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Oscar Niemeyer e Lucio Costa

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0 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIDA E OBRA: 
OSCAR NIEMEYER E LÚCIO COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA-RR 
ABRIL/2014 
1 
 
 ÁGATHA DA SILVA SOUZA 
ANA RAFAELA ALVES DE OLIVEIRA LIMA 
HALISSON DA SILVA RODRIGUES 
ITALO MALINOWSKI DE ARAGÃO 
MARCELO SILVA DO NASCIMENTO 
VALESKA MONIQUE CHAVES LEITE 
YAGO BORICI NARDI 
 
 
 
 
 
VIDA E OBRA: 
OSCAR NIEMEYER E LÚCIO COSTA 
 
 
 
 
Trabalho científico apresentado à disciplina de 
CIV-33 Arquitetura e Urbanismo, para obtenção de 
nota do semestre vigente, sob a orientação da 
professora Karine Jussara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA-RR 
ABRIL/2014 
2 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Obra do Berço, primeiro projeto de Oscar Niemeyer.......................................06 
Figura 2: Igreja de São Francisco de Assis.....................................................................06 
Figura 3: Edifício Copan..................................................................................................07 
Figura 4: Catedral de Brasília..........................................................................................08 
Figura 5: Congresso Nacional.........................................................................................09 
Figura 6: Museu de Arte Contemporânea.......................................................................11 
Figura 7: Museu Oscar Niemeyer....................................................................................12 
Figura 8: Lucio Costa e o plano piloto do seu mais famoso projeto: Brasília..................16 
Figura 9: Maquete de Brasília..........................................................................................19 
Figura 10: Lúcio Costa e Hugo Hamman........................................................................20 
Figura 11: Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro, Lúcio Costa e o presidente Juscelino 
Kubitschek.......................................................................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 
1 VIDA E OBRA DE OSCAR NIEMEYER ........................................................................ 5 
1.1 VIDA DE OSCAR NIEMEYER .................................................................................... 5 
1.2 OSCAR NIEMEYER E SUA CARREIRA PROFISSIONAL ........................................ 5 
1.3 LIVROS ESCRITOS POR OSCAR NIEMEYER ....................................................... 14 
1.4 LIVROS SOBRE NIEMEYER ................................................................................... 15 
2 VIDA E OBRA DE LUCIO COSTA .............................................................................. 17 
2.1 A TRAJETÓRIA DO ARTISTA ................................................................................. 19 
2.2 OBRAS E LIVROS ESCRITOS POR LÚCIO COSTA .............................................. 23 
2.3 NIEMEYER E LÚCIO COSTA .................................................................................. 23 
CONCLUSÃO ................................................................................................................. 25 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 27 
ANEXOS ........................................................................................................................ 28 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo apresentar a cronologia da vida e das obras dos 
famosos arquitetos Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Sob a orientação da professora 
Karine Jussara, percebeu-se a necessidade e a importância da pesquisa para nossa 
carreira profissional. Através desta, visamos explanar os projetos de Niemeyer e Lucio 
Costa na arquitetura moderna, que vieram a ganhar destaque em diversas partes do 
mundo, e consequentemente aprendendo a elaborar um trabalho científico de acordo 
com as normas técnicas. 
Segundo Gazeta, “Oscar Niemeyer foi o pioneiro a se debruçar sobre as infinitas 
possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado. Com o domínio desta 
técnica, conquistou fama nacional e internacional a partir da década de 1940.” Seus 
projetos arquitetônicos foram destaques não só no Brasil, mas em todo o mundo, 
iniciando sua carreira como estagiário, no escritório de Lucio Costa, na década de 
1930, Niemeyer teve uma trajetória marcante em sua carreira artística e pessoal. Oscar 
Niemeyer viveu mais de um século, foi um arquiteto com mais de 70 anos de 
experiência, e fez mais de 600 projetos para o Brasil e exterior assumindo em sua 
arquitetura um estilo diferenciado, sempre marcando suas obras com sinuosas curvas e 
designes modernos e contemporâneos. 
Em junho de 2014, se completam 16 anos da morte do arquiteto Lucio Costa. 
Não fosse seu pensamento e trabalho, talvez as famosas construções sobre pilotis, com 
sustentação feita por pilastras, nunca existissem. Inspirado no que se fazia na Europa, 
Lucio Costa deu os principais traços do que veio a ser a arquitetura moderna brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 VIDA E OBRA DE OSCAR NIEMEYER 
 
1.1 VIDA DE OSCAR NIEMEYER 
 
 Segundo as informações do site da Fundação Oscar Niemeyer Oscar Ribeiro de 
Almeida Niemeyer Soares Filho, nasceu no dia 15 de dezembro de 1907 no bairro das 
laranjeiras, Rio de Janeiro. Em 1928 concluiu o curso secundário no colégio Santo 
Antonio Maria Zaccaria, dos padres barnabitas e no mesmo ano casou-se com Annita 
Baldo, uma jovem de 18 anos filha de imigrantes italianos. 
O casal teve apenas uma filha Anna Maria Niemeyer, nascida em 1932, a qual 
deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos ao arquiteto. Em 2004 sua esposa 
Annita Baldo veio a falecer, Oscar viveu com Annita durante 76 anos e casou-se 
novamente com sua secretaria Vera Lúcia G. Niemeyer em 2006, no Rio de Janeiro. 
Sua única filha Anna Maria Niemeyer, galerista, morreu no dia 06 de junho de 
2012, aos 82 anos. E no dia 05 de dezembro do mesmo ano, o arquiteto Oscar 
Niemeyer faleceu, aos 104 anos, no hospital Samaritano, Rio de Janeiro, que segundo 
o médico foi em decorrência de uma infecção respiratória. Seu corpo foi velado no dia 
06 de dezembro de 2012 no Palácio do Planalto em Brasília. 
 
