AULA I INTRODUÇÃO A LUZ DA BOA FÉ OBJETIVA

AULA I \u2013 INTRODUÇÃO A O NOVO DI REITO CIVIL SOB A LUZ D A BOA FÉ OBJETIVA PRINCÍPIO DA BOA FÉ OB JETIVA: considerações impor tantes PRINCÍPIO É NOR MA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Breve concepção histórica : A ideia de boa fé surgiu no direito Romano, sua acepção inicial era pautada como um conceito ético e não propria mente u m dever jurídico. A boa fé veio de fato ser desenvolvida pelos teóricos do direito Germânic o, que foi cunhada sob a formula Treu und Glauben , que traduz a ideia de lealdade e co nfiança, co ntudo, como regra objetiva das relações jurídicas em geral. Trata-se de conceito de masiadamente aberto que exige d os juristas grande carga de abstração, e po r isso talvez, tenha se desenvolvido na Al emanha, visto a precisã o semântica contida na língua germânica. Se a palavra é a ferramenta que o direito trabalha, nada melhor que utilizar de uma língua com maiores recursos para precisar suas ideais, talvez por isso seja a Alemanha berço dos júris filósofos mais imp ortantes da atualid ade. Boa fé Subjetiva. Vs. Boa fé Objetiva : antes de explicarmos o conceito da boa fé objetiva, é necessário que tracemos a diferença para com a boa fé subjetiva, pois so mente assim não cairemos na falácia d e confun dir ambos os institut os. Boa Fé Subjetiva : a pri meira coisa que devem os anotar no que tange a boa fé sub jetiva é que a mesma não é princípio, logo não trata -se de norma jurídica . A boa fé subjetiva, consiste em uma situação psicológica, um estado de ânimo o u de espírito do agente que realiza determinado ato ou vivencia dada situaçã o. Ora, perquirir a boa fé subjetiva, é investigar o psique do agente diante de alguma circunstância. Ex: I magine u m contrato de compra e venda que tem por objeto um relógi o banhado a ouro, contudo o vendedor ao negociar com o comprador, informa que trata-se de relógio de ouro, e realiza a v enda no preço do ouro. Ora, como investigar esse animus do vendedor, como saber se o m esmo também não estava enganado por sua ign orância, o u então estava agindo de má fé. OBS: A grande crítica que se faz a boa fé subjetiva é que para identificá- la deve-se investigar o a intenção volitiva do agente, e isso trás grandes dificuldades, pois ningu ém consegue entrar no pensamento do outro para de fato realmente saber qual era sua inte nção, ou seja, se t rava-se de um ato eivado de má fé ou de u m ato de mera ignorânc ia. Princípio da Boa fé Objetiva : a primeira coisa que precisamos anotar é que a boa fé objetiva é princípio, logo, trata-se, de norma jurídica adjetivada por sua imperatividade . A boa fé o bjetiva consiste em um dever jurídico, em que qualquer das partes de uma relação jurídica (leia -se contrato) deve demonstrar um comporta mento digno, ético, probo, inerente e esperado de qualquer home m comum honesto. Note-se, que essa conduta que de um homem probo e honesto é esperada de forma o bjetiva, não sendo preciso investigar a intenção do agente. Espera -se claramente, que toda pessoa em um determinado negócio juríd ico, haja de m aneira ética, reta, pois esse é o comportamento esperado de qualquer p essoa que vi va em um estad o moderno dem ocrático de direito. OBS: Nesse diapasão, duas são as principais diferenç as entre a boa fé subje tiva e o principio da boa fé objetiva: A primeira reside no fato de a boa fé objeti va ser elevada a categoria de norma jurídica, e a segunda é que na boa fé objetiva não se investiga o intelecto, a vontade interna do agente, sendo esperado u m padrão de compor tamento. Funções decorrentes do princip io da boa fé o bjetiva : Dada a im portância jurídica do princip io da boa fé objetiv a a doutrina e a jurisprudência constituíram um teoria dogmática jurídica, desenvolv endo 3 (três) funções decorrentes da boa fé objetiva, sendo elas: FUNÇÃO INTERPETATIVA, FUNÇÃO D ELIMITADORA DO EXERCICIO DE DIREITOS SUBJETIVOS E FUNÇÃO CRIA DORA DE DEVERES JURÍDICOS