS 
DESNECESSIDADE. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
CONTRADITÓRIO POSTERGADO. CONCESSÃO PROVISÓRIA DA 
GUARDA DOS FILHOS AO GENITOR PRÁTICA DE ATOS DE 
ALIENAÇÃO PARENTAL NÃO AFASTAMENTO DOS 
FUNDAMENTOS DA DECISÃO OBSERVÂNCIA DA LEI Nº 
12.318/2010 ATENDIMENTO AO MELHOR INTERESSE DAS 
CRIANÇAS MANUTENÇÃO DA DECISÃO. 1. "Não é admissível, no 
atual estágio da ciência processual, que se privilegie uma formalidade 
em detrimento do direito material discutido e transforme-se o processo 
em um fim em si mesmo, máxime na hipótese em que a suscitada 
irregularidade da certidão decorreria do procedimento nada uniforme 
adotado pelos órgãos do próprio Poder Judiciário e que representa 
uma realidade tão conhecida por todos os operadores do direito" (STJ, 
Ag Rg no REsp 1172783/PE, Segunda Turma, Rel. Min. CASTRO 
MEIRA, julg. 11/05/2010). 2. "É pacífico no âmbito Superior Tribunal de 
Justiça que, não tendo a parte adversa impugnado 
fundamentadamente a autenticidade das peças que formaram o 
agravo de instrumento, não há que se falar em vício de formação por 
ausência de autenticação, em razão da presunção de veracidade que 
milita em favor das cópias" (STJ, ED cl nos ED cl no Ag Rg no Ag 
474267/SP, Segunda Turma, Rel. Min. MAURO CAMPBELL, julg. 
05/11/2009). 3. Recurso conhecido e desprovido. 
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento 
nº 823738-3, de Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de 
Curitiba - 4ª Vara de Família, em que é Agravante E. D. C. L. P. e 
Agravado C. C. S. 
 
A decisão ficou acordada entre os Senhores Desembargadores da 11ª Câmara Cível 
do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que por unanimidade de votos, 
conheceram do recurso e lhe NEGARAM PROVIMENTO, em Curitiba, no dia 04 de 
abril de 2012. 
 
A ação de alienação parental objetiva a aproximação do genitor que não tem a guarda 
dos filhos, para a restauração dos laços familiares e a reconciliação entre pais e filhos. 
 
Portanto, após a promulgação da Lei nº 12.318, a ocorrência de condutas sugestivas 
de alienação parental pode se manifestar em contencioso autônomo ou em eventos 
processuais (quando já em andamento) para a adoção de medidas cautelares. 
9 
 
 
 
Necessário para prevenir possíveis danos psicológicos irreversíveis a crianças ou 
adolescentes alienados. 
 
Dessa maneira, mostra-se que a prática da alienação parental é extremamente 
prejudicial para os filhos e pais alienados. Portanto,estamos aguardando 
ansiosamente as contas relevantes. Como disse Caetano Lagrastra, juiz aposentado 
do Tribunal de São Paulo (TJSP), alienação parental é o mesmo que tortura. 
 
2.4 REFLEXOS JURÍDICOS DA LEI 12.318/2010 
 
Segundo o defensor público Joaquim Azevedo Lima Filho, (2011, p. 35): 
 
A Lei 12.318/2010 vem preencher uma lacuna referente à proteção 
psicológica do menor, pois ao dispor sobre a alienação parental vem 
coibir esse tipo de comportamento tão prejudicial à formação da 
criança e adolescente e ampliar a proteção integral ofertada pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente. Não devemos esquecer que a 
Constituição Federal dispõe como dever da família, da sociedade e do 
Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta 
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a 
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
 
Acontece que o objetivo desta lei é punir os pais ou terceiros que, por motivos 
emocionais, interfiram no crescimento de menores incapazes. O regime jurídico da 
alienação parental é baseado no direito da família, na Constituição Federal de 1988 e 
no Código Civil. O procedimento nessa área começa com o artigo 4 da Lei 12.318 / 
2010: 
 
Artigo 4° Declarado indício de ato de alienação parental, a 
requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação 
autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e 
o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as 
medidas provisórias necessárias para preservação da integridade 
psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua 
convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre 
ambos, se for o caso. 
 
