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Direito Administrativo 3 bimestre FDSBC

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Direito Administrativo.
03 de Outubro.
RDC: Lei n° 12.462/22, artigo 01. O governo encomendou uma nova modalidade para que seja realizada eventos esportivos para fugir do rigor da lei de licitações e ter sigilo diferente da transparência que se faz necessária na lei 8.666/93.
	ARTIGO 17
	ARTIGO 24
	ARTIGO 25
	Licitação dispensada 
	Licitação dispensável ou dispensa da licitação
	Inexigibilidade de licitação
	Não haverá licitação por imposição legal;
	Há viabilidade de competências que é essência da licitação, todavia a lei confere discricionariedade para a administração pública licitar ou não; 
	Não há viabilidade de competição seja no plano fático seja no plano jurídico;
	Por ser exceção se trata de rol taxativo;
	Rol taxativo;
	Rol exemplificativo;
ART. 17. Alienar bem imóvel dependerá de autorização legislativa (o próprio artigo utiliza essa terminologia), trata-se de relações jurídicas entre entes públicos de bens públicos. Por exemplo, a União tem um terreno em SBC e o Munícipio de SBC tem interesse de comprar o terreno por um valor X. Precisa-se de licitação nesses casos? Não, por se tratar de relações entre entes públicos e a própria lei determina que não é possível que ocorra licitação – proibição de licitar.[1: Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos (...).]
ART. 24. É dispensável a licitação (passa a ideia de opção, podendo valer-se dela ou não, a lei confere discricionariedade a administração pública em optar pela opção de licitar ou não), ela não é obrigada a licitar, mas se quiser haverá interessados para participar da licitação por ela ser viável. *Depende unicamente da administração ela pode licitar ou contratar diretamente com a empresa de sua preferência – precisando justificar os motivos através do princípio da motivação.
** 35 incisos e se trata de rol taxativo.
ART. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição (a lei assim o chama determinando o seu conceito). Por exemplo, é caso de inviabilidade de competição se só possui um único fabricante no País que produz o produto que a administração precisa, ora, se só há um, compra-se deste um. O rol nesses casos é exemplificativo interpretado através da parte final do ‘’caput’’ do artigo, ‘’em especial’’ nos casos em que a lei trás, possibilitando assim que outros casos sejam admissíveis.[2: Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: (...).]
Estudo dos artigos.
LICITAÇÃO DISPENSADA.
Artigo 24. Licitação dispensável.‘’Caput’’, é dispensável a licitação:
Dispensa em razão do pequeno valor:
Incisos I e II.
I – Para obras e serviços de engenharia de valor até 10% do limite previsto na alínea ‘’a’’ do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente.
É dispensável para obras e sérvios de engenharia de até 10% do limite previsto no convite - lei até R$150.000,00 – decreto R$330.300,00 = R$33.000,00 sem precisar licitar.
A administração não pode parcelar a contratação de obras e de serviços se puder contrata-los em uma única vez. Por exemplo, a faculdade precisa reformar todos os banheiros e faz um orçamento total de dois milhões de reais. Será necessário licitar, mas para fugir do rigor da lei de licitação a faculdade determina que vá reformar um banheiro por mês, fracionando a licitação em alegação ao pequeno valor. Não é possível.
II – Para outros serviços e compras de valor até 10% do limite previsto na alínea ‘’a’’, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez.
É dispensável para compras alienações e outros serviços de valor em até 10% do que seria para a modalidade convite – lei até R$80.000,00 – decreto R$176.000,00 = R$17.600,00 sem precisar licitar.
Não podendo fracionar as compras para fugir da licitação (mesma questão do inciso anterior).
O parágrafo primeiro determina percentual em dobro para dispensa em razão do pequeno valor que vale para os consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresas públicas e agências executivas. O valor dobrado fica:[3: Art. 25. §1º. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como agência executiva.]
Para obras e serviços de engenharia: até R$66.000,00.
Para compras e outros serviços: até: R$35.200,00.
Dispensa em razão de situações excepcionais:
III – é dispensável a licitação em casos de guerra e grave perturbação da ordem (por exemplo, revolução). Por óbvio, mesmo porque há discricionariedade da administração nesses casos. Deveria, portanto, estar no rol do artigo 25 nos casos em que não dá para haver licitação. **Se cair na OAB/prova é caso de dispensa, a não ser que caia como em um concurso público em que a banca perguntou em quais casos de dispensa e inexigibilidade seriam melhor enquadrados no artigo 25.
