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Reflexões Sobre o Livro Infantil “A Menina bonita do laço de fita”
A Menina bonita do laço de fita, livro de Ana Maria Machado desenvolve uma proposta de leitura na seção seguinte: O livro, conta a história de uma menina negra que possui um coelho branco como vizinho e este deseja ser negro o a menina. 
A menina bonita do laço de fita é uma criança negra muito bonita, ela possui olhos negros e cabelos cacheados, sempre amarrados com fitas vermelhas. Do lado de sua casa mora um coelho branco que a achava a pessoa mais linda que ele já havia visto e pensava sempre em casar e ter uma filha pretinha e linda como aquela menina. 
A proposta propriamente dita segundo a autora, faz-se necessário informar que a leitura foi pensada para crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental segundo a autora. Segundo Machado “Tal escolha foi feita porque acreditamos que essa leitura possibilita a criança contato com as diferenças, neste livro destaca-se a racial, e que este contato auxilia na construção de uma consciência mais inclusiva e menos preconceituosa”. 
	As reflexões feitas pelo texto mostram a importância que a literatura infantil tem na vida das crianças. Por meio da leitura e interpretação desta Historia, elas percebem que o mundo é extremamente diversificado e que o “diferente” não é errado, feio ou inacessível. Desta maneira, a EI recebe grande apoio da literatura infantil e esta acaba sendo um veículo facilitador nas relações entre as crianças. 
A leitura de Menina bonita do laço de fita proporciona a criança uma relação de aproximação com as diferenças. Alguém que vem desde a infância aprendendo que não existe uma só raça, crença etc. torna-se um adulto de visão mais ampla. Pode-se afirmar que o trabalho com o livro “Menina bonita do laço de fita” possibilitou uma aproximação real com a literatura e com a visão inclusiva que que os textos infantis podem e devem transmitir. 
Sendo assim, acreditamos que, para um melhor desenvolvimento da educação as escolas, os pais, os educandos precisam a cada dia levar a literatura para mais próximo das crianças, para que estas cresçam como seres “pensantes e inclusivos”. 
Sendo proposto é um reconhecimento de que é preciso problematizar na nossa história as imagens depreciativas e abrir espaços para o resgate da cultura negra (e indígena) não como algo exótico, mas como uma cultura que é partilhada e que anseia pelo reconhecimento. Através do diálogo entre o coelho e a sua amiguinha, não só se abre o espaço para essas histórias silenciadas, como se mostra que as culturas, as identidades não se constituem isoladas, elas são, antes de tudo, compartilhadas. Além disso, o caráter carnavalesco reside no fato de que o texto de Ana Maria Machado e as imagens criadas por Claudius apresentam uma multiplicidade de vozes: vozes brancas resistentes à mudança; vozes negras exigindo seus direitos; vozes brancas e negras (e de todas as minorias) que se mostram solidárias na construção de uma democracia real calcada no diálogo e no profundo respeito às diferenças.
As protagonistas das obras Menina bonita do laço de fita constroem suas identidades étnico-raciais, destacando os conflitos e as vivências das personagens durante as narrativas. Esta obra, é de suma importância o conhecimento devido a carência de valorização das características físicas e culturais dos negros acaba por resultar em rejeição das crianças negras de sua ancestralidade e todos os símbolos a elas relacionados, prejudicando sua identidade em formação. Nessa perspectiva, é possível compreender como a te tipo de literatura aprofunda-se na configuração da composição da identidades do negro neste caso da negra de modo à impactar, definindo assim, quem somos, no momento em que somos representados e nos identificamos com o que é ofertado não aceitando estereótipos criados pela sociedade. Portanto, o mais importante e bonito nesse percurso da literatura infantil foi poder constatar a sua evolução e perceber que hoje, a partir de escolhas literárias, as crianças com acesso às obras infantis, estarão asseguradas em conhecer suas heranças culturais por meio de uma relação de harmonia entre fantasia e realidade. Assim como, entendemos que fazer parte desse universo multifacetado e sem pretensão de dominação é um dos melhores meios de (trans)formação do público infantil. 
Referencias de Atividades:
 