Nas palavras de Maria BereniceDias (2013, p.473): 
 
(…) tantos casamentos havendo dissolução as crianças e 
adolescentes vem sendo prejudicados com um dos genitores usando 
da criança como forma de vingança. Começando assim essa pratica 
da alienação parental que composta por um genitor alienante e outro 
genitor alienado e menor que também sendo alienado com influências 
negativas que atrapalham o convívio familiar o bem estar do menor. E 
com isso acontecendo os juizados começaram a tomar medidas no 
combate à prática, então os legisladores criaram a lei 12.318/2010 que 
visa nos seus artigos proteger os vulneráveis da pratica covarde de 
impedir a convivência da criança com seu genitor. 
 
Venosa (2011, p. 320), aborda a questão, destacando que: 
 
10 
 
 
 
O guardião em geral, seja ele divorciado ou fruto de união estável 
desfeita, passa a afligir a criança com ausência de desvelo com relação 
ao outro genitor, imputando-lhe má conduta e denegrindo a sua 
personalidade sob as mais variadas formas. Nisso o alienador utiliza 
todo o tipo de estratagemas. Trata-se de abuso emocional de 
consequências graves sobre a pessoa dos filhos. Esse abuso traduz o 
lado sombrio da separação dos pais. O filho é manipulado para 
desgostar ou odiar o outro genitor. 
 
Ou seja, a recomendação legal da lei nº 2.318 / 2010 determina a alienação, é alienada 
e, havendo costume, qual é o nível de tudo sob a orientação de um juiz que tem 
competência absoluta para julgar tais casos? Dias (2013, p 475) fornece isso. Dessa 
forma, Dias (2013, p 475) dispõe que. 
 
Uma criança certamente enfrentará uma crise de lealdade e sentimento 
de culpa quando, na fase adulta, constata que foi cúmplice de uma 
grande injustiça. A lei combate a pratica para que não haja essa 
interferência no crescimento social e psicológico da criança 
observamos alguns artigos que lei 12.318/2010 elenca como a 
proteção ao menor seu direito a uma convivência saudável, sua guarda 
dada ao genitor mas sensato com sua criação, a lei visa sempre o 
interesso do menor, proteger da prática da alienação parental. 
 
Diante disso, o juiz considerou os interesses dos menores. Se os pais não chegarem 
a um acordo de tutela, os pais terão mais flexibilidade na vida e respeito pelos filhos. 
 
2.5 LEI GERAL: A REPRESSÃO AO SISTEMA DE ESCOLTA DOS PAIS 
 
A Lei nº 8.069, promulgada em 13 de julho de 1990, protege de certa forma os 
menores desfavorecidos e auxilia no combate à alienação de forma geral. Segundo a 
autora Cássia Francisco Buosi (2012, p, 113): 
 
A Constituição Federal de 1988, além de possibilitar o reconhecimento 
de diversas entidades familiares até então ignoradas, passou a dar 
mais interesse ao desenvolvimento da criança e do adolescente. Tendo 
em vista que eles estão em pleno desenvolvimento mental, psicológico 
e de construção de personalidade e dignidade, aliado à personalidade 
do direito civil que lhes dão um tratamento prioritário, realizou-se uma 
maior qualificação das normas para infância e juventude, respaldada 
em princípios contidos na lei 8.069/90, o Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
 
Portanto, o principal objetivo do Código da Infância e da Juventude é o combate a 
qualquer forma de crime contra menores. 
 
Os efeitos psicológicos da Síndrome em crianças podem variar de idade para idade. 
A autora Maria Berenice Dias (2015, p. 545) cita entre as várias consequências da 
Síndrome: 
 
[...] ansiedade, medo, insegurança, isolamento, tristeza e 
depressão, comportamento hostil, falta de organização, 
dificuldades escolares, baixa tolerância à frustração, 
irritabilidade, enurese, transtorno de identidade ou de imagem, 
sentimento de desespero, culpa, dupla personalidade, inclinação 
ao álcool e às drogas, e, em casos mais extremos,idéias ou 
11 
 
 
 
comportamentos suicidas; dificuldade no estabelecimento de 
relações interpessoais, por ter sido traído e usado pela pessoa 
que mais confiava; sentimento incontrolável de culpa, por ter 
sido cúmplice inconsciente das injustiças praticadas contra o 
genitor alienado. 
 
Como consequência da Alienação Parental, o filho pode desenvolver problemas 
psicológicos e até transtornos psiquiátricos para o resto da vida. 
 
