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SCI SISTEMA PREVENTIVO POR HIDRANTES

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Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul 
Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e 
Geografia – FAENG 
Curso de Graduação em Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – SISTEMA PREVENTIVO POR 
HIDRANTES 
 
 
 
 
Danielle Souza Chermont 
 
 
 
 
 
 
CAMPO GRANDE – MS 
Setembro de 2016 
 
 
 
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul 
Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e 
Geografia – FAENG 
Curso de Graduação em Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – SISTEMA PREVENTIVO POR 
HIDRANTES 
 
Danielle Souza Chermont 
 
 
Trabalho desenvolvido durante a disciplina de 
Trabalho de Conclusão de Curso II como parte da 
avaliação do Curso de Graduação em Engenharia 
Civil da Universidade Federal de Mato Grosso do 
Sul. 
 
Orientador: Robert Schiaveto de Souza 
 
 
 
Campo Grande – MS 
Setembro de 2016 
 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente agradeço a Deus pela vida, por me dar saúde e coragem para 
enfrentar meus obstáculos e me dar fé para conseguir finalizar mais essa etapa da minha 
vida. 
Ao meu orientador Robert Schiaveto de Souza, que foi um exemplo de professor 
nas disciplinas que anteriormente cursei, e por me dar liberdade de desenvolver um tema 
que tanto me cativa. 
Aos meus pais, Roberto e Telma, que me apoiaram em todos os momentos desta 
graduação e principalmente nesta reta final. 
Ao meu irmão 1 Tenente CBMMT Lucas Chermont, meu amigo, conselheiro, e que 
me ajudou muito no desenvolvimento deste trabalho. 
Ao meu padrinho Coronel CBMMS Fernando Ávalos por me ajudar na fase final de 
revisão e apresentação desta obra. 
Ao Coronel CBMMS Alexandre Figueiredo, in memoriam, grande amigo que me 
incentivou a entrar na área de engenharia de incêndio e sempre esteve disponível para tirar 
minhas dúvidas e me ajudar no que fosse necessário. 
À empresa 193 Engenharia de Incêndio da arquiteta Laura França, assim como os 
funcionários desta firma que me inseriu no mercado de engenharia de incêndio. Deram-me 
oportunidade de aprendizado e me disponibilizaram material para realização deste trabalho. 
Agradeço enfim aos meus amigos pela força e motivação durante este período de 
estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMO 
Este trabalho aborda as exigências indispensáveis para a elaboração de um Projeto 
de Prevenção Contra Incêndio e Pânico, servindo como base de pesquisa e orientação para 
quem necessita de uma linguagem fácil e resumida do tema em questão. 
O mesmo, também terá foco na utilização de hidrantes como sistema de proteção. 
Para que o combate ao fogo seja eficiente e eficaz, faz-se necessário o perfeito 
dimensionamento do sistema, conhecendo-se os preceitos recomendados pelas normas, 
bem como, conhecer o princípio de funcionamento dos equipamentos que compõem o 
sistema e sua perfeita utilização. 
Além da parte teórica e legislativa, a monografia apresenta um roteiro de cálculo 
para os dimensionamentos necessários no projeto, ilustrando os itens anteriores com um 
estudo de caso de um edifício residencial, onde mostra a aplicação dos requisitos desde a 
elaboração do projeto e seu memorial descritivo de cálculo, para aprovação do projeto por 
parte do Corpo de Bombeiros. 
 
Palavras Chave: engenharia de incêndio; prevenção; combate a incêndio; segurança; SCI; 
PSCIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
ABSTRACT 
 This paper addresses the essential requirements for the development of a 
Prevention Project Fire and Panic, serving as a database for research and orientation for 
those who may need a summarized and easy language for the issue discussed. 
So, it will also focus on the use of fire hydrants as protection system. For firefighting 
efficiency and effectiveness, the system design has to be perfect, by applying the principles 
recommended by the standard, as well as to know the working principle of equipment that 
composes the system and its optimal use. 
Besides the theoretical and legislative section, this monograph presents a 
calculation guide for the required sizing for the project, illustrating the above items with a 
study case of a residential building, which shows the application of the requirements from 
the project design and its descriptive memorial calculation for approval of the project by the 
Fire Department. 
 
 
Keywords: fire protection engineering; prevention; firefight; safety; safety against fire. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Triângulo do fogo..................................................................................................23 
Figura 2 – Tetraedro do fogo.................................................................................................23 
Figura 3 – Elos da Reação em cadeia.....................................................................................24 
Figura 4 – Convecção entre edificações................................................................................25 
Figura 5 – Convecção numa mesma edificação.....................................................................25 
Figura 6 – Fluxo de calor radiante.........................................................................................25 
Figura 7 – Redução da resistência ao escoamento em função da temperatura....................27 
Figura 8 – Redução do módulo de elasticidade em função da temperatura.........................27 
Figura 9 – Compartimentação Horizontal..............................................................................30 
Figura 10 – Compartimentação Vertical................................................................................31 
Figura 11 – Compartimentação Vertical – Abas e Fachadas..................................................31 
Figura 12 – Esquema de Incêndio..........................................................................................42 
Figura 13 – Hidrantes mais desfavoráveis.............................................................................43 
Figura 14 – Detalhe do Abrigo do Hidrante...........................................................................44 
Figura 15 – Detalhe Hidrante.................................................................................................44 
Figura 16 – Comprimento equivalente para Registro de ângulo aberto Ø63mm.................47 
Figura 17 – Comprimento equivalente para Tê com saída bilateral Ø75mm.......................48 
Figura 18 – Ponto A e B........................................................................................................ 49 
Figura 19 – Trecho Rs-A.........................................................................................................50 
Figura 20 – Isométrico – Arranjo de bombas.........................................................................50 
Figura 21 – Comprimento equivalente Ø75mm....................................................................51 
Figura 22 – Escolha da bomba por gráfico.............................................................................53 
Figura 23 – Escolha da bomba por tabela.............................................................................53 
 
 
 
 
7 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Temperaturas de Ignição...................................................................................... 26 
Tabela 2 - Tipos de sistema de proteção por hidrante ou mangotinho..................................37 
Tabela 3 - Aplicabilidade dos tipos de sistemas evolume de reserva de incêndio mínimo....38 
Tabela 4 – Classificação das edificações e das áreas de risco quanto à ocupação..................39 
Tabela 5 – Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação........................................39 
Tabela 6 – Classificação das edificações e das áreas de risco quanto à carga de incêndio.....39 
Tabela 7 – Classificação das edificações quanto à altura........................................................39 
Tabela 8 – Exigências do Grupo A com área superior a 900m² ou com altura superior a 
10,0m.......................................................................................................................................40 
Tabela 9: Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima......40 
Tabela 10: Tipos de sistema de proteção por hidrante ou mangotinho – exemplo................41 
Tabela 11 – Fator “C” de Hazen-Williams...............................................................................46 
Tabela 12 – Comprimento equivalente de válvulas e conexões..............................................47 
Tabela 13 – Seleção de bombas e motobombas......................................................................55 
Tabela 14 – Quadro comparativo de seleção de bombas........................................................56 
Tabela 15 – Quadro de resultados...........................................................................................56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 – Ocorrências de incêndios noticiados em 2014 – por ocupação............................19 
Gráfico 2 – Ocorrências de incêndios noticiados em 2014 – por ocupação............................20 
Gráfico 3 – Número de incêndios estruturais noticiados na Internet em 2014 – por 
Estado......................................................................................................................................20 
Gráfico 4 – Incêndios por curto circuito – 2014.......................................................................21 
Gráfico 5 – Ocorrências de incêndios noticiados em 2015 – por ocupação............................21 
Gráfico 6 – Número de incêndios estruturais noticiados na Internet em 2015 – por 
Estado......................................................................................................................................22 
Gráfico 7 – Incêndios por curto circuito – 2015.......................................................................22 
Gráfico 8 – Quadrículas para escolha de bomba, para 3500 rpm........................................... 53 
Gráfico 9 – Curva característica para tamanho 32-125.1 ........................................................54 
Gráfico 10 – Curva característica para tamanho 32-125.1 – Potência Necessária..................54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABRACOPEL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA 
ELETRICIDADE. 
CBMMS – CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DE MATO GROSSO DO SUL. 
CBMMT – CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DE MATO GROSSO. 
CPN/SP – COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NO 
ESTADO DE SP. 
CSCIP – CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO, PÂNICO E OUTROS RISCOS. 
IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS TÉCNICAS. 
ISB – INSTITUTO SPRINKLER BRASIL. 
NR - NORMA REGULAMENTADORA. 
NT – NORMA TÉCNICA. 
PSCIP – PROCESSOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO, PÂNICO E OUTROS RISCOS. 
SCI - SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO. 
UFMS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................13 
OBJETIVOS................................................................................................................................15 
JUSTIFICATIVA..........................................................................................................................16 
1. A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NO BRASIL....................................................................17 
1.1. Situação no Brasil.........................................................................................................17 
1.2. Estatísticas....................................................................................................................18 
1.2.1. Estatísticas do ano 2014.......................................................................................19 
1.2.2. Estatísticas do ano 2015.......................................................................................21 
2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO............................................23 
2.1. Fogo..............................................................................................................................23 
2.1.1. Combustível..........................................................................................................23 
2.1.2. Comburente (oxigênio) ........................................................................................24 
2.1.3. Calor.....................................................................................................................24 
2.1.4. Reação em cadeia................................................................................................24 
2.2. Propagação do fogo.....................................................................................................24 
2.2.1. Convecção........................................................................................................25 
2.2.2. Condução.........................................................................................................25 
2.3. Pontos e temperaturas importantes............................................................................26 
2.3.1. Ponto de Fulgor....................................................................................................26 
2.3.2. Ponto de Combustão............................................................................................26 
2.3.3. Temperatura de Ignição.......................................................................................26 
2.3.4. Resistencia dos materiais em função da temperatura........................................26 
2.4. Classes de Incêndio......................................................................................................27 
3. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO...........................................................28 
3.1. Proteção Passiva...........................................................................................................28 
3.1.1. Controle de materiais de acabamento e de revestimento (CMAR).....................29 
3.1.2. Compartimentação horizontal..............................................................................29 
3.1.3. Compartimentação vertical..................................................................................30 
3.1.4. Saídas de Emergência...........................................................................................31 
3.1.5. Controle de Fumaça..............................................................................................31 
 
