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E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Preparação para Concursos Apostila 6 de Português Pontuação Material organizado por: Prof. Luiz Carlos Melo e equipe Pontuação Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Uso da Vírgula 01 (2018/Banca: CESPE) Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue o item subsequente. A vírgula logo após o termo “máquina” (ℓ .12) poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramatical do período no qual ela aparece. Certo Errado 01 resposta: errado 02 (2018/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto CB1A1BBB, julgue o item que se segue. Caso se isolasse por vírgulas o trecho “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida” (ℓ. 1 e 2), seria pertinente inferir que o autor se referisse a um rapaz já anteriormente mencionado, ou conhecido do interlocutor. Certo Errado 02 Resposta: certo 03 (2018/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Com relação à variação linguística bem como aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o próximo item. A vírgula empregada logo após “flutuando” (ℓ.33) poderia ser suprimida sem prejuízo das informações veiculadas no texto. Certo Errado 03 Resposta: certo 04 (2018/Banca: CESPE) Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se segue. Na linha 2, as orações “se não errou” e “se não confundiu” poderiam ser isoladas por vírgulas, sem prejuízo da correção gramatical do texto. Certo Errado 04 Resposta: certo Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 05 (2018/Banca: CESPE) Julgue o próximo item, relativo à estrutura linguística do texto 6A2BBB. O emprego das vírgulas que isolam o advérbio “aliás” (ℓ.19) é obrigatório, razão por que suprimi-las comprometeria a correção gramatical do texto. Certo Errado 05 Resposta: certo 06 (2018/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Julgue o próximo item, relativo à estrutura linguística do texto 6A2BBB. A retirada das vírgulas que isolam a expressão “mais ainda” (ℓ.31) não prejudicaria a correção gramatical do texto, mas alteraria os seus sentidos originais. Parte superior do formulário Certo Errado 06 Resposta: certo 07 (2018/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Considerando as informações e as ideias do texto 6A3BBB, assim como seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir. O emprego das vírgulas apostas aos termos “No Brasil” (ℓ .15) e “Em outros termos” (ℓ .21) justifica-se com base na mesma regra de pontuação. Certo Errado 07 Resposta: certo 08 (2018/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Acerca dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto 6A4BBB, julgue o item subsequente. No último período do texto, o emprego da vírgula imediatamente após “detectados” (ℓ .15) é opcional, pois a oração “preservando-se o máximo possível do texto original” (ℓ . 15 e 16) encontra-se em posição canônica no período, qual seja, após a oração principal. Certo Errado 08 Resposta: errado 09 (2018/Banca: COPERVE – UFSC) Considere os seguintes afirmativas sobre o emprego da vírgula no Texto 3 e assinale a alternativa correta. I. As vírgulas no trecho “Violinos italianos antigos, como os Stradivarius, são caríssimos e considerados os melhores do mundo” (linhas 01 e 02), exercem função de isolar vocativo. II. As vírgulas no trecho “Um estudo desenvolvido pelo luthier americano Joseph Curtin e a engenheira acústica Claudia Fritz, da Universidade Pierre e Marie Curie, coloca essa percepção arraigada à prova” (linhas 04 e 05), exercem função de isolar aposto. III. As vírgulas no trecho “Também os ouvintes na plateia – músicos, críticos musicais, luthiers e engenheiros acústicos – foram incapazes de distinguir o som produzido pelos instrumentos” (linhas 12 e 13), exercem função de separar orações. a)Somente a afirmativa I está correta. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com b)Somente a afirmativa III está correta. c)Somente as afirmativas I e III estão corretas. d)Somente a afirmativa II está correta. e)Somente as afirmativas I e II estão corretas. 09 Resposta: d 10 (2018/Banca: FUNDATEC) Avalie as assertivas que seguem a respeito da frase retirada do texto: “O Snapchat tem o Snapstreak, que recompensa amigos que trocam snaps todos os dias, encorajando assim o comportamento viciante”. I. As duas vírgulas poderiam ser retiradas sem causar alteração ao sentido e à sintaxe da frase. II. Ambas as ocorrências da palavra ‘que’ são pronomes relativos. III. A última oração, uma reduzida de gerúndio, poderia assumir a forma conquanto encoraje o comportamento viciante, sem provocar qualquer alteração no sentido original do período. Quais estão INCORRETAS? a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas I e II. d)Apenas I e III. e)I, II e III. 10 Resposta: d 11 (2018/Banca: FUNDATEC) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Considere as seguintes assertivas relativamente a propostas de alteração em situações textuais: I. A substituição de ‘milhares’ (l.05) por muitas. II. Inserção de vírgulas antes e após o termo ‘na verdade’ (l.11). III. A expressão ‘poços sem fundo’ (linhas 27- 28) poderia ser substituída por ‘poços artesianos’. Quais das propostas NÃO provoca alteração de sentido ou necessidade de ajustes nas frases em que se inserem? a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas III. d)Apenas I e II. e)Apenas II e III. 11 Resposta: b 12 (2018/Banca: FUNDATEC) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Sobre o uso de vírgulas na linha 02, afirma-se que: I. Justificam-se pela mesma regra. II. A segunda vírgula poderia ser suprimida, visto que seu uso é facultativo. III. A inserção de uma vírgula imediatamente após o vocábulo tecnologia não implica alteração de sentido à frase. Quais estão INCORRETAS? a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas I e II. d)Apenas II e III. e) I, II e III. 12 Resposta: e 13 (2018/Banca: COPERVE – UFSC) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Disponível em: <http://castelodaalegria.blogspot.com.br/2015/04/blog-post_13.html>. [Adaptado]. Acesso em: 2 out. 2017. Com base no Texto 3, atribua verdadeiro (V) ou falso (F) às afirmativas abaixo e assinale a alternativa que apresenta asequência correta, de cima para baixo. ( ) As vírgulas (quadrinhos 1, 2 e 3) estão sendo empregadas para isolar vocativos. ( ) A palavra “pamonha” contém um dígrafo. ( ) O verbo “foi”, no último quadrinho, está conjugado no pretérito imperfeito. ( ) As palavras “flor” e “pamonha” são antônimos. a)V – F – V – V b)F – V – F – V c)V – V – F – F d)F – F – V – F e)V – V – V – F 13 Resposta: c 14 (2018/Banca: FCC) Conversa ao vivo Estão multiplicando-se os bares e os restaurantes que oferecem, como irresistível atração, “música ao vivo”. Temo que eles alcancem, mais do que uma hegemonia, uma unanimidade. Temo que chegue o dia em que nada mais se converse à mesa, por conta desse discutibilíssimo privilégio de se ouvir música alta enquanto se bebe e se come. Para uma conversa, sempre restará, é verdade, o recurso da leitura labial – mas não farão falta o timbre e a entonação da voz da pessoa amiga? Vejo esse hábito de “animar” com muitos decibéis de música imposta os lugares em princípio concebidos para o lazer e a sociabilidade como uma dessas extravagâncias que acabam se fazendo naturais. Enormes receptores de TV se associam, por vezes, ao show de estímulos que nos distraem da nossa companhia, do que temos a pensar, a dizer e a ouvir. Uma espécie de confusa obrigação de festa e alegria ruidosa vai-se impondo aos passivos frequentadores, que acabam se esquecendo da boa recompensa que pode haver numa estimulante “conversa ao vivo”, na qual as palavras mesmas, as nossas e as alheias, constituem a música e o sentido de estarmos juntos. (TENÓRIO, Adalberto. inédito) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Está plenamente correta a pontuação da seguinte frase: a)Espante-se, quem quiser, mas a música alta é proposta como atração irresistível, em alguns, desses estabelecimentos modernos. b)As boas e saudosas conversas já não podem ter lugar quando, em certos estabelecimentos, impera a tal da música ao vivo, ruidosa e invasiva. c)Durante uma boa conversa não importa onde se esteja, as palavras são também música, a voz é em si mesma, carregada de expressão. d)Existe realmente, quem ache um privilégio frequentar os bares, cuja principal atração, é a música incrivelmente ruidosa? e)Caso alcance mais, do que hegemonia uma unanimidade, essa tendência crescente da música ao vivo, ficaremos em casa para poder conversar. 14 Resposta: b 15 (2018/Banca: FCC) Crônica de gente pouco importante: Manaus, século XIX Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao Amazonas. Apolinária foi designada para trabalhar na recém-instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices. A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto. Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a História acontecer todos os dias. (Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal. com.br. 06.08.2014) O acréscimo de uma vírgula mantém a passagem do texto reescrita de acordo com a norma-padrão em: a)A história de Apolinária, nos ajuda a colocar problemas novos [...] b)Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque, ela desapareceu da documentação [...] c)[...] a olaria foi fechada para se transformar, em uma nova escola: os Educandos Artífices. d)Seres humanos verdadeiros, que fazem a História, acontecer todos os dias. e)A rotina na Olaria era dura, e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos. 15 Resposta: e 16 (2018/Banca: FCC) As crianças gostam de brincadeiras que sejam imitativas e repetitivas, mas, ao mesmo tempo, inovadoras. Firmam-se no que lhes é conhecido e seguro, e exploram o que é novo e nunca foi experimentado. O termo “arremedo” pode implicar algum grau de intenção, mas imitar, ecoar ou reproduzir são propensões psicológicas (e até fisiológicas) universais que vemos em todo ser humano e em muitos animais. Merlin Donald, em Origens do pensamento moderno, faz uma distinção entre arremedo, imitação e mimese: o arremedo é literal, uma tentativa de produzir uma duplicata o mais exata possível. A imitação não é tão literal quanto o arremedo. A mimese adiciona uma dimensão representativa à imitação. Emgeral, incorpora o arremedo e a imitação a um fim superior, o de reencenar e representar um evento ou relação. O arremedo, segundo Donald, é visto em muitos animais; a imitação, em macacos e grandes primatas não humanos; a mimese, apenas no ser humano. A imitação, que tem um papel fundamental nas artes cênicas, onde a prática, a repetição e o ensaio incessantes são imprescindíveis, também é importante na pintura e na composição musical e escrita. Todos os artistas jovens buscam modelos durante os anos de aprendizado. Nesse sentido, toda arte começa como “derivada”: é fortemente influenciada pelos modelos admirados e emulados, ou até diretamente imitados ou parafraseados. Mas por que, de cada cem jovens músicos talentosos ou de cada cem jovens cientistas brilhantes, apenas um punhado irá produzir composições musicais memoráveis ou fazer descobertas científicas fundamentais? Será que a maioria desses jovens, apesar de seus dons, carece de alguma centelha criativa adicional? Será que lhes faltam características que talvez sejam essenciais para a realização criativa, por exemplo, audácia, confiança, pensamento independente? A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento conscientes, mas também de preparação inconsciente. Esse período de incubação é essencial para permitir que o subconsciente assimile e incorpore influências, que as reorganize em algo pessoal. Na abertura de Rienzi, de Wagner, quase podemos identificar todo esse processo. Há ecos, imitações, paráfrases de Rossini, Schumann e outros − as influências musicais de seu aprendizado. E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner: potente, extraordinária (ainda que horrível, na minha opinião), uma voz genial, sem precedentes. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta. As ideias estão no ar, e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época. A própria língua é emprestada: não a inventamos. Nós a descobrimos, ainda que possamos usá-la e interpretá-la de modos muito individuais. O que está em questão não é “emprestar” ou “imitar”, ser “derivado”, ser “influenciado”, e sim o que se faz com aquilo que é tomado de empréstimo. (Adaptado de: SACKS, Oliver. O rio da consciência. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Cia. das Letras, 2017, ed. digital) As vírgulas indicam a elipse de um verbo em: a)e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época. b)Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros... c)O arremedo [...] é visto em muitos animais; a imitação, em macacos e grandes primatas não humanos; a mimese, apenas no ser humano. d)Na abertura de Rienzi, de Wagner, quase podemos identificar todo esse processo. e)O termo “arremedo” pode implicar algum grau de intenção, mas imitar, ecoar ou reproduzir são propensões[...] universais. 16 Resposta: c 17 (2018/Banca: FCC) A velhice na sociedade industrial Durante a velhice deveríamos estar ainda engajados em causas que nos transcendem, que não envelhecem, e que dão significado a nossos gestos cotidianos. Talvez seja esse um remédio contra os danos do tempo. Mas, pondera Simone de Beauvoir, se o trabalhador aposentado se desespera com a falta de sentido da vida presente, é porque em todo o tempo o sentido de sua vida lhe foi roubado. Esgotada a sua força de trabalho, sente-se um pária, e é comum que o escutemos agradecendo sua aposentadoria como uma esmola. A degradação senil começa prematuramente com a degradação da pessoa que trabalha. Esta sociedade pragmática não desvaloriza somente o operário, mas todo trabalhador: o médico, o professor, o esportista, o ator, o jornalista. Como reparar a destruição sistemática que os homens sofrem desde o nascimento, na sociedade da competição e do lucro a qualquer preço? Cuidados geriátricos não devolvem a saúde física nem mental. A abolição dos asilos e a construção de casas decentes para a velhice, não segregadas do mundo ativo, seria um passo à frente. Mas haveria que sedimentar uma cultura para os velhos com interesses, trabalhos, responsabilidades que tornem digna sua sobrevivência. Como deveria ser uma sociedade para que, na velhice, o homem permaneça um homem? A resposta é radical para Simone de Beauvoir: “seria preciso que ele sempre tivesse sido tratado como homem”. Para que nenhuma forma de humanidade seja excluída da Humanidade é que as minorias têm lutado, que os grupos discriminados têm reagido. A mulher, o negro, combatem pelos seus direitos, mas o velho não tem armas. Nós é que temos de lutar por ele. (Adaptado de: BOSI, Ecléa. Lembranças de velhos. S. Paulo: T. A. Queiroz, 1983, p. 38-39) A supressão da vírgula altera o sentido da frase: a)Tenham toda a nossa admiração os velhos aposentados, aos quais não faltou lutar por seus sonhos. b)Em seus textos de circulação internacional, Simone de Beauvoir batalhou muito pelos direitos das minorias. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)Muitos têm lutado com vigor, apesar das adversidades que poderiam desanimá-los. d)Como prova mesmo de nossa humanidade, devemos nos engajar nas lutas pelos mais desprotegidos. e)Não pode haver plena reparação, no caso de uma injustiça ter sido perpetrada por tantos e tantos anos. 17 Resposta: a 18 (2018/Banca: PR-4 UFRJ) “Desde a transição democrática de meados dos anos 80, o povo brasileiro contempla, entre perplexo e cada vez mais desencantado, o espetáculo da mudança sem esperança ou, como dizia um crítico de Adorno, ‘a realização das esperanças do passado’. Assim os senhores da terra concebem o progresso. As eleições diretas sucumbiram diante do Colégio Eleitoral. A nau de Ulysses encalhou nas praias do transformismo e os náufragos do regime militar saltaram alegremente para bordo. Na eleição de 1989, o Caçador de Marajás saiu do quase anonimato para ser promovido como mercadoria nova, produzida nas retortas dos marqueteiros e exposta nas vitrines da mídia de resultados, sob os aplausos e a chuva de grana despejada pelo patriciado nativo. Em 2017, os senhores da Casa-grande e seus fâmulos1 apostam na reconstrução das esperanças do passado: acenam com candidaturas habilitadas a empurrar, outra vez, o País para a modernidade dos marqueteiros. Nesse barco navegam os cosmopolitas da finança e dos negócios, uma fração majoritária das classes médias – ilustrada, semi-ilustrada e deslustrada –, as velhas oligarquias regionais e a cambada da tripa-forra2que quer sempre se locupletar3 sem esforço. (...)” Fragmento do artigo O PAÍS DA CASA GRANDE, por Luiz Gonzaga Beluzzo, Carta Capital, 16 de agosto de 2017. 1 criados, empregado, indivíduo subserviente. 2 comer à vontade, grande quantidade ou abundância, fartamente, até não poder mais. 3 enriquecer, encher(-se), abarrotar(-se). Sobre a frase “entre perplexo ecada vez mais desencantado”, usada no início do primeiro parágrafo, é correto afirmar que: a)refere-se à expressão “meados dos anos 80”; tem valor adjetivo; poderia não estar isolada entre vírgulas; indica circunstância de modo. b)refere-se à expressão “o povo brasileiro”; tem valor adverbial; por essa razão aparece entre vírgulas; indica circunstância de modo. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)refere-se à expressão “o povo brasileiro”; tem valor adjetivo; por essa razão aparece entre vírgulas; indica circunstância de tempo. d)refere-se à expressão “o espetáculo da mudança sem esperança”; tem valor substantivo; por essa razão aparece entre vírgulas; indica circunstância de dúvida. e)refere-se à expressão “o espetáculo da mudança sem esperança”; tem valor adverbial; poderia não estar isolada entre vírgulas; indica circunstância de intensidade. 18 Resposta: b 19 (2018/Banca: FUNDATEC) Sobre o uso de pontuação no texto, considere as assertivas que seguem, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) Os dois-pontos da linha 05 têm a função de introduzir uma oração adjetiva explicativa. ( ) A segunda vírgula da linha 09 marca a ocorrência de uma oração fragmentada. ( ) Na linha 11, imediatamente após o vocábulo técnicas, dever-se-ia colocar uma vírgula, visto que, naquele contexto, identifica-se a ocorrência de frases siamesas. ( ) As vírgulas que separam a conjunção portanto (l.28 e 32) justificam-se pela mesma regra. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: Parte superior do formulário a)V – V – V – V. b)V – V – V – F. c)F – F – F – V. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d)F – V – F – V. e)V – F – V – F. 19 Resposta: c 20 (2018/Banca: FUNDATEC) Considere as seguintes afirmações sobre a pontuação do texto. I. As vírgulas das linhas 01 e 03 separam termos de mesmo valor sintático. II. Na linha 13, os dois-pontos introduzem uma citação. III. Na linha 18, os dois-pontos antecedem um aposto. Quais estão corretas? a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas I e III. d)Apenas II e III. e)I, II e III. 20 Resposta: c 21 (2018/Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) TEXTO I O Parque das Águas de Caxambu, principal atração turística da cidade localizada no Sul de Minas Gerais, ganha nova gestão a partir do dia 1º de outubro de 2017. A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), proprietária do empreendimento, assume a administração do espaço, que estava sob gestão da Prefeitura Municipal desde 1989. O funcionamento do Parque das Águas e o acesso da comunidade e dos turistas serão mantidos, permanecendo o valor de R$ 5,00 para os turistas e R$ 2,50 para a comunidade caxambuense. O plano da Empresa para o empreendimento, incluindo o balneário, prioriza a recuperação dos ativos, por meio de melhorias em calhas, telhado, equipamentos (duchas, banheiras, sauna) e instalações (rede de água quente, louças, metais, bomba, drenagem), além de limpeza geral e revitalização de pisos e paredes, por exemplo. Em junho deste ano, o setor de Engenharia da Codemig realizou vistoria no local, para avaliação das condições das edificações e dos equipamentos do parque, visando o recebimento do patrimônio público estadual que se encontrava sob gestão da Prefeitura Municipal. O custo total estimado para colocar em melhores condição de uso foi orçado em aproximadamente R$ 11 milhões, incluindo serviços no balneário (caldeira, pinturas, equipamentos, pisos, paredes, telhado, calhas, instalações, limpeza geral), na área da piscina, nas lojas, na área do pedalinho, nas portarias, nos fontanários e coreto, além de redes internas, quadras, brinquedos, pavimentações, cercamento, regularização do AVCB, desassoreamento do lago, iluminação e instalações elétricas, entre outros. A equipe de trabalho da Codemig assumirá as operações do parque e do balneário a partir de outubro, em substituição aos servidores da Prefeitura e os de livre nomeação que até então prestam serviços no espaço e estão vinculados à Administração Municipal. Em paralelo, a Codemig está preparando licitação para captar um parceiro privado visando à formação de uma Sociedade em Conta de Participação para o negócio de águas minerais e seus correlatos. Dados apresentados pela Prefeitura Municipal de Caxambu apontaram que o resultado financeiro do Parque é historicamente deficitário: o resultado de 2013 a 2016 teve déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 — parte do prejuízo deve-se ao número Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com excessivo de empregados contratados pela Administração Municipal para atuação no Parque e à não cobrança dos aluguéis referentes a cessão de espaço. Em meio a esse cenário contábil de reiteradas perdas e frente aos desafios que se impõem ao alcance e à manutenção da viabilidade econômica em um mercado cada vez mais competitivo, a Codemig considerou essencial a construção conjunta de uma solução eficaz e efetiva. A Empresa busca potencializar o dinamismo do empreendimento, ampliar o público-alvo do local e valorizar a eficiência na prestação dos serviços à população, além de contribuir para maior projeção de Caxambu e Minas Gerais no segmento turístico, respeitando sempre as comunidades local e regional. A Codemig reconhece a importância do Parque das Águas de Caxambu para além das esferas local e regional, valorizando o espaço como rico e diversificado patrimônio. Empresa pública indutora do desenvolvimento de Minas Gerais, a Codemig atua em prol do crescimento econômico sustentável, do bem-estar dos mineiros e da preservação de acervos turísticos e históricos do estado. [...] CODEMIG. Disponível em: <https://goo.gl/VhUow>. Acesso em: 25 set. 2017 [Fragmento adaptado]. Releia o excerto a seguir. “A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), proprietária do empreendimento, assume a administração do espaço [...]” Em relação ao trecho destacado, assinale a alternativa CORRETA. a)Está isolado por vírgulas por se tratar de aposto explicativo. b)Trata-se de termo integrante da oração deslocado, por isso foi separado por vírgulas. c)Por se tratar de vocativo, deve ser isolado por vírgulas. d)Foi separado por vírgula por ser um termo essencial da oração. 21 Resposta: a 22 (2018/Banca: Orhion Consultoria) Considerando o uso da vírgula, associe a primeira coluna com a segunda coluna e, a seguir, marque a alternativa CORRETA que completa os parênteses de cima para baixo: COLUNA 1 1- Isola um Aposto. 2- Separa oração coordenada adversativa. 3- Separa oração coordenada assindética. 4- Separa orações intercaladas. 5- Separa adjunto adverbial anteposto. COLUNA 2 ( ) Hoje pela manhã, encontrei os servidores reunidos na Prefeitura. ( ) Machado de Assis, representante do Realismo, escreveu “Dom Casmurro”. ( ) Chegou, sentou, começou a falar. ( ) São somente estes, a não ser que existam outros, os documentos que devem ser protocolados. ( ) Ele a escutava, mas não concordava com sua opinião. a)5;4; 3; 1; 2. b)3; 2; 5; 4; 1. c) 3; 2; 4; 5; 1. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d)5; 1; 3; 4; 2. 22 Resposta: d 23 (2018/Banca: CESPE) A pontuação empregada no texto 1A1AAA permaneceria correta se, I no primeiro parágrafo, o segundo travessão fosse eliminado. II na linha 1, fosse inserida vírgula logo após “2017”. III na linha 14, fosse inserida vírgula logo após ‘1997’. IV na linha 15, a vírgula logo após ‘persistente’ fosse eliminada. Assinale a opção correta. Parte superior do formulário a)Nenhum item está certo. b)Apenas o item III está certo. c)Apenas o item IV está certo. d)Apenas os itens I e II estão certos. e)Todos os itens estão certos. 23 Resposta: b 24 (2018/Banca: CESPE) A correção gramatical e os sentidos do texto 1A1BBB seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula logo após a)“alertas” (ℓ.28). b)“também” (ℓ.3). c)“tempo” (ℓ.10). d)“lista” (ℓ.15). e)“processo” (ℓ.22). 24 Resposta: d 25 (2018/Banca: CESPE) Seria mantida a correção gramatical do texto 1A1AAA, embora com alteração do sentido original, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra a)“grande” (ℓ.19). b)“como” (ℓ.21). c)“arquivos” (ℓ.22). d)“missão” (ℓ.10). e)“inúteis” (ℓ.17). 25 Resposta: c 26 (2017/Banca: FEPESE) Texto 4 Guignard na parede – Este seu Guignard é falso ou verdadeiro? - perguntou-lhe o visitante, coçando o queixo, de um modo ainda mais suspeitoso do que a pergunta. – Ora essa, por que duvida? – Eu não duvido nada, só que existem por aí uns cinquenta quadros falsos de Guignard, e então... – Então o quê? Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com – Esse também podia ser. Só isso. – Pois não é, não senhor. Qualquer um vê logo que se trata de Guignard autêntico, Guignard da melhor época. – Não ponho em dúvida sua palavra, Deus me livre. Mas nunca se sabe se um quadro é autêntico ou não. Nunca. Não há prova irrefutável. – Mesmo que se tenha visto o pintor trabalhando nele? – Em geral, o pintor não trabalha à vista dos outros. No máximo dá uma pincelada, um toque. Até os retratos, não sabia? São feitos em grande parte na ausência dos retratados. Todo artista tem um auxiliar, espécie de primo pobre, que imita à perfeição a maneira do mestre... – Guignard tinha alunos; e daí? Vai me dizer que os alunos pintavam e ele assinava? – O senhor é que parece estar insinuando isso. Eu digo apenas que assinatura pode ser autêntica num quadro falso. Veja Picasso. Picasso assina falsos Picassos por blague ou para ajudar pobres-diabos. Pode parecer maluquice, mas para mim o pintor é o primeiro falsificador de sua obra, ele se copia e manda os outros copiarem . – Não diga uma besteira dessas. [...] – Fiquei com medo do senhor ter um falso Guignard, e preveni. Não há razão para se queimar. – Está bem. – Talvez tenha feito mal em alertá-lo. O senhor vai ficar preocupado, cismado. Não desejo isso. Vamos fazer uma coisa? Para o senhor não se chatear, eu compro o seu quadro, mesmo tendo as maiores dúvidas sobre a autenticidade. Repare bem: a fluidez da pintura é demasiado fluida para ser original. Um mestre nunca vai ao extremo de sua potencialidade; deixa que os outros exacerbem sua maneira. Este Guignard é tão leve, tão aéreo, que só mesmo de alguém muito habilidoso, que procurasse ser mais Guignard do que o próprio Guignard. Não há dúvida, para mim não é Guignard. Quanto quer por isto? – Quero que o senhor vá para o inferno, sim? ANDRADE, C. D. de. 70 historinhas. 13 ed. Rio de Janeiro: Record,2009. p.195-197. Considerando o uso da vírgula, numere a coluna 2 de acordo com a coluna 1. Coluna 1 Regra 1. Separa adjunto adverbial anteposto. 2. Separa oração coordenada adversativa. 3. Isola um aposto. 4. Separa elementos que exercem a mesma função sintática na oração. Coluna 2 Frase ( ) Pode parecer maluquice, mas para mim o pintor é o primeiro falsificador de sua obra. ( ) O senhor vai ficar preocupado, cismado. ( ) Em geral, o pintor não trabalha à vista dos outros. ( ) Todo artista tem um auxiliar, espécie de primo pobre, que imita à perfeição a maneira do mestre. ( ) Este Guignard é tão leve, tão aéreo... Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo Parte superior do formulário a)1 • 3 • 4 • 2 • 3 b) 2 • 4 • 1 • 3 • 3 Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)2 • 4 • 1 • 3 • 4 d)2 • 4 • 2 • 3 • 1 e) 3 • 2 • 1 • 4 • 4 26 Resposta: c 27 (2017/Banca: CPCON) Quem escreve deve trabalhar com o máximo possível de atenção, adotando todos os cuidados necessários à eficácia da boa redação tanto em relação à forma, como em relação à clareza do que se afirma. Neste sentido, atente aos enunciados abaixo: I- Os filhos de seu Francisco, que estudaram, tiveram sucesso na vida. II- Os filhos de seu Francisco que estudaram tiveram sucesso na vida. III- Vi uma foto sua no ônibus. IV- O motorista infligiu a lei, ao estacionar em fila dupla, e foi multado. O guarda lhe infringiu uma multa de 270,00 reais. V- As questões ligadas à assessoria parlamentar devem ser meticulosamente avaliadas afim de que não se cometam injustiças. VI- Desculpem-me, mas não dá para fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. (CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002) (fragmento). Com base nas sentenças acima assinale a alternativa que julgar VERDADEIRA: a)Em IV e V, embora tenhamos equívocos na escolha e no uso de algumas palavras, este fato em nada compromete a intencionalidade, a clareza e, com efeito, a eficácia do que se pretende comunicar conforme os sentidos propostos autorizados nos enunciados. b)Em I e II, a presença ou ausência do uso das vírgulas não altera substancialmente o efeito final de sentido destes enunciados. c)No enunciado III, não se apresenta qualquer registro de ambiguidade que comprometa a sua clareza e eficácia comunicacional. d)Em IV e V, temos equívocos na escolha e no uso de algumas palavras, fato responsável por quebrar a intencionalidade, a clareza e, com efeito, a eficácia do que se pretende comunicar, conforme os sentidos propostos autorizados nos enunciados. e)Em VI, embora se vislumbrem registros em menor intensidade de outras funções da linguagem, a função que predomina é fática. 27 Resposta: d 28 (2017/Banca: ESAF) Assinale a opção em que o emprego de vírgula está correto. a)A indústria alimentícia brasileira, tem cumprido seu papel de oferecer alimentos de boa qualidade, com variedade e a preço acessível. Esse processo teve seu início nos anos 1990, com a abertura do mercado e a estabilização da economia, inserindo o país na globalização. b)Um progresso visível se observa, quando o mercado atual é comparado, ao mercado de alimentos dos anos 1980, que era limitado, caro e de baixa qualidade. c)No bojo da globalizaçãose insere, a política de regulação de mercado através de agências, cuja implantação no Brasil vem sendo defendida como ferramenta indispensável à defesa dos interesses do livre mercado, e, em última análise, do consumidor. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d)O desafio ao poder público com essa mudança é o controle da concorrência e da concentração de mercado, usada entre os concorrentes com objetivos diversos, seja no sentido saudável da redução de custos, seja no controle do mercado. e)Montagem de legislação, fortalecimento de órgãos, criação de canais de cooperação, entre entes governamentais, chamamento da sociedade, para o debate e participação são alguns dos instrumentos, que o poder público tem lançado mão, no sentido de criar uma cultura, de livre mercado e concorrência. 28 Resposta: d 30 (2017/Banca: FCC) A eletricidade produzida a partir da luz do sol, ou energia fotovoltaica, aparece como a grande estrela do relatório “Renováveis 2017 – Análise e Previsões para 2022”, da Agência Internacional de Energia (AIE). E a maior responsável por isso, mais uma vez, é a China. A geração solar foi a que mais cresceu entre as energias renováveis, alcançando quase a metade (45%) dos 165 giga-watts de capacidade adicionada em 2016, excluídas fontes de origem fóssil (carvão, petróleo e gás natural) e nuclear. O Brasil instalou 7,8 GW de renováveis no ano passado – de um total de 9,5 GW no país –, repartidos entre usinas hidrelétricas (5,2 GW) e eólicas (2,6 GW). Mantém uma das matrizes de geração mais limpas, mas contribui com menos de 5% do crescimento verde mundial. Já a China responde por 40% da capacidade renovável adicionada em 2016, e a maior parte disso provém da energia solar. O governo de Pequim incentiva essa fonte limpa na tentativa de minorar a poluição do ar gerada por termelétricas a carvão, grave problema de saúde pública e inquietação social. Sob esse estímulo, o país asiático já representa 50% da demanda global por painéis fotovoltaicos e manufatura 60% desses equipamentos. Salta aos olhos a irrelevância do Brasil no que respeita à energia solar fotovoltaica. Algumas grandes centrais começam a ser instaladas, mas o investimento nacional na mais dinâmica fonte alternativa é desprezível, em termos mundiais. O país só se destaca, no relatório da AIE, na seara das fontes renováveis para o setor de transporte. Embora o noticiário se concentre na voga dos veículos elétricos, o estudo ressalta que os biocombustíveis – como etanol e biodiesel – permanecerão como opções mais viáveis. Sim, o Brasil conta com a matriz elétrica mais limpa entre nações de grande porte e liderança inconteste em álcool combustível. O futuro, no entanto, é solar. (Editorial. Império do sol. Folha de S.Paulo, 10.10.2017. Adaptado) Assinale a alternativa em que a vírgula está empregada de acordo com a norma-padrão. Parte superior do formulário a)A China mais uma vez foi a responsável, por colocar a energia fotovoltaica no papel de estrela, conforme mostra o relatório “Renováveis 2017 – Análise e Previsões para 2022”. b)A China, mais uma vez, foi a responsável por colocar a energia fotovoltaica no papel de estrela, conforme mostra o relatório “Renováveis 2017 – Análise e Previsões para 2022”. c)A China, foi a responsável, mais uma vez, por colocar a energia fotovoltaica no papel de estrela, conforme mostra o relatório “Renováveis 2017 – Análise e Previsões para 2022”. d)Mais uma vez a China foi, a responsável, por colocar a energia fotovoltaica no papel de estrela conforme mostra o relatório “Renováveis 2017 – Análise e Previsões para 2022”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e)Mais uma vez, a China, foi a responsável por colocar a energia fotovoltaica no papel de estrela conforme mostra o relatório “Renováveis 2017 – Análise e Previsões para 2022”. 