ANEXOS OU D E PROTEÇÃO. FUNÇÃO INTERPRETAT IVA : o interprete do d ireito tem na boa -fé objetiva um referencial hermenêutico dos mais seguros, pois para interpretar as relações jurídicas não precisa investigar intençã o de nenhum agente, bastando analisar o bjetivament e o comportament o dos mesmos. Ex: Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados confor me a boa-fé e os usos do lugar de sua celeb ração. Função Delimitadora do Exercício de Direitos Subjet ivos : por meio da boa fé objetiva, visa-se evitar o exercício abusivo do s direitos subjetivos, o u seja, a boa fé o bjetiva limita a autonomia da v ontade, evitando pro exemplo a aplicação de clausulas leoninas, o s abusos de direito, pois no atual sistema co nstitu cional, em que se busc a o desenvolvimento socioeconômico sem desvalorizaçã o da pessoa humana, nã o existe lugar pa ra a tirania dos direi tos. Função Criadora de Deveres Jurídicos Anexos ou de Proteção : trata-se de deveres jurídicos invisíveis, ainda que juridicamen te existente, qu e decorre da boa fé objetiva. Tais deveres anexos não são taxativos, visto que a boa fé objetiva é uma clausula aberta, co ntudo a doutrina costuma identific ar 4 (quatro) deveres anexos mais imp ortante, q ue são eles: a) lealdade e confiança recíproca; b) assistência; c) dever de informação; d) sigilo confidencialidade. Funções d ecorrentes do prin cípio da Boa fé Objetiva Função Interpretativa Função Delimitadora d o Exercício de Direitos Subjetivos Função criadora de deveres jurídicos anexos ou de proteção Dever d e lealdade e confiança Dever de Assistênci a Dever d e Informação Dever d e Sigilo ou Confidencialidade a) Dever de Lealdade e Confi ança recíproca : a mbos são considerados como de veres gerais anexos intrín seco a qualqu er relação jurídica . Lealdade : a lealdade se traduz nas relações calcad as na transparência e enunciação da verdade, com correspondência entre a vontade manifestada e a conduta praticada, bem como em omissões dol osas. A leald ade abrange o de ver de informação . Ex: no que pese haver divergência sobre a naturez a jurídica do casamento , no que tange ser contrato ou negóci o jurídico, nesse p onto nos vale c omo melhor ex emplo. É certo que o código civil no seu artigo 1566 trás o dever recíproco de fidelidade entre os cônjuges, e por ser um negócio jurídic o o casamento, deve também guardar consonância com o principio da boa-fé objetiva, ou seja, logo deve ele respeitar o dever anexo de lealdade entre os cônjuges, assim você pode até vir s er infiel, mas deverá ser leal. Em o utras palavras a pessoa pode ate ser infiel e ferir a regra do artig o supra citado, contudo tem o dever jurídic o acessório de leald ade, que lhe impri mi o dever de in formar a outra parte que foi in fiel. Confiança : a confiança dep ositada pelas pessoas merece tutela jurídica. Quando u ma pessoa atua ou celebra cer to ato, negócio ou contrato, tendo confiado na atitude, na sin ceridade, ou na promessa de outrem, ou confiando na existência o u na estabilidade de ce rtas qualidad es das pessoas, o direi to não pode ficar absolu tamente in diferente a eventual frus tração . Ex: Em um contrato de compra e venda em que o preço do objeto foi av ençado em prestações sucessivas, há a confiança da entrega an tecipada da coisa, ainda que o valor tota l do preço não tenha sido pago. Ora a parte que entrega a coisa antecipadamente, espera e confia que a outra parte irá pagar. b) Dever de Assistência : ta mbém conhecid o co mo dever d e cooperaçã o, se r efere à concepção de que, se o contrato é feito para ser cumprido, aos contratantes cabe colaborar para o correto adimplemento de sua prestação principal e toda sua extensão, mes mo em uma fase p ós contratual. Ex: Drafa Brasil. A montadora de moto Drafa quando iniciou suas atividades comerciai s começou a vend er várias motos a pre ço convidativo, c ontudo, não p restava a devida assistência aos seus consumidores, eis que a empresa não tinha peça