11 
 
3.2. Proteção Ativa.............................................................................................................32 
3.2.1. Sistemas de Detecção e Alarme..........................................................................32 
3.2.2. Iluminação de emergência..................................................................................32 
3.2.3. Sinalização de emergência..................................................................................323.2.4. Equipamentos de combate a incêndios..............................................................33 
3.2.4.1. Extintores portáteis e sobre rodas..............................................................33 
3.2.4.1.1. Agentes extintores..............................................................................33 
3.2.4.2. Sistema de Hidrantes..................................................................................33 
3.2.4.3. Sistemas de chuveiros automáticos (Sprinkler)..........................................33 
3.3. Considerações sobre as medidas de Prevenção e Combate a Incêndio.....................34 
4. PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO..................................................36 
5. INSTALAÇÃO HIDRAULICA DE COMBATE A INCENDIO – SISTEMA PREVENTIVO POR 
HIDRANTE (RESERVATÓRIO ELEVADO)..................................................................................37 
5.1. Informações iniciais....................................................................................................41 
5.2. Localização dos hidrantes em planta.........................................................................42 
5.3. Identificação dos hidrantes mais desfavoráveis.........................................................43 
5.4. Determinação da vazão e pressão no hidrante mais desfavorável............................43 
5.5. Diâmetros adotados no sub-ramal A-H1....................................................................43 
5.6. Cálculo da perda de carga no sub-ramal do H1..........................................................44 
5.6.1. Cálculo da perda de carga no esguicho regulável H1.........................................45 
5.6.2. Perda de carga na mangueira............................................................................46 
5.6.3. Perda de carga na válvula angular.....................................................................46 
5.6.4. Perda de carga na canalização...........................................................................47 
5.6.5. Perda de carga total no sub-ramal do hidrante H1...........................................48 
5.7. Cálculo da Pressão no ponto A..................................................................................48 
5.8. Cálculo do fator de vazão K no ponto “A”.................................................................49 
5.9. Cálculo da nova pressão no ponto “A”......................................................................49 
5.10 Cálculo da pressão em “B”........................................................................................52 
5.11. Vazão no Hidrante H2..............................................................................................52 
5.12. Altura mínima do reservatório superior..................................................................52 
5.13. Altura manométrica da bomba de reforço..............................................................52 
5.14. Seleção da bomba de reforço..................................................................................52 
5.14.1. Quadro comparativo entre os métodos de escolha de bomba.......................56 
 
12 
 
5.15. Quadro de resultados................................................................................................56 
CONCLUSÃO............................................................................................................................57 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
INTRODUÇÃO 
A segurança contra incêndio é um tema pouco conhecido e trabalhado na 
engenharia civil no Brasil e principalmente no âmbito das universidades. 
Em geral, em países tecnologicamente mais avançados se tem a preocupação de 
buscar a adoção de medidas preventivas e de proteção destinadas a garantir a segurança das 
edificações e da população em situações de incêndio. Nesses países a segurança contra 
incêndio é enfocada como ciência e tecnologia, portanto, uma área de pesquisa, 
desenvolvimento e ensino, proporcionando um mercado muito forte nessa área, que se 
caracteriza pela inovação e conscientização em massa. O que confirma essa afirmação é a 
quantidade de institutos de pesquisa e laboratórios internacionais que estudam o fogo e a 
segurança contra incêndio, o que não encontramos em grande número aqui no Brasil. 
No Brasil o desenvolvimento da área de segurança contra incêndio tem tido a 
iniciativa de poucos pesquisadores. Essa situação é possivelmente resultado de uma falta de 
estrutura apropriada na qualificação profissional, de educação e disseminação de pesquisas 
que afirmem a importância do estudo na área. 
O fator a ser considerado é a formação específica de profissionais da construção 
civil na área de segurança contra incêndio, já que em nosso país, o engenheiro civil, assim 
como o arquiteto, tem pouco ou nenhum acesso às informações relativas à problemática do 
incêndio durante os cursos de graduação, ficando a sua iniciação nessa área a cargo da 
vivência profissional, muitas vezes com graves falhas conceituais. Pode-se afirmar que são 
poucos os profissionais de arquitetura e engenharia civil que dominam o assunto. 
O sistema de proteção conta incêndio é um item significativo dentro do ramo da 
construção civil, e existe uma grande falta de mão-de-obra qualificada no mercado nacional, 
e mesmo internacional, resultando numa demanda crescente por engenheiros, 
pesquisadores e técnicos neste setor. 
O projeto de prevenção contra incêndio e pânico é um dos itens importantes que 
compõem a liberação do auto de conclusão de obra, ou conhecido com “habite-se”, que no 
Brasil é a certidão que autoriza o início da utilização das construções ou edificações 
destinadas à habitação, atestando que elas estão em conformidade com as exigências legais 
estabelecidas por norma. 
No Mato Grosso do Sul, esse laudo é emitido após a implementação das medidas de 
segurança contra incêndio e pânico, nas edificações, nas instalações, nas ocupações 
temporárias e nas áreas de risco devendo atender às exigências de acordo com o Código de 
Segurança contra Incêndio, Pânico e outros Riscos (CSCIP – Lei Estadual 4335 2013), e 
contidas nas Normas Técnicas expedidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso 
do Sul (CBMMS). 
Ao longo dos anos, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul adquiriu 
ciência e desenvolvimento em tecnologias, iguais as existentes em qualquer grande centro, e 
 
14 
 
promoveu a segurança da comunidade sul-mato-grossense com credibilidade, sendo uma 
das mais respeitadas instituições, hoje presente no Estado com 29 Unidades Operacionais, 
com mais de 89.000 atendimentos por ano. (CBMMS, 2016) 
O CBMMS realiza anualmente atividades de divulgação da importância da 
prevenção aos riscos de envolvimento em incêndios e acidentes que estamos expostos 
diariamente. Além do combate ao fogo, o CBMMS exerce outras atividades relacionadas ao 
exercício profissional: salvamento (terrestre, altura e aquático), atendimento de 
emergências com produtos perigosos, atendimento de emergências médicas, etc. 
Desta maneira, entende-se a necessidade primordial do projeto que previna ou que 
possibilite o controle da situação de incêndio, por parte do engenheiro. 
Observando a importância do projeto de proteção a incêndio na construção civil, 
esse trabalho é um incentivo ao desenvolvimento do ensino de segurança contra incêndio 
para estudantes de engenharia civil, através de um texto base de apoio e um exemplo 
didático de dimensionamento de sistema preventivo por hidrantes.15 
 
