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1 ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO © WILLIAM DE ASSIS O sistema respiratório é composto por um trato tubular respiratório, o qual irá conduzir o ar até a chamada árvore brônquica ou respiratória, onde, nas menores unidades funcionais, os alvéolos, irá ocorrer a hematose1. O epitélio respiratório é chamado mucociliar e reveste as cavidades nasais e também as porções inferiores das vias aéreas, como traqueia e brônquios, apresentando células caliciformes, às quais secretam muco, e células ciliadas responsáveis pelo trânsito do muco. Imagem extraída de: DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2007, p. 146. ESQUEMA GERAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO. 1 Hematose: é o nome dado à transformação do sangue venoso em sangue arterial que ocorre nos pulmões, através de uma troca de gases que ocorre devido à diferença de concentração de oxigênio e gás carbônico por um processo conhecido como difusão. PORÇÃO CONDUTORA PORÇÃO RESPIRATÓRIO 2 As defesas contra a entrada de microrganismos e outros materiais são: os anticorpos (proteínas de defesa), os macrófagos residentes (células que fagocitam partículas estranhas, como as bactérias), além da tosse e espirro, que eliminam partículas inaladas. As cavidades nasais aquecem, purificam e umidificam o ar, tornando-o saturado de vapor de água. Após atravessar as cavidades nasais, passa para faringe e entra na laringe pela glote. Na laringe estão as cordas vocais, que vibram na passagem do ar e emitem os sons. A traqueia, um tubo que se mantem aberto, por anéis de cartilagem elástica, bifurca- se e origina dois brônquios principais que penetram nos pulmões e vão formando ramificações cada vez menos calibrosas, os bronquíolos, que se abrem nos alvéolos pulmonares. Nos alvéolos pulmonares (endotélio do tipo contínuo não fenestrado) existem células variadas que o compõem; pneumócito tipo 1, célula epitelial de revestimento, com desmossomos e zônulas de oclusão; pneumócito tipo 2, células septadas encontradas nas paredes alveolares. Os pulmões, são órgãos esponjosos de coloração vermelha, revestidos pela pleura, serosa que reveste o pulmão, formada de dois folhetos parietal e visceral, contínuos na região do hilo pulmonar, onde penetram todas as estruturas cardiovásculolinfáticas. As enervações partem do simpático com receptores beta presentes, mas não inervados (acontece broncodilatação por adrenalina); parassimpático, com receptores muscarínicos e inervados (broncoconstrição). Medicamento cardíaco: atua na vasodilatação do coração, mas provoca a broncoconstrição; já o medicamento respiratório: promove broncodilatação, mas vasoconstrição no coração. A BIOMECÂNICA E O CONTROLE RESPIRATÓRIO No corpo humano a respiração é controlada por alguns músculos que modulam o volume da cavidade torácica. Entre as costelas, existem músculos intercostais internos e externos e o diafragma. Na inspiração, o ar entra, a caixa torácica move-se para cima e para fora, o diafragma desce e a pressão pulmonar diminui, o que permite a entrada do ar. Na expiração, a caixa torácica move-se para baixo e para dentro, o diafragma sobe e a pressão pulmonar aumenta, o que permite a saída do ar. Existem músculos anexos, como o escaleno, o serrátil, o trapézio e o esternocleidomastóideo, que auxiliam na entrada e saída do ar no trato respiratório. Os alvéolos pulmonares estão em contato com os capilares sanguíneos, onde o sangue venoso chega, e ocorrem as trocas gasosas. Como o alvéolo está saturado de gás oxigênio e o capilar sanguíneo está saturado de gás carbônico, ocorre a difusão – segundo o gradiente. E a difusão do gás carbônico é feita do capilar para o alvéolo, também conforme o gradiente de pressão. Quando as pressões de O2 do alvéolo e do sangue - agora arterial - se igualarem, bem como as pressões de CO2 de ambos os meios, o sistema entra em equilíbrio e a difusão cessa. O oxigênio transportado no sangue pode estar dissolvido no plasma ou ligado à hemogloblina, a qual é uma proteína tetramérica que apresenta 4 subunidades, cada uma das quais se ligam a uma molécula de O2. Conforme o gráfico abaixo, a hemoglobina só começa a liberar O2 quando a PO2 do sangue diminui até certo nível. 3 Imagem extraída de: http://fisioterapiafisioex.blogspot.com/2013/06/sistema- respiratorio-difusao-de-gases-e.html DISSOCIAÇÃO DE HEMOGLOBINA.
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