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INTRODUÇÃO A FISIOLOGIA DA DOR

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Introdução a fisiologia da dor
 De acordo com a definição adotada pela International Association for the Study for Pain, a dor é uma experiência multidimensional desagradável, envolvendo não só um componente sensorial mas também um componente emocional, e que se associa a uma lesão tecidual concreta ou potencial, ou é descrita em função dessa lesão.
 Muitas enfermidades do corpo causam dor. Além disso as capacidades de diagnosticar diferentes doenças dependem em grande parte, do conhecimento medico das diversas qualidades de dor.
 Na grande maioria dos casos a dor resulta da ativação de neurónios aferentes primários específicos, os nociceptores, ou da lesão ou disfunção desses nociceptores ou do sistema nervoso central. A dor causada por uma (excessiva) estimulação dos nociceptores localizados na pele, vísceras e outros órgãos designa-se dor nociceptiva, enquanto a que resulta de uma disfunção ou lesão do sistema nervoso central ou periférico é a chamada dor neuropática, também referida como dor central caso a lesão se verifique no sistema nervoso central.
A dor é classificada em dois tipos principais: dor aguda e dor crônica.
A dor aguda A é definida como “dor de início recente e de provável duração limitada, havendo normalmente uma definição temporal e/ou causal. Ela também é chamada de dor rápida e é sentida dentro de 0,1 segundo após a aplicação de estímulo doloroso.
A dor lenta ou dor crônica, como é mais conhecida, está associada à destruição tecidual. É uma dor prolongada no tempo (duração igual ou superior a 3-6 meses ou que persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem), pode levar a um tipo de sofrimento que parece quase insuportável. A dor crônica é, por isso, de difícil identificação temporal e/ou causal podendo gerar diversos estágios patológicos.
Existem três tipos de estímulos que que excitam os receptores para dor: Mecânicos, térmicos e químicos. Em geral a dor aguda é causada por estímulos mecânicos e térmicos, enquanto a dor crônica é caudada por estímulos químicos.
Quanto ao tipo, a dor é classificada em: dor somática, dor visceral e dor neuropática.
A dor somática é uma dor proveniente da pele, músculos, articulações, ossos ou ligamentos, dividindo-se ainda em dor superficial ou profunda. A dor superficial apresenta uma instalação aguda e imediata, enquanto a dor profunda tem tendência a ser uma dor inicialmente silenciosa.
A dor visceral tem origem nos órgãos internos e pode revelar infeção, inflamação, modificações da motilidade dos órgãos, neoplasia, alterações nos nervos transmissores das sensações viscerais, ou isquemia. É descrita como uma dor subjetiva, profunda, apresentada sob a forma de espasmos ou cãibras
A dor neuropática é definida como: “dor que ocorre como consequência direta de uma lesão ou doença do sistema nervoso somatossensorial”. Esta lesão poderá ser parcial ou total e pode localizar-se a qualquer nível do sistema nervoso, tanto a nível central como periférico.
A dor é um dos sinais clínicos da inflamação, nos quais são eles: dor, rubor, calor, edema e perda de função.

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