Existem também consequências na relação deste filho com os genitores: inicialmente, 
uma crise de lealdade entre ambos, na qual o afeto por um é entendido como uma 
traição pelo outro, o que faz com que o filho, muitas vezes, comece a contribuir para 
a campanha de desmoralização do genitor alienado. Com o tempo, o genitor alienado 
passa a ser rejeitado ou odiado pelo filho, tornando-se um forasteiro para ele, e tendo 
o vínculo que os une irremediavelmente destruído, caso tenha ocorrido o hiato de 
alguns anos sem convivência, principalmente, quando esses anos foram os 
primordiais para a constituição do filho enquanto sujeito. 
 
É um momento de muita dor e sofrimento que não só atinge a criança ou o adolescente 
que está sendo alvo da prática de alienação parental, mas também, e de forma feroz, 
o genitor que está sendo alienado, no qual acaba acreditando nas desqualificações 
que lhe são imputadas e acha que não é capaz de garantir uma vida de qualidade ao 
seu filho, ou sente-se incapaz de realizar atividades diárias que antes desenvolvia 
com desenvoltura. 
 
Dessa forma, da noite para o dia, transforma-se em um ser despreparado e 
incapacitado para cuidar de seu filho. Não mais acredita ter condições de fazer o que 
fazia ou mesmo proporcionar uma vida condizente que merece o filho. 
 
Já o genitor alienador, torna-se o principal e às vezes o único modelo do filho, o que 
gera uma grande tendência de a criança reproduzir a patologia psicológica no futuro. 
A relação estabelecida com o alienador é, em geral, única e com enorme grau de 
dependência, percebendo o filho como agressão, qualquer coisa que o ameace, e se 
submetendo a constantes provas de lealdade ao genitor guardião. 
 
2.5.1 Violação dos princípios da família: reflexão jurídica 
 
A Constituição e os princípios da infraestrutura prejudicam os direitos inerentes aos 
menorese também fazem com que os menores exerçam os seus direitos. Como 
afirma o educador Celso Antônio Bandeira de Mello (2000, p. 68), trata-se de uma 
lesão ao princípio: 
 
Mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce deste, 
disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas 
comparando-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata 
compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a 
racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe 
dá sentido harmônico. 
 
Sem respeitar estes princípios, violando as funções sociais e econômicas da boa-fé, 
dos bons hábitos e da lei, do ponto de vista jurídico, todas essas normas necessárias 
12 
 
 
 
para realizar comportamentos básicos terão uma reação negativa aos poderes e 
obrigações familiares. 
 
2.6.2 Alteração de medidas de proteção para casos de evacuação dos pais 
 
Com o fim do casamento, a consequência natural é a fixação da guarda que, como 
visto anteriormente, pode ser exercida de forma unilateral ou compartilhada, 
determinará o genitor que ficará com o menor, assistindo-lhe de forma direta com 
relação a suas necessidades, bem como a todas que englobam o seu 
desenvolvimento, ficando obrigado ao outro genitor, cuja guarda não lhe foi atribuída, 
o dever de prestar alimentos bem como o direito convencional (FIGUEREIDO, VIEIRA, 
2014, p.82). 
 
A base da provisão de tutela é buscar os melhores interesses das crianças e dos 
jovens. No caso de descobrir que seus pais estão alienados, crianças e jovens ainda 
devem ter a vantagem, mas às custas dos pais. 
 
 O artigo 7º da Lei nº 12.318 / 2010 estipula que a distribuição ou mudança da tutela 
será dada prioridade aos pais, o que permite que a criança more efetivamente com 
outro pai quando for improvável que compartilhe a tutela. 
 
De acordo com o artigo 1.586 dos respectivos códigos, o decreto autoriza os juízes a 
administrar a guarda de menores, com a finalidade de defesa contra indícios de 
suspeita ou violência, suspeita, abuso, tortura, abandono e instabilidade psicológica 
no melhor interesse de menores O melhor interesse dos menores. 
 
Os pais do tutor, a alienação dos pais, e outros motivos graves que interfiram no 
crescimento saudável da criança ou adolescente, podem ser ordenados pelo 
Ministério Público e / ou Conselho Tutelar para decidir a revogação da tutela, mesmo 
que temporária, pode ser concedida aos pais. Capaz de exercê-lo. 
 
Na guarda compartilhada, é realizada sob supervisão conjunta, a decisão mais 
importante é tomada por ambos os pais, que é a forma mais eficaz de reduzir a 
incidência da síndrome de alienação parental. 
 
As sanções mais severas encontram-se nos itens sexto e sétimo, pois essas sanções 
envolvem a fixação da residência da criança e a suspensão do poder parental. Isso 
se deve à gravidade da lesão causada pela alienação da criança, mas ainda é 
suficiente. 
 