OBJETIVOS 
As instruções detalhadas a seguir têm como objetivo fornecer informações e 
estabelecer diretrizes para o dimensionamento de hidrantes para projetos de proteção 
contra incêndio, a ser elaborado dentro do Estado de Mato Grosso do Sul, devendo o 
mesmo atender às prescrições e exigências normativas da LEI N.º 4.335, DE 10 DE ABRIL DE 
2013, e às NORMAS TÉCNICAS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR – MS. 
Visa, ainda, a melhoria contínua das atividades de prevenção, proteção e combate, 
com a redução das ocorrências de incêndios, mediante divulgação deste conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
JUSTIFICATIVA 
Os projetos mais modernos, sejam de obras residenciais ou comerciais, têm seus 
ambientes cada vez mais compactos e com espaço de ventilação quase no limite do 
permitido. 
Muitas vezes os projetistas se esquecem de dimensionar as compartimentações, 
rotas de fuga e todos os detalhes previstos para a prevenção contra incêndio. O projeto deve 
ser feito em cima do que já existe, tendo como ferramenta a parte arquitetônica para 
dimensionar dispositivos de proteção e combate a incêndio, como hidrantes, extintores, 
rede de sprinklers e sinalizações. 
A falta de projeto contra incêndio ocorre tanto por falta de preocupação com a 
Segurança Contra Incêndio, ou por falta de conhecimento específico sobre ela. 
É necessário então entender que para atender a norma é preciso elaborar soluções 
otimizadas visando manter o bem estar seguro daqueles que se utilizam do espaço. E ainda, 
chamar a atenção que a profissão de engenheiros de proteção ao fogo é uma realidade 
internacional, e com demanda crescente de profissionais capacitados no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
1. A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NO BRASIL 
1.1. Situação no Brasil 
Pode-se dizer que, comparado aos países mais desenvolvidos, o Brasil está atrasado 
no desenvolvimento de estudos e pesquisas em cima de Segurança contra Incêndio (SCI). 
Nosso país teve um crescimento populacional rápido, passando de um país rural 
para uma sociedade urbana, industrial e de serviços em um curto espaço de tempo. Nesse 
esforço para se construir uma infraestrutura e edificações suficientes, houve deficiências em 
todos os setores da sociedade, na segurança, na saúde, na educação, etc. 
Talvez a SCI tenha sido colocada em segundo plano dentro desse desenvolvimento 
desenfreado, por ser uma área complexa do conhecimento humano, envolvendo todas as 
atividades do homem, todos os fenômenos naturais, toda a produção industrial, ou seja, 
deve estar presente sempre em todos os lugares. (DEL CARLO, 2008) 
Em outros países a ocorrência de grandes incêndios por volta de 1910, que se 
tornaram grandes tragédias devido ao grande número de vítimas, trouxe a preocupação com 
o enfoque da regulamentação contra incêndio, passando a dar ênfase à proteção à vida. 
Até início dos anos 70, pela ausência de grandes incêndios, este era um problema 
que dizia respeito mais aos Corpos de Bombeiros. Mesmo com a extensa normativa 
internacional e a preocupação que os estrangeiros já tinham eu seus países com a SCI, no 
nosso país inexistiam normas específicas que tratassem de SCI e a regulamentação era 
pouca. 
Conclui-se então que o Brasil não colheu o aprendizado decorrente dos grandes 
incêndios ocorridos em outros países. 
Um exemplo disso é o incêndio em uma casa noturna da cidade de West Warwick, 
no Estado Americano de Rhode Island, em 2003. 
No dia 20 de fevereiro de 2003, fogos de artificio, que faziam parte de um show, 
acidentalmente iniciaram o fogo na boate. As chamas se espalharam com o revestimento 
acústico da casa, uma espuma de material químico altamente inflamável, que não apenas 
gerava fumaça tóxica ao queimar, como pingava do teto, queimando a pele do público. As 
investigações posteriores mostraram que a casa estava superlotada e que não possuía saídas 
de emergência adequadas. Várias pessoas foram pisoteadas ao tentar deixar o local, o que 
apenas piorou a obstrução das portas. 
Tragédia muito parecida aconteceu 10 anos depois no Brasil, no dia 27 de janeiro de 
2013, na Boate Kiss da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, salientando o fato de 
que tragédias internacionais não serviram de exemplo para os projetos de segurança contra 
incêndio no Brasil. 
 
18 
 
Ambos os casos mostram que mesmo com o rápido atendimento, nem sempre o 
problema é resolvido com a ação dos bombeiros, enfatizando que a segurança à vida 
depende prioritariamente da boa concepção do projeto, para prevenir acidentes ou permitir 
a rápida desocupação dos ambientes atingidos e ameaçados pelas chamas. 
Depois da tragédia na Boate Kiss, que vitimou aproximadamente 240 jovens e 
chocou o país, trouxe uma maior percepção da importância da Segurança Contra Incêndio. A 
legislação contra incêndio pouco avançou nesses 3 anos e ainda precisa de atenção em 
muitos estados. Além da legislação, é necessário que haja uma forte fiscalização, e 
consequentemente, um melhor cumprimento das normas exigidas, o que não será possível 
se os profissionais envolvidos na elaboração dos projetos não forem bem qualificados. Mas 
principalmente, é imprescindível que os profissionais que elaboram os projetos de segurança 
pesquisem, busquem informações sobre incidentes em edificações com programas 
semelhantes, pesquisem sobre materiais e técnicas que aumentem a qualidade da 
Segurança Contra Incêndio. 
1.2. Estatísticas 
O desenvolvimento e cuidado com ferramentas que coletem e analisem dados 
sobre incêndios permite a organização de programas que venham a proteger e prevenir 
contra incêndios. Um programa de conscientização populacional já é de grande validade, por 
exemplo. 
Na internet é possível encontrar dados sobre ocorrências de incêndios em diversos 
países. No Brasil não há divulgação de dados oficiais de casos de incêndio, o que impacta e 
restringe a discussão e elaboração de políticas públicas. Em nosso país, o Instituto Sprinkler 
Brasil (ISB) dedica-se à coleta e publicação das estatísticas de incêndio. 
O Instituto Sprinkler Brasil (ISB) é uma organização sem fins lucrativos, dedicada à 
divulgação de informações relativas ao combate a incêndios por meio da utilização de 
chuveiros automáticos, os sprinklers. (ISB, 2016) 
Há 4 anos o ISB faz o controle diário de notícias sobre incêndios que ocorrem em 
diversos tipos de locais construídos, como instalações industriais e comerciais, depósitos, 
bibliotecas, escolas, hospitais, hotéis, entre outros. 
Entretanto, o ISB estima que os números verificados não representam 3% da 
quantidade real de ocorrências, já que a análise é feita em cima de incêndios noticiados. 
A Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os perigos da 
Eletricidade) levanta dados estatísticos sobre incêndios gerados por curtos-circuitos. 
Segundo a associação, os incêndios gerados por curtos circuitos aumentaram quase 50% de 
2014 para 2015. 
 
19 
 
Sem considerar incêndios florestais, a principal causa dos incêndios é relacionada à 
eletricidade (excesso de carga, curto circuito, mau contato, ausência ou dimensionamento 
errado de disjuntores e superaquecimento). 
1.2.1. Estatísticas do ano 2014 
Em 2014, foram contabilizadas 1275 ocorrências de incêndio, uma média de 106 
incêndios por mês. Dentre as diferentes categorias de estruturas, a que registrou o maior 
número de ocorrências foi a de estabelecimentos comerciais (lojas, shopping centers e 
supermercados), com 342 registros, seguida pela de depósitos, com 259 reportes. (ISB, 
2016) 
 
Gráfico 1 – Ocorrênciasde incêndios noticiados em 2014 – por ocupação
 
Fonte: ISB, 2016 
 
 
20 
 
Gráfico 2 – Ocorrências de incêndios noticiados em 2014 – por ocupação
 
Fonte: ISB, 2016 
 
Gráfico 3 – Número de incêndios estruturais noticiados na Internet em 2014 – por Estado
Fonte: ISB, 2016 
 
21 
 
Gráfico 4 – Incêndios por curto circuito - 2014
 
Fonte: Abracopel, 2016 
 
1.2.2. Estatísticas do ano 2015 
Em 2015, foram contabilizadas 1349 ocorrências de incêndio, uma média de 112 
incêndios por mês. Dentre as diferentes categorias de estruturas, a que registrou o maior 
número de ocorrências foi a de estabelecimentos comerciais (lojas, shopping centers e 
supermercados), com 373 registros, seguida pela de indústrias, com 225 reportes. (ISB, 
2016) 
Gráfico 5 – Ocorrências de incêndios noticiados em 2015 – por ocupação 
 
Fonte: ISB, 2016 
 
 
22 
 
Gráfico 6 – Número de incêndios estruturais noticiados na Internet em 2015 – por Estado
 
Fonte: ISB, 2016 
Gráfico 7 – Incêndios por curto circuito - 2015
 
Fonte: Abracopel, 2016 
 
O Estado de São Paulo continuou liderando o gráfico, mas pode significar apenas 
que o estado tem maior preocupação na divulgação dos incêndios, já que as estatísticas são 
sobre os incêndios noticiados. 
Em 2015 a região Nordeste se destacou, já que dos estados com maiores índices 
dos aumentos de noticias, quatro são nordestinos. 
 
 
23 
 
2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO 
2.1. Fogo 
O fogo é um fenômeno definido como o resultado de uma reação química que 
desprende calor e luz, produzidos pela combustão de um corpo. 
Antigamente considerava-se o fogo constituído por três unidades distintas, que 
compõem o chamado “Triângulo do Fogo”. 
 
Figura 1 – Triângulo do fogo. (CPN/SP, 2016) 
 
Mais recente na história do estudo do fogo, foi aceito um novo componente 
necessário para existir o fogo, a chamada reação em cadeia. Com a inclusão da reação em 
cadeia surgiu um novo modelo para estudo do fogo, o qual se denominou o “Tetraedro do 
Fogo”. 
 
Figura 2 – Tetraedro do fogo. (CPN/SP, 2016) 
 
2.1.1. Combustível 
É todo material que queima. 
Pode ser classificado quanto ao estado físico e a volatilidade. 
a) Quanto ao estado físico 
 Sólidos: carvão, pólvora, madeira, etc. 
 Líquidos: gasolina, álcool, éter, óleo, etc. 
 Gasosos: metano, etano, etileno, etc. 
b) Quanto à volatilidade 
 Voláteis: São aqueles que, à temperatura ambiente, são capazes de se 
inflamar (álcool, éter, etc.). 
 
