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Aula 02 Curso: Português p/ TCE-BA (Analista e Agente) Professor: Fabiano Sales 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 64 Aula 02 Olá, estimados alunos e futuros servidores do TCE-BA! Hoje, na aula 02, do curso de teoria e de questões comentadas, apresentarei dois temas muito recorrentes nas provas da Fundação Getúlio Vargas: VERBOS e PRONOMES. Para refletir: "Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si mesmo." (Ayrton Senna) Venham comigo! 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 64 ESTRUTURA VERBAL Inicialmente, apresento a vocês a estrutura que compõe os verbos, uma vez que será através dela que identificaremos a conjugação e o sentido no texto. Em regra, o verbo é formado por três elementos: radical, vogal temática e desinências. � RADICAL Por radical devemos entender o elemento que apresenta o significado da palavra. Em se tratando de formas verbais, o radical é obtido a partir de sua forma infinitiva (o “nome” do verbo), suprimindo as terminações -AR, -ER ou -IR: Cantar � Cant- (radical) Vender � Vend- (radical) Partir � Part- (radical) � VOGAL TEMÁTICA É o elemento que prepara o radical para o recebimento das desinências. É através da vogal temática que se identifica a conjugação a que o verbo pertence. Cantar � -a- (1ª conjugação) Vender � -e- (2ª conjugação) Partir � -i- (3ª conjugação) E a que conjugação pertence o verbo pôr ? Meus amigos, esse verbo (e os derivados compor, decompor, supor etc.) pertence à 2ª conjugação, uma vez que apresenta -e- como vogal temática, devido à sua origem da forma latina ponere. Notem que, em algumas pessoas verbais, a vogal temática -e- aparece ao longo da conjugação. Exemplo: Presente do indicativo Eu ponho / Tu pões / Ele põe / Nós pomos / Vós pondes / Eles põem � TEMA Através da união entre radical e vogal temática temos o que se chama tema. Fala (tema) � fal- (radical) + -a (vogal temática) Vende (tema) � vend- (radical) + -e (vogal temática) Parti (tema) � part- (radical) + -i (vogal temática) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 64 Aqui chamo a atenção de vocês para as desinências, pois é a partir delas que perceberemos as flexões verbais. As desinências subdividem-se em: � modo-temporais – indicam o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e o tempo verbal (presente, passado e futuro); e � número-pessoais – indicam o número (singular e plural) e a pessoa do discurso (1ª, 2ª e 3ª). Exemplos: Cant a va s radical vogal DMT DNP temática CANT- : radical – apresenta o significado da palavra. -A- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 1ª conjugação. -VA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito imperfeito do indicativo. -S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa do singular. Vend e re mos radical vogal DMT DNP temática VEND- : radical – apresenta o significado da palavra. -E- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 2ª conjugação. -RE- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no futuro do presente do indicativo. -MOS : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 1ª pessoa do plural. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 64 Part i ra s radical vogal DMT DNP temática PART- : radical – apresenta o significado da palavra. -I- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 3ª conjugação. -RA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo. -S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa do singular. A seguir, apresentarei a vocês o paradigma das desinências modo- -temporais e número-pessoais. DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS Modo Tempo 1ª Conjugação Exemplo 2ª e 3ª Conjugações Exemplo Presente ø (zero) falo ø (zero) vendo, parto Pretérito perfeito ø (zero) falei ø (zero) vendi, parti Pretérito imperfeito -va (-ve) falava, faláveis -ia (-íe) vendia, vendíeis; partia, partíeis Pretérito mais-que- -perfeito -ra (-re) átono falara, faláreis -ra (-re) átono vendera, vendêreis; partira, partíreis Futuro do presente -ra (-re) tônico falará, falareis -ra (-re) tônico venderá, vendereis; partirá, partireis Indicativo Futuro do pretérito -ria (-ríe) falaria, falaríeis -ria (-ríe) venderia, venderíeis; partiria, partiríeis Presente -e fale, faleis -a venda, parta Pretérito imperfeito -sse falasse, falasses -sse vendesse, partisse Subjuntivo Futuro -r falar, falares -r vender, partir 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 64 DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS Modo Tempo 1ª Conjugação Exemplo 2ª e 3ª Conjugações Exemplo Afirmativo -e fale, falemos -a vendam, partam Imperativo Negativo -e não fale, não falemos -a não vendam, não partam Infinitivo Pessoal -r falar, falares -r vendermos, partirmos DESINÊNCIAS NÚMERO-PESSOAIS � 1ª pessoa do singular -o (no Presente do indicativo): falo, vendo, parto. -i (no Pretérito perfeito e no Futuro do presente do indicativo): falei, vendi, parti; falarei. Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse. � 2ª pessoa do singular -s (em todos os tempos, exceto no Imperativo afirmativo): falas, vendes, partes; falarás. -ste (no Pretérito perfeito do indicativo): falaste, vendeste, partiste. Ø (no Imperativo afirmativo): fala (tu), vende (tu), parte (tu). � 3ª pessoa do singular -u (Pretérito perfeito do indicativo): falou, vendeu, partiu. Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse. � 1ª pessoa do plural -mos: falamos, vendemos, partimos. � 2ª pessoa do plural -stes (no Pretérito perfeito do indicativo): falastes, vendestes, partistes. -des (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): falardes, venderdes, partirdes. -i (no Imperativo afirmativo): falai (vós), vendei (vós), parti (vós). -is (nos demais tempos e modos): falais, vendeis,partis. -des(no Presente do indicativo dos verbos irregulares ter, vir, pôr, ver, rir, ir): vindes, ides. � 3ª pessoa do plural -ram (Pretérito perfeito do indicativo): cantaram, venderam, partiram. -o (no Futuro do presente do indicativo): cantarão, venderão, partirão. -em (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): cantarem, venderem, partirem. -m (nos demais tempos e modos): cantam, vendem, partem; cantavam, vendiam, partiam. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 64 1. (FGV-2006/MEC) Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos mórficos do vocábulo deixasse. (A) deix- = radical (B) -e = desinência número-pessoal (C) -a = vogal temática verbal (D) deixa = tema (E) -sse = desinência modo-temporal Comentário: A forma verbal “deixasse” é composta pelos seguintes elementos mórficos: deix- = radical (obtido a partir da extração de “-AR”, da forma infinitiva “deixar”) -a = vogal temática verbal de 1ª conjugação -sse = desinência modo-temporal (indica que o verbo está flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo) Notem que a forma “deixasse”, fora de contexto, pode referir-se tanto à primeira (eu) quanto à terceira (ele) pessoas do singular, sendo a desinência número-pessoal igual ao morfema ø (zero). Logo, a letra B é o gabarito da questão. Gabarito: B. MODOS E TEMPOS VERBAIS Modo verbal apresenta a relação existente entre o falante e o fato expresso pela ação verbal. Os modos verbais são indicativo, subjuntivo e imperativo. Modo indicativo – transmite a ideia de fatos certos, reais. Exemplo: Nós estudamos para o concurso. Modo subjuntivo – transmite a ideia de fatos duvidosos, possíveis, hipotéticos. Exemplo: É provável que estudemos para o concurso. Modo imperativo – transmite a ideia de ordem, pedido, desejo. Exemplo: Estudem para o concurso. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 64 EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS � Indicativo O presente é empregado para: - denotar um fato atual, ou seja, que acontece no momento em que se fala. É denominado presente atual. Exemplo: Enquanto falo, você estuda. - denotar verdades permanentes. É denominado presente universal. Exemplos: O homem é mortal. - denotar uma ação habitual, frequente. É denominado presente frequentativo. Exemplo: Estudamos muito. - proporcionar vivacidade a fatos ocorridos no passado. Denomina-se presente histórico. Exemplo: 1994: Romário dribla a pobreza, o preconceito e as regras e se torna o rei da Copa. - denotar uma ação futura, contudo próxima. Exemplo: Amanhã vou ao jogo do Vasco. O pretérito perfeito apresenta a ação totalmente concluída. Exemplo: Estudei para passar nesta prova. O pretérito imperfeito é empregado para: - indicar uma ação que, no passado, ocorria com habitualidade. É denominado imperfeito frequentativo. Exemplo: Acordava, tomava banho e ia estudar. - indicar uma ação passada, porém não totalmente concluída em relação à outra. Exemplo: Quando o professor entrou, o aluno fazia a prova. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 64 - substituir o presente, com o matiz semântico de cortesia, atenuando um pedido. Exemplo: Eu queria saber se você estudou para a prova. O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada anterior à outra, também passada. Exemplo: A sessão de cinema já começara quando entramos. Dica estratégica! O pretérito mais-que-perfeito pode substituir o futuro do pretérito ou o pretérito imperfeito do subjuntivo. Exemplos: Quem me dera ficar em primeiro lugar! Não fora o fiscal de sala, teríamos passado na prova. (Não fosse o fiscal de sala...) O futuro do presente indica uma ação que ainda será realizada. Exemplo: Neste concurso, seremos aprovados. Dica estratégica! O futuro do presente do indicativo pode indicar uma verdade universal, surgindo com valor semântico de imperativo. Exemplo: Não matarás! O futuro do pretérito é empregado para: - indicar um futuro dependente de alguma condição, ou seja, pode denotar situações tomadas como hipotéticas. Exemplo: Se tivesse estudado, passaria no concurso. Dica: Segundo as lições de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa, o pretérito imperfeito do indicativo “aparece em lugar do futuro do pretérito para denotar um fato certo como consequência de outro que não ocorreu. Exemplo: Eu, se tivesse crédito na praça, pedia outro empréstimo.” 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 64 Entretanto, no padrão culto escrito, emprega-se a forma pediria, conjugada no futuro do pretérito do indicativo. Na música “Me deixa em paz”, de Airton Amorim e Monsueto, o verso “Se você não me queria, não devia me procurar “ , o pretérito imperfeito foi empregado incorretamente. Esse tempo verbal deve ser utilizado para denotar uma ação ocorrida no passado. Não se trata do caso em análise. Como há uma condição, demonstrada pelo excerto “Se você não me queria”, o correto é empregar a forma deveria, no futuro do pretérito do indicativo. Na linguagem oral, é muito comum o emprego do pretérito imperfeito do indicativo sem a indicação do passado. Exemplo: Como o trânsito está horrível hoje. Se eu viesse a pé, eu já estava lá. No exemplo acima, foi indicada uma condição – Se eu viesse a pé. Logo, deveria ser empregada a forma verbal estaria, conjugada no futuro do pretérito do indicativo. - indicar um fato (futuro) posterior em relação a outro passado. Exemplo: Elas disseram que estudariam para o concurso. - expressar polidez. Exemplo: Você poderia abrir a janela? 2. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) A respeito do quadrinho, analise a afirmativa a seguir: I. Na fala da mulher, ficaria correto substituir devia por deveria. Comentário: Na fala da mulher, foi empregada forma devia, conjugada no pretérito imperfeito do indicativo. Entretanto, notem que, no contexto, não há uma indicação de passado, e sim uma suposição, uma hipótese. Isso justifica a substituição da forma verbal devia pela forma verbal deveria, no futuro do pretérito do indicativo. Gabarito: Certa. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 64 3. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) O que está fora da sociedade seria desumano. O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para indicar: (A) mudança ocorrida no momento em que se fala. (B) açãoconduzida no passado não concluído. (C) situação tomada como hipotética. (D) advertência sobre um fato futuro. (E) fato passado de curso prolongado. Comentário: No enunciado, a forma verbal seria está conjugada no futuro do pretérito do indicativo. Conforme estudamos nas lições, esse tempo verbal pode indicar um futuro dependente de alguma condição, ou seja, pode denotar situações tomadas como hipotéticas. Gabarito: C. � Subjuntivo O presente é empregado indica um fato duvidoso ou provável. Para facilitar a conjugação, insiram o advérbio talvez. Exemplo: (Talvez) Tenha sucesso no concurso. O pretérito imperfeito indica uma concessão, através um fato hipotético. Para facilitar a conjugação, insiram a conjunção se. Exemplos: Se você estudasse mais, ficaria em primeiro lugar no concurso. “Era provável que a ocasião aparecesse.” (Machado de Assis) O futuro indica uma ação eventual. Para facilitar a conjugação, insiram a conjunção quando. Exemplo: Quando eu passar no concurso, ficarei tranquilo. � Imperativo O modo imperativo exprime ordem, pedido, desejo. O imperativo subdivide- se em: - afirmativo. Exemplo: Estudem! - negativo. Exemplo: Não estudem a poucos instantes da prova! 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 64 O modo imperativo é formado a partir dos presentes do indicativo e do subjuntivo. Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo Eu falo - Eu fale - Tu falas Fala tu Tu fales Não fales tu Ele fala Fale você Ele fale Não fale você Nós falamos Falemos nós Nós falemos Não falemos nós Vós falais Falai vós Vós faleis Não faleis vós Eles falam Falem vocês Eles falem Não falem vocês 4. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que se tenha correta transposição da fala do segundo quadrinho para o plural. (A) Adivinhas! (B) Adivinhai! (C) Adivinhais! (D) Adivinhes! (E) Adivinhem! Comentário: No segundo quadrinho, a forma verbal “adivinha” está flexionada no imperativo afirmativo: “adivinha tu”. Transpondo a fala da personagem para o plural, deverá haver a flexão para a segunda pessoa do plural “vós”: adivinhai !. Gabarito: B. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 64 5. (FGV-2011/TRE-PA) Na charge, caso a professor tratasse o aluno por tu, sua fala seria, corretamente, (A) Escrevas na lousa a palavra Ética! (B) Escrevei na lousa a palavra Ética! (C) Escreveis na lousa a palavra Ética! (D) Escrevais na lousa a palavra Ética! (E) Escreve na lousa a palavra Ética! Comentário: Na fala da professora, a forma “escreva” está flexionada na 3ª pessoa do singular “você”: escreva você. Entretanto, caso a professor tratasse o aluno por “tu” (2ª pessoa do singular), a forma correta seria “escreve”, obtida a partir do presente do indicativo, com a supressão da desinência número-pessoal -s. Gabarito: E. Além dos modos indicativo, subjuntivo e imperativo, há, ainda, as formas nominais. Mas por que a nomenclatura formas nominais se são verbos? Respondo a vocês que essa nomenclatura surgiu devido ao comportamento como nomes (substantivo, adjetivo e advérbio). As formas nominais são: Infinitivo – é a forma como se designam os verbos, ou seja, é o próprio “nome” do verbo. Termina em “-r” (falar, vender, partir). E quando o infinitivo se comporta como nome? Nos seguintes exemplos: Recordar é viver. (= A recordação é vida.) Sorrir é alegria. (= Sorriso é alegria.) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 64 Gerúndio – indica um processo prolongado ou incompleto. Termina em “-ndo”. Aparece em locuções verbais e em orações reduzidas. Exemplo: Estamos estudando. (locução verbal � equivale a “Estudamos”.) Estudando, passaremos no concurso. (oração subordinada adverbial condicional reduzida de gerúndio � equivale a “Se estudarmos, passaremos no concurso”.) Dica estratégica! O gerúndio: - equivale a um advérbio. Exemplo: O homem caminhava cantando. (o modo como caminhava) - pode ter valor adjetivo. Exemplo: Crianças sorrindo. (= Crianças sorridentes.) Particípio – termina em “-do”. Pode ser empregado em tempos compostos, na voz passiva, em orações reduzidas e sob a forma de adjetivos. Exemplos: Ele tem passado em muitos concursos. (pretérito perfeito composto do subjuntivo) Até a prova, terei estudado muito. (futuro do presente composto do indicativo) O aluno foi aprovado pela banca examinadora. (locução verbal de voz passiva) Aprovado o aluno, tomou posse no cargo. (oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio) Este aluno está aprovado. (adjetivo) Dica estratégica! O particípio pode referir-se a fatos presentes, passados ou futuros. Exemplos: Terminada a prova, vamos para casa. (presente) Terminada a prova, fomos para casa. (passado) Terminada a prova, iremos para casa. (futuro) Uma curiosidade: no gerúndio e no particípio, o verbo “vir” apresenta a mesma forma: “vindo”. Para fazer a diferenciação, substituam o verbo “vir” pelo verbo “ir”: se, como resultado, aparecer “-ido”, a forma verbal estará no particípio; por outro lado, se aparecer “-indo”, o verbo estará no gerúndio. Exemplos: Assim que o professor chegou, a diretora já tinha vindo. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 64 No exemplo acima, notem que cabe apenas a substituição da forma “vindo” por “ido”: Assim que o professor chegou, a diretora já tinha ido. Logo, “vindo” está no particípio. A diretora já está vindo. Em “A diretora já está vindo.”, a forma verbal em destaque pode ser substituída apenas por “indo”: A diretora já está indo. Logo, “vindo” está no gerúndio. 6. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais necessidades.” A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir. I. No período, há somente um verbo em forma nominal. Comentário: No período “A política do Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais necessidades.”, há dois verbos empregados em forma nominal: “evoluído”, no particípio, compondo o pretérito perfeito composto do indicativo, e “encontrar”, no infinitivo. Gabarito: Errada. TEMPOS COMPOSTOS As formas verbais compostas são formadas por meio da seguinte estrutura: Ter ou Haver + Particípio (verbo auxiliar) (verbo principal) Na Língua Portuguesa, os tempos compostos são: � MODO INDICATIVO a) Pretérito perfeito � (presente do indicativo + particípio) - traduz um fato cujo início se deu no passado, mas que se repete até o momento presente.Exemplos: Cidadezinha que não tem cabido no mapa. (= Cidadezinha que não coube no mapa.) O papel da polícia tem sido o de impor o medo. b) Pretérito mais-que-perfeito � (pretérito imperfeito do indicativo + particípio) – traduz um evento passado anterior a outro, também passado. Exemplos: Apesar do vultoso investimento feito pelo governo, eu nunca tinha visto uma seca tão severa no Nordeste. “A essa altura eu já tinha pegado a segunda de uma figueira ...” Quando cheguei, ele já tinha saído. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 64 O pretérito mais-que-perfeito composto é o único que apresenta o mesmo valor semântico de sua forma simples. Portanto, ambas as estruturas se equivalem. Exemplos: Apesar do vultoso investimento feito pelo governo, eu nunca vira uma seca tão severa no Nordeste. “A essa altura eu já pegara a segunda de uma figueira ...” Quando cheguei, ele já saíra. c) Futuro do presente � (futuro do presente do indicativo + particípio) - traduz um fato futuro em relação ao momento do texto, porém anterior a outro evento. Exemplo: Quando você chegar, eu já terei concluído o relatório. d) Futuro do pretérito � (futuro do pretérito do indicativo + particípio) - traduz um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a determinado fato passado. Exemplo: Se dependesse de mim, teria vetado o repasse das verbas. � MODO SUBJUNTIVO a) Pretérito perfeito � (presente do subjuntivo + particípio) - traduz um fato totalmente terminado num momento passado. Exemplo: Basta que ele tenha existido. Nunca ouvi dizer que uma dessas trocas tenham obtido resultados aproveitáveis. b) Pretérito mais-que-perfeito � (imperfeito do subjuntivo + particípio) - traduz um evento passado anterior a outro, também passado. Exemplos: Esperávamos que ela já tivesse chegado. Desejaria que ela já tivesse chegado. c) Futuro � (futuro do subjuntivo + particípio) - traduz um fato posterior ao momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Exemplo: Comemoraremos quando tiveres passado. � FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS a) Infinitivo (infinitivo + particípio). Exemplo: Ter feito os exercícios foi o diferencial. b) Gerúndio (gerúndio + particípio). Exemplo: Tendo estudado as disciplinas, passei no concurso. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 64 7. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Ao dizer que o papel da polícia tem sido o de impor o medo, o autor do texto, com o emprego do tempo verbal sublinhado, mostra que essa ação: (A) se repete ultimamente. (B) só existiu no passado. (C) só vai existir no futuro. (D) começou no presente e se prolonga no futuro. (E) depende de uma condição anterior. Comentário: No enunciado, a estrutura tem sido (presente do indicativo + particípio) compõe o pretérito perfeito composto do indicativo. Conforme vimos nas lições, este tempo verbal traduz um fato cujo início se deu no passado, mas que se repete até o momento presente. Portanto, a letra A é o gabarito da questão. Gabarito: A. 8. “Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheiro nos mercados.” Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no trecho acima, sem prejuízo gramatical ou semântico. (A) tivera visto (B) tinha visto (C) viu (D) via (E) tem visto Comentário: No trecho “Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheiro nos mercados.”, a forma destacada pode está flexionada no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. Essa forma verbal pode ser substituída pela estrutura tinha visto (pretérito imperfeito do indicativo + particípio), originando o pretérito mais-que- -perfeito composto do indicativo. Gabarito: B 9. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais necessidades.” A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir. I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito. Comentário: No enunciado, a estrutura tem evoluído é formada pelo “presente do indicativo + particípio”, equivalente ao pretérito perfeito composto do indicativo. Portanto, a afirmativa está correta. Gabarito: Certa. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 64 CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes. a) Regulares – mantêm o paradigma (modelo) do radical e das desinências no decorrer da conjugação. Exemplos: Falar: eu falo, tu falas, ele fala, nós falamos, vós falais, eles falam. Correr: eu corro, tu corres, ele corre, nós corremos, vós correis, eles correm. Partir: eu parto, tu partes, ele parte, nós partimos, vós partis, eles partem. Dica estratégica! Como saber se um verbo é regular? É simples! Há dois tempos verbais que nos mostram se o verbo é regular ou não: presente do indicativo e pretérito perfeito do indicativo. Se, nessas conjugações, a forma verbal mantiver o paradigma (modelo) de conjugação, será regular. Exemplo: COMER (verbo de 2ª conjugação) Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo eu como eu comi tu comes tu comeste ele come ele comeu nós comemos nós comemos vós comeis vós comestes eles comem eles comeram Em regra, as formas verbais terminadas em -iar são regulares. Exemplo: ARRIAR (abaixar-se) - eu arrio, tu arrias, ele arria, nós arriamos, vós arriais, eles arriam. Por que eu disse “em regra”, acima? Porque algumas formas verbais terminadas em -iar são irregulares. São elas: mediar (além do derivado intermediar), ansiar, remediar, incendiar e odiar. E o que isso significa? Meus amigos, por serem irregulares, os verbos acima receberão a vogal E nas formas rizotônicas (rizo = raiz + tônica = sílaba forte), ou seja, rizotônica é a forma cuja sílaba tônica recai no radical do verbo. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 64 As formas rizotônicas ocorrem na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular (“eu”, “tu”, “ele”) e na 3ª pessoa do plural (“eles”): eu medeio, tu medeias, ele medeia, eles medeiam. E existe possibilidade de a sílaba tônica recair fora do radical do verbo? Sim, claro! São as chamadas formas arrizotônicas, aquelas cuja sílaba tônica recai fora do radical. Ocorrem na 1ª e 2ª pessoas do plural: “nós” e “vós”. E isso traz alguma implicação? Perfeitamente! Vimos que as formas rizotônicas dos verbos acima assinalados (mediar – e derivados –, ansiar, remediar, incendiar e odiar) receberão a vogal E, o que NÃO ocorre nas formas arrizotônicas. Dessa forma, é errado fazer a flexão “nós medeiamos”, “vós medeiais”, por exemplo. Por serem formas arrizotônicas, o correto é “nós mediamos”,“vós mediais”. b) Irregulares – apresentam variação no paradigma (modelo) do radical e/ou das desinências. Exemplos: Fazer: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem. Ouvir: eu ouço, tu ouves, ele ouve, nós ouvimos, vós ouvis, eles ouvem. Dica estratégica! Como saber se um verbo é irregular? É simples! Há dois tempos verbais que nos mostram a regularidade ou não de um verbo: presente do indicativo e pretérito perfeito do indicativo. Se, nessas conjugações, a forma verbal apresentar variações no paradigma (modelo), será irregular. Exemplo: CABER (verbo de 2ª conjugação) Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo eu caibo eu coube tu cabes tu coubeste ele cabe ele coube nós cabemos nós coubemos vós cabeis vós coubestes eles cabem eles couberam Os verbos terminados em -ear são irregulares. E o que isso significa? Significa que essas formas verbais receberão a vogal i nas formas rizotônicas (“eu”, “tu”, “ele” e “eles”), mas não nas arrizotônicas (“nós” e “vós”). Exemplo: ARREAR (pôr arreio) - eu arreio, tu arreias, ele arreia, nós arreamos, vós arreais, eles arreiam. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 64 Viram que os verbos arriar e arrear são diferentes? Geralmente, aparecem em provas. Portanto, muita atenção! Segundo as lições de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa, 37ª edição, pág. 226, “não entram no rol dos verbos irregulares aqueles que, para conservar a pronúncia, têm de sofrer variação de grafia”. Em outras palavras, como não há alteração fonética, o verbo não é irregular. Exemplos: carrega – carregue – carreguei – carregues; ficar – fico – fiquei – fique. c) Anômalos – para facilitar a vida de vocês (rs...), são apenas dois: ser e ir. � SER Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo eu fui eu era tu foste tu eras ele foi ele era nós fomos nós éramos vós fostes vós éreis eles foram eles eram � IR Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo eu fui eu ia tu foste tu ias ele foi ele ia nós fomos nós íamos vós fostes vós íeis eles foram eles iam Perceberam que os verbos ser e ir apresentam a mesma conjugação no pretérito perfeito do indicativo? Sendo assim, somente poderemos identificar o verbo que está sendo empregado ao visualizar o contexto. A semelhança de formas ocorre, também, nos seguintes tempos verbais: pretérito mais-que-perfeito do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo. d) Defectivos – são verbos que, em sua conjugação, não apresentam todas as formas (tempos, modos e pessoas). É na 3ª conjugação que se encontra a maioria dos verbos defectivos. De onde provém o defeito verbal? Futuros servidores do TCE-BA, o defeito verbal sempre se refere ao tempo presente, ou seja, nunca ao passado ou ao futuro. Em outras palavras, quando nos referirmos a defeito verbal, deveremos 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 64 fazer essa relação com o presente do indicativo, presente do subjuntivo e imperativo, sendo estes dois últimos derivados do primeiro (presente do indicativo). O defeito verbal deve-se: - à ausência da 1ª pessoa do singular no presente do indicativo. E qual a consequência desse defeito? Consequentemente, o verbo não é conjugado no presente do subjuntivo e no imperativo negativo. No imperativo afirmativo, só apresentam as segundas pessoas do singular e plural, pois estas provêm das respectivas pessoas do presente do indicativo. Exemplos: abolir, banir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, feder, fremer (ou fremir), explodir, haurir, viger etc. - à conjugação apenas na 1ª e 2ª pessoas do plural (formas arrizotônicas – “nós” e “vós”) no presente do indicativo. E qual a consequência desse defeito? Os verbos não apresentam o presente do subjuntivo e, por consequência, o imperativo negativo. Além disso, o imperativo afirmativo só terá a 2ª pessoa do plural (lembrem-se da formação do imperativo!). Exemplos: PRECAVER Presente do indicativo Imperativo afirmativo nós precavemos – vós precaveis precavei vós REAVER Presente do indicativo Imperativo afirmativo nós reavemos – vós reaveis reavei vós Nos demais tempos e modos, os verbos são conjugados normalmente. REAVER Pretérito perfeito do indicativo Futuro do subjuntivo eu reouve (quando) eu reouver tu reouveste (quando) tu reouveres ele reouve (quando) ele reouver nós reouvemos (quando) nós reouvermos vós reouvestes (quando) vós reouverdes eles reouveram (quando) eles reouverem 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 64 e) Abundantes – são verbos que apresentam mais de uma forma de igual valor e função. Exemplo: Presente do indicativo nós havemos (ou hemos) vós haveis (ou heis) Imperativo afirmativo faz (ou faze) tu Normalmente, esta abundância de forma ocorre no particípio. Infinitivo impessoal Particípio regular Particípio irregular aceitar aceitado aceito acender acendido aceso assentar assentado assento benzer benzido bento desenvolver desenvolvido desenvolto eleger elegido eleito emergir emergido emerso entregar entregado entregue enxugar enxugado enxuto expressar expressado expresso exprimir exprimido expresso extinguir extinguido extinto expulsar expulsado expulso frigir frigido frito ganhar ganhado ganho gastar gastado gasto imergir imergido imerso imprimir imprimido impresso inserir inserido inserto isentar isentado isento matar matado morto omitir omitido omisso pagar pagado pago pegar pegado pego prender prendido preso revolver revolvido revolto salvar salvado salvo soltar soltado solto submergir submergido submerso suspender suspendido suspenso tingir tingido tinto 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 64 Em geral, empregamos o particípio regular, que fica invariável, com os verbos auxiliares ter e haver, formando os tempos compostos. Exemplo: Eles têm aceitado os documentos. (têm aceitado = pretérito perfeito composto do indicativo) Na voz passiva, empregamos, em geral, o particípio irregular, que se flexiona em gênero e número, com os verbos auxiliares ser, estar e ficar, formando a locução verbal de voz passiva. Exemplo: Os documentos têm sido aceitos por eles. (têm sido aceitos = locução verbal de voz passiva) ALGUMAS PARTICULARIDADES Algunsaspectos costumam figurar nas questões da Fundação Getúlio Vargas, quais sejam: � Acento diferencial de número Presente do Indicativo Ter Conter Reter Entreter-se singular ele tem ele contém ele retém ele se entretém plural eles têm eles contêm eles retêm eles se entretêm Vir Convir Provir Intervir singular ele vem ele convém ele provém ele intervém plural eles vêm eles convêm eles provêm eles intervêm � Verbo primitivo e flexão de seus derivados Notem que os verbos derivados seguirão o paradigma dos respectivos verbos primitivos. TER: eu tive, ele teve, eles tiveram, quando eu tiver, se ele tivesse ... Abster-se ���� eu me abstive, ele se absteve, eles se abstiveram, quando eu me abstiver, se ele se abstivesse ... Conter ���� eu contive, ele conteve, eles contiveram, quando eu contiver, se ele contivesse ... Deter ���� eu detive, ele deteve, eles detiveram, quando eu detiver, se ele detivesse ... Entreter-se ���� eu me entretive, ele se entreteve, eles se entretiveram, quando eu me entretiver, se ele se entretivesse ... Manter ���� eu mantive, ele manteve, eles mantiveram, quando eu mantiver, se ele mantivesse.. Obter ���� eu obtive, ele obteve, eles obtiveram, quando eu obtiver, se ele obtivesse ... Reter ���� eu retive, ele reteve, eles retiveram, quando eu retiver, se ele retivesse ... 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 64 VIR: eu vim, ele veio, eles vieram, quando eu vier, se ele viesse ... Advir ���� eu advim, ele adveio, eles advieram, quando eu advier, se ele adviesse ... Convir ���� eu convim, ele conveio, eles convieram, quando eu convier, se ele conviesse ... Desavir-se ���� eu me desavim, ele se desaveio, eles se desavieram, quando eu me desavier, se ele se desaviesse ... Intervir ���� eu intervim, ele interveio, eles intervieram, quando eu intervier, se ele interviesse ... Provir ���� eu provim, ele proveio, eles provieram, quando eu provier, se ele proviesse ... Sobrevir ���� eu sobrevim, ele sobreveio, eles sobrevieram, quando eu sobrevier, se ele sobreviesse ... VER: eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse ... Antever ���� eu antevi, ele anteviu, eles anteviram, quando eu antevir, se ele antevisse ... Entrever ���� eu entrevi, ele entreviu, eles entreviram, quando eu entrevir, se ele entrevisse ... Prever ���� eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ... Rever ���� eu revi, ele reviu, eles reviram, quando eu revir, se ele revisse ... É muito parecida a conjugação dos verbos vir e ver no futuro do subjuntivo. Notem, porém, que as formas verbais não se confundem: Futuro do subjuntivo (utilizem a conjunção “quando” para facilitar a conjugação) VER ≠ VIR (Quando) eu vir vier (Quando) tu vires vieres (Quando) ele vir vier (Quando) nós virmos viermos (Quando) vós virdes vierdes (Quando) eles virem vierem � Verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER Os verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER têm, na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, a desinência “i”: Presente do Indicativo -UIR ���� ele constitui (de constituir) / atribui (de atribuir) / conclui (de concluir) -AIR ���� ele extrai (de extrair) / retrai (de retrair) / distrai (de distrair) -OER ���� ele rói (de roer) / mói (de moer) / remói (de remoer) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 64 � Falsos Derivados Existem dois verbos bastante perigosos: requerer e prover. a) Os verbos querer e requerer apresentam muitas diferenças em suas conjugações. Presente do indicativo Pretérito mais-que-perfeito Querer Requerer Querer Requerer quero requeiro quisera requerera queres requeres quiseras requereras quer requer quisera requerera queremos requeremos quiséramos requerêramos quereis requereis quiséreis requerêreis querem requerem quiseram requereram Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo Querer Requerer Querer Requerer quis requeri quisesse requeresse quiseste requereste quisesses requeresses quis requereu quisesse requeresse quisemos requeremos quiséssemos requerêssemos quisestes requerestes quisésseis requerêsseis quiseram requereram quisessem requeressem b) Os verbos ver e prover também apresentam muitas diferenças em suas conjugações. Presente do indicativo Presente do subjuntivo Ver Prover Ver Prover vejo provejo veja proveja vês provês vejas provejas vê provê veja proveja vemos provemos vejamos provejamos vedes provedes vejais provejais veem proveem vejam provejam 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 64 Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo Ver Prover Ver Prover vi provi visse provesse viste proveste visses provesses viu proveu visse provesse vimos provemos víssemos provêssemos vistes provestes vísseis provêsseis viram proveram vissem provessem Locução verbal – podemos defini-la como o conjunto de dois ou mais verbos que formam uma unidade. A estrutura da perífrase (ou locução) verbal é formada por um verbo principal (sempre o último, o qual determina a transitividade) e por verbo(s) auxiliar(es), em que poderá ocorrer ou não flexão. Exemplos: O candidato só poderá sair sessenta minutos após o início da prova. Temos estudado com dedicação para a prova. Infelizmente, costuma haver confrontos entre torcidas nos clássicos de futebol. 10. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) “Se interviessem, implodiriam as contas públicas”. Assinale a alternativa que apresente erro em uma das formas verbais. (A) Se o comando reouvesse o prestígio, os criminosos desistiriam. (B) Se os policiais requisessem maiores salários, tudo se arrumaria. (C) Se os criminosos se acovardassem, a polícia os deteria. (D) Se os jornais proviessem de fora, as notícias entreteriam mais. (E) Se as autoridades quisessem, nada disso se faria. Comentário: O erro é encontradona assertiva B. É preciso ter muita atenção aos falsos derivados “querer” e “requerer”. Na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do subjuntivo, o verbo “querer” apresenta a seguinte forma: “quisessem”. Entretanto, o verbo “requerer”, quando flexionado na mesma pessoa e tempo verbal, apresenta-se sob a forma “requeressem”. Logo, a forma “requisessem” não existe. Gabarito: B. 11. (FGV-2006/ICMS-MS) “O que você quer?” Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e futuro do pretérito do indicativo, obtém-se: (A) O que vós quererias ? (B) O que vós quiserdes ? (C) O que vós queríeis ? (D) O que vós quereríeis ? (E) O que vós querereis ? 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 64 Comentário: No futuro do pretérito do indicativo, o verbo “querer” apresenta a seguinte conjugação: eu quereria, tu quererias, ele quereria, nós quereríamos, vós quereríeis, ele quereriam. Logo, a forma correta é “vós quereríeis”. Gabarito: D. 12. (FGV-2008/SEFAZ-RJ) Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura da segunda oração do trecho “colocando-se a possibilidade de as gerações presentes virem a exauri-los” provocou correta mudança da forma do verbo vir. (A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a exauri-los. (B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a exauri-los. (C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a exauri-los. (D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a exauri-los. (E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a exauri-los. Comentário: O verbo “vir” foi corretamente alterado na assertiva B. No período, a forma verbal “venham” está conjugada na terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo (que eu venha, que tu venhas, que ele venha, que nós venhamos, que vós venhais, que eles venham). Gabarito: B. 13. (FGV-2008/Prefeitura de Campinas) “Apalavra ‘bárbaro’ provém do grego antigo e significa ‘não grego’.” Assinale a alternativa em que não se tenha flexão correta do verbo destacado no trecho acima. (A) provêm (B) proveio (C) provieste (D) provisse (E) provimos Comentário: Vamos analisar as opções. A) O verbo “provir” é derivado do verbo “vir”. Percebam que “provêm” é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo: eu provenho, tu provéns, ele provém ... . Logo, a flexão está correta. B) O verbo está corretamente flexionado na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: eu provim, tu provieste, ele proveio. (C) A flexão está correta, uma vez que “provieste” representa a segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. (D) Esta é a resposta da questão. Já que “provir” é derivado do verbo “vir”, seguindo o paradigma (modelo) deste último, o correto seria “proviesse”. (E) A forma “provimos” está flexionada na primeira pessoa do plural do presente do indicativo. Logo, a flexão está correta. Gabarito: D. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 64 VOZES VERBAIS Outro assunto que sempre se faz presente nas provas da Fundação Getúlio Vargas são as vozes verbais. De acordo com o sujeito, as vozes verbais tripartem- -se em ativa, passiva e reflexiva. a) Ativa – ocorre quando a ação verbal for praticada pelo sujeito do verbo. Exemplo: O funcionário vendeu o carro. No exemplo acima, o sujeito o funcionário praticou a ação de vender. Logo, é agente. b) Passiva – ocorre quando a ação verbal for sofrida pelo sujeito do verbo. Exemplos: O carro foi vendido pelo funcionário. No exemplo acima, o sujeito o carro não exerce a ação de vender, é o elemento paciente. A voz passiva subdivide-se em: a) Analítica – formada pela estrutura: verbo(s) auxiliar(es) + verbo principal no PARTICÍPIO locução verbal de voz passiva. Exemplo: O carro foi vendido pelo funcionário. loc. verbal de voz passiva No exemplo acima, o carro sofre a ação de ser vendido. Temos, então, a voz passiva analítica, obtida com a locução verbal de voz passiva foi vendido. b) Sintética – sempre ocorrerá com a estrutura a seguir: VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE (partícula apassivadora) Exemplos: Vendeu-se o carro. VTD pron. apassivador 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 64 No exemplo acima, o sujeito o carro sofre a ação de ser vendido. Logo, é sujeito paciente. Na voz passiva sintética, a intenção é omitir o agente da passiva, o componente que exerce a ação. Venderam-se os carros. VTD pron. apassivador Notem que, no exemplo acima, a forma verbal venderam concorda, obrigatoriamente, em número plural com o sujeito paciente os carros. Equivale dizer que os carros foram vendidos. Exemplo: Venderam os carros. objeto direto (sujeito indeterminado) No exemplo acima, o sujeito é indeterminado. A forma verbal venderam é transitiva direta, razão pela qual o elemento os carros é objeto direto. Exemplo: Venderam-se os carros. sujeito Com o acréscimo da partícula apassivadora SE, o termo que antes desempenhava a função de objeto direto passará a desempenhar a função de sujeito. Sendo, assim, a concordância do verbo com este elemento é obrigatória. Como o núcleo do sujeito os carros está no plural, o verbo vender também foi flexionado nesse número (plural). A TRANSPOSIÇÃO DE VOZ VERBAL � Da ativa para passiva: 1º) o objeto direto da ativa torna-se sujeito da passiva; 2º) o tempo verbal da voz ativa permanece inalterado na voz passiva; 3º) o sujeito da ativa torna-se agente da passiva. Vejam a transposição: 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 64 O funcionário vendeu o carro. sujeito VTD OD O carro foi vendido pelo funcionário. sujeito loc. verbal de agente da passiva voz passiva Uma dica que ajuda a eliminar muitas opções é a seguinte: a voz ativa sempre terá um verbo a menos do que a voz passiva analítica. Exemplo: Voz ativa: O funcionário vendeu o carro. (um verbo) Voz passiva: O carro foi vendido pelo funcionário. (dois verbos) Dica estratégica! � A transposição de voz verbal (da ativa para a passiva) somente será possível quando o verbo da ativa assumir transitividade direta (VTD) ou transitividade direta e indireta (VTDI). Exemplo: Voz ativa: O funcionário vendeu o carro.sujeito VTD objeto direto Voz passiva: O carro foi vendido pelo funcionário. sujeito loc. verbal de agente da passiva voz passiva Voz ativa: O rapaz deu flores à esposa. sujeito VTDI OD OI Voz passiva: As flores foram dadas pelo rapaz à esposa. sujeito loc. verbal de agente da passiva OI voz passiva Entretanto, se, na voz ativa, houver objeto direto preposicionado, não haverá a transposição de voz verbal. Nessa hipótese, a partícula SE será denominada índice de indeterminação do sujeito, levando o verbo à terceira pessoa do singular. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 64 Exemplo: Louva-se a Deus. � sujeito indeterminado VTD objeto direto preposicionado Índice de indeterminação do sujeito Igualmente será vedada a transposição de voz verbal com verbos cuja transitividade seja indireta (VTI), intransitiva (VI) ou de ligação (VL). Nesses casos, a partícula SE também será denominada índice de indeterminação do sujeito, levando o verbo à terceira pessoa do singular. Exemplos: Precisa-se de empregados. � sujeito indeterminado VTI objeto indireto Índice de indeterminação do sujeito Morre-se de tédio nos Alpes. � sujeito indeterminado VI adj. adv. adj. adv. de causa de lugar Índice de indeterminação do sujeito No Rio de Janeiro, é-se feliz. � sujeito indeterminado adjunto adverbial predicativo de lugar do sujeito VL Índice de indeterminação do sujeito � Da passiva para a ativa 1º) o agente da passiva torna-se sujeito da ativa; 2º) o tempo verbal da voz passiva permanece inalterado na voz ativa; 3º) o sujeito da passiva torna-se objeto direto da ativa. Vejam a transposição: 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 64 O carro foi vendido pelo funcionário. sujeito loc. verbal de agente da passiva voz passiva O funcionário vendeu o carro. sujeito VTD OD Uma dica que ajuda a eliminar muitas opções é a seguinte: a voz passiva analítica sempre terá um verbo a mais do que a voz ativa. Exemplo: Voz passiva: O carro foi vendido pelo funcionário. (dois verbos) Voz ativa: O funcionário vendeu o carro (um verbo) c) Reflexiva – ocorre quando a ação verbal é, ao mesmo tempo, pratica e sofrida pelo sujeito do verbo. Exemplo: Roberto feriu-se com a faca. (O sujeito “Roberto”, concomitantemente, pratica e sofre a ação de “ferir-se”) Na voz reflexiva, a forma verbal vem acompanhada do pronome reflexivo SE (equivalente à expressão a si mesmo), o qual será objeto do verbo: É o que ocorre em “Roberto feriu-se (= a si mesmo) com a faca”. pronome reflexivo 14. (FGV-2008/TCM-PA-Adaptada) Analise a afirmativa a seguir. I. A frase “A cada dia difundem-se notícias sobre novas quebras” está na voz passiva. Comentário: No período “(...) difundem-se notícias sobre novas quebras”, o trecho em destaque caracteriza a voz passiva sintética, formada pelo verbo transitivo direto difundir, seguido da partícula apassivadora se. Logo, o termo “notícias” é o sujeito paciente, razão pela qual a forma difundem-se concordou corretamente no plural. Gabarito: Certa. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 64 15. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a estrutura não esteja na voz passiva. (A) o seu sentido não pode ser fixado. (B) se dizia que era o texto. (C) a disputa pelo seu sentido possa se fazer. (D) mais se afirmava a supremacia da Carta de 1988. (E) Ele só se torna efetivo. Comentário: Conforme estudamos nas lições, a voz passiva pode ser analítica ou sintética. Feitas as considerações, analisemos as assertivas. A) O trecho “o seu sentido não pode ser fixado” está na voz passiva, pois o sujeito “seu sentido” sofre a ação de “ser fixado”. Notem, também, que há a locução verbal de voz passiva, formada pela estrutura SER + PARTICÍPIO (ser fixado). B) O período “se dizia que era o texto” pode ser transformado em voz passiva analítica, apresentando a seguinte estrutura: “(algo) era dito que era o texto”. Reparem que a forma “era dito” representa uma locução verbal de voz passiva (SER + PARTICÍPIO). C) O período “a disputa pelo seu sentido possa se fazer” pode ser transformado em voz passiva analítica, apresentando a seguinte estrutura: “... a disputa pelo poder possa ser feita”. Notem que, novamente, há uma locução verbal de voz passiva na estrutura “ser feita” (SER + PARTICÍPIO). D) O trecho “mais se afirmava a supremacia da Carta de 1988.” transmite e ideia de que o sujeito “a supremacia da Carta” sofre a ação de “ser afirmada”. Logo, há voz passiva. E) A forma verbal “tornar-se” é pronominal, ou seja, a partícula “se” é parte integrante do verbo. Notem, também, que o sujeito “Ele” pratica a ação. Logo, a frase está na voz ativa. Gabarito: E. 16. (FGV-2008/Senado) "A tutela dos direitos sociais (...) está devidamente resguardada (...) pelo princípio de proteção das minorias, (...) e o estabelecimento da igualdade étnica". Assinale a alternativa em que haja período na voz ativa, com