Artigo 4º - Declarado indício de ato de alienação parental, a 
requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação 
autônoma ou incidental, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz 
determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas 
provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica 
da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua 
convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre 
ambos, se for o caso. 
Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor 
garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que 
há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da 
13 
 
 
 
criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente 
designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 
 
 
2.7 CABIMENTO DO DANO MORAL NA ALIENAÇÃO PARENTAL E A 
RESPONSABILIDADE CIVIL. 
 
Diante os estudos em direito civil, há um dever legal e amplo de não ferir o direito 
alheio, o que corresponde à obrigação de indenizar. Se um comportamento confere 
algum prejuízo injusto para outrem, seja material ou moral, surge o dever de 
indenidade (THEODORO, 2016, p.01). 
 
Quando as pessoas forem inseridas na vida social, ele conquistará as mercadorias e 
os valores que constituem as coleções protegidas pelo ordenamento jurídico. Quando 
se referem à herança, outros se referem à própria personalidade. Assim Theodoro diz: 
 
É ato ilícito, por conseguinte, todo ato praticado por terceiro que venha 
refletir, danosamente, sobre o patrimônio da vítima ou sobre o aspecto 
peculiar do homem como ser moral. Materiais, em suma, são os 
prejuízos de natureza econômica, e, morais, os danos de natureza não 
econômica e que “se traduzem em turbações de ânimo, em reações 
desagradáveis, desconfortáveis, ou constrangedoras, ou outras desse 
nível, produzidas na esfera do lesado”.1 Assim, há dano moral quando 
a vítima suporta, por exemplo, a desonra e a dor provocadas por 
atitudes injuriosas de terceiro, configurando lesões nas esferas interna 
e valorativa do ser como entidade Individualizada (THEODORO, 2016, 
p.01). 
 
 
Quando se trata de dano mental, esse é um assunto polêmico em termos de alienação 
dos pais, e poucas pesquisas foram feitas no âmbito do direito da família.A ação 
judicial pode partir da determinação de indenização por dano mental, até a possível 
reversão da tutela, pois o “Regulamento da Infância e da Juventude” (ECA) contido 
nos “Princípios de Proteção Integral à Criança” prevê que os menores têm direito à 
vida familiar , Pode dar uma compensação justa por danos mentais e a reversão da 
tutela. 
Quando o casamento termina, os participantes desse relacionamento sofrem vários 
sofrimentos: idealmente, todos escolhem um relacionamento de amor familiar e 
respeito mútuo, mas isso raramente acontece, o que causa problemas aos filhos. 
 
Em resposta a esses conflitos, é fácil perceber que as pessoas se machucam com 
essas condições: primeiro, os sintomas aparecem na criança e logo depois no pai ou 
mãe afastada. As crianças têm o direito de viver em igualdade de condições com os 
pais. Assim diz a Carta Magna: 
 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988). 
 
https://jus.com.br/tudo/direito-civil
14 
 
 
 
Com relação a dano moral, é visivelmente identificável quando o genitor, não 
possuidor da guarda, é privado da convivência com o filho, tendo seu direito 
fundamental violado pois a alienação parental não gera somente dano moral, e sim 
psicológico em detrimento dos abalos sofridos pelos aborrecimentos corriqueiros do 
mencionado ato ilícito, como diz Goldino: 
 
Ressalta-se que a alienação parental impossibilita a convivência 
familiar – que é fator essencial da formação da personalidade infanto-
juvenil, pois a criança não cresce de maneira saudável sem a 
construção de um vínculo afetivo, estável e verdadeiro com seus pais, 
sendo causa de transgressão do princípio da convivência familiar 
(GOLDINO, 2012, p.232). 
 
A Lei nº 12.318 / 2010, relativa à alienação dos pais, cujas ações incluem intervir na 
formação psicológica de uma criança ou adolescente induzida por um de seus pais, 
avós ou pessoa que guarda ou monitora seus filhos para que um menor rejeite seu 
outro pai, ou destruir o vínculo emocional com ele.Deste modo,quando instalada a 
Alienação Parental, o genitor que é alienado perde algo que é irreparável. 
 