1.2 OSCAR NIEMEYER E SUA CARREIRA PROFISSIONAL 
 
De acordo as pesquisas, tendo como referência principal o site da Fundação 
Oscar Niemeyer, segue-se aqui a cronologia de eventos marcantes das obras e vida de 
Oscar Niemeyer, que em 1929, se matriculou na Escola Nacional de Belas Artes do Rio 
de Janeiro. Oscar se formou em 1934 como engenheiro arquiteto e em 1935 iniciou sua 
carreira profissional no escritório de Lúcio Costa, como estagiário. 
Em 1936 participou da equipe que desenvolveu o projeto do Ministério da 
Educação e Saúde (MES) e da Cidade Universitária. E em 1937 foi construído o 
primeiro projeto exclusivamente seu, no Rio de Janeiro, a Obra do Berço. 
6 
 
 
Figura 1: Obra do Berço, primeiro projeto de Oscar Niemeyer. 
 
No seguinte ano, Em 1938 convidado pelo seu chefe Lucio Costa, Niemeyer 
viaja para Nova York e atua como membro da equipe que, projetando juntamente com 
seu chefe, construiu o Pavilhão do Brasil na feira mundial de Nova York. 
Em 1940 Oscar Niemeyerconheceu Juscelino Kubitschek, que na época era o 
prefeito de Belo Horizonte, a qual o convida para fazer o projeto do Conjunto de 
Pampulha, que é formado por um Cassino, a Casa de Baile, o Clube e a Igreja de São 
Francisco de Assis ou Igreja de Pampulha. 
 
 
Figura 2: Igreja de São Francisco de Assis 
7 
 
De 1945 a 1949 eventos marcaram a história de Niemeyer, na década de 45 ele 
ingressou no Partido Comunista Brasileiro após fazer alguns contatos com Luis Carlos 
Prestes, e em 1946 projetou a sede do Banco Boavista, no rio de Janeiro. Já em 1947 
ele viajou para Nova York e participou de um grande projeto, como membro do Comitê 
Internacional de Arquitetos sendo o encarregado do projeto da sede da ONU. Dois anos 
mais tarde recebeu o título de membro honorário da Academia Americana de Artes e 
Ciências. Em 1950 é reconhecido internacionalmente com a publicação do livro The 
Work of Oscar Niemeyer, de Stamo Papadaki, nos Estados Unidos. Em 1951 projeto o 
edifício Copan, que foi implantado no centro de São Paulo, que com um desenho 
sinuoso e caráter moderno o tornaram um dos símbolos da cidade. O Copan é a maior 
estrutura de concreto armado do Brasil. 
 
Figura 3: Edifício Copan 
 
Em 1952 construiu sua casa na Estrada de Canoas, Rio de Janeiro, e com seu 
estilo diferenciado atribuiu um designe marcante em sua casa, onde aproveitou bem o 
espaço utilizando até mesmos as rochas do local como objeto principal de sua obra. 
8 
 
Em 1954 é convidado a participar do projeto de um conjunto de edifícios para o 
bairro Hansa, como parte do programa de reconstrução de Berlim, juntamente com 
outros 15 arquitetos de renome internacional, Niemeyer realiza sua primeira viagem à 
Europa, quando também visita a Polônia, Tchecoslováquia e União Soviética. Faz o 
projeto do Museu de Arte Moderna de Caracas, na Venezuela. 
Niemeyer não se limitou somente aos seus projetos arquitetônicos e em 1955 
resolveu investir em um novo ramo, o da publicidade, onde fundou a revista Módulo, 
especializada em arquitetura, no Rio de Janeiro. 
Em 1956 ele foi convidado pelo presidente Juscelino Kubitschek para projetar a 
nova capital do Brasil, é foi nomeado diretor do Departamento de Urbanismo e 
Arquitetura da Novacap, empresa responsável pela construção de Brasília. É 
encarregado de organizar o concurso para escolha do plano-piloto de Brasília, 
participando também da comissão julgadora, o projeto vencedor é o apresentado por 
Lúcio Costa, seu amigo e ex-patrão. Niemeyer foi o responsável pelos projetos dos 
edifícios, enquanto Lúcio Costa desenvolveria o plano da cidade, foram executados os 
projetos do Palácio da Alvorada, do Congresso Nacional, do Palácio do planalto e do 
Supremo Tribunal Federal, A Catedral Metropolitana, entre outros, nos anos de 1957 a 
1958. 
 
 
Figura 4: Catedral de Brasília 
9 
 
 
Figura 5: Congresso Nacional 
 
Em 1962 foi nomeado coordenador da Escola de Arquitetura, da recém-criada 
Universidade de Brasília – UnB, e no mesmo ano viajou ao Líbano para projetar a Feira 
Internacional e Permanente de Trípoli e o Conjunto Esportivo. 
Em 1964 em uma viaja a Lisboa, é informado do golpe militar. Continuou 
viajando até novembro quando, de volta ao Brasil, é convocado pela polícia política. E 
no mesmo ano o governo militar suspende a publicação da revista Módulo. 
Em 1965 demite-se da Universidade de Brasília com mais duzentos professores, 
em protesto contra a invasão da instituição em 1964 e contra a política universitária 
instaurada com o governo militar. Viaja a Paris e no Palácio do Louvre e aberto a 
exposição de seus projetos. Antes de Niemeyer só um artista vivo havia sido 
homenageado pelo museu, o famoso artista Pablo Picasso. Projetando no mesmo ano 
a sede do Partido Comunista Francês. 
Em 1967 foi impedido de trabalhar no Brasil, onde o governo militar recusou o 
seu projeto para o Aeroporto de Brasília, então Niemeyer decidiu instalar-se em Paris. 
Apesar de não poder efetuar seus projetos no Brasil, novas oportunidades foram 
abertas no exterior e lhe foi concedido pelo general De Gaulle à autorização para 
exercer sua profissão na França. 
No período que esteve exilado Niemeyer executou diversos projetos pelo mundo, 
em 1968, na Itália, ele projetou a sede da Editora Mondadori. E no seguinte ano 
projetou a Universidade de Constantine, na Argélia. 
10 
 