IV – é dispensável a licitação em casos de emergência ou de calamidade pública. Devendo estar tipificado em lei nos casos de emergência e calamidade podendo ser assim declarada. [4: Art. 24. IV. Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade vedada a prorrogação dos respectivos contratos.]
O chefe do executivo expede decreto informando a calamidade desde que tipificado em lei e que comprometa a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa.
No trecho final do dispositivo a lei quer dizer que: por exemplo, chovei demais em determinada região em um determinado local, e com isso gerou-se um aumente de pressão e mesmo liberando as comportas necessárias, não foi o suficiente para conter a rachadura, logo a cidade decretou estado de calamidade pública. Nesses casos o prefeito poderá para a contratação direta SOMENTE para essa parte. Não poderia no caso ajustar tudo em torno, apenas aquilo que lhe é urgente.
O prazo máximo dessa contratação é de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos. 
V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas.
Inciso mais pedido na OAB. 
Temos a chamada licitação deserta que significa que a administração abre licitação e não aparece nenhum interessado. Nesses casos é possível que seja realizado a contratação direta. Mas há requisitos.
A doutrina aproveita para tratar sobre a licitação fracassada que não é hipótese de dispensa de licitação. Se acontecer a licitação fracassada tem de licitar de novo necessariamente. 
O artigo 48, §3º determina
que: Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá (ou seja, é facultativo) fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.
A lei dá para a administração a faculdade de que ela conceda ou não prazo para os participantes da licitação ratificarem seus respectivos documentos e propostas. Porém, esse prazo só poderá ser dado se TODOS os participantes não inabilitados ou se todas as propostas desclassificadas. Pois apenas um único habilitado é sequencial ao processo licitatório. 
No caso do convite se a administração se preferir poderá reduzir os oito dias de prazo para três. E este só poderá ser concedido uma vez em cada etapa, não mais que isso (uma vez na habilitação e outra na classificação). Se trata de uma forma que a lei encontrou de salvar a licitação fracassada. 
	O inciso V ora estudado traz a hipótese de licitação deserta em que não aparecem interessados para participarem do procedimento licitatório; se isso ocorrer, a administração poderá contratar diretamente desde que observe os seguintes requisitos: 1) justificar que caso repita o procedimento licitatório terá um grande prejuízo; e 2) terá que contratar diretamente nos termos e condições estabelecidos no instrumento convocatório.
	Já a licitação fracassada não é hipótese de dispensa da licitação; se ela ocorrer, a administração terá que licitar novamente. A licitação fracassada pode se dar em duas hipóteses: 1) quando todos os interessados são inabilitados; ou 2) quando todas as propostas são desclassificadas.
	Ocorrendo a licitação fracassada a administração poderá aplicar o prazo previsto no artigo 48, §3º da lei, ou seja, poderá conceder prazo de oito dias úteis para que os participantes arrumem seus documentos ou suas propostas, facultada a redução desse prazo para três dias úteis no caso do convite.
	VI – Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar abastecimento.
	Por exemplo, a administração compra produtos diretamente dos produtores para colocar no mercado quando estes faltarem.
	VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficias competentes, casos em que, observado o parágrafo terceiro do art. 48 desta Lei, e persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços.[5: Art. 48. §3º. Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.]
	A administração abriu licitação, aparecem interessados, estes levam seus documentos e suas propostas, quando a administração analisa as propostas verifica algo incomum entre estes: todas têm preços manifestamente superiores ao preço de mercado. Nesse caso a administração poderá conceder o prazo de oito dias úteis ou três dias úteis no caso do convite, para que os licitantes arrumem suas propostas de preço. Se mesmo concedendo o prazo e persistindo a situação com todos os valores superiores pela segunda vez, a administração poderá contratar diretamente, e obviamente por alguém que ofereça preço de mercado, não superior ao constante no registro de preços e serviços – consiste em um tipo de licitação onde as empresas colocam os preços dos seus produtos, atualizando-os periodicamente. 
	IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional.
	Se houver uma possível situação que comprometa a segurança nacional, por exemplo, um País decreta guerra contra o Brasil, após formalizado por meio de decreto por parte do chefe do executivo, a administração poderá contratar diretamente.
Dispensa em razão do objeto:
X – para compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia.
Regra: se a administração for comprar ou alugar imóvel ela tem que obrigatoriamente licitar. Porém, se o imóvel tem determinadas características de instalação ou localização condicional sua escolha, logo não poderá ser qualquer imóvel, mas sim o imóvel que atenda as necessidades da administração. Por exemplo, a DSBC irá reformar a biblioteca e está deverá continuar funcionando, podendo alugar um imóvel próximo que atenda a localização e instalação dessa.