29 Resposta: b 30 (2017/Banca: VUNESP) Avaliar os servidores Instituições funcionam bem quando conseguem promover os incentivos corretos. Em se tratando do serviço público, isso significa recompensar o mérito e o esforço, evitando que funcionários sucumbam às forças da inércia. Uma das razões do fracasso do socialismo real, recorde-se, foi a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores. Para estes, a escolha racional era não chamar a atenção dos superiores, negativa ou positivamente. A gestão de pessoal no Estado brasileiro não chega a reproduzir um modelo soviético, mas carece de sistema eficaz de incentivos e sanções. Com efeito, políticas de bônus por produtividade nas carreiras públicas ainda são tímidas e raramente bem desenhadas. Já a dispensa de servidores por insuficiência de desempenho, embora prevista na Constituição, não pode ser posta em prática porque o Congresso nunca elaborou uma lei complementar que regulamentasse a avaliação dos profissionais, como a Carta exige. Vislumbra-se, agora, uma possibilidade de avanço. Discute-se no Senado projeto que cria um sistema de avaliação periódica, a ser adotado por União, Estados e municípios, que poderá levar à exoneração de servidores que obtenham, por sucessivas vezes (o número exato ainda é objeto de negociação), notas inferiores a 30% da pontuação máxima. Será ingenuidade, entretanto, contar com uma aprovação fácil – os sindicatos da categoria já se mobilizam contra o texto. Tampouco se deve imaginar que basta uma lei para alterar o statu quo. Sistemas de avaliação de servidores já existentes em alguns órgãos muitas vezes não passam de um jogo de cena corporativista, que acaba por distribuir premiações quase generalizadas. As dificuldades, contudo, não podem ser pretexto para o imobilismo. O projeto se apresenta como um passo inicial importante; uma vez posto em prática, a experiência servirá de base para eventuais aperfeiçoamentos. (Editorial. Folha de S.Paulo, 29.09.2017. Adaptado) De acordo com a norma-padrão, assinale a alternativa correta quanto à pontuação e à regência. a)Cabe lembrar que, a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores, foi uma das razões do fracasso do socialismo real ao longo dos anos. b)Cabe lembrar de que uma das razões do fracasso do socialismo real foi ao longo dos anos a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores. c) Cabe lembrar que, ao longo dos anos, uma das razões do fracasso do socialismo real foi a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores. d)Cabe lembrar, que uma das razões do fracasso do socialismo real, ao longo dos anos, foi a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores. e)Cabe lembrar de que ao longo dos anos, uma das razões do fracasso do socialismo real, foi a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores. 30 Resposta: c 31 (2017/Banca: Quadrix) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Julgue o item em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos. O emprego da vírgula após “hedonismo” (linha12) justifica-se por isolar termo apositivo. Certo Errado 31 Resposta: certo 32 (2017/Banca: Quadrix) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Julgue o item em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos. Estaria mantida a correção gramatical do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após o vocábulo “também” (linha 36) para destacá-lo em face do emprego da palavra “somente” (linha 35) no período anterior. Certo Errado 32 Resposta: errado 33 (2017/Banca: PR-4 UFRJ) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com O trecho adiante é um fragmento do romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto (1881-1922). Leia-o e responda às questões propostas a seguir: “(...) De manhã, pus-me a recapitular todos esses episódios; e sobre todos pairava a figura inflada, mescla de suíno e de símio, do célebre jornalista Raul Gusmão. O próprio Oliveira, tão parvo e tão besta, tinha alguma coisa dele, do seu fingimento de superioridade, dos seus gestos fabricados, da sua procura de frases de efeito, de seu galope para o espanto e para a surpresa. Era já o genial, com quem viria travar conhecimento mais tarde, que me assombrava com o seu maquinismo de pose e me colhia nos alçapões de apanhar os simples. E senti também que o espantoso Gusmão e o bobo Oliveira me tinham desviado da observação meticulosa a que vinha submetendo o padeiro de Itaporanga. Achava extraordinário que um varejista de um vilarejo longínquo cultivasse e mantivesse amizades tão fora do seu círculo; não se explicava bem aquele seu norteio para os jornalistas, a especial admiração com que os cercava, o carinho com que tratava todos. (...)” Em relação à vírgula no trecho “(...) De manhã, pus-me a recapitular todos esses episódios; (...)” – considerado o que estabelece a norma culta da língua – pode-se afirmar que seu emprego é: a)obrigatório, já que ela isola adjunto adnominal anteposto. b)desnecessário, tendo em vista que ela separa adjunto adverbial intercalado. c)eletivo, porque ela separa locução adjetiva. d)facultativo, uma vez que ela isola adjunto adverbial de pequena extensão anteposto. e)obrigatório, pois ela separa o vocativo deslocado. 33 Resposta: d 34 (2017/Banca: PR-4 UFRJ) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com O texto adiante é um fragmento do artigo Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Sua autora, Sueli Carneiro, é filósofa, escritora, ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro, fundadora e coordenadora executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra São Paulo SP. Leia-o, atentamente, e responda à questão. “Insisto em contar a forma pela qual foi assegurada, no registro de nascimento de minha filha Luanda, a sua identidade negra. O pai, branco, vai ao cartório, o escrivão preenche o registro e, no campo destinado à cor, escreve: branca. O pai diz ao escrivão que a cor está errada, porque a mãe da criança é negra. O escrivão, resistente, corrige o erro e planta a nova cor: parda. O pai novamente reage e diz que sua filha não é parda. O escrivão irritado pergunta, ‘Então qual a cor de sua filha?’. O pai responde, ‘Negra’. O escrivão retruca, ‘Mas ela não puxou nem um pouquinho ao senhor?’ É assim que se vão clareando as pessoas no Brasil e o Brasil. Esse pai, brasileiro naturalizado e de fenótipo ariano, não tem, como branco que de fato é, as dúvidas metafísicas que assombram a racialidade no Brasil, um país percebido por ele e pela maioria de estrangeiros brancos como de maioria negra. Não fosse a providência e insistência paternas, minha filha pagaria eternamente o mico de, com sua vasta carapinha, ter o registro de branca, como ocorre com filhos de um famoso jogador de futebol negro.” No trecho “O escrivão, resistente, corrige o erro e planta a nova cor: parda.”; as vírgulas estão empregadas para separar: a)uma expressão conclusiva. b)o aposto na ordem inversa. c)uma expressão concessiva. d)o predicativo deslocado. e)o vocativo na ordem direta. 34 Resposta: d 35 (2017/Banca: PR-4 UFRJ) TEXTO 4 Adiante, o célebre conto Um Apólogo, de Machado de Assis. Leia-o, com atenção, e responda às questões propostas a seguir. “UM APÓLOGO Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? — Deixe-me, senhora. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. — Mas você é orgulhosa. — Decerto que sou. — Mas por quê? — É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu? — Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando... — Também os batedores vão adiante do imperador. — Você é imperador? — Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: — Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuouainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe: — Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!” No trecho “— Que cabeça, senhora?”, a vírgula é empregada para: Parte superior do formulário a)marcar uma pausa respiratória. b)assinalar a separação do aposto “senhora”. c)isolar o vocativo “Que cabeça”. d)isolar o vocativo “senhora”. e)separar o substantivo “senhora” do pronome demonstrativo “Que”. 35 Resposta: d 36 (2017/Banca: UFSM) Nas linhas 6 e 7, a explicação sobre a função desempenhada pelo professor Eduardo Mário Dias aparece entre vírgulas porque, na organização da frase, essa informação está apresentada na forma de um a)aposto. b)vocativo. c)predicativo d)adjunto adverbial. e)adjunto adnominal. 36 Resposta: a 37 (2017/Banca: PR-4 UFRJ) Vou Te Encontrar Paulo Miklos Compositor: Nando Reis Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Olha, ainda estou aqui Perto, nunca te esqueci Forte, com a cabeça no lugar Livre, livre para amar Sofro, como qualquer um Rio, quando estou feliz Homem, dessa mulher Vivo, como você quer Nas ondas do mar Nas pedras do rio Nos raios de sol Nas noites de frio No céu, no horizonte No inverno, verão Nas estrelas que formam Uma constelação Vou te encontrar... Vou te encontrar Olha, eu fiquei aqui Perto, está você em mim Forte, pra continuar Livre, livre para amar Sofro, como qualquer um Rio, porque sou feliz Homem, de uma mulher Vivo, como você quer No beijo da moça No alto e no chão Nos dentes da boca Nos dedos da mão No brilho dos olhos Na luz da visão No peito dos homens No meu coração Vou te encontrar... Vou te encontrar Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Assinale a alternativa em que a vírgula foi utilizada pelo mesmo motivo que no verso “Rio, quando estou feliz”. a)Perto, nunca te esqueci. b)Sofro, como qualquer um. c)Livre, livre para amar. d)Olha, eu fiquei aqui. e)Homem, de uma mulher. 37 Resposta: b 38 (2017/Banca: VUNESP) Mal aproveitado no Brasil, telhado de casas pode gerar energia e captar água Tente imaginar as cidades brasileiras vistas de cima. Agora repare no desperdício que é a soma dos telhados de todas as edificações. O modelo construtivo convencional banalizou a função dessa parte de casas, prédios, escolas, ginásios, estádios etc. Ainda hoje, ensina-se em muitos cursos de engenharia e arquitetura que o telhado é apenas um telhado. Um reles arremate que cobre o que está embaixo. Não seria exagero chamar isso de crime de lesa-cidade. No século 21, essas áreas ganham progressivamente importância e prestígio na promoção da qualidade de vida de seus donos com múltiplos usos inteligentes. Quem mora em São Paulo aprendeu isso na raça. No auge da crise hídrica, muita gente adaptou às pressas o telhado para captar água de chuva. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), uma casa com 100 m2 de área de telhado no centro da capital paulista pode captar água suficiente para abastecer uma família de quatro pessoas em suas necessidades de limpeza e descarga do vaso sanitário, por exemplo. Dependendo da localização, o telhado pode ser uma miniusina solar. Um kit completo, incluindo inversores e outros acessórios, custa cerca de R$ 15 mil e é capaz de reduzir em até 80% a conta de luz, com o retorno do capital investido em, no máximo, 12 anos. É caro, mas o valor vem caindo 5% ao ano. O telhado verde, com o plantio de certas espécies mais indicadas para esse fim, promove o isolamento térmico e acústico e, se desejar, captação de água de chuva. Tudo isso sem falar no ar caprichoso da casa, que fica parecendo ter saído de um conto de fada dos irmãos Grimm. Quer experimentar algo mais simples e barato? Pinte todo o telhado com tinta branca reflexiva e reduza em até 70% a temperatura no interior da construção, além de refletir os raios solares que agravam o efeito estufa. Um projeto simples, de eficácia indiscutível e que assegura bem-estar pessoal e munição extra contra o aquecimento global. (André Trigueiro. www.folha.uol.com.br. 24.07.2016. Adaptado) Assinale a alternativa em que a pontuação se mantém em conformidade com a norma-padrão da língua após a rescrita da frase. a)Mal aproveitado no Brasil, telhado de casas pode gerar energia e captar água. Telhado de casas mal aproveitado no Brasil, pode gerar energia e captar água. b)Tente imaginar as cidades brasileiras vistas de cima. Tente imaginar vistas de cima, as cidades brasileiras. c)Não seria exagero chamar isso de crime de lesa-cidade. Chamar isso de crime de lesa-cidade, não seria exagero. d)Dependendo da localização, o telhado pode ser uma miniusina solar. O telhado, dependendo da localização, pode ser uma miniusina solar. e)É caro, mas o valor vem caindo 5% ao ano. É caro, mas o valor ao ano, vem caindo 5%. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 38 Resposta: d 39 (2017/Banca: IBADE) A mulher que ia navegar O anúncio luminoso de um edifício em frente, acendendo e apagando, dava banhos intermitentes de sangue na pele de seu braço repousado, e de sua face. Ela estava sentada junto à janela e havia luar; e nos intervalos desse banho vermelho ela era toda pálida e suave. Na roda havia um homem muito inteligente que falava muito; havia seu marido, todo bovino; um pintor louro e nervoso; uma senhora morena de riso fácil e engraçado; um físico, uma senhora recentemente desquitada, e eu. Para que recensear a roda que falava de política e de pintura? Ela não dava atenção a ninguém. Quieta, às vezes sorrindo quando alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas mirava o próprio braço, atenta à mudança da cor. Senti que ela fruía nisso um prazer silencioso e longo. “Muito!”, disse quando alguém lheperguntou se gostara de um certo quadro - e disse mais algumas palavras; mas mudou um pouco a posição do braço e continuou a se mirar, interessada em si mesma, com um ar sonhador. Quando começou a discussão sobre pintura figurativa, abstrata e concreta, houve um momento em que seu marido classificou certo pintor com uma palavra forte e vulgar; ela ergueu os olhos para ele, com um ar de censura; mas nesse olhar havia menos zanga do que tédio. Então senti que ela se preparava para o enganar. Ela se preparava devagar, mas sem dúvida e sem hesitação íntima nenhuma; devagar, como um rito. Talvez nem tivesse pensado ainda que homem escolheria, talvez mesmo isso no fundo pouco lhe importasse, ou seria, pelo menos, secundário. Não tinha pressa. O primeiro ato de sua preparação era aquele olhar para si mesma, para seu belo braço que lambia devagar com os olhos, como uma gata se lambe no corpo; era uma lenta preparação. Antes de se entregar a outro homem, ela se entregaria longamente ao espelho, olhando e meditando seu corpo de 30 anos com uma certa satisfação e uma certa melancolia, vendo as marcas do maiô e da maternidade e se sorrindo vagamente, como quem diz: eis um belo barco prestes a se fazer ao mar; é tempo. Talvez tenha pensado isso naquele momento mesmo; olhou-me, quase surpreendendo o olhar com que eu estudava; não sei; em todo caso, me sorriu e disse alguma coisa, mas senti que eu não era o navegador que ela buscava. Então, como se estivesse despertando, passou a olhar uma a uma as pessoas da roda; quando se sentiu olhado, o homem inteligente que falava muito continuou a falar encarando-a, a dizer coisas inteligentes sobre homem e mulher; ela ia voltar os olhos para outro lado, mas ele dizia logo outra coisa inteligente, como quem joga depressa mais quirera de milho a uma pomba. Ela sorria, mas acabou se cansando daquele fluxo de palavras, e o abandonou no meio de uma frase. Seus olhos passaram pelo marido e pelo pequeno pintor louro e então senti que pousavam no físico. Ele dizia alguma coisa à mulher recentemente desquitada, alguma coisa sobre um filme do festival. Era um homem moreno e seco, falava devagar e com critério sobre arte e sexo. Falava sem pose, sério; senti que ela o contemplava com uma vaga surpresa e com agrado. Estava gostando de ouvir o que ele dizia à outra. O homem inteligente que falava muito tentou chamar-lhe a atenção com uma coisa engraçada, e ela lhe sorriu; mas logo seus olhos se voltaram para o físico. E então ele sentiu esse olhar e o interesse com que ela o ouvia, e disse com polidez: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com - A senhora viu o filme? Ela fez que sim com a cabeça, lentamente, e demorou dois segundos para responder apenas: vi. Mas senti que seu olhar já estudava aquele homem com uma severa e fascinada atenção, como se procurasse na sua cara morena os sulcos do vento do mar e, no ombro largo, a secreta insígnia do piloto de longo, longo curso. Aborrecido e inquieto, o marido bocejou - era um boi esquecido, mugindo, numa ilha distante e abandonada para sempre. É estranho: não dava pena. Ela ia navegar. BRAGA, Rubem. A mulher que ia navegar. In: Rubem Braga. Recado da primavera. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 1991. p.80- 82. A inclusão de vírgula(s) alterará o sentido da(s) seguinte(s)frase(s): I. “Na roda, havia um homem muito inteligente que falava muito.” II. “Mas, senti que seu olhar já estudava aquele homem com uma severa e fascinada atenção.” III. “O homem inteligente, que falava muito, tentou chamar-lhe a atenção com uma coisa engraçada.” Está(ão) correta(s) apenas a(s): a)l e ll. b)ll. c)l. d)l e lll. e)lll. 39 Resposta: e 40 (2017/Banca: IBADE) Texto 2 O nascimento da crônica Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica. Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem. Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos. Em “A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe.", a correção gramatical do segmento seria preservada, sem haver alteração semântica, linguística ou de coerência, caso: 1. fosse colocada uma vírgula após “A primeira. 2. fosse substituída a palavra SEQUER por NEM MESMO. 3. houvesse troca do pronome OS, em havendo-os, por LHES. 4. a forma verbal HAVIA fosse flexionada no plural. Estão corretas apenas: a)2 e 4. b)1 e 2. c)1, 2 e 3. d)1, 3 e 4. e)2, 3 e 4. 40 Resposta: b 41 (2017/Banca: Quadrix) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item subsequente. Na linha 3, o emprego das vírgulas após “contemporânea” e “pós-modernidade” justifica-se por separar termos de uma enumeração. Certo Errado 41 Resposta: errado 42 (2017/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com A correção gramatical e o sentido original do texto CG2A1BBB seriam preservados caso fosse substituída por travessão a vírgula empregada imediatamente após a)“ancestral” (ℓ.31). b)“guerreiros” (ℓ.5). c)“aristocracia” (ℓ.12). d)“teoricamente” (ℓ.18). e)“Francesa” (ℓ.24). 42 Resposta: b 43 (2017/Banca: FCC) [Em torno da memória] Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Na maior partedas vezes, lembrar não é reviver, mas refazer, reconstruir, repensar, com imagens e ideias de hoje, as experiências do passado. A memória não é sonho, é trabalho. Se assim é, deve-se duvidar da sobrevivência do passado “tal como foi", e que se daria no inconsciente de cada sujeito. A lembrança é uma imagem construída pelos materiais que estão, agora, à nossa disposição, no conjunto de representações que povoam nossa consciência atual. Por mais nítida que nos pareça a lembrança de um fato antigo, ela não é a mesma imagem que experimentamos na infância, porque nós não somos os mesmos de então e porque nossa percepção alterou-se. O simples fato de lembrar o passado, no presente, exclui a identidade entre as imagens de um e de outro, e propõe a sua diferença em termos de ponto de vista. (Adaptado de Ecléa Bosi. Lembranças de velhos. S. Paulo: T. A. Queiroz, 1979, p. 17) A exclusão da vírgula altera o sentido da frase: a)Certamente, imagem não é sonho porque requer muito trabalho da nossa imaginação. b)As imagens mais ricas do passado estão nos artistas, que são mais imaginosos. c)Quando alguém se põe a recordar, os fatos presentes adulteram o passado. d)Num tempo difícil como o nosso, muitas imagens do passado são ainda mais gratas. e)Não convém rememorar muito, se queremos atentar para as forças do presente. 43 Resposta: b 44 (2017/Banca: FCC) O filósofo Theodor Adorno (1903-1969) afirma que, no capitalismo tardio, “a tradicional dicotomia entre trabalho e lazer tende a se tornar cada vez mais reduzida e as ‘atividades de lazer’ tomam cada vez mais do tempo livre do indivíduo”. Paradoxalmente, a revolução cibernética de hoje diminuiu ainda mais o tempo livre. Nossa época dispõe de uma tecnologia que, além de acelerar a comunicação entre as pessoas e os processos de aquisição, processamento e produção de informação, permite automatizar grande parte das tarefas. Contudo, quase todo mundo se queixa de não ter tempo. O tempo livre parece ter encolhido. Se não temos mais tempo livre, é porque praticamente todo o nosso tempo está preso. Preso a quê? Ao princípio do trabalho, ou melhor, do desempenho, inclusive nos joguinhos eletrônicos, que alguns supõem substituir “velharias”, como a poesia. T.S. Eliot, um dos grandes poetas do século XX, afirma que “um poeta deve estudar tanto quanto não prejudique sua necessária receptividade e necessária preguiça”. E Paul Valéry fala sobre uma ausência sem preço durante a qual os elementos mais delicados da vida se renovam e, de algum modo, o ser se lava das obrigações pendentes, das expectativas à espreita… Uma espécie de vacuidade benéfica que devolve ao espírito sua liberdade própria. Isso me remete à minha experiência pessoal. Se eu quiser escrever um ensaio, basta que me aplique e o texto ficará pronto, cedo ou tarde. Não é assim com a poesia. Sendo produto do trabalho e da preguiça, não há tempo de trabalho normal para a feitura de um poema, como há para a produção de uma mercadoria. Bandeira conta, por exemplo, que demorou anos para terminar o poema “Vou-me embora pra Pasárgada”. Evidentemente, isso não significa que o poeta não faça coisa nenhuma. Mas o trabalho do poeta é muitas vezes invisível para quem o observa de fora. E tanto pode resultar num poema quanto em nada. Assim, numa época em que “tempo é dinheiro”, a poesia se compraz em esbanjar o tempo do poeta, que navega ao sabor do poema. Mas o poema em que a poesia esbanjou o Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com tempo do poeta é aquele que também dissipará o tempo do leitor, que se deleita ao flanar por linhas que mereçam uma leitura por um lado vagarosa, por outro, ligeira; por um lado reflexiva, por outro, intuitiva. É por essa temporalidade concreta, que se manifesta como uma preguiça fecunda, que se mede a grandeza de um poema. (Adaptado de: CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: Ensaios. Companhia das Letras, 2017, edição digital) Mantendo-se a correção, a supressão da vírgula altera o sentido do segmento que está em: a)Evidentemente, isso não significa que o poeta não faça coisa nenhuma. (5° parágrafo) b)Se eu quiser escrever um ensaio, basta que me aplique... (4° parágrafo) c)... esbanjar o tempo do poeta, que navega ao sabor do poema. (último parágrafo) d)... numa época em que “tempo é dinheiro”, a poesia se compraz... (último parágrafo) e)Paradoxalmente, a revolução cibernética de hoje diminuiu ainda mais o tempo livre. (1° parágrafo) 44 Resposta: c 45 (2017/Banca: UFSCAR) Leia o excerto e assinale a alternativa que indica como corrigir os erros de pontuação e ortografia: TRECHO DO(A) ______ DA 346ª REUNIÃO, DA COMISSÃO DE GRADUAÇÃO 3. Recuperação de aprendizado para alunos de intercâmbio: Em sessão extraordinária, a comissão de graduação reuniu-se aos quatorze dias do mês de janeiro de dois mil e quatorze e tomou a seguinte decisão. Decisão da 346ª reunião da comissão de graduação, de 14 de janeiro de 2014: o aluno que estiver participando de qualquer programa de intercâmbio ou mobilidade terá direito a recuperação do aprendizado, desde que o período da ausência não ultrapasse 40 dias corridos a partir do início (ou término) do semestre letivo. a)Em ‘dois mil e quatorze e tomou’, deveria haver uma vírgula após a palavra ‘quatorze’. A segunda palavra no trecho “Em sessão extraordinária” deveria ser escrita como “cessão”. b)O trecho ‘Decisão da 346ª reunião da comissão de graduação’ deveria apresentar vírgula após a palavra ‘reunião’. Em ‘programa de intercâmbio’, há um erro de ortografia na palavra intercambio. c) Em ‘início (ou término)’, não deveria haver a presença dos parênteses e sim colchetes. A segunda palavra no trecho “Em sessão extraordinária” deveria ser escrita como “seção”. d)O trecho ‘...mobilidade terá direito...’ deveria apresentar vírgula ‘...mobilidade, terá direito...’. A terceira palavra no trecho “Em sessão extraordinária” deveria ser escrita como “extra-ordinária”. e)Em ‘346ª Reunião, da comissão’, não há vírgula. Em ‘terá direito a recuperação’, esse ‘a’ deveria ser craseado. 45 Resposta: e 46 (2017/Banca: UFSCAR) Assinale a alternativa que traz a sentença corretamente pontuada: a) De acordo com o Regimento do Conselho, eleições para membros titulares e suplentes, ocorrem a cada dois anos. b)Nas redes sociais: a comunidade acadêmica, discorre sobre vários assuntos relativos à universidade. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)Atualmente, a universidade conta com um eficiente sistema WiFi aberto à comunidade acadêmica. d)Ainda de acordo, com o regimento, membros dos conselhos devem comparecer às reuniões. e)A comunidade externa, também participa ativamente de muitas atividades acadêmicas – que ocorrem na universidade. 46 Resposta: c 47 (2017/Banca: CESPE) No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CB1A2AAA, julgue o item seguinte. Caso fosse inserida vírgula após “poder público” (ℓ.3), a correção gramatical do texto seriamantida. Certo Errado 47 Resposta: certo 48 (2017/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Acerca dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A2AAA, julgue o item a seguir. A inserção de uma vírgula imediatamente após “objetos” (ℓ.19) manteria a correção gramatical e o sentido original do período. Certo Errado 48 Resposta: errado 49 (2017/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto 7A3AAA, julgue o item a seguir. A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos caso fossem retiradas as vírgulas que isolam o trecho “dizia ele convicto” (ℓ. 8 e 9). Certo Errado 49 Resposta: errado 50 (2017/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Julgue o item subsequente, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 7A3BBB. A supressão das vírgulas que isolam o trecho “por intermédio dos seus representantes” (ℓ. 15 e 16) manteria a correção gramatical do texto. Certo Errado 50 Resposta: errado Uso do ponto e vírgula 01 (2018/Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) TEXTO I O Parque das Águas de Caxambu, principal atração turística da cidade localizada no Sul de Minas Gerais, ganha nova gestão a partir do dia 1º de outubro de 2017. A Companhia de Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), proprietária do empreendimento, assume a administração do espaço, que estava sob gestão da Prefeitura Municipal desde 1989. O funcionamento do Parque das Águas e o acesso da comunidade e dos turistas serão mantidos, permanecendo o valor de R$ 5,00 para os turistas e R$ 2,50 para a comunidade caxambuense. O plano da Empresa para o empreendimento, incluindo o balneário, prioriza a recuperação dos ativos, por meio de melhorias em calhas, telhado, equipamentos (duchas, banheiras, sauna) e instalações (rede de água quente, louças, metais, bomba, drenagem), além de limpeza geral e revitalização de pisos e paredes, por exemplo. Em junho deste ano, o setor de Engenharia da Codemig realizou vistoria no local, para avaliação das condições das edificações e dos equipamentos do parque, visando o recebimento do patrimônio público estadual que se encontrava sob gestão da Prefeitura Municipal. O custo total estimado para colocar em melhores condição de uso foi orçado em aproximadamente R$ 11 milhões, incluindo serviços no balneário (caldeira, pinturas, equipamentos, pisos, paredes, telhado, calhas, instalações, limpeza geral), na área da piscina, nas lojas, na área do pedalinho, nas portarias, nos fontanários e coreto, além de redes internas, quadras, brinquedos, pavimentações, cercamento, regularização do AVCB, desassoreamento do lago, iluminação e instalações elétricas, entre outros. A equipe de trabalho da Codemig assumirá as operações do parque e do balneário a partir de outubro, em substituição aos servidores da Prefeitura e os de livre nomeação que até então prestam serviços no espaço e estão vinculados à Administração Municipal. Em paralelo, a Codemig está preparando licitação para captar um parceiro privado visando à formação de uma Sociedade em Conta de Participação para o negócio de águas minerais e seus correlatos. Dados apresentados pela Prefeitura Municipal de Caxambu apontaram que o resultado financeiro do Parque é historicamente deficitário: o resultado de 2013 a 2016 teve déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 — parte do prejuízo deve-se ao número excessivo de empregados contratados pela Administração Municipal para atuação no Parque e à não cobrança dos aluguéis referentes a cessão de espaço. Em meio a esse cenário contábil de reiteradas perdas e frente aos desafios que se impõem ao alcance e à manutenção da viabilidade econômica em um mercado cada vez mais competitivo, a Codemig considerou essencial a construção conjunta de uma solução eficaz e efetiva. A Empresa busca potencializar o dinamismo do empreendimento, ampliar o público-alvo do local e valorizar a eficiência na prestação dos serviços à população, além de contribuir para maior projeção de Caxambu e Minas Gerais no segmento turístico, respeitando sempre as comunidades local e regional. A Codemig reconhece a importância do Parque das Águas de Caxambu para além das esferas local e regional, valorizando o espaço como rico e diversificado patrimônio. Empresa pública indutora do desenvolvimento de Minas Gerais, a Codemig atua em prol do crescimento econômico sustentável, do bem-estar dos mineiros e da preservação de acervos turísticos e históricos do estado. [...] CODEMIG. Disponível em: <https://goo.gl/VhUow>. Acesso em: 25 set. 2017 [Fragmento adaptado]. Analise as afirmativas a seguir. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com I. No trecho “[...] o resultado de 2013 a 2016 teve déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 — parte do prejuízo deve-se ao número excessivo de empregados contratados pela Administração Municipal [...]”, o travessão pode ser substituído por ponto e vírgula. II. No trecho “[...] incluindo serviços no balneário (caldeira, pinturas, equipamentos, pisos, paredes, telhado, calhas, instalações, limpeza geral) [...]”, os parênteses podem ser substituídos por travessões. III. No trecho “[...] o resultado financeiro do Parque é historicamente deficitário: o resultado de 2013 a 2016 teve déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 [...]”, o sinal de dois-pontos pode ser substituído por ponto-final. Mantendo o sentido original dos trechos e de acordo com a norma padrão, estão corretas as afirmativas: Parte superior do formulário a)I e II, apenas. b)I e III, apenas. c)II e III, apenas. d)I, II e III. 01 Resposta: d 02 (2017/Banca: CESPE) Julgue o próximo item, relativo a aspectos linguísticos e às ideias do texto precedente. Na linha 12, a substituição do ponto e vírgula por ponto final prejudicaria a correção gramatical do trecho, ainda que a letra inicial de “consequentemente” fosse ajustada para maiúscula. Parte superior do formulário Certo Errado 02 Resposta: errado 03 (2017/Banca: CESPE) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir. Feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, a substituição do ponto final empregado logo após “pesquisas” (l.44) por ponto e vírgula manteria a correção gramatical do texto. Parte superior do formulário Certo Errado 03 Resposta: certo 04 (2017/Banca: CESPE) Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o próximo item. O ponto e vírgula empregado na linha 35 poderia ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para os sentidos e para a correção gramatical do texto. Parte superior do formulário Certo Errado 04 Resposta:certo Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 05 (2017/Banca: Quadrix) No que se refere à pontuação no texto, estariam preservados o sentido original e a correção gramatical do texto caso Parte superior do formulário a)a expressão “cada vez mais” (linha 3) estivesse isolada por vírgulas. b)uma vírgula fosse inserida imediatamente depois do vocábulo “mundo” (linha 4), que integrar uma expressão adverbial antecipada. c)a vírgula após “abrasador” (linha 11) fosse substituída por ponto final, feitos os devidos ajustes de maiúscula e minúscula. d)uma vírgula fosse inserida imediatamente depois do vocábulo “solo” (linha 17). e)o ponto final após “trigo” (linha 29) fosse substituído por ponto e vírgula, feitos os devidos ajustes de maiúscula e minúscula. 