Hoje, depois de se dedicar à indenização por dano moral, a Constituição Federal não 
discorda que essas emoções causadas pela dor mental devam ser compensadas. 
Dano moral é tudo o que assedia seriamente a alma humana, e também tudo o que 
prejudica os valoresbásicos da personalidade do indivíduo ou da sociedade por ele 
reconhecida (CACHALI, 2005, pag. 39-40) 
 
A própria responsabilidade da indenização assenta na obrigação de punir os atos 
ilícitos, pelo que é compreensível que a base jurídica para a indenização dos danos 
morais e a base jurídica para a reposição dos prejuízos patrimoniais não sejam muito 
diferentes, porque ainda existem. Em termos de sanções e recursos angustiantes 
como descrito por Cahali: 
 
A restituição resolve-se no sacrifício de um interesse idêntico, 
enquanto a pena se resolve no sacrifício de um interesse diverso a ser 
cominado segundo o preceito, correlatamente, a restituição tem caráter 
de satisfação, enquanto a pena tem caráter aflitivo (CACHALI, 2005, p. 
39-40). 
 
Porém, a punição do dano mental não pode terminar com a indenização, porque 
constitui a eliminação do dano e de suas consequências, o que é impossível face ao 
dano externo. A indenização por meio de indenização obriga o infrator a pagar uma 
determinada taxa e a fornecer uma indenização satisfatória à vítima, danificando 
assim os bens do infrator, vejamos: 
 
Hoje, está solidamente assentada a ampla e unitária teoria da 
reparação detodo e qualquer dano civil, ocorra ele no plano do 
patrimônio ou na esfera da personalidade da vítima. Há de indenizar o 
ofendido todo aquele que cause um mal injusto a outrem, pouco 
importando a natureza da lesão (JUNIOR HUMBERTO, 2010, p.6). 
 
No entanto, entenda que privar os pais de suas obrigações parentais ou obrigações 
parentais e restringi-los apenas ao campo de suprimento material, impede ou cria 
obstáculos que impedem emoções, emoções e relações sociais, para que a vítima 
tenha o direito de reivindicar uma indenização pelos danos sofridos. 
15 
 
 
 
 
3 MEDODOLOGIA 
 
O artigo descrito foi baseado em pesquisas, a partir de referências bibliográficas e 
decisões Jurisprudenciais visando analisar de uma forma mais profunda, ampla, 
informativa e atual sobre o tema escolhido. 
 
4 RESULTADOS 
 
Foram transcritos dados coletados de bibliografia de autores renomados e 
jurisprudências, fazendo uma análise geral teórica sobre o assunto. O presente artigo 
científico não visou quantificar decisões, mas esclarecer e destacar princípios jurídicos 
sobre o tema em questão, e principalmente a Lei 12.318 / 2010 que abordou o tema 
de forma relevante, com respaldo em decisões jurisprudenciais. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O assunto das disputas sobre alienação dos pais geralmente ocorre em casas 
separadas, e as crianças acabam se tornando ferramentas para os pais ressentidos. 
O afastamento dos pais ocorre principalmente por meio dessa abordagem para os 
filhos e, nos casos mais graves, isso tem consequências irreversíveis para os filhos. 
 
Com o advento da Lei nº 12.318 / 2010 do nosso sistema jurídico, profissionais do 
direito, psicólogos e assistentes sociais devem trabalhar duro para se preparar para 
situações que envolvam alienação parental para impedir ou combater esse 
comportamento. Buscar proteger os direitos das crianças e dos jovens. 
 
Verificou-se que os danos provocados na criança são extensos e o dilema pela guarda 
costuma se dar em uma fase de formação do caráter, da identidade e personalidade 
do indivíduo, momento em que a criança necessita de uma estrutura familiar sólida e 
bem constituída. 
 
Assim, diante do estudo, ficou evidente que a Lei 12.318/10, "Lei da Alienação 
Parental", é relevante na conceituação do tema e na luta por expor o genitor alienador, 
uma vez que a lei trouxe à tona exemplos de atos e constatações em depoimentos 
que revelam a alienação. 
 
É válido mencionar que a alienação parental fere o direito fundamental da criança ou 
adolescente de conviver em família, cabendo ao juiz a adoção de medidas que coíbam 
ou inibam tal problema visando reduzir seus efeitos, tanto na criança quanto na própria 
família. 
 
Portanto, foi necessário abordar que o avanço criado pela lei que dispõe sobre a 
alienação parental esteja sempre em evolução e que profissionais da área trabalhem 
na busca por identificar, coibir e punir essa forma de abuso que assemelha-se aos 
abusos de natureza sexual ou física, uma vez que os resultados desastrosos desse 
problema não atingem somente as crianças, mas também aos pais alienados. 
 
Para tanto, a pesquisa atingiu seu objetivo e forneceu informações sobre a legislação 
de forma inteligente, proporcionando uma forma de evitar tais incidentes. 
16 
 
 
 
 
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