Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Eduardo Mondlane Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico Cadeira de Topografia e Cartografia Docente: João Sondela Tengamaze Discente: Jacinto Nhantumbo Trabalho de Pesquisa II ano - I semestre Tema: Dicionários 1.Geografia 2.Topografia 3.Arquitectura 4.Terra Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 2 de 35 1. Dicionário de Geografia A Aerossóis: Amontoado de partículas sólidas, transportadas pelo ar e que permanecem na atmosfera durante várias horas. Sua origem pode ser natural ou antropogénica e influenciam o clima tanto direta quanto indiretamente. Na primeira, essas partículas ficam dispersas no ar e absorvem a radiação solar; e na segunda, agem como um núcleo de condensação para a formação de nuvens ou modificando a suas propriedades óticas e de duração. Agrotóxico: Denominação atribuída genericamente aos defensivos químicos usados na agricultura. São produtos usados principalmente pelos setores da produção agrícola, da saúde, etc., a fim de preservar as colheitas e o ser humano de insetos e ervas considerados nocivos e daninhos; são as substâncias desfolhantes, dessecantes, inibidoras e/ou estimuladoras do crescimento. Devido à sua ação danosa ao meio ambiente, os agrotóxicos são objeto de discussão em muitos países e têm a comercialização proibida os organoclorados, considerados de alta periculosidade e persistência. Ano Polar Internacional (API): Iniciativa científica organizada pelo Conselho Internacional de União Científica em conjunto com a Organização Meteorológica Internacional. Seu objetivo é o desenvolvimento de pesquisas científicas direcionadas ao conhecimento dos processos ambientais nos polos, as conexões dessas regiões com o restante do planeta, a biodiversidade, o estado evolutivo e a capacidade de adaptação dos organismos antárticos. Antropogénico:Resultado dos impactos da atividade humana na qualidade ambiental. Aquecimento Global: Aumento da temperatura média do Planeta, relacionado ao aumento do efeito estufa. A causa estaria nas emissões de gases lançados pelas atividades econômicas, sobretudo o monóxido e dióxido de carbono (principal vilão), óxidos de nitrogênio, metano, CFC. Entre as consequências mais graves, estariam o derretimento de calotas polares e a expansão das moléculas de água do oceano devido ao calor, o que causaria grandes inundações, afundando ilhas e cidades costeiras. Também mudaria o perfil da agricultura, com algumas regiões tornando-se imprestáveis para este fim. Aquífero: Formação geológica do subsolo, constituída por rochas permeáveis, que armazena água em seus poros ou fraturas. Etimologicamente, aquífero significa: aqui = água; fero = transfere; ou do grego, suporte de água. O Guarani, cuja área total é de 1,2 milhões de km2, é um dos maiores sistemas aquíferos do mundo e a principal reserva subterrânea de água doce da América Latina. Embora se estenda por quatro países (Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai), sua maior ocorrência se dá em território nacional (840.000 km2), e abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ar: Matéria gasosa da atmosfera, formada principalmente por nitrogénio (azoto) 78%, oxigênio 21%, gás carbônico (CO2),03%, e gases raros 0,97%. Área de Proteção Ambiental: Unidade de conservação de uso sustentável, estabelecida pela Lei Federal n.º 6902/81, que outorga ao Poder Executivo, nos casos de relevante interesse público, o direito de declarar determinadas áreas do território nacional como de interesse ambiental. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos e culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso B Bacia hidrográfica: Superfície limitada por divisores que são drenados para um curso de água, como um rio e seus tributários, às vezes formando um lago. Área contribuinte, normalmente expressa em km². O mesmo que bacia de drenagem. Biocombustível: O Brasil é o maior produtor de combustível de origem vegetal do mundo. Esses biocombustíveis se dividem em duas categorias: o biodiesel e o bio etanol e lançam entre 13% e 15% Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 3 de 35 menos poluentes na atmosfera, o que torna a sua utilização mais favorável. Biodiesel: Combustível alternativo produzido com vários tipos de matérias-primas, como soja, canola, girassol, pinhão-manso, mamona, dendê e gordura animal, podendo ser utilizado em seu estado puro ou misturado ao óleo diesel, em proporções de 5% a 20%. Em 2004 foi criado um programa federal que estabeleceu a obrigatoriedade da mistura de pelo menos 2% de biodiesel ao diesel em todo o Brasil a partir de 1º de janeiro de 2008. A mistura obrigatória subirá para 5% em 2013, o que deve gerar uma demanda anual de 2 bilhões de litros de biodiesel no país. A maior usina de biodiesel do mundo fica em Hamburgo, nos Estados Unidos, e tem capacidade de produção de 600 milhões de litros por ano. Biodegradação: Redução de uma substância a constituintes mais simples e menos prejudiciais como dióxido de carbono, água ou elementos individuais pela ação de organismos vivos. Biodegradável: Material que pode ser decomposto por agentes biológicos. Plásticos, como por exemplo o PET, utilizado em garrafas, levam mais de 200 anos para desaparecer. Uma folha de papel leva de três a seis meses para se decompor. Os casos mais graves são o do vidro, que demora mais de 4.000 anos para ser eliminado, e o da latinha de alumínio, muito utilizada para armazenar bebidas. Essa última não desaparece do meio ambiente. Biodiversidade: A palavra nasceu nos anos 1980, ao mesmo tempo em que se difundia a preocupação com sua perda. Um dos primeiros a usar a expressão diversidade biológica foi Thomas Lovejoy, biólogo americano que durante vários anos fez pesquisas na floresta Amazônica. A expressão depois foi simplificada por outro biólogo americano, Edward O. Wilson, que a contraiu em um só vocábulo: biodiversidade, um valor para ser conservado. Assim como o nome sugere, trata-se da diversidade da vida, ou seja, do número de plantas, animais, fungos e microorganismos existentes na Terra ou numa determinada região. Biogás: Gás que se origina da transformação bacteriana de substâncias orgânicas, através de processo de fermentação anacrônica. É composto de 2/3 de metano, 1/3 de carbono, tendo elevado poder calorífico (6 a 7 mil kcal/m3). Pode ser usado na iluminação, calefação, cozinha e para mover máquinas e veículos. Bioma: Comunidade biótica que se caracteriza pela uniformidade vegetal e diversidade genética. Biota: Conjunto de seres vivos, fauna e flora, que habitam uma determinada região e ambiente. Biotecnologia: A aplicação de conhecimentos técnicos e científicos na provisão de soluções, sustentadas e a longo prazo, para problemas da biosfera.Uso industrial de microorganismo vivos (como bactérias ou outros agentes biológicos), para realizar processos químicos ou produzir outros materiais. Biótopo: Ambiente natural, com características ecológicas precisas e constantes (clima), que abriga populações de seres vivos – chamadas de biocenose ou biota. Um deserto, uma árvore podre, um oceano, são todos biótopos. C Calota polar: Região que se estende ao redor do polo do planeta, coberta de gelo ou outras substâncias congeladas. Camada de Inversão: Camada atmosférica na qual a temperatura aumenta com o aumento da altura Camada de ozônio Ocorre a destruição da camada de ozônio pela reação química que ocorre na estratosfera com as substâncias provenientes de emissões de fontes antropogénicas, sendo os principais consumidores de ozônio, o cloro fluor carbonos (CFC) e halógenos. Carbono 14: Isótopo radioativo do carbono comum (Carbono 12) e que se forma na atmosfera pelo choque dos raios cósmicos com o nitrogênio. Combina-se rapidamente com o oxigênio, gerando óxido de carbono radioativo. Nos vegetais e animais a proporção entre os dois isótopos do C é mais ou menos a mesma da atmosfera. Capital Natural: Conceito que altera teorias econômicas tradicionais, onde a natureza era considerada dádiva infindável. Por exemplo: uma floresta nativa derrubada para venda da madeira era contabilizada como renda no cálculo do PIB – Produto Interno Bruto, sem levar em conta a depreciação do meio ambiente, ou o custo da Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 4 de 35 recomposição, como se faz em relação às máquinas. Para formar o tripé – capital natural, capital e trabalho – inclusive em avaliações custo/benefício – a dificuldade é: como calcular a depreciação. Ou seja, no exemplo acima: como dar um preço à destruição/reconstituição do ecossistema, causada pela derrubada de árvores. Catalisador: Em termos de ecologia urbana, equipamento mecânico adotado em veículos automóveis fabricados nos países mais desenvolvidos e que tratam quimicamente os componentes tóxicos dos gases antes da sua liberação no ar. CFC: Sigla para Clorofluorcarbono. Família de gases não-inflamáveis