05 Resposta: e 06 (2017/Banca: IF-TO) Texto I Público não é gratuito Mais uma vez, foi o Supremo Tribunal Federal a dar um passo refugado pelo Congresso. Na quarta-feira (26), 9 dos 10 ministros presentes ao pleno liberaram a cobrança de cursos de extensão por universidades públicas. O assunto havia sido objeto de proposta de emenda constitucional que terminou rejeitada – por falta de meros quatro votos para se alcançar o quórum necessário – na Câmara dos Deputados, pouco menos de um mês atrás. O tema chegou ao Supremo e ao Parlamento por suposto conflito entre a cobrança, corriqueira em boa parte das instituições federais e estaduais de ensino superior, e o artigo 206 da Constituição – este prevê a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população. Seria o caso de questionar se a formação superior deve ou não figurar no escopo da educação que todo brasileiro tem direito de receber sem pagar. Parece mais sensato limitar tal exigência ao ensino básico (fundamental e médio). O Supremo não avançou na matéria porque já firmara jurisprudência de que cursos de graduação, mestrado e doutorado estão cobertos pelo artigo 206. A desejável revisão das normas atuais, portanto, depende do Legislativo. A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça: todos pagamos por ela, como contribuintes. Apenas 35% dos jovens de 18 a 24 anos chegam ao nível superior, e muitos dos matriculados nas universidades públicas teriam meios para pagar mensalidades. A resultante do sistema atual é um caso óbvio de iniquidade: pobres recebem educação básica em escolas oficiais de má qualidade e conseguem poucas vagas nas universidades públicas; estas abrigam fatia desproporcional de alunos oriundos de colégios privados, que têm seu curso superior (e futuro acesso a melhores empregos) custeado por toda a sociedade. A exceção ora aberta para os cursos de extensão é limitada. As universidades estaduais paulistas, por exemplo, já têm mais de 30 mil pagantes matriculados nessa modalidade, mas a receita adicional assim auferida se conta em dezenas de milhões de reais por ano, contra orçamentos na casa dos bilhões. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com A exceção é igualmente tímida, porque seria mais justo derrubar de vez o tabu da gratuidade e passar a cobrar – só de quem possa pagar, claro esteja – também nos cursos de graduação e pósgraduação. (PÚBLICO não é gratuito. Folha de S. Paulo. São Paulo, 28 de abril de 2017. Editorial. Disponível em:<www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 13 mai 2017.) Texto II STF decide que universidade pública pode cobrar por especialização O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta (26) que as universidades públicas podem cobrar mensalidade em curso de especialização lato sensu (como pós-graduação). Os cursos de mestrado e doutorado (stricto sensu) continuam com gratuidade garantida. Oito ministros seguiram o voto do relator, Edson Fachin. O ministro Marco Aurélio votou contra, e Celso de Mello não estava presente no julgamento. A decisão tem repercussão geral, ou seja, vai para todas as instâncias do Judiciário. Outros 51 casos estão esperando a decisão do STF. (CASADO, Letícia; SALDAÑA, Paulo. STF decide que universidade pública pode cobrar por especialização. Folha de S. Paulo. São Paulo, 26 de abril 2017. Disponível em:<www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 13 mai 2017.) Considerando os textos I e II, assinale a alternativa que apresenta afirmativa incorreta. Parte superior do formulário a)“Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população.” O artigo “a”, destacado nesta transcrição do 4º parágrafo do Texto I constitui partícula expletiva, de modo que sua ausência não prejudicaria o sentido original da frase. b)“A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça: todos pagamos por ela, como contribuintes.” Os dois-pontos presentes neste excerto, retirado do 7º parágrafo do Texto I, poderiam ser substituídos por vírgula e por conectivo de valor explicativo, sem prejuízo do sentido original e da norma-padrão da língua, de modo que tal excerto fosse assim registrado: “A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça, visto que todos pagamos por ela, como contribuintes.”. c)O ponto e vírgula presente no 8º parágrafo do Texto I separa orações justapostas que exprimem contrastes. d)“Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população.” Nesta reprodução do 4º parágrafo do Texto I, é possível verificar que o redator, buscando a concisão e evitando a redundância, valeu-se do ocultamento de uma expressão, por meio de recurso conhecido como elipse. e)A expressão “ou seja”, no 4º parágrafo do Texto II, tem valor explicativo, já que introduz uma oração que funciona como uma paráfrase da oração anterior. 06 Resposta: a 07 (2017/Banca: MPE-RS) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Instrução: A questão estão relacionadas ao texto abaixo. Considere as seguintes afirmações sobre o uso do sinal de ponto e vírgula no texto. I. A ocorrência da linha 02 poderia ser substituída por uma vírgula. II. A ocorrência da linha 21 poderia ser substituída por dois-pontos. III. A ocorrência da linha 28 poderia ser substituída por ponto final. Quais afirmações são corretas? Parte superior do formulário a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas I e III. d)Apenas II e III. e)I, II e III. 07 Resposta: b 08 (2017/Banca: UFPA) No trecho “A sociedade civil (inclusive os defensores dos direitos humanos e da paz) e os ativistas ecológicos devem ser reconhecidos e protegidos como grupos essenciais para a construção de um mundo não violento.” (linhas 51 a 53), afirma-se que os parêntesespoderiam ser substituídos por I vírgulas. II ponto e vírgula. III hifens. IV travessões. V dois-pontos. Estão CORRETOS os itens Parte superior do formulário a)I e II, somente. b) II e III, somente. c) I e III, somente. d)I e IV, somente. e)IV e V, somente. 08 Resposta: d 09 (2017/Banca: MS CONCURSOS) Veja os itens sobre pontuação e assinale a alternativa correta: I - Usamos o ponto e vírgula para separar orações de um período longo em que já existem vírgulas. II - Usamos dois-pontos em enumerações, nas exemplificações, antes de citação da fala ou de declaração de outra pessoa, antes das orações apositivas. III - Usamos a vírgula para separar adjuntos adverbiais no início ou meio da frase. IV - Usamos parênteses para intercalar palavras e expressões de explicação ou comentário. V - Usamos as aspas para separar expressões explicativas. Parte superior do formulário a)Apenas I, II, III e V estão corretos. b)Apenas I, II, III e IV estão corretos Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)Apenas II, III e V estão corretos. d)Apenas III, IV e V estão corretos. 09 Resposta: b 10 (2016/Banca: PROMUN) Assinale a alternativa em que está indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo: “Como amanhã será o nosso grande dia_____duas coisas serão importantes_____uma é a tranquilidade _____a outra é a observação minuciosa do que está sendo solicitado”. Parte superior do formulário a)ponto e vírgula - dois pontos - vírgula b)dois pontos - ponto e vírgula - ponto e vírgula c)vírgula - vírgula - vírgula d)vírgula - dois pontos - ponto e vírgula e)dois pontos - vírgula - ponto e vírgula 10 Resposta: d 12 (2016/Banca: PR-4 UFRJ) TEXTO 2 Este é um fragmento do artigo “Foucault, as Palavras e as Coisas”, de Fran Alvina, publicado em setembro último, no blog OUTRAS PALAVRAS. Leia-o, atentamente, e responda às questões propostas a seguir. “Assim, quando em uma Democracia, as palavras e seus sentidos — que são um bem comum, cotidiano e simbólico de todos, posto que pertencem ao povo, que age delimitando e estabelecendo novos sentidos — são forçadas a mudar pelo arbítrio de um, ou de um grupo particular, sabemos que há algo fora da normalidade democrática. Usurpações de poder nunca se restringem apenas à esfera institucional mais imediata. Se o poder se faz pelo discurso, de modo que o próprio discurso é um elemento de poder, o discurso é o poder que se faz não apenas sobre os falantes, mas também se exerce sobre o próprio discurso, isto é, se exerce também sobre as palavras e os termos, que são a unidade mínima de todo discurso. O comando discursivo é a voz do poder; e o silêncio, o signo da obediência: consentida ou imposta.” Fran Alavina. http://outraspalavras.net/brasil/foucault-as-palavras-e-as-coisas/ Assinale a alternativa que explica corretamente o uso do ponto e vírgula e da vírgula neste período. “O comando discursivo é a voz do poder; e o silêncio, o signo da obediência (...)” Parte superior do formulário a)O ponto e vírgula separa orações subordinadas, ligadas pela conjunção “e”, que têm sujeitos diferentes e já apresentam vírgula; a vírgula sinaliza uma pausa estilística. b)Ambos, o ponto e vírgula e a vírgula, foram igualmente empregados para separar orações coordenadas. c)O ponto e vírgula marca uma pausa estilística prolongada; a vírgula sinaliza a supressão do termo ‘discursivo’. d)O ponto e vírgula separa orações coordenadas, ligadas pela conjunção “e”, que têm sujeitos diferentes e já apresentam vírgula; a vírgula sinaliza a supressão do verbo ser. e)O ponto e vírgula separa orações coordenadas que têm sujeitos diferentes; a vírgula sinaliza a supressão do verbo e do termo ‘discursivo’. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 11 Resposta: d 13 (2016/Banca: UNITINS) A natureza da economia A economia é um tipo de conhecimento muito diferente daquele das “ciências naturais” como a física ou a química, onde se pode, às vezes, estudar efeitos da causa “x” sobre o evento “y”, isolando, cuidadosamente, a alteração de outras variáveis que poderiam, eventualmente, perturbá-la. A diferença é que a descoberta de “leis” naquelas ciências deixa a natureza imperturbada. Depois que Galileu descobriu a lei da aceleração do movimento, Newton formulou a lei da gravidade universal e Faraday descobriu a lei da indução eletromagnética, a natureza não tomou conhecimento. Não pensou em reagir alterando a constante gravitacional! A “natureza”, na economia, é a “sociedade humana”. Uma combinação de indivíduos heterogêneos que reagem aos estímulos de formas diferentes, pensam, têm memória e interesses. Formam um sistema complexo de inter-relações que se alteram conforme seus membros tomam consciência de que, pela organização desses interesses e pelo “sufrágio universal”, podem mudá-las! É por isso, e algumas outras coisas, que a economia não tem relações estáveis (“leis”) e os economistas têm de construir sempre novos modelos, sujeitos à extraordinária hipótese de que “todo resto permanece constante”. O objeto da economia não muda. Muda o comportamento da sociedade, à medida que ela se conhece. O fato de ser uma modesta disciplina e não uma ciência “dura” não impede, entretanto, que ela tente usar a mesma metodologia para acumular conhecimentos úteis à administração privada e pública. É por isso que a discussão entre ortodoxos e heterodoxos é uma lamentável perda de tempo. Em economia, toda ideia realmente nova é, por definição, “heterodoxa”. Depois, dependendo da qualidade retórica da narrativa e da sobrevivência e da sua sobrevivência ao teste empírico é, ou não, incorporada à ortodoxia. Keynes foi um grande heterodoxo bem-sucedido. Hoje está incorporado à ortodoxia pelo neokeynesianismo, que infecciona os modelos de equilíbrio geral dinâmico estocástico (DSGE) de quase todos os bancos centrais. Robert Lucas foi, sob alguns aspectos, um heterodoxo malsucedido. Foi afoitamente abraçado pela ortodoxia mal informada que acreditou na racionalidade “divina” exigida pela teoria das expectativas “racionais”. A economia recepciona boa parte do que sugere o “mainstream”, principalmente que existem limites físicos insuperáveis; deve existir equilíbrio entre a expansão de consumo e a do investimento; há necessidade de boa ordem fiscal e monetária para que haja espaço para políticas anticíclicas; as tentativas de violar as identidades da contabilidade nacional sempre terminam muito mal; o desenvolvimento econômico é apenas o codinome do aumento da produtividade do trabalho e requer um Estado forte, constitucionalmente controlado, capaz de regular e garantir o bom funcionamento dos mercados. Mas não recepciona a ideia de que os mercados são autorreguláveis, obedecem ao imperativo categórico kantiano e levam ao pleno emprego, nem que há harmonia entre os membros da sociedade. Sabe que ela é dividida entre “ganhadores” e “perdedores” e que, portanto, toda políticaeconômica altera essa relação. A sociedade democrática pretende combinar três objetivos não inteiramente compatíveis: liberdade individual, mitigação das desigualdades produzidas pelo acidente do local do nascimento e eficiência produtiva. No Brasil, só o exercício permanente e paciente da Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com política – acompanhado do esclarecimento da maioria (“perdedora”) – poderá vencer nas urnas, o “ganhador”, o estamento estatal que se apropriou do poder. Fiquemos com a boa e modesta economia e aceitemos que ela não é “ciência”, mas pode ser muito útil na administração pública e privada. Como confessou Alan Greenspan (“o Maestro”, suposto portador da “ciência monetária” transformada em “arte”), no seu depoimento ao congresso dos Estados Unidos, em outubro de 2008, no auge da crise: “Ela é muito maior do que qualquer coisa que eu poderia ter imaginado... Estou chocado e incrédulo. Cheguei à conclusão de que nossos modelos (os do Fed) não perceberam a estrutura crítica que define o funcionamento do mundo”. Você ainda acredita que agora o Fed sabe o que está fazendo? (NETTO, Antônio Delfin*. A natureza da economia. In. CARTA CAPITAL. O Brasil à venda: a redescoberta 500 anos depois. Ano XXII, nº 920. 28 set. 2016) * Antônio Delfin Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Analise o trecho abaixo quanto ao uso do ponto-e-vírgula e ao sentido que ele ajuda a construir no texto. A economia recepciona boa parte do que sugere o “mainstream”, principalmente que existem limites físicos insuperáveis; deve existir equilíbrio entre a expansão de consumo e a do investimento; há necessidade de boa ordem fiscal e monetária para que haja espaço para políticas anticíclicas; as tentativas de violar as identidades da contabilidade nacional sempre terminam muito mal; o desenvolvimento econômico é apenas o codinome do aumento da produtividade do trabalho e requer um Estado forte, constitucionalmente controlado, capaz de regular e garantir o bom funcionamento dos mercados. Pode-se afirmar que: Parte superior do formulário a)O ponto-e-vírgula foi usado para separar itens de uma enumeração, nesse caso, orientações indicadas pelo “mainstream”, cujos itens foram acolhidos pela economia. b)O ponto-e-vírgula foi usado para separar itens de uma enumeração, nesse caso, aspectos da economia que foram determinados pelo “mainstream”. c)O ponto-e-vírgula foi usado para separar itens de uma enumeração, nesse caso, aspectos do “mainstream” rechaçados pela economia. d)O ponto-e-vírgula foi usado para separar itens de uma enumeração, nesse caso, a orientação da economia que foi adotada pelo “mainstream”. e)O ponto-e-vírgula foi usado para separar itens de uma enumeração, nesse caso, aspectos orientados pelo “mainstream”, descredenciados pela economia. 12 Resposta: a 13 (2016/Banca: UVA) O uso do ponto-e-vírgula não está adequado em: Parte superior do formulário a) O aluno que estuda; aprende mais. b)Espero que sejas feliz; tudo, porém, dependerá de ti. c)João estudou muito; terá, logo, sua recompensa. d)Paulo trabalha muito; pouco, no entanto, é o seu salário. 13 Resposta: a 14 (2016/Banca: COMPERVE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Mobilidade Urbana Rodolfo F. Alves Pena A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos. O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão. Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil. A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras. A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente. Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade. Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rurale, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução. Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado] Considere o excerto a seguir. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro, as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade. O uso do ponto e vírgula serve para separar Parte superior do formulário a)períodos de mesma natureza no interior do parágrafo. b)orações coordenadas que se opõem quanto ao sentido. c)itens de um enunciado enumerativo. d)orações de valor conclusivo. 14 Resposta: b 15 (2016/Banca: FEPESE) Assinale a alternativa que apresenta pontuação correta. Parte superior do formulário a)Ele andava a cavalo; ela, de bicicleta. b)Cada qual, tem a vida, que lhe parece. c)Tinha, pés duros e mão calejadas, o coitado! d)Ainda não sei, quando, ele chegará à cidade. e)Andava tão grudado, ao cavalo, que em dias de chuva pareciam uma só figura. 15 Resposta: a 16 (2016/Banca: COPEVE-UFAL) Se conhecêssemos a verdade, vê-la-íamos; tudo o mais é sistema e arredores. Basta-nos, se pensarmos, a incompreensibilidade do universo; querer compreendê-lo é ser menos que homens, porque ser homem é saber que não se compreende. PESSOA, Fernando. O livro do desassossego. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 117. Assinale a alternativa correta em relação aos aspectos formais da língua padrão culta. Parte superior do formulário a)O termo “vê-la-íamos” é traduzido por “vimos a verdade”. b)O termo “Basta-nos” pode ser substituído por “Nos basta”. c)A expressão “não se compreende” pode ser substituída por “não compreende-se”. d)O ponto e vírgula utilizado após a expressão “vê-la-íamos” pode ser substituído por um ponto, sem causar mudança de sentido ao texto. e)O trecho “ser homem é saber que não se compreende” pode ser reescrito da seguinte forma: “ser homem é saber, que não se compreende”. 16 Resposta: d 17 (2016/Banca: VUNESP) A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que se prezam, além do presidente e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de Deputados, ambos eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais não poder, de modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de impostos sobre produtos semelhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer a sua riqueza, mas não sem os estertores de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande nação vivia aos solavancos, sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dando campo a que surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do seu parlamento. Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava muito em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras coisas cabalísticas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o deputado Felixhimino ben Karpatoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo dentista, não se sabia bem; todos tratavam-no de doutor, embora nada se conhecesse dele. (Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado) Assinale a alternativa em que os sinais de pontuação estão empregados segundo os mesmos princípios da norma- padrão adotados na passagem – com certa diferença na duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto. Parte superior do formulário a)A separação os fez perder muita coisa: ele, a guarda dos filhos; ela, a casa em que morava com as crianças. b)Há algo importante a explicar: a perda de clientes, muitos deles inadimplentes; entretanto, ninguém fala nada. c)Os meios de divulgação são os seguintes: internet, mensagem de celular e jornais; com eles, atingiremos o público. d)Foi o que disse o funcionário: o carregamento não chegou, ainda; e os pedidos estão se acumulando, mais e mais. e)Fui reticente, mas agora me explico: meu dinheiro acabou, nada me resta; e meu pai não pode me ajudar, coitado. 17 Resposta: a 18 (2016/Banca: FUNRIO) As alternativas abaixo mostram uma notícia publicada no Valor Econômico de 04/03/2016 transcrita com pontuações diferentes. Assinale a única que está rigorosamente correta quanto ao uso dos sinais de pontuação. Parte superior do formulário a)O Tribunal Superior Eleitoral, concedeu um ano para que todos os partidos do país estabeleçam em seus estatutos um prazo razoável para que suas unidades municipais e estaduais formem diretórios, em substituição às comissões provisórias. b)O Tribunal Superior Eleitoral concedeu um ano para que, todos os partidos do país, estabeleçam em seus estatutos um prazo razoável para que suas unidades municipais e estaduais formem diretórios, em substituição às comissões provisórias. c)O Tribunal Superior Eleitoral concedeu um ano para que todos os partidos do país estabeleçam em seus estatutos, um prazo razoável para que suas unidades municipais e estaduais formem diretórios, em substituição às comissões provisórias. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d)O Tribunal Superior Eleitoral concedeu um ano para que todos os partidos do país estabeleçam em seus estatutos um prazo razoável para que suas unidades municipais e estaduais formem diretórios, em substituição às comissões provisórias. e)O Tribunal Superior Eleitoral concedeu um ano, para que todos os partidos, do país, estabeleçam, em seus estatutos, um prazo razoável, para que suas unidades, municipais e estaduais, formem diretórios, em substituição às comissões, provisórias. 18 Resposta: d 19 (2016/Banca: Quadrix) Sobre o último quadrinho, assinale a afirmação correta. Parte superior do formulário a)O uso do sinal indicativo de crase em “à noite” está equivocado. b)A palavra “promoção”, no contexto em que aparece, significa “redução de preços” c)A forma verbal “possa” está no futuro do pretérito do modo indicativo. d)A interrogativa que inicia a fala faz imaginar que o interlocutor do funcionário do depósito tenha pedido uma sugestão a ele. e)A forma verbal “recebendo” participa de uma locução verbal cujo verbo auxiliar é “estar”. 19 Resposta: d 20 (2016/Banca: Quadrix) Fallso dentista é preso1 e confessa atuar há mais de 16 anos, diz polícia Ele foi preso em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Homem de 57 anos foi flagrado2 após fazer extração dental em paciente. Um homem de 57 anos foi detido3 , em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, na manhã de quarta-feira (18), após ser flagrado atuandoilegalmente como cirurgião-dentista, segundo informações da Polícia Militar. Ele confessou à polícia que trabalhava sem formação há mais de 16 anos. A polícia recebeu denúncia do Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA). Uma guarnição do 1º Pelotão da 77ª Companhia Independente de Polícia Militar foi até o local e encontraram o suspeito, que tinha acabado de realizar uma extração dental em um paciente. No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento. Os policiais encontraram condições precárias de higiene no imóvel onde ele atuava, na Rua da Barragem, no bairro Guarani. Segundo a PM, o falsodentista foi autuado pelo crime de exercício ilegal da profissão e, se condenado, pode ficar preso de seis meses a dois anos. (g1.globo.com. Acesso em Junho/2016.) A respeito da pontuação no trecho “No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento.”, assinale a alternativa correta. Parte superior do formulário a)Depois de “outros pacientes” deveria obrigatoriamente ter sido empregada uma vírgula. b)A vírgula depois de “no local” foi corretamente empregada. c)O ponto empregado depois de “atendimento” não tem qualquer justificativa gramatical. d)A vírgula depois de “no local” deve ser, obrigatoriamente, substituída por ponto e vírgula. e)Deveria ter sido empregada uma vírgula entre “aguardavam” e “atendimento”. 20 Resposta: b Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 22 (2016/Banca: IBEG) A ABNT recomenda a utilização de apenas um dos dois sistemas: autor-data ou numérico. No sistema autor-data, após a citação direta longa, aparecerá entre parênteses o último sobrenome do autor em letras maiúsculas, o ano de publicação da obra e a página da qual foi extraída aquela citação. Se o sobrenome do autor aparecer fora dos parênteses, terá apenas a inicial maiúscula. Quando se tratar de paráfrase (citação indireta), pode-se omitir o número da página citada, mas mencionar o autor e o ano é obrigatório. Neste sistema, a referência bibliográfica completa aparecerá apenas no capítulo de Referências. Só serão permitidas as notas de rodapé de natureza explicativa. (MEZZAROBA & MONTEIRO, 2008) No sistema numérico, a fonte consultada aparecerá na nota de rodapé (conforme o padrão ABNT de referências), mediante a utilização de uma numeração sequencial e crescente em todo o trabalho ou capítulo. Neste sistema, não podem aparecer notas de rodapé de natureza explicativa. Atenção: introdução e conclusão (considerações finais) não são apropriadas para notas de rodapé. [GONÇALVES, Jonas Rodrigo. Metodologia Científica e Redação Acadêmica. 7. ed. Brasília: JRG, 2016, p.14.] Analise as proposições a seguir acerca do trecho: “A ABNT recomenda a utilização de apenas um dos dois sistemas: autor-data ou numérico.” I. Os dois-pontos após “sistemas” poderiam ser substituídos por ponto-e-vírgula sem prejuízo quanto à correção gramatical. II. A substituição de dois-pontos após “sistemas” por ponto-e-vírgula consertaria gramaticalmente o período. III. A substituição de dois-pontos após “sistemas” por ponto-e-vírgula prejudicaria gramaticalmente o período. IV. A substituição de dois-pontos após “sistemas” por ponto-e-vírgula manteria a correção gramatical. A partir das assertivas acima, encontre a alternativa correta. Parte superior do formulário a)Apenas I é verdadeira. b)Apenas II é verdadeira. c)Apenas III é verdadeira. d)Apenas IV é verdadeira. e)Nenhuma das proposições é verdadeira. 21 Resposta: c 22 (2016/Banca: MPE-SC) A frase abaixo está gramaticalmente correta. O índice de casos da gripe H1N1 neste ano está preocupando o governo; contribuíram para isso o número de doentes infectados e o de óbitos. Parte superior do formulário Certo Errado 22 Resposta: certo 23 (2016/Banca: AMEOSC) Sobre os sinais de pontuação, julgue os itens abaixo em verdadeiro (V) ou falso (F). Em seguida, assinale a alternativa com a ordem correta das respostas, de cima para baixo: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com (__) A vírgula, o ponto e o ponto e vírgula marcam exclusivamente uma pausa na fala do locutor. (__) Os parênteses que isolam a expressão “OMC” (linha 2) poderiam ser corretamente substituídos por colchetes, mantendo-se o sentido original do Texto 01. (__) Como outros sinais melódicos, as reticências têm certo valor pausal, que é mais acentuado quando elas se combinam com outro sinal de pontuação. Parte superior do formulário a)F – F – F. b)F – F – V. c)V – F – V. d)V – V – F. 23 Resposta: b 24 (2016/Banca: AMEOSC) (Texto) Levando-se em consideração a pontuação do Texto, assinale a reescrita correta do trecho abaixo – mantendo-se seu sentido original: “Sim, o desencanto é natural, mas a democracia exige um longo aprendizado, que também inclui erros.” (linhas 8 a 10) Parte superior do formulário a)Sim: o desencanto é natural mas a democracia exige um longo aprendizado, que também inclui erros. b)Sim - o desencanto é natural; mas a democracia exige um longo aprendizado, que também inclui erros. c)Sim, o desencanto é natural; mas a democracia exige um longo aprendizado - que também inclui erros. d)Sim, o desencanto é natural, mas a democracia exige um longo aprendizado, que, também inclui erros. 24 Resposta: c 25 (2016/Banca: FCC) Depois que se tinha fartado de ouro, o mundo teve fome de açúcar, mas o açúcar consumia escravos. O esgotamento das minas − que de resto foi precedido pelo das florestas que forneciam o combustível para os fornos −, a abolição da escravatura e, finalmente, uma procura mundial crescente, orientam São Paulo e o seu porto de Santos para o café. De amarelo, passando pelo branco, o ouro tornou-se negro. Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos num dos centros do comércio internacional, o local conserva uma beleza secreta; à medida que o barco penetra lentamente por entre as ilhas, experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos. Estamos encerrados num canal verdejante. Quase podíamos, só com estender a mão, agarrar essas plantas que o Rio ainda mantinha à distância nas suas estufas empoleiradas lá no alto. Aqui se estabelece, num palco mais modesto, o contato com a paisagem. O arrabalde de Santos, uma planície inundada, crivada de lagoas e pântanos, entrecortada por riachos estreitos e canais, cujos contornos são perpetuamente esbatidos por uma bruma nacarada, assemelha-se à própria Terra, emergindo no começo da criação. As plantações de bananeiras que a cobrem são do verde mais jovem e terno que se possa imaginar: mais agudo que o ouro verde dos campos de juta no delta do Bramaputra, com o Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com qual gosto de o associar na minha recordação; mas é que a própria fragilidade do matiz, a sua gracilidade inquieta, comparada com a suntuosidade tranquila da outra, contribuem paracriar uma atmosfera primordial. Durante cerca de meia hora, rolamos por entre bananeiras, mais plantas mastodontes do que árvores anãs, com troncos plenos de seiva que terminam numa girândola de folhas elásticas por sobre uma mão de 100 dedos que sai de um enorme lótus castanho e rosado. A seguir, a estrada eleva-se até os 800 metros de altitude, o cume da serra. Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas abruptas protegeram dos ataques do homem essa floresta virgem tão rica que para encontrarmos igual a ela teríamos de percorrer vários milhares de quilômetros para norte, junto da bacia amazônica. Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”, de tal modo se sucedem em espiral, por entre um nevoeiro que imita a alta montanha de outros climas, posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o meu olhar como espécimes de museu. (Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. Coimbra, Edições 70, 1979, p. 82-3) Considere as frases abaixo. I. O segmento que se estende de uma planície inundada até uma bruma nacarada (3° parágrafo) constitui explicação do termo antecedente, de maneira que poderia ser iniciado por “que é”, sem prejuízo para o sentido. II. Neste mesmo segmento, as vírgulas poderiam ser substituídas por ponto-e-vírgulas, uma vez que se trata de uma sequência de características atribuídas a um mesmo termo. III. No mesmo período, a oração iniciada por emergindo pode tanto subordinar-se a assemelha-se como a Terra. Está correto o que consta em Parte superior do formulário a)III, apenas. b)I, II e III. c)I e II, apenas. d)I e III, apenas. e)II, apenas. 25 Resposta: d 26 (2016/Banca: FEPESE) Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. Parte superior do formulário a)Todas as informações procediam de documentos, de testemunhas, havia porém, algumas que vinham da própria vítima. b)Todas as informações procediam de documentos, de testemunhas; havia, porém, algumas que vinham da própria vítima. c)Todas as informações procediam de documentos, de testemunhas havia, porém algumas que vinham da própria vítima. d)Todas as informações, procediam de documentos de testemunhas; havia, porém, algumas que vinham da própria vítima. e)Todas as informações procediam, de documentos; de testemunhas havia, porém, algumas, que vinham da própria vítima. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 26 Resposta: b 27 (2016/Banca: IBFC) Aprendendo a pensar (Frei Beto) Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que carregamos é considerar criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem. O educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase da vida aprendemos as coisas mais importante que sabemos? As coisas mais importantes que todos sabemos é falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos, cores, fatores que representam perigo, diferentes sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que é importante para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e seis anos, período que Doman considera “a idade do gênio”. Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida. Glenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro sadio. Hoje são adultos que falam diversos idiomas, dominam música, computação etc. São pessoas felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método dele, foi recebido por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais velha tinha quatro anos... Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro anos, aprender um instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso específico de alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu certo. Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através de fichas. A mãe lia para ele histórias infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De repente, o menino começou a ler antes de ir para a escola. [...](Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado) Há, entre as duas orações do período, uma relação semântica. Desse modo, sem prejuízo de sentido, no lugar do ponto e vírgula que as separam poderia ser empregado o seguinte conectivo: Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem." Parte superior do formulário a)desde que b)contudo c)visto que d)como 27 Resposta: b 28 (2016/Banca: VUNESP) O senhor ao meu lado, aguardando o avião, começou a me contar como é prático usar o iPhone para saber onde seus filhos estão, já que carregam sempre o aparelho consigo. “Mas melhor mesmo será quando pudermos implantar um chip no cérebro. Além de saber onde todos estão, eu não precisarei mais carregar esse telefone o tempo todo. Você que é neurocientista: não seria ótimo? Quanto tempo até podermos implantar chips e melhorar o cérebro da gente?" Olhei o telefone que ele manipulava – um de dois aparelhos, com números diferentes: um pessoal, outro do trabalho, o qual ele acabara de perder e achar. Perguntei-lhe de quanto Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com em quanto tempo ele trocava os aparelhos. “Todo ano", ele disse. A tecnologia rapidamente se torna obsoleta, sobretudo com as atualizações do sistema operacional que exigem cada vez mais do hardware. Pois é. Imagine investir alguns milhares de dólares para implantar um chip em seu cérebro – um procedimento invasivo, sempre com risco de infecção – só para descobrir, em não mais que dois anos, que ele já está obsoleto, gerações atrás do mais novo modelo, e que aliás nem consegue mais receber a mais recente versão do sistema operacional? Só aqui em casa o número de aparelhos celulares obsoletos já está nas dezenas, esquecidos pelas gavetas. Por outro lado, lembrei-lhe, o hardware que ele leva naturalmente na cabeça não fica obsoleto nunca – porque é capaz de se atualizar e se modificar conforme o uso, aprendendo ao longo do caminho. Mesmo quando envelhece, e não tem como ser trocado, ele se mantém atualizável e altamente customizado: é o seu hardware, personalizado a cada instante da vida, ajustado e otimizado para aquelas funções que de fato lhe são imprescindíveis. Certo, o sistema operacional de alguns parece continuar na Idade Média, querendo impor seus gostos e neuras pessoais à vida dos outros – mas é em grande parte por uma questão de escolha pessoal. Até esses sistemas mais renitentes podem ser atualizados. Infinitamente mais prático, e sensato, é continuar aproveitando essas extensões tecnológicas do nosso hardware como os periféricos que são, conectados ao cérebro via dedos e sentidos. Se o periférico fica obsoleto, é trocado.Nosso hardware mental ainda não tem competição à altura. Muito mais proveitoso do que sonhar com o dia em que poderemos incorporar metais inertes ao nosso cérebro é investir nele como ele já é. (Suzana Herculano-Houzel, Obsolescência. Folha de S.Paulo, 10.11.2015) Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao trecho obedece à norma-padrão de pontuação. a)Lembrei-lhe por outro lado, que o hardware, que ele leva naturalmente na cabeça não fica obsoleto nunca. b)...não fica obsoleto nunca, porque: é capaz de se atualizar, e se modificar, conforme o uso; aprendendo, ao longo do caminho. c)Olhei o telefone que ele manipulava: era um de dois aparelhos, com números diferentes, um pessoal, outro do trabalho, o qual ele acabara de perder e achar. d)o sistema operacional de alguns, parece continuar, na Idade Média; querendo impor, seus gostos e neuras pessoais, à vida dos outros. e)Imagine: investir, alguns milhares de dólares, para implantar um chip, em seu cérebro; um procedimento invasivo – sempre com risco de infecção. 28 Resposta: c 29 (2015/Banca: FCC) Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi. Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa, Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos. Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema panfletário? Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre marcado por esse poderoso símbolo de resistência. Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho caderno com o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha própria estrela. (Adaptado de: GUERRA, Luiz, "Boi no Asfalto", Disponível em: www.recantodasletras.com.br. Acessado em: 29/10/2015) Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria... (3° parágrafo) Mantendo-se a correção, uma pontuação alternativa para o trecho acima encontra-se em: Parte superior do formulário a)− Vamos! confesse − confesso: − Eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era, exatamente, isso o que eu queria. b)− Vamos − confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria). c)− Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria. d)− Vamos: − Confesse. − Confesso: eu queria um boi − perdido no asfalto −; sei que era exatamente isso o que eu queria. e)− Vamos − confesse: confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto − sei que era exatamente isso o que eu queria. 29 Resposta: c 30 (2015/Banca: FCC) Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. O rio Paraíba corria bem próximo ao cercado. Chamavam-no "o rio". E era tudo. Em tempos antigos fora muito mais estreito. Os marizeiros e as ingazeiras apertavam as duas margens e as águas corriam em leito mais fundo. Agora era largo e, quando descia nas grandes enchentes, fazia medo. Contava-se o tempo pelas eras das cheias. Isto se deu na cheia de 93, aquilo se fez depois da cheia de 68. Para nós meninos, o rio era mesmo a nossa serventia nos tempos de verão, quando as águas partiam e se retinham nos poços. Os moleques saíam para lavar os cavalos e íamos com eles. Havia o Poço das Pedras, lá para as bandas da Paciência. Punham-se os animais dentro d’água e ficávamos nos banhos, nos cangapés. Os aruás cobriam os lajedos, Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com botando gosma pelo casco. Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. O leito do rio cobria-se de junco e faziam-se plantações de batata-doce pelas vazantes. Era o bom rio da seca a pagar o que fizera de mau nas cheias devastadoras. E quando ainda não partia a corrente, o povo grande do engenho armava banheiros de palha para o banho das moças. As minhas tias desciam para a água fria do Paraíba que ainda não cortava sabão. O rio para mim seria um ponto de contato com o mundo. Quando estava ele de barreira a barreira, no marizeiro maior, amarravam a canoa que Zé Guedes manobrava. Vinham cargueiros do outro lado pedindo passagem. Tiravam as cangalhas dos cavalos e, enquanto os canoeiros remavam a toda a força, os animais, com as cabeças agarradas pelo cabresto, seguiam nadando ao lado da embarcação. Ouvia então a conversa dos estranhos. Quase sempre eram aguardenteiros contrabandistas que atravessavam, vindos dos engenhos de Itambé com destino ao sertão. Falavam do outro lado do mundo, de terras que não eram de meu avô. Os grandes do engenho não gostavam de me ver metido com aquela gente. Às vezes o meu avô aparecia para dar gritos. Escondia-me no fundo da canoa até que ele fosse para longe. Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos na beira do rio e não havia ninguém. O Paraíba dava somente um nado e corria no manso, sem correnteza forte. Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa comigo, e quando procurou manobrar era impossível. A canoa foi descendo de rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força que pudesse contê-la. Pus-me a chorar alto, senti-me arrastado para o fim da terra. Mas Zé Guedes, vendo a canoa solta, correu pela beira do rio e foi nos pegar quase que no Poço das Pedras. Ricardo nem tomara conhecimento do desastre. Estava sentado na popa. Zé Guedes porém deu-lheumas lapadas de cinturão e gritou para mim: − Vou dizer ao velho! Não disse nada. Apenas a viagem malograda me deixou alarmado. Fiquei com medo da canoa e apavorado com o rio. Só mais tarde é que voltaria ele a ser para mim mestre de vida. (REGO, José Lins do. "O Rio". In: VV.AA. O Melhor da Crônica Brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1997, p. 43) Dadas as alterações, a frase do texto cuja a pontuação está correta é: a)Ricardo desatou a corda − meteu-se na canoa comigo – e: quando procurou, manobrar era impossível. (3º parágrafo) b)Os aruás cobriam, os lajedos botando gosma, pelo casco: nas grandes secas, o povo comia aruá que tinha gosto de lama. (1º parágrafo) c)Ouvia, então, a conversa dos estranhos − quase sempre eram aguardenteiros contrabandistas que, vindos dos engenhos de Itambé, atravessavam com destino ao sertão. (3º parágrafo) d)Os grandes do engenho não gostavam, de me ver metido com aquela gente às vezes: escondia-me, quando o meu avô aparecia, para dar gritos no fundo da canoa; até que ele fosse para longe. (3º parágrafo) e)Havia lá para as bandas da Paciência, o Poço das Pedras; punham-se os animais dentro d'água, e ficávamos nos banhos nos cangapés. (1º parágrafo) 30 Resposta: c Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 31 (2015/Banca: VUNESP) Leia o trecho seguinte. O advogado indispensável à administração da Justiça é defensor do Estado democrático de direito da cidadania da moralidade pública da Justiça e da paz social subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. (Código de ética e disciplina da OAB, Cap. I, Art. 2°, www.oab.org.br/arquivos/pdf/LegislacaoOab/codigodeetica.pdf. Adaptado) Assinale a alternativa em que o texto apresentado está corretamente pontuado. Parte superior do formulário a)O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. b)O advogado indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático, de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado, à elevada função pública que exerce. c)O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social. Subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. d)O advogado indispensável, à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social; subordinando a atividade do seu Ministério Privado, à elevada função pública que exerce. e)O advogado indispensável, à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social; subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública, que exerce. 31 Resposta: a 32 (2015/Banca: FUNCAB) Arquimedes, o bom repórter Faz parte do meu ofício inventar. Mentir, sem qualquer consideração teológica. Preencher as páginas em branco, esforçando-me por criar heróis mesquinhos e sublimes. Um ofício que se funde com as adversidades do cotidiano e que, pautado por uma estética insubordinada, comporta todas as escalas morais, afugenta os ideários uniformizadores. A literatura brota de todos os homens, de todas as épocas. Sua ambígua natureza determina que os escritores integrem uma raça fadada a exceder-se. Seus membros, como uma seita, vivem na franja e no âmago da realidade, que constrange e ilumina ao mesmo tempo. E sem a qual a criação fenece. A arte dos escritores arregimenta a sucata e o sublime, o que se oxida em meio aos horrores, o que se regenera sob o impulso dos suspiros de amor. Apalpa a matéria secreta que sangra e aloja-se nos porões da alma. Há muito sei que a escrita não poupa o escritor. E que, ao ser um martírio diário, coloca-o a serviço do real. E enquanto este mero exercício de acumular palavras, de dar-lhes sentido, for um ato de fé no humano, a literatura seguirá sendo protagonista do enigma que envolve vida e morte. Uma arte que geme, emite sinais, desenha signos, e que constitui uma salvaguarda civilizadora perante a barbárie. Em cujas páginas batalha-se pelo provável entendimento entre seres e situações intoleráveis. Como se por meio de certos recursos estéticos fosse possível conciliar antagonismos, praticar a tolerância, ativar Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com sentimentos, testar os limites da linguagem e da ambiguidade da solidão humana. Salvar, enfim, os seres trágicos que somos. Não sei ser outra coisa que escritora. Já pelas manhãs, enquanto crio, apalpo emoções benfazejas, sentimentos instáveis, a substância sob o abrigo do sinistro e da esperança. Tudo o que a realidade abusiva refuta. É mister, contudo, combater os expurgos estéticos para narrara história jamais contada. A criação literária, porém, que se faz à sombra da comunidade humana, aproximou-me sempre daqueles cujas experiências pessoais eram vizinhas no ato de escrever. Por isso, desde a infância, senti-me irmanada aos jornalistas no uso das palavras e na maneira de captar o mundo. E a tal ponto vinculada aos jornais que nos vinham a casa, já pelas manhãs, que disputava com o pai o privilégio de lê-los antes dele. De aproximar-me destas páginas vivazes que, arrancando-me da sonolência, proclamavam que a vida despertara antes de mim. O drama humano não tinha instante para começar, precedera-me há horas, há milênios. PIÑON, Nélida. Aprendiz de Homero. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008, p. 81-82, fragmento. Nos fragmentos do texto transcritos a seguir, foram feitas alterações no emprego dos sinais de pontuação. A alteração foi feita em consonância com as normas de pontuação em: Parte superior do formulário a)É mister contudo, combater os expurgos estéticos, para narrar a história jamais contada. b)A arte dos escritores, arregimenta a sucata e o sublime: o que se oxida em meio aos horrores; o que se regenera sob o impulso dos suspiros de amor. c)Salvar enfim os seres trágicos, que somos. d)O drama humano não tinha instante para começar: precedera-me há horas, há milênios. e)E que: ao ser um martírio diário coloca-o a serviço do real. 32 Resposta: d 33 (2015/Banca: Itame) Das frases abaixo, qual está devidamente pontuada e traz o emprego correto da crase? Parte superior do formulário a)Não existe como verificar qual à boa decisão, pois não existe termo de comparação. b)Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena às pressas, sem nunca ter ensaiado. c)Mas o que pode valer à vida se o primeiro ensaio já é a própria vida? É isso que faz com que,a vida pareça sempre um esboço d)No entanto mesmo “esboço” não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, à preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro. 33 Resposta: b 34 (2015/Banca: FCC) Embora o meu vocabulário seja voluntariamente pobre – uma espécie de Brasileiro Básico – a única leitura que jamais me cansa é a dos dicionários. Variados, sugestivos, atraentes, não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada* do começo ao fim. Meu trato com eles é puramente desinteressado, um modo disperso de estar atento... E esse meu vício é, antes de tudo, inócuo para o leitor. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Na minha adolescência, todo e qualquer escritor se presumia de estilista, e isso, na época, significava riqueza vocabular... Imagine-se o mal que deve ter causado a autores novos e inocentes o grande estilista Coelho Neto: grande infanticida, isto é o que ele foi. Orgulhamo-nos, como das nossas riquezas naturais, da opulência verbal de Rui Barbosa. O seu fraco, ou o seu forte, eram os sinônimos. (...) *aquilo que é maçante, enfadonho, aborrecedor. (Adaptado de: QUINTANA, Mário. Dicionários. Caderno H. 7. ed. São Paulo: Globo, 1998, p.176) Atente para as seguintes afirmações sobre o emprego dos sinais de pontuação: I. Em não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada do começo ao fim, a retirada da vírgula implicaria prejuízo ao sentido original. II. A substituição por parênteses dos travessões que isolam o segmento uma espécie de Brasileiro Básico implicaria prejuízo para a correção da frase. III. Em e isso, na época, significava riqueza vocabular..., a retirada da primeira vírgula acarretaria prejuízo para a correção da frase. Está correto APENAS o que se afirma em a)II e III. b)I. c)I e III. d)II. e)I e II. 34Resposta: c 35 (2015/Banca: IADES) Texto I Com base nas regras de pontuação e de acentuação gráfica, assinale a alternativa correta. a)No trecho “Estado que traz, em sua bandeira, a inscrição” (linha 14), as vírgulas podem ser substituídas por pontos e vírgulas. b)Os vocábulos “País” (linha 3) e “Goiás” (linha 5) seguem a mesma regra de acentuação. c)A palavra “hábitos” (linha 20) é acentuada por se tratar de proparoxítona terminada em s. d)O emprego de vírgula em substituição aos dois-pontos, no período “Mas Minas não é apenas a tradição: é também o espaço” (linha 8), mantém a coesão textual. e)As palavras “são” (linha 1), “não” (linha 8) e “está” (linha 19) são monossílabas tônicas. 35 Resposta: d 36 (2015/Banca: IESES) Assinale a opção correta da pontuação cabível neste período: Disse Charles Chaplin A humanidade não se divide em heróis e tiranos as suas paixões boas e más foram-lhes dadas pela sociedade não pela natureza a)dois pontos (:), abrir aspas, um ponto e vírgula, três vírgulas, um ponto e fechar aspas. b)dois pontos (:), abrir aspas, quatro vírgulas, um ponto e fechar aspas. c)dois pontos (:), abrir aspas, três vírgulas, um ponto e fechar aspas. d)dois pontos (:), abrir aspas, um ponto e vírgula, duas vírgulas, fechar aspas e ponto. 36 Resposta: a 37 (2015/Banca: VUNESP) Em 1956, John McCarthy, um cientista da computação do Dartmouth College, então com menos de 30 anos, cunhou a expressão inteligência artificial Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com (IA). De forma simples como os aros pesadões de seus óculos, ele definiu o novo campo de estudos: “A engenharia de fabricar máquinas inteligentes". A ambição de criar robôs dotados de esperteza é anterior, remete aos mitos da Grécia antiga, tal qual o de Talo, o gigante de bronze criado pelos deuses. Mas foi só a partir de meados do século passado, com o trabalho de estudiosos como McCarthy, que a chance de produzir androides come- çou a ser levada a sério. Rapidamente brotaram medos exagerados e possibilidades descabidas, refletidas na ficção em obras da literatura. O exemplo mais evidente é o clássico Eu, Robô, de Isaac Asimov – no qual se apresentaram as Três Leis da Robótica, que controlariam a IA e, desrespeitadas, gerariam monstros de ferro e alumínio nas veias. Hoje, sabe- -se que não passa de bobagem a mirabolante visão de um futuro de guerras fratricidas contra nossas crias. A IA progrediu e, silenciosamente, está perto de superar a capacidade mental humana, principalmente em tarefas padronizadas e exatas, como nos cálculos financeiros ou na promessa de carros sem motorista. Não há o conflito desenhado, a não ser no cinema. É cada um na sua. As máquinas não param de evoluir, mas estritamente como máquinas. Os humanos serão cada vez mais humanos, com fraquezas, inseguranças e imperfeições. Pedir a um software capaz de pintar como Van Gogh que cortasse a própria orelha deixaria os algoritmos tontos, perdidos, incapazes de entender o comando suicida. (Felipe Vilic, Raquel Beer e Rita Loiola, Cada um na sua. Veja, 22.07.2015, p. 78. Adaptado) Assinale a alternativa em que a pontuação e o emprego de pronomes e verbos estão de acordo com a norma-padrão. a)Sabe-se hoje, que: não passa de bobagem a mirabolante visão, onde se delineia um futuro de guerras, fratricidas, contra até, nossas crias. b)Na concepção literária onde o objetivo não é científico, os robôs afiguram-se, a seres monstruosos compostos somente de: ferro e alumínio. c)A ideia de criar robôs não é recente; advêm da antiguidade grega, que os mitos dela (como o de Talo), já haviam criado um gigante de bronze. d)Já perto de superar a capacidade, humana a IA evolue em tarefas padronizadas o qual é exemplo: o cálculo financeiro. e)De McCarthy, cujo trabalho no campo da ciência da computação foi pioneiro, proveio a famosa expressão “inteligência artificial". 37 Resposta: e 38 (2015/Banca: ESAF) Leia atentamente o texto abaixo. Sobre o uso da pontuação, assinale a opção incorreta. a)O ponto final do primeiro período (l. 1) pode ser substituído por ponto e vírgula, sem contrariar as regras de pontuação. b)O autor grafou a expressão "apenas mais um animal" (l. 1 e 2) entre aspas para atribuir-lhe um tom sarcástico e negativo. c)A expressão “por falta de melhor termo" (l. 4) pode ser encerrada entre travessões ou parênteses. d)A vírgula localizada antes da oração “e esse valor é significativo para milhões de pessoas" (l. 13 e 14) é facultativa e serve para destacar a ideia contida naquela oração. e)No trecho “envolve a possibilidade de criar, atribuir e compreender significados" (l. 20 a 22), a vírgula presente entre os verbos justifica-se por separar termos coordenados. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 38 Resposta: b 39 (2015/Banca: ESAF) Assinale a opção que contém erro gramatical. a)Mais do que a linha dos prédios espelhados da Avenida Paulista, a imagem que os visitantes têm de São Paulo é a de duas vias castigadas com congestionamentos diários, seguindo o curso de rios infestadosde poluição e emparedados pelo concreto. b)Não é de se estranhar, portanto, que o prefeito da capital tenha criado uma celeuma quando resolveu diminuir o limite de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros, as mais importantes da cidade. c)A seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com ação civil pública na Justiça e o Ministério Público abriu inquérito contra a mudança. d)As marginais já são vias seguras em comparação com o restante da cidade. Campeãs de movimento e de acidentes fatais no município, em termos proporcionais, no entanto, a figura é diferente. Estima-se que 1 milhão de veículos passem por lá diariamente. e)Em 2010, foi proibido a entrada de motos na pista expressa da Marginal Tietê – apesar de muitos motociclistas desobedecerem a regra. (Adaptação da reportagem “Uma medida que para São Paulo" revista Isto é, n. 2383, 05.08.2015) 39 Resposta: e 40 (2015/NC-UFPR) Assinale a alternativa corretamente pontuada. a)Em entrevista à espn.com Tiago Luís declarou “vencemos o Barra do Garças por 5 a 2 e o Neymar me deu um passe pra gol, depois do jogo, falei para ele se ‘você não tivesse me dado o passe eu ia te deixar trancado dentro do quarto da concentração’”. b)Em entrevista, à espn.com, Tiago Luís declarou: “Vencemos o Barra do Garças por 5 a 2 e o Neymar, me deu um passe pra gol. Depois do jogo falei para ele, se você não tivesse me dado, o passe, eu ia te deixar trancado dentro do quarto da concentração”. c)Em entrevista à espn.com, Tiago Luís declarou: vencemos o Barra do Garças por 5 a 2 e, o Neymar, me deu um passe pra gol depois do jogo, falei para ele: “se você não tivesse me dado o passe, eu ia te deixar trancado, dentro do quarto da concentração”. d)Em entrevista à espn.com: Tiago Luís declarou “Vencemos o Barra do Garças por 5 a 2; e o Neymar me deu um passe, pra gol. Depois do jogo, falei para ele: se, você não tivesse me dado o passe eu ia te deixar trancado dentro do quarto da concentração”. e)Em entrevista à espn.com, Tiago Luís declarou: “Vencemos o Barra do Garças por 5 a 2, e o Neymar me deu um passe pra gol. Depois do jogo, falei para ele: ‘se você não tivesse me dado o passe, eu ia te deixar trancado dentro do quarto da concentração’”. 40 Resposta: e 41 (2015/Banca: CFC) Leia o texto a seguir para responder à próxima pergunta. A respeito das justificativas para o emprego de sinais de pontuação, identifique o item INCORRETO. a)O uso do ponto-e vírgula, na linha 3, indica a oposição entre as ideias por ele separadas. b)Na linha 6, o emprego do travessão contribui para a construção dos sentidos de efeito e causa que culminam no segundo enunciado. c)Na linha 18, o uso de reticências marca enumeração inconclusa. d)O emprego dos dois-pontos na linha 24 introduz o esclarecimento ou a explicação do que se disse na oração anterior. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 41 Resposta: c 42 (2015/Banca: UFMT) Os filósofos enfrentam a morte e a sua própria morte de muitas maneiras: os estoicos, desprezando-a; os platônicos, afirmando a imortalidade da alma; os religiosos, admitindo a ressurreição, como o cristão, ou a identificação com o Absoluto, como os budistas; os existencialistas, considerando que a morte define a nossa existência, o que leva alguns à angústia e outros a uma consideração e valorização mais cuidadosa da vida. A pontuação revela-se muito importante na construção desse trecho. Sobre sinais de pontuação usados, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) A vírgula, usada inúmeras vezes no trecho, propicia maior expressividade às ideias, interferindo na melodia e na entonação. ( ) O uso dos sinais : e ; (dois pontos e ponto e vírgula) conferem ao trecho organização, logicidade, contribuindo para o entendimento do leitor. ( ) A vírgula, após estoicos, platônicos, religiosos e existencialistas, é mecanismo coesivo de elipse, retomando o sentido de “enfrentar a morte”. ( ) No segmento os existencialistas, considerando que a morte define a nossa existência, o que leva alguns à angústia e outros a uma consideração e valorização mais cuidadosa da vida.,as vírgulas não são sintaticamente necessárias. Assinale a sequência correta. a)V, V, F, F b)F, V, V, F c)V, F, F, V d)F, F, V, V 42 Resposta: b 43 (2015/Banca: IESES) A ÁGUA QUE VEM DO AR Na falta de chuvas, ninguém precisa passar sede. E nem depender da dessalinização do mar, um processo caro e de logística complexa. Conheça a região no meio do deserto chileno que tira água do ar, sem gastar um pingo de energia. Por: Fellipe Abreu; Luiz Felipe Silva. Editado por: Karin Hueck. Adaptado de: http://super.abril.com.br/ideias/a-agua-que-vem-do-ar Acesso em 18 jul. 2015. Entre a longa Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, no país mais esticado do mundo, está o maior deserto latino-americano, o chileno Atacama. A aridez domina a região e os municípios próximos - são quase 1.500 km de extensão onde a média de chuvas é de 0,1 mm ao ano, com áreas onde a água fica sem cair por séculos. Nesse mar de sequidão, fica a região de Coquimbo, no município de Chungungo, que é banhado pelo mar, e ondechoveu apenas cinco vezes em todo o ano de 2013. Na área, a média histórica de chuvas é de apenas 100 mm ao ano - contra 1.500 mm em São Paulo, por exemplo. Mas, ao contrário da capital paulista, aqui não falta água - é possível tirá-la do ar. O que acontece em Coquimbo é que faltam chuvas, mas sobram nuvens hiperúmidas. São as "nieblas costeras", que se formam sobre a orla, movem-se em direção ao continente e acabam aprisionadas por uma serra, num fenômeno chamado de camanchaca, as "chuvas horizontais". A camanchaca acontece em condições muito específicas de geografia, clima e correntes marítimas, e é bem comum ao longo do litoral peruano e chileno. Essa neblina é composta por minúsculas gotas de água, que, de tão leves, se mantêm suspensas Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com no ar. Se a nuvem encontrar algum tipo de obstáculo, as partículas de água se chocam umas com as outras e começam a se concentrar. Alcançam, então, peso suficiente para cair, virar gotas de água, e deixar um rastro de umidade por onde passam. Nas regiões em que o fenômeno acontece, é comum encontrar árvores eternamente encharcadas e animais com os pelos molhados o tempo todo. A umidade é visível por aqui. Nas altitudes entre 600 e 1.200 metros, onde o fato é mais intenso, a vegetação é abundante e frondosa - ao contrário das zonas em que as neblinas costeiras não acontecem, e que têm solo seco e pouca flora. Foi observando esse contraste que, há 50 anos, pesquisadores da Universidad de Chile tiveram uma ideia: se a água não cai das nuvens, será que daria para pegá-la de dentro delas? Assim nasceu a ideia dos atrapanieblas (em português, algo como "capta-nuvem") - artefatos criados para tirar, literalmente, águado ar. As engenhocas são simples: basta esticar malhas de polietileno de alta densidade (parecidas com as que são usadas para proteger plantações do sol), de até 150 metros de largura, entre dois postes de madeira ou aço. A neblina passa pela malha, mas os fios de plástico retêm parte da umidade, que condensa, vira água e escorre até uma canaleta que leva a um reservatório. O negócio é barato e eficiente: cada metro quadrado da malha capta, em média, 4 litros de água por dia, e um atrapaniebla de 40 m2 custa entre US$ 1.000 e 1.500. Para melhorar, o modelo é 100% sustentável. Não atrapalha a flora e a fauna, e funciona durante quase o ano todo, o que torna possível planejar a produção de água. Mas não para por aí: a verdadeira vantagem é que os atrapanieblas não utilizam luz elétrica. Diferentemente de outros métodos caros de obtenção de água em regiões secas, como a dessalinização do mar, eles não precisam de energia para funcionar. O vento trata de espremer as nuvens pelas malhas, e a gravidade cuida de carregar a água até os baldes. Perfeito. Infelizmente, o projeto não é replicável no mundo todo por causa das condições necessárias de clima e temperatura. Mas países como México e Peru também utilizam a técnica. No árido Estado de Querétaro, na região central do México, e nas secas áreas costeiras do Peru - que inclui a capital Lima, onde a média anual de pluviosidade é de menos de 10 mm, mas cuja umidade relativa do ar chega a 98% -, o projeto já funciona em larga escala. O maior complexo de malha do mundo, contudo, localiza-se em Tojquia, Guatemala: são 60 captadores que, ao todo, compõem uma rede de 1.440 m2 e captam quase 4 mil litros de água diariamente, abastecendo cerca de 30 famílias. Sem gastar energia. Assinale a alternativa em que há ERRO quanto ao emprego dos sinais de pontuação. a)Coquimbo recebe grandes quantidades de turistas, que vêm atraídos por extensas e estupendas praias, como La Herradura, a mais famosa de todas. b) Coquimbo, uma das 15 regiões do Chile, é banhada a oeste, pelo Oceano Pacífico; e faz divisa, a leste, com a Argentina. c) Coquimbo faz divisa, ao norte, com a região de Atacama; e ao sul, com a região de Valparaíso. d) Coquimbo, que é banhada pelo Oceano Pacífico, possui uma área de 1.429,3 km² e uma população de 163.036 habitantes. 