24 
 
 Não voláteis: São aqueles que, pra desprenderem vapores capazes de se 
inflamar necessitam de aquecimento acima da temperatura ambiente (óleo 
combustível, óleo lubrificante, etc.). 
2.1.2. Comburente (oxigênio) 
É o elemento ativador do fogo que se combina com os vapores inflamáveis dos 
combustíveis gerando a reação química da combustão. 
2.1.3. Calor 
Energia térmica que se transfere de um sistema para outro em virtude da diferença 
de temperatura entre os dois. É este elemento que dá início ao fogo. Pode ser uma faísca, 
uma chama ou até um superaquecimento em máquinas e aparelhos energizados. 
2.1.4. Reação em cadeia 
É a sequencia das três ações citadas anteriormente, que resulta na combustão 
propriamente dita. 
O mecanismo sequencial de ignição da maioria dos sólidos é sempre o mesmo. Ao 
serem aquecidos, vapores combustíveis se desprendem da superfície do sólido e se 
misturam ao oxigênio do ar. Essa mistura inflamável que se forma é a responsável pela 
ignição. Basta uma fagulha ou mesmo o simples contato com uma superfície muito 
aquecida, para que apareça uma chama na superfície do sólido combustível. Este fornece 
mais vapor combustível para a queima, que continua a ocorrer na presença do oxigênio 
(comburente), gerando assim um ciclo que só para quando um dos elementos (combustível, 
comburente ou calor) for eliminado (Figura 3). (SILVA, VARGAS E ONO, 2010) 
 
Figura 3 – Elos da Reação em cadeia (SILVA, VARGAS E ONO, 2010) 
 
2.2. Propagação do fogo 
O fogo pode ser transmitido de três formas: 
 Pelo contato da chama em outros combustíveis; 
 Através do deslocamento de partículas incandescentes; 
 Pela ação do calor. 
 
25 
 
2.2.1. Convecção 
É a transmissão de calor provocada pelo movimento dos gases quentes. Esse 
deslocamento leva para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais 
combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de 
incêndio. 
 
Figura 4 – Convecção entre edificações (CPN/SP, 2016) 
 
 
Figura 5 – Convecção numa mesma edificação (CPN/SP, 2016) 
 
 
Figura 6 – Fluxo de calor radiante (SILVA, 2007) 
 
 
2.2.2. Condução 
A transmissão de calor ocorre através de um material sólido, de uma região de 
temperatura elevada em direção à outra região de temperatura mais baixa. 
 
 
26 
 
2.3. Pontos e temperaturas importantes 
2.3.1. Ponto de Fulgor 
É o ponto em que o combustível se vaporiza com capacidade de se inflamar, a 
temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases 
inflamáveis. 
2.3.2. Ponto de Combustão 
É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou 
gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma 
chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga, pois essa 
temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes para manter o fogo ou a 
transformação em cadeia. (CPN/SP, 2016) 
2.3.3. Temperatura de Ignição 
É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão 
apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor. 
Tabela 1 – Temperaturas de Ignição (CPN/SP, 2016) 
 
2.3.4. Resistencia dos materiais em função da temperatura 
Uma estrutura, em situação de incêndio, é considerada segura quando possui 
capacidade para suportar, sem colapso, os esforços, considerando-se a redução de 
resistência dos materiais estruturais devido à exposição a altas temperaturas. (SILVA, 
VARGAS E ONO, 2010) 
O aço, o concreto, assim como outros materiais estruturais, quando submetido a 
altas temperaturas sofrem redução de resistência (Figura 7) e de módulo de elasticidade 
(rigidez) (Figura 8). 
 
 
27 
 
 
Figura 7 – Redução da resistência ao escoamento em função da temperatura. (SILVA, 
VARGAS E ONO, 2010) 
 
 
Figura 8 – Redução do módulo de elasticidade em função da temperatura. 
(SILVA, VARGAS E ONO, 2010) 
 
2.4. Classes de Incêndio 
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus 
combustíveis. Somente com o conhecimento da natureza do material que está se 
queimando, pode-se descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura. 
Classe A: são materiais de fácil combustão com a propriedade de 
queimarem em sua superfície e profundida, e que deixam resíduos, como: 
tecidos, madeira, papel, fibras, etc. 
Classe B: são considerados os inflamáveis os produtos que queimam 
somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleos, graxas, 
vernizes, tintas, gasolinas, etc. 
Classe C: quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como 
motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. 
Classe D: elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. 
(NR 23, 1978) 
 
 
 
28 
 
3. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO 
Tem-se que um dos tópicos mais importantes na avaliação e planejamento da 
proteção de uma coletividade é a prevenção contra incêndios. 
A implantação da prevenção de incêndios se faz por meio de atividades que visam a 
evitaro surgimento do sinistro, possibilitar a sua extinção e reduzir seus efeitos antes da 
chegada do Corpo de Bombeiros (NT 02/2013). 
Esses objetivos são alcançados pelo (NT 02/2013): 
(1) controle da natureza e da quantidade de materiais combustíveis constituintes e 
contidos no edifício; 
(2) dimensionamento da compartimentação interna, do distanciamento entre 
edifícios e da resistência ao fogo dos elementos de compartimentação; 
(3) dimensionamento da proteção e de resistência ao fogo da estrutura do edifício; 
(4) dimensionamento de sistemas de detecção e alarme de incêndio e/ou de 
sistemas de chuveiros automáticos de extinção de incêndio e/ ou equipamentos manuais 
para combate; 
(5) dimensionamento das rotas de escape e dos dispositivos para controle do 
movimento da fumaça; 
(6) controle das fontes de ignição e riscos de incêndio; 
(7) acesso para os equipamentos de combate a incêndio; 
(8) treinamento de pessoal habilitado a combater um princípio de incêndio e 
coordenar o abandono seguro da população de um edifício; 
(9) gerenciamento e manutenção dos sistemas de proteção contra incêndio 
instalado; 
(10) controle dos danos ao meio ambiente decorrente de um incêndio. 
 
Essas medidas são divididas em: 
 Medidas passivas que abrangem o controle dos materiais, meios de escape, 
compartimentação e proteção da estrutura do edifício; 
 Medidas ativas de proteção que abrangem a detecção, alarme e extinção do 
fogo (automática e/ou manual). 
 
3.1. Proteção Passiva 
As medidas passivas de proteção contra incêndio são aquelas incorporadas 
diretamente ao sistema construtivo. Funcionais em situação de uso normal do edifício, 
reagem passivamente ao desenvolvimento do incêndio, não estabelecendo situações 
propícias ao seu crescimento e propagação; não permitindo o colapso estrutural do edifício; 
facilitando a fuga dos usuários e garantindo a aproximação e ingresso no edifício para o 
desenvolvimento das ações de combate. (BERTO, 1989) 
 
29 
 
O custo de implantação de medidas de proteção passiva contra incêndios em obras 
civis representa entre 1% e 4% do investimento total em edificações novas, enquanto a 
adaptação de prédios antigos a essas medidas pode consumir entre 10% e 40%. 
 “É provável que o valor das perdas econômicas seja muito superior ao dos 
investimentos em proteção, sem falar nas vidas perdidas”, comenta Antônio Fernando 
Berto, pesquisador do laboratório de segurança ao fogo do Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas (IPT). 
3.1.1. Controle de materiais de acabamento e de revestimento (CMAR) 
Determina as restrições e necessidades de desempenho dos materiais e 
acabamento e revestimento de pisos, paredes e tetos. 
O CMAR empregado nas edificações destina-se a estabelecer padrões para o não 
surgimento de condições propícias do crescimento e da propagação de incêndios, bem como 
da geração de fumaça. (NT 10/2013). 
3.1.2. Compartimentação horizontal 
A compartimentação horizontal se ocupa em impedir a propagação do incêndio 
entre ambientes do mesmo pavimento. 
Segundo Silva, Vargas e Ono pode-se conseguir essa compartimentação através dos 
seguintes dispositivos: 
• Paredes e portas corta-fogo nos pontos em que os cômodos se comunicam; 
• Registros corta-fogo nos dutos que trespassam as paredes corta-fogo; 
• Selagem corta-fogo em bandejas de passagem de cabos e tubulações nas 
paredes corta-fogo; 
• Afastamento horizontal entre janelas e portas de setores compartimentados, 
podendo-se fazer uso de abas de retenção nos casos em que a distância entre 
as aberturas não for considerada segura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
Figura 9 – Compartimentação Horizontal (SILVA, VARGAS E ONO, 2010). 
3.1.3. Compartimentação vertical 
A compartimentação vertical é obtida com recursos que fazem com que cada 
pavimento componha um compartimento isolado, garantindo a fuga caso um pavimento 
tenha sido tomado pelo fogo, ou possibilitando que os outros pavimentos sejam usados 
pelas equipes de socorro. 
Silva, Vargas e Ono citam os seguintes dispositivos para se conseguir a 
compartimentação vertical: 
• Lajes corta-fogo; 
• Enclausuramento das escadas por meio de paredes e portas corta-fogo 
• Registros corta-fogo em dutos que intercomunicam os pavimentos; 
• Selagem corta-fogo de passagens de cabos elétricos e tubulações (“shafts”) 
através das lajes 
• Utilização de abas verticais (parapeitos) ou abas horizontais projetando-se 
além da fachada, resistentes ao fogo e separando as janelas de pavimentos 
consecutivos, de modo a evitar que as chamas do pavimento inferior atinjam 
o pavimento em questão por transmissão da chama pelas janelas. 
 