e de baixa toxidade, utilizados durante muitos anos como propelentes de aerossóis, na fabricação de espumas, na limpeza de equipamentos de precisão e nos motores de aparelhos de refrigeração. Quando liberados, esses gases sobem à atmosfera superior e danificam a camada de ozônio. Chorume: Líquido, produzido pela decomposição de substâncias contidas nos resíduos sólidos, que tem como características a cor escura, o mau cheiro e a elevada demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Chuva ácida: Considerado um dos maiores problemas ambientais do mundo contemporâneo. O termo designa genericamente a chuva, neve ou neblina com alta concentração de ácidos em sua decomposição. A principal medida para a redução desse tipo de fenômeno é o uso de combustíveis alternativos ou a utilização de carvão com menor teor de enxofre. Ciclo bioquímico: Movimentos através do sistema terrestre dos constituintes químicos essenciais para a vida no planeta, como o carbono, nitrogênio, oxigênio e fósforo. Ciclone tropical: Termo genérico que designa um ciclone da escala sinóptica com origem sobre águas tropicais e que apresenta uma convecção organizada e uma circulação ciclónica caracterizada por vento de superfície. Tempestade com fortes ventos. No Atlântico Ocidental e Pacífico Oriental recebe a denominação de furacão, e de tufão, no Pacífico Ocidental. Cinturão Verde: Faixa de terra, usualmente de alguns quilômetros, no entorno de áreas urbanas, preservada como espaço aberto. Seu objetivo é prevenir a expansão excessiva das cidades e os processos de conurbação, trazendo ar fresco e espaço rural não degradado para o mais perto possível dos moradores das cidades. Usualmente é uma área de pequenas propriedades agrícolas dedicadas a produção de hortaliças. Clorofila: Pigmento tetrapirrólico que contém no centro da molécula um átomo de magnésio. Encontra-se nos cloroplastídios de células vegetais, em órgãos aos quais confere a coloração verde. É a molécula responsável pela conversão da energia luminosa em energia química, dentro do processo de fotossíntese. Combustíveis fósseis: São os materiais finitos que se extraem da terra, como o carvão, petróleo e o gás natural. Eles são formados a partir da decomposição de matéria orgânica, como animais e plantas, através de um processo que leva milhares de anos. Esses combustíveis correspondem a mais da metade das fontes de energia do mundo, servindo de base para a atividade industrial e de transportes. Compostagem: Processo de transformação de materiais orgânicos (lixo “húmido”), como restos de alimentos, em um fertilizante denominado composto, que tem a vantagem de melhorar a propriedades de retenção da umidade do solo. As usinas de compostagem nos centros urbanos realizam também a separação de lixo seco, encaminhando para a reciclagem. Convenção do Clima: Acordo multilateral voluntário constituído durante a Conferência para o Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro, em 1992, – ECO 92. O acordo visa a redução de emissões de gases do efeito estufa a níveis de 1990, meta que deveria ser atingida até o ano 2000. O objetivo principal da Convenção do Clima é a estabilização dos níveis de concentração de gases de efeito estufa na atmosfera a um patamar que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. Consumidor Verde: Aquele que relaciona ao ato de comprar ou usar produtos com a possibilidade de – através disso – colaborar com a preservação ambiental. O consumidor verde sabe que, recusando-se a comprar determinados produtos, Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 5 de 35 pode desestimular a produção daquilo que agride o meio ambiente. Por isso, evita produtos que: 1- representem um risco à sua saúde ou de outros; 2- prejudique o ambiente durante a produção, uso ou despejo final; 3- consuma muita energia; 4- apresente excesso de embalagens ou seja descartável; 5- contenha ingredientes procedentes de habitats ou espécies ameaçados; 6- no processo de produção tenha usado indevida ou cruelmente animais; 7- afete negativamente outros povos, ou outros países. Crime ecológico: Ação isolada, ou atividade continuada, oficial (por interesses comerciais e/ou políticos de governos, e por ações bélicas), ou privada (de indivíduo ou instituição não governamental, por qualquer motivo) que resulte em dano ao meio ambiente em variada escala de extensão, gravidade e duração. [Como exemplo, se poderia citar (entre numerosíssimos outros] o de governos que estimulam, ou simplesmente toleram, atividades predatórias da fauna e/ou da flora; de nações que, por motivos bélicos, usam desfolhantes florestais ou incendeiam poços de petróleo; o de empresários rurais que devastam matas protetoras de mananciais; o de frotas pesqueiras que não respeitam as épocas de reprodução. D DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano): Inseticida para combater o mosquito transmissor da malária. É utilizado como veneno para o controle de pragas e endemias em países subdesenvolvidos. Desenvolvimento sustentável: Representa o crescimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometera capacidade de atendimento às das gerações posteriores. Para isso, deve-se realizar um planeamento e reconhecer que os recursos naturais não são infinitos. Despejo industrial: Qualquer despejo onde predominam agentes químicos e substâncias tóxicas com potencialidade para causar poluição ou contaminação. E Ecodesenvolvimento Conceito precursor do desenvolvimento sustentável, foi apresentado em 1973 por Maurice Strong e com princípios formulados por Ignacy Sachs. Seu objetivo era a polarização do debate que oscilava entre a defesa do desenvolvimento sem limites e uma visão catastrofista sobre os limites do crescimento. O ecodesenvolvimento buscava uma forma intermediária de desenvolvimento orientado pelo princípio de justiça social em harmonia com a natureza. Ecodesign: Conceito que tem como objetivo o desenvolvimento de produtos que respeitam o meio ambiente, causando o menor impacto negativo possível. Ecoeficiência: Relaciona o emprego de materiais e energia de forma eficiente à redução de custos e impactos ambientais. Ecovila: Comunidade ambientalmente sustentável. A proposta de implantação dessas vilas, nas quais as atividades humanas estão integradas à natureza visando a sua preservação, foi adotada pela ONU, no Programa de Desenvolvimento de Comunidades Sustentáveis. Efluentes líquidos: Água residual proveniente do processo industrial que é previamente tratada em estação de tratamento de efluentes antes de ser lançada ao rio (dar um exemplo de efluentes). Efluentes gasosos: Termo impropriamente utilizado para designar emissões atmosféricas. Eutrofização: Fenômeno que altera o equilíbrio do ecossistema da água, limitando a sua utilização. Consiste na adição excessiva de nitrogênio e fósforo à água. Esse processo traz como consequência uma abundante proliferação de algas e microvegetais que consomem todo o oxigênio existente e matam as demais espécies aquáticas. F Frente fria: Frente formada quando a superfície frontal se move em direção a uma massa de ar mais quente devido a maior intensidade de ação da massa fria. A substituição do ar quente pelo ar frio provoca mudanças rápidas na direção e intensidade dos ventos e, geralmente, são acompanhadas de aguaceiros fortes porém de curta duração. Frente quente: Frente formada quando a superfície frontal se desloca para o interior de uma massa mais fria e a desloca devido a maior intensidade de ação da massa quente. O deslocamento do ar frio pelo ar quente geralmente provoca precipitação contínua, mudança na direção dos ventos e aumento da temperatura. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 6 de 35 Freons: Denominação comercial dos compostos clorofluorcarbonetos, tais como CFCl3, CF2Cl2, C2F3Cl3 e C2F4Cl2, destruidores da camada de ozônio. G Geada: Congelamento do orvalho na superfície e que pode atingir diferentes intensidades. Para ocorrer este congelamento não é necessário que a temperatura no ar esteja igual ou menor que 0°C, isto porque na superfície a temperatura pode ser até 5°C inferior a do ar, dependendo da perda radioativa da superfície. Gêiser: Fonte quente que expele água intermitentemente, sob forma de jatos verticais, havendo grande regularidade nos intervalos de repouso, podendo tal intervalo variar amplamente, desde alguns segundos até mesmo algumas semanas. Ao redor de cada gêiser forma-se geralmente um montículo perfurado por onde escapa o jato d’água, sendo este montículo formado geralmente por sílica (opala ou calcedônia) que recebe a denominação genérica de geiserita. Geleira: Grande e duradoura massa de gelo formada nas regiões continentais, onde a precipitação da neve compensa a perda pelo degelo, motivo pelo qual a massa de gelo é conservada. Os dois tipos principais de geleira são as do tipo alpino, ou geleira de vale, e continental, também denominado inlandsis. Greenbuilding (Construção Sustentável): Refere-se aos princípios do desenvolvimento sustentável aplicados a todo o ciclo de vida de uma construção: extração e beneficiamento dos materiais, planeamento, projeto e construção de edifícios e obras de infraestrutura e demolição e gestão dos rejeitos. H Herbicida: Pesticida químico utilizado para destruir ou controlar o crescimento de ervas daninhas, arbustos ou outras plantas indesejáveis. Holismo: Aplicado às ciências ambientais, usado na compreensão das relações entre os componentes do ecossistema, pela qual os elementos vivos (todos os organismos, inclusive o Homem) e os não vivos interagem como um todo, de acordo com leis físicas e biológicas bem definidas. Neste sentido, o termo holístico significa total, abrangente, que considera as inter-relações de todos os componentes do ecossistema. I Iceberg Grande massa de gelo flutuante que se desprendeu de uma geleira ou de uma capa de gelo, e que se apresenta com mais de 5m acima do nível do mar. ICLEI: Seu papel é fomentar um movimento mundial de governos locais com o objetivo de obter melhorias tangíveis de sustentabilidade global, com foco ambiental. Igapó: Atribuido a floresta paludosa, de menor desenvolvimento, relativamente pobre em espécies e desenvolvida em solo geralmente arenoso. Ilha de calor: Aumento da temperatura da superfície e da precipitação em áreas urbanas. As ruas, construções e a ausência de áreas verdes nas grandes cidades fazem com que a capacidade de retenção de calor nessas regiões seja maior, elevando, assim, a temperatura nos centros urbanos. Interglaciais: Os períodos mais quentes entre glaciações. O interglacial anterior, datado de aproximadamente 129-116 mil anos atrás, é referido como o último interglacial. J Janela atmosférica: Região do espectro eletromagnético em que a atmosfera étransparente à radiação eletromagnética proveniente do Sol. Jazida: Qualquer massa individualizada, de substância mineral ou fóssil, de valor econômico, que aflora ou existe no interior da terra. L Laguna: Corpo de águas rasas e calmas, que mantém em geral uma comunicação restrita com o mar, e apresentando uma salinidade que pode variar desde quase doce até hipersalina. Albufeira. M Manancial: Qualquer corpo d’água superficial ou subterrâneo, que serve como fonte de abastecimento. Manejo de Recursos Naturais Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 7 de 35 É o ato de intervir, ou não, no meio natural com base em conhecimentos científicos e técnicos, com o propósito de promover e garantir a conservação da natureza. Medidas de proteção aos recursos, sem atos de interferência direta nestes, também fazem parte do manejo. Manguezal: Ecossistema situado em áreas costeiras tropicais, como estuários e lagunas, regularmente inundado por água salobra. Maquiagem verde: Definição utilizada para quando uma empresa disfarça práticas predatórias com uma política ambiental de fachada. Maré vermelha: Concentração extremamente elevada de dinoflagelados no oceano, trazendo como consequência uma mudança na cor da água, conferindo-lhe uma coloração vermelho – acastanhada e uma alta toxidade, provocada por substâncias liberadas por esses protozoários. A acumulação de resíduos metabólicos tóxicos pode causar mortandade de peixes em grande escala. Mitigação: Ação de tornar algo menos intenso. Por exemplo, abrandar os efeitos do aquecimentoglobal. N Nicho ecológico Local restrito de um habitat onde existem condições especiais de ambiente. O Oceanografia: Ciência voltada ao estudo dos oceanos, como a topografia de fundo, física e química das águas, tipos de correntes, biologia e geologia etc. P PIB: Produto Interno Bruto. PIB verde: Contabilização dos gastos com a preservação do meio ambiente no Sistema de Contas Nacionais, que é a principal referência sobre a economia dos países. O principal indicador do Sistema é o produto interno bruto (PIB), que inclui salários, importações, impostos, deficit orçamentário, gastos governamentais, depreciação do valor de máquinas, veículos e construções, e tem como objetivos acompanhar o comportamento das economias nacionais e fornecer bases para a formulação de políticas e a tomada de decisões econômicas. O sistema também é usado para comparar e classificar a performance das economias dos países. Inclui os gastos com a preservação do meio ambiente. Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs): Termo utilizado para designar as substâncias altamente tóxicas, cujos compostos químicos orgânicos são semelhantes aos dos seres vivos. Precursores: Compostos atmosféricos que por si só não são gases de efeito estufa ou aerossóis, mas que têm um efeito sobre gases de efeito estufa ou concentrações de aerossóis tomando parte em processos físicos ou químicos regulando sua produção ou índice de destruição. Predatismo Tipo de relação interespecífica desarmônica onde um organismo, chamado predador, mata outro para se alimentar. O predatismo é bastante frequente na natureza e casos bastante conhecidos ocorrem entre carnívoros (predadores) e herbívoros (presas). Projeção climática: Uma projeção da resposta do sistema climático aos cenários de emissão ou concentração de gases de efeito estufa e aerossóis, ou cenários de forçamento radioativo, muitas vezes baseada em simulações de modelos climáticos. Projeções climáticas são diferentes de previsões climáticas a fim de enfatizar que as projeções climáticas dependem da emissão / concentração / cenário utilizado de forçamento radioativo, que são baseadas em hipóteses com relação a, por exemplo, o futuro socioeconômico e tecnológico que pode ou não ser realizado e são, portanto, sujeitas a incertezas substanciais. Protocolo verde: Carta de princípios para o desenvolvimento sustentável, na qual se propõe a empreender políticas e práticas que estejam sempre e cada vez em harmonia com o objetivo de promover um desenvolvimento que não comprometa as necessidades de gerações futuras. Pufe: Liberação de uma nuvem de poluente atmosférico, em um pequeno intervalo de tempo, usualmente alguns segundos ou minutos. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 8 de 35 Q Qualidade Ambiental: Refere-se ao resultado dos processos dinâmicos e interativos dos componentes do sistema ambiental, e define-se como o estado do meio ambiente numa determinada área ou região, como é percebido objetivamente em função da medição de qualidade de alguns de seus componentes, ou mesmo subjetivamente em relação a determinados atributos, como a beleza da paisagem, o conforto, o bem-estar. R Reflorestamento: Plantio de florestas em áreas que possuíam florestas anteriormente, mas sofreram mudança do uso da terra Reserva biológica: Tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. Reserva ecológica: Áreas cujo objetivo é a proteção e a manutenção das florestas, demais formações de vegetação natural, públicas ou particulares, e espaços considerados de preservação permanente. Reserva Extractivista: Área que corresponde a espaços destinados à exploração autossustentável e conservação de recursos naturais renováveis, por população extractivista. Reserva Florestal: Área extensa, desabitada, de difícil acesso e em estado natural. Dela se carece de conhecimento e tecnologia para uso racional dos recursos e então as prioridades nacionais, em matéria de recursos humanos e financeiros, impedem investigação de campo, avaliação e desenvolvimento, no momento. Resiliência (Ecológica): Medida da capacidade de um ecossistema absorver tensões ambientais sem mudar seu estado ecológico, percetivelmente, para um estado diferente. S Seca: O fenômeno que ocorre quando a precipitação foi significativamente inferior aos valores normais, provocando um sério desequilíbrio hídrico que afeta negativamente os sistemas terrestres de produção de recursos. Selo Verde: Selo colocado em produtos comerciais, indicando que a produção foi realizada de acordo com diretrizes pré-estabelecidas pela organização que emite o selo. Sistema ambiental: Conjunto dos processos e das interações dos elementos que compõem o meio ambiente, incluindo, além dos fatores físicos e bióticos, os de natureza socioeconómica, política e institucional. Sistema climático: O sistema climático é um sistema altamente complexo que consiste de cinco componentes principais: a atmosfera, a hidrosfera, a criosfera, a superfície terrestre e a biosfera, e as interações entre eles. O sistema climático evolui no tempo sob a influência de sua própria dinâmica interna e por causa de forças externas, tais como erupções vulcânicas, variações solares e alterações conduzidas pelo homem, como a alteração da composição da atmosfera e mudança no uso da terra. Smog: Denominação aplicada ao fenômeno da mistura do nevoeiro com a poluição atmosférica. Sumidouro de carbono Qualquer processo, atividade ou mecanismo que remova um gás de efeito estufa, um aerosol ou um precursor de um gás de efeito estufa e aerossóis da atmosfera, como as florestas e os oceanos. T Telhados verdes: Também chamados de ecotelhados ou biocoberturas, é a cobertura vegetal no topo de um edifício ou casa. Os telhados vivos são capazes de reduzir o escoamento de chuvas, ajudam na economia de energia e melhoram o nível de ruídos nas cidades. Transgênico: Planta ou um animal que teve incorporado, de maneira estável um ou mais genes oriundos de outra célula ou organismo, os quais podem ser transmitidos para as gerações futuras. Talude: É a porção dos fundos marinhos com declive muito pronunciado que fica entre a plataforma continental e a margem continental, onde começam as planícies abissais. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 9 de 35 Tectonismo: São movimentos internos da crosta terrestre que provocam modificações nas placas litosféricas. Nos choques a placa menos viscosa (mais aquecida) afunda sob a mais viscosa (menos aquecida). V Vale: É um acidente geográfico cujo tamanho pode variar de uns poucos quilômetros quadrados a centenas ou mesmo milhares de quilômetros quadrados de área. É tipicaente uma área de baixa altitude cercada por áreas mais altas, como montanhas ou colinas. Várzea: É uma campina plana às margens de um rio que em época de enchente é inundada com as águas deste último, ou seja, é um terreno baixo e plano que margeia osrios e ribeirões. Vulcanismo: É um conjunto de processos que determinam a saída de material magmático em estado sólido, líquido ou gasoso à superfície da crosta terrestre. 2. Dicionário de Topografia A Acidente topográfico: objecto ou fenómeno concreto, fixo e permanente, da superfície terrestre. Altitude elipsoidal: distância entre um lugar e a superfície do elipsóide de referência, medida segundo a normal a esta. Altitude ortométrica ou natural: distância vertical entre um lugar e o geóide, medida segundo a direcção do fio-de-prumo. Atlas: colecção organizada de cartas, concebida para cobrir um determinado espaço geográfico. Pode conter informação sobre um ou mais temas escolhidos tais como a política, a economia, a vegetação, etc. Azimute de uma direcção: ângulo diedro entre o plano do meridiano de um lugar e o plano vertical que contém a direcção considerada. Os azimutes são, em geral, medidos de 0 a 360º, a partir do Norte, no sentido dos ponteiros do relógio. B Bandeirola: vara de ferro, geralmente com 2 metros de comprimento e pintada de vermelho e branco em espaços de 0,5 metros, munida de uma ponta em forma de ferrão numa das extremidades para cravar no solo. As bandeirolas servem para materializar, provisoriamente, pontos do terreno, definir alinhamentos, etc. Batimétrica: o mesmo que isobatimétrica. Bolembreano: nome comum das construções em alvenaria de forma tronco-cónica que, em Portugal, são utilizadas como vértices geodésicos de 2ª e 3ª ordens. Bússola: instrumento composto por uma agulha metálica magnetizada suspensa sobre o seu ponto médio de forma a poder girar livremente sobre este. Por acção do campo magnético terrestre, a agulha magnética orienta-se sempre na direcção do Norte magnético, servindo de referência para a orientação. C Campo magnético terrestre: a Terra gera em torno de si um campo eléctrico bi-polar, funcionando assim como um gigantesco íman. As cargas eléctricas positivas e negativas desse campo acumulam-se em dois pólos opostos (pólos magnéticos) que se encontram próximos dos pólos geográficos mas não coincidem com estes. Carta: representação plana da superfície terrestre ou de outro corpo celeste e dos objectos e fenómenos aí localizados. Na terminologia portuguesa, a distinção entre os termos mapa e carta não está consolidada. De uma forma geral, mapa é um termo de utilização comum enquanto carta é usado no âmbito da cartografia topográfica e hidrográfica. Carta cadastral: o mesmo que planta cadastral. Carta corográfica: carta topográfica de escala intermédia, em regra compreendida entre 1/500000 Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 10 de 35 e 1/50000, que representa os traços gerais de países ou regiões (este termo encontra-se em desuso). Carta de base: carta cujo objectivo é a representação de informação geográfica de carácter genérico, comportando em geral um conjunto organizado de folhas que cobrem um país ou região. São cartas de base as cartas topográficas e hidrográficas. As cartas de base servem servem de suporte às cartas temáticas. Carta electrónica de navegação: carta náutica em suporte informático, associada a um sistema de visualização (sistema ECDIS: Electronic Chart and Display Information System). Carta física: carta temática que representa essencialmente os aspectos naturais da topografia e hidrografia da superfície terrestre (este termo encontra-se em desuso). Carta geográfica: carta topográfica de escala pequena, em regra inferior a 1/500000, que representa os traços mais gerais de vastas regiões do globo terrestre (este termo encontra-se em desuso) Carta hidrográfica: carta de base cujo objectivo é a representação de informação relativa aos oceanos, lagos e cursos de água. Não existindo em Portugal cartas hidrográficas propriamente ditas, o seu papel é, geralmente, desempenhado pelas cartas náuticas. Carta hipsométrica: carta temática que representa intervalos de altitudes através de cores hipsométricas. Carta náutica: cata temática destinada a apoiar a navegação marítima e que representa, sobre um fundo de informação topográfica e hidrográfica mais ou menos simplificado, outra informação específica relevante para a condução da navegação, tais como: perigos e ajudas à navegação, corredores de tráfego marítimo, informação oceanográfica e meteorológica, etc. Carta política: carta temática que representa informação caracterizadora de aspectos com relevância política dos países, especialmente as divisões territoriais e administrativas e os centros populacionais mais importantes (este termo encontra-se em desuso). Carta temática: carta cujo objectivo é representar informação ou apoiar actividades de carácter especializado. Tipicamente, as cartas temáticas apresentam, sobre um fundo de informação geral mais ou menos simplificado, muitas vezes extraído de cartas topográficas, hidrográficas e administrativas, fenómenos localizáveis de qualquer natureza, sob a forma qualitativa ou quantitativa. São cartas temáticas as cartas políticas, meteorológicas, demográficas, geológicas, etc. Carta topográfica: carta de base que representa, tão fiel e pormenorizadamente quanto a escala o permita, a topografia da superfície terrestre. Cartografia: ciência que trata da concepção, produção, difusão e utilização das cartas. Cartografia náutica: ramo da cartografia que trata das cartas náuticas. Cartografia temática: ramo da cartografia que trata das cartas temáticas. Cartografia topográfica: ramo da cartografia que trata das cartas topográficas. A produção das cartas topográficas é, pelo seu interesse nacional, normalmente atribuída a organismos estatais ou reconhecidos pelo estado, tais como o Instituto Geográfico Português e o Instituto Geográfico do Exército. Cartometria: ramo da cartografia que trata das medições efectuadas sobre as cartas. Centro ou ponto central de uma projecção Círculo máximo: circunferência originada pela intersecção de uma superfície esférica com um plano que contém o seu centro. Círculo menor: circunferência originada pela intersecção de uma superfície esférica com um plano que não contém o seu centro. Compilação cartográfica: processo de reunião, selecção e representação gráfica dos elementos de informação que serão representados numa carta. Estes elementos têm origem em documentação variada, que inclui outras cartas, fotografias aéreas, resultados de levantamentos topográficos e hidrográficos, etc. Convergência dos meridianos: ângulo entre os meridianos da rede geográficas e as meridianas de uma quadrícula cartográfica. Coordenadas: quantidades lineares ou angulares que definem a posição de um ponto no plano, no Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 11 de 35 espaço ou sobre uma dada superfície, relativamente a determinadas referências. Coordenadas cartográficas: coordenadas rectangulares definidas através de uma quadrícula cartográfica. Designam-se por distância à meridiana, M, e distância à perpendicular, P. Em inglês, representam-se por E (Easting) e N (Northing). Coordenadas geodésicas: coordenadas geográficas, latitude e longitude, definidas sobre a superfície de referência. Coordenadas geográficas: designam-se por latitude e longitude. Coordenadas polares: um sistemade coordenadas polares, no plano, é aquele que utiliza uma distância e um ângulo medidos a partir de uma origem e direcção arbitrários para referenciar a posição dos pontos. Coordenadas rectangulares: um sistema de coordenadas rectangulares, no plano, é aquele que utiliza duas medidas de distância rectilíneas a dois eixos perpendiculares entre si para referenciar a posição dos pontos relativamente