de reposição para as motos que vinham a dar problema, log o feriam o principio da boa fá objetiva em seu dever jurídico acessório d e assistência. c) Dever de Informação : trata-se de uma imposição moral e jurídica de comunicar a outra parte de todas as características e circunstâncias do negócio jurídico e, bem assim, do bem jurídico, que é s eu objeto, por ser imperativo da leald ade entre os c ontratantes . Ex: Imagina que BOB ESPONJA foi comprar um carro, chegando lá ao escolher o carro pergunta ao gerente se aquele é o ultimo modelo do carro escolhido, oportunidade que o mesmo fala das qualidades do carro e afirma que sim é o ultimo modelo. Satisfeito BOB ESPONJA efetua a compra do veiculo. D uas semanas depois BOB ESPONJA em sua casa assistindo televisão após chegar de uma longa jornada de trabalho do siri cascudo, verific a que há uma propaganda de televisão lançando um novo modelo do carr o que ele comprou, tirando o seu de linha, e mais, desvalorizan do consideravelmente o seu carro. Ora, faltou ao vend edor o dever jurídico acessóri o de informação. d) Dever de sigilo ou confidencialida de : em determinadas relações jurídicas, está implícita a confidencial idade e o sigilo das informações, visto que se as mesmas vazarem prejudicará demasiad amente o bom fecha mento do negóci o. Ex: No ramo de tecn ologia, uma empr esa como a Sa msung, contrata uma progra mador de softtwear para desenvolver um programa de atualização do seu sistema e este programador após entregar o progra ma pr onto não guarda sigilo das informa ções a vende também para Apple, que por se mais ágil acaba lançando primeiro a tecnologia no mercado. Esse programador feriu o principio da boa fé objetiva, com base no seu dever acessóri o de sigilo. Art. 422. Principio da Boa fé Obje tiva: A rt. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa -fé. Pré contratual Pós Contratual DESDOBRAMENTOS DO PRIN CIPIO DA BOA FÉ Desdobramento s d o Princípio da Boa fé objet iva : levando em consid eração, que já compreendemos o que se entende por boa fé objetiva, em suma, uma norma jurídica que exige um padrã o de com portamento prob o nas re lações contratuai s, passarem os agora a analisar os seus d esdobramentos jurídic os. Tais desdobramentos importam em sub princípios ou situações jurídicas de grande relevância que ajudam a construir a noção de boa-fé objetiva e dela também retira seu fund amento de validade, sendo u ma relação de mutual ismo . As doutrinas que trabalham esses desdobramentos não são unanimes em defini-los, nesse sentido iremos analisar o s mais relevantes e r ecorrentes nos livros, que se sistematizam da seguinte forma: OBS: Parte da doutrina trabalha também com a ideia de que tais desdobramentos da boa -fé objetiva sejam modalidades de ABUSO DE DIREITO. Abuso de Direito: o abuso de direito env olve excessos ou desmand os no exercíci o do d ireito. A pessoa extrapola os limites necess ári os na sua defesa, ou na satisfa ção dos direitos que l he são legítim os. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito q ue, ao exercê -lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa -fé ou pelos bons costu mes. EX: O condomínio que expõe em quadro publico os condôminos que estão com a taxa condominial atrasad a. Aquelas empresas de cobrança que ligam após o horário comercial ou em finais de semana para cobrar uma dí vida. Desdobramentos da boa -f é objetiva VENIRE C ONTRA F ACTUM PROPRI UM SUPRESSIO SURRE CTIO TU QUOQUE CLA USULA DE ST OPPEL Contar o caso do contrato do Wise up e a no tificaçã o a franquia que gerou indenização por danos morais. OBS: Não iremos nesse ponto da m atéria aprofundar no estudo do abuso do direito pois este já foi estudado em ci vil II quand o trabalhou-se negóci os jurídicos . VENIRE CONTRA F ACTUM PROPRIUM : A tradução literal da expressão em latin co nsist e em VEDAÇÃO DO COMPORTAMENT O CONTRADITÓRIO. Nesse sentid o, traduz-se a ideia de que não é razoável admitir-se que uma pe ssoa