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Bioquímica Bloco 2 Metabolismo Integrado (Parte 1) Nessa primeira parte do metabolismo integrado vamos entender como funciona a relação dos estados nutricionais (jejum, jejum prolongado, estado de alimentação e realimentação) com os diferentes órgãos do nosso corpo. Objetivo do metabolismo energético Estabelecer o balanço entre produção e utilização de energia Captura da energia proveniente dos alimentos, na forma útil para célula. Utilização dessa energia para atender a demanda metabólica do organismo. Utilização de combustível variável pelo homem para demanda variável Nós temos períodos de jejum: que consiste no período entre alimentações E também períodos de estado alimentado: é o estado logo após a alimentação, que em média, ocorre 3 vezes por dia. No estado alimentado, nós temos combustível disponível para ser utilizado. Esse combustível será oxidado para formar energia útil na forma de ATP para a célula. Sendo que parte dessa energia será utilizada para a demanda metabólica variável e a outra parte será destinada para a formação de reserva energética que será fundamental em períodos de jejum (entre as refeições). Importante!!! Nesse contexto de metabolismo integrado, o que é mais importante nós sabermos? Quais os órgãos (tecidos) mais envolvidos na integração do metabolismo energético? Os adipócitos, o fígado e o músculo esqueléticos. Quando esses processos metabólicos vão estar mais ativos ou menos ativos? (depende do estado nutricional) Como esses processos vão ser controlados (regulados) e coordenados nos diferentes estados metabólicos? Vão ser regulados a partir da modulação da atividade de enzimas reguladoras de vias. Dessa forma, conseguimos controlar a velocidade com que as vias vão acontecer nos diferentes estados nutricionais (jejum, jejum prolongado, estado de alimentação e realimentação). Andressa Fiorenzano 2015.2 Principais órgãos envolvidos na integração do metabolismo energético Órgão Principal combustível estocado Combustível exportado Quando é exportado Tecido adiposo (adipócitos) Estoca Triacilgliceróis (TAG) no estado alimentado Ácidos graxos livres e o glicerol No jejum e em exercícios físicos moderados a intensos Fígado Glicogênio Glicose, corpos cetônicos e TAG (para serem estocados no tec adiposo). A glicose vai ser exportada no jejum ou em exercício físico. Os corpos cetônicos em períodos de jejum e os TAG serão exportados dentro das VLDL para o tecido adiposo no estado alimentado Músculo esquelético Também estoca glicogênio no estado alimentado E proteína mobilizada Lactato, alanina e glutamina Exercício físico intenso e jejum prolongado O tecido adiposo exporta ácidos graxos livres e o glicol para tecidos periféricos que conseguem oxidar esses componentes, deixando glicose disponível para o cérebro e hemácias (tecidos que precisam mais de glicose) em condição de jejum. O músculo esquelético mobiliza proteínas em estado de jejum, a partir da proteólise, formando grandes quantidades de alanina. Essa alanina quando liberada na corrente sanguínea era captada pelo fígado que convertia a alanina em piruvato por transaminação. O piruvato formado é levado à glicose pela gliconeogênese. O músculo é um órgão facultativo, ele vai escolher metabolizar a glicose anaerobicamente, liberando lactato pela fermentação lática. (glicose piruvato lactato). Esse lactato cai na corrente sanguínea. O fígado pega esse lactato, converte ele a piruvato. O piruvato, pela gliconeogênese, é levado à glicose. Com isso, há a Liberação da glicose no sangue, principalmente para alimentar o cérebro, mas também para outros tecidos, mantendo a homeostase da glicose em períodos de jejum prolongado. Disposição da Glicose, aminoácidos, gordura pelos vários tecidos no estado de alimentado O intestino delgado realiza a digestão e a absorção dos principais nutrientes que vêm da dieta: glicose (após o processo de digestão de carboidratos), os aminoácidos (que vem da digestão de proteínas), ácidos graxos e o glicerol (através do metabolismo dos TAG provenientes da digestão dos lipídeos). No estado alimentado, vamos ter absorção desses nutrientes pela veia porta. Por essa veia porta nós temos a entrada de glicose no fígado. O fígado vai ter várias ações: ele forma o seu estoque de glicogênio e fornece glicose para outros tecidos (principalmente para o cérebro, para que ele possa desempenhar suas funções). Ainda no fígado, o excesso de glicose que não for ser utilizado para a oxidação e para formar glicogênio vai gerar os ácidos graxos que serão incorporados ao triacilglicerol (TAG). Esse TAG será incorporado pela VLDL (proteínas de baixa densidade) que vão transportar TAGS até o tecido adiposo. Com isso, os TAGs serão estocados nesse tecido. Os ácidos graxos e a glicose também vão para o tecido muscular esquelético. Esse músculo esquelético utiliza parte dessa glicose para formar seu estoque de glicogênio e o restante da glicose será consumida (metabolizada) para gerar energia. Lembrando que ele é um órgão facultativo, então em um estado alimentado ele opta por fazer respiração anaeróbica, liberando CO2 e H2O. As hemácias vão utilizar a glicose que está disponível também. Como as hemácias não têm mitocôndrias, independente da condição nutricional (jejum ou estado alimentado), ela vai sempre metabolizar a glicose de forma anaeróbica, gerando lactato (fermentação lática). Há a liberação do lactato na corrente sanguínea. Esse lactato é captado pelo fígado. Em um estado bem alimentado ele é convertido em acetil-CoA. Ainda em condição de estado alimentado, o excesso desse acetil-CoA vai produzir ácidos graxos que vão ser incorporados aos triacilgliceróis (TAG). Os TAGs serão encaminhados pelas VLDL para serem armazenados no tecido adiposo. Em relação aos aminoácidos, parte deles é direcionado para formar novas proteínas. E o que não utilizado para ser precursor de novas proteínas vai ter seu grupamento amino retirado e encaminhado para a formação de ureia. O esqueleto carbonato vai ser transformado a piruvato ou aos intermediários do ciclo de Krebs, para serem oxidados e gerarem energia para a célula. P.S Não temos armazenamento de aminoácidos como temos de lipídeos e carboidrados. A reserva de glicogênio é limitada e a reserva de TAG é uma reserva ilimitada. No estado alimentado nós temos então a inter-relação entre principais órgãos: intestino delgado, fígado, o cérebro, tecido adiposo, tecido muscular e hemácias. Interrelações metabólicas dos principais tecidos no estado de jejum inicial No estado de jejum inicial, o organismo não está recebendo os nutrientes importantes a partir da dieta. Então começa haver a mobilização das reservas energéticas para garantir a homeostase da glicose no sangue. Além disso, pode haver ainda o fornecimento de combustíveis alternativos (como os corpos cetônicos) para outros tecidos. Então, no estado de jejum inicial, vamos ter o glucagon sendo liberado no pâncreas. O glucagon no estado de jejum inicial vai inibir a glicólise e ativar a glicogenólise (quebra de glicogênio em glicose). O fígado começa a liberar a glicose para o sangue para manter a homeostasia do sangue, além de fornecer glicose preferencialmente para o cérebro e hemácias. O cérebro metaboliza a glicose em CO2 e H2O. As hemácias metabolizam essa glicose formando lactato (Ciclo de Cori). Esse lactato vaipara o fígado e pode ser utilizado pela gliconeogênese, formando mais glicose disponível. O fígado também disponibiliza glicose para o tecido muscular. Esse tecido utiliza a glicose e forma piruvato que vai ser metabolizado a lactato, pela respiração anaeróbia. Com isso, mais lactato é fornecido para a gliconeogênese no fígado (Ciclo de Cori) O Piruvato formado pode ser transaminado com o glutamato, formando alanina que é utilizada na gliconeogênese também (Ciclo da alanina). Obs: Há ainda uma discussão sobre se a proteólise muscular acontece no início do jejum ou em jejum prolongado. A professora diz que podemos considerar que no jejum inicial ainda não tem proteólise