a uma origem. Cores hipsométricas: escala convencional de cores destinada a representar intervalos de altitude. As cores são ordenadas do verde, para as menores altitudes, até ao castanho avermelhado ou ao branco, para as maiores, com exclusão do azul que é reservado para representação da batimetria. Cota: distância vertical entre um lugar e uma superfície tomada como referência. Curva de nível: linha que une pontos de igual cota ou altitude, originada pela intersecção de uma determinada superfície de nível com o relevo da superfície terrestre. Actualmente, as curvas de nível constituem um dos principais métodos de representação altimétrica nas cartas. D Data: plural de datum que, em latim, significa dádiva ou oferta. Datum geodésico: conjunto dos parâmetros que constituem a referência de um determinado sistema de coordenadas e que inclui a definição do elipsóide de referência e a sua posição relativamente ao globo terrestre. Datum global: datum geodésico utilizado na cobertura geral do globo terrestre, escolhido de forma a fazer coincidir o centro de massa da Terra com o centro do elipsóide de referência e o eixo da Terra com o eixo menor do elipsóide, procurando assim minimizar, globalmente, as diferenças entre este e o geóide. Os sistemas de posicionamento globais, como o GPS, por exemplo, utilizam um datum global. Datum local: datum geodésico utilizado na cobertura de países ou regiões do globo, escolhido de forma a minimizar as distâncias entre o geóide e o elipsóide de referência numa determinada zona de interesse. Declinação magnética: ângulo entre as direcções do Norte geográfico e do Norte magnético, observadas a partir de um determinado lugar e num determinado momento. Desvio da vertical: ângulo entre a vertical do lugar e a normal ao elipsóide de referência que passa no ponto considerado. Distância à meridiana: abcissa de um ponto numa quadrícula cartográfica, relativamente à meridiana origem. Distância à perpendicular: ordenada de um ponto numa quadrícula cartográfica, relativamente à perpendicular origem. Distância horizontal: projecção da distância observada entre dois pontos da superfície terrestre sobre um plano horizontal. Distância reduzida ou natural: distância entre dois pontos do terreno projectada sobre a superfície de referência. Distância observada ou rectilínea: distância medida segundo o segmento de recta que une directamente dois pontos do terreno. E Eixo da Terra: linha imaginária em torno da qual a Terra executa o seu movimento de rotação diurno. Este eixo é oblíquo relativamente ao plano da elíptica e mantém—se paralelo a si mesmo ao longo do movimento anual de translação da Terra em torno do Sol. Elipsóide de referência: elipsóide utilizado como referência geodésica. Trata-se geralmente de um Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 12 de 35 elipsóide de revolução, podendo, em circunstâncias especiais, ser um elipsóide triaxial. Elipsóide de revolução: sólido formado pela revolução de uma elipse em torno do seu eixo menor. Elipsóide internacional: designação comum do elipsóide de Hayford, adoptado internacionalmente em 1924 como superfície de referência. Elíptica: linha que representa o movimento anual de translação da Terra em torno do Sol. Equador: círculo máximo originado pela intersecção de um plano perpendicular ao eixo da Terra com a superfície desta no ponto em que a divide em duas calotes semelhantes a que se chamam hemisférios. Sobre o equador, a latitude é zero. Equidistância gráfica: equidistância natural reduzida à escala da carta. Equidistância natural: distância vertical entre duas curvas de nível contíguas. A equidistância natural utilizada numa carta é sempre constante, mas pode variar de carta para carta em função da escala e das características do terreno representado. Escala: razão entre uma dimensão real de um objecto e a sua correspondente representação na carta. Escala das latitudes: linha graduada em unidades de latitude que, em certos casos, é impressa nas margens laterais das cartas. Escala das longitudes: linha graduada em unidades de longitude que, em certos casos, é impressa nas margens superior e inferior das cartas. Escala gráfica: segmento de recta graduado em unidades de comprimento, destinado à indicação de distâncias naturais sobre a carta. Escala numérica: é a expressão da escala de uma carta, em regra na forma de uma fracção, em que o numerador é uma unidade de medida na carta e o denominador é o correspondente número de unidades no real (por exemplo, 1/5000 ou 1:5000). Esfera celeste: entidade imaginária que representa o limite do Universo. Estação total: teodolito moderno, munido de um conjunto de ferramentas tais como o distanciómetro electromagnético, capacidade de armazenamento de dados em memória, software de processamento de dados, etc., que permitem executar, para além das funções básicas de medição de ângulos verticais e horizontais, todas as operações topográficas modernas de forma rápida e simplificada. F Fio-de-prumo: instrumento composto por um corpo metálico, geralmente com uma forma pontiaguda, suspenso numa das extremidades de um fio. Por acção da força da gravidade, o corpo é atraído para o solo mantendo o fio na vertical, servindo assim de referência em situações em que seja necessário verticalizar planos ou eixos, como por exemplo, no estacionamento de aparelhos topográficos. Fotogrametria: técnica de aquisição de dados topográficos a partir de pares estereoscópicos de fotografias aéreas tomadas na vertical, obtidas por câmaras fotográficas colocadas em aviões ou por sensores instalados em satélites. G Geodesia: ciência que se ocupa do estudo da forma e das dimensões do planeta Terra. Geodésica: linha sobre a qual é definido o caminho mais curto entre dois pontos da superfície. No plano, a geodésica é uma recta; na esfera é um arco de círculo máximo; no elipsóide é, em geral, uma linha torsa. Geóide: superfície equipotencial do campo gravítico terrestre aproximadamente coincidente com o nível médio das águas do mar supostamente prolongado sob os continentes. GPS: acrónimo de Global Positioning System, o GPS é um sistema de posicionamento global que permite determinar as coordenadas de qualquer ponto à superfície da Terra a partir de sinais emitidos por satélites colocados em órbita. O GPS é um sistema militar da responsabilidade do USDoD, Departamento de Defesa Norte Americano, mas dentro de poucos anos estará disponível um sistema europeu semelhante ao GPS, designado Galileu, que será inteiramente de utilização civil. Gravímetro: aparelho destinado a medir a força de atracção gravítica da Terra. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 13 de 35 Greenwich: localidade situada nos arredores da cidade de Londres, capital de Inglaterra, cujo meridiano foi adoptado internacionalmentecomo referência para medição das longitudes. Todos os pontos da superfície terrestre que se encontrem sobre o semi-meridiano positivo de Greenwich (lado de Inglaterra) têm longitude zero. Todos os pontos que se encontrem no semi-meridiano negativo de Greenwich (oposto a Inglaterra) têm longitude 180º. H Hidrografia: ciência que se ocupa da observação e representação dos oceanos, lagos e cursos de água. Em Portugal, a hidrografia está a cargo do Instituto Hidrográfico da Marinha. I Implantação: conjunto de operações que visa a materialização no terreno de pontos fundamentais para a construção de uma obra tal como esta se encontra definida no projecto. Isóbata: o mesmo que isobatimétrica. Isobatimétrica: linha de sonda reduzida constante assinalada numa carta. Isogónica: linha de igual declinação magnética. L Latitude: ângulo entre o plano do equador e a normal à superfície de referência que passa pelo ponto considerado. A latitude varia de 0 a 90º para Norte ou de 0 a 90º para Sul conforme o ponto considerado se encontre no hemisfério Norte ou no hemisfério Sul, respectivamente. Latitude geodésica: ângulo entre o plano do equador e a normal à superfície do elipsóide de referência que passa pelo ponto considerado. Levantamento hidrográfico: operação de aquisição dos dados necessários à elaboração das cartas hidrográficas e das cartas náuticas. Um levantamento hidrográfico inclui, tipicamente, a medição do relevo do fundo e a determinação da sua natureza, a observação dos objectos situados no mar ou em terra que sejam relevantes para a condução da navegação, assim como a observação das marés e correntes. A medição das profundidades é geralmente realizada através de sondadores acústicos instalados em navios e embarcações. Levantamento topográfico: conjunto de operações que visa a aquisição de dados quantitativos e qualitativos necessários à elaboração das cartas topográficas. No chamado método clássico, os dados são adquiridos no terreno por observação directa dos acidentes topográficos, utilizando instrumentos ópticos e electrónicos (níveis, teodolitos, estações totais, etc.) na