Outro exemplo; a administração constrói um hospital público que foi projetado para atender uma determinada demanda de pacientes, mas com o passar do tempo a demanda triplicou e o hospital não está dando conta, logo será preciso ampliar o espaço, havendo um imóvel vizinho que atenda a suas necessidades ela poderá compra-lo ou aluga-lo diretamente.
**PRECISA ATENDER AS NECESSIDADES DE LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO.
XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia.
Em regra a administração ao comprar alimentos precisa necessariamente licitar. 
A exceção possível na compra de alimentos perecíveis como pão e etc (alimentos que lhe são entregues todos os dias), ela poderá contratar diretamente quando realizada corretamente a licitação, houve a contratação da empresa, mas ao término do contrato ela precisará contratar novamente, nesse intervalo de tempo entre o fim de um contrata e o início de um novo, a lei admite que ela contrate diretamente. APENAS NO TEMPO NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DOS PROCESSOS LICITATÓRIOS.
Pegadinha do examinador: copia o artigo e para em perecíveis que enseja a possibilidade de que toda compra é dispensável.
XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes ás finalidades do órgão ou entidade. 
Em regra nesses casos ela tem que licitar a não ser que o ente público tem como dever cuidar de objetos de arte e objetos históricos.
Em razão da pessoa.
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior á vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
A peculiaridade está exatamente na pessoa que será contratada pela administração pública por possuir determinada característica.
Acontece quando o ente público é criado para prestar serviços para outro entre público. O ente que será contratado deverá ser criado antes da lei de 1996 para não incentivar a administração da administração a criar entes para esse fim especifico.
XVI – para impressão dos diários oficias de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim especifico.
 Por exemplo, pessoa da administração pública indireta criada para prestar serviços de T.I ou para prestar serviços gráficos. O munícipio de São Paulo criou por lei uma empresa pública municipal chamada PRODAM, criada com a finalidade especifica de prestar serviços de T.I para o Município de São Paulo. O município de Santo André
achou o serviço bom e também quis realizar uma contratação para tal, mas para não ser preciso criar um novo ente com essa mesma finalidade devido ao orçamento significado (para criar e manter), sai muito mais em contra contratar diretamente com esse ente já criado.
CRIADO PARA PRESTAR SERVIÇOS PARA O ENTE QUE O CRIOU E OUTROS ENTES PÚBLICOS.
XX – na contratação de associação e portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
A administração poderá contratar diretamente uma associação formada por pessoas com deficiência física para prestar serviços a essa. Forma de inclusão de trabalho para quem poderia ficar de fora.
** Há outras possibilidades de dispensa, foram citadas apenas as que mais caem no exame da ordem. Ler os demais incisos do artigo para a prova.
INEXIGIBILIDADE.
Artigo 24. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
É inexigível quando não houver a possibilidade de competição, nem adiantaria a administração contratar, pois não apareceriam interessados.
Rol exemplificativo.
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda pelas entidades equivalentes.
Produtor ou empresa exclusiva: nesses casos, a interpretação é a de que se só há um único produtor e uma única empresa no Brasil inteiro que fabrica determinado produto, é óbvio que a administração vai comprar diretamente deste produtor.
Representante comercial exclusivo: ás vezes há uma única empresa no País que fabrica tal produto, mas ela não vende diretamente e sim por meio de seus representantes comerciais (pode haver mais de um). Compro de qual representante? Explica o Professor Diógenes Gasparini:
Se a administração for gastar comprando um determinado produto equivalente ao valor da concorrência (modalidade) ela deverá licitar se houver mais de um representante comercial no País;
Só será possível contratar diretamente e, portanto não licitar caso haja um único representante comercial no País;
Se o gasto for equivalente ao valor da tomada de preços a administração licita nessa modalidade se houver mais de um representante comercial cadastrado no registro cadastral. 
Não licita e, portanto compra diretamente se somente se houver um único representante comercial cadastrado;
Se o gasto for equivalente a modalidade convite a administração licita se houver mais de um representante comercial no Município. 
Não licita e, portanto compra diretamente se somente houver um único representante comercial no Município.
Elementos dos atos Administrativos.
Sujeito/competência;
Objeto/conteúdo;
Forma;
Motivo;
Finalidade;
Sujeito/Competência.
	A doutrina entende as duas expressões como sinônimas. Maria Sylvia diz que o sujeito é aquele que tem competência para praticar o ato (editar decisões). A competência é sempre dada pela norma podendo vir da lei ou do regulamento, instrução, portaria etc.