 
31 
 
 
Figura 10 – Compartimentação Vertical (SILVA, VARGAS E ONO, 2010) 
 
 
Figura 11 – Compartimentação Vertical – Abas e Fachadas 
 (SILVA, VARGAS E ONO, 2010) 
 
3.1.4. Saídas de Emergência 
Determina as rotas de fugas necessárias para que os usuários tenham a 
possibilidade de sair com segurança da edificação por meios próprios, ou também para 
servirem de entrada da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros. 
3.1.5. Controle de Fumaça 
O controle é feito para evitar o alastramento da fumaça pelos ambientes de um 
edifício. 
A fumaça é a maior responsável por mortes em situação de incêndio. Além de 
reduzir a visibilidade, impedindo os usuários da edificação de encontrarem as rotas de fuga, 
ela expõe as pessoas a vapores quentes e à inalação gases (essencialmente CO e CO2). 
 
 
 
 
32 
 
3.2. Proteção Ativa 
As medidas de proteção ativa vêm a complementar as medidas de proteção passiva, 
apresentadas ao longo deste texto, sendo compostas basicamente de equipamentos e 
instalações prediais que serão acionadas em caso de emergência, de forma manual ou 
automática, usualmente não exercendo nenhuma função em situação normal de 
funcionamento da edificação. Dentre os principais sistemas se encontram os de: 
• Detecção e alarme manual ou automático de incêndio; 
• Iluminação e sinalização de emergência; 
• Controle de movimento de fumaça; 
• Extinção manual e/ou automática de incêndio. 
3.2.1. Sistemas de Detecção e Alarme 
Esse sistema detecta um incêndio e alerta a população presente na edificação. 
O detector e o alarme podem ser automáticos ou manuais. 
O detector automático é um sensor que responde quando há uma diferença no 
ambiente como aumento de temperatura, fumaça ou chamas. 
O acionador manual ou botoeira destina-se ao acionamento do alarme feito por 
qualquer usuário do edifício, dando um sinal para uma estação de controle. 
3.2.2. Iluminação de emergência 
A iluminação de emergência permite que a saída da população do edifício em 
incêndio seja fácil e segura. 
A iluminação por ser de balizamento, associada à sinalização, indicando as rotas de 
fuga, ou de aclaramento, destinada a iluminar os ambientes e a rota de fuga. 
3.2.3. Sinalização de emergência 
O sistema de sinalização de emergência serve tanto para reduzir a possibilidade de 
ocorrência de incêndio, alertando para potenciais riscos, quanto para orientar os indivíduos 
em caso de incêndio, indicando a localização dos equipamentos de combate e rotas de fuga. 
De acordo com Silva, Vargas e Ono, dentro dessas funções, a sinalização de 
emergência é dividida em quatro categorias: 
• Sinalização de alerta: alerta para áreas e materiais com potencial de risco; 
• Sinalização de proibição: proíbe ações capazes de iniciar um incêndio; 
 
33 
 
• Sinalização de condições de orientação e salvamento: indica as rotas de saídas 
e explica as ações necessárias para seu acesso; 
• Sinalização dos equipamentos de combate:indica os tipos e a localização dos 
equipamentos de combate. 
3.2.4. Equipamentos de combate a incêndios 
3.2.4.1. Extintores portáteis e sobre rodas 
Os extintores destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de 
incêndios, não devendo ser considerados como substitutos aos sistemas de extinção mais 
complexos. 
Os extintores sobre rodas (carretas) são extintores de grande volume que, para 
facilitar seu manejo e deslocamento, são montados sobre rodas. 
3.2.4.1.1. Agentes extintores 
• Água pressurizada – indicado para incêndios de classe A; 
• Gás Carbônico – indicado para incêndios da classe C, por não ser condutor de 
eletricidade; 
• Pó químico – indicado para combater incêndios da classe B; 
• Pó químico especial – indicado para incêndios da classe D; 
• Espuma – indicado para incêndios das classes A e B; 
• Pó ABC – indicado para incêndios das classes A, B e C; 
3.2.4.2. Sistema de Hidrantes 
São sistemas hidráulicos rigidamente fixados na estrutura da edificação, formados 
por uma rede de canalizações e abrigos ou caixas de incêndio, que contem tomadas de 
incêndio com uma ou duas saídas de agua, de acordo com o risco, válvulas de bloqueio, 
mangueiras de incêndio, esguichos e outros equipamentos, instalados em locais estratégicos 
da edificação segundo as recomendações das normas e da legislação local, a partir das quais 
faz-se manualmente o combate ao foco do incêndio, lançando água sob as formas de jatos 
sólido, de chuveiro ou neblina, para extinguir, ou controlar o fogo até a chegada do Corpo de 
Bombeiro. (BRENTANO, 2015) 
3.2.4.3. Sistemas de chuveiros automáticos (Sprinkler) 
O sistema constitui-se de chuveiros automáticos regularmente distribuídos por toda 
a edificação, ativadas pelo calor do fogo, que descarregam água sobre a área de incêndio, 
com vazões, pressões e distanciamentos mínimos de acordo com o grau de risco 
determinado por norma, alimentados por uma rede de canalizações aéreas e subterrâneas 
 
34 
 
com diâmetros compatíveis, a partir de um sistema de bombas de incêndio e reserva de 
agua exclusivos. (BRENTANO, 2015) 
3.3. Considerações sobre as medidas de Prevenção e Combate a Incêndio 
A lei nº 4335, de 10 de abril de 2013, estabelece o Código de Segurança Contra 
Incêndio, Pânico e outros Riscos, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. 
O capítulo VI desta lei trata das medidas de Segurança Contra Incêndio, pânico e 
outros riscos. 
Art. 15. Constituem medidas de Segurança Contra Incêndio e pânico 
das edificações, das instalações, das ocupações temporárias e das áreas de 
risco: 
I - acesso de viatura na edificação, nas instalações, nas ocupações 
temporárias e nas áreas de risco; 
II - separação entre edificações; 
III - resistência ao fogo dos elementos de construção; 
IV - compartimentação; 
V - controle de materiais de acabamento; 
VI - saídas de emergência; 
VII - elevador de emergência; 
VIII - controle de fumaça; 
IX - gerenciamento de risco de incêndio; 
X - brigada de incêndio; 
XI - brigada profissional; 
XII - iluminação de emergência; 
XIII - detecção automática de incêndio; 
XIV - alarme de incêndio; 
XV - sinalização de emergência; 
XVI - extintores; 
XVII - hidrante e mangotinhos; 
XVIII - chuveiros automáticos; 
XIX - resfriamento; 
XX - espuma; 
XXI - sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono (CO2); 
XXII - sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA); 
XXIII - controle de fontes de ignição (sistema elétrico, soldas, 
chamas,aquecedores etc.); 
XXIV - outras definidas por Comissão Especial de Avaliação (CEA); 
XXV - outras medidas de segurança relacionadas com a competência 
do CBMMS e estabelecidas por NT. 
 
A implementação destas medidas é mais bem detalhada nas Normas Técnicas 
elaboradas pelo CBMMS e essas medidas devem ser projetadas e executadas de acordo com 
os objetivos da Lei 4335 e as especificações das devidas NTs. 
 
As Normas Técnicas elaboradas pelo CBMMS discorrem sobre: 
NT 01 –PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 
 
35 
 
NT 02 – CONCEITOS. 
NT 03 – TERMINOLOGIAS. 
NT 04 – SÍMBOLOS_GRÁFICOS. 
NT 05 – URBANÍSTICA. 
NT 06 – ACESSO DE VIATURAS. 
NT 07 – SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES. 
NT 08 – RESISTÊNCIA AO FOGO. 
NT 09 – COMPARTIMENTAÇÃO. 
NT 10 – CONTROLE DE MATERIAIS. 
NT 11 – SAÍDAS DE EMERGÊNCIA. 
NT 12 – CENTROS ESPORTIVOS. 
NT 13 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADAS. 
NT 14 – CARGA INCÊNDIO. 
NT 15 – PARTE 1 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 15 – PARTE 2 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 15 – PARTE 3 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 15 – PARTE 4 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 15 – PARTE 5 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 15 – PARTE 6 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 15 – PARTE 7 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 15 – PARTE 8 CONTROLE DE FUMAÇA. 
NT 16 – PLANO DE EMERGÊNCIA. 
NT 17 – BRIGADA DE INCÊNDIO. 
NT 18 – ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA. 
NT 19 – DETECÇÃO E ALARME. 
NT 20 – SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA. 
NT 21 – EXTINTORES. 
NT 22 – HIDRANTES E MANGOTINHOS. 
NT 23 – CHUVEIROS AUTOMÁTICOS. 
NT 24 – CHUVEIROS AUTOMÁTICOS PARA DEPÓSITOS. 
NT 25 – PARTE 1 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS. 
NT 25 – PARTE 2 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS. 
NT 25 – PARTE 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS. 
NT 25 – PARTE 4 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS. 
NT 26 – SISTEMA FIXO DE GASES. 
NT 27 – SILOS. 
NT 28 – GLP – Gás Liquefeito de Petróleo 
NT 29 – GN.- Gás Natural 
NT 30 – FOGOS DE ARTIFÍCIO. 
NT 31 – HELIPONTO. 
NT 32 – PPs – Produtos Perigosos 
NT 33 – COBERTURA DE PIAÇAVAS E SIMILARES. 
NT 34 – HIDRANTE URBANO. 
NT 35 – TÚNEL RODOVIÁRIO. 
NT 36 – PÁTIO E CONTEINER. 
NT 37 – SUBESTAÇÃO ELÉTRICA. 
NT 38 – COZINHA INDUSTRIAL 
NT 39 – RESTRIÇÃO DA LIBERDADE. 
NT 40 – EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS e MUSEUS. 
 