muscular. Reparem que ainda não está ocorrendo a lipólise no jejum inicial. Segundo a prof, no jejum inicial não há uma lipólise expressiva. As vias mais expressivas são: a glicogenólise hepática e a gliconeogênese (estabelecendo o ciclo de Cori e o Ciclo da Alanina). Recordando o Ciclo de Cori: Acontece entre o fígado e um outro tecido (hemácias ou músculos) CICLO DE CORI (MÚSCULO FÍGADO) O músculo num esforço intenso, não vai ter oxigenação suficiente. Então, já que o músculo é um órgão facultativo, ele vai escolher metabolizar a glicose anaerobicamente, liberando lactato pela fermentação lática. (glicose piruvato lactato). Esse lactato cai na corrente sanguínea. O fígado pega esse lactato, converte ele a piruvato, numa reação reversível da enzima lactato desidrogenase. O piruvato, pela gliconeogênese, é levado à glicose. Liberação da glicose no sangue, principalmente para alimentar o cérebro, mas também para outros tecidos, mantendo a homeostase da glicose. CICLO DE CORI (MÚSCULO HEMÁCIAS) Como as hemácias não têm mitocôndrias, independente da condição nutricional (jejum ou estado alimentado), ela vai sempre metabolizar a glicose de forma anaeróbica, gerando lactato (fermentação lática). Liberação do lactato na corrente sanguínea. Na condição de jejum, este lactato vai para o fígado. O fígado vai transformar o lactato a piruvato. O piruvato, pela gliconeogênese, é levado à glicose. Glicose é liberada no sangue, sendo disponibilizada aos tecidos e órgãos. Recordando o Ciclo da Alanina: Vai acontecer entre o tecido muscular e o fígado em condição de jejum. O tecido muscular vai produzir alanina de duas formas: ou através da transaminação dos aminoácidos pela proteólise muscular ou pela transaminação do piruvato da via glicolítica muscular. (Sempre vai ser o piruvato se transformando em Alanina ele que tem a estrutura semelhante à alanina.) Essa alanina vai para a corrente sanguínea, seguindo para o fígado. No fígado, a alanina será novamente convertida em piruvato (pela reação da transaminação inversa). O piruvato entra na gliconeogênese, gerando glicose. Inter-relações metabólicas dos principais tecidos no estado de jejum prolongado No estado de jejum prolongado, não há mais reserva de glicose na forma de glicogênio (glicogenólise não vai estar mais ativa o glicogênio foi todo ou quase todo mobilizado). No fígado, então a via que vai estar predominantemente ativa vai ser a gliconeogênse. A glicólise vai estar inibida pela ação do hormônio glucagon, para que a glicemia do sangue esteja em equilíbrio. Nessa condição de jejum prolongado, nós vamos ter glicose sendo formada por principalmente alanina, lactato e glicerol (principais precursores da glicose na gliconeogênese). Além disso, no tecido muscular vai haver a proteólise (quebra de proteínas em AAs). Esses aminoácidos vão liberar o seu grupamento amino para a glutamina. A glutamina, por sua vez, pode transaminar com outros aminoácidos nos enterócitos (células do intestino) formando alanina. Lembrando que nem todos os aminoácidos podem ser precursores da glicose, apenas os glicogênicos. Os cetogênicos não formam glicose porque são precursores de Acetil-CoA. E acetil-CoA nunca vai ser precursor de glicose. O músculo, além de fornecer a glutamina, pode já fornecer a alanina. Então a alanina pode vir tanto dos enterócitos quanto do tecido muscular, para fornecer glicose pela gliconeogênese. O Lactato pode vir do metabolismo das hemácias e do metabolismo muscular (ciclo de Cori). Mas a maior parte do lactato vai ser proveniente das hemácias, porque os músculos são órgãos facultativos (Ora libera lactato pela respiração anaeróbica, Ora libera CO2 e H2O pela respiração aeróbica). Já o glicerol é proveniente da lipólise que ocorre no tecido adiposo. Ele entra na via da gliconeogênese como precursor da glicose. O tecido adiposo, em jejum prolongado, também fornece ácidos graxos para os tecidos que conseguem metaboliza-los e gerar energia a partir desses ácidos graxos. Isso é importante para que o cérebro e as hemácias