medição de ângulos, distâncias e cotas. No chamado método fotogramétrico, os dados são obtidos por análise e medição de pares estereoscópicos de fotografias aéreas, obtidas por câmaras aerotransportadas ou por sensores instalados em satélites. Limbo: disco graduado no qual são efectuadas as leituras dos ângulos verticais ou horizontais nos teodolitos. Longitude: ângulo diedro entre o plano do meridiano de Greenwich e o plano do meridiano do ponto considerado. A longitude varia de 0 a 180º para Este ou de 0 a 180º para Oeste conforme o ponto considerado se encontre para a direita ou para a esquerda do meridiano de Greenwich, respectivamente. Longitude geodésica: ângulo diedro entre o plano do meridiano geodésico de Greenwich e o plano do meridiano geodésico do ponto considerado. Loxodrómia: linha da esfera ou do elipsóide de referência que faz um ângulo constante com os meridianos. Em navegação, uma loxodrómia corresponde a um trajecto realizado com um rumo constante. M Mapa: o mesmo que carta. Mapa-múndi: carta que representa o globo terrestre em dois hemisférios separados, com envolvente circular. Marégrafo: aparelho destinado a medir as variações das marés. Meridiana: linha de abcissa constante numa quadrícula cartográfica. Meridiana origem: meridiana de uma quadrícula cartográfica que coincide com o meridiano central da projecção e que constitui, em regra, a linha de abcissa zero do sistema de coordenadas cartográficas. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 14 de 35 Meridiano: círculo máximo originado pela intersecção de um plano que contém o eixo de rotação da Terra com a superfície desta. Todos os meridianos passam pelos pólos geográficos da Terra. Sobre um meridiano, a longitude é constante. Meridiano central: meridiano que constitui um eixo de simetria das propriedades geométricas de algumas projecções cartográficas. Meridiano de Greenwich: meridiano que passa em Greenwich e que foi adoptado internacionalmente como referência para medição das longitudes. Todos os pontos da superfície terrestre que se encontrem sobre o semi-meridiano positivo de Greenwich (lado de Inglaterra) têm longitude zero. Todos os pontos que se encontrem no semi-meridiano negativo de Greenwich (oposto a Inglaterra) têm longitude 360º. Meridiano geodésico: a elipse cujo plano contém o eixo menor do elipsóide de referência e a normal ao elipsóide que passa no ponto considerado. Milha marítima: comprimento de um minuto de arco de meridiano que varia entre 1843 metros (junto dos pólos) e 1855 metros (junto do equador). Milha náutica: unidade de comprimento igual a 1852 metros. Mira: régua graduada, geralmente até ao centímetro, utilizada em operações de nivelamento ou em levantamentos de terrenos efectuados com taqueómetro. As miras têm geralmente 2, 3 ou 4 metros de comprimento, e podem ser construídas em madeira, alumínio ou ínvar. Modelo da Terra: o mesmo que superfície de referência. Modelo digital do terreno: malha rectangular ou triangular de valores de altitude ou de sonda reduzida, por vezes estimados através de métodos de interpolação, a partir de dados observados. Método das normais: método de representação cartográfica do relevo através de segmentos de recta orientados no sentido do maior declive. O método caiu em desuso em favor das curvas de nível, sendo somente utilizado para representar certas zonas de declive muito acentuado. N Nadir: ponto de intersecção da esfera celeste com a vertical de um lugar, no sentido descendente desta. Nível: aparelho topográfico munido de uma luneta com capacidade para rodar em torno de um eixo vertical. Quando estacionado, as linhas de visada efectuadas através da luneta mantém-se perfeitamente horizontais, o que possibilita a determinação de desníveis entre pontos do terreno através de leituras efectuadas numa mira posicionada sobre estes. A esta operação dá-se o nome de nivelamento geométrico. Nivelamento: conjunto de operações cujo objectivo é a determinação de desníveis entre pontos do terreno com o máximo rigor possível. Nivelamento geométrico: método de nivelamento utilizando um nível topográfico e uma mira. O desnível entre dois pontos é calculado pela diferença de leituras na mira efectuadas com esta verticalizada sobre os pontos que se pretende nivelar. Nivelamento trigonométrico: método de nivelamento utilizando uma estação total e um prisma reflector. O desnível entre dois pontos é calculado através de cálculos trigonométricos, considerando a distância entre os pontos e o ângulo zenital da linha de visada. Norte cartográfico: o sentido positivo das meridianas numa quadrícula cartográfica. Norte geográfico: a direcção do pólo Norte definida pelos meridianos. Norte magnético: a direcção para onde aponta a agulha magnética de uma bússola quando se encontra sob a acção do campo magnético da Terra. O Ortodrómia: arco de círculo máximo na esfera sobre o qual se define o caminho mais curto entre dois pontos. Ortofotocarta: representação cartográfica construída a partir de fotografias aéreas verticais rectificadas. Ortofotomapa: o mesmo que ortofotocarta. DicionárioMaputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 15 de 35 P Paralela: linha de ordenada constante numa quadrícula cartográfica. Paralelo: círculo menor originado pela intersecção de um plano paralelo ao equador com a superfície da Terra. Sobre um determinado paralelo, a latitude é constante. Par estereoscópico: conjunto de duas fotografias aéreas tomadas na vertical, obtidas a partir de câmaras colocadas em aviões ou por sensores instalados em satélites, que mostram a mesma zona do terreno visualizada segundo perspectivas diferentes. Através de um restituidor estereoscópico, é possível visualizar as duas imagens em simultâneo, sobrepostas, de forma a criar um modelo tridimensional do terreno. Perpendicular origem: linha perpendicular à meridiana origem no ponto central de uma quadrícula cartográfica, em regra de ordenada nula. Planimetria: representação numa carta topográfica de um conjunto de objectos fundamentais que caracterizam um determinado terreno. Os elementos planimétricos são, por exemplo, as casas, as estradas e caminhos, os caminhos de ferro, os rios e ribeiros, as igrejas e muitos outros. Estes elementos são representados nas cartas através de uma simbologia cartográfica convencional que vem identificada através de uma legenda. Planímetro: aparelho destinado a medir áreas de figuras planas representadas no papel. Planisfério: representação cartográfica de todo o globo terrestre, numa única superfície contínua. Plano cartográfico: o plano da carta, no qual são estabelecidas as coordenadas cartográficas. Plano hidrográfico: carta náutica de escala grande, representando pequenas áreas costeiras ou portuárias, em regra inserida numa outra carta náutica de escala inferior. Plano portuário: plano hidrográfico relativo a uma zona portuária. Plano topográfico: plano tangente à superfície da Terra, utilizado como superfície de referência em planimetria e sobre o qual são efectuadas as medições topográficas de distâncias e ângulos horizontais. Planta cadastral: carta de escala grande, destinada a representar os limites das propriedades rústicas ou urbanas. Planta topográfica: carta topográfica de escala grande, em regra igual ou superior a 1/10000, a qual representa uma área suficientemente pequena para que a curvatura da Terra possa ser ignorada e a escala possa ser considerada constante. Pólos geográficos: pontos de intersecção do eixo de rotação da Terra com a superfície da mesma. Pólos magnéticos: pontos de acumulação de cargas eléctricas do campo magnético bi-polar que a Terra gera em torno de si. Os pólos magnéticos encontram-se próximos dos pólos geográficos mas não coincidem com estes, estando afastados cerca de 1000km. Ponto central: numa quadrícula cartográfica, o ponto de intersecção da meridiana origem com a perpendicular origem, em regra coincidente com a origem das coordenadas cartográficas. Ponto cotado: ponto do terreno representado numa carta acompanhado com a sua respectiva cota ou altitude. Ponto de fixação: ponto de uma rede geodésica clássica onde se estabelece a relação entre o geóide e o elipsóide de referência. Nesse ponto, o desvio da vertical é nulo, ou seja, a normal ao elipsóide é coincidente com a vertical do lugar. Ponto de nível: o mesmo que ponto cotado. Ponto origem do datum: o mesmo que ponto de fixação. Precisão: grau de refinamento de um valor ou medição, normalmente expresso pelo número de algarismos significativos. Assim, por exemplo, precisão que 3,14. Prisma reflector: bloco de cristal cujas faces se encontram cortadas segundo uma determinada configuração geométrica que permite a reflexão dos raios luminosos incidentes numa direcção paralela à de incidência. Os prismas reflectores são utilizados em conjunto com as estações totais, sendo fundamentais para a medição de distâncias com o distanciómetro electro-magnético. Projecção