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Superior Tribunal de Justiça

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA - UNINTA
Curso de Direito
Direito Constitucional II / Professor: Ivson
PROJETO DE PESQUISA
 Alegações contrarias a Habeas Corpus e
Embates entre decisões do STJ e STF
O ALUNO DE ENSINO MÉDIO NÃO PROFISSIONALIZANTE
E A PSSIBILIDADE DE ESTÁGIO
EM ÓRGÃOS PÚBLICOS OU PRIVADOS
José Isaac Alves Ferreira
Rafaela Ferreira
José Silva
Kenedy Zaydan
 / Turma: 16N
Machado Novais
Matrícula 0021100-1
SOBRAL – CEARÁ
2018
RESUMO
	O trabalho abordado apresentará fundamentos contrários a decisão de STJ da cidade de São Paulo, que transmitem um pouco do problema do judiciário em seguir a regra de forma justa para ambas as partes integrantes do processo. Visto que, a ideia de culpa presumida e problemas processuais prejudicam tanto a resolução do processo, como individuo em si e que os direitos fundamentais não são fixados de forma clara e em beneficio das partes. Em relação a isso, os embates entre os órgãos judiciários trazem desconfiança e um avanço jurisprudencial que deixa a população confusa e desacreditada no judiciário. 
APRESENTAÇAÕ DO HABEAS CORPUS
Superior Tribunal de Justiça
HABEAS CORPUS Nº 299.126 - SP (2014/0173075-7) 
RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI 
IMPETRANTE: GABRIELA FONSECA DE LIMA E OUTROS ADVOGADO: GABRIELA FONSECA DE LIMA E OUTRO(S) 
IMPETRADO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO PACIENTE: HENRIQUE SILVA DOS SANTOS (PRESO) 
EMENTA
 HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA. SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO ORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. ROUBO MAJORADO. CONCURSO DE AGENTES. PRISÃO TEMPORÁRIA CONVERTIDA EM PREVENTIVA. CONDENAÇÃO. PROIBIÇÃO DE RECORRER EM LIBERDADE. GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO. VIOLÊNCIA REAL DESNECESSÁRIA. ENVOLVIMENTO DE MENOR INFRATOR. PERICULOSIDADE DO AGENTE. RÉU QUE PERMANECEU PRESO DURANTE TODA A INSTRUÇÃO CRIMINAL. SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA E NECESSÁRIA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. NÃO COMPROVAÇÃO E IRRELEVÂNCIA. ILEGALIDADE AUSENTE. MANDAMUS NÃO CONHECIDO NESSE PONTO. 1. O Supremo Tribunal Federal passou a não mais admitir o manejo do habeas corpus originário em substituição ao recurso ordinário cabível, entendimento que foi aqui adotado, ressalvados os casos de concessão da ordem de ofício. 2. Não fere o princípio da presunção de inocência e do duplo grau de jurisdição a vedação do direito de recorrer em liberdade, se ocorrentes os pressupostos legalmente exigidos para a preservação do apenado na prisão. 3. Não há ilegalidade quando a constrição está fundada na necessidade de se acautelar a ordem pública, em razão da periculosidade efetiva do agente, corroborada pela gravidade concreta do delito em que condenado, bem demonstrada pela forma como se deram os fatos criminosos, com emprego de arma de fogo, envolvimento de menor infrator e utilização de violência física desnecessária. 4. A orientação pacificada nesta Corte Superior é no sentido de que não há lógica em deferir ao condenado o direito de recorrer solto quando permaneceu segregado durante a persecução criminal, se presentes os motivos para a preventiva. 5. Primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita - não comprovados na espécie - não possuem o condão de revogar a prisão cautelar, se há nos autos elementos suficientes a demonstrar a necessidade da custódia. APLICAÇÃO DO ART. 387, § 2º, DO CPP. LEGALIDADE DO REGIME INICIAL FECHADO. QUESTÕES NÃO DEBATIDAS NA INSTÂNCIA ORIGINÁRIA. TESES DEFENSIVAS Documento: 44516544 - EMENTA / ACORDÃO - Site certificado - DJe: 19/03/2015 Página 1 de 2 Superior Tribunal de Justiça EXPRESSAMENTE REQUERIDAS. AUSÊNCIA DE ANÁLISE. NULIDADE ABSOLUTA DO ACÓRDÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. WRIT CONHECIDO NESSE ASPECTO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Não tendo as questões da ofensa ao art. 387, § 2º, do CPP, e a aventada ilegalidade da fixação do regime inicial fechado sido discutidas pelo Tribunal originário no aresto combatido, inviável o conhecimento do mandamus nesses pontos, sob pena de indevida supressão de instância. 3. O artigo 381 do CPP determina que requisitos devem ser observados na prolação de uma sentença criminal, regras que valem para os acórdãos proferidos pelos Tribunais. 4. A inobservância de quaisquer das normas do art. 381 do CPP quando da prolação do aresto, em especial a falta de análise de quaisquer das teses apresentadas pelas partes, acarreta a sua nulidade absoluta. Exegese do art. 564, IV, do CPP. 5. Habeas corpus em parte conhecido e, nessa extensão, concedida a ordem apenas para determinar que o Tribunal impetrado manifeste-se sobre as teses defensivas não analisadas por ocasião do julgamento do habeas corpus, já apontadas. 