consigam utilizar preferencialmente a glicose. Então o fígado e o tecido muscular vão preferir metabolizar ácidos graxos para deixar a glicose disponível para tecidos importantíssimos, como o cérebro e as hemácias. Os ácidos graxos, ao serem metabolizados (oxidados) pelo fígado, fornecem uma grande quantidade de Acetil-CoA que é precursor dos corpos cetônicos nos hepatócitos. Esses corpos cetônicos vão começar a ser oferecidos pelo fígado como combustível alternativo a glicose para outros tecidos. Os corpos cetônicos vão ser substratos para todos os tecidos que possuírem mitocôndrias (com exceção do fígado). Para que os corpos cetônicos sejam oxidados e consigam formar Acetil-CoA, os tecidos que vão metaboliza-lo precisa ter mitocôndria, pois o Acetil-CoA formado será utilizado no ciclo de Krebs que ocorre na matriz mitocondrial. Logo, as hemácias não são capazes de utilizar os corpos cetônicos como combustível alternativo, pois são celulas anucleadas que não possuem mitôcondrias. Inter-relações metabólicas dos principais tecidos no estado inicial de realimentação Tecido adiposo vai utilizar a glicose que agora está disponível, o tecido muscular vai formar glicogênio novamente. As hemácias também vão continuar utilizar glicose e, consequentemente, formando lactato. Qual é a diferença desse estado então para o estado de jejum? Existe um período em que o fígado precisa se acostumar e perceber que ele está recebendo de novo nutrientes. Demora um certo tempo para que ele se acostume a essa nova condição de estado alimentado. Durante esse tempo, ainda se tem lactato sendo captado pelo fígado que é transformado a piruvato, formando no final a glicose. Então, no estado de realimentação, a gliconeogênese ainda vai estar ativa, até que o fígado entenda que não há necessidade de realizar essa via (pois já houve a entrada de nutrientes). Com isso, a glicose 6P que está sendo formada pela gliconeogênese a partir do lactato e a glicose 6P proveniente do metabolismo dos AAs (que vieram da dieta) começam a ser armazenadas na forma de glicogênio, porque o fígado está se acostumando ainda com o estado de realimentação. (Obs: A enzima glicose 6-fosfatase está inibida nesse momento, então ela não consegue converter glicose 6P em glicose. Logo essa glicose 6P será armazenada na forma de glicogênio). Então, até que o fígado reconheça o estado de realimentação e passe a ativar a glicólise e inibir a gliconeogênese, ainda vai haver a produção de glicose-6-fosfato. Os demais tecidos vão estar funcionando como no estado alimentado. Ciclo da Glutamina Intracelular no fígado 3 O fígado possui também um papel de regulação do pH sanguíneo (além da regulação da glicemia no sangue). O sangue chega no fígado pela artéria hepática e pela veia porta. Tem-se então duas entradas para o fígado Nós temos dois tipos de hepatócitos: os Periportais e os Perivenosos. Os hepatócitos Periportais Possuem as glutaminases e enzimas do ciclo da ureia. Então temos a glutamina proveniente do metabolismo dos aminoácidos dos tecidos periféricos. Ela entra nos hepatócitos periportais. A glutamina pela ação da glutaminase (GINase) libera amônio. O amônio dentro dos hepatócitos vai formar o CPS (carbamoil- fosfato). Esse CPS se funde com a Ornitina (Orn) formando a citrulina (Cit), e assim sucessivamente, estabelecendo o ciclo da ureia dentro desse hepatócito. No final do ciclo, há a liberação da ureia para que os rins possam eliminá-la. Informações complementares ao Metabolismo Integrado... Os hepatócitos Periportais Só que, em alguns casos se tem amônio demais no sangue. Esse amônio que não entrou pelos hepatócitos periportais entra pelos hepatócitos Perivenosos. Pela ação da glutaminase, o amônio forma a glutamina. Essa glutamina pode, então, ser liberada. Com isso, o fígado controla o pH do sangue, impendido uma grande concentração de amônio no sangue que poderia alterar o pH sanguíneo. Intestino e rins funcionam juntos na síntese de arginina a partir de glutamina Qual a importância da Arginina? Ela é