36 
 
NT 41 – INSPEÇÃO DE BAIXA TENSÃO. 
NT 42 – PROCESSO TÉCNICO SIMPLIFICADO (2015) 
NT 43 – EDIFICAÇÕES EXISTENTES 
 
 
4. PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNCIO E PÂNICO 
 
O projeto preventivo deverá consistir na definição, dimensionamento e 
representação do sistema de prevenção e combate a incêndio, incluindo a localização 
precisa dos componentes, características técnicas dos equipamentos do sistema, demanda 
de água, bem como as indicações necessárias à execução das instalações (memoriais, 
desenhos e especificações). 
Compreenderá também a documentação necessária à apresentação e aprovação 
pelo Corpo de Bombeiros Oficial. 
Os sistemas a serem empregados nas edificações serão exigidos de acordo com a 
classificação de sua ocupação, o fator de risco desta, a altura e área. 
As edificações são classificadas quanto à ocupação, de A a M, de acordo com tabela 
1 anexa da Lei nº 4335. A tabela 2 dessa lei classifica as edificações quando à altura. 
Os sistemas serão exigidos de conformidade com a classificação de ocupação das 
edificações, seus respectivos riscos, sua altura e área, conforme a Lei nº 4335. 
O fator de risco corresponde ao tipo de construção e à quantidade de material 
combustível presente. A NT 14 estabelece valores característicos de carga de incêndio nas 
edificações e áreas de risco, de acordo com sua ocupação e uso específico e a Lei nº 4335 
classifica esse fator de carga em baixo, médio ou alto. 
As exigências podem ser: 
 Acesso de Viaturas na Edificação 
 Segurança estrutural contra incêndio 
 Compartimentação vertical 
 Controle de materiais de acabamento 
 Compartimentação horizontal 
 Saídas de emergência 
 Brigada de incêndio 
 Iluminação de emergência 
 Sinalização de emergência 
 Alarme de incêndio 
 Plano de emergência 
 Detecção de incêndio 
 Chuveiros automáticos (sprinklers) 
 Extintores37 
 
 Hidrantes 
 Controle de fumaça 
 
Alguns desses sistemas já foram citados nesse trabalho. 
Vale salientar que mais informações são obtidas através das Normas Técnicas. Não 
é objetivo desta realização textual trazer a definição e detalhes de cada um desses itens. 
Neste trabalho será abordado o sistema preventivo por hidrantes com reservatório 
superior. 
 
5. INSTALAÇÃO HIDRAULICA DE COMBATE A INCENDIO – SISTEMA 
PREVENTIVO POR HIDRANTE (RESERVATÓRIO ELEVADO) 
O dimensionamento proposto nessa obra é baseado no material do professor 
Telmo Brentano: Instalações Hidráulicas de Combate a incêndios nas Edificações. Tendo 
também orientação da Norma Técnica nº 22/2013 – Sistemas de Hidrantes e de 
Mangotinhos para Combate a Incêndio. 
O sistema de hidrantes é constituído por: (BRENTANO, 2015) 
 Uma (simples) ou duas (dupla) saídas de água; 
 Válvulas angulares (não devem ser usadas válvulas de esfera); 
 Mangueiras de hidrantes, que são acopladas somente na ocasião o incêndio; 
 Diâmetro nominal de 40 mm ou 65 mm; 
 Esguichos reguláveis. 
Tendo em mãos a área, a ocupação e o fator de carga da edificação o 
desenvolvimento do projeto básico é iniciado determinando-se a aplicabilidade e o tipo do 
sistema. Estes itens são definidos segundo tabelas da NT 22, em função da área construída e 
da ocupação. 
 
 
 
Tabela 2 - Tipos de sistema de proteção por hidrante ou mangotinho. (Tabela 2 da Norma 
Técnica nº 22/2013) 
 
 
38 
 
 
 
Tabela 3 - Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima 
(m³). (Tabela 3 da Norma Técnica nº 22/2013) 
 
 
OBS: As tabelas são anexadas nesse trabalho a título de ilustração. Para o 
desenvolvimento de um projeto de Segurança Contra Incêndio recomenda-se atenção à 
norma e às notas que nela se encontram. 
om essas duas tabelas é estabelecido o volume da reserva técnica de incêndio, o 
diâmetro do esguicho, o diâmetro e comprimento da mangueira de incêndio, a vazão 
mínima no hidrante mais desfavorável e a pressa mínima no hidrante mais desfavorável. 
A partir dessas informações inicia-se o dimensionamento do sistema, que, para 
melhor compreensão, será ilustrado a seguir com um exemplo de uma edificação 
residencial. 
PROJETO – EDIFÍCIO RESIDENCIAL – 12 pavimentos, h=34m 
Área do terreno: 1296,00 m² 
Área total construída: 6163,34 m² 
Planta em anexo 
 
39 
 
 
Tabela 4 – Classificação das edificações e das áreas de risco quanto à ocupação. (Tabela 1 da 
Lei nº 4335/2013) 
 
 
Tabela 5 – Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação. (Anexo A da Norma 
Técnica nº14/2013) 
 
 
Tabela 6 – Classificação das edificações e das áreas de risco quanto à carga de incêndio. 
(Tabela 3 da Lei nº 4335/2013) 
 
 
Tabela 7 – Classificação das edificações quanto à altura. (Tabela 2 da Lei nº 4335/2013) 
 
 
 
40 
 
Tabela 8 – Exigências do Grupo A com área superior a 900m² ou com altura superior a 10,0m 
(Tabela 6-A da Lei nº 4335/2013) 
 
 
Tabela 9: Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m³). 
( Tabela 3 da Norma Técnica nº 22/2013) 
 
 
 
41 
 
 
 
 
Tabela 10: Tipos de sistema de proteção por hidrante ou mangotinho - exemplo. (Tabela 2 
da Norma Técnica nº 22/2013) 
 
 
5.1. Informações iniciais 
 
OCUPAÇÃO: RESIDENCIAL DIVISÃO: A-2 
DESCRIÇÃO: HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR 
CARGA DE INCÊNDIO: 300 MJ/m² - RISCO BAIXO 
EDIFICAÇÃO ALTA 
SISTEMA TIPO 2 – RTI=18m³ 
VAZÃO NO HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL = 150l/min 
PRESSÃO MIÍNIMA NO HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL = 30mca 
DIÂMETRO DO ESGUICHO = 40mm 
DIÂMETRO DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO = 40mm 
COMPRIMENTO DA MANGUEIRA = 30m 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
5.2. Localização dos hidrantes em planta 
 
Figura 12 – Esquema de Incêndio 
 
 
 
5.3. Identificação dos hidrantes mais desfavoráveis 
 
Segundo a norma, deve ser considerado no dimensionamento do sistema o uso 
simultâneo dos dois hidrantes mais desfavoráveis, para qualquer tipo de sistema 
especificado, considerando-se em cada hidrante, no mínimo, as vazões obtidas na tabela. 
O local mais desfavorável é aquele que proporciona menor pressão dinâmica na 
saída do hidrante = Hidrante 1 e 2. 
 
43 
 
 
Figura 13 – Hidrantes mais desfavoráveis 
 
 
5.4. Determinação da vazão e pressão no hidrante mais desfavorável 
Vazão no hidrante mais desfavorável = 150 l/min = 0,0025 m³s 
Pressão mínima: 30mca 
A pressão real no esguicho regulável: a ser determinada para a vazão de 150 l/min. 
 