pratique determin ado ato ou conjunto de atos e, em seguida, realize conduta diametralmente oposta. Parte-se da premissa de que o s contratantes, por consequência lógica da co nfiança depositada deco rrente da boa fé objetiva, devem agir de forma coerente , segundo as expectati v as gerada por seus c ompo rtame ntos. Em resumo, veda-s e o comporta mento contraditóri o em um curto espaço de tempo. Iremos aos exempl o s que ficará mais fácil. EXEMPLO DO COT IDIANO : Dar o exemplo da menina no bar em Nova Fribru go. EXEMPLO APLICADO AO CONTRATO : Um proprietário que aluga seu bem imóvel para um a empresa, co ntudo faz o contrato em nome do só cio da empresa e não em nome da pessoa jurídica, e logo após quer rescindir o contra to aleg ando que é pessoa estra nha que está ocupando o imóvel. Exemplo do Wise Up Teresópoli s. O correto é notificar dando um praz o razoável para que se possa regulariz ar a situação. EXEMPLOS LEGAIS : Art. 973, é aquele em que estabelece que a pessoa legalme nte impedida de exercer atividade empresária, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. Ou seja, emb ora impedido de exercer a atividade, se o faz, gera a expectativa, nos contratantes , do cum primen to do pactuado, não podendo o individ uo invocar a sua própria torpeza para se desvencilhar das obrigações celebradas. OBS: Assim, atos ou compo rtament os contraditórios em um curto espaço de tempo é considerado uma forma de abuso de direito e logo é ilícito, gerando a invalid ade do negócio jurídico e eventual perd as e danos. SUPRESSIO : Consiste na perda, supressão, de um direito SUBJETIVO pela falta de seu exercício, desde que seja por um razoável lapso de tempo. Há um silêncio eloquente, um comportamento omissivo tal, para o exercício de um direito, que o movimentar-se p osterior soa incompatível com as legitimas expecta tivas até então geradas. EX: Imaginemos que A e B conjuntamente compram um imóvel, sendo cada um com a fração correspondente de 5 0%. Todavia, apenas A vem a residir no imóvel, sendo que B nunca nem foi no imóvel. Logo, passad o tempo consideravelment e razoável não pode B querer pleitear de A um aluguel retr oativo de uso do im óvel, por que hou v e uma supressão do seu direito. EX: Art. 330 CC \u2013 Imagina-se que se convencion ou que uma obrigação seria paga todo dias 05 na casa de A, contudo desde de a primeira prestação a obrigação sempre foi cumprida na casa de B, passado razoável espaço de tempo, A não pode cobrar de B que o contrato deve ser rescindido por que não cumpriu um a clausula contra tual, ocorreu a supressão de seu direito no que tange a essa cl ausula contratual. SUPRESSIO VS. VENIRE CONTRA FAC TUM PRÓPRIUM : não há de se negar que os institutos sejam correlatos, contud o a sua principal diferença reside no lapso temporal, isso porque na supressio ex ige-se a decorrência de razoável espaço de tempo e um comportamento iminentemente omissivo, enqu anto que no venire o lapso temporal deve ser curto e a co nduta deve ser primeir o positiva e depois negativa. SUPRESSIO VS PRESCRISÂ O : não há também que se confundir supressio com prescrição, isso porque, na primeira o que se perde é o próprio direi to pela omissão eloquente e prolongada deste direito subjetivo, enquan to que na segunda o que se perde é a pretensão de se propor a ação por omissã o em determinado laps o de temp o definido em lei. SURRECTIO : Pode-se afirmar, que a surrectio é o outro lado da moeda da supressio. Na figura da surrectio se co nfigura o surgimento de um direito ex igível, como decorrência lógica do comportamen to positivo de uma das part es em um determinado sentido. EX: Art. 330 CC \u2013 Imagina-se que se convencionou em um contrato que uma obrigação seria paga todo dias 05 na casa de A, co ntudo desde de a primeira prestação a o brigaç ão sempre foi cumprida na casa de B, p assado razoável espaço de tem po, A não pode cobrar de B que o contrato deve ser rescindido por que não cumpriu uma clausula