muito importante para manter a velocidade do ciclo da Ureia. A Arginina faz parte do ciclo da Ureia. Uma forma de o Organismo manter a quantidade de Arginina suficiente para que o Ciclo da Ureia funcione (e não prejudique a velocidade do ciclo) é fornecer essa arginina pelo fígado e pelos rins. Então, o fígado e os rins vão estar sempre fornecendo uma quantidade de Arginina para que o ciclo da Ureia funcione normalmente. Agora acompanhe o esquema... A glutamina (do sangue) é incorporada pelo intestino. Ao perder um grupamento amino, a glutamina forma o ácido glutâmico (Glu). Esse ác. Glutâmico forma o glutamato semi-aldeído. Este se junta ao carbamoil fosfato, fornecendo então a citrulina. Essa citrulina vai o sangue. A citrulina que estava no sangue entra nos rins e, juntamente com o ácido aspártico, forma a arginina. A arginina é liberada pelos rins, é captada então pelo fígado para que possa entrar então no Ciclo da Ureia. Parte da Arginina que estava nos rins, pode ainda formar a creatinina. Essa creatinina é liberada pelos rins para o tecido muscular para formar Creatina fosfato (uma forma de armazenamento de energia nesse tecido, que quando necessária será metabolizada, formando creatinina novamente, que é liberada na urina). Então, o intestino e os rins são órgãos fundamentais para a manutenção do ciclo da Ureia no Fígado. O fígado fornece Glutationa para outros tecidos... A glutationa é formada a partir de 3 aminoácidos: a metionina com a cisteína e a glicina. Então essa glutationa é formada a partir de várias reações que envolvem esses 3 aminoácidos. Essa glutationa pode ser tanto liberada no ducto biliar pela bile quanto no sangue. No ducto biliar, a bile (juntamente com a glutationa) é liberada no intestino (duodeno). A glutationa que está na bile pode ser utilizada, então, pelos enterócitos. No sangue, a glutationa é distribuída para os outros tecidos. Qual é o papel principal da Glutationa? Ela funciona como coenzima da Glutationa peroxidase que atua na detoxificação de radicais livres, impedindo que haja a oxidação das principais macromoléculas (lipídeos, proteínas e carboidratos). Ela é importante então para essa detoxificação do peróxido de hidrogênio (formado pelas reações de radicais livres), formando água. Onde é mais importante esse mecanismo da glutationa? Nas hemácias, principalmente. Porque as hemácias precisam proteger as suas membranas celulares da ação de radicais livres que poderiam comprometer o transporte de oxigênio no sangue. Os rins e o fígado fornece carnitina para outros tecidos... A produção de carnitina acontece nos rins e no fígado, através da metabolização de proteínas (proteólise) que possuem o resíduo de TML, formando um intermediário que é o γ-Butirobetaína. Esse intermediário é metabolizado a carnitina, que é liberada (tanto pelo fígado, quanto pelos rins) e é captada por outros tecidos. A carnitina é utilizada no transporte de Acil para dentro da matriz mitocondrial, importante para a β-oxidação de ácidos graxos em estado de jejum. Lembrando que o coração é um órgão que utiliza muita carnitina, porque em uma condição de jejum ele oxida muito ácido graxo. Para isso, ele precisa de carnitina disponível para poder fazer a β-oxidação de ácidos graxos. Lembrando também que o músculo esquelético não produz a carnitina, mas fornece o intermediário (γ-Butirobetaína) tanto pro fígado quanto para os rins, para que esses órgãos possam formar a carnitina. Então o músculo esquelético participa indiretamente da produção da carnitina. Pergunta esquenta pra prova: Qual é o papel da carnitina e por quais tecidos ela é produzida? Fermentação Bacteriana gera combustível (energia) Os colonócitos transformam os produtos da fermentação bacteriana em moléculas que possam ser oxidadas a CO2 e corpos cetônicos. Parte dessas moléculas pode ser fornecida para o fígado, para que ele possa transformá-las em outros produtos ou oxidá-las, gerando energia útil (combustível) para as células.
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