5.5. Diâmetros adotados no sub-ramar A-H1. 
Diâmetro do esguicho regulável: 40mm 
Diâmetro na saída do esguicho: 13mm 
Diâmetro da mangueira de hidrante: 40mm 
Diâmetro da canalização: 75mm 
 
44 
 
 
Figura 14 – Detalhe do Abrigo do Hidrante 
 
Figura 15 – Detalhe Hidrante 
5.6. Cálculo da perda de carga no sub-ramal do H1 
ℎ𝑝𝐴−𝐻1 = ℎ𝑝𝑐 + ℎ𝑝𝑣 + ℎ𝑝𝑚+ ℎ𝑝𝑒𝑠𝑔 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.6.1. Cálculo da perda de carga no esguicho regulável H1 
(fórmula geral para perdas de carga localizadas – “fórmula 
universal”) 
 
k - coeficiente de singularidade estabelecido em 0,1 para o esguicho, adimensional. 
g – aceleração da gravidade = 9,8 m/s² 
 
Para encontrarmos a velocidade no esguicho, devemos utilizar a fórmula da vazão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 g - aceleração da gravidade = 9,8m²/s 
 P - pressão dinâmica no bocal em mca 
 
 Para facilitar: 
 
 
 
 
 
 
 d - diâmetro do bocal em mm 
 P - pressão dinâmica mínima no bocal em mca 
 
ℎ𝑝𝑒𝑠𝑔 = perda de carga no esguicho tronco-cônico, em mca 
ℎ𝑝𝐴−𝐻1 = perda de carga total no ramal, trecho A-H1, em mca 
ℎ𝑝𝑐 = perda de carga na canalização, em mca 
ℎ𝑝𝑣 = perda de carga na válvula angular, em mca 
ℎ𝑝𝑚 = perda de carga na mangueira de hidrante, em mca 
ℎ𝑝𝑒𝑠𝑔= k.
𝑉²𝑒𝑠𝑔
2𝑔
 
ℎ𝑝𝑒𝑠𝑔 - perda de carga no esguicho tronco-cônico, em mca 
𝑣𝑒𝑠𝑔= 
𝑄𝐻1
𝐴𝑒𝑠𝑔
 
𝑣𝑒𝑠𝑔- velocidade da água no esguicho em m/s 
𝑄𝐻1 = 𝐴𝑒𝑠𝑔 .𝑣𝑒𝑠𝑔 
𝑄𝐻1 - vazão no esguicho em m³/s 
𝑣𝑒𝑠𝑔- velocidade da água no esguicho em m/s 
𝐴𝑒𝑠𝑔- área do esguicho em m² 
Q = 𝐶𝑑. 𝑆. √2𝑔𝑃 
Q - vazão em m³/s 
𝐶𝑑 - coeficiente de descarga - 0,98 
𝑆 - área do bocal em m² 
Q = 0,2046. 𝑑². √𝑃 
Q - vazão em l/min 
 
46 
 
 
 Q = 189,382 l/min = 0,003156 m³/s 
 
 
 
𝑣𝑒𝑠𝑔= 23,78073 m/s 
 
 
 
 
5.6.2. Perda de carga na mangueira 
(equação de Hazen-Williams) 
ℎ𝑝𝑚 - perda de carga na mangueira de hidrante, em mca 
Q – vazão em m³/s 
C – coeficiente de Hazen Willians, C=140 
d – diâmetro da mangueira em m 
Lt – comprimento total da mangueira 
 
Tabela 11 – Fator “C” de Hazen-Williams 
 
 
 
 
5.6.3. Perda de carga na válvula angular 
 
ℎ𝑝𝑣 - perda de carga na válvula angular, em mca 
Q – vazão em m³/s 
C – coeficiente de Hazen Willians, C=120 
d – diâmetro da válvula em m 
Le – comprimento equivalente da válvula 
 
 
 
Q = 0,2046.13². √30 
𝑣𝑒𝑠𝑔= 
𝑄𝐻1
𝐴𝑒𝑠𝑔
 𝑣𝑒𝑠𝑔 =
0,003156
0,013². 𝜋 4⁄
 
ℎ𝑝𝑒𝑠𝑔= k.
𝑉²𝑒𝑠𝑔
2𝑔
 ℎ𝑝𝑒𝑠𝑔= 0,1.
23,78²
2.9,8
 
𝒉𝒑𝒆𝒔𝒈 = 2,89 mca 
ℎ𝑝𝑚= 10,65 . 𝑄
1,85.𝐶−1,85.𝑑−4,87.𝐿𝑡 
ℎ𝑝𝑚= 10,65 . 0,0025
1,85.140−1,85.0,04−4,87.30 
𝒉𝒑𝒎 = 4,92 mca 
ℎ𝑝𝑣= 10,65 . 𝑄
1,85.𝐶−1,85.𝑑−4,87.𝐿𝑡 
 
47 
 
Tabela 12 – Comprimento equivalente de válvulas e conexões (m) 
 
 
 
Figura 16 – Comprimento equivalentepara Registro de ângulo aberto Ø63mm 
 
 
 
 
5.6.4. Perda de carga na canalização 
 
ℎ𝑝𝑐 - perda de carga na canalização do hidrante H1, em mca 
Q – vazão em m³/s 
C – coeficiente de Hazen Willians, C=120 
ℎ𝑝𝑣= 10,65 . 0,0025
1,85.120−1,85.0,063−4,87.10 
𝒉𝒑𝒗= 0,16 mca 
ℎ𝑝𝑐= 10,65 . 𝑄
1,85.𝐶−1,85.𝑑−4,87.𝐿𝑡 
 
48 
 
d – diâmetro da canalização do hidrante H1 em m 
Lt – comprimento teórico da canalização (Lt = Ln + Le) 
Ln – comprimento linear da canalização (no caso, Ln≈0) 
Le – comprimento equivalente ( Le= 5,2 – tê de saída lateral Ø75mm) 
 
 
Figura 17 – Comprimento equivalente para Tê com saída bilateral Ø75mm 
 
 
 
 
 
 
5.6.5. Perda de carga total no sub-ramal do hidrante H1 
 
 
 
 
5.7. Cálculo da Pressão no ponto A 
 
𝑃𝐴= 30 + 8,01 
𝑃𝐴= 38,01 mca 
 
 
ℎ𝑝𝑐= 10,65 . 𝑄
1,85.𝐶−1,85.𝑑−4,87.𝐿𝑡 
ℎ𝑝𝑐= 10,65 . 0,0025
1,85.120−1,85.0,075−4,87.5,2 
𝒉𝒑𝒄= 0,04 mca 
ℎ𝑝𝐴−𝐻1 = ℎ𝑝𝑐 + ℎ𝑝𝑣 + ℎ𝑝𝑚+ ℎ𝑝𝑒𝑠𝑔 
ℎ𝑝𝐴−𝐻1 = 0,04 + 0,16 + 4,92 + 2,89 
𝒉𝒑𝑨−𝑯𝟏 = 8,01 mca 
𝑃𝐴 = 𝑃𝐻1 + ℎ𝑝𝐴−𝐻1 
 
49 
 
 
Figura 18 – Ponto A e B 
 
5.8. Cálculo do fator de vazão K no ponto “A” 
 
 
𝐾𝐴= 24,33 𝑙/𝑚𝑖𝑛.𝑚𝑐𝑎
−1/2 
 
5.9. Cálculo da nova pressão no ponto “A” 
 
 
𝐾𝐴 = 
𝑄𝐴
√𝑃𝐴
 
𝐾𝐴 = 
150
√38,01
 
ℎ𝑝𝑅𝑠−𝐴= 10,65 . 𝑄𝑅𝑠−𝐴
1,85.𝐶−1,85.𝑑−4,87.𝐼𝑡𝑅𝑠−𝐴 
 
50 
 
 
Figura 19 – Trecho Rs-A 
 
 
Figura 20 – Isométrico – Arranjo de bombas 
 
 
 
 
51 
 
ℎ𝑝𝑅𝑠−𝐴 - perda de carga no trecho Rs-A 
𝑄𝑅𝑠−𝐴 – vazão = 300 l/min = 0,005 m³/s 
C – coeficiente de Hazen Willians, C=120 
d – diâmetro da canalização no trecho Rs-A 
 
 
 
 
 
Figura 21 – Comprimento equivalente Ø75mm 
𝐼𝑒𝑅𝑆−𝐴: 
2 entrada de borda: 2x2,2 = 4,4 
7 joelhos de 90°: 7x 2,1 = 14,7 
3 tês saída lateral: 3x5,2 = 15,6 
3 registro de gaveta: 3x0,5 = 1,5 
2 válvula de retenção horizontal: 2x 9,7 = 19,4 
 
𝐼𝑒𝑅𝑆−𝐴 = 55,6m 
𝐼𝑡𝑅𝑆−𝐴 = 13,4 + 55,6 = 69m 
 
 
A pressão no ponto A devera ser: 𝑃𝐴= 38,01 + 1,74 mca 
𝑃𝐴≈ 40 mca 
5.10. Cálculo da pressão em “B” 
𝐼𝑡𝑅𝑆−𝐴 - somatório dos comprimentos retos (𝐼𝑛𝑅𝑆−𝐴 ) + equivalentes (𝐼𝑒𝑅𝑆−𝐴) de canalização 
no trecho Rs-A, para Ø75mm 
𝐼𝑡𝑅𝑆−𝐴 = 𝐼𝑛𝑅𝑆−𝐴 + 𝐼𝑒𝑅𝑆−𝐴 
𝐼𝑛𝑅𝑆−𝐴 = 5,6 + 1,3 + 6,5 = 13,4m 
ℎ𝑝𝑅𝑠−𝐴= 10,65 . 0,005
1,85.120−1,85.0,075−4,87.69 
ℎ𝑝𝑅𝑠−𝐴= 1,74mca 
𝑃𝐵 = 𝑃𝐴 + ℎ𝑔𝐴−𝐵 + ℎ𝑝𝐴−𝐵 
 