cartográfica: transformação de uma rede geográfica de meridianos e paralelos, definida Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 16 de 35 sobre a esfera ou elipsóide de referência, num plano, por meio de processos geométricos ou analíticos. Q Quadrícula cartográfica: malha quadrada formada pelas meridianas e paralelas de uma carta na qual se encontra definido o sistema de coordenadas cartográficas. A quadrícula está geralmente graduada em quilómetros. R Rede geodésica: conjunto de pontos distribuídos num determinado território, formando uma malha triangular cujos vértices se encontram definidos com exactidão no que respeita às suas coordenadas e altitudes. Os vértices da rede geodésica encontram-se materializados no terreno por construções de alvenaria designadas marcos topográficos, constituindo assim um referencial de apoio à cartografia e às operações topográficas em geral. Restituidor estereoscópico: aparelho que permite visualizar simultaneamente as duas fotografias aéreas que constituem um par estereoscópico, possibilitando assim a visualização do terreno em três dimensões. Rumo: ângulo entre uma direcção observada a partir de um determinado ponto e a direcção Norte- Sul. O rumo mede-se a partir do Norte, para Este ou para Oeste, ou a partir do Sul, para Este ou para Oeste. S Sapata: peça de aço munida com um espigão metálico na parte superior que, colocada no solo, serve de base para posicionamento da mira nos pontos de transporte de cota em operações de nivelamento geométrico. Símbolo cartográfico: numa carta, é a representação gráfica esquemática ou simplificada de um determinado objecto ou fenómeno existente no terreno. Os símbolos podem ser pontuais, lineares ou em mancha. Símbolo em mancha: símbolo cartográfico em forma de mancha colorida ou preenchida com um padrão gráfico, utilizado para representar objectos com extensão superficial, como por exemplo, lagos, pântanos e zonas arborizadas. Símbolo linear: símbolo cartográfico utilizado na representação de objectos de forma linear ou demasiado estreitos para serem representados à escala, como por exemplo, limites administrativos, cursos de água e linhas eléctricas de alta tensão. Símbolo nominal: símbolo cartográfico cuja forma só depende da natureza do objecto representado, não expressando qualquer informação sobre a sua dimensão ou importância relativa, como por exemplo, vértices geodésicos e fronteiras. Símbolo ordinal: símbolo cartográfico cuja forma, dimensão ou padrão é variável com a dimensão ou importância do objecto representado, como por exemplo, as vias de comunicação e os aglomerados populacionais. Símbolo pontual: símbolo cartográfico associado a uma determinada posição geográfica, utilizado na representação de objectos localizados num ponto ou cujas dimensões são irrelevantes ou demasiado pequenas para serem representadas à escala, como por exemplo, os pontos cotados. Sistema de referência: conjunto de parâmetros que estabelecem, inequivocamente, as coordenadas geodésicas e cartográficas dos lugares representados numa carta. Inclui-se num sistema de referência o datum geodésico, a projecção cartográfica, a localização do ponto central da quadrícula cartográfica e a origem das suas coordenadas cartográficas. Sonda reduzida: distância vertical entre o fundo e o zero hidrográfico. Superfície de nível: superfície equipotencial do campo gravítico. Superfície de projecção: superfície teórica (cone, planoou cilindro) sobre a qual a superfície de referência cartográfica é projectada, na construção de uma projecção cartográfica. Superfície de referência: superfície teórica destinada a servir de modelo à superfície da Terra. São utilizadas, como superfícies de referência, o plano, a esfera e o elipsóide de revolução. T Taqueómetro: teodolito munido de uma luneta estadiada, permitindo assim executar, para além das funções básicas de medição de ângulos Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 17 de 35 verticais e horizontais, a medição de distâncias pelo método estadimétrico com a ajuda de uma mira. Talão: extremo esquerdo de algumas escalas gráficas, mais finamente graduado e com a graduação invertida, de forma a possibilitar uma medição de distâncias mais exacta sobre a carta. Teodolito: aparelho munido de uma luneta com capacidade para rodar em torno de um eixo horizontal e de um eixo vertical de forma a possibilitar a medição de ângulos verticais e horizontais entre direcções observadas no terreno. Topografia: conjunto de ciência e tecnologia que se ocupa do levantamento de terrenos com vista à sua representação em cartas topográficas, à implantação de obras tal como estas se encontram definidas no projecto e ao controlo de estruturas para detecção de deslocações ou afundamentos. Tripé: instrumento auxiliar, munido de uma mesa e três pernas extensíveis, que permite estacionar os aparelhos topográficos no terreno de uma forma estável e segura. Os tripés podem ser de madeira ou de alumínio. V Vertical do lugar: linha de acção da força da gravidade num determinado lugar, materializada pelo fio-de-prumo. A vertical do lugar é sempre perpendicular à superfície do geóide. Vértice geodésico: construções em alvenaria, geralmente caiadas de branco, que materializam no terreno os vértices da rede geodésica. Existem vários modelos de vértices geodésicos utilizados de acordo com a ordem de precisão a que pertencem, sendo mais vulgares os do tipo “bolembreano”, assim designados por terem sido primeiramente utilizados na povoação de Bolembre, Sintra. Z Zero hidrográfico: superfície que serve de referência à medição das sondas reduzidas. Por motivos de segurança, o zero hidrográfico coincide com a maré mais baixa. Zénite: ponto de intersecção da esfera celeste com a vertical de um lugar, no sentido ascendente desta. 3. Dicionário de Arquitectura A Ábaco: Aparador de mesa para vaso. Parte superior do capitel, sobre que repousa a arquitrave. Desenho para se realizarem certos cálculos por meio de linhas, eliminando as operações matemáticas. Abalo: Fazer tremer. Tremor de terra, terremoto. Abalroar - Encontrar-se, chocar-se. Abaular: Diz-se quando uma superfície esta encurvada, quer seja na horizontal como lajes ou vigas, quer seja também em paredes. Pode ser um recurso técnico para escoamento de águas, pode ser um recurso estético. Abaulado: Superfície encurvada. Expressão geralmente usada quando existe um defeito Abar - Pôr abas. Abarracamento - O mesmo que acampamento. Conjunto de barracas. Abegoaria - Telheiro para guardar carroças, arreios e mesmo gados. Abertura: Todo e qualquer rasgo na construção, seja para dar lugar a portas e janelas, seja para criar frestas ou vãos. Construções ou planejamento urbano que desviam-se do tipo normal existente no meio Abóbada: Construção arquitetônica levantada em arco ou em forma de cunha. Cobertura encurvada. Do ponto de vista geométrico, a abóbada tem origem num arco que se desloca e gira sobre o próprio eixo, cobrindo toda a superfície do teto. As abóbadas de acordo com a forma do arco de origem. Abóbada ogival, também chamada gótica, cujo arco tem forma de ogiva, é uma marca da arquitetura árabe. Abóbada aviajada tem origem em um arco cujas extremidades estão em desnível. Há ainda a abóbada de lunetas. De menor altura, esse tipo está presente nas casas de estilo colonial americano e facilita a iluminação interior. Aboletar: Acomodar -se. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 18 de 35 Abraçadeira: Peça metálica que, normalmente, segura as vigas ou tesouras do madeiramento. Também fixa peças, como tubos, em paredes. Abrasão: Desgaste causado nas superfícies pelo movimento de pessoas ou objetos. Abrigo: Lugar onde se protege os objetos ou pessoas das intempéries. Os abrigos tem sempre duas aberturas, sendo que a expressão normalmente é utilizada para guarda de veículos. Acabamento: Revestimento final das paredes, pisos, pilares, tetos e cobertura. Acervo Técnico: Documento que é emitido pelo Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CREA) que apresenta os serviços executados pelo profissional na empresa contratante. Em São Paulo é conhecido como CAT (Certidão de Acervo Técnico). Acesso: É um caminho de entrada ou saída para um determinado local, que pode ser através de uma rampa, escada ou corredor. Acetinado: Todo material tratado para parecer com o cetim. Acidente - Irregularidades geográficas. Aclimação: Processo pelo qual o homem se adapta a um clima diverso. Aclive - Desnível considerado de baixo para cima; íngreme. Aço - Ferro combinado com carbono e endurecido pela têmpera. Aço-carbono - Liga de aço e carbono que resulta num material leve e de grande resistência. Acobertar: Expressão usada para aqueles maus profissionais que assinam projetos e não acompanham a execução da obra, deixando o leigo tocar a obra sem orientações técnicas. O profissional está acobertando o leigo no exercício ilegal da profissão. Acomodação - Cômodo, adaptação espacial. Acrópole: Cidadela na parte mais elevada das cidades gregas. Aconchado: Diz-se do teto construído de forma que aproveita o vão do telhado Adega: Aposento em geral existente no subterrâneo onde se guardam o vinho e outras bebidas alcoólicas. Despensa para azeite, mel e outros líquidos. Adensamento: Expressão usada para a ocupação urbana. Adobe: Tijolo feito com uma mistura de barro cru, areia em pequena quantidade, estrume e fibra vegetal. Afagar: Nivelar, aplainar, desbastar, saliências ou alisar madeiras. Afresco: Técnica de pintura usada na Renascença italiana. Trabalha o revestimento ainda húmido de paredes e tetos, permitindo a absorção da tinta. Aglomerado: Placa prensada, composta de serragem compacta com cola e fechada com duas lâminas de madeira. Agregado: É o material mineral (areia, brita, etc.) ou industrial que entra na preparação do concreto. Agrimensor: Topógrafo. Profissional que estuda os níveis e as características do terreno para ajudar o arquiteto no seu trabalho. Agrimensura: Medição da superfície do terreno. Água de telhado - Cada uma das superfícies inclinadas da cobertura, que principia no espigão horizontal (cumeeira) e segue até a beirada. Água-furtada: Vão entre as tesouras do telhado. Ângulo do telhado por onde correm as águas pluviais. Espécie de sótão. Água-mestra: Nos telhados retangulares de quatro águas, é o nome que se dá às duas águas de forma trapezoidal. As duas águas triangulares são chamadas de tacaniças. Alambrado: É a cerca feita com fios de arame que delimita um terreno. Alçapão - Portinhola no piso ou no forro que dá acesso a porões ou sótãos. Alçar - Levantar a parede, construir. Alcova: Quarto pequeno de dormir, sem aberturaspara o exterior, que faz comunicação com ante- salas. Do árabe al-qubbâ, que significa abóbada. Aldrava: O mesmo que aldraba. Argola que fica do lado de fora da porta e serve de instrumento para bater à porta. Alicerce: O mesmo que Fundação. Almofada - Na marcenaria e carpintaria, peça com saliência superposta à superfície. Alpendre: Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas e vãos. Geralmente, fica localizada na entra da casa. Aos alpendres maiores dá-se o nome de varanda. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 19 de 35 Alpino: Tipo de construção com elementos comuns às casas das regiões dos Alpes, especialmente da Suíça e do norte da Itália. Alto-relevo: Saliência criada e definida numa superfície plana. Alvará de construção: Documento emitido pela prefeitura do município onde a construção está localizada que licencia a execução da obra. Alvenaria: Conjunto de pedras, de tijolos ou de blocos - com argamassa ou não - que forma paredes, muros ou alicerces. Quando esse conjunto sustenta a casa, ele é chamado de alvenaria estrutural. O próprio trabalho do pedreiro. Almofada: Na marcenaria e carpintaria, peça com saliência superposta à superfície. Alpendre: Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas e vãos. Geralmente, fica localizada na entra da casa. Aos alpendres maiores dá-se o nome de varanda. Alpino: Tipo de construção com elementos comuns às casas das regiões dos Alpes, especialmente da Suíça e do norte da Itália. Alto-relevo: Saliência criada e definida numa superfície plana. Alvará de construção: Documento emitido pela prefeitura do município onde a construção está localizada que licencia a execução da obra. Alvenaria: Conjunto de pedras, de tijolos ou de blocos - com argamassa ou não - que forma paredes, muros ou alicerces. Quando esse conjunto sustenta a casa, ele é chamado de alvenaria estrutural. O próprio trabalho do pedreiro. Amianto: Tem origem num mineral chamado asbesto e é composto de filamentos delicados, flexíveis e incombustíveis. É usado na construção de refratários, como churrasqueiras, e na composição de algumas caixas d’água. Andaime: Plataforma usada para alcançar pavimentos superiores das construções. Angelim-vermelho: Madeira de construção de cor castanho-rosada. Encontrada na região norte do país. Arco: Semicircunferência que cobre um vão. Nome dado á construção que dá origem às abóbadas. Ardósia: Pedra azulada ou esverdeada, macia e de corte fácil. Pode ser usada em revestimentos internos ao natural ou impermeabilizada com resina acrílica. Risca com facilidade. Arenito: Rocha dura composta de pequenos grãos de quartzo, calcário ou feldspato, usada em pisos externos. Nos pisos internos, o arenito normalmente recebe polimento e rejunte de granilite. Argamassa: Mistura de materiais inertes (areia) com materiais aglomerantes (cimento e/ou cal) e água, usada para unir ou revestir pedras, tijolos ou blocos, que forma conjunto de alvenaria. Ex.: argamassa de cal (cal + areia + água). A argamassa magra ou mole é a mistura com menor quantidade de aglomerante (cal e/ou cimento), responsável pela aglutinação. Já a argamassa gorda tem o aglomerante em abundância. Aroeira: Madeira em extinção, proveniente do nordeste do país. Sua cor varia do castanho ao avermelhado-escuro. Pode ser empregada na construção ou na marcenaria. Arquiteto: Profissional que projeta ou idealiza uma construção. Possui a arte da composição, o conhecimento dos materiais e de suas técnicas e a experiência na execução de obras. Arquitetura: Arte de construir edifícios para qualquer finalidade, tendo em vista o conforto humano, a realidade social e o sentido plástico da época em que se vive. Uma das artes mais antigas. Escritos medievais são ilustrados com Deus segurando um compasso e esquadro, uma alusão ao arquiteto do universo. Arquitrave: Viga de sustentação que, em suas extremidades, se apóia em colunas. Arrematar - Finalizar um serviço na fase de acabamento da obra. Autoportante: Elemento que tem rigidez mecânica suficiente para sustentar a si mesmo com apoio em uma só extremidade. Azulejo: Ladrilho. Placa de cerâmica polida e vidrada de diversas cores. A origem do azulejo remonta aos povos babilônicos. Com os árabes os azulejos ganharam mais difusão, marcando fortemente a arquitetura moura na Península Ibérica. Originalmente, os azulejos apresentavam relevos, característica que sobrevive até hoje. Dicionário Maputo, aos 20 de maio de 2015 Pág. 20 de 35 B Bacia: O mesmo que vaso sanitário. Baixo-relevo: Trabalho de escultura em que as figuras sobressaem muito pouco em relação á superfície que lhes serve de fundo. Balaústre: Pequena coluna ou pilar que sustenta com os outros espaçados uma travessa ou corrimão. Balanço: Saliência ou corpo que se projeta para além da prumada de uma construção, sem estrutura de sustentação aparente. Balcão: Elemento em balanço, na altura de pisos elevados, disposto diante de portas e janelas. É protegido com grades ou peitoril. Baldrame: Viga de concreto que fica no alicerce das edificações; também conhecida como sapata corrida. Baliza: Marco ou estaca que assinala um limite. Balizador: Pequena haste cilíndrica, com uma ou mais lâmpadas, usada em iluminação de jardins. Bandeira: Caixilho fixo ou móvel, favorecendo a iluminação e a ventilação dos ambientes. Banheiro: O mesmo que sanitário, geralmente vem acompanhado de chuveiro, vaso sanitário e pia. Baraúna: Madeira muito empregada na construção civil e na marcenaria. Barrado - Lambris, revestimento colocado nas partes inferiores das paredes. Barrote: Pequena peça de madeira, chumbada com massa na laje, que permite fixar o piso de tábua. Tem de 3 a 5 centímetros de comprimento e de 2,5 a 3,5 centímetros de altura. Basalto: Rocha muito dura, de grão fino e cor escura, usada na pavimentação de estradas e na construção. Basculante: Sistema empregado em portas e janelas, onde as peças giram em torno de um eixo até atingir a posição perpendicular em relação ao batente ou à esquadria, abrindo vãos para a ventilação. Bate-estaca: Equipamento usado para cravar a estaca no solo. Batente: Rebaixo onde a porta ou a janela se encaixam para fechar. A folha que fecha primeiro, na porta ou janela. Bloco: Caixa de concreto usada nas fundações - também conhecida como sapata isolada. Bloco - Designa edifícios que constituem uma só massa construída. Bloco cerâmico: Elemento de vedação com medida-padrão. Pode ter função estrutural ou não. Bloco de Concreto: Tijolo de concreto com espessura de 0.10m, 0.15m e 0.20m - existem blocos estruturais que suportam cargas e blocos para fechamentos. Bloco de vidro: Elemento de vedação que ajuda a iluminar o ambiente. Bloco sílico-calcário - Mistura de areia silicosa e cal virgem. Tem função estrutural. Bloquete: Piso de cimento sextavado de alta resistência para pavimentações. Brise: Do francês brise-soleil. Quebra-sol composto de peças de madeira, concreto, plástico ou metal. Instalado vertical ou horizontalmente diante de fachadas para impedir a ação do sol sem perder a ventilação. Brita: Pedra fragmentada. Broca: Estaca usada em fundações de casas simples, assentadas sobre terrenos que suportam pouco peso. O solo é perfurado
Compartilhar