Em 1971 é lançada, na França, poltrona desenhada por Niemeyer – sua primeira 
incursão no campo de mobiliário industrializado e comercializado. Em 1972 ele abriu 
seu escritório nos Champs Elysées, em Paris e fez o projeto da Bolsa do Trabalho de 
Bobigny e do Centro Cultural de Le Havre, ambos na França. 
 Em 1975 outro grande projeto foi à sede da Fata Engeneering, na Itália, onde 
também é publicado seu livro Oscar Niemeyer, pela editora Arnoldo Mondadori. No Rio 
de Janeiro, a revista Módulo volta a ser publicada. É nomeado comendador da Ordem 
do Infante D. Henrique, de Portugal. Em 1978 com um grupo de intelectuais e políticos, 
fundou o Centro Brasil Democrático – Cebrade, do qual é eleito presidente. 
Em 1979 foi condecorado Oficial da Ordem da Legião de Honra da França. No 
Centro Georges Pompidou, em Paris, é realizada a exposição retrospectiva sobre sua 
obra “Oscar Niemeyer, architècte”, mais tarde apresentada no Palazzo Grassi, em 
Veneza, e na Basílica de Saint Croce, em Florença (Itália). Em 1979 é condecorado 
Oficial da Ordem da Legião de Honra da França. No Centro Georges Pompidou, em 
Paris, é realizada a exposição retrospectiva sobre sua obra “Oscar Niemeyer, 
architècte”, mais tarde apresentada no Palazzo Grassi, em Veneza, e na Basílica de 
Saint Croce, em Florença (Itália). 
Em 1982 realizou o projeto da Passarela do Samba, no Rio de Janeiro. Em 1983 
entre junho e julho, acontece, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, exposição 
retrospectiva de sua obra. É montada a exposição “From Aleijadinho to Niemeyer”, no 
Salão de Exposições da Organização das Nações Unidas, em Nova York. Projeta, com 
Darcy Ribeiro, no Estado do Rio de Janeiro, o sistema de escolas públicas 
denominadas CIEPs – Centros Integrados de Educação Pública. 
Em 1985 volta a desenvolver projetos para Brasília, entre eles o Panteão da 
Liberdade. Recebe a condecoração de Grande Oficial da Ordem do Rio Branco, do 
Brasil. 
Em 1987 projeta o Memorial da América Latina, em São Paulo, e o edifício sede 
do Jornal l’Humanité, em Paris. É realizada a exposição “Oscar Niemeyer – Architetto”, 
no Palazzo a Vela, em Turim (Itália), a qual segue depois para Bolonha e Pádua, no 
mesmo país. Na ocasião é lançado o livro Guida a Niemeyer (A arquitetura de Oscar 
Niemeyer), de Lionello Puppi. Em 1988 Recebe o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em 
11 
 
Chicago, nos Estados Unidos. Em1989 recebe o Prêmio Príncipe de Astúrias, na 
categoria Artes, da Fundação Principado de Astúrias, Espanha. É nomeado membro 
honorário do Real Instituto dos Arquitetos Britânicos, na Inglaterra. 
Em 1990 recebe a medalha do Colégio de Arquitetos de Catalunha, de 
Barcelona (Espanha), em cerimônia realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de 
Janeiro. Recebe o título de Cavaleiro Comendador da Ordem de São Gregório Magno, 
do Vaticano. É realizada a exposição “Oscar Niemeyer”, na Sala Plaça Catalunya, na 
Fundação Caixa de Barcelona; a mostra segue depois para Londres e Turim. Na 
ocasião é lançado o livro Oscar Niemeyer, de Josep M. Botey. 
Em 1991 projeta o Museu de Arte Contemporânea – MAC, em Niterói (RJ) e o 
Parlamento da América Latina, em São Paulo. Recebe a Grã-Cruz da Ordem do Rio 
Branco. 
 
Figura 6: Museu de Arte Contemporânea 
 
Em 1995 é publicado na Suíça o livro Oscar Niemeyer:poète d’architecture, de 
Jean Petit. Em 1996 projeta o Monumento Eldorado Memória, doado ao Movimento dos 
Trabalhadores Rurais Sem Terra. Recebe o Prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza, 
por ocasião da VI Mostra Internacional de Arquitetura. No Pavilhão do Brasil, é 
realizada uma exposição sobre sua obra. Em 1997 inicia os estudos para o Caminho 
Niemeyer, de Niterói. 
Em 1998 no Pavilhão Manuel da Nóbrega, do Parque do Ibirapuera, em São 
Paulo, é realizada a exposição retrospectiva sobre sua obra, “Oscar Niemeyer 90 anos”. 
Recebe a medalha de ouro do Royal Institute of British Architects (Instituto Real dos 
12 
 