52 
 
 
Pressão no ponto A: 𝑃𝐴= 40 mca 
Desnível entre A e B: ℎ𝑔𝐴−𝐵 = 2,8 mca (pé direito do pavimento) 
Perda de carga entre A e B: 
 
 
 𝑃𝐵≈ 43 mca 
 
5.11. Vazão no Hidrante H2 
 
 
𝑄𝐻2= 159,74 
 
5.12. Altura mínima do reservatório superior 
 
 
 
5.13. Altura manométrica da bomba de reforço 
 
 
5.14. Seleção da bomba de reforço 
Vazão = 150 + 159,74 ≈ 310 l/min = 18,6m³/h 
Altura manométrica total ≈ 34m 
a) Usando o gráfico de quadrículas e as curvas características 
 
 
 
ℎ𝑝𝐴−𝐵 = 10,65 . 0,0025
1,85.120−1,85.0,075−4,87.2,8 = 0,019m 
𝑃𝐵 = 40 + 2,8 + 0,19 = 42,99 mca 
𝑄𝐻2 = 𝐾𝐴. √𝑃𝐵 
𝑄𝐻2 = 24,36. √43 
Pressão mínima no hidrante - ℎ𝑚𝑖𝑛 = 𝑃𝐴 + ℎ𝑝𝑅𝑠−𝐴= 40 + 1,74 = 41,74 ≈ 42m 
Desnível existente - ℎ𝑔𝑅𝑠−𝐴 = 1,4 + 5,6 + 1,3 = 8,3m 
Desnível ainda necessário - ℎ𝑛𝑒𝑐 = ℎ𝑚𝑖𝑛 + ℎ𝑔𝑅𝑠−𝐴 = 42 - 8,3 = 33,7m 
ℎ𝑚𝑚𝑖𝑛 = ℎ𝑛𝑒𝑐 = 33,7m 
 
53 
 
Gráfico 8 – Quadrículas para escolha de bomba, para 3500 rpm. 
 
Fonte: Manual de Curvas Características/KSB 
 
 
 
Figura 22 – Escolha da bomba por gráfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
Gráfico 9 – Curva característica para tamanho 32-125.1 
 
Fonte: Manual de Curvas Características/KSB 
 
 
Gráfico 10 – Curva característica para tamanho 32-125.1 – Potência Necessária. 
 
Fonte: Manual de Curvas Características/KSB 
 
Modelo: KSB/ Meganorm-Bloc 
Tamanho: 32-125.1 
Potência (CV): 4 
Ø Rotor (mm): 144 
 
 
 
 
55 
 
b) Usando as tabelas práticas fornecidas pelo fabricante 
Tabela 13 – Seleção de bombas e motobombas. (Franklin Electric/2013-A) 
 
 
 
 
Figura 23 – Escolha da bomba por tabela. 
 
 
Modelo: BPI=21 F2 ½ (123mm) 
Potência: 5 CV 
Ø Rotor: 145 mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
5.14.1. Quadro comparativo entre os métodos de escolha de bomba 
 
Tabela 14 – Quadro comparativo de seleção de bombas 
 Por gráfico Por tabela 
Modelo KSB/ Meganorm-Bloc 
32-125.1 
BPI=21 F2 ½ (123mm) 
Ø Rotor (mm) 144 145 
Potência (CV) 4 5 
 
Como é uma bomba de reforço, ela sempre será afogada, pois está abaixo do 
reservatório superior, e consequentemente, não haverá cavitação. Não é necessário bomba 
de pressurização, pois todo o sistema está gravitacionalmente pressurizado, isto é, qualquer 
vazamento que ocorrer a reposição será automática. 
 
5.15. Quadro de resultados 
 
Tabela 15 – Quadro de resultados 
Sistemas de bombas Abastecimento de água Equipamentos 
Bombas principais: 
Pressão 34 mca Resevatório Elevado Canalizações 
Vazão 310 l/min Reserva de incêndio 18m³ 
Coluna de 
incêndio 75mm/63mm 
Motor 5 CV Hidrantes: Canal de sucção 75mm 
Acionamento Val. Fluxo Vazão mínima 
150 
l/min 
Mangueira do 
incêndio 
Desligamento manual Pressão residual 30 mca Diâmetro 40mm 
Bombas de 
pressurização: - Pressão no ponto 40 mca Comprimento 30m 
Pressão - Uso simultâneo 2 Esguichos 
Vazão - Vazão do sistema 
310 
l/min Tipo regulável 
Motor - Tempo de operação 60 min Diâmetro efetivo 12,7mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
CONCLUSÃO 
Com a minha pequena experiência dentro da Engenharia de Incêndio pude notar 
que o conhecimento necessário para o desenvolvimento de Projetos Contra Incêndio estava 
mais centrado em cima da norma e menos em cima do conhecimento adquirido na 
universidade. Então surgiu o questionamento, se, por depender de um estudo particular de 
normas, legislações, pesquisas de literaturas sobre o assunto, os profissionais atuantes nessa 
área não estariam despreparados para assumir a responsabilidade de segurar uma 
edificação contra um possível incêndio. 
A ideia central da elaboração desta pesquisa era então observar a qualificação dos 
acadêmicos de Engenharia Civil na cidade de Campo Grande, e pesquisar entre os militares 
do Corpo de Bombeiros, qual era o ponto de vista deles sobre os profissionais autorizados 
para a elaboração do projeto, lembrando ainda que não só engenheiros civis tem essa 
capacitação, mas sim arquitetos e engenheiros de segurança do trabalho. 
Por não querer desenvolver um trabalho que contivesse pesquisas humanas, segui 
minha pesquisa na busca de conceitos sobre Segurança Contra Incêndio e nos 
dimensionamentos hidráulicos. 
No meu convívio acadêmico pude concluir que pouca parte dos estudantes têm 
interesse e curiosidade no assunto, e que quando estes vão para o mercado de trabalho, a 
maior dificuldade que encontram é no momento de calcular as instalações hidráulicas. 
Mas o resultado geral da pesquisa deste trabalho foi observar que realmente o 
Brasil está atrasado quando se fala de Segurança Contra Incêndio. A maioria das poucas 
literaturas a respeito fala dessa falta de investimento, pesquisa e capacitação, e cita a 
importância desta área de estudos. 
E posso concluir, finalmente, que a Segurança Contra Incêndio proporciona um 
mercado extenso, e que necessita de um estudo constante nas diversas áreas de pesquisas 
dentro da engenharia civil, como instalações hidráulicas, segurança do trabalho, resistência 
dos materiais, entre outros.58 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ASSICIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA ELETRICIDADE. 
Disponível em: <http://abracopel.org/>. Acesso em: Agosto de 2016. 
BERTO, A. Proteção contra Incêndio em Estruturas de Aço. In: Tecnologia de Edificações. São 
Paulo: Pini, nov/1988 
BRENTANO, Telmo. Instalações Hidráulicas de Combate a incêndios nas Edificações - 5 ed. – 
Porto Alegre, 2015. 
COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NO ESTADO DE 
SP. Manual de Proteção e Combate à incêndio. 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MATO GROSSO DO SUL. Disponível em: 
<http://www.bombeiros.ms.gov.br/historico/cbmms/>. Acesso em: Agosto de 2016. 
FRANKLIN ELECTRIC INDÚSTRIA DE MOTOBOMBAS S.A. Tabela para seleção de bombas e 
motobombas. 2013-A 
INSTITUTO SPRINKLER BRASIL. Disponível em: <http://www.sprinklerbrasil.org.br/>. Acesso 
em: Agosto de 2016. 
KSB BOMBAS HIDRÁULICAS AS. Manual de Curvas Características Nº A2740/42/44.1P/E/S/7 
LEI ESTADUAL Nº 4335- de 10 de Abril de 2013 que Institui Código Segurança Contra 
Incêndio, Pânico e outros Riscos no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. 
NEGRISOLO, WALTER. Arquitetando a Segurança contra Incêndio. São Paulo, 2011. 
NORMA REGULAMENTADORA Nº 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO. 1978 
NORMA TÉCNICA Nº 02/2013 – Conceitos básicos de segurança contra incêndio. Secretaria 
de Estado de Justiça e Segurança Pública – Corpo de Bombeiros Militar 
NORMA TÉCNICA Nº 10/2013 – Controle de materiais de acabamento e de revestimento. 
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – Corpo de Bombeiros Militar. 
NORMA TÉCNICA Nº 14/2013 – Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco. Secretaria 
de Estado de Justiça e Segurança Pública – Corpo de Bombeiros Militar. 
NORMA TÉCNICA Nº 22/2013 – Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a 
Incêndio. Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – Corpo de Bombeiros Militar. 
SEITO, A. I., GILL, A.A., PANNONI, F.D., ONO, R., SILVA, S.B., DEL CARLO, U., SILVA, V.P. A 
Segurança contra incêndio no Brasil / coordenação de Alexandre Itiu Seito,.et al. São Paulo: 
Projeto Editora, 2008. 
SILVA, VALDIR PIGNATTA. Prevenção contra incêndio no Projeto de Arquitetura / Valdir 
Pignatta e Silva, Mauri Resende Vargas e Rosária Ono. - Rio de Janeiro: IABr/CBCA, 2010.

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