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AS LENDAS AMAZÔNICAS E O DIREITO

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - ICJ
CURSO DE BACHARELADO DE DIREITO
IZABELLE KAROLINA NASCIMENTO BRITO
AS LENDAS DA AMAZÔNIA E O DIREITO
	
BELÉM-PA
2018
AS LENDAS AMAZÔNICAS E O DIREITO- SOLUÇÃO DE CONFLITOS SOCIAIS POR INTERMÉDIO DE LENDAS
O presente trabalho é focado na solução dos conflitos sociais por intermédio de lendas.
A princípio, se levarmos em consideração o significado de lendas, mitos, fabulas e contos populares, pensamos que nada tem a ver com o direito quando considerados seus conceitos. Porém, com o estudo das narrativas míticas acerca do referido tema, temos que cada lenda visa explicar um fenômeno, relatar um acontecimento incomum ou indicar uma forma de comportamento. 
Os mitos são as narrativas utilizadas pelos gregos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, como por exemplo, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram.
De certa forma, o objetivo é explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado através de rituais, cerimônias, sacrifícios e orações.
As fabulas, são composições literárias em que os personagens são animais que apresentam características humanas, podem ser prosa ou poema e breve caráter moralizante.
As lendas são narrativas orais que explicam acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais, com imaginários ou fantasiosos, e que vão se modificando através do imaginário popular. 
A lenda consiste na conjugação de real e fictício que se encarrega de traduzir o que seria difícil de explicar e estão presentes no nosso dia a dia sem que percebamos.
Todos estes conceitos estão relacionados a antropologia, que por sua vez, é a ciência que engloba as origens, evolução, desenvolvimento físico, material e cultural, fisiologia, psicologia, características raciais , crenças e etc.
Nesse diapasão, aprendemos que os índios, por suas lendas multisseculares, aplicavam o que hoje é Direito positivo, em cada uma das histórias que, por tradição oral, chegaram aos nossos dias. É, por igual, uma forma completamente inédita de conhecer a Amazônia. Evidente que as lendas foram se alterando no andar dos séculos, e, nesta obra, foi feita a sua adequação do Direito vigente no Brasil, buscando, tanto quanto possível, encontrar os traços de proximidade entre a lenda e a lei.
A LENDA DO BOTO
O boto, grande mamífero da Amazônia, semelhante as baleias, tem pulmões e respira por um buraco no centro da cabeça. Possui um sofisticado sistema sonar que o ajuda a nadar nas águas dos rios da Amazônia.
Reza a lenda que, em noites de festa, o boto sai dos rios e transforma-se em um homem de beleza extraordinária, vestido com roupa branca, e com seu charme seduz, vai as festas da localidade, dança, bebe, conversa e conquista alguma jovem solteira do lugar, que invariavelmente, se deixa levar pelo jeito cortêz, falante e galanteador e que acaba por engravidar do boto homem.
A lenda diz ainda que, o boto transformado usa sempre um chapéu, que serve para encobrir um buraco que tem no alto da cabeça e, antes do sol nascer e amanhecer um novo dia, entra novamente nas águas do rio e volta a ser um mamífero sem deixar rastros.
DO DIREITO
-Direito Constitucional
-Direito Civil
-Direito Penal
NORMAS INCIDENTES
Art.227 CF “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Código Civil:
Art.11 “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.”
Art.16 “Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”.
Código Penal:
Art.217 a “Ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos”. Pena: reclusão, de 8 a 15 anos.
Lei 8.560 de 29/12/1992, que regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento.
DA RELAÇÃO COM O DIREITO
O fato de o boto ser despersonalizado faz uma alusão a uma violação ao Direito de personalidade enfatizado pelo Código civil, que por sua vez trata-se de direito indisponível, o qual não é possível sua renúncia, como também, é intransmissível, dessa forma a garantir que todos tenham direito a nome, filiação e imagem.
No mesmo sentido, é constatado que o âmbito familiar também fora lesado, uma vez que, a criança que não tem paternidade reconhecida, vez em que o boto/pai desaparece depois de praticado o ato sexual.
O reconhecimento da paternidade é direito de toda pessoa. A constituição dedica um capítulo para tratar da família, que é promovida o pilar da sociedade no Estado democrático de Direito. As crianças que foram negligenciadas pelo pai, têm o direito protegido e eternizado em lei, previsto na lei 8.560 de 29/12/1992, inclusive com previsão do exame de DNA.

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