Arquitetos Britânicos) – RIBA. É publicada a edição brasileira do livro Oscar Niemeyer: 
poeta da arquitetura, de Jean Petit. Publica, no Brasil, o livro de memórias As curvas do 
tempo. 
Em 1999 projeta, entre outros, o novo teatro no Parque do Ibirapuera, em São 
Paulo, e o Setor Cultural de Brasília. Publica, no Brasil, Diante do nada, sua primeira 
obra de ficção. É lançada, na França, pela editora Gallimard, Les curves du temps, 
edição francesa de seu livro de memórias. Realiza-se, no MAC de Niterói, a exposição 
“Escultura”, de Oscar Niemeyer. No Rio de Janeiro, é montada a exposição “Oscar 
Niemeyer 90 anos”, a qual segue depois para Buenos Aires e Brasília. É lançado o 
documentário Oscar Niemeyer, um arquiteto engajado em seu século, do cineasta 
belga Marc-Henri Wajnberg. 
Em 2000 projeta, entre outros, o auditório em Ravello, na Itália. É publicada em 
Londres, pela Phaidon Press, The curves of times, edição em língua inglesa de seu livro 
de memórias. Em 2001 desenvolve, dentre outros projetos, a Residência em Oslo, na 
Noruega; o Acqua City Palace, em Moscou; o Museu do Cinema, em Niterói; e o Museu 
Oscar Niemeyer, em Curitiba. Recebe o título de Arquiteto do Século XX, do Conselho 
Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil. É aberta a exposição “Oscar Niemeyer 
2001”, no Pavilhão de Portugal do Parque das Nações em Lisboa, Portugal. 
Em 2002 foi inaugurado, em Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer. Em fevereiro, 
realiza-se a exposição retrospectiva “Oscar Niemeyer”, no Jeu de Paume, em Paris; e 
em setembro, é apresentada no CIVA – Centre International pour la Ville, l’Architecture 
et le Paysage, em Bruxelas. 
13 
 
 
Figura 7: Museu Oscar Niemeyer 
Em 2003 a exposição retrospectiva sobre o arquiteto continua sua itinerância 
pela Europa: em março, no DAM – Deutsches Architektur Museum (Frankfurt), com o 
título “Oscar Niemeyer: a legend of modernism”; em setembro, com o título “Oscar 
Niemeyer”, no Arken Museum for Moderne Kunst, em Copenhague (Dinamarca). 
Projeta, entre outros, o Serpentine Gallery Pavillion, no Hyde Park, em Londres. Inicia-
se, na capital federal, a construção dos edifícios da Biblioteca e do Museu, que 
integram o projeto do Setor Cultural de Brasília. 
Em 2004 projeta o Monumento à Paz, por solicitação do prefeito da cidade de 
Paris. Recebe o "Prêmio Imperial 2004", concedido pela Japan Art Association, na 
categoria Arquitetura. 
Em 2005 realiza, entre outros projetos, o Parque Aquático de Potsdam, na 
Alemanha, e o Complexo Administrativo da Hidrelétrica Itaipu, em Foz do Iguaçu. Lança 
no Rio de Janeiro o livro "As Casas onde morei". Recebe o título de Patrono da 
Arquitetura Brasileira, outorgado pela Câmara dos Deputados, Brasília, Brasil. 
Em 2006 projeta, entre outros, o Centro Cultural Principado de Astúrias, na 
Espanha, e o Memorial Leonel Brizola, no Rio de Janeiro. É lançado, em setembro, no 
Festival do Rio 2006 o filme-documentário Oscar Niemeyer, a vida é um sopro. Em 
dezembro, é inaugurado o Complexo Cultural da República João Herculino em Brasília, 
projetado por Oscar Niemeyer. Esse evento é marcado pela abertura da exposição 
“Niemeyer & Niemeyer”, no Museu Nacional Honestino Guimarães. Além do Museu 
14 
 
compõem o complexo: a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola, um restaurante e 
três espelhos d’água. 
Em 2007 em todo o país foram realizadas diversas exposições, eventos e 
homenagens em comemoração ao centenário de nascimento do arquiteto. Lança no 
Rio de Janeiro o livro Universidade de Constantine, universidade de sonho. Projeta, 
entre outros, o Parque da Boa Viagem, em Recife, o Memorial João Goulart e o 
Memorial dos Presidentes, ambos em Brasília, e a Universidade de Ciências e 
Informática em Havana, Cuba. Em 2008 foi lançada, no Rio de Janeiro e em Brasília, a 
Revista Nosso Caminho, uma publicação de arquitetura, arte e cultura, também 
dedicada ao debate sobre o cenário social e político brasileiro e latino-americano na 
atualidade. É relançado no Rio de Janeiro o livro Rio: de província a metrópole. Projeta, 
entre outros, a Torre Digital de Brasília e a Praça em Astana, capital do Cazaquistão. 
Em 2009 no Museu Schunck Glaspaleis, em Heerlen, Holanda é realizada a 
exposição Oscar Niemeyer Trajetória e Produção Contemporânea 1936-2008. É 
lançado pela Editora Nosso Caminho no Rio de Janeiro o livro Oscar Niemeyer: 1999-
2009. Projeta, entre outros, a Biblioteca dos Países Árabes e da América do Sul em 
Argel, capital da Argélia. É realizada a exposição Oscar Niemeyer, no espaço cultural 
da Fundacion Telefônica, em Madrid, Espanha. 
 
1.3 LIVROS ESCRITOS POR OSCAR NIEMEYER 
 
Segundo a Folha de São Paulo a carreira de Oscar Niemeyer “...também teve 
amplo espaço para a literatura, já que Niemeyer é autor de diversos livros de contos, 
crônicas, biografias e romances, que falam desde a história de suas criações até 
assuntos relacionados a dinheiro, família, mulheres, amigos e política.” 
 