	Ela é distribuída sobre três aspectos distintos. Sendo para o agente público, órgão público e ente público. 
	Objeto.
	A Maria Sylvia diz que objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Efeito imediato ou direto. A consequência direta do ato é o objeto. Por exemplo, o ato é a nomeação do servidor público, a partir do momento que a publicação sai no diário oficial vincula o servidor a administração.
	Para que o objeto do ato seja válido ele precisa ser: lícito, possível, determinado e moral (a legalidade independe da moralidade). Se o ato é lícito ele produz efeito lícito, se possível, produz efeito possível, se determinado produz efeito determinado, se moral, produz efeito moral.
	Por exemplo, nomear meu filho para ocupar cargo em comissão, trata-se de nepotismo, pois embora seja lícito é imoral. Logo, se o ato é imoral o efeito é imoral também. Pode ser ilícito, impossível (por exemplo, nomear pessoa para cargo que não existe), indeterminado (por exemplo, nomear pessoa sem dizer para qual cargo, local ou função).
	Forma.
	Maria Sylvia determina forma como exteriorização do ato, é como o ato reveste o mundo jurídico. Em regra os atos administrativos tem forma escrita porque a própria lei estabelece, mas podem-se ter outras formas que a lei estabelece como válidas, por exemplo, forma verbal (para a administração contratar diretamente se for gastar até quatro mil reais com compras, art. 60 da Lei de Licitações), atos gestuais (realizados pelo agente de trânsito), atos por sinal gráfico (placas de trânsito), atos por meio de sinal luminoso (semáforo), atos que substituem o agente de transito, atos por meio de sinal sonoro (apito do agente de trânsito). Logo, a regra é que tenhamos atos escritos, mas não somente esses.
	Ainda sobre a forma a professora Di Pietro fala em forma em sentido estrito e forma em sentido amplo. Em sentindo estrito considera-se cada ato isoladamente; e em sentido amplo considera-se o ato principal os atos que o antecedem e os atos que o sucedem. 
	Por exemplo, nas etapas da concorrência tem-se em verdade um procedimento em sentindo amplo. Agora olhando para cada ato em isolado tem-se o ato em sentido estrito – edital ⇢ forma ampla; habilitação, por exemplo, ⇢ forma estrita.
	Tem se ainda a forma essencial à validade do ato e forma não essencial a validade do ato. Quer dizer que quando a lei estabelece que só determinada forma precisa ser feita para que o ato seja válido, quer dizer que a forma é essencial. Por exemplo, se eu não seguir as etapas da licitação, não poderei finalizá-la, sendo essencial a validade do ato. No entanto, há situações em que a lei estabelece forma x ou y que podem ser seguidas, como no caso de pequenas compras de até 04 mil reais que pode ser realizada de forma escrita ou verbal.
	Essencial: só aquela forma determinada pela lei é válida.
	Não essencial ao ato: qualquer forma é admirada para a sua pratica.
	Motivo.
	A professora Di Pietro define motivo como as razões de fato e de direito que levam a administração a praticar determinado ato. Quer dizer o fato encontra previsão legal na norma e isso leva a administração a editar este ato. Por exemplo, a proibição de ultrapassar o sinal vermelho, essa infração encontra previsão normativa levando a edição do ato de multa. O motivo são as circunstâncias fáticas que encontram previsão na norma e que levam a edição do ato. O motivo antecede a pratica da edição do ato.
	Motivo ⇢ Ato ⇢ Objeto.
	Existe diferença entre motivo e motivação. Motivação é a exteriorização dos motivos feita por escrito, fundamentação do ato, está ligada a forma, todo ato da administração tem de quer motivado.
	**Todos os atos da administração têm de ser motivados sejam estes discricionários ou não.
	Finalidade.
	Finalidade é o efeito jurídico mediato ou indireto que o ato produz. 
	Motivo ⇢ Ato ⇢ Objeto ⇢ Finalidade (consequência do objeto).
	Por exemplo, a aposentadoria do servidor público é o ato, se não for compulsória significa que o servidor completou tempo e idade de contribuição suficiente. A forma do ato de aposentadoria deverá ser escrita. E a competência para praticar é da autoridade superior.
	A finalidade divide-se em finalidade em sentido estrito e finalidade em sentido amplo. A finalidade em sentido estrito é a específica de cada lei. E a finalidade em sentido amplo é sempre a proteção ao interesse público. A finalidade em sentido amplo não muda nunca, porque tudo que a administração faz tem como finalidade a proteção do interesse público enquanto que a finalidade em sentido estrito depende da finalidade de cada lei.