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer parcialmente do pedido e, nessa parte, conceder a ordem, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Newton Trisotto (Desembargador convocado do TJ/SC), Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador convocado do TJ/PE) e Felix Fischer votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 05 de março de 2015(Data do Julgamento) MINISTRO JORGE MUSSI Relator
	ALEGAÇÕES FEITAS DURANTE O VOTO DO RELATOR
Segundo o Relator Ministro Jorge Mussi:	
Dessa forma, presente a coação no aresto combatido no ponto em que não se manifestou sobre as teses defensivas apontadas, devendo o habeas corpus ser conhecido nesse ponto e a ordem concedida, apenas para determinar que a Corte originária sobre os temas se manifeste. Diante de todo o exposto, conhece-se parcialmente do remédio constitucional, concedendo, nesse ponto, a ordem, apenas para determinar que o Tribunal impetrado manifeste-se sobre as teses defensivas não analisadas por ocasião do julgamento do habeas corpus, já apontadas.
No início do relato feito pelo EXMO. SENHOR MINISTRO JORGE MUSSI, o mesmo apresentou a antecedência do processo onde foi impetrado um Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde foi denegada a ordem e mantida a decisão de vedação ao recurso de liberdade.
Sustentam os impetrantes, inicialmente, a nulidade do aresto combatido, uma vez que não teria se manifestado sobre o pedido de detração penal, bem como em relação ao regime inicial de cumprimento de penal, requerido pelos impetrantes na inicial do writ originário, salientando que a omissão gerou prejuízo em virtude da afronta aos princípio da ampla defesa e do contraditório, prejudicando assim o réu e responsável por impetrar HC, chamado Henrique Silva dos Santos. 
Ademais, vale constar-se que a o advogado do impetrante, citou que o mesmo não possui maus antecedentes, primário, possui residência fixa e profissão definida e que o mesmo poderia aguarda e liberdade até o transito em julgado, assim seguiria os aspectos processuais coerentes e justos. 
	Em relação aos demais aspectos o ministro Jorge Mussi, aplicou como incabível o manejo do HC originário, já que não configurada nenhuma das hipóteses elencadas no artigo 105, inciso I, alínea "c", da Constituição Federal, razão pela qual não merece conhecimento, mas reconheceu o constrangimento ao réu e que seria realizada análise sobre possível ilegalidade.
ALEGAÇÕES CONTRARIAS AO MINISTRO
	O entendimento do Ministro Jorge Mussi, traz alguns aspectos a serem questionados, em primeiro ponto, as aplicações punitivas devem sempre ser deixadas em segundo plano, pois para sociedade e para o próprio individuo o dever de ressocialização deve ser priorizado e com HC de liberdade indeferido e ainda tento sua culpa presumida não podendo aguarda em liberdade até o transito em julgado. Diante disso, mesmo tento posições em outros meios jurídicos que concederam ao menos o poder de aguardar em liberdade até a sentença condenatória de crimes de maior potencial ofensivo, logo, o réu teve seu direito indeferido.
 Ademais que a relações entre Contraditório e Ampla Defesa tiveram suas características descumpridas,visto que, o individuo não teria se manifestado sobre o pedido de detração penal, que descontaria o prazo na sentença, além disso, o regime inicial do regime de cumprimento do crime como fundamentado no HC originário, logo, a omissão de tais ações, geraram prejuízos ao andamento e do processo e uma afronta ao princípio do Contraditório e Ampla Defesa.
Aplicações Doutrinarias e Jurisprudências contrarias as decisões do STJ
O entendimento do Superior Tribunal de Justiça vai de desencontro aos princípios da ampla defesa, contraditórios, precauções de inocência e dignidade da pessoa humana. 