Alguns livros escritos por Niemeyer são: 
 “Oscar Niemeyer (1999-2009)” 
 “Sem Rodeios” 
 “Crônicas” 
 “O Ser e a Vida” 
15 
 
 “Universidade de Constantine” 
 “Rio” 
 “Casas onde Morei” 
 “Nosso Caminho (Vol 1)” 
 “As Curvas do Tempo” 
 “Minha Arquitetura” 
 “Conversa de Amigos” 
 “ ? ” 
 “Meu Sósia e Eu” 
 “A Forma na Arquitetura” 
 “Minha Experiência em Brasília” 
 “Diante do Nada” 
 “Museu de Arte Contemporânea de Niterói” 
 “Conversas de Arquitetos” 
 
1.4 LIVROS SOBRE NIEMEYER 
 
 A trajetória da vida e obras de Oscar Niemeyer foi alvo de varias publicações, 
muitos autores escreveram sobre o sucesso desse admirado arquiteto. Alguns livros 
sobre Niemeyer foram: 
 
 “Folha explica – Oscar Niemeyer”, Ricardo Ohtake 
 “Perfis do Rio – Oscar Niemeyer”, escrito por Marcos Sá Corrêa 
 “Oscar Niemeyer: Uma Arquitetura da Sedução”, André Corrêa do Lago 
 “Oscar Niemeyer: Uma Arquitetura da Sedução (Edição em Caixa 
Especial)” 
 “Niemeyer” 
 “Niemeyer: Um Romance” Teixeira Coelho 
 “Arquitetura Contemporânea no Brasil”, Yves Bruand 
 “Oscar Niemeyer”, Cecília Scharlach 
16 
 
 “As Cidades do Brasil - Brasília” Eliane Cantanhêde 
 “Face Norte- Oscar Niemeyer e o Modernismo de Formas Livre no 
Brasil”, David Underwood 
 “Grandes Arquitetos - Oscar Niemeyer (Vol 3)” Folha de S. Paulo 
 
 
17 
 
2 VIDA E OBRA DE LUCIO COSTA 
 
Na década de 1920, enquanto o pensamento moderno já florescia no mundo, com 
grandes expoentes como Frank Lloyd Wright, nos EUA, e Le Corbusier, na França, no 
Brasil ainda não se tinha sinal dele; o Ecletismo, resultado da mistura de diversos 
estilos, predominava. Lucio Costa foi o primeiro a perceber que a arquitetura no Brasil 
estava ultrapassada. 
Lucio nasceu na França, em 1902. Seu pai, oficial do governo, estava em missão 
oficial na Europa, onde cresceu, e teve a oportunidade de conhecer e conviver com 
diferentes culturas desde bem cedo. 
 
 
Figura 8: Lucio Costa e o plano piloto do seu mais famoso projeto:Brasília 
 
A revolução artística que acontecia na Europa na década de 1920 exerceu grande 
influência sobre o trabalho do arquiteto. Lucio Costa largou o Ecletismo no final da 
década de 1920, e passou a projetar casas no estilo moderno. Sem conseguir 
trabalhos, desenhava diversas “casas sem dono”, rabiscos, muitos dos quais nunca 
chegaram a ser construídos. Decidido a trazer o modernismo para o país, estudou as 
diferentes correntes que se espalhavam pelo mundo naquele momento, principalmente 
os fundamentos conceituais do trabalho do arquiteto francês, Le Corbusier. 
18 
 
Otávio Leonídio, professor de arquitetura da PUC-Rio, em entrevista, afirmou que 
“o projeto de Le Corbusier difere-se por apostar no impacto da obra bela, de algum 
modo herança do pensamento clássico, da clareza e do equilíbrio, o que possivelmente 
levou Lucio Costa a preferi-la”. Leonídio lançou em fins de 2007 o livro Carradas de 
razões – Lucio Costa e a arquitetura moderna brasileira, sobre o período de maior 
desenvolvimento do pensamento moderno do arquiteto, da década de 1920 a 50. 
“Lucio Costa foi um homem único, tão diferente e especial, tinha uma cabeça de 
Europa. Foi a primeira pessoa no Brasil a perceber que o mundo tinha mudado depois 
da Primeira Guerra.”, disse Hugo Hamman, arquiteto que trabalhou com Lucio Costa no 
Plano da Barra da Tijuca. 
A escolha de qual tendência trazer de fora tinha que ser feita levando-se em conta 
o que mais combinaria com a cultura do país. A Bauhaus, na Alemanha, era uma das 
tendências da época, mas foi logo descartada por requerer uma indústria já 
estabelecida, quando o Brasil ainda não possuía uma indústria siderúrgica. A utilização 
do concreto era mais adequada ao clima tropical brasileiro que a do metal, da Bauhaus, 
que armazena muito calor. 
“Lucio Costa, é de fato uma espécie de artífice, estava ali pensando nessas 
coisas, mexendo os pauzinhos dele pra que isso (modernismo) se realizasse. Tinha 
uma obsessão, que era fazer com que o Brasil se modernizasse segundo o modelo que 
ele achou que seria o melhor pro Brasil”, disse Leonídio. Foi após essa tomada de 
rédea inicial da arquitetura brasileira que Lucio Costa assumiu cada vez mais o papel 
de definir os rumos que nossa arquitetura tomaria. 
Um primeiro passo rumo à modernização do pensamento brasileiro em relação às 
artes foi a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, 1922. O evento teve muito mais 
impacto na literatura e nas artes plásticas, com Mário e Oswald de Andrade e Anita 
Malfatti, que na arquitetura. 
O modelo paulista, carro-chefe da modernização brasileira, havia decidido que, no 
Brasil, a modernidade viria aliada à identidade nacional. A idéia era resgatar as raízes 
brasileiras, nossa cultura, sem a influência dos países desenvolvidos, o que já havia 
ocorrido nas décadas anteriores à manifestação. 
19 
 