Elementos (cada elemento viciado acarreta uma consequência diferente seja esta a inexistência do ato, nulidade ou anulabilidade).
	Vícios nos elementos dos atos administrativos.
Finalidade.
Incapacidade: impedimento ou suspeição. Existem dois vícios no tocante ao sujeito, o vício da incapacidade que pode levar ao impedimento da autoridade administrativa ou a suspeição (art. 18 e 20 da Lei n° 9.784 de 99).
Incompetência.
Usurpação de função; 
Função de fato;
Excesso de poder;
Na usurpação de função a pessoa se apossa indevidamente de cargo, emprego ou função pública, CIENTE de que não tem competência para desempenhar tais atribuições; a pessoa está de má fé. **Tais atos praticados no caso da usurpação são tão graves que são considerados inexistentes; o dolo no direito administrativo é a má-fé.
Na função de fato o agente público está de boa-fé, com a convicção de que ele tem competência para exercer suas atribuições; há toda a aparência de legalidade, porém, falta competência para o agente, nesse caso em virtude da boa-fé o ato é apenas anulável. Por exemplo, pessoa aprovada em concurso público, é nomeada, toma posse do cargo e começa a desempenhar suas atribuições; todavia, se descobre que a sua nomeação em verdade não havia sido publicada no diário oficial.
No excesso de poder o agente tem determinada competência atribuição pela norma, contudo ele excede a competência que a norma lhe atribui. Por exemplo, superior hierárquico tem competência para advertir ou suspender seu subordinado, mas extrapola a competência e o demite. Os atos resultantes do excesso de poder são nulos, todavia, se forem tipificados como crime na Lei de Abuso de Autoridade serão estes inexistentes. 
Objeto ilícito: impossível; indeterminado; ou imoral.
Os atos são considerados nulos.
Forma.
Formal essencial à validade do ato: se ela não for observada o ato é nulo.
Forma não essencial a validade do ato: se ela não for observada o ato é apenas anulável. 
Motivo.
O motivo viciado pode ser por motivo falso ou por motivo inexistente. Tanto um quanto o outro por geram atos nulos.
No motivo inexistente não existe motivo para a administração pública praticar o ato; ela cria um motivo que jamais existiu; já no motivo falso existe motivo para a administração praticar o ato, mas não aquele por ela apontado e sim um outro motivo diverso. Em ambos os casos o atos que dai resultam são nulos.
Temos no motivo a aplicação da Teoria dos Motivos Determinantes ou Vinculantes. Essa teoria é aplicada para anular os atos administrativos sejam por motivos falsos ou inexistentes, ou seja, atos administrativos com vício no motivo.
	Por meio dessa teoria a administração fica vinculada aos motivos do ato que ela praticou; se ela editar atos posterior cujo motivo se contraponha ao ato anterior, o ato posterior será nulo.
Finalidade.
O vício no elemento finalidade é chamado de desvio de poder ou desvio de finalidade. São expressões sinônimas. Será inexistente se estiver tipificado como crime na lei de abuso de autoridade. Abuso de autoridade também é conhecido como abuso de poder, essa expressão é gênero. E nós vimos dois: o excesso de poder e o desvio de poder. Esses vícios afetam elementos distintos do ato.
Abuso de poder (gênero):
Excesso de poder (espécie): vicia o elemento sujeito ou competência do ato.
Desvio de poder ou finalidade: vicia o elemento finalidade do ato.
Consequências: as mesmas para ambos os vícios – ato nulo podendo ser inexistente se tipificado como crime na lei de abuso de autoridade.
Inexistência, nulidade e anulabilidade.
Inexistência: sempre que o ato administrativo resultar de conduta criminosa. São estes: usurpação de função, o excesso de poder e o desvio de poder (ou finalidade). Apenas se previstos na lei de abuso de autoridade como crime.
Nulidade: tem-se a nulidade quando a lei assim determinar (são nulos os atos...), agora se a lei nada disser há que se olhar para qual elemento do ato há vício. Se houver vícios nos seguintes elementos: objeto, motivo ou finalidade. Ou ainda se houver vício sendo a competência exclusiva do agente, sendo a forma essencial á validade do ato. Se a lei determinar que determinado agente público é o único competente para praticar determinado ato somente ele pode. 
Anulabilidade: quando a lei assim determinar (são anuláveis os atos...) ou quando houver vícios nos seguintes elementos: sujeito e forma (se ela não for essencial).

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