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Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
DIREITO TRIBUTÁRIO
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GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
As garantias e privilégios do Crédito Tributário são regidos por uma legislação 
básica composta por: Código Tributário Nacional (CTN), arts. 151, 205, 206, 183 
a 193; Lei n. 6.830/1980 (Lei de Execução Fiscal), arts. 11 e 29; CPC, arts. 655 
e 655-A. 
Garantias são regras que asseguram direitos, enquanto privilégios são 
regras que põem o crédito tributário em posição de vantagem em relação aos 
demais créditos. 
A lista de garantias do crédito tributário é exemplificativa (CTN, art. 183), 
podendo a lei ordinária criar outras hipóteses, desde que não se trate de matéria 
reservada à lei complementar. 
O art. 184, CTN, veicula a garantia de que o patrimônio e a renda de deter-
minada pessoa respondam por suas obrigações.
O mesmo artigo, em sua parte final, veicula privilégio à Fazenda, permitindo-
-lhe que o crédito tributário seja quitado por meio de bens que, em regra, não 
estariam sujeitos à execução (Obs.: trata-se dos gravados por ônus real ou cláu-
sula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, excetuados os bens declarados 
por lei como absolutamente impenhoráveis). 
Ressalta-se que, após a LC n. 118/2005, no caso de falência, não mais se fala 
em precedência do crédito tributário em relação aos créditos com garantia real. 
2. Preferências 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza 
ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação 
do trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005) 
Parágrafo Único. Na falência: (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005) 
I – O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias 
passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garan-
tia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005) 
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II – A lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos de-
correntes da legislação do trabalho; e (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005) 
III – A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. 
Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos gerado-
res ocorridos no curso do processo de falência. (Redação dada pela Lcp n. 118, 
de 2005)
Em ordem de execução de dívidas, têm-se:
Art. 86 
(LC n. 118/2005)
Legislação Trabalhista;
Acidente de Trabalho;
Em caso de falência, a execução de dívidas se dará pela ordem:
Extraconcursais (Art. 188, CTN);
Restituição;
Garantia Real;
Crédito Tributário;
Créditos com Privilégios Especiais;
Créditos com Privilégios Gerais;
Créditos Quirografários;
Multas Tributárias;
Créditos Subordinados;
Atenção!
• Créditos extraconcursais são aqueles créditos originários posteriormente à 
decretação de falência. Exemplo: custas judiciais.
• Um exemplo de crédito passível de restituição é um carro que o devedor 
tomou emprestado.
• Garantia real se dá até o limite do bem gravado. Garantia real é algo que 
está vinculado a alguma coisa. Exemplo: uma pessoa contraiu uma dívida 
de R$ 1.000.000 reais e colocou a sua casa avaliada no valor de R$ 500.000 
reais como garantia real para o pagamento da dívida. Os outros R$ 500.000 
reais não possuem garantia (créditos quirografários).
• Créditos quirografários são créditos sem garantia real. 
• As multas tributárias só preferem aos créditos subornados.
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Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de cre-
dores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou 
arrolamento. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo Único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas 
jurídicas de direito público, na seguinte ordem: 
I – União; 
Atenção!
• A jurisprudência do STJ incluiu também as autarquias federais, como o 
INSS, no conceito do inciso I, preferindo os Estados.
II – Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata; 
III – Municípios, conjuntamente e pro rata. 
Atenção!
• Mesmo a Constituição Federal estabelecendo um pacto harmônico entre 
os entes federativos, existe concurso de preferências entre os entes públi-
cos em relação ao pagamento de dívidas. Exemplo: se a União, o INSS e 
um Estado possuem dívidas, a ordem de pagamento se dará por: primeiro 
será pago a dívida da União, depois a do INSS e por último a do Estado.
• As autarquias federais irão preferir aos créditos dos Estados.
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Mauro S. Moreira.