Lucio Costa conseguiu aliar todos os elementos para que o movimento de fato 
acontecesse. Lia e escrevia muito; foi o responsável por formular conceitualmente a 
existência de um movimento de arquitetura moderna brasileira; e foi graças a isso que a 
arquitetura moderna brasileira chegou aonde chegou. 
“O trabalho dele é de grande sofisticação conceitual. A ponto de resolver as 
questões que os modernistas da literatura e das artes plásticas não tinham sido 
capazes de resolver. É bom lembrar que as obras de Mário e de Oswald de Andrade de 
certa forma não dão conta disso. Mário de Andrade morre, deprimido, porque não 
conseguiu resolver e achando que o projeto terminou fracassado”, completa Leonídio. 
 
2.1 A TRAJETÓRIA DO ARTISTA 
 
Lucio Costa obteve o título de arquiteto na Escola Nacional de Belas Artes no Rio 
de Janeiro em 1924. Logo em seguida viajou à Diamantina, Minas Gerais, o que o 
colocou diante da simplicidade da arquitetura civil do período colonial, diferente do que 
fazia. Cinco anos depois mudou radicalmente o rumo de sua atuação profissional, 
rompendo com o movimento neocolonial e procurando a linguagem plástica 
correspondente à tecnologia construtiva do seu tempo. 
Ao ser escolhido como o arquiteto responsável pela construção do edifício sede do 
Ministério da Educação e Saúde (1936), o Palácio Capanema, Lucio Costa convenceu 
o então presidente Getúlio Vargas e oMinistro da Educação, Gustavo Capanema a 
inovar na construção e trazer Le Corbusier ao Brasil. Foi o artista francês que fez os 
traços iniciais do que seria o prédio. Com o edifício, o Brasil chegou a ser referência 
como uma das maiores arquiteturas do mundo. A cortina de vidro é uma das inovações 
apresentadas pelo prédio, que por uma década foi considerado o mais moderno do 
mundo. 
Já com projeção internacional, em 1938, Lucio Costa é co-autor do projeto do 
pavilhão brasileiro para a Feira Universal de Nova York, que ficou reconhecido como 
um dos mais bonitos da Feira (1939). 
20 
 
 
Figura 9: Maquete de Brasília 
 
Para a escolha do arquiteto responsável pelo projeto foi feito um concurso, do qual 
Lucio Costa saiu vencedor e Oscar Niemeyer ficou em segundo lugar. Lucio Costa 
imediatamente discordou do resultado, por acreditar que o projeto apresentado por 
Niemeyer era melhor, e recusou-se a realizar o seu. Com a recusa de Lucio Costa, o 
projeto apresentado por Niemeyer deveria então ser o executado, mas Niemeyer 
também se recusou. A solução então foi convidar os dois arquitetos, Lucio Costa e 
Oscar Niemeyer, para realizarem juntos um novo projeto. Da união de idéias originou-se 
o famoso pavilhão. 
O passo seguinte seria a construção da capital federal, Brasília. Mais uma vez 
Lucio Costa e Niemeyer juntos, como urbanista e projetista, respectivamente. O 
trabalho foi o que coroou a reputação profissional que ambos já possuíam no Brasil e 
no exterior. O projeto em equipe era possível graças ao respeito pelo trabalho e 
capacidade um do outro. 
Após Brasília, Lucio Costa recusou, em um primeiro momento, a assumir o Plano 
da Barra da Tijuca. Porém, voltou atrás e aceitou apenas dar as diretrizes básicas do 
projeto, deixando os arquitetos e projetistas livres. Essa liberdade fez com que Lucio 
Costa pouco visse da Barra o que havia pensado da construção. Desse tempo, traz 
recordações curiosas, que revelam um pouco do gênio de um dos maiores arquitetos 
do mundo. Para Hamman, a inteligência, a perspicácia e a integridade ética eram traços 
21 
 
marcantes na personalidade de Lucio Costa, apontado por algumas pessoas como 
detentor de uma personalidade difícil e centralizadora. 
O arquiteto Hugo Hamman conheceu Lucio Costa, “o professor”, como o chama, 
quando ainda era universitário e participou como estagiário do Plano. “No meu primeiro 
dia de trabalho, quando foram me apresentar ao Lucio Costa, ele me disse: ‘eu não 
tenho nada contra você, você parece ser um rapaz muito simpático, mas eu preferia 
que você não estivesse aqui’”, contou Hugo Hamman. 
 
 
Figura 10: Lúcio Costa e Hugo Hamman 
 
O projeto já contava com gente demais. O jovem universitário não desistiu e 
continuou indo às obras todos os dias, até começar a ser parte dele, nos anos 1970. 
Dez anos após iniciado o projeto, Hugo ainda estava na equipe. Quando foi afastado do 
projeto, Lucio Costa escreveu uma carta defendendo os membros de sua extinta equipe 
e manifestando sua insatisfação com o que havia se tornado o projeto. 
Segundo Hugo Hamman, Lucio Costa era o intelecto, o professor. Quem abriu as 
cabeças. Tinha a cultura e a vivência que os outros não tinham. Via o potencial dos 
jovens profissionais e os trazia para trabalhar com ele. 
Hamman contou ainda do faro de Lucio Costa para encontrar e desenvolver 
talentos, como Oscar Niemeyer, Burle Marx, dentre outros.“Lucio Costa era o intelecto, 
22 
 
o professor. Quem abriu as cabeças. Tinha a cultura e a vivência que os outros não 
tinham. Via o potencial dos jovens profissionais e os trazia para trabalhar com ele”, 
contou Hugo Hamman. 
 