43 Resposta: b 44 (2015/Banca: IESES) A ÁGUA QUE VEM DO AR Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Na falta de chuvas, ninguém precisa passar sede. E nem depender da dessalinização do mar, um processo caro e de logística complexa. Conheça a região no meio do deserto chileno que tira água do ar, sem gastar um pingo de energia. Por: Fellipe Abreu; Luiz Felipe Silva. Editado por: Karin Hueck. Adaptado de http://super.abril.com.br/ideias/a-agua-que-vem-do-ar Acesso em 18 jul. 2015. Entre a longa Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, no país mais esticado do mundo, está o maior deserto latino-americano, o chileno Atacama. A aridez domina a região e os municípios próximos - são quase 1.500 km de extensão onde a média de chuvas é de 0,1 mm ao ano, com áreas onde a água fica sem cair por séculos. Nesse mar de sequidão, fica a região de Coquimbo, no município de Chungungo, que é banhado pelo mar, e ondechoveu apenas cinco vezes em todo o ano de 2013. Na área, a média histórica de chuvas é de apenas 100 mm ao ano - contra 1.500 mm em São Paulo, por exemplo. Mas, ao contrário da capital paulista, aqui não falta água - é possível tirá-la do ar. O que acontece em Coquimbo é que faltam chuvas, mas sobram nuvens hiperúmidas. São as "nieblas costeras", que se formam sobre a orla, movem-se em direção ao continente e acabam aprisionadas por uma serra, num fenômeno chamado de camanchaca, as "chuvas horizontais". A camanchaca acontece em condições muito específicas de geografia, clima e correntes marítimas, e é bem comum ao longo do litoral peruano e chileno. Essa neblina é composta por minúsculas gotas de água, que, de tão leves, se mantêm suspensas no ar. Se a nuvem encontrar algum tipo de obstáculo, as partículas de água se chocam umas com as outras e começam a se concentrar. Alcançam, então, peso suficiente para cair, virar gotas de água, e deixar um rastro de umidade por onde passam. Nas regiões em que o fenômeno acontece, é comum encontrar árvores eternamente encharcadas e animais com os pelos molhados o tempo todo. A umidade é visível por aqui. Nas altitudes entre 600 e 1.200 metros, onde o fato é mais intenso, a vegetação é abundante e frondosa - ao contrário das zonas em que as neblinas costeiras não acontecem, e que têm solo seco e pouca flora. Foi observando esse contraste que, há 50 anos, pesquisadores da Universidad de Chile tiveram uma ideia: se a água não cai das nuvens, será que daria para pegá-la de dentro delas? Assim nasceu a ideia dos atrapanieblas (em português, algo como "capta-nuvem") - artefatos criados para tirar, literalmente, água do ar. As engenhocas são simples: basta esticar malhas de polietileno de alta densidade (parecidas com as que são usadas para proteger plantações do sol), de até 150 metros de largura, entre dois postes de madeira ou aço. A neblina passa pela malha, mas os fios de plástico retêm parte da umidade, que condensa, vira água e escorre até uma canaleta que leva a um reservatório. O negócio é barato e eficiente: cada metro quadrado da malha capta, em média, 4 litros de água por dia, e um atrapaniebla de 40 m2 custa entre US$ 1.000 e 1.500. Para melhorar, o modelo é 100% sustentável. Não atrapalha a flora e a fauna, e funciona durante quase o ano todo, o que torna possível planejar a produção de água. Mas não para por aí: a verdadeira vantagem é que os atrapanieblas não utilizam luz elétrica. Diferentemente de outros métodos caros de obtenção de água em regiões secas, como a dessalinização do mar, eles não precisam de energia para funcionar. O vento trata de espremer as nuvens pelas malhas, e a gravidade cuida de carregar a água até os baldes. Perfeito. Infelizmente, o projeto não é replicável no mundo todo por causa das condições necessárias de clima e temperatura. Mas países como México e Peru também utilizam a técnica. No árido Estado de Querétaro, na região central do México, e nas secas áreas Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com costeiras do Peru - que inclui a capital Lima, onde a média anual de pluviosidade é de menos de 10 mm, mas cuja umidade relativa do ar chega a 98% -, o projeto já funciona em larga escala. O maior complexo de malha do mundo, contudo, localiza-se em Tojquia, Guatemala: são 60 captadores que, ao todo, compõem uma rede de 1.440 m2 e captam quase 4 mil litros de água diariamente, abastecendo cerca de 30 famílias. Sem gastar energia.Assinale a alternativa em que há ERRO quanto ao emprego dos sinais de pontuação a)Coquimbo, uma das 15 regiões do Chile, é banhada a oeste, pelo Oceano Pacífico; e faz divisa, a leste, com a Argentina. b)Coquimbo faz divisa, ao norte, com a região de Atacama; e ao sul, com a região de Valparaíso. c)Coquimbo recebe grandes quantidades de turistas, que vêm atraídos por extensas e estupendas praias, como La Herradura, a mais famosa de todas. d)Coquimbo, que é banhada pelo Oceano Pacífico, possui uma área de 1.429,3 km² e uma população de 163.036 habitantes. 44 Resposta: a 45 (2015/Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Obrigado por ligar. Sua ligação é muito importante para nós. Se desejar serviços de instalação, tecle 1. Para reagendamento de visita, tecle 2. Para verificação de dados cadastrais, tecle 3. Para informações sobre plano de pagamento, tecle 4. Para falar com um de nossos atendentes... Não, você não conseguirá falar com um de nossos atendentes. Mas poderá ouvir, durante 25 minutos ou mais, sucessos como “Moonlight Serenade” e o tema de “Golpe de Mestre”. Também, quem mandou você não ter em mãos o número de seu cartão eletrônico, de sua matrícula no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), de seu cadastro na Comunidade NetLig? Muitas coisas mudam de forma e de nome, mas no fundo permanecem iguais. A peregrinação que temos de fazer de tecla em tecla é a mesma que, antigamente, nos levava a passar horas nas filas de uma repartição burocrática. Cada tecla, afinal de contas, não passa de um guichê, e o cartão que devemos ter por perto ou a senha que se impõe saber de cor equivale ao papel, à guia, ao documento que nos exigem e que nunca está a contento do funcionário. É a burocracia sem papel, a burocracia dos impulsos eletrônicos. Claro, há vantagens: não é preciso sair de casa e, enquanto você espera atendimento, com o telefone encaixado entre o ombro e a bochecha, sempre poderá fazer alguma outra coisa. Sugestões: pôr os papéis em ordem na gaveta (você poderá encontrar o cartão de crédito cujo desaparecimento tentava comunicar); teclar alguma outra senha de acesso no computador, se tiver internet banda larga (se não tem, disque para nós hoje mesmo); alongar os músculos do pescoço e da nuca; ou entregar-se a outras atividades corporais cujo nome não seria conveniente declinar aqui. De todo modo, a burocracia eletrônica segue os princípios da antiga. Quanto mais a instituição ou a empresa economizam, mais o usuário perde tempo. No hospital público ou na assistência técnica da máquina de lavar, sempre vigora a lei da seleção natural: eliminam-se os fracos, para que só os mais fortes, ou os mais desesperados, cheguem até o fim do processo. Claro que, quanto mais procurado o serviço, maior a fila. Se notamos tanta burocracia nas instituições públicas, é porque seu acesso é universal. Em inúmeras entidades privadas Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com vemos a burocracia aumentar, justamente porque passaram a ser procuradas pelo grosso da população. Os planos de saúde particulares constituem o maior exemplo disso, mas bancos e cartões de crédito, cujo universo de clientes se ampliou muito, não ficam atrás. Experimento reações contraditórias quando vou a um caixa eletrônico. Em comparação com a fila tradicional, sem dúvida ganho tempo. Mas sinto que estou também “trabalhando” para o banco. Passo a senha, digito, confirmo, conto o dinheiro: eis que sou um novo funcionário do caixa, trabalhando de graça, enquanto algum bancário foi despedido em troca. Tudo bem. Gasto menos tempo no banco. Mas diminuiu também a minha impressão de perder tempo. Todo trabalho, por mais mecânico que seja, faz o tempo passar mais depressa do que a pura espera. Fala-se de democracia participativa, mas a “burocracia participativa” também deveria merecer os seus filósofos. À medida que um serviço se generaliza, crescem as possibilidades de fraude. Quando uma empresa, pública ou privada, passa do âmbito de uma distinta clientela para o universo multitudinário e turvo da humanidade em seu conjunto, torna-se inevitável multiplicar as precauções contra os indivíduos de má-fé; isso significa mais burocracia. O que é um antivírus, um firewall ou um anti-spam, a não ser a burocratização do nosso computador? Eu costumava usar um antivírus que tinha rigores de fiscal de alfândega, parecia usar carimbos de Polícia Federal em dia de operação-tartaruga toda vez que se punha a examinar a mensagem que entrava e a mensagem que saía do meu Outlook. Acontece que o computador, como tudo o que tem telinha (um caça-níqueis, uma TV, um videogame, um caixa eletrônico) sempre oferece ao usuário algo de lúdico, de viciante, de hipnótico. Já a burocracia telefônica (volto a ela) é muito pior. Seu maior pecado, a meu ver, está na confusão que estabelece entre as categorias de tempo e de espaço. Entre num desses sistemas de “tecle 5 se deseja isto, tecle 6 se deseja aquilo...” e tente corrigir uma decisão errada. Os sistemas mais extensos e irritantes usam a famigerada tecla 9 -”para mais opções”-, abrindo-se em alternativas que, para serem conhecidas integralmente, exigiriam a vida inteira. Tudo ficaria mais fácil, se o sistema fosse visualizado no espaço, num esquema em árvore, num organograma, num menu de website -ou mesmo num mapa de repartição, com suas ramificações em corredores, departamentos e guichês. No máximo, ficaremos andando de um lado para outro. O problema do “tecle isto, tecle aquilo” é que ele se desenvolve no tempo, não no espaço. Somos forçados a prosseguir em alternativas que será sempre mais custoso reverter; avançamos em decisões tomadas no escuro, como se navegássemos num fluxo betuminoso, por rios e córregos cada vez mais estreitos, cada vez mais espessos, carregados de todas as opções já feitas, de todo o tempo acumulado e perdido naquela ligação, sem muita esperança de que, na extrema ponta do percurso, uma voz humana venha afinal falar conosco. É assim que o sistema de ramais automáticos guarda incômoda semelhança com nossa própria vida adulta; tem algo de anacrônico, de auditivo, de analógico. Já as telas da internet, organizadas espacialmente, com seus cliques de mouse, seus compartimentos de todas as cores, seus guichês planificados e seus pop-ups imprevistos e festivos, são um modelo bem alegre em que mirar. Desde que a conexão não caia de repente. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com COELHO, Marcelo. Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1703200416.htm>.Acesso em: 12 abr. 2015. (Adaptado) Em relação ao emprego de sinais de pontuação presentes, assinale a alternativa INCORRETA. a) “Quando uma empresa, pública ou privada, passa do âmbito de uma distinta clientela para o universo multitudinário e turvo da humanidade em seu conjunto (...).” (As vírgulas usadas na expressão públicas ou privadas têm a função de separar termosqualificadores.) b)“É assim que o sistema de ramais automáticos guarda incômoda semelhança com nossa própria vida adulta; tem algo de anacrônico, de auditivo, de analógico.” (O ponto-e-vírgula é utilizado nesse trecho para separar orações coordenadas que se opõem quanto ao sentido.) c)“Já as telas da internet, organizadas espacialmente, com seus cliques de mouse, seus compartimentos de todas as cores, seus guichês planificados e seus pop-ups imprevistos e festivos, são um modelo bem alegre em que mirar.” (Nesse trecho, há vírgulas que foram utilizadas para indicar uma enumeração.) d)“Obrigado por ligar. Sua ligação é muito importante para nós”. (Os pontos são utilizados para separar períodos simples e orações absolutas.) 45 Resposta: b 46 (2015/Banca: UFSM) Observe o fragmento a seguir. " (...) se eu ficasse duas horas respirando no trânsito todos os dias, perderia três meses de vida por problemas cardiovasculares e respiratórios. Mas ganharia seis anos pela prática regular do esporte. " (ℓ. 16 a 21). Podem-se realizar, sem prejuízo da norma-padrão, ” as seguintes alterações no fragmento: I - empregar uma vírgula depois de "ficasse". II - substituir o ponto final depois de "respiratórios" por uma vírgula. III - substituir o ponto final por ponto e vírgula depois de "respiratórios" e substituir "Mas" por “com tudo". Está(ão) correta(s) a)apenas I. b)apenas II. c)apenas III. d)apenas I e II. e)apenas II e III. 46 Resposta: b 47 (2015/Banca: UFSM) Sobre a pontuação empregada no texto, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) em cada afirmativa a seguir. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com ( ) Nas linhas 28 e 37, o ponto pode ser substituído por vírgula, sem alteração do sentido e sem prejuízo à norma-padrão. ( ) O ponto depois de "nada" (1.78) e depois de "motivo" (1.79) é usado com valor expressivo que, associado à reiteração, serve para destacar a essência da gentileza como a ausência de motivo para cuidar de qualquer pessoa. ( ) Na linha 141, o ponto contribui para destacar a avaliação atribuída aos gestos especificados na sequência do parágrafo, razão pela qual poderia ser substituído por dois-pontos. A sequência correta é Parte superior do formulário a)F - V - V b)V - V - F. c)F - F - V. d)V - F - F e)F - F - F. 47 Resposta: a 48 (2015/Banca: IADES) Considerando as regras de pontuação, assinale a alternativa que reescreve corretamente o primeiro parágrafo do texto, fazendo-se as devidas adequações. a)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa e a maior companhia do setor elétrico da América Latina. É responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil e metade das linhas de transmissão que cortam o território nacional. b)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa: maior companhia do setor elétrico da América Latina – é responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil; e metade das linhas de transmissão que cortam o território nacional. c)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa. Maior companhia do setor elétrico da América Latina; é responsável por: mais de um terço da energia elétrica do Brasil e metade das linhas de transmissão que cortam o território nacional. d)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa – maior companhia do setor elétrico da América Latina – é responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil e metade das linhas de transmissão que cortam o território nacional. e)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa e a maior companhia do setor elétrico da América Latina: é responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil; e metade das linhas de transmissão que cortam o território nacional. 48 Resposta: a 49 (2015/Banca: IESES) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação necessários nas lacunas para dar sentido e correção ao período a seguir. Não sendo necessários qualquer sinal, 0 indicará essa inexistência Com o passar do tempo __ os jovens perceberam que precisavam de apoio ___ e não de aprovação ___ para dar continuidade ao seu projeto ___ modificar a realidade ___ e assim toda a sociedade saiu ganhando. a)vírgula – 0 – vírgula – dois pontos – 0. b)vírgula – vírgula – 0 – dois pontos – ponto-e-vírgula. c)vírgula – vírgula – 0 – dois pontos – 0. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d)0 – 0 – vírgula – dois pontos – vírgula. 49 Resposta: b 50 (2015/Banca: FCC) Eu pertenço a uma família de profetas après coup, post factum*, depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar. Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto simbólico. No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado. Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Um dos meus amigos (creio que é ainda meu sobrinho) pegou de outra taça, e pediu à ilustre assembleia que correspondesse ao ato que acabava de publicar, brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo; fiz outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeira e não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo. No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza: -Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que... -Oh! meu senhô! fico. -...Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando nasceste, eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos... -Artura não qué dizê nada, não, senhô... -Pequeno ordenado, repito, uns seis mil réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha. Justamente. Pois seis mil réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete. Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe deino dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos. Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre. [...] *Literalmente, “depois do golpe", “depois do fato". (Adaptado de: ASSIS, Machado de. "Bons dias!", Gazeta de Notícias, 19 de maio de 1888) Sobre a pontuação do texto, considere: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com I. Mantém-se a correção alterando-se a pontuação da frase Oh! meu senhô! fico. (7 o parágrafo) para Oh, meu senhô, fico! II. O ponto e vírgula, no segmento ... por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade...(11 o parágrafo), pode ser substituído por dois-pontos. III. No segmento Por isso digo, e juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio...(1 o parágrafo), pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após juro. Está correto o que consta em a)I, II e III. b)II e III, apenas. c)I e III, apenas d)I, apenas. e)II, apenas. 50 Resposta: a Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação 01 (2017/Banca: INSTITUTO AOCP) Texto 1 A insana mania de economizar em coisas erradas Existe uma grande diferença entre oportunidade e oportunismo. Uma é aquela em que as pessoas querem levar vantagem em tudo, serem espertas, ganhar a qualquer custo, sendo que a outra vai na contramão deste movimento cada vez mais presente e enraizado na cultura brasileira. [...] A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito acaba com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de Acari, no Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos roubados é promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio que não tem fim. [...] Não há pagamento de impostos referente à mercadoria e recolhimento de tributos. Só por isso esse produto chegou até o seu consumidor final. Vidas acabam porque alguém tem a necessidade porca de comprar algo “baratinho”. E não é exagero. Tenho um amigo que hoje reside nos Estados Unidos. A família dele, quando morava no Brasil, possuía uma transportadora com cinco caminhões. Sempre que se tratava de uma carga valiosa, quem fazia o transporte era o pai, o dono da empresa. Ele tinha esse cuidado para zelar pelo material do cliente e garantir que o produto caro chegaria ao seu destino conforme o esperado, sem danos. Até que um dia ele foi roubado e sequestrado. A quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões. Ele ficou quatro dias em cativeiro e não havia possibilidade de pagar pelo valor exigido. Não avisaram a polícia e as negociações chegaram a R$10 mil. A quantia foi paga, mas o pai foi encontrado morto, sendo que ele havia falecido muito antes da entrega do dinheiro. Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari custaram a Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro, impactando na economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. [...] Daniel Toledo. Adaptado de e disponível em: http://envolverde.cartacapital.com.br/insana-mania-de-economizar-em-coisas-erradas Em relação ao Texto 1, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir. Em “Quantas vezes subiu o seguro do seu carro?”, o ponto de interrogação está sendo usado porque se trata de uma pergunta indireta. Certo Errado 01 Resposta: errado 02 (2017/Banca: INSTITUTO AOCP) TEXTO 1 O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social, dando a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido Raphael Martins O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada? O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com relações sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas e obrigações que as pessoas se envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há cada vez menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: “Há realmente essa impressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer”. O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Parece que não temos mais intervalos”. Maria Helena Oliva Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a percepção temporal muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila”. Sobre o assunto, Luiz Silveira MennaBarreto, professor especializado em cronobiologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na sociedade contemporânea, as cobranças são cada vez mais intensas e frequentes, o que produz uma sensação crônica de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas tenham inúmeras habilidades e qualificações acadêmicas, tomando boa parte do tempo que poderia ser destinado ao lazer. Scheroki completa: “Por que hoje é assim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que não tínhamos. Temos que saber inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As pessoas tentam alocar dentro do tempo mais ações do que cabem nele”. [...] Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com A professora Maria Helena destaca: “A percepção de aceleração do tempo é uma coisa angustiante. É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas, depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem o tempo passando rapidamentee, por isso, tem pressa de viver intensamente. Isso acaba criando situações de tensão muito grandes”.[...] O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho: “Nós somos nossas relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas acabam sendo comprometidas, comprometem toda a nossa vida. A vida é composta pelas nossas ações no tempo e cada vez menos a gente tem autonomia sobre ela”. Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo em horários mais compatíveis com uma vida saudável. “Exercício físico, relações sociais e familiares ricas e alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do problema reside no trabalho excessivo”, completa.[...] Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_ content&view=article&id=3330%3Aa-sensacao-dos-dias-de-poucashoras&catid=46%3Ana- midia&Itemid=97&lang=pt Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 1. a)No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas indiretas. b) No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista que está antes de uma indicação de horas. c)No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma vez que elas separam o sujeito do verbo da oração. d)No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono. 02 Resposta: d 03 (2017/Banca: CESPE) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir. Feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, a substituição do ponto final empregado logo após “pesquisas” (l.44) por ponto e vírgula manteria a correção gramatical do texto. Certo Errado 03 Resposta: certo 04 (2017/Banca: FAURGS) Em relação à pontuação do texto, considere as seguintes afirmações. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com I - A transposição da expressão em junho daquele ano (l. 05-06) para depois da expressão "O Alienista" (l. 06) eliminaria a obrigatoriedade do uso de vírgulas. II - O ponto final após o vocábulo público (I. 53) poderia ser substituído por dois-pontos, com os devidos ajustes no emprego de maiúsculas e minúsculas, sem que isso acarretasse erro gramatical na sentença. Ill- A colocação de uma vírgula após os parênteses da linha 77 não acarretaria erro gramatical na sentença. Quais estão corretas? a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas III. d)Apenas I e II. e)I, II e III. 04 Resposta: d 05 (2017/Banca: FUNDATEC) Verifique as afirmações abaixo, que se referem ao emprego de pontuação no texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) As duas vírgulas da linha 02 foram empregadas pela mesma razão, separar adjuntos adverbiais. ( ) Os dois pontos da linha 30 precedem uma citação de um interlocutor diferente do narrador. ( ) A vírgula da linha 23 assinala uma oração adverbial deslocada. ( ) O ponto de exclamação da linha 42 denota a ênfase atribuída pelo narrador ao enunciado. ( ) O travessão utilizado na linha 48 assinala a introdução do discurso direto. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a)V – F – F – V – V. b)V – F – V – F – F. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)F – V – V – V – F. d)F – F – V – V – F. e)V – V – F – F – V. 05 Resposta: d 06 (2017/Banca: IBFC) Assinale a alternativa em que a pontuação está correta. a)Os candidatos que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados. b)Ele pediu um sorvete e eu uma fatia de pudim. c)Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias. d)Minha mãe disse: -Filha seja mais responsável! 06 Resposta: c 07 (2017/Banca: IBFC) Assinale a alternativa em que a pontuação está correta. a)As pessoas que desejarem se inscrever devem acessar o site até dia 15. b)Pedi a meu amigo José, que me envie seu currículo. c)O rapaz chegou a tempo porém, não embarcou no trem. d)Assustado o garoto negou à professora, sua travessura. 07 Resposta: a 08 (2017/Banca: Quadrix) Julgue o item a respeito dos sentidos do texto e de seus aspectos linguísticos. Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o ponto que encerra o primeiro período do texto fosse substituído por dois pontos e feita a devida alteração de maiúscula e minúscula. Certo Errado 08 Resposta: certo 09 (2017/Banca: VUNESP) Leia a crônica de Walcyr Carrasco para responder à questão. Febre de fama Há uma inflação de candidatos a astro e estrela. Toda família tem um aspirante aos holofotes. Desde que comecei a escrever para televisão, sou acossado por gênios indomáveis. Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher: – Preciso falar urgentemente com o senhor. “É desgraça!”, assustei-me. Digitei o número. – Quero trabalhar em novela – disse a voz. Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se tinha experiência como atriz. Não. Nem curso de interpretação. Apenas uma certeza inabalável de ter nascido para a telinha mágica. Com calma, tentei explicar que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz. Estudar? Ofendeu-se: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com – Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone. Incrível também é a reação dos familiares. Conheci a mãe de uma moça que dança em um dos inúmeros conjuntos em que as integrantes rebolam em trajes mínimos. Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou: – Quando pequena ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística. Ainda bem! Comentei, muito discreto: – É... ela vai longe... – Nem me fale. Daqui a pouco, vai estar numa novela! Essa febre de fama me dá calafrios. Fico pensando na reação de grandes artistas como Marília Pêra, Tony Ramos, Juca de Oliveira diante desse vale-tudo, desse desejo insano por ser famoso a qualquer preço. (Veja SP, 21.10.1998. Adaptado) Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente e preserva o sentido original do texto. a)– Preciso falar urgentemente com o senhor! (3º parágrafo) b)Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se tinha experiência como atriz? (6º parágrafo) c)– Quando pequena; ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística. (9º parágrafo) d)– É, ela vai longe! (11º parágrafo) e)Essa (febre de fama) me dá calafrios. (último parágrafo) 09 Resposta: a 10 (2017/Banca:IESES) LÍNGUAS MUDAM Por Sírio Possenti. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3089/n/linguas_mudam Acesso em 13 jan 2017. Que as línguas mudam é um fato indiscutível.O que interessa aos estudiosos é verificar o que muda, em que lugares uma língua muda, a velocidade e as razões da mudança. Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança: a variação. Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. [...]. Os sociolinguistas, eventualmente, fazem testes para verificar se um caso de variação é ou não candidato à mudança. O teste simula a passagem do tempo verificando qual é a forma adotada pelos falantes mais velhos e pelos mais jovens. Por exemplo: se os mais velhos escrevem ou dizem sistematicamente “para fazer uma tese é preciso que...” e os mais jovens, “para se fazer uma tese...”, este é um indício de que o infinitivo sem sujeito, nesta posição, tende a desaparecer com o desaparecimento dos falantes mais idosos (e “para se fazer” será a forma única, pelo menos durante um tempo). Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.). Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais (em geral de autores idosos). E, claro, em textos antigos. Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe: desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de uso corrente. Para fazer uma comparação, ‘cujo’ é como a gravata borboleta: só usamos esse item em certas cerimônias, ou seu uso é uma idiossincrasia [...]. Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo “jogai por nós”. Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida do latim. [...] A cada invocação, os fiéis respondem “rogai por nós”. “Jogai por nós” é uma fórmula inspirada em outra fórmula, típica desta oração. Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem “Recuai, Wendel”, “Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love”, “Tite, fazei Malcolm treinar finalizações” e, quando chateados, gritassem “Como sois burro!”. Espero que nenhum colunista sustente que isso ocorre... [...] O caso “jogai” me faz lembrar outro, da mesma natureza, de certa forma. Se há um fato consensual em português (do Brasil) é que não se diz naturalmente “ele o/a viu, vou fazê-la sair”. Estas formas pronominais objetivas diretas de terceira pessoa são verdadeiros arcaísmos. Só são parcialmente aprendidas na escola. Os alunos começam a empregá-las depois de alguns anos, um pouco por pressão, um pouco porque se dão conta de que cabem em textos mais monitorados. Mas essas formas nunca aparecem na fala deles (e são muitíssimo raras também na fala de pessoas cultas, como as que aparecem em debates na TV). Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser... Sírio Possenti Departamento de Linguística - Universidade Estadual de Campinas Analise as proposições a seguir sobre a pontuação do seguinte trecho: Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser... I. A primeira vírgula é opcional, ou seja, sua presença é apenas um recurso de entonação. II. A segunda e a terceira vírgula estão isolando uma oração explicativa. III. As aspas foram empregadas para indicar que a expressão é própria da linguagem verbal. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com IV. O segundo ponto de exclamação que aparece no trecho foi empregado para indicar espanto. Agora assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as proposições. a)Estão corretas apenas as proposições I, II e IV. b)Estão corretas apenas as proposições I, III e IV. c)Estão corretas apenas as proposições II e IV. d)Estão corretas apenas as proposições I e III 10 Resposta: b 11 (2017/Banca: Quadrix) A partir do texto acima, julgue o item a seguir. Sendo o trecho “Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício” (linhas 6 e 7) uma oração subordinada adjetiva, é correto afirmar que a autora subverte as regras de pontuação prescritas pela gramática ao isolar, com ponto final, tal trecho do termo ao qual ele se subordina. Certo Errado 11 Resposta: certo 12 (2016/Banca: PR-4 UFRJ) TEXTO 1 O texto adiante é de Luís Fernando Veríssimo. Leia-o com atenção e responda às questões propostas a seguir. PRONOMES Antes de apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina pediu: — Me faz um favor? — O quê? — Você não vai ficar chateado? — O que é? — Não fala tão certo? — Como assim? — Você fala certo demais. Fica esquisito. — Por quê? — É que a turma repara. Sei lá, parece… — Soberba? Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com — Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem ‘outrossim’. E cuidado com os pronomes. — Os pronomes? Não posso usá-los corretamente? — Está vendo? Usar eles. Usar eles! O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram: — O Carol, teu namorado é mudo? Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’, mas se conteve a tempo. Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava: — Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos. Aquela voz de cobertura de caramelo. Luís Fernando Veríssimo. Contos de Verão, O Estado de S. Paulo, 16 jan. 2000. Glossário: Outrossim –igualmente, do mesmo modo. Soberba – arrogância, presunção. Todavia – mas, porém. No trecho do TEXTO 1 a seguir são utilizados dois sinais de pontuação: “ — Me faz um favor? — O quê? ” Assinale a alternativa que os descreve corretamente. a)TRAVESSÃO: que põe uma frase em evidência; e PONTO DE EXCLAMAÇÃO: utilizado no final de frase interrogativa direta. b)TRAVESSÃO: que indica a mudança de interlocutor num diálogo; e PONTO DE INTERROGAÇÃO: utilizado no final de frase interrogativa direta. c)TRAVESSÃO: que separa orações intercaladas num diálogo; e PONTO DE INTERROGAÇÃO: utilizado para indicar surpresa. d)TRAVESSÃO: que põe uma frase em evidência; e PONTO DE EXCLAMAÇÃO: utilizado para indicar súplica. e)TRAVESSÃO: que indica a mudança de interlocutor num diálogo; e PONTO DE INTERROGAÇÃO: utilizado para indicar espanto. 12 Resposta: b 13(2016/Banca: CESGRANRIO) No trecho “Por ele passam pernas portentosas, reluzentes cabeleiras adolescentes e os bíceps de jovens surfistas. Mas ele permanece sentado olhando o mar a distância.” 4-7), a opção pelo ponto final antes do vocábulo “Mas” a)aponta a posição do velho em referência ao narrador. b) enfatiza a surpresa do narrador em relação ao que vê. c) contrapõe a posição do velho à posição dos motoristas. d)marca o registro de uma cena corriqueira para o enunciador. e)assinala a importância do velho para os demais transeuntes. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 13 Resposta: b 14 (2016/Banca: COSEAC) O uso textual-discursivo do ponto de interrogação na expressão “Ato falho? Sei não.” sinaliza a)a denotação de uma surpresa. b)o final de uma pergunta retórica. c)uma indagação indireta. d)uma interrupção na argumentação. 14 Resposta: b 15 (2016/Banca: IBFC) Texto Setenta anos, por que não? Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura? [...] Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga. [...] Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa. (LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16) A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.” (3º§) cumpre um papel expressivo ao gerar o seguinte efeito: a)ritmo mais rápido do que com o emprego das vírgulas b)ênfase a cada um dos termos da enumeração Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)hierarquização de valor aos termos da enumeração d)ressignificação do sentido dos termos empregados e)atribuição e valor imperativo aos termos enumerados 15 Resposta: b 16 (2016/Banca: IBFC) Texto Setenta anos, por que não? Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura? [...] Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga. [...] Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa. (LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16) A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.” (3º§) cumpre um papel expressivo ao gerar o seguinte efeito: a) ritmo mais rápido do que com o emprego das vírgulas b)ênfase a cada um dos termos da enumeração c)hierarquização de valor aos termos da enumeração d)ressignificação do sentido dos termos empregados e)atribuição e valor imperativo aos termos enumerados 16 Resposta: b 17 (2016/Banca: CESGRANRIO) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com No trecho do Texto I “E a fome! Meu Deus, a fome!” (l. 47), a repetição do ponto de exclamação a)ironiza o teor das frases. b)ressalta a indignação do autor. c)revela um preconceito. d)enfraquece o teor argumentativo. e)objetiva as informações. 17 Resposta: b 18 (2016/Banca: ESAF) Assinale o trecho em que foram plenamente atendidas as regras de emprego dos sinais de pontuação. a)No AltoXingu, após um ano sem se pintar, sem festejar, sem cortar o cabelo, a família do chefe morto chora, pela última vez, e volta à vida cotidiana. Antes porém, convida todos os povos xinguanos, para uma comemoração de final de luto: o Quarup. b)Juntos, os povos xinguanos homenageiam o chefe morto, representado na festa, por um tronco de madeira pintado e decorado; a existência e o exemplo do chefe ficam assim, gravados na memória das futuras gerações. c)Contra a morte, nada se pode fazer, a não ser lembrar do morto. É o que nos ensina o mito de origem do Quarup, segundo o qual os gêmeos Sol e Lua, ao final de longa saga, tentam, em vão, trazer a mãe de volta à vida. d)A mãe dos gêmeos que fora feita de madeira nobre e se casara com um chefe-jaguar, partira para a aldeia dos mortos. Sol e Lua decidem então, homenageá-la com uma festa, na qual reúnem o povo dos peixes e dos animais de pelo. e)Com a mesma madeira rija de que era feita a mãe, erguem no centro da aldeia, um tronco, imagem viva da memória dela. Desde então, toda vez que um chefe morre no Alto Xingu, realiza-se a festa do Quarup. (Adaptado de Tisakisü: tradição e novas tecnologias da memória, Museu do Índio/Funai, p.71.) 18 Resposta: c 19 (2016/Banca: CESPE) Com relação a aspectos linguísticos do texto CB8A1BBB, julgue o item subsequente. Seriam mantidas a correção gramatical e as informações veiculadas no texto caso o ponto final empregado logo após “tempo” (l. 7) fosse substituído por dois-pontos, da seguinte forma: D. João não perdeu tempo: no dia 10 de março (...). Certo Errado 19 Resposta: certo Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 20 (2016/Banca: Quadrix) Sobre o último quadrinho, assinale a afirmação correta. a)O uso do sinal indicativo de crase em “à noite” está equivocado. b)A palavra “promoção”, no contexto em que aparece, significa “redução de preços” c)A forma verbal “possa” está no futuro do pretérito do modo indicativo. d)A interrogativa que inicia a fala faz imaginar que o interlocutor do funcionário do depósito tenha pedido uma sugestão a ele. e)A forma verbal “recebendo” participa de uma locução verbal cujo verbo auxiliar é “estar”. 20 Resposta: d 21 (2016/Banca: Quadrix) Falso dentista é preso1 e confessa atuar há mais de 16 anos, diz polícia Ele foi preso em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Homem de 57 anos foi flagrado2 após fazer extração dental em paciente. Um homem de 57 anos foi detido3 , em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, na manhã de quarta-feira (18), após ser flagrado atuando ilegalmente como cirurgião-dentista, segundo informações da Polícia Militar. Ele confessou à polícia que trabalhava sem formação há mais de 16 anos. A polícia recebeu denúncia do Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA). Uma guarnição do 1º Pelotão da 77ª Companhia Independente de Polícia Militar foi até o local e encontraram o suspeito, que tinha acabado de realizar uma extração dental em um paciente. No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento. Os policiais encontraram condições precárias de higiene no imóvel onde ele atuava, na Rua da Barragem, no bairro Guarani. Segundo a PM, o falsodentista foi autuado pelo crime de exercício ilegal da profissão e, se condenado, pode ficar preso de seis meses a dois anos. (g1.globo.com. Acesso em Junho/2016.) A respeito da pontuação no trecho “No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento.”, assinale a alternativa correta. a)Depois de “outros pacientes” deveria obrigatoriamente ter sido empregada uma vírgula. b)A vírgula depois de “no local” foi corretamente empregada. c)O ponto empregado depois de “atendimento” não tem qualquer justificativa gramatical. d)A vírgula depois de “no local” deve ser, obrigatoriamente, substituída por ponto e vírgula. e)Deveria ter sido empregada uma vírgula entre “aguardavam” e “atendimento”. 21 Resposta: b 22 (2016/Banca: AMEOSC) Sobre os sinais de pontuação, julgue os itens abaixo em verdadeiro (V) ou falso (F). Em seguida, assinale a alternativa com a ordem correta das respostas, de cima para baixo: (__) A vírgula, o ponto e o ponto e vírgula marcam exclusivamente uma pausa na fala do locutor. (__) Os parênteses que isolam a expressão “OMC” (linha 2) poderiam ser corretamente substituídos por colchetes, mantendo-se o sentido original do Texto 01. (__) Como outros sinais melódicos, as reticências têm certo valor pausal, que é mais acentuado quando elas se combinam com outro sinal de pontuação. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com a)F – F – F. b)F – F – V. c)V – F – V. d)V – V – F. 22 Resposta: b 23 (2016/Banca: CONSULPLAN) A AIDS na adolescência A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionadas à sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por HIV, fazendo-se necessária a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência. Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente, as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática. Existem algumas características comportamentais, socioeconômicas e biológicas que fazem com que os jovens sejam um grupo propenso à infecção pelo HIV. Dentre as características comportamentais, destaca-se a sexualidade entre os adolescentes. Muitas vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o preservativo quando em relacionamentos estáveis, justificando que seu uso pode gerar desconfiança em relação à fidelidade do casal, apesar de que, no mundo, hoje, o uso de preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o outro. Observa-se, também, que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de serem abandonadas ou maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa de segurança, negando os riscos inerentes ao não uso dopreservativo. Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido pelos meios de comunicação, frequentemente direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unificando padrões de comportamento, independente da tradição cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo como algo não planejado e comum, dizendo que “todo mundo faz sexo, mas poucos adoecem”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com (Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3867/-1/a-aids-na-adolescencia.html. Adaptado. Acesso em: 19/04/2016.) “Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos.” (2º§) No trecho anterior, o ponto final ( . ) foi utilizado para a)marcar uma transcrição. b)enfatizar uma expressão. c)anteceder uma explicação. d)indicar dúvida ou incerteza. e)marcar pausa de longa duração. 23 Resposta: e 24 (2016/Banca: CONSULPLAN) A AIDS na adolescência A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionadas à sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por HIV, fazendo-se necessária a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência. Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente, as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática. Existem algumas características comportamentais, socioeconômicas e biológicas que fazem com que os jovens sejam um grupo propenso à infecção pelo HIV. Dentre as características comportamentais, destaca-se a sexualidade entre os adolescentes. Muitas vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o preservativo quando em relacionamentos estáveis, justificando que seu uso pode gerar desconfiança em relação à fidelidade do casal, apesar de que, no mundo, hoje, o uso de preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o outro. Observa-se, também, que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de serem abandonadas ou maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa de segurança, negando os riscos inerentes ao não uso do preservativo. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido pelos meios de comunicação, frequentemente direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unificando padrões de comportamento, independente da tradição cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo como algo não planejado e comum, dizendo que “todo mundo faz sexo, mas poucos adoecem”. (Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3867/-1/a-aids-na-adolescencia.html. Adaptado. Acesso em: 19/04/2016.) “Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos.” (2º§) No trecho anterior, o ponto final ( . ) foi utilizado para a)marcar uma transcrição. b)enfatizar uma expressão. c)anteceder uma explicação. d)indicar dúvida ou incerteza. e)marcar pausa de longa duração. 24 Resposta: e 25 (2016/Banca: IF-PE) TEXTO 04 Crônica da cidade do Rio de Janeiro No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os netos dos escravos encontram amparo. Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e apontando seu fulgor, diz, muito tristemente: - Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar Ele daí. - Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se preocupe: Ele volta. A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos. Cristo sozinho não basta. (GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2009.) Observe as construções “Não se preocupe: Ele volta” e “os atabaques, ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos. Cristo sozinho não basta.” Se fosse possível substituir os sinais em destaque por conjunções, quais poderiam ser para que o sentido não se alterasse? a)Em ambas as construções, os sinais de pontuação podem ser substituídos pela conjunção “porém”. b)Na primeira sentença, os dois pontos seria substituído por “porque” e na segunda, o ponto final seria substituído por “porém”. c)Na primeira construção, substitui-se os dois pontos por “e” e na segunda, o ponto final é trocado por “pois”. d)Nas duas construções, os sinais de pontuação poderiam ser substituídos pela conjunção “porque”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e)Nas duas sentenças, os sinais de pontuação podem ser substituídos pela conjunção “portanto”. 25 Resposta: d 26 (2016/Banca: INQC) Instrução: a questão referem-se ao texto que segue. Novo slogan político Rubem Alves ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Editora Planeta, 2008, p. 17. Assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. ( ) As duas vírgulas da linha 01 assinalam um termo deslocado. ( ) O ponto final logo após a palavra “possíveis” (linha 04) poderia ser substituído por uma vírgula sem acarretar prejuízo na frase. ( ) A vírgula da linha 05 introduz uma oração explicativa. A alternativa que apresenta a sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a)V – F – V. b)F – V – V. c)V – V – V. d)F – F – F. e)V – F – F. 26 Resposta: c 27 (2016/Banca: IADES) Texto 4 para responder a questão. Disponível em: <https://www.facebook.com/144852295611356/photos/a. 312394102190507.68505.144852295611356/825791637517415/?type=3&t heater>. Acesso em: 24 nov. 2015. O ponto de exclamação utilizado na frase “Feliz Dia dos Pais!” a)indica um espanto diante da mensagem. b)reforça o desejo expresso pela mensagem. c)revela uma desconfiançadiante do que se fala. d)reafirma a ausência de sentimento na mensagem. e)questiona indiretamente o conteúdo da mensagem. 27 Resposta: b 28 (2016/Banca: IESES) Quando a frase, oração ou período terminam com a palavra etc. ou outra abreviatura, assinale a opção correta: a)Usa-se o ponto da abreviatura e o ponto final (etc..). b)Usa-se apenas o ponto da abreviatura, que, no caso, tem dupla serventia (etc.). c)Não se deve terminar frase, oração ou período com abreviatura. d)Usam-se três pontos (reticências). Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e)Usa-se um ou outro, tanto faz. 28 Resposta: b 29 (2016/Banca: IESES) Quando a frase, oração ou período terminam com a palavra etc. ou outra abreviatura, assinale a opção correta: a)Usa-se um ou outro, tanto faz. b)Usa-se o ponto da abreviatura e o ponto final (etc..). c)Usa-se apenas o ponto da abreviatura, que, no caso, tem dupla serventia (etc.). d)Usam-se três pontos (reticências). e)Não se deve terminar frase, oração ou período com abreviatura. 29 Resposta: c 30 (2016/Banca: FCC) Medo da eternidade Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. − Não acaba nunca, e pronto. Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. Perder a eternidade? Nunca. O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. − Acabou-se o docinho. E agora? − Agora mastigue para sempre. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 06 de junho de 1970 (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91) Atente para as afirmações abaixo. I. Em Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade (1º parágrafo), os adjetivos empregados para qualificar essecontato visam estabelecer um contraste com os acontecimentos que serão efetivamente narrados, deixando entrever a sugestão da autora de que esses fatos, aparentemente importantes, seriam na verdade banais e corriqueiros. II. Em Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita (15º parágrafo), a repetição do verbo “mastigar”, cujo início ecoa ainda na conjunçãoMas que inicia a frase seguinte, busca sugerir no campo da própria expressão o que havia de repetitivo nessa atividade e o aborrecimento que já advinha do mascar da goma insossa. III. Em – Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!(18º parágrafo), o reiterado emprego do sinal de exclamação sugere o exagero próprio do fingimento. Está correto o que se afirma APENAS em a)I e II. b)I e III. c)I. d)III. e)II e III. 30 Resposta: e 31 (2016/Banca: VUNESP) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com O papel da tecnologia Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o impacto do avanço tecnoló- gico em nossa vida. A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe. Por um lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras empresas e uma multidão de trabalhadores. Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que faz o mundo andar. [...] A tecnologia também cria novos desafios e causa mudanças comportamentais que provocam discussão. Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as conquistas humanas apresentam a característica de modificar nossos hábitos – nem todos para melhor. Mas são inegáveis os avanços proporcionados pela evolução técnica. (Carta de Exame. São Paulo: Editora Abril. ed. 1092, 24.06.2015. Adaptado) Leia a frase: A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe. Assinale a alternativa em que, alterando-se a ordem das palavras, a frase está pontuada corretamente, com preservação do sentido original do texto. a)A razão é clara: a um tempo as novas tecnologias são, dependendo do ângulo por que se olhe motivo de alegria e tristeza. b)As novas tecnologias – a razão é clara – dependendo do ângulo por que se olhe a um tempo, são motivo de alegria e tristeza. c)Dependendo do ângulo por que se olhe as novas tecnologias, a um tempo são motivo de alegria e tristeza: a razão é clara. d)A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo doângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza. e)A um tempo a razão é clara; dependendo do ângulo por que se olhe, as novas tecnologias são motivo de alegria e tristeza. 31 Resposta: d 32 (2016/Banca: Instituto Legatus) Texto 1 - Que país é este? Imagine um país onde as pessoas só se preocupam com as aparências e escolhem suas profissões não por vocação ou pelo desejo de ser úteis à coletividade, mas apenas pelas vantagens pessoais e “pelo brilho do uniforme”. Imagine que lá os bacharéis em Direito, Medicina e Engenharia têm direito à prisão especial, mesmo que cometam os crimes mais repugnantes. E ninguém reclama, porque o povo tem um respeito quase religioso pelos nobres bacharéis. Trata-se de um país essencialmente agrícola; mas, paradoxalmente, não há de fato agricultura, porque tudo ali está baseado em latifúndio, monocultura e trabalho quase escravo. Lá, a pobreza no campo é geral. A população vive oprimida por chefões políticos inúteis e por latifundiários que preferem viver nas cidades a trabalhar nas fazendas para produzir riquezas que possam ser compartilhadas com os trabalhadores. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Ainda que aquele país tenha uma população numerosa e miserável, os políticos incentivam a imigração em massa, em vez de investirem na população local e dividirem a riqueza do país com quem já vive nele. Grande parte dos fazendeiros vive à custa do café, que é a maior riqueza daquele país, mas também sua maior pobreza. Isso porque o preço do café é artificialmente controlado pelo governo, que desembolsa fortunas do dinheiro público para que o negócio das oligarquias se mantenha sempre lucrativo. Os habitantes de lá sonham em viver fora do país, de modo que, como Robson Crusoé, a maioria se concentra no litoral, à espera de um navio que os carregue para terras melhores. Os poderosos de lá, imaginem! Querem mais ser admirados nos países estrangeiros do que dentro do próprio país. E desprezam grande parte da população, até por preconceito de cor. Naquele país ninguém vota em quem quer, mas em quem os poderosos mandam. E – coisa assombrosa – até os votos mortos votam. (Hélio Seixas Guimarães. In: Os Bruzungangas. Lima Barreto. São Paulo: FTD, 2013) Analise o excerto abaixo, retirado da música “Que país é este?”, de Renato Russo, cantor do grupo Legião Urbana, grupo musical brasileiro da década de 80, para responder à questão. Texto 2 – Que país é este? Nas favelas, no senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a constituição Mas todos acreditam no futuro da nação [...] No Amazonas, no Araguaia, na Baixada fluminense No Mato Grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo em paz Na morte eu descanso mas o sangue anda solto Manchando os papéis, documentos fiéis Ao descanso do patrão [...] Terceiro Mundo se for Piada no exterior Mas o Brasil vai ficar rico [...] Link: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/quepais-e-esse.html#ixzz3v9i2CUd2 Com a leitura global dos dois textos e analisando-se as relações intertextuais, pode-se afirmar que a interrogação tem efeito de: a)Uma pergunta retórica aos cidadãos, a fim de que alguém responda o que os autores não conseguem responder. b)Uma exclamação exprimindo dúvida acerca de que lugar o enunciador se encontra no momento da enunciação. c) Uma pergunta políticos inúteis e por latifundiários que preferem viver nas cidades, a fim de que eles respondam o que fazem com as riquezas do país. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d)Uma exclamação exprimindo o descontentamento de ambos os enunciadores com o país em que vivem e as injustiças sociais que vislumbram. e)Uma pergunta que será respondida ao longo dos textos com o nome dos países, Bruzundangas e Brasil. 32 Resposta: d 33 (2015/Banca: CESPE) Seriam preservados o sentido original e a correção gramatical do texto A responsabilidade das empresas no processo eleitoral caso a)o nome próprio “Karl-Heinz Nassmacher" (l. 21 e 22) fosse isolado por vírgulas. b)o travessão utilizado logo após o trecho “de partido para partido" (l.31) fosse suprimido. c)o ponto empregado logo após “anos" (l.2) fosse substituído por dois-pontos. d)o trecho “sob o termo 'reforma política'" (l. 7 e 8) fosse isolado por vírgulas. e)a vírgula empregada logo após “Political Finance Database" (l.16) fosse suprimida. 33 Resposta: d 34 (2015/Banca: CESPE) A respeito do emprego dos sinais de pontuação no texto Pelo fim do doping eleitoral, assinale a opção correta. a)O emprego de vírgula logo após “saneador" (l.7) preservaria o sentido original do período. b)As aspas foram empregadas tanto em 'doações' (l.21) quanto em 'gratuita' (l.23) com a mesma finalidade. c)A supressão da vírgula empregada logo após “se" (l.20) manteria a correção gramatical do texto. d)Caso a vírgula empregada logo após “eleitoral" (l.11) fosse substituída por ponto final, a correção gramatical do texto seria mantida. e)Os dois-pontos empregados logo após “falácia" (l.13) introduzem uma enumeração. 34 Resposta: b 35 (2015/Banca: FCC) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi. Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa, e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos. Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema panfletário? Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre marcado por esse poderoso símbolo de resistência. Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho cadernocom o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha própria estrela. (Adaptado de: GUERRA, Luiz, "Boi no Asfalto", Disponível em: www.recantodasletras.com.br. Acessado em: 29/10/2015) Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria... (3° parágrafo) Mantendo-se a correção, uma pontuação alternativa para o trecho acima encontra-se em: a)− Vamos! confesse − confesso: − Eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era, exatamente, isso o que eu queria. b)− Vamos − confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria). c)− Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria. d)− Vamos: − Confesse. − Confesso: eu queria um boi − perdido no asfalto −; sei que era exatamente isso o que eu queria. e)− Vamos − confesse: confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto − sei que era exatamente isso o que eu queria. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 35 Resposta: c 36 (2015/Banca: FCC)Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. O rio Paraíba corria bem próximo ao cercado. Chamavam-no "o rio". E era tudo. Em tempos antigos fora muito mais estreito. Os marizeiros e as ingazeiras apertavam as duas margens e as águas corriam em leito mais fundo. Agora era largo e, quando descia nas grandes enchentes, fazia medo. Contava-se o tempo pelas eras das cheias. Isto se deu na cheia de 93, aquilo se fez depois da cheia de 68. Para nós meninos, o rio era mesmo a nossa serventia nos tempos de verão, quando as águas partiam e se retinham nos poços. Os moleques saíam para lavar os cavalos e íamos com eles. Havia o Poço das Pedras, lá para as bandas da Paciência. Punham-se os animais dentro d’água e ficávamos nos banhos, nos cangapés. Os aruás cobriam os lajedos, botando gosma pelo casco. Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. O leito do rio cobria-se de junco e faziam-se plantações de batata-doce pelas vazantes. Era o bom rio da seca a pagar o que fizera de mau nas cheias devastadoras. E quando ainda não partia a corrente, o povo grande do engenho armava banheiros de palha para o banho das moças. As minhas tias desciam para a água fria do Paraíba que ainda não cortava sabão. O rio para mim seria um ponto de contato com o mundo. Quando estava ele de barreira a barreira, no marizeiro maior, amarravam a canoa que Zé Guedes manobrava. Vinham cargueiros do outro lado pedindo passagem. Tiravam as cangalhas dos cavalos e, enquanto os canoeiros remavam a toda a força, os animais, com as cabeças agarradas pelo cabresto, seguiam nadando ao lado da embarcação. Ouvia então a conversa dos estranhos. Quase sempre eram aguardenteiros contrabandistas que atravessavam, vindos dos engenhos de Itambé com destino ao sertão. Falavam do outro lado do mundo, de terras que não eram de meu avô. Os grandes do engenho não gostavam de me ver metido com aquela gente. Às vezes o meu avô aparecia para dar gritos. Escondia-me no fundo da canoa até que ele fosse para longe. Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos na beira do rio e não havia ninguém. O Paraíba dava somente um nado e corria no manso, sem correnteza forte. Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa comigo, e quando procurou manobrar era impossível. A canoa foi descendo de rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força que pudesse contê-la. Pus-me a chorar alto, senti-me arrastado para o fim da terra. Mas Zé Guedes, vendo a canoa solta, correu pela beira do rio e foi nos pegar quase que no Poço das Pedras. Ricardo nem tomara conhecimento do desastre. Estava sentado na popa. Zé Guedes porém deu-lhe umas lapadas de cinturão e gritou para mim: − Vou dizer ao velho! Não disse nada. Apenas a viagem malograda me deixou alarmado. Fiquei com medo da canoa e apavorado com o rio. Só mais tarde é que voltaria ele a ser para mim mestre de vida. (REGO, José Lins do. "O Rio". In: VV.AA. O Melhor da Crônica Brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1997, p. 43) Dadas as alterações, a frase do texto cuja a pontuação está correta é: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com a)Ricardo desatou a corda − meteu-se na canoa comigo – e: quando procurou, manobrar era impossível. (3º parágrafo) b)Os aruás cobriam, os lajedos botando gosma, pelo casco: nas grandes secas, o povo comia aruá que tinha gosto de lama. (1º parágrafo) c)Ouvia, então, a conversa dos estranhos − quase sempre eram aguardenteiros contrabandistas que, vindos dos engenhos de Itambé, atravessavam com destino ao sertão. (3º parágrafo) d)Os grandes do engenho não gostavam, de me ver metido com aquela gente às vezes: escondia-me, quando o meu avô aparecia, para dar gritos no fundo da canoa; até que ele fosse para longe. (3º parágrafo) e)Havia lá para as bandas da Paciência, o Poço das Pedras; punham-se os animais dentro d'água, e ficávamos nos banhos nos cangapés. (1º parágrafo) 36 Resposta: c 37 (2015/Banca: VUNESP) Leia o trecho seguinte. O advogado indispensável à administração da Justiça é defensor do Estado democrático de direito da cidadania da moralidade pública da Justiça e da paz social subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. (Código de ética e disciplina da OAB, Cap. I, Art. 2°, www.oab.org.br/arquivos/pdf/LegislacaoOab/codigodeetica.pdf. Adaptado) Assinale a alternativa em que o texto apresentado está corretamente pontuado. a)O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. b)O advogado indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático, de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado, à elevada função pública que exerce. c)O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social. Subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. d)O advogado indispensável, à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social; subordinando a atividade do seu Ministério Privado, à elevada função pública que exerce. e)O advogado indispensável, à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social; subordinando a atividade do seu MinistérioPrivado à elevada função pública, que exerce. 37 Resposta: a 38 (2015/Banca: Itame) Das frases abaixo, qual está devidamente pontuada e traz o emprego correto da crase? a)Não existe como verificar qual à boa decisão, pois não existe termo de comparação. b)Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena às pressas, sem nunca ter ensaiado. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)Mas o que pode valer à vida se o primeiro ensaio já é a própria vida? É isso que faz com que, a vida pareça sempre um esboço d)No entanto mesmo “esboço” não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, à preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro. 38 Resposta: b 39 (2015/Banca: FCC) Recém-chegado a Roma em 1505, Michelangelo Buonarroti foi contratado para fazer aquela que vislumbrava como a obra de sua vida. O jovem que acabara de se consagrar como escultor do Davi recebeu a incumbência de criar o futuro túmulo do papa Júlio II. O projeto consistia no maior conjunto de esculturas desde a antiguidade. Mas Júlio II mudou de ideia: antes de fazer o túmulo, resolveu reconstruir a Catedral de São Pedro. Com o adiamento, Michelangelo recebeu um prêmio de consolação: pintar o teto de uma capela de uso reservado que se encontrava em estado deplorável. Michelangelo resistiu a pintar a capela não apenas por julgar que seria um projeto menor. Relatos indicam que, na raiz disso, havia uma forte insegurança. O artista, que se considerava um escultor, cortava de forma peremptória quando lhe pediam uma pintura: “não é minha profissão”. Hoje, é curioso imaginar que o criador do teto da Capela Sistina possa ter resistido a seu destino. Michelangelo fez fortuna servindo a sete papas e a outros tantos notáveis, como o clã florentino dos Medici. Nem sempre, porém, entregava o que prometia. Para sobreviver, enfim, Michelangelo teve de enfrentar questões que afligem os seres humanos em qualquer tempo. Como no caso de sua resistência a trocar a escultura pela pintura, quem nunca tremeu nas bases ao ser forçado a sair de sua zona de conforto? Em matéria de pressão competitiva, a arte renascentista não diferia tanto do ambiente de busca pelo alto desempenho das corporações modernas. O jovem Michelangelo penou para demonstrar o valor de seu gênio numa Florença dominada por estrelas veteranas como Leonardo da Vinci. O corpo humano foi o campo de batalha artística de Michelangelo. Como definiu o pintor futurista Umberto Boccioni (1882-1916), essa era sua “matéria arquitetônica para a construção dos sonhos”. Michelangelo criou corpos perfeitos, mas irreais: o Davi tem musculatura de homem adulto, mas compleição de menino. Com isso, o artista resgatava a imagem juvenil dos deuses gregos. (Adaptado de Revista VEJA. Edição 2445, 30/09/2015) Atente para o que se afirma abaixo. I. No segmento Com o adiamento, Michelangelo recebeu um prêmio de consolação: pintar o teto de uma capela de uso reservado..., os dois-pontos introduzem um esclarecimento. II. Sem prejuízo do sentido, podem ser suprimidas as vírgulas do segmento: O artista, que se considerava um escultor, cortava de forma peremptória... III. No terceiro parágrafo, o sinal de interrogação pode ser suprimido por se tratar de uma pergunta retórica. Está correto o que se afirma APENAS em: a)II e III. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com b)I e II. c)I. d)II. e)I e III. 39 Resposta: c 40 (2015/Banca: Quadrix) Para responder à questão, leia a tirinha abaixo. Assinale a alternativa que contenha uma afirmação correta a respeito da pontuação empregada na tirinha. a)No último quadrinho, a vírgula foi empregada incorretamente, porque está separando o verbo e seu sujeito. b)No primeiro quadrinho, o emprego dos dois-pontos configura erro grave. c)No segundo quadrinho, a vírgula não deveria ter sido usada, no contexto em que aparece, pois causa incoerência. d)Os pontos de exclamação utilizados indicam que as personagens estão tristes. e)No primeiro quadrinho, a vírgula empregada é obrigatória, para se destacar o vocativo. 40 Resposta: e 41 (2015/Banca: VUNESP) Assinale a alternativa em que o emprego dos sinais de pontuação e do sinal indicativo de crase está de acordo com a norma-padrão. a)Foram enviadas a Reitoria da Universidade, às reivindicações dos alunos para abertura, de turmas: noturnas. b)Pergunto se toda a documentação foi encaminhada à Sua Excelência, o Ministro para análise da viabilidade de atendimento? c)Serão feitas admissões à partir do próximo mês portanto, não perca essa oportunidade, você que, está interessado. d)Foram apresentadas emendas ao projeto, para adequá-lo à exigência do cliente, a saber, antecipação do prazo de execução. e)O que podemos dizer à estas pessoas é que: ainda não temos o produto disponível, para entrega. 