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Perceber-se e perceber o outro como diferente;
Respeitar as diferenças;
Desenvolver e potencializar a criatividade.
Duração das atividades 
5 horas aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
      O/a  professor/a deve observar a turma em suas relações pensando nas seguintes questões: há crianças que não conseguem interagir com o grupo? Há crianças que expressam verbalmente sua dificuldade em aceitar o outro. Como se dão as interações nos momentos de brincadeiras livres? Como são feitas as escolhas dos parceiros de brincadeiras e de atividades em grupo? Todas essas e outras questões possibilitam ao professor, perceber os preconceitos velados entre nossas crianças
Estratégias e recursos da aula
Primeiro Momento
 Leve para a sala de aula uma história para contar às crianças que contemple ou mencione “diferenças”. No caso dessa aula a sugestão é a história “Menina Bonita do laço de fita” da autora Ana Maria Machado.
 
A história pode ser contada com diferentes estratégias: fantoches de uma boneca negra com as características da Menina Bonita e com um coelhinho branco, apenas lendo o livro e mostrando as gravuras ou de acordo com a criatividade do professor. No caso dessa aula, a história foi contada por meio de uma caixa construída só para essa história:   
Veja os detalhes de confecção da caixa em Recursos complementares.
Segundo Momento
Faça uma rodinha e converse com as crianças sobre a história. Levante algumas questões para que as crianças possam pensar e verbalizar suas opiniões. Reler o trecho da história   “O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele já tinha visto toda a vida! E pensava: _ Ah, quando eu casar quero ter uma filhinha pretinha e linda que nem ela!”.   
Questione as crianças: O que é ser bonito? Como uma pessoa deve ser para ser bonita? Na medida em que as crianças forem colocando suas opiniões ir enfatizando a importância da diferença de cada um. Destacar para o grupo que o importante é ser diferente, indagando: Já pensaram se todos nós fôssemos iguais?     
Terceiro Momento
Aproveitar a descoberta do coelho de que “a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos” e perguntar às crianças com quem elas acham que se parecem. Para complementar essa discussão, pode-se enviar uma atividade para casa em que as crianças perguntarão aos pais com quem eles acham que elas se parecem. Assim com certeza aparecerão muitas respostas interessantes: olho da avó, cabelo do pai, boca da mãe, etc. Os pais podem enviar fotos de seus filhos junto com as pessoas com quem acham que o filho se parece.
Assim que o material chegar em sala o professor deve socializar as descobertas na rodinha ajudando na verbalização das crianças com uma frase do tipo : minha mãe acha que os meus olhos são do ... meu cabelo é parecido com ..., minha boca se parece com ...
Quarto Momento
Proponha também outros registros da história para que as crianças possam brincar:   
1) Para estimular a oralidade e expressão das crianças proponha que confeccionem dedoches para brincarem de teatrinho: Modelo:
As crianças deverão colorir os dedoches e depois você professor, recorta o espaço dos dedinhos. As crianças poderão brincar com eles construindo os diálogos dos dois personagens.
2) Construir de papel machê, ou de outros materiais (pano, garrafinhas, etc.) a  bonequinha – “menina bonita do laço de fita”   Colocar roupas, cabelos, olhos, boca, etc.
 