Figura 11: Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro, Lúcio Costa e o presidente Juscelino Kubitschek 
 
Muito observador e, perto de sua casa, costumava reparar num jardim, que 
acreditava ser muito harmonicamente arranjado. Por trás da obra, estava o jovem 
Roberto Burle Marx, então com 17 anos. Um dia, ao descobrir o jovem responsável pela 
construção do jardim, Lucio Costa lhe fez um convite, assim que tivesse um jardim em 
seus projetos, delegaria ao rapaz. Foi então que, anos depois, eles projetaram muitas 
plantas juntos. 
A frase dita por Leonídio, “Nenhum texto compete com o Museu de Niterói”, leva-
nos a uma análise com maior clareza sobre porque o arquiteto Oscar Niemeyer é mais 
conhecido tanto mundialmente como no Brasil quando se pensa em arquitetura 
moderna brasileira. São poucos os que associam o período ao nome de Lucio Costa. 
Leonídio acredita ser por uma questão de personalidade, principalmente: “Lucio Costa 
não tinha notoriedade pública ou popular e talvez não tenha buscado isso. Já o Oscar 
tem uma capacidade de promover a própria obra extraordinária, o que ele aprendeu 
com Le Corbusier, que era o maior divulgador não só da própria obra como da própria 
personalidade”. 
 
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2.2 OBRAS E LIVROS ESCRITOS POR LÚCIO COSTA 
 
Entre os projetos de Lúcio Costa, destacam-se: 
 
 1936 - Edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública, atual Palácio 
Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; 
 1937 - Museu em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul; Projeto para 
rampas do Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro; 
 1939 - Pavilhão do Brasil na Feira Internacional de Nova York; residência 
Hungria Machado (atual consulado da Rússia), no Rio de Janeiro; casa de 
veraneio do barão de Saavedra, em Petrópolis; 
 1944 - Park Hotel São Clemente, em Nova Friburgo; Parque Guinle, em 
Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro; 
 1952 - Projeto da Casa do Brasil, na Cité Internationale Universitaire de Paris; 
 1956 - Sede social do Jockey Club do Brasil, no centro do Rio de Janeiro; 
 1957 - Brasília, a capital brasileira e um dos marcos do urbanismo do século 20; 
 1967 - Barra da Tijuca, plano piloto da expansão da região metropolitana 
do Rio de Janeiro. 
 
O arquiteto também escreveu os seguintes livros: Razões da nova arquitetura 
(1939); Considerações sobre o ensino da arquitetura (1945); O arquiteto e a sociedade 
contemporânea (1952); Lúcio Costa: Sobre Arquitetura (1962); e Registro de uma 
vivência (1995). 
 
2.3 NIEMEYER E LÚCIO COSTA 
 
Foi com Lucio Costa que Niemeyer começou seu aprendizado. Estagiou com ele e 
participou das discussões com Le Corbusier acerca da construção do Palácio 
Capanema, juntamente com outros arquitetos que chamou para dividir o projeto: Carlos 
Leão, Ernani Vasconcellos, Jorge Moreira e Affonso Eduardo Reidy. 
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Através do Plano Piloto, projeto de urbanização para Brasília, já com o movimento 
consolidado, em fins da década de 1950, que Lucio Costa ganhou maior projeção, ao 
lado de Niemeyer, projetista dos prédios da capital nacional. 
A partir de 1960 Lucio Costa começa a colher os frutos obtidos da década anterior, 
recebe o título de Doutor Honoris Causa pela universidade de Harvard, nos Estados 
Unidos, e viaja pelo mundo participando de conferências sobre urbanismo. 
Olhados juntos, o trabalho de um com certeza não teria o mesmo valor sem o 
trabalho do outro. Afinal, a arquitetura moderna brasileira ganhou notoriedade 
internacional graças às idéias trazidas por Lucio Costa e executadas por Niemeyer, que 
foi quem lhe deu visibilidade. Enquanto Niemeyer foi e é o projetista de renome, Lucio 
Costa foi o pensador, produtor dos diversos textos que trouxeram e consolidaram a 
arquitetura moderna no Brasil. 
Lucio Costa sabia do valor de suas obras e que seu poder estava ao alcance de 
suas idéias e no que elas poderiam fazer, assim como fizeram. De vida reclusa, viveu 
grande parte de sua vida em seu apartamento na Av. Delfim Moreira, no Leblon, e não 
pedia muito mais que isso para ser feliz. Ainda jovem, teve sua vida marcada pela 
morte de sua mulher, em um acidente de carro no qual ele dirigia. Ficou viúvo, com 
duas filhas pequenas, e não se casou novamente. Terminou a vida como um homem 
notável, porém sem grandes posses. Nunca quis ter seu próprio escritório e durante sua 
vida inteira foi funcionário público. Trabalhava seus projetos nos próprios terrenos, pois 
achava que só essa proximidade permitiria ao arquiteto fazer um bom projeto. 
O arquiteto faleceu no dia 13 de junho de 1998, no Rio de Janeiro, onde residiu a 
maior parte da vida. Deixou duas filhas, Maria Elisa Costa, também arquiteta, e Helena. 
 