41 Resposta: d 42 (2015/Banca: INSTITUTO AOCP) Analise a tirinha e assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma. a) No primeiro quadrinho, o verbo conjugado em “vou usar” está no tempo futuro, tanto que a locução pode ser substituída por “usarei”. b)No primeiro quadrinho, a oração “para enviar um currículo” expressa finalidade, tanto que o objetivo do personagem foi alcançado depois. c) No segundo quadrinho, o verbo “tem” é utilizado como verbo de existência, e não de posse. Por isso, poderia ser substituído por “existe”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d)No terceiro quadrinho, a vírgula, após a palavra “positivo”, justifica-se tendo em vista o vocativo “amigão” na sequência. e)No terceiro quadrinho, as exclamações expressam a euforia do personagem. 42 Resposta: a 43 (2015/Banca: IESES) Assinale a opção correta da pontuação cabível neste período: Disse Charles Chaplin A humanidade não se divide em heróis e tiranos as suas paixões boas e más foram-lhes dadas pela sociedade não pela natureza a)dois pontos (:), abrir aspas, um ponto e vírgula, três vírgulas, um ponto e fechar aspas. b)dois pontos (:), abrir aspas, quatro vírgulas, um ponto e fechar aspas. c)dois pontos (:), abrir aspas, três vírgulas, um ponto e fechar aspas. d)dois pontos (:), abrir aspas, um ponto e vírgula, duas vírgulas, fechar aspas e ponto. 43 Resposta: a 44 (2015/Banca: CAIP-IMES) Deu Branco Branco é o papel antes da ideia, a tela do computador antes da letra, da crônica, do poema, do romance, da carta, da sentença! Que coisa é o branco? O branco é vário, diz uma coisa a cada um. Branco é o lençol antes da noiva. É o bilhete de loteria de quem não teve sorte. É o voto desiludido. Branco é o quadro abstrato do pintor russo Kazimir Malevich, Branco sobre Branco, a provar que sempre existe um branco mais branco que outro branco, e outro menos branco, e então como é que fica, meu branco? Branca era a Grécia antes de Roma — acrópole de mármoreao sol, barcos brancos riscando o azul, claras casas calcificadas, mulheres de túnica branca à espera de qualquer tragédia. Branca é a bandeira da trégua, a pomba da paz, a tela antes da lambida do pincel, a toalha da mesa antes do molho, é a carne da dieta, a zebra nos intervalos. É a falha da fala, ficar sem rumo: deu branco! Branco é o envelope antes do endereço, o roupão do hotel cinco-estrelas, o avental do cirurgião antes do corte! O leite, o arroz, o ovo, o açúcar, o sal, a farinha, cada qual tem seu branco particular e distintivo: o branco aprisionado do leite no copo, o aconchegado do arroz fumegante, a enganosa vestimenta do ovo, o brilho à Swarovski do açúcar cristal, o solúvel amontoado do sal, o domingueiro da farinha — brancos só até a chegada da fome, que é negra. Havia coisas cujo branco nos marcou, e onde estão, hein? Onde estão: a roupa íntima, cuja brancura foi destronada pelo arco-íris; o terno branco de linho, coitado, relegado a figurino; a banda externa dos pneus de luxo; a lua cheia urbana, que a poluição amarelou; o hábito das freiras, que já não é um hábito; a luva pop de Michael Jackson; a camisa branca dos escritórios, de perdida unanimidade; as paredes e os muros preferidos pelos pichadores, em que mais nos agride sua insânia. Brancos símbolos de dignidade restam esmaecidos, como os cabelos de tantos velhinhos marotos... Há boas-vindas perturbadoras nos dentes brancos de um sorriso... Há brancas surpresas nos escondidos do corpo de certas mulheres... Há a calma branca do silêncio após a eloquência amorosa... Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Nós nos habituamos à simbologia do branco: paz, castidade, pureza, fé, iniciação, a pomba, o vestido da noiva, a camisolinha dos anjinhos mortos, a toalha do altar, as vestes do batismo, da primeira comunhão, do candomblé. Mas há representações mais grandiloquentes, como o cavalo branco dos heróis, símbolo de majestade e beleza vitoriosa: o alado Pégaso mitológico, o vistoso cavalo do mocinho dos bangue-bangues, o fogoso corcel do quadro Napoleão Cruzando os Alpes, pintado por Jacques-Louis David, empinando-se glorioso no alto da montanha nevada. (Quando meninos, perguntavam-nos: “Qual é a cor do cavalo branco de Napoleão?”. Se dizíamos “branco”, levávamos vaia, o certo era “branca”, a cor.) Branca de Neve não é só uma historinha do folclore medieval do norte europeu, compilada junto com outras lendas pelos irmãos Grimm, alemães. A menina-moça branca como a neve, adormecida por uma maçã enfeitiçada e mantida num caixão de vidro como se morta estivesse, vestida de branco dos pés à cabeça, é símbolo da pureza feminina que guarda-se para iniciação. Entrada na adolescência, Branca de Neve hiberna, espera, adormecida, a chegada do seu momento de desabrochar, aguarda o príncipe que a fará despertar com um beijo, para ser mulher. Ah, faltou falar do lenço branco do adeus. Está falado. Ivan Angelo Disponível em: Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/ Analise os itens abaixo, coloque (C) para correto ou (E) para errado. ( ) Todas as palavras, retiradas do texto, dependendo do contexto, podem ser usadas com ou sem acento. “hábito" – “silêncio" – “até" – “vário" – “está". ( ) Todas as palavras abaixo se escrevem com “sc" como “adolescência". fa__ínio – mi__igenação – plebi__ito – tran__ende. ( ) Todas as palavras, retiradas do texto, estão corretas quanto à divisão silábica. ci-rur-gião – a-pri-si-o-na-do – a-ma-re-lou – des-a-bro-chou. ( ) A pontuação está correta nos dois períodos abaixo. Os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos? Os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos! ( ) O uso do acento grave que indica a crase está correto na frase abaixo. Assuntos ligados à problemas jurídicos. ( ) O período abaixo se encontra na Voz Passiva. “... a roupa íntima, cuja brancura foi destronada pelo arco-íris;" Assinale a alternativa correta. a)E – C – C – C – C – E. b)C – C – E – E – E – C. c)C – E – C – C – C – E. d)E – E – E – C – E – C. 44 Resposta: b 45 (2015/Banca: MGS) Marque a alternativa que apresenta frase exclamativa: a)Os casais saíram para jantar? b)Bons ventos o levem! c)O cliente pagou o copo de suco? d)Maria depositou dinheiro em sua conta bancária. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 45 Resposta: b 46 (2015/Banca: FUNCAB) Desenredo Do narrador seus ouvintes: - Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel. Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano. Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo. [...] Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções. Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso. [...] Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios. Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino. Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se. [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta. Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências,o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento. Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida. E pôs-se a fábula em ata. ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40. Vocabulário frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático. Sobre o texto leia as afirmativas a seguir. I. A pontuação dá ao conto uma característica de lentidão, detalhamento com intenção de prender a atenção do leitor sobre o que se conta. II. O narrador acumula duas funções: contador de estórias e a de comentarista que analisa as situações, filosofa sobre o assunto, trazendo o leitor para o presente, o tempo da enunciação. III. A abordagem do nome da personagem pouco acrescenta na compreensão do texto. Está correto apenas o que se afirma em: a)I e III. b)III. c)II e III. d)I. e)I e II. 46 Resposta: e 47 (2015/Banca: CONSULPAM) Texto I Quando a gente olha para os oceanos, para os rios e lagos, a Terra parece ter muita água. Quase 3/4 da superfície são cobertos por oceanos, de acordo com o planeta azul visto do espaço. Mas será que é tudo isso? Na realidade, a camada de água dos oceanos é fina e, por isso, a quantidade de água é relativamente pequena. Se a Terra fosse do tamanho de uma bola de basquete, toda a água do planeta caberia dentro de uma bolinha de ping pong. E mais: dessa bolinha de ping pong, quase tudo, 97,5% é água salgada. E, desse pouquinho que sobra, 70% é agua congelada nos polos e nas geleiras, 30% está debaixo da Terra e apenas 0,3% é água potável, acessível nos lagos e rios. E essa água está mal distribuída. Sobra em algumas regiões e falta em outras. Soma a isso o fato de várias regiões do mundo estarem passando por secas mais prolongadas, como o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que está entrando no quarto ano seguido de seca. O ano de 2013 foi o mais seco em 120 anos, diz o climatologista do governo americano, Michael Anderson. Ele prevê para este ano um novo recorde de pouca chuva e altas temperaturas. O nível dos reservatórios baixou. Paul Boyer, da Self-Help Enterprises Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com diz que o lençol de água subterrânea, que deveria ter subido nos primeiros meses do ano, ficou estático. Para ele, a crise ainda vai piorar antes de melhorar. A situação também pode piorar no Nordeste brasileiro. Em São Miguel, Rio Grande do Norte, cidade de 23 mil habitantes, ninguém recebe mais conta de água porque ela acabou em dezembro passado, quando o açude secou. Desde que a água encanada acabou, a cidade se movimenta basicamente em torno de um objetivo: conseguir água, vender e comprar água, transportar água, carregar baldes d’água, situação que deve se manter por um bom tempo porque as autoridades locais não estão vendo uma solução em curto prazo. A crise também bateu na porta da rica região Sudeste do Brasil. Os dois maiores reservatórios que atendem a Grande São Paulo, Cantareira e Alto Tietê, estão com níveis críticos. O Cantareira, o mais importante deles, entrou no volume morto em maio do ano passado e nunca mais saiu. O presidente da Agência Nacional de Água (ANA), Vicente Andreu Guillo, reconhece que o Brasil tem um nível muito baixo de água reservada e reclama que a legislação ambiental pouco flexível não ajuda. Cingapura não cometeu esse erro. Conservando água, uma ilha pequena que era pobre quando pertencia à Malásia, hoje é uma cidade-estado rica e high tech. À época da Independência, 50 anos atrás, a maior parte da água consumida em Cingapura era importada da Malásia, que fica do outro lado. Hoje, a cidade-estado tem reservatórios que satisfazem às suas necessidades. Atualmente a escassez de água afeta mais de 40% da população do nosso planeta, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Ela prevê que, até 2025, ou seja, em apenas 10 anos, 1,8 bilhão de pessoas estarão vivendo em países ou regiões com absoluta escassez de água. (Extraído e adaptado de: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/08/. Acesso em: 31/08/2015) Na figura acima, há uma estratégia linguística que contribui para a elaboração do sentido no texto, identifique-a. a)O emprego das palavras “seca” e “cerca”, quase homófonas, contribui para um efeito em que se neutralizariam, porém o significado de “cerca”, como delimitação da propriedade privada, dos ricos, confere uma orientação argumentativa contrária ao efeito da homofonia. b)A imagem do chão batido, rachado, com o mandacaru, símbolo da resistência do povo do Nordeste, oferece um contraste relativo ao outro lado da cerca, representando o fato de haver seca no Nordeste, mas não no Sudeste. c)O fato de utilizar “seca” e “cerca” não oferece, pela imagem, uma leitura adequada. d)A utilização de um ponto exclamativo ao final da oração funciona de modo a demonstrar a inviabilidade de continuar distribuindo de modo injusto a água no planeta. 47 Resposta: a 48 (2015/Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) Considerar o texto VI, para responder à questão. Texto VI: O copo ou o sapato? Sempre me pareceu um pouco absurdo, até mesmo cruel, comparar um filme com o livro que lhe deu origem. É como se me perguntassem: “o que você prefere, um copo ou um sapato?” Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Naturalmente, um copo é mais adequado para beber do que um sapato. Em contrapartida, prefiro sapato para caminhar. A primeira grande diferença entre um livro e um filme tem a ver com os custos da sua produção, algo que se reflete na liberdade de criação e, portanto, no objeto final. Explico-me: um romance fica barato. Escrever continua a ser um trabalho solitário, silencioso, artesanal. Um filme, pelo contrário, custa rios de dinheiro, e envolve um vasto número de pessoas. Um diretor nunca está sozinho. Frequentemente é forçado a fazer compromissos, escolhendo caminhos em que não acredita totalmente. José Eduardo Agualusa.O Globo, 25/05/2015. Fragmento. “O que você prefere, um copo ou um sapato?” Essa interrogação é apresentada no texto para marcar: a)a dificuldade de se fazer um filme. b)a diferença entre literatura e cinema. c)a importância da literatura. d)a soberania do escritor sobre o roteirista. 48 Resposta: b 49 (2015/Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) Texto III: O copo ou o sapato? Sempre me pareceu um pouco absurdo, até mesmo cruel, comparar umfilme com o livro que lhe deu origem. É como se me perguntassem: “o que você prefere, um copo ou um sapato?” Naturalmente, um copo é mais adequado para beber do que um sapato. Em contrapartida, prefiro sapato para caminhar. A primeira grande diferença entre um livro e um filme tem a ver com os custos da sua produção, algo que se reflete na liberdade de criação e, portanto, no objeto final. Explico-me: um romance fica barato. Escrever continua a ser um trabalho solitário, silencioso, artesanal. Um filme, pelo contrário, custa rios de dinheiro, e envolve um vasto número de pessoas. Um diretor nunca está sozinho. Frequentemente é forçado a fazer compromissos, escolhendo caminhos em que não acredita totalmente. José Eduardo Agualusa. O Globo, 25/05/2015. Fragmento “O que você prefere, um copo ou um sapato?” Essa interrogação é apresentada no texto para marcar: a)a diferença entre literatura e cinema b)a dificuldade de se fazer um filme c)a importância da literatura d)a soberania do escritor sobre o roteirista 49 Resposta: a 50 (2015/Banca: CEPS-UFPA) Leia atentamente o texto Na pobreza e na riqueza, de José Luiz Fiorin, para responder à questão. Para enfatizar uma ideia, a vírgula poderia dar lugar a um ponto em Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com a)“... se ele diz que a situação econômica do país é boa, temos de levar em conta seu ponto de vista." (linhas 02 e 03) b)Isso significa que o valor em que se baseia esse argumento é o de que os pobres são mais sábios, mais sensatos e mais virtuosos do que os ricos. (linhas 06 a 08) c)Ambos morreram e o pobre foi levado ao “seio de Abraão", enquanto o rico padecia muitos tormentos na morada dos mortos. (linhas 11 e 12) d)É a afirmação em que se atribui veracidade a uma tese, porque quem argumenta é rico: (linha 24) e) O Marquês de Maricá (...) considera que os ricos são ricos porque têm méritos, e que os pobres são pobres porque não os têm. (linhas 33 a 35) 50 Resposta: e Uso dos dois-pontos 01 (2018/ Banca: COPERVE - UFSC) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com De acordo com as informações do Texto 2 e com base na norma padrão escrita, leia as afirmativas abaixo e indique se são verdadeiras (V) ou falsas (F). Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. ( ) O uso de travessões no início dos diálogos das seis piadas tem a função de marcar a presença do discurso direto de cada personagem. ( ) O uso de dois-pontos nas seis piadas tem função de anunciar a fala das personagens. ( ) Nas seis piadas, o aluno se chama Joãozinho. ( ) Joãozinho sempre erra o que é perguntado a ele. ( ) O mote das seis piadas é a gramática da língua portuguesa. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com a)V – F – F – F – V b)V – V – F – F – V c)F – V – V – V – F d)V – F – V – F – V e)F – V – F – V – F 01 Resposta: b Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 02 (2018/ Banca: FUNDATEC) Considere as seguintes afirmações sobre a pontuação do texto. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com I. As vírgulas das linhas 01 e 03 separam termos de mesmo valor sintático. II. Na linha 13, os dois-pontos introduzem uma citação. III. Na linha 18, os dois-pontos antecedem um aposto. Quais estão corretas? a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas I e III. d)Apenas II e III. e)I, II e III. 02 Resposta: c 03 ( 2018/ Banca: FUNDEP (Gestãcursos) A sociedade do medo Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com O filósofo Vladimir Safatle afirma que o medo se transformou em um elemento de coesão de uma sociedade refém de um discurso de crise permanente [...] No seu Quando as Ruas Queimam: Manifesto pela Emergência , você diz que nossa época vai passar para a história como o momento em que a crise virou uma forma de governo. Você está falando do medo que é gerado pela crise? Sim, como efeito. É importante entender como o discurso da crise se transformou num modo de gestão social. As crises vêm para não passar. Por exemplo, nós vivemos numa crise global há oito anos. Isso do lado socioeconômico. No que diz respeito aos problemas de segurança, vivemos uma situação de emergência há quinze anos, desde 2001. Ou seja, são situações nas quais vários direitos vão sendo flexibilizados, em que os governos vão tendo a possibilidade de intervir na vida privada dos seus cidadãos em nome de sua própria segurança. É muito mais fácil você gerir uma sociedade em crise. Então, a sociedade em crise é uma sociedade, primeiro, amedrontada; segundo, é uma sociedade aberta a toda forma de intervenção do poder soberano, mesmo aqueles que quebram as regras, quebram as normas constitucionais. Como estamos em uma situação excepcional, essas quebras começam a virar coisa normal. Esses discursos a respeito da luta contra a crise são muito claros no sentido de impedir a sociedade de reagir. Não se reage porque “a situação é de crise”. E aí entra o medo. Exatamente. Aí entra um pouco essa maneira de transformar o medo num elemento fundamental da gestão social. Ou seja, o medo produzido, em larga medida, potencializado, administrado, gerenciado. É o gerenciamento do medo como única forma de construir coesão hoje em dia. Nós podemos construir coesão a partir da partilha de ideias; só que, quando a sociedade chega no ponto em que ela desconfia dos ideais que lhe foram apresentados como consensuais, quando desconfia das gramáticas sociais que são responsáveis pela mediação dos conflitos, não resta outra coisa a não ser um tipo de coesão negativa. Não coesão por algo que todos afirmam, mas uma coesão através de algo que todos negam. Quando você fala da gestão da crise, quem são os agentes? O poder constituído do Estado, os agentes financeiros, o corpo social? De fato, o discurso da maneira como eu estava colocando pode dar um pouco a impressão de que há uma espécie de grande sujeito por trás. Eu diria que o que acontece é: nós partilhamos de um modo de existência que, por não conseguir realizar as suas próprias promessas, e Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com também por impedir uma abertura em direção a outros modos de existência, começa a funcionar numa chave de conservação. É importante falar de modos de existência porque isso tira um pouco a figura do sujeito que delibera. Então temos, sei lá, o poder do Estado, a burocracia que controla o poder do Estado, o capital financeiro. É inegável que haja de fato projetos de grupos nos modos de gestão social, mas para além disso há uma coisa muito mais brutal: uma forma de racionalidadeque se transformou para nós em um elemento quase natural, que faz com que todos comecem a pensar dessa maneira. Essa forma de racionalidade, que acaba operando esses processos de dominação, deixa uma situação mais complexa. Não se trata simplesmente de subverter o poder, mas de pensar de outra maneira, o que é muito mais complicado do que pode parecer. Quais são os instrumentos de que dispomos pra romper com essa racionalidade, com esse circuito baseado no medo? O que fazer? Tenho duas colocações a fazer. A primeira é: muitos acreditam que a melhor maneira de se contrapor a circuitos de afetos vinculados ao medo seja constituir outros circuitos vinculados aos afetos que seriam o oposto ao medo – por exemplo, a esperança. Só que aí há uma reflexão muito interessante, de toda uma tradição filosófica, de insistir que o medo e a esperança não são afetos contraditórios – são complementares. O que é o medo a não ser a expectativa de um mal que pode ocorrer? O que é a esperança a não ser a expectativa de um bem que pode ocorrer? Quem tem a expectativa de que um mal ocorra, também espera que esse mal não ocorra. Da mesma maneira, quem tem a expectativa de que um bem ocorra, teme que esse bem não ocorra. Então, a reversão contínua de um polo a outro, da esperança ao medo, é uma constante, porque são dois tipos de afetos ligados a um mesmo modo de experiência temporal. São afetos ligados à projeção de um horizonte de expectativas. Nesse sentido, toda forma de pensar o tempo de maneira simétrica vai produzir resultados simétricos. Então, um outro afeto seria necessariamente um afeto que teria uma outra relação com a ideia de acontecimento. [...] Freitas, Almir. Disponível em: <https://goo.gl/qggKy8>. Acesso em: 27 set. 2017 [Fragmento adaptado]. Releia este trecho da entrevista. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com “[...] para além disso há uma coisa muito mais brutal: uma forma de racionalidade que se transformou para nós em um elemento quase natural [...]” Na língua oral, as pontuações são marcadas, principalmente, por pausas, com diversas finalidades distintas. No caso desse trecho, o autor utilizou os dois-pontos como um recurso estilístico da língua escrita para indicar: a)a retomada de uma ideia já exposta. b)a exposição de um elemento novo. c)uma possibilidade iminente. d)uma relação entre conceitos. 03 Resposta: b 04 ( 2018/ Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) TEXTO I O Parque das Águas de Caxambu, principal atração turística da cidade localizada no Sul de Minas Gerais, ganha nova gestão a partir do dia 1º de outubro de 2017. A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), proprietária do empreendimento, assume a administração do espaço, que estava sob gestão da Prefeitura Municipal desde 1989. O funcionamento do Parque das Águas e o acesso da comunidade e dos turistas serão mantidos, permanecendo o valor de R$ 5,00 para os turistas e R$ 2,50 para a comunidade caxambuense. O plano da Empresa para o empreendimento, incluindo o balneário, prioriza a recuperação dos ativos, por meio de melhorias em calhas, telhado, equipamentos (duchas, Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com banheiras, sauna) e instalações (rede de água quente, louças, metais, bomba, drenagem), além de limpeza geral e revitalização de pisos e paredes, por exemplo. Em junho deste ano, o setor de Engenharia da Codemig realizou vistoria no local, para avaliação das condições das edificações e dos equipamentos do parque, visando o recebimento do patrimônio público estadual que se encontrava sob gestão da Prefeitura Municipal. O custo total estimado para colocar em melhores condição de uso foi orçado em aproximadamente R$ 11 milhões, incluindo serviços no balneário (caldeira, pinturas, equipamentos, pisos, paredes, telhado, calhas, instalações, limpeza geral), na área da piscina, nas lojas, na área do pedalinho, nas portarias, nos fontanários e coreto, além de redes internas, quadras, brinquedos, pavimentações, cercamento, regularização do AVCB, desassoreamento do lago, iluminação e instalações elétricas, entre outros. A equipe de trabalho da Codemig assumirá as operações do parque e do balneário a partir de outubro, em substituição aos servidores da Prefeitura e os de livre nomeação que até então prestam serviços no espaço e estão vinculados à Administração Municipal. Em paralelo, a Codemig está preparando licitação para captar um parceiro privado visando à formação de uma Sociedade em Conta de Participação para o negócio de águas minerais e seus correlatos. Dados apresentados pela Prefeitura Municipal de Caxambu apontaram que o resultado financeiro do Parque é historicamente deficitário: o resultado de 2013 a 2016 teve déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 — parte do prejuízo deve-se ao número excessivo de empregados contratados pela Administração Municipal para atuação no Parque e à não cobrança dos aluguéis referentes a cessão de espaço. Em meio a esse cenário contábil de reiteradas perdas e frente aos desafios que se impõem ao alcance e à manutenção da viabilidade econômica em um mercado cada vez mais competitivo, a Codemig considerou essencial a construção conjunta de uma solução eficaz e efetiva. A Empresa busca potencializar o dinamismo do empreendimento, ampliar o público-alvo do local e valorizar a eficiência na prestação dos serviços à população, além de contribuir para maior projeção de Caxambu e Minas Gerais no segmento turístico, respeitando sempre as comunidades local e regional. A Codemig reconhece a importância do Parque das Águas de Caxambu para além das esferas local e regional, valorizando o espaço como rico e diversificado patrimônio. Empresa pública indutora do desenvolvimento de Minas Gerais, a Codemig atua em prol do crescimento econômico sustentável, do bem-estar dos mineiros e da preservação de acervos turísticos e históricos do estado.[...] Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com CODEMIG. Disponível em: <https://goo.gl/VhUow>. Acesso em: 25 set. 2017 [Fragmento adaptado]. Analise as afirmativas a seguir. I. No trecho “[...] o resultado de 2013 a 2016 teve déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 — parte do prejuízo deve-se ao número excessivo de empregados contratados pela Administração Municipal [...]”, o travessão pode ser substituído por ponto e vírgula. II. No trecho “[...] incluindo serviços no balneário (caldeira, pinturas, equipamentos, pisos, paredes, telhado, calhas, instalações, limpeza geral) [...]”, os parênteses podem ser substituídos por travessões. III. No trecho “[...] o resultado financeiro do Parque é historicamente deficitário: o resultado de 2013 a 2016 teve déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 [...]”, o sinal de dois-pontos pode ser substituído por ponto-final. Mantendo o sentido originaldos trechos e de acordo com a norma padrão, estão corretas as afirmativas: a)I e II, apenas. b)I e III, apenas. c)II e III, apenas. d)I, II e III. 04 Resposta: d Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 05 (2018/ Banca: CESPE) Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue o item a seguir. Os dois-pontos empregados na linha 4 introduzem um aposto. Certo Errado 05 Resposta: certo 06 (2017/ Banca: Quadrix) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item subsequente. Na linha 4, o ponto final após “líquidos” poderia ser substituído, mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, por dois pontos, feito o devido ajuste de maiúscula para minúscula na letra inicial da palavra “Ela”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Certo Errado 06 Resposta: certo 07 ( 2017/ Banca: FGV) TEXTO I. Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele, afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração. O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e tem dois sistemas de bombeamento independentes. Com essas “bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando de tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo libera adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a pressão arterial”. ( O Estado de São Paulo , 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6) “ Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor .” Nesse caso, o emprego dos dois pontos se justifica porque a) se esclarece a seguir o sentido de palavras anteriores. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com b)é explicada uma afirmação precedente. c)se mostra a conclusão de um raciocínio. d) se explicita o termo “notícia triste”. e)se retifica um erro cometido. 07 Resposta: d 08 (2 017/ Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o próximo item. O ponto e vírgula empregado na linha 35 poderia ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para os sentidos e para a correção gramatical do texto. Certo Errado 08 Resposta: certo 09 (2017/Banca: FCC) Minimundo é o nome do parque temático que é uma das atrações turísticas de Gramado, principal destino de viagens pela Serra Gaúcha, em Rio Grande do Sul. Lá o visitante pode ver miniaturas de castelos, barcos, ferrovias, estradas, igrejas, cascatas, moinhos, casarios, carros e outros inúmeros detalhes, tudo numa escala 24 vezes menor. Poderia até se pensar que é um parque mais apropriado para crianças, mas logo se percebe que encanta mais os adultos pela perfeição e cenários realísticos do pequeno mundo aí representado. Esse cenário auxilia, pois, a identificação de réplicas de lugares conhecidos da Europa e do Brasil. São cerca de 140 construções, por enquanto, que retratam tanto lugares atuais, como o Aeroporto de Bariloche da Argentina, como antigos prédios da Alemanha, país de origem do seu fundador. A história do Minimundo começa com a vontade de um pai e um avô de agradar a duas crianças com um pequeno mundo de miniaturas no jardim diante do seu hotel. Uma espécie de mundo de fantasia com uma casinha de bonecas, castelos e ferrovias. Com o crescimento das crianças, o jardim evoluiu para um parque com novas miniaturas que virou atração para os hóspedes do hotel, e daí até se tornar no que é, um dos roteiros de turistas e de excursões em visita a Gramado. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Todo esse sonho começou com a imigração, em 1952, da família alemã de Otto Höpnner para o Brasil, fugindo à situação difícil da Alemanha pós-guerra. Fixou-se em Gramado e lá construiu o Hotel Ritta Höpnner, nome da sua esposa brasileira, em 1958. Já o parque Minimundo foi inaugurado em 1983. Boa parte das réplicas em miniaturas representam construções da Alemanha. Nele residem cerca de 2.500 “habitantes”, distribuídos entre os mais variados ambientes, que podem aumentar com a evolução das construções da minicidade. O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches e tortas alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil. (Adaptado de: https://cronicasmacaenses.com) O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches e tortas alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil. (último parágrafo) Os dois-pontos no segmento acima introduzem concomitantemente as ideias de Parte superior do formulário a)enumeração e exemplificação. b)explicação e resumo. c)explicação e distribuição. d)distribuição e exemplificação. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e)especificação e resumo. 09 Resposta: a 10 (2017/Banca: MPE-GO) Em setembro, Lúcia e Mauro vão conhecer a fazenda de seus primos. Pretendem visitar diversas cachoeiras e trilhas. Para a viagem, eles não poderão esquecer de levar: blusas, repelentes, lanternas, colchonetes e escovas de dentes. Nesta frase, os dois pontos foram utilizados para anunciar: a)resumo do que foi enunciado anteriormente. b)citação discursiva. c)acréscimo de discurso direto. d)sequência das idéias interrompida. e)enumeração explicativa. 10 Resposta: e Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 11 (2017/Banca: FAURGS) Em relação à pontuação do texto, considere as seguintes afirmações. I - A transposição da expressão em junho daquele ano (l. 05-06) para depois da expressão "O Alienista" (l. 06) eliminaria a obrigatoriedade do uso de vírgulas. II - O ponto final após o vocábulo público (I. 53) poderia ser substituído por dois-pontos, com os devidos ajustes no emprego de maiúsculas e minúsculas, sem que isso acarretasse erro gramatical na sentença. Ill- A colocação de uma vírgula após os parênteses da linha 77 não acarretaria erro gramatical na sentença. Quais estão corretas? Parte superior do formulário a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas III. d)Apenas I e II. e)I, II e III. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 11 Resposta:d 12 (2017/Banca: CESPE) No primeiro parágrafo do texto 1A1AAA, os dois-pontos introduzem Parte superior do formulário a)uma enumeração das “categorias de direitos”. b)resultados da “consolidação da cidadania”. c)um contra-argumento para a ideia de cidadania como algo “amplo”. d)uma generalização do termo “direitos”. e)objetivos do “processo de redemocratização”. 