 
3) Fazer uma exposição com os trabalhos das crianças
 
Recursos Complementares
Caixa de história construída pelo professor:
Materiais: caixa de sapato, jornal, grude feito com polvilho (ingredientes: água, polvilho. Misture a água com o polvilho leve ao fogo e deixe cozinhar mexendo sempre. Ao se formar a consistência de um mingau, desligue o fogo e deixe esfriar),
 tinta branca para fazer o fundo e tinta da cor principal da história para fazer a base da caixa.  
 Modo de construir a caixa:
Quando a caixa de sapato já estiver pronta, xeroque em tamanho maior a história e colora todas as páginas de acordo com as cores originais. Faça uma capa com papel duro (cartão ou panamá), encaderne e coloque em cima da caixa de sapato – não precisa colar o livro à caixa. Coloque dentro da caixinha alguns objetos marcantes da história – no caso da história dessa aula colocamos a bonequinha, um coelhinho, uma xícara com um pires, um potinho escrito tinta preta, um porta retrato com a foto da avó da menina.   A partir daí é só contar a história de um jeito bem gostoso!   
Receita de papel machê:  
 Massa de Papel –   Você vai precisar de:
- 01 rolo de papel higiênico (prefira os brancos)
- 03 colheres (sopa) de farinha de trigo (ou mais)
- 03 colheres (sopa) de cola branca
- 01 colher (sopa) de água sanitária ou cloro
- 01 bacia e 01 peneira
Modo de fazer: 1- Pique o papel higiênico bem miudinho e coloque numa bacia com água. 2- Junte a água sanitária e deixe de molho por 24 horas, para amolecer. 3- Escorra a água com a ajuda de uma peneira mas não esprema o papel. 4- Junte a farinha de trigo aos poucos. Mexa até ficar uma massa lisa e firme. Se a massa ficar quebradiça ou dura, acrescente mais água. 5- Junte a cola e mexa com as mãos até a textura ficar parecida com uma massa de modelar. 6- Modele o que quiser, lembrando sempre que o fundo dos objetos e as bordas não podem ser muito finos para que não quebrem ao secar. Deixe secar na sombra, em cima de um plástico. 7- Depois que o objeto estiver totalmente seco, pinte com guache. Se as bordas estiverem muito irregulares, antes de pintar, use uma lixa fininha para consertá-las. Se fôr um pequeno detalhe, serve lixa de unha. 8- Para pintar as áreas maiores, use um pincel grosso. Para pintar pequenos detalhes, use um pincel fino. Quando a tinta secar, aplique uma camada de cola branca ou verniz sobre o objeto.
Avaliação
Professor, para avaliar é importante se fazer perguntas do tipo        
A criança passou a se perceber como diferente em atitudes e relações com os colegas e com você?
 A criança trata os colegas com respeito e valoriza as características que são diferentes das suas próprias?
 A criança demonstrou habilidades na expressão oral ao brincar com os dedoches?
 Participou de forma criativa da construção de sua própria bonequinha?  
Referências
BASSO, Maria Cíntia. A literatura infantil nos primeiros anos escolares e pedagogia de projetos. 2009 Disponível em: < http://coral.ufsm.br/lec/02_01/CintiaLC6.htm>. Acesso em: 08/05/2016. 
SAMPAIO, T. C.; SAMPAIO, R.M.S. Educação inclusiva o professor mediando para a vida. Scielo Books. jan.2010.160p. 
VIEIRA, Márcia Vieira. Educação Inclusiva no Brasil: do contexto histórico à contemporaneidade. Disponível em: <http://portalantigo.mpba.mp.br/atuacao/ceduc/educacaoinclusiva/artigos/EDUCACAO_INCLUSIVA_NO_BRASIL.pdf>. Acesso em: 08/05/2016. 
PRETO, Vivian de Oliveira. Adaptação de livros de literatura infantil para alunos com deficiência visual. Dissertação (Mestrado em Educação), Faculdade de Educação, Universidade Júlio de Mesquita Filho, Marília, 2009.
BRITO, Danielle Santos. A importância da leitura na formação social do indivíduo. Revelar. Periódico de Divulgação Científica da FALS. n.8.ano.4.jun.2010.35p. 
KLEIN, Madalena, Literatura e produção de sentidos sobre as diferenças. Práticas discursivas nas histórias infantis e nos espaços escolares. Pro-posições, Campinas, v.21, n.1(61), p.179-195, jan /abr.2010.
Gouvêa, Maria Cristina Soares de. Imagens do negro na literatura infantil brasileira: análise historiográfica. Universidade Fedebbral de Minas Gerais. 2005. 13p.

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