contratual, visto que ocorreu a supressão de seu direit o no que tange a essa clausula contratual. Todavi a, também ocorreu a surrectio por parte B que pode exigir que A sempre receba em sua casa, dado seu comportament o positivo prolongad o nesse sentido. EX: Imaginemos que A e B conjuntamente compram um imóvel, sendo cada um com a fração correspondente de 5 0%. Todavia, apenas A vem a residir no imóvel, sendo que B nunca nem foi no imóvel. Logo, passad o tempo consideravelmente razoável não pode B querer pleitear de A um aluguel retroativ o de uso do imóvel, por que houve uma supressão do seu direito. Da mesma forma o corre a Surrectio para A, que através de seu comportamento positiv o prolongado pode diz er que a condu ta de B é abusiva. OBS: Assim para m elhor compreender mos a surrectio costumo pedir aos alunos que façam uma correlação da segu inte forma. SUPRESSIO SURRECTIO Prescrição; ação negativa em longo tempo Usucapião; ação p ositiva em longo te mpo Importante, essa correlação acima é apenas para melhor definir em nossas mentes a diferença dos institutos não há na doutrina qualq uer correlação co m esse quadro esque mático. TU QUOQUE: Tu quoque, Brutus, fili mi! A célebre frase, historicamente aludida a Júlio César, pela constatação da traição de seu filh o Brutus, dá nome ta mbém a um dos mais comuns desd obramentos da boa-fé objetiva. é uma expressão latina que refere-se a quebra de confiança, of ensa a boa -fé objetiv a, um elemento surpresa , é pegar de surpresa uma das partes em uma relação contratual, é uma conduta impensa v elmente esperada. Art. 476 . Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode e x igir o im plemento da do outro. A pretensão desse dispositivo é evitar que aquel e que não cumpre a sua obrigação , violando uma norma jurídica, venha a invocar essa mesma norma em s eu favor, com isso atentando con tra o princ ípio da boa-fé objeti va Ex: Imagine que A e B celebrem um contrato de compra e venda de um m aquin ário, ocorre todavia, que A ocultou o fato de ser interdi tado no momento da celebraçã o do contrato, ora após o contrato se perfazer pela tradição, A alega a nulidade do co ntrato, invocando o art. 3 do código civil. Veja que A agiu de forma a surpreend er B e utilizando-se de norma legal para tentar eximir-se d e uma obrigação. EX: É o que se dá, por exem plo, quando uma das partes, sem haver cumprido a sua prestação prévia, exige a parte da outra (q ue terá em sua defesa, pois, "a exceção d e contrato não cumprido" - arts. 47 6 e 477, CC) . EX: Eu jama is vou esquec er o dia em q ue, aplicand o uma "segunda cham ada de prova" (o aluno havia faltado no dia marcado para a avaliação), anunciei: "vai ser prova oral". O al u no ficou tens o, per cebi. Ma s me ma ntive fraternalme nte firme: "v ou apli car prov a oral mesmo" . Então, saba tinei o meu aluno: "o que é tu q uoque?". "Comecei com uma pergunta poderosa", pensei. E, neste momento, o meu espirituoso aluno respondeu: "Profess or P a blo, tu quoque tem a ver com o que o senhor fez agora comigo". Perguntei, então : "O que fiz?". "Pegou -me de surpresa", respondeu-me, "pois me fez crer que a prova seria escrita, e está sendo oral". Não resisti, sorri, e lhe disse : "Você já come çou tirando nove..."...rs! CLAUSULA DE STOPPEL : aplica-se no que se refere a quebra da confiança no plano das relações internacionais, desdobrament o do venire contra factum prorprio, contudo no plano internacional, ou s eja, nas relações dip lomáticas entre os países. Ex: Há algum tempo atrás a Petrobras queria investir na Colômbia, pois a Colô mbia também tem um a importante reserva de pré sal, contudo não possui a tecn ologia e recursos próprio s para explorar, o Brasil então iniciou as tratativas, e inclusive fazendo a lguns investimen tos, todavia de f o rma in esperada a Colo mbia fechou um contra to com a uma e mpresa Nor te Americana para a exploração d o sue pré sal.

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