adequação gramatical à norma culta, correspondente semanticamente ao trecho alterado acima. (A) O princípio de proteção das minorias e do estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais. (B) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais. (C) O princípio de proteção das minorias e de estabelecimento da igualdade étnica resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais. (D) O princípio de proteção das minorias e o de estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais. (E) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 64 Comentário: Conforme estudamos nas lições sobre vozes verbais, a transposição da passiva para a ativa ocorra da seguinte forma: 1º) o agente da passiva (o princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica) torna-se sujeito da ativa; 2º) o tempo verbal da voz passiva permanece inalteradona voz ativa (nesse caso, entretanto, será flexionado no plural, pois o sujeito da ativa será composto); 3º) o sujeito da passiva (A tutela dos direitos sociais) torna-se objeto direto da ativa. Logo, a transposição correta é “O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais”. Gabarito: B. PRONOME Pronome é a classe de palavras que serve para representar (pronome substantivo) ou acompanhar (pronome adjetivo) um substantivo, determinando-lhe a extensão do significado. Dica para memorização: Pronome Adjetivo � Acompanha o substantivo Pronome Substantivo � Substitui o substantivo Exemplos: Essa porta está trancada. (“Essa” é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo “porta”) Aquela porta, João tentou abri-la, mas não conseguiu. (“Aquela” é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo “porta”; “la” é pronome substantivo, pois substitui o substantivo “porta”: João tentou abrir a porta, mas não conseguiu.) CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES Segundo a tradição gramatical, os pronomes são classificados em pessoais (em que se incluem os pronomes de tratamento), possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. Façam uma questão sobre a identificação dos pronomes. 17. (FGV-2009/Polícia Civil-RJ) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido.” 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 64 No trecho acima há: (A) oito pronomes; (B) sete pronomes; (C) seis pronomes; (D) cinco pronomes; (E) quatro pronomes. Comentário: O trecho apresentado no enunciado contém seis pronomes, quais sejam: “toda” (pronome indefinido), “si“ (pronome pessoal do caso oblíquo), “o” (pronome pessoal do caso oblíquo), “aquilo” (pronome demonstrativo), “que” (pronome relativo) e “lhe” (pronome pessoal do caso oblíquo). Gabarito: C. PRONOMES PESSOAIS Indicam as pessoas do discurso. Dividem-se em retos e oblíquos. � Retos - são as pessoas do discurso. 1ª: eu (singular) / nós (plural) 2ª: tu (singular) / vós (plural) 3ª: ele (singular) / eles (plural) Os pronomes pessoais retos funcionam, geralmente, como sujeito da oração. Exemplos: Ontem eu estudei muito. (sujeito) Tu serás aprovado no concurso. (sujeito) Nós seremos aprovados. (sujeito) Dica estratégica! Memorizem o seguinte: os pronomes EU e TU sempre exercerão a função de sujeito. Exemplos: Eu fui ao curso ontem. Tu serás aprovado no concurso. E por que eu disse que os pronomes pessoais geralmente desempenham a função de sujeito? Porque os pronomes ELE(S)/ELA(S), NÓS, VÓS, além da função de sujeito, podem desempenhar outras funções sintáticas. Exemplos: Eles terminaram a prova há pouco. (sujeito) É necessário entregar a prova a eles. (objeto indireto) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 64 � Oblíquos – são pronomes que sempre desempenham o papel de complemento (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc). Exemplos: Não o conheço. (objeto direto) Aquela moça era essencial a ti. (complemento nominal) Por sua vez, os pronomes oblíquos subdividem-se em: Átonos – não possuem acento tônico e não são antecedidos por preposição: me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos. Exemplos: Entregue-me o documento. Ao guarda, os cidadãos devem obedecer-lhe. Importante! Os pronomes oblíquos desempenham importante papel de coesão textual. Exemplo: “Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-lhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei a alisá-los com o pente (...)” (Machado de Assis. In: Dom Casmurro) No excerto acima, verificamos que: - o pronome oblíquo “lhe” (“Peguei-lhe”) refere-se a “Capitu”, indicado uma ideia de posse (Peguei os cabelos de Capitu = Peguei os cabelos dela.) - o pronome oblíquo “os” (“colhi-os”) refere-se a cabelos; - a forma pronominal “los” (“alisá-los”) também se refere a cabelos. Fiquem atentos ao seguinte à morfossintaxe: - as formas pronominais o(s), a(s) somente desempenham a função de objeto direto. Exemplos: Não a conheço. (a = objeto direto) Vi-os ontem. (os = objeto direto) - as formas pronominais me, te, se, nos, vos podem ser usadas como objeto direto ou objeto indireto. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 64 Exemplos: O dono da festa convidou-me. (“convidar” = verbo transitivo direto; “me” = objeto direto) O professor deu-me uma explicação. (“dar” = verbo transitivo direto e indireto; “uma explicação = objeto direto; “me” = objeto indireto) - as formas me, te, lhe, nos, vos podem ser usadas em lugar dos pronomes possessivos (ideia de posse), desempenhando a função de adjunto adnominal. Exemplos: Acariciava-lhe as mãos. (Acariciava suas mãos.) Observou-nos a fisionomia. (Observou nossa fisionomia.) - a forma pronominal lhe(s) representa substantivos regidos das preposições a ou para. Exemplos: Emprestei o livro ao aluno. (= Emprestei-lhe o livro. “lhe” � objeto indireto) Emprestei o livro para o aluno. (= Emprestei-lhe o livro. “lhe” � objeto indireto) Tônicos - possuem acento tônico e são precedidos por preposição. Sempre funcionam como complementos, sendo representados por mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas. Exemplos: Entregue o documento a mim. Ao guarda, os cidadãos devem obedecer a ele. Se as formas pronominais tônicas conosco e convosco forem ampliadas pelos determinativos outros, todos, mesmos, próprios e numerais, a construção correta será com nós, com vós. Exemplos: Estás contente com nós todos. Isto aconteceu com vós próprios. Ele disse que sairia com nós dois. As formas pronominais se, si e consigo são exclusivamente reflexivas, ou seja, só podem ser usadas em relação ao próprio sujeito da oração. Exemplos: João feriu-se. Ele só pensa em si. O advogado trouxe consigo um livro. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 64 Recapitulando... Pronomes oblíquos (sempre complementos) Pessoas Pronomes retos Átonos sem preposição Tônicos com preposição 1ª Eu (sempre sujeito) me mim, comigo 2ª Tu (sempre sujeito) te ti, contigo si n gu la r 3ª Ele/Ela o, a, lhe, se ele, ela 1ª Nós nos nós, conosco 2ª Vós vos vós, convosco pl u ra l 3ª Eles/Elas os, as, lhes, se eles, elas EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS Um assunto que é de extrema relevância em concursos públicos é o emprego dos pronomes pessoais. � Eu e Tu X Mim e TiOs pronomes eu e tu, normalmente, não aparecem antecedidos por preposição. Neste caso, em regra, deveremos empregar os pronomes oblíquos mim e ti. Exemplos: Deram o doce para mim. Nada mais há entre mim e ti. Todos ficaram contra o juiz e mim. (Todos ficarão contra o juiz e (contra) mim.) Dica estratégica! Normalmente, a frase se apresenta na seguinte progressão: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO Entretanto, a banca organizadora pode tentar confundi-los. Exemplos: Para eu, estudar isso é fácil. (errado) Para mim, estudar isso é fácil. (correto) Na ordem direta, teríamos “Estudar isso é fácil para mim”. É impossível para eu ir à sua festa. (errado) É impossível para mim ir à sua festa. (correto) Na ordem direta, teríamos “Ir à sua festa é impossível para mim”. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 64 Entretanto, existem casos em que será admitido o emprego dos pronomes EU e TU após preposições. Ainda assim, desempenharão a função de sujeito. Exemplos: Deram o doce para eu comer. (eu = sujeito do verbo “comer”) Entre eu pedir e você entender há uma grande diferença. (eu = sujeito do verbo “pedir”) Chegou uma ordem para tu viajares. (tu = sujeito do verbo “viajar”) Trouxe um livro para tu leres. (tu = sujeito do verbo “ler”) Com a preposição ATÉ, indicando direção, deveremos empregar as formas oblíquas MIM e TI. Exemplos: A moça veio até mim. (em direção a mim) A moça veio até ti. (em direção a ti) Se o vocábulo ATÉ denotar inclusão (palavra denotativa de inclusão), deveremos empregar as formas EU e TU. Exemplos: Todos passarão no concurso, até eu. (até = inclusive) Todos passarão no concurso, até tu. (até = inclusive) Notem que, nos exemplos acima, os pronomes eu e tu continuam desempenhando a função de sujeito. Nesses casos, entretanto, a forma verbal está implícita. Exemplos: Todos passarão no concurso, até eu (passarei). Todos passarão no concurso, até tu (passarás). Aprendemos que os pronomes do caso reto “ele(s)/ela(s)”, em regra, não funcionam como objeto. Exemplos: Não vi ela. (errado) Não a vi. (correto) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 64 Entretanto, se esses pronomes estiverem precedidos de TODO e SÓ (= apenas), desempenharão a função de complemento. Exemplos: Recomendei só (= apenas) ele. Convocaram todas elas. É preciso chamar a atenção de vocês para o seguinte: quando o pronome ele(s)/ela(s) exercer a função de sujeito, não haverá a contração com a preposição de. Isso aparece frequentemente em provas. Exemplos: Chegou a hora dos senadores falarem a verdade. (errado) Chegou a hora de os senadores falarem a verdade. (correto) VERBOS, PRONOMES E ADAPTAÇÕES a) Se o verbo for finalizado em som nasal (-M, -ÃO ou –ÕE), os pronomes o(s), a(s) serão transformados em no(s), na(s), respectivamente. Exemplos: Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. (tragam + o = tragam-no) Sempre que meus pais têm roupas velhas, dão-nas as pobres. (dão + as = dão-nas) Aquele rapaz põe-nos em situações embaraçosas. (põe + os = põe-nos) b) Se a forma verbal terminar em R, S ou Z, essas terminações deverão ser retiradas, mudando os pronomes o(s), a(s) para -lo(s), -la(s), respectivamente. Exemplos: Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. (trazer + as = trazê-las) As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. (seduz + as = sedu-las) Os estudantes temiam o novo diretor e resolveram desafiá-lo. (desafiar + o = desafiá-lo) c) Se a forma verbal terminar em –MOS (1ª pessoa do plural), a terminação –s deve ser retirada quando, na colocação enclítica (pronome átono após o verbo), receberem pronomes átonos de mesma pessoa (nós). Exemplos: Encontramo-nos ontem à noite. (encontramos + nos = encontramo-nos) Recolhemo-nos cedo todos os dias. (recolhemos + nos = recolhemo-nos) Observação: Com o pronome lhe(s), o verbo não sofre alteração. Exemplos: “concedem às crônicas” – concedem-lhes “faltar às crônicas” – faltar-lhes 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 64 18. (FGV-2010/BRADESC) Analise o fragmento a seguir. Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a ver violadas as próprias instituições. Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos trechos sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela norma gramatical. (A) causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas (B) causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas. (C) causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas. (D) causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas. (E) causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas. Comentário: No primeiro trecho em destaque, o verbo “causar” é transitivo direto e indireto, exigindo como complementos, portanto, objeto direto (admiração e espanto) e objeto indireto (aos brasileiros). Já que esse verbo (causar) termina em -R, é possível substituir a expressão “admiração e espanto” por “-los”: causá-los. Quanto ao complemento indireto (aos brasileiros), este deve ser substituído por “lhes”. Entretanto, a FGV substituiu apenas o objeto indireto: “Causa-lhes admiração e espanto”. No segundo trecho destacado, o verbo “ver” é transitivo direto, regendo um objeto direto (as próprias instituições). Sendo assim, é possível substituir essa expressão pela forma pronominal “-las”, resultante da combinação “ver + as”: a vê- las violadas. Portanto, a assertiva E responde corretamente à questão. Gabarito: E. PRONOMES DE TRATAMENTO São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiar ou respeitosamente. Representam a 2ª pessoa do discurso (com quem se fala), porém toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa (singular ou plural). Exemplos: Vossa Excelência saiu com vossos assessores. (errado) Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto) Vossa Majestade e vossos súditos venceram a guerra. (errado) Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 64 Tratamento Abreviatura Para Vossa Excelência V. Exa. altas autoridades e oficiais-generais Vossa Magnificência V. Maga. reitores de universidades Vossa Alteza V. A. príncipes e duques Vossa Majestade V. M. reis e imperadores Vossa Reverendíssima V. Revma. monsenhores, cônegos, superiores religiosos e sacerdotes Vossa Eminência V. Emª. cardeais Vossa Santidade V. S. papa Vossa Senhoria V. Sª.demais autoridades e particulares Dica estratégica! Os pronomes de tratamento devem ser precedidos de VOSSA (com quem se fala), quando nos dirigimos diretamente à pessoa, e de SUA (de quem se fala), quando falamos sobre a pessoa. Exemplos: Vossa Excelência discursou bem. (com quem se fala) Vossa Excelência, Senhor deputado, pode ajudar-me? (com quem se fala) Sua Excelência, a presidente Dilma, discursou bem. (de quem se fala) Sua Excelência, o deputado, viajou. (de quem se fala) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 64 UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO O pronome você é de tratamento informal e designa a 2ª pessoa do discurso (com quem se fala), ainda que o verbo com ele concorde na forma de 3ª pessoa. É considerada erro a falta de correlação dos respectivos pronomes possessivos e verbos. Quem não conhece a famosa propaganda da Caixa Econômica Federal ? Vem para a Caixa você também. (errado) A propaganda acima está errada, porque o verbo “vir” foi empregado na 2ª pessoa do singular. Porém, o correto seria empregá-lo na 3ª pessoa: Venha para a Caixa você também. (correto) Por sua vez, o pronome tu designa a 2ª pessoa (com quem se fala), devendo seus verbos e pronomes possessivos ser empregados em 2ª pessoa. Considera-se erro a falta de correlação entre os pronomes possessivos e os pessoais e os respectivos verbos. Exemplos: Tu sabe de suas condições. (errado) Tu sabes de tuas condições. (correto) Venha para a Caixa tu também. (errado) Vem para a Caixa tu também. (correto) Dica estratégica! Tenham cuidado com o sujeito elíptico ou desinencial. Exemplo: Se vieres à festa, traz teu irmão. (sujeito elíptico = tu ���� Se tu vieres à festa, traz(e) teu irmão.) 19. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) “Que você pagou pra mim.” Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita de acordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido. (A) Que Vossa Excelência pagou pra mim. (B) Que vós pagaste pra mim. (C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim. (D) Que tu pagastes pra mim. (E) Que tu pagáreis pra mim. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 64 Comentário: Conforme as lições, os pronomes de tratamento representam a 2ª pessoa do discurso (com quem se fala), porém toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa (singular ou plural). Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto) Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto) Por essa razão, a assertiva A (Que Vossa Excelência pagou pra mim) está correta. Gabarito: A. PRONOMES POSSESSIVOS Estritamente relacionados com os pronomes pessoais estão os pronomes possessivos, pois estes indicam posse em relação às pessoas do discurso. 1ª pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) 2ª pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) 3ª pessoa: seu(s), sua(s) Exemplos: Aqueles óculos são meus. Os livros são seus? Em termos de prova, é importante que vocês saibam que o emprego dos possessivos de terceira pessoa seu(s), sua(s) pode gerar ambiguidade na frase. Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu. (frase ambígua) João ficou com Maria em sua casa. (frase ambígua) Nos exemplos acima, temos duas frases ambíguas, isto é, em “José, Pedro levou o seu chapéu.”, não é possível identificar a quem pertence o “chapéu“, ao passo que em “João ficou com Maria em sua casa”., a posse da “casa” pode ser atribuída tanto a “João” quanto a “Maria”. Para evitar esse vício de linguagem (a ambiguidade), apresento a vocês duas alternativas: 1ª) acrescentar os termos reforçativos dele(s), dela(s). Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu dele. (o chapéu é de Pedro) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 64 Com o acréscimo do termo reforçativo dele (contração da preposição “de” + o pronome “ele”), eliminou-se a ambiguidade. Logo, o chapéu pertence a “Pedro”. João ficou com Maria em sua casa dela. (A casa pertence a Maria) Com o acréscimo do termo reforçativo dela (contração da preposição “de” + o pronome “ela), eliminou-se a ambiguidade. Logo, a casa pertence a “Maria”. Acharam estranhas as construções acima? Pois é, mas ambas estão corretíssimas. 2ª) trocar o pronome possessivo seu(s), sua(s) pelos elementos dele(s), dela(s). Exemplos: José, Pedro levou o chapéu dele. (o chapéu é de Pedro) João ficou com Maria na casa dela. (A casa pertence a Maria) Nos exemplos acima, foram retirados os pronomes possessivos “seu” e “sua”, e foram acrescidos os elementos “dele” e “dela”, respectivamente. Assim, eliminou- -se a ambiguidade das construções. PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos situam os seres no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os pronomes isto, isso, aquilo, este(s), esse(s), aquele(s), esta(s), essa(s), aquela(s). Exemplos: Esta caneta é do curso. (A caneta está próxima ao falante - quem fala) Essa caneta é sua. (A caneta está próxima ao ouvinte – com quem se fala) Aquela caneta é da Samara. (A caneta está distante do falante e do ouvinte - de quem se fala) EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS É importante que vocês saibam empregar corretamente os pronomes demonstrativos, pois eles desempenham papel importante de coesão textual. - Esse, essa, isso (referência anafórica) - para situar o que já foi expresso. Exemplos: Azul e verde, essas são as cores de que mais gosto. Na frase acima, o pronome demonstrativo “essas” retoma as cores “azul” e “verde”. Por isso, dizemos que é um pronome anafórico, ou seja, resgata um elemento que já havia sido mencionado na superfície textual. Para memorizar: Referência Anafórica � retoma o que foi dito Antes. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 64 - Este, esta, isto (referência catafórica) - para situar o que ainda será expresso. Exemplos: As cores de que mais gosto são estas: azul e verde. Na frase acima, o pronome demonstrativo “estas” introduz as cores “azul” e “verde”, que ainda serão citadas. Por isso, dizemos que é um pronome catafórico, ou seja, refere-se a elemento(s) que ainda não foi/foram mencionado(s) na superfície textual. - Este, esta, isto - em referência a um termo imediatamente anterior. Exemplos: O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada. No período acima, o pronome demonstrativo “esta” retoma o substantivo “saúde”, evitando sua repetição desnecessária no contexto. - Este(s), esta(s) e isto – em relação ao que foi mencionado por último, e aquele(s), aquela(s), aquilo, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar, diferenciando os elementos anteriormente citados na superfície textual. Exemplo: José de Alencar e Machado de Assis são importantes escritoresbrasileiros; este (Machado de Assis)escreveu Dom Casmurro; aquele (José de Alencar), Iracema. Os pronomes demonstrativos podem, ainda, indicar marcação temporal. - Tempo presente em relação ao falante: empregam-se este, esta e isto. Exemplo: Este ano pretendo mudar de residência. - Tempo passado ou futuro próximos em relação ao falante: empregam-se esse, essa e isso. Exemplo: Esses anos vindouros serão excepcionais em termos de concursos públicos. - Tempos muito distantes em relação ao falante: empregam-se aquele(s), aquela(s) e aquilo. Exemplo: Naquela época eu praticava esporte. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 64 Os pronomes oblíquos o, a, os, as equivalerão a aquele(s), aquela(s), aquilo quando estiverem apostos ao pronome relativo que e à preposição de. Exemplos: Não concordo com o que ele falou. (= Não concordo com aquilo que ele falou.) Sua camisa é igual à da vitrine. (= Sua camisa é igual àquela da vitrine.) No último exemplo acima, houve a fusão entre a preposição “a” e o “a” inicial do pronome demonstrativo “aquela”. Graficamente, esse fenômeno, conhecido como crase, é representado através do emprego do acento grave. Veremos isso mais detidamente na aula oportuna. É importante chamar a atenção de vocês para a existência de dois tipos de coesão referencial: a exofórica e a endofórica. - Exofórica (ou dêitica ou díctica) – ocorre quando o referente está fora da superfície textual, ou seja, faz parte da situação comunicativa (extratextual). Exemplos: Porque será que ele não chegou ainda? O termo “ele”, sem uma referência específica, não possibilita que o leitor faça a inferência sobre a pessoa de quem se fala. Por isso, o pronome ele, no contexto em que se encontra, é dêitico. Lá é muito quente. O advérbio “Lá”, sem demonstrar o lugar no texto, não situa o leitor acerca do espaço a que se refere. Sendo assim, o advérbio lá, no contexto em que está inserido, exerce função dêitica (ou díctica). - Endofórica: ocorre quando o referente se encontra expresso no texto (intratextual). Exemplos: João disse que estava a caminho. Por que será que ele não chegou ainda? (ele refere-se a João) Nas férias, viajei para Mato Grosso do Sul. Lá é muito quente. (Lá refere-se a Mato Grosso do Sul) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 64 20. (FGV-2011/TRE-PA) É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores. A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a seguir: I. O pronome Essa tem valor anafórico. Comentário: Percebe-se que o pronome “Essa” nos remete à ideia expressa anteriormente: “desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Sendo assim, a forma pronominal exerce a coesão anafórica, isto é, tem valor anafórico. Gabarito: Certa. 21. (FGV-2008/TJ-MS) “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.” Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor: (A) catafórico e catafórico (B) anafórico e anafórico (C) dêitico e dêitico (D) anafórico e catafórico (E) catafórico e anafórico Comentário: No contexto, o pronome “essa” nos remete à ideia de estagnação, exposta no trecho “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais longe”. Por sua vez , o pronome “isso” também faz referência a ideia anterior contida no trecho “o retorno dos acordos bilaterais ou regionais”. Sendo assim, ambos os pronomes são anafóricos. Gabarito: B. PRONOMES INDEFINIDOS Os pronomes indefinidos referem-se a um ser ou objeto de forma vaga ou indeterminada. Exemplos: Alguém bateu à porta. Todos se prontificaram a colaborar. Muitos são os chamados, poucos os escolhidos. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 64 EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS Em termos de prova, destaca-se o emprego dos seguintes pronomes indefinidos: � TODO - Significando inteiro : deve ser usado com artigo, se o substantivo o aceitar. Exemplo: Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) - significando cada ou todos não terá artigo, ainda que o substantivo exija. Exemplo: Fiquei todo dia em casa. (Todos os dias) � ALGUM - Anteposto ao substantivo, assume sentido afirmativo. Exemplo: Algum amigo o ajudará. (Alguém) - Posposto ao substantivo, assume sentido negativo. Exemplo: Amigo algum o ajudará. (Amigo nenhum) A classe gramatical de alguns vocábulos, entretanto, dependerá do contexto em que estiverem inseridos. � CERTO (e variações) - Anteposto a substantivos, será pronome indefinido. Exemplo: Certas pessoas não se preocupam com os demais. (pronome indefinido) - Posposto a substantivos, será adjetivo. Exemplos: Certos políticos nem sempre são os políticos certos. pron. indef. adjetivo � MUITO - Será pronome indefinido quando se relacionar a nomes. Exemplo: Bebi muito suco ontem. - Será advérbio quanto se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto, será invariável. Exemplo: Bebi muito ontem. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 64 � POUCO - Será pronome indefinido quando se relacionar a nomes. Exemplo: Comprei poucos legumes. - Será advérbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto, será invariável. Exemplo: Choveu pouco ontem. � BASTANTE - Será pronome indefinido quando anteceder nomes. Exemplos: Havia bastantes pessoas na festa. Comprei bastantes frutas. - Será adjetivo quando estiver posposto a nomes. Nesse caso, equivalerá a suficiente(s). Exemplos: Havia pessoas bastantes na festa. Comprei frutas bastantes. - Será advérbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto, será invariável. Exemplos: Choveu bastante ontem. As moças são bastante bonitas. PRONOMES INTERROGATIVOS Os pronomes interrogativos referem-se a um ser ou objeto de maneira vaga, sendo usados em perguntas diretas (terminadas com ponto de interrogação) ou indiretas (terminadas com ponto final). Exemplos: Qual sua colocação no concurso? Gostaria de saber qual sua colocação no concurso. PRONOMES RELATIVOS Os pronomes relativos referem-se a um termo anterior, chamado antecedente, estabelecendo uma relação de subordinação entre as orações(sempre iniciam orações subordinadas adjetivas). Os pronomes relativos são: 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 64 Pronome Exemplos QUE - empregado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou coisa), evitando sua repetição na frase. Observação: pode sempre ser substituído por o qual (e flexões). Roubaram a peça que era rara no Brasil. (= a peça) Roubaram a peça a qual era rara no Brasil. QUAL (e variações) - refere-se a coisas ou pessoas, sendo sempre antecedido de artigo, que concorda em gênero e número com o elemento antecedente. Os assuntos sobre os quais conversamos estão resolvidos. (= os assuntos) Meu irmão comprou a lancha sobre a qual eu falei a você. (= a lancha) QUEM - refere-se a pessoas (ou coisas personificadas) e geralmente aparece precedido de preposição, inclusive quando funcionar como objeto direto. Nesse último caso, passará à condição de objeto direto preposicionado. Observação: Quando o pronome QUEM exercer a função de sujeito, não virá precedido de preposição. Isso só ocorrerá quando o pronome “quem” puder ser substituído por pronome demonstrativo (o, a, os, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas), acrescido do pronome relativo que. Nesses casos, o pronome “quem” será denominado de pronome relativo indefinido. As pessoas, de quem falamos ontem, não vieram. (= as pessoas) A garota, a quem conheci há duas semanas, está em minha sala. (= a garota) Foi ele quem me disse a verdade. (= Foi ele o que me disse a verdade.) Quem com ferro fere com ferro será ferido. (= Aquele que com ferro fere com ferro será ferido.) ONDE - este pronome tem o mesmo valor de em que ou no qual (e flexões). Se a preposição “em” for substituída pela preposição “a” ou pela preposição “de”, substituiremos, respectivamente, por aonde e de onde (ou donde). O pronome onde só deve ser usado quando houver referência a lugar. Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi. Eu conheço a cidade de onde (ou donde) sua sobrinha veio. QUANTO - sempre antecedido de tanto, tudo, todos (e variações), concordando com esses elementos. Fale tudo quanto quiser falar. Traga todos quantos quiser trazer. Beba todas quantas quiser beber. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 64 Pronome Exemplos COMO - antecede as palavras maneira, modo e forma. Este é o modo como se deve estudar para o concurso. Aquela é a forma como se praticam os exercícios. CUJO - tal como os pronomes relativos, refere-se a um antecedente, mas concorda (em gênero e número) com o consequente. Esse pronome indica valor de posse (algo de alguém) e não aceita artigo anteposto ou posposto. Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece. A árvore cujos frutos são venenosos foi derrubada. Quando um elemento da oração (nome ou verbo) reger preposição, esta antecederá os pronomes relativos. Exemplos: As condições básicas de saúde, de que a população se mostra carente, deveriam ser oferecidas pelo governo. Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi. O artista de cuja obra eu falara morreu ontem. As pessoas em cujas palavras acreditei estão presas. 22. (FGV-2010/SEAD-AP) Observa-se o correto emprego do pronome relativo em: (A) o julgamento a que se assistiu foi transmitido via satélite. (B) eis um programa de TV cujo o assunto me interessa. (C) o escritor que me refiro nasceu e viveu no interior. (D) foi preso o procurado o qual a imprensa deu destaque. (E) esse é um medicamento onde sem ele o paciente não sobrevive. Comentário: O emprego correto do emprego relativo ocorreu somente na assertiva A. Notem que, no período, o verbo “assistir”, no sentido de “presenciar”, rege o emprego da preposição “a”, a qual deverá anteceder o pronome relativo “que”, formando a expressão “a que”. Por sua vez, o relativo “que” retoma o termo “o julgamento”, evitando sua repetição desnecessária no texto. Vamos analisar o erro das opções: 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 64 (B) O pronome “cujo” (e flexões) indica relação de posse. Entretanto, esse relativo não admite o emprego de artigo antes ou depois. (C) O verbo “referir-se” rege emprego da preposição “a”, a qual deverá anteceder o pronome relativo “que”: “o escritor a que me refiro nasceu e viveu no interior”. (D) O verbo “dar” é transitivo direto e indireto. Portanto, exige dois complementos: destaque (objeto direto) e o procurado (objeto indireto). Em virtude de o verbo exigir a preposição “a”, esta introduzirá a estrutura do complemento indireto, função a qual, na oração adjetiva, é desempenhada pelo relativo “qual”: “foi preso o procurado ao qual a imprensa deu destaque”. (E) O pronome “onde” só deve ser empregado quando houver referência a lugar. Como este caso não se enquadra na questão, a correção seria mantida com a substituição de “onde” por “o qual”. Fazendo as adaptações necessárias, o período ficará da seguinte forma: “esse é um medicamento sem o qual o paciente não sobrevive”. Notem que a preposição “sem” antecedeu o pronome relativo por ser uma exigência do verbo “sobreviver”. Gabarito: A. 23. (FGV-2010/SAD-AP) De acordo com a norma padrão, o pronome relativo está corretamente empregado na seguinte alternativa: (A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo. (B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas. (C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil. (D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento. (E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos. Comentário: O emprego correto do relativo encontra-se na assertiva A. O pronome relativo “cujas” denota que as ideias pertencem aos autores, ou seja, há uma relação de posse. Para facilitar a visualização, reescrevam o período da seguinte forma: “Ele jamais teria escrito o artigo sem as ideias de alguns autores. Gabarito: A. 24. (FGV-2010/SEFAZ-RJ) A energia nuclear pode ser empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina. Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”: (A) ela (B) lhe (C) si (D) sua (E) que Comentário: No contexto, o pronome relativo “que” retoma a expressão “fins humanos” (linha 5). Portanto, este é o gabarito da questão. Gabarito: E. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela MarquesLíngua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 64 COLOCAÇÃO PRONOMINAL Há três casos para a colocação do pronome átono na oração, a saber: Próclise Exemplos • Pronome antes do verbo. Ocorre: a) com palavras de sentido negativo; b) com advérbios sem pausa; Observação! Se houver pausa após os advérbios, a colocação deverá ser enclítica (após o verbo). c) com pronomes indefinidos; d) com pronomes interrogativos; e) com pronomes demonstrativos “isto”, “isso” e “aquilo”; f) com conjunções subordinativas e pronomes relativos ; g) quando houver a preposição “em” + gerúndio; h) em orações exclamativas e optativas. Ninguém me emprestou a matéria. Ontem se fez de morto. Ontem, fez-se de morto. (ênclise) Tudo me alegrava. Quem lhe disse isso? Isso se faz assim. Quando me viu, o menino sorriu. A aula que me recomendou é ótima. Em se tratando do concurso, estudarei muito. Que Deus o proteja! Vou me vingar! Mesóclise Exemplos • Pronome no meio do verbo. Ocorre com verbo no: a) futuro do presente; b) futuro do pretérito. Observações: Se ocorrer qualquer dos casos de próclise, ainda que o verbo esteja no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser proclítica (antes do verbo). Com o numeral “ambos”, ainda que o verbo esteja no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser proclítica (antes do verbo). Entregar-lhe-ei o documento. Entregar-lhe-ia o documento. Nunca te entregarei o documento. (próclise) Nunca te entregaria o documento. (próclise) Ambos se mudarão na semana que vem. Ambos se mudariam na semana que vem. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 64 Ênclise Exemplos • Pronome após o verbo. A ênclise é a regra geral de colocação pronominal. Sendo assim, o pronome deverá ficar posposto ao verbo quando não ocorrer qualquer dos casos de próclise ou mesóclise. Deu-me boas dicas. (início de oração) Traga-me o café. (verbo no imperativo afirmativo) Cuidado! 1ª) O particípio não admite ênclise. Exemplos: Fornecido-me o material, comecei a estudar. (errado) Fornecido a mim o material, comecei a estudar. (correto) 2ª) Não devemos usar a colocação pronominal enclítica (após o verbo) quando houver forma verbal no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Nestes casos, a colocação deve ser mesoclítica (no meio do verbo). Exemplo: Entregarei-te o documento. (errado) Entregar-te-ei o documento. (correto) Entregaria-te o documento. (errado) Entregar-te-ia o documento. (correto) 3ª) Nas formas infinitivas antecedidas pela preposição “a”, a colocação deverá ser enclítica (após o verbo) se o pronome oblíquo for “o” ou “a”. Exemplos: Professor, estamos a admirá-lo. Se soubermos que haverá muito mais faxina, não continuaremos a fazê-la. Dica estratégica! Se a forma verbal infinitiva for antecedida pela preposição “a” e o pronome oblíquo for o “lhe”, admite-se tanto a próclise quanto a ênclise. Exemplos: Continuou a lhe fazer carinho. (correto) Continuou a fazer-lhe carinho. (correto) 4ª) Quando houver duas palavras que exigem a próclise, é permitido intercalar o pronome oblíquo átono entre elas. A esse caso dá-se o nome de apossínclise. Exemplo: Se me não falha a memória, já vi aquela moça em algum lugar. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 64 COLOCAÇÃO EM LOCUÇÕES VERBAIS (Formas possíveis e corretas) • Auxiliar + Infinitivo Próclise ao verbo auxiliar: Jamais lhe pretendo ensinar isso. Ênclise ao verbo auxiliar: Eu pretendo-lhe ensinar isso. Ênclise ao verbo principal: Eu pretendo ensinar-lhe isso. Ênclise ao verbo principal: Jamais devo ensinar-lhe isso. • Auxiliar + Gerúndio Próclise ao verbo auxiliar: Não lhe começo ensinando. Ênclise ao verbo auxiliar: Começo-lhe ensinando. Ênclise ao verbo principal: Começo ensinando-lhe. Ênclise ao verbo principal: Não começo ensinando-lhe. • Auxiliar + Particípio Próclise ao verbo auxiliar: Eu lhe tinha ensinado a matéria. Ênclise ao verbo auxiliar: Eu tinha-lhe ensinado a matéria. Próclise ao verbo auxiliar: Não lhe tinha ensinado a matéria. Dica estratégica! Na estrutura “verbo auxiliar + particípio”, não se admite a colocação do pronome oblíquo após o verbo principal. Exemplos: Tinha ensinado-lhe a matéria. (errado) Não tinha ensinado-lhe a matéria. (errado) 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 64 25. (FGV-2007/SEFAZ-RJ) Em “exauri-los” e “poder-se-á”, construiu-se corretamente a junção do pronome à forma verbal. Assinale a alternativa em que isso não ocorreu. (A) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos (B) permitireis + os = permiti-los-eis (C) fizestes- + lhes = fizeste-lhes (D) encontraram + os = encontraram-nos (E) aprenderás + as = aprendê-las-ás Comentário: A junção incorreta ocorreu na assertiva C. Conforme vimos nas lições, o verbo não sofrerá alteração quando for empregada forma pronominal “lhe(s)”. Portanto, o correto é “fizestes-lhes”. Nas demais opções, as construções estão corretas. Com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, ambos do indicativo, a colocação do pronome é mesoclítica (no meio do verbo). Gabarito: C. 26. (FGV-2010/SAD-AP) A alternativa que contraria a colocação pronominal exigida pelo padrão escrito culto é: (A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de segurança pública. (B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência. (C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime. (D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político. (E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana. Comentário: A colocação pronominal que está em desacordo com a norma culta encontra-se na letra C. O advérbio “não” (palavra negativa, portanto) exige que a colocação do pronome ocorra antes do verbo, ou seja, exige a próclise: “não se põe em prática (...)”. Gabarito: C. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 64 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 1. (FGV-2006/MEC) Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos mórficos do vocábulo deixasse. (A) deix- = radical (B) -e = desinência número-pessoal (C) -a = vogal temática verbal (D) deixa = tema (E) -sse = desinênciamodo-temporal 2. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) A respeito do quadrinho, analise a afirmativa a seguir: I. Na fala da mulher, ficaria correto substituir devia por deveria. 3. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) O que está fora da sociedade seria desumano. O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para indicar: (A) mudança ocorrida no momento em que se fala. (B) ação conduzida no passado não concluído. (C) situação tomada como hipotética. (D) advertência sobre um fato futuro. (E) fato passado de curso prolongado. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 64 4. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que se tenha correta transposição da fala do segundo quadrinho para o plural. (A) Adivinhas! (B) Adivinhai! (C) Adivinhais! (D) Adivinhes! (E) Adivinhem! 5. (FGV-2011/TRE-PA) Na charge, caso a professor tratasse o aluno por tu, sua fala seria, corretamente, (A) Escrevas na lousa a palavra Ética! (B) Escrevei na lousa a palavra Ética! (C) Escreveis na lousa a palavra Ética! (D) Escrevais na lousa a palavra Ética! (E) Escreve na lousa a palavra Ética! 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 64 6. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais necessidades.” A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir. I. No período, há somente um verbo em forma nominal. 7. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Ao dizer que o papel da polícia tem sido o de impor o medo, o autor do texto, com o emprego do tempo verbal sublinhado, mostra que essa ação: (A) se repete ultimamente. (B) só existiu no passado. (C) só vai existir no futuro. (D) começou no presente e se prolonga no futuro. (E) depende de uma condição anterior. 8. “Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheiro nos mercados.” Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no trecho acima, sem prejuízo gramatical ou semântico. (A) tivera visto (B) tinha visto (C) viu (D) via (E) tem visto 9. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais necessidades.” A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir. I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito. 10. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) “Se interviessem, implodiriam as contas públicas”. Assinale a alternativa que apresente erro em uma das formas verbais. (A) Se o comando reouvesse o prestígio, os criminosos desistiriam. (B) Se os policiais requisessem maiores salários, tudo se arrumaria. (C) Se os criminosos se acovardassem, a polícia os deteria. (D) Se os jornais proviessem de fora, as notícias entreteriam mais. (E) Se as autoridades quisessem, nada disso se faria. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 64 11. (FGV-2006/ICMS-MS) “O que você quer?” Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e futuro do pretérito do indicativo, obtém-se: (A) O que vós quererias ? (B) O que vós quiserdes ? (C) O que vós queríeis ? (D) O que vós quereríeis ? (E) O que vós querereis ? 12. (FGV-2008/SEFAZ-RJ) Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura da segunda oração do trecho “colocando-se a possibilidade de as gerações presentes virem a exauri-los” provocou correta mudança da forma do verbo vir. (A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a exauri-los. (B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a exauri-los. (C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a exauri-los. (D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a exauri-los. (E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a exauri-los. 13. (FGV-2008/Prefeitura de Campinas) “Apalavra ‘bárbaro’ provém do grego antigo e significa ‘não grego’.” Assinale a alternativa em que não se tenha flexão correta do verbo destacado no trecho acima. (A) provêm (B) proveio (C) provieste (D) provisse (E) provimos 14. (FGV-2008/TCM-PA-Adaptada) Analise a afirmativa a seguir. I. A frase “A cada dia difundem-se notícias sobre novas quebras” está na voz passiva. 15. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a estrutura não esteja na voz passiva. (A) o seu sentido não pode ser fixado. (B) se dizia que era o texto. (C) a disputa pelo seu sentido possa se fazer. (D) mais se afirmava a supremacia da Carta de 1988. (E) Ele só se torna efetivo. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 64 16. (FGV-2008/Senado) "A tutela dos direitos sociais (...) está devidamente resguardada (...) pelo princípio de proteção das minorias, (...) e o estabelecimento da igualdade étnica". Assinale a alternativa em que haja período na voz ativa, com adequação gramatical à norma culta, correspondente semanticamente ao trecho alterado acima. (A) O princípio de proteção das minorias e do estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais. (B) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais. (C) O princípio de proteção das minorias e de estabelecimento da igualdade étnica resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais. (D) O princípio de proteção das minorias e o de estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais. (E) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais. 17. (FGV-2009/Polícia Civil-RJ) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido.” No trecho acima há: (A) oito pronomes; (B) sete pronomes; (C) seis pronomes; (D) cinco pronomes; (E) quatro pronomes. 18. (FGV-2010/BRADESC) Analise o fragmento a seguir. Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a ver violadas as próprias instituições. Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos trechos sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela norma gramatical. (A) causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas (B) causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas. (C) causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas. (D) causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas. (E) causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela MarquesLíngua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 64 19. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) “Que você pagou pra mim.” Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita de acordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido. (A) Que Vossa Excelência pagou pra mim. (B) Que vós pagaste pra mim. (C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim. (D) Que tu pagastes pra mim. (E) Que tu pagáreis pra mim. 20. (FGV-2011/TRE-PA) É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores. A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a seguir: I. O pronome Essa tem valor anafórico. 21. (FGV-2008/TJ-MS) “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.” Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor: (A) catafórico e catafórico (B) anafórico e anafórico (C) dêitico e dêitico (D) anafórico e catafórico (E) catafórico e anafórico 22. (FGV-2010/SEAD-AP) Observa-se o correto emprego do pronome relativo em: (A) o julgamento a que se assistiu foi transmitido via satélite. (B) eis um programa de TV cujo o assunto me interessa. (C) o escritor que me refiro nasceu e viveu no interior. (D) foi preso o procurado o qual a imprensa deu destaque. (E) esse é um medicamento onde sem ele o paciente não sobrevive. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 64 23. (FGV-2010/SEFAD-AP) De acordo com a norma padrão, o pronome relativo está corretamente empregado na seguinte alternativa: (A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo. (B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas. (C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil. (D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento. (E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos. 24. (FGV-2010/SEFAZ-RJ) A energia nuclear pode ser empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina. Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”: (A) ela (B) lhe (C) si (D) sai (E) que 25. (FGV-2007/SEFAZ-RJ) Em “exauri-los” e “poder-se-á”, construiu-se corretamente a junção do pronome à forma verbal. Assinale a alternativa em que isso não ocorreu. (A) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos (B) permitireis + os = permiti-los-eis (C) fizestes- + lhes = fizeste-lhes (D) encontraram + os = encontraram-nos (E) aprenderás + as = aprendê-las-ás 26. (FGV-2010/SEAD-AP) A alternativa que contraria a colocação pronominal exigida pelo padrão escrito culto é: (A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de segurança pública. (B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência. (C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime. (D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político. (E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana. 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 02 Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 64 ------------------------------------------------------------------ Gabarito 01. B 14. CERTA 02. CERTA 15. E 03. C 16. B 04. B 17. C 05. E 18. E 06. ERRADA 19. A 07. A 20. CERTA 08. B 21. B 09. CERTA 22. A 10. B 23. A 11. D 24. E 12. B 25. C 13. D 26. C Nosso encontro de hoje se encerra aqui. Bons estudos, até a próxima aula e rumo à CLASSIFICAÇÃO! Grande abraço! Prof. Fabiano Sales fabianosales@estrategiaconcursos.com.br 35591499597 795.994.195-53 - Daniela Marques