 
25 
 
CONCLUSÃO 
 
 Iniciando sua carreira profissional no escritório de Lúcio Costa, como estagiário, 
Niemeyer começou a ganhar méritos em seu trabalho, aonde mais tarde viria ganhar 
destaque no mercado de trabalho e ser mundialmente conhecido. 
 Após se formar Niemeyer encontrou essa oportunidade como estagiário, na qual 
participou, juntamente com seu chefe, de uma construção importante para o governo. 
Um ano após participar desse grande projeto ele construiu seu primeiro projeto 
exclusivamente seu. A partir daí novas portas foram abertas para esse jovem arquiteto, 
que com um estilo diferente encantou a muitos. 
 Atualmente, Niemeyer é reconhecido no mundo inteiro, no qual executou 
projetos tanto no Brasil como no exterior. No Brasil suas principais obras foram 
executadas em Brasília e Niterói é o segundo município com o maior número de obras 
de Niemeyer. Seus projetos não se limitavam aos ângulos retos, possuíam curvas 
sinuosas, as quais caracterizavam sua originalidade, como Niemeyer dizia “se a reta e o 
caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito”, 
as curvas eram sua paixão e ele sempre as destacava em suas obras. 
 Oscar Niemeyer viveu 104 anos, mas sua idade não lhe impedia de trabalhar, ele 
amava a vida e sempre se viu como um jovem, segundo as curiosidades sobre 
Niemeyer. Essa vontade de viver e de amar a vida lhe permitiu aproveitar mais de um 
século, e teve a oportunidade de ver grandes projetos e muitas homenagens pelo seu 
sucesso e dedicação. 
Por outro lado, tem-se que a renovação da arquitetura brasileira não teria 
acontecido sem a ação crucial de Lucio Costa. Sua participação foi menos como 
projetista e muito mais como homem de idéias. Foi ele o pensador que resolveu, no 
campo da arquitetura, alguns dos impasses que caracterizam o movimento modernista 
brasileiro nas artes em geral. 
Muitos autores discorrem que a obra de Niemeyer desempenhou um papel para 
a renovação da arquitetura brasileira, mas que sozinha, a sua obra não teria sido capaz 
de fazer esse esforço de incorporação da arquitetura brasileira no movimento moderno. 
26 
 
A arquitetura brasileira se renova através de projetos arquitetônicos. Mas esses 
projetos são objeto e consequência de uma formulação conceitual. E o grande 
responsável por essa formulação conceitual é o Lucio Costa. Em Carradas de Razões: 
Lucio Costa e a arquitetura moderna brasileira quis fazer uma história intelectual stricto 
sensu. O objetivo era pensar as ideias. E fazer uma história intelectual do Niemeyer 
seria fazer uma análise sobre uma reflexão pouco sofisticada. Ele é um arquiteto genial, 
porém de idéias pobres. Lucio Costa é o oposto. Um arquiteto competente, não genial, 
masum pensador extraordinário. Se eu fosse fazer um livro sobre Oscar Niemeyer 
talvez não tivesse textos de Oscar Niemeyer, só imagem de seus projetos. 
 
 
 
 
 
27 
 
REFERÊNCIAS 
 
Conheça mais de 20 livros sobre Oscar Niemeyer. Disponível em: 
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u666335.shtml>. Acesso 
em: 12 de abril de 2014. 
 
Fundação Oscar Niemeyer. Disponível em: <http://niemeyer.org.br/>. Acesso em: 12 
de abril de 2014. 
 
Livraria da Folha. Disponível em: <http://livraria.folha.com.br/categoria/849/oscar-
niemeyer>. Acesso em: 12 de abril de 2014. 
 
Oscar Niemeyer. Disponível em: <http://sites2.uai.com.br/timeline_niemeyer/>. Acesso 
em: 12 de abril de 2014. 
 
Oscar Niemeyer. Disponível em: <http://www.e-biografias.net/oscar_niemeyer/>. 
Acesso em 12 de abril de 2014. 
 
Relembre as obras de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Disponível em: 
<http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1317922&tit=Rele
mbre-as-obras-de-Oscar-Niemeyer>. Acesso em: 12 de abril de 2014. 
 
Valadares, João. Causa da morte de Niemeyer foi infecção respiratória, diz médico. 
Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/especiais/oscar-
niemeyer/2012/12/05/interna_oscarniemeyer,337663/causa-da-morte-de-niemeyer-foi-
infeccao-respiratoria-diz-medico.shtml>. Acesso em: 13 de abril de 2014. 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
 
29 
 
Imagens de Algumas Obras de Oscar Niemeyer no Brasil 
 
 
Catedral de Brasília Biblioteca Victor Civita 
 
Centro Niemeyer Congresso Nacional 
 
 
Estação Cabo Branco Sambódromo Rio de Janeiro 
30 
 
 
Parque da Cidade de Natal Pestan Cassino Park 
 
 
Mão Banco projetado por Niemeyer 
 
 
 
 
 
	INTRODUÇÃO
	1 VIDA E OBRA DE OSCAR NIEMEYER
	1.1 VIDA DE OSCAR NIEMEYER
	1.2 OSCAR NIEMEYER E SUA CARREIRA PROFISSIONAL
	1.3 LIVROS ESCRITOS POR OSCAR NIEMEYER
	1.4 LIVROS SOBRE NIEMEYER
	2 VIDA E OBRA DE LUCIO COSTA
	2.1 A TRAJETÓRIA DO ARTISTA
	2.2 OBRAS E LIVROS ESCRITOS POR LÚCIO COSTA
	2.3 NIEMEYER E LÚCIO COSTA
	CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS
	ANEXOS