Diante da decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça, não concedendo o HC para o réu, mas apenas de forma parcial para que a parte impetrada possa fazer suas alegações. Entretanto o posicionamento que será aborta é divergente do tomado na decisão, visto que, a vários princípios defendidos pela Doutrina e por Jurisprudências que visam essa situação de forma divergente, levando em consideração os benefícios pro réu, em que visam a questão dos direitos humanos e as ilegalidades processuais que prejudicam o réu.
Presunção de inocência
Todos os indivíduos de direito de ser presumida sua inocência, visto que, este princípio consta no sistema jurídico brasileiro e que foi firmado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Artº XI.
Diante disso, a Constituição Federal apresenta o principio da presunção de inocência, nos princípios fundamentais vinculados ao Artº 5, apresentando que ninguém será considerado culapado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Diante de disso, era cabível para o TJ no início do processo que aceitasse o HC.
 		Segundo Alexandre de Morais (2006):
O princípio da presunção de inocência é um dos princípios basilares do Estado de Direito. E como garantia processual penal, visa à tutela da liberdade pessoal, salientando a necessidade de o Estado comprovar a culpabilidade do indivíduo, que é de forma constitucional presumido inocente, sob pena de retrocedermos ao estado de total arbítrio estatal.
Em virtude aos princípios da presunção de inocência , o impetrante Henrique Silva dos Santos, é prejudicado pelo fato de sua culpabilidade no fato ser presumida antes do transito em julgado, através disto o réu fica protegido contra uma provável sanção penal antecipada, evitando que puna o individuo pelo delito, sem ao menos um julgamento justo, conforme o devido do processo legal e fundamentado no contraditório e na ampla defesa. 
Enquanto não definitivamente condenado o decreto de prisão preventiva, estaria fundado somente na gravidade do crime, esquecendo do contexto do réu, conforme o referido principio da inocência presumida o réu está no direito de recorrer em liberdade.
Por fim, fica nítido a presença de irregularidade que prejudicaram o impetrante, com isso, deve ser analisada de forma justa e que não prejudique os órgãos jurídicos e a sociedade em si, pois os meios constitucionais devem prevalecer e garantir que não haja beneficio ou maleficio, e sim um julgamento justo e em prol da dignidade da pessoal humana. 
EMBATE ENTRE DECISÕES DO STJ E DO STF
As divergências entre os órgãos jurídicos majoritário, trazem o embate entre as aplicações jurisprudenciais no Brasil, visto que, o tratamento de algumas decisões são sem fundamento comparado a outras e que com isso, prejudicam a visão da sociedade sobre as movimentações jurídicas. Ademais, que isso mostra um pouco de injustiça em certas decisões, pois colocadas em embate com outras fica claro o favorecimento de alguns réus e prejuízo de outros.
Com isso, a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal, onde concede o Habeas Corpus para aguardar a decisão condenatória em liberdade, crime este de alta periculosidade ofensiva, no caso homicídio
Caso este, concedido pelo Ministro Gilmar Mendes, onde o mesmo reconheceu o HC 97457, onde o STJ tinha negado a liminar de pedido de liberdade. Diante disso, a defesa apresentou suas teses alegando não haver fundamento para a encarceramento e que os indivíduos estavam em liberdade a 20 (vinte) anos.
Em relação ao relato apresentado da decisão do julgado, o Ministro apresentou em suas argumentações que a prisão dos indivíduos seria um afronto ao princípio da presunção de inocência, como consta no Artº 5 da Constituição e que a prisão sem fundamentos se enquadraria no descumprimento desde principio e que seria de maleficio para os réus. Visto isso, as questões em beneficio pro réu foram analisadas de forma justa e que não prejudicaram as partes integrantes do processo.
 Logo, fica nítida a desavença entre as decisões, onde uma é totalmente favorável ao réu e que mantiveram os meios constitucionais e processuais penais fixados, com isso o âmbito jurídico fica esclarecido e firme, mas em outra decisão de crime de menor potencial ofensivo, o Superior Tribunal Justiça não concede HC e além disso sendo o réu sendo primário, tento residência fixa, não integrando a organização criminosa e com bons antecedentes, visto que, o mesmo não apresentou perigo a instrução do processo e a ordem econômica, onde o réu em liberdade não oferece nenhum problema para a paz e ordem pública, não tento nenhum requisito da manutenção preventiva o impetrante deve ter seu HC concedido.

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