12 Resposta: a 13 (2017/Banca: FEPESE) Fundamental é chegar ao essencial Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com “Por que eu preciso morar em grandes cidades, viver desesperado dentro de um carro para lá e para cá, restringir imensamente meu tempo de convivência com as pessoas de que eu gosto, reduzir o meu ócio criativo para ficar num lugar onde vão me oferecer apenas e tão somente dinheiro?”Essa é uma dúvida que provavelmente atravessou muitas pessoas no trajeto de ida ou de volta do trabalho. Para alguns, a resposta a esse questionamento poderia vir de pronto: “Porque sem dinheiro não se vive”. Sim, sem dinheiro não se vive, mas só com dinheiro não se vive. Há uma mudança em curso no mundo do trabalho. As pessoas estão começando a fazer uma distinção necessária entre o que é essencial e o que é fundamental. Essencial é tudo aquilo que você não pode deixar de ter: felicidade, amorosidade, lealdade, amizade, sexualidade, religiosidade. Fundamental é tudo aquilo que o ajuda a chegar ao essencial. Fundamental é o que lhe permite conquistar algo. Por exemplo, trabalho não é essencial, é fundamental. Você não trabalha para trabalhar, você trabalha porque o trabalho lhe permite atingir a amizade, a felicidade, a solidariedade. Dinheiro não é essencial, é fundamental. Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial. O que eu quero no meu trabalho é ter a minha obra reconhecida, me sentir importante no conjunto daquela obra. Essa visão do conjunto da obra vem levando muitas pessoas a questionar o que, de fato, estão fazendo ali. Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral. Nós estamos substituindo paulatinamente a preocupação com os “comos” por uma grande demanda em relação aos “porquês”. O nosso modo de vida no Ocidente está em crise e algumas questões relevantes vêm à tona: a compreensão sobre a nossa importância, o nosso lugar na vida, o que vale e o que não vale, qual é o próprio sentido da existência. Afinal de contas, a ciência nos prometera há cem anos que, quanto mais tecnologia, mais tempo livre haveria para a família, para o lazer, para a amorosidade. Ora, durante os últimos cinquenta anos se trabalhou em busca de um lugar no mundo do fundamental: a propriedade, o consumo. Isso não satisfaz a nossa necessidade de reconhecimento, de valorização. Hoje temos um fosso entre o essencial e o fundamental, que leva as pessoas a ficarem absolutamente incomodadas: “Por que eu estou fazendo isso?” E a nossa lista dos “porquês” foi sendo substituída pela lista dos “apesar de”: “Apesar do salário...”, “Apesar das pessoas...”, “Apesar desse ambiente, eu faço”. É muito diferente de se ter razões para fazer. Quando há a razão de um lado, o senão de outro, e a balança começa a pesar para a senão, indagamos: “Qual a qualidade da minha vida?” CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 11 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 63-65. [Adaptado] Considere os trechos abaixo retiradas do texto: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 1. “Quando há a razão de um lado, o senão de outro, e a balança começa a pesar para a senão, indagamos: ‘Qual a qualidade da minha vida?’.” (quinto parágrafo) 2. “Para alguns, a resposta a esse questionamento poderia vir de pronto: ‘Porque sem dinheiro não se vive’.” (segundo parágrafo) 3. “Essencial é tudo aquilo que você não pode deixar de ter: felicidade, amorosidade, lealdade, amizade, sexualidade, religiosidade.” (terceiro parágrafo) 4. “O nosso modo de vida no Ocidente está em crise e algumas questões relevantes vêm à tona: a compreensão sobre a nossa importância, o nosso lugar na vida, o que vale e o que não vale, qual é o próprio sentido da existência.” (quarto parágrafo) Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação aos trechos. ( ) Em 1, a pergunta funciona como complemento verbal de “indagamos”. ( ) Em 2, a oração introduzida por “Porque” funciona como explicitação do conteúdo expresso pelo substantivo “resposta”. ( ) Em 1 e 2, o sinal de dois-pontos é usado para introduzir um discurso direto, reproduzindo a fala de alguém. ( ) Em 3, as palavras introduzidas por dois-pontos são adjetivos que qualificam “Essencial”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com ( ) Em 4, o sinal de dois-pontos é usado para introduzir um discurso indireto. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. Parte superior do formulário a)V • V • V • F • F b)V • F • V • F • V c)V • F • V • V • F d)F • V • F • V • F e)F • V • F • F • V 13 Resposta: a 14 (2017/Banca: IF-TO) Texto I Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Público não é gratuito Mais uma vez, foi o Supremo Tribunal Federal a dar um passo refugado pelo Congresso. Na quarta-feira (26), 9 dos 10 ministros presentes ao pleno liberaram a cobrança de cursos de extensão por universidades públicas. O assunto havia sido objeto de proposta de emenda constitucional que terminou rejeitada – por falta de meros quatro votos para se alcançar o quórum necessário – na Câmara dos Deputados, pouco menos de um mês atrás. O tema chegou ao Supremo e ao Parlamento por suposto conflito entre a cobrança, corriqueira em boa parte das instituições federais e estaduais de ensino superior, e o artigo 206 da Constituição – este prevê a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população. Seria o caso de questionar se a formação superior deve ou não figurar no escopo da educação que todo brasileiro tem direito de receber sem pagar. Parece mais sensato limitar tal exigência ao ensino básico (fundamental e médio). O Supremo não avançou na matéria porque já firmara jurisprudência de que cursos de graduação, mestrado e doutorado estão cobertos pelo artigo 206. A desejável revisão das normas atuais, portanto, depende do Legislativo. A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça: todos pagamos por ela, como contribuintes. Apenas 35% dos jovens de 18 a 24 anos chegam ao nível superior, e muitos dos matriculados nas universidades públicas teriam meios para pagar mensalidades. A resultante do sistema atual é um caso óbvio de iniquidade: pobresrecebem educação básica em escolas oficiais de má qualidade e conseguem poucas vagas nas universidades públicas; estas abrigam fatia desproporcional de alunos oriundos de colégios privados, que têm seu curso superior (e futuro acesso a melhores empregos) custeado por toda a sociedade. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com A exceção ora aberta para os cursos de extensão é limitada. As universidades estaduais paulistas, por exemplo, já têm mais de 30 mil pagantes matriculados nessa modalidade, mas a receita adicional assim auferida se conta em dezenas de milhões de reais por ano, contra orçamentos na casa dos bilhões. A exceção é igualmente tímida, porque seria mais justo derrubar de vez o tabu da gratuidade e passar a cobrar – só de quem possa pagar, claro esteja – também nos cursos de graduação e pósgraduação. (PÚBLICO não é gratuito. Folha de S. Paulo. São Paulo, 28 de abril de 2017. Editorial. Disponível em:<www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 13 mai 2017.) Texto II STF decide que universidade pública pode cobrar por especialização O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta (26) que as universidades públicas podem cobrar mensalidade em curso de especialização lato sensu (como pós-graduação). Os cursos de mestrado e doutorado (stricto sensu) continuam com gratuidade garantida. Oito ministros seguiram o voto do relator, Edson Fachin. O ministro Marco Aurélio votou contra, e Celso de Mello não estava presente no julgamento. A decisão tem repercussão geral, ou seja, vai para todas as instâncias do Judiciário. Outros 51 casos estão esperando a decisão do STF. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com (CASADO, Letícia; SALDAÑA, Paulo. STF decide que universidade pública pode cobrar por especialização. Folha de S. Paulo. São Paulo, 26 de abril 2017. Disponível em:<www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 13 mai 2017.) Considerando os textos I e II, assinale a alternativa que apresenta afirmativa incorreta. Parte superior do formulário a)“Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população.” O artigo “a”, destacado nesta transcrição do 4º parágrafo do Texto I constitui partícula expletiva, de modo que sua ausência não prejudicaria o sentido original da frase. b)“A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça: todos pagamos por ela, como contribuintes.” Os dois-pontos presentes neste excerto, retirado do 7º parágrafo do Texto I, poderiam ser substituídos por vírgula e por conectivo de valor explicativo, sem prejuízo do sentido original e da norma-padrão da língua, de modo que tal excerto fosse assim registrado: “A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça, visto que todos pagamos por ela, como contribuintes.”. c)O ponto e vírgula presente no 8º parágrafo do Texto I separa orações justapostas que exprimem contrastes. d)“Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população.” Nesta reprodução do 4º parágrafo do Texto I, é possível verificar que o redator, buscando a concisão e evitando a redundância, valeu-se do ocultamento de uma expressão, por meio de recurso conhecido como elipse. e)A expressão “ou seja”, no 4º parágrafo do Texto II, tem valor explicativo, já que introduz uma oração que funciona como uma paráfrase da oração anterior. 14 Resposta: a Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 15 (2017/Banca: VUNESP) Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão. No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de crianças nos fins de semana. Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa sobre o cultivo de orégano. Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos. Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho. “Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.” Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar. Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a área do lugar. O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta. (André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado) No sétimo parágrafo, em “O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do programa.”, os dois-pontos introduzem na frase Parte superior do formulário a)uma suposição e podem ser substituídos corretamente por “portanto”. b)uma citação e podem ser substituídos corretamente por “porque”. c)uma advertência e podem ser substituídos corretamente por “todavia”. d)uma justificativa e podem ser substituídos corretamente por “pois”. e)um esclarecimento e podem ser substituídos corretamente por “entretanto”. 15 Resposta: d Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 16 (2017/Banca: NC-UFPR) No trecho “Além disso, há deleites livrescos que demandam aprendizado prévio e alguma medida de paciência: é preciso certa cancha para desfrutar Homero e nem todos chegam prontos a Virgílio”, entre a parte antes dos dois pontos e a seguintes estabelece-se uma relação de: Parte superior do formulário a)exemplificação. b)causalidade. c)consequência. d)comparação. e)contraposição. 16 Resposta: a 17 (2017/Banca: FUNDATEC) Verifique as afirmações abaixo, que se referem ao empregode pontuação no texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com ( ) As duas vírgulas da linha 02 foram empregadas pela mesma razão, separar adjuntos adverbiais. ( ) Os dois pontos da linha 30 precedem uma citação de um interlocutor diferente do narrador. ( ) A vírgula da linha 23 assinala uma oração adverbial deslocada. ( ) O ponto de exclamação da linha 42 denota a ênfase atribuída pelo narrador ao enunciado. ( ) O travessão utilizado na linha 48 assinala a introdução do discurso direto. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: Parte superior do formulário a)V – F – F – V – V. b)V – F – V – F – F. c)F – V – V – V – F. d)F – F – V – V – F. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e)V – V – F – F – V. 17 Resposta: d 18 (2017/Banca: Quadrix) Julgue o item a respeito dos sentidos do texto e de seus aspectos linguísticos. Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o ponto que encerra o primeiro período do texto fosse substituído por dois pontos e feita a devida alteração de maiúscula e minúscula. Certo Errado 18 Resposta: certo 19 (2017/Banca: Instituto de Seleção) Sabe aquele seu amigo "vergonha alheia" que tenta, de todos os jeitos, contar uma piada hilária e parece não se ligar de que os outros não estão achando graça? Imagine se ele estivesse fadado a fazer isso o tempo todo, sem Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com interrupções. É por essa situação que passam pessoas que sofrem comWitzelsucht, um distúrbio que faz com que o paciente não pare de fazer comentários achando que são engraçados. Essa doença, normalmente, não aparece do nada. Ela pode ser resultante de um derrame ou de alguma lesão na região frontal do lado direito do cérebro, a área responsável por sua personalidade. Qualquer mudança sofrida por lá pode alterar seu gosto e o seu humor, normalmente o deixando mais eufórico (a título de curiosidade, alterações no lado esquerdo deixam a pessoa irritada e depressiva). Mas antes que você pense que fazer umas piadas a mais e ser sorridente o tempo todo não é ruim, é bom conhecer casos de pessoas que sofrem comWitzelsucht. Um homem de 56 anos, por exemplo, sofreu um derrame e, além de desenvolver o distúrbio, passou a ser viciado em sexo. Ele fazia piadas de cunho sexual o tempo todo, afastando qualquer mulher ao seu redor – e ele era casado. E o pior: ele não conseguia parar, mesmo quando médicos estavam conduzindo exames nele. Já uma mulher que teve um pequeno derrame aos 57 anos de idade e ao ter Witzelsuch parou de cuidar da higiene, só se interessava por suas próprias piadas. Afinal, vale lembrar também que pessoas com o distúrbio podem adorar suas próprias anedotas, mas são insensíveis às dos outros. Ou seja: não adianta tentar fazê-los rir, eles só entendem o próprio humor. Não existem muitas formas de tratar a doença. Os médicos apelam para incansáveis sessões de terapia, nas quais devem explicar o tempo todo para os pacientes que suas piadas não são engraçadas. Outro método é a administração de remédios para estabilizar a condição emocional. (Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2017/05/conheca-doenca-que-faz-com-que-pacientes-nao-pare m-de-contar-piadas.html. Adaptado) Sobre o texto SÓ NÃO se pode considerar que Parte superior do formulário a)se trata de um texto informal, já que o autor cria uma interlocução com o leitor por meio do pronome de tratamento “você”. b)depois de “Ou seja”, no 4º parágrafo, a troca dos “dois-pontos” pela “vírgula” não preservaria a correção gramatical. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)o texto informa sobre uma doença que não aparece do nada. d)o pronome da frase “fazê-los rir” (4º parágrafo) refere-se a “pessoas com o distúrbio”, mesmo sem haver concordância de gênero entre esses elementos. e)não há bastantes modos de cuidar da doença. 19 Resposta: b 20 (2017/Banca: MPE-RS) Instrução: A questão estão relacionadas ao texto abaixo. Considere as seguintes afirmações sobre o uso do sinal de ponto e vírgula no texto. I. A ocorrência da linha 02 poderia ser substituída por uma vírgula. II. A ocorrência da linha 21 poderia ser substituída por dois-pontos. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com III. A ocorrência da linha 28 poderia ser substituída por ponto final. Quais afirmações são corretas? Parte superior do formulário a)Apenas I. b)Apenas II. c)Apenas I e III. d)Apenas II e III. e)I, II e III. 20 Resposta: b 21 (2017/Banca: UFPA) No trecho “A sociedade civil (inclusive os defensores dos direitos humanos e da paz) e os ativistas ecológicos devem ser reconhecidos e protegidos como grupos essenciais para a construção de um mundo não violento.” (linhas 51 a 53), afirma-se que os parênteses poderiam ser substituídos por I vírgulas. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com II ponto e vírgula. III hifens. IV travessões. V dois-pontos. Estão CORRETOS os itens a)I e II, somente. b) II e III, somente. c) I e III, somente. d)I e IV, somente. e)IV e V, somente. 21 Resposta: d Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 22 (2017/Banca: UFMT) INSTRUÇÃO: Leia atentamente a crônica literária abaixo e responda à questão. Aos poucos pesa em nosso corpo (e na alma não menos) a realidade de que o rio que empurra a vida não é miragem. Manchas, rugas, cansaço, impaciência e, sempre espiando atrás das portas, o medo: estou fora dos padrões, fora do esquadro, devo impedir isso, preciso mudar? O grande engodo da nossa cultura nos convoca: a endeusada juventude tem de ser a nossa meta. Correr para frente, voltados para trás. Ou nascemos assim, querendo permanência e achando, infantilmente, que criança não sofre, adolescente não adoece, só na adultez e na maturidade, pior ainda, na velhice, acontecem coisas negativas. Esquecemos a solidão, a falta de afeto, a sensação de abandono, o medo do escuro ou da frieza dos adultos, tudo o que nos atormentou nesse frágil paraíso chamado infância, ainda que ela tenha sido boa. (LUFT, Lya. O tempo é um rio que corre. Rio de Janeiro: Record, 2014.) Sobre os sinais de pontuação utilizados no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Em (e na alma não menos), os parênteses indicam intercalação de uma frase no período e podem ser substituídas por vírgulas. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com ( ) No segmento só na adultez e na maturidade, pior ainda, na velhice, as vírgulas separam umaexpressão que retifica o que foi dito anteriormente. ( ) Os dois pontos, em O grande engodo da nossa cultura nos convoca: a endeusada juventude tem de ser a nossa meta., introduzem a fala da narradora da crônica. ( ) Em Esquecemos a solidão, a falta de afeto, a sensação de abandono, o medo do escuro, as vírgulas foram usadas para separar expressões explicativas. Assinale a sequência correta. a)V, V, F, F b)V, F, F, V c)F, V, V, F d)F, F, V, V 22 Resposta: a 23 (2017/Banca: CONSULPLAN) Dona Valentina e sua dor Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Dona Valentina conseguiu cochilar um pouquinho. O relógio marcava quase cinco da manhã quando ela abriu os olhos. Estava ligeiramente feliz. Sonhou com as goiabeiras de sua casa na roça; ela, menina, correndo de pés no chão e brincando com os irmãos que apanhavam goiabas maduras no pé. Goiabas vermelhas, suculentas, sem bichos. O sonho foi tão real que ela acordou com gostinho de goiaba na boca. Fazia um pouco de frio porque chovera à noite, chuvinha fina, boba. Porém, dona Valentina era prevenida: levara na sacola a capa e a sombrinha desmilinguida – mas que ainda serviam. A fila crescera durante a madrugada, e o falatório dos que acordaram cedo, como ela, misturava-se com o ronco de dois ou três que ainda dormiam. Fila de hospital até que era divertida – pensava ela. O povo conversava pra passar o tempo; cada um contava suas doenças; falavam sobre médicos e remédios; a conversa esticava, e aí vinham os assuntos de família, casos de filhos, maridos, noras e genros. Valia a distração. Mas ruim mesmo era aquela dor nos quadris. Bastou dona Valentina virar-se na almofada que lhe servia de apoio no muro para a fincada voltar. Ui! De novo! Dona Valentina já estava acostumada. Afinal, ela e sua dor nas cadeiras já tinham ido e voltado e esperado e retornado e remarcado naquela fila há quase um ano. O hospital ficava longe; precisava pegar o primeiro ônibus, descer no centro; andar até o ponto do segundo ônibus; viajar mais meia hora nele; e andar mais quatro quarteirões. Por isso, no último mês passou a dormir na fila, era mais fácil e mais barato. Ela e sua dor. A almofada velha ajudava; aprendera a encaixá-la de um jeito sob a coxa e a esticar a perna. Nesta posição meio torta e esquisita, a dor também dormia, dava um alívio. O funcionário, sonolento, abriu a porta de vidro; deu um “bom dia” quase inaudível e pediu ordem na calçada: – Pessoal, respeitem quem chegou primeiro. A fila é deste lado, vamos lá. Não demorou muito, e a mocinha sorridente, de uniforme branco, passou distribuindo as senhas. Todos gostavam dela. Alegre, animada, até cumprimentava alguns pelo nome, de Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com tanta convivência. Dona Valentina recebeu a ficha 03, seria uma das primeiras no atendimento. Quem sabe a coisa resolveria desta vez? – Senha número três! Dona Valentina ergueu-se da cadeira com a ajuda de um rapaz e caminhou até a sala. O doutor – jovem, simpático – cumprimentou-a e pediu que ela se sentasse. Em seguida, correu os olhos pela ficha, fez algumas perguntas sobre a evolução da dor e os remédios que ela tomava. Daí, preencheu uma nova receita, carimbou e assinou: – Olha, dona Valentina, vamos mudar a medicação, essa aqui é mais forte. Mas seu caso é mesmo cirúrgico. O problema é que o hospital não tem condições de fazer a cirurgia de imediato. A senhora sabe: muitos pacientes, falta verba, equipamento, dinheiro curto... Ela sentiu um aperto no coração. E um pouco de raiva, raivinha, coisa passageira. Mas o doutor era tão simpático, de olheiras, de uniforme amarrotado, que ela sorriu, decepcionada: – Posso marcar meu retorno? – Claro, claro, fala com a moça da portaria. Dona Valentina e sua dor pegaram os dois ônibus de volta. Pelo menos a chuva havia parado, um sol gostoso aquecia seus ombros através da janela. Fazer o quê? – pensava ela. Esperar mais, claro. Quem sabe um dia os poderosos, os políticos, os engravatados davam um jeito no hospital? E agendavam a cirurgia? E ela se livrava da dor? E poderia brincar com os netos, carregá-los no colo, sem a maldita fincada nas costas? De noite, dona Valentina se acomodou no velho sofá esburacado para ver a novela – sua distração favorita que a fazia se esquecer da dor. No intervalo, veio a propaganda: crianças sorrindo, jovens se abraçando, pessoas felizes de todo tipo. A voz poderosa do locutor disse à dona Valentina que tudo ia muito bem, que a vida era boa, que o governo era bonzinho, que Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com trabalhava pelo povo acima de tudo. E que a saúde das pessoas, dos mais pobres, era o mais importante! E que para todo mundo ficar sabendo, o governo preferiu usar a dinheirama nas propagandas em vez de comprar remédios ou equipamentos que faltavam no hospital, por exemplo. Questão de prioridade estratégica da área da Comunicação. O resto poderia esperar – como esperavam, dóceis e conformadas, dona Valentina e sua dor. (FABBRINI, Fernando. Disponível em: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/fernando-fabbrini/dona-valentina-e-sua-dor-1.14 12175. Acesso em: 16/12/2016.) “O funcionário, sonolento, abriu a porta de vidro; deu um ‘bom dia’ quase inaudível e pediu ordem na calçada: – Pessoal, respeitem quem chegou primeiro. A fila é deste lado, vamos lá.” (5º e 6º§) Quanto ao uso dos dois-pontos no trecho anterior, assinale a alternativa que os justifica corretamente. a)Antecedem uma citação. b)Introduzem uma enumeração. c)Anunciam um discurso direto. d)Indicam um esclarecimento sobre o que foi mencionado anteriormente. 23 Resposta: c 24 (2017/Banca: CESPE) Texto CB1A1AAA Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Julgue o próximo item, referente a aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA e à sua tipologia. Na linha 8, por introduzir uma enumeração exemplificativa de “fatores de desagregação cultural”, a forma verbal “incluem” poderia ser seguida tanto de vírgula quanto de dois-pontos, sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical do texto. Certo Errado 24 Resposta: errado 25 (2017/Banca: IDECAN) Drogas proibidas? Não as químicas. Na academia, rapazes bombados se injetam produtos para cavalos. Todos sabem, mas fingem não saber. O debate sobre drogas é defasado. Não sou consumidor. Mas, aqui do meu cantinho, vejo que o uso é completamente liberado, mesmo que neguem. Basta pagar. De vez em quando pegam alguém para fazer barulho. Só. Mas tudo continua como sempre. Com uma agravante. A ingestão de drogas químicas com seus efeitos imprevisíveis na saúde é bem maior. Estão na Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com moda.Algumas são fáceis de comprar, pois nem consideradas drogas são. Um amigo foi, há uns três anos, a uma festa no Rio de Janeiro. É casado, pai de filhos – caretíssimo, como se diz. Foi por curiosidade, sempre ouvira falar de festas loucas. Um bando de amigos se juntou. – Quero ver como ele fica doidão. – Bora nessa. Serviram um refrigerante batizado. Até hoje ele não sabe com o quê. De repente, tudo ficou escuro. Abriu os olhos e viu um fio de luz apenas. Os sons vibraram em sua cabeça. As imagens da festa se transformavam a sua frente. Via as pessoas como num filme e os risos mais altos. Arrastou-se até a porta. Entrou no carro, com a convicção de que precisava sair de lá. Até hoje não sabe como chegou em casa. Eu, quando vou a festas ou baladas, só tomo refrigerante aberto na minha frente. Amigos podem achar divertido me ver “louco”. Tenho pressão alta, o que piora o risco de usar substâncias químicas. O MDMA, por exemplo, chamado só de MD, é indetectável se misturado numa bebida. Tem o princípio ativo do ecstasy, sem as anfetaminas. Altera a percepção. Há também o ecstasy. Deixa quem usa se achando cheio de energia, dançando a noite toda. Na gíria, chamado de bala. Se você ouviu seu filho adolescente dizer que experimentou uma bala da hora, suspeito que não foi de hortelã. Nas grandes casas noturnas, e nas festas itinerantes que se tornaram moda no eixo Rio-São Paulo, a bala é vendida abertamente. Se até eu sei, a polícia não sabe? No Brasil tudo se faz, embora tudo seja proibido. Outra na moda é a Ketamina (Cetamina). Um anestésico poderoso. Leva a transes, alucinações. Misturado com bebida, não se sabe, tudo pode acontecer. Para comprar tem de ter receita, difícil de conseguir. Mas tem amplo uso veterinário. É ótimo anestésico de cavalos. Você tomaria? Tem quem tome e arrase na noite. Numa linha próxima, há o G (pronuncia-se em inglês: algo como “dji”). Novamente: se seu filho estiver falando “dji” ao celular, não pense que ele está melhorando o inglês. Na real, é cola industrial. Inalada. Faz quem usa se sentir uma máquina na pista de dança. O G passa despercebido, tem um leve sabor salgado. Vem se tornando cada vez mais usado. Simples: aumenta o desejo sexual. A pessoa passa horas no sexo. Imagino o que é botar cola industrial no corpo. Ou anestésico de cavalo. O fígado deve gritar. Mas, de fato, muita gente é fã de produtos veterinários. Esses rapazes bombados, de Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com corpo perfeito, frequentemente se injetam produtos para cavalos. Todo mundo finge que não sabe. Mas, no mundo das academias, quem não sabe? Um amigo, depois de tornear o corpo, perdeu o desejo sexual. Depois de um longo período sem esses produtos, está se recuperando. – Nunca mais quero saber disso – afirmou. Vamos ver. A escolha é entre a barriguinha de tanque e o sexo. Aposto que prefere a barriguinha. Nos supermercados há outras alternativas, como benzina. Ou acetona nas farmácias. Por isso penso: o debate sobre a legalização das drogas está completamente ultrapassado. Elas estão aí, à mão. Quem vai proibir alguém de cuidar do cavalo? Ou procurar cola industrial? Se alguém não conseguir, outro na mesma turma consegue. Muita gente já morreu nas pistas de dança. As drogas químicas são a nova onda, e sempre surge uma nova. Pior: um golpista ou predador sexual habilidoso pode sedar a vítima sem que ela nem perceba. Portanto, se em uma festa você sentir que as luzes estão mais coloridas e o som mais vibrante, alô, alô! Alguém pode ter te dado um ácido. Ah, sim, o ácido lisérgico continua em moda. Desde a década de 1960, só conquista clientela. Muitas drogas chegam e ficam. A discussão sobre a maconha, para mim, é obsoleta. Quem quiser pirar, pira. Embora o corpo derreta. (WALCYR CARRASCO. Disponível em: http://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2016/12/drogas-proibidas-nao-qui micas.html.) “Por isso penso: o debate sobre a legalização das drogas está completamente ultrapassado.” (11º§) O uso de dois-pontos ( : ) no trecho em destaque foram utilizados para anunciar: a)Uma causa. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com b)Uma explicação enumerativa. c)Uma síntese sobre o que foi exposto anteriormente. d)Uma informação ligada ao que foi anunciado anteriormente. 25 Resposta: d 26 (2017/Banca: MS CONCURSOS) Veja os itens sobre pontuação e assinale a alternativa correta: I - Usamos o ponto e vírgula para separar orações de um período longo em que já existem vírgulas. II - Usamos dois-pontos em enumerações, nas exemplificações, antes de citação da fala ou de declaração de outra pessoa, antes das orações apositivas. III - Usamos a vírgula para separar adjuntos adverbiais no início ou meio da frase. IV - Usamos parênteses para intercalar palavras e expressões de explicação ou comentário. V - Usamos as aspas para separar expressões explicativas. a)Apenas I, II, III e V estão corretos. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com b)Apenas I, II, III e IV estão corretos c)Apenas II, III e V estão corretos. d)Apenas III, IV e V estão corretos. 26 Resposta: b 27 (2017/Banca: IF-PE) Leia o TEXTO 02 para responder à questão. TEXTO 02 FAZER CONTAS DE CABEÇA É BOM PARA O SEU EMOCIONAL Você já deve ter ouvido a expressão "frio e calculista" sendo usada para descrever alguém que não demonstra nenhuma emoção. Mas um novo estudo da Universidade Duke, nos Estados Unidos, mostra que a inteligência emocional e a habilidade de fazer contas mentais são mais conectadas do que imaginávamos. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Para a neurociência, o exercício cerebral de fazer cálculos matemáticos era chamado de "controle executivo frio", porque era totalmente desassociado das emoções. Agora, pesquisadores encontraram as primeiras evidências de que, pelo menos no cérebro, esse processo é mais "quente" do que a gente imaginava. Eles recrutaram 186 estudantes universitários, que passaram por ressonâncias magnéticas enquanto resolviam, de cabeça, alguns problemas da matemática. Cálculos como esse ativam a memória e estimulam uma área do cérebro chamada de córtex pré-frontal dorsolateral. Além disso, os participantes precisavam contar como lidaram com seus problemas mais recentes como “bombar” em uma matéria na faculdade - e como estava sua saúde mental. Quando analisaram os resultados, os cientistas perceberam que os participantes que tinham o córtex pré-frontal dorsolateral mais ativos também usavam uma estratégia muito inteligente para controlar suas emoções. De acordo com os relatos dos estudantes que tinham o cérebro mais estimulado pelas contas matemáticas, quando eles tinham problemas como repetir uma matéria na faculdade, a estratégia que usavam era muito parecida com oque psicólogos cognitivo-comportamentais chamam de reavaliação cognitiva. Funciona assim: ao invés de focar na sensação negativa que aquele problema causa, a pessoa tenta analisar e processar o problema, adaptando as emoções associadas a esse acontecimento e tornando-as mais positivas (e aí, à nota baixa acrescenta-se a motivação e o desafio da superação, por exemplo). Quem usava esse tipo de regulação emocional também apresentou níveis mais baixos de ansiedade e depressão. Segundo o artigo, a gestão das emoções depende de três fatores: construir expectativas, ser capaz de enxergar uma série de explicações alternativas e fazer análises racionais antes de sair fazendo julgamentos - habilidades necessárias também nas contas matemáticas. "Nossa pesquisa mostra a primeira evidência direta de que nossa habilidade de regular emoções como medo ou raiva reflete a capacidade do cérebro de fazer cálculos numéricos mentalmente", falou Matthew Scult, autor do estudo. Só que o estudo tem a famosa limitação das correlações: não dá para saber que fator causou o outro. Ou seja: pode ser que pessoas que já têm uma melhor regulação emocional sejam melhores em fazer cálculos matemáticos mentais. A solução que os pesquisadores querem Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com adotar é acompanhar crianças até a vida adulta e ver qual das habilidades se apresenta primeiro. (LEONARDI, Ana Carolina. Fazer contas de cabeça é bom para o seu emocional (Adaptado). Revista Superinteressante. Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/fazer-contas-de-cabeca-e-bom-para-oseu-emociona l>. Acesso: 12 out. 2016.) A respeito do emprego da pontuação no TEXTO 02, analise as proposições a seguir. I. No trecho “Funciona assim: ao invés de focar na sensação negativa que aquele problema causa” (5º parágrafo), os dois-pontos indicam a citação da fala de um dos cientistas, o qual comenta as características que explicam o funcionamento do cérebro. II. Em “a gestão das emoções depende de três fatores: construir expectativas, ser capaz de enxergar uma série de explicações alternativas e fazer análises racionais” (6º parágrafo), os dois-pontos anunciam uma enumeração. III. Em “antes de sair fazendo julgamentos - habilidades necessárias também nas contas matemáticas” (6º parágrafo), o termo em destaque poderia estar entre vírgulas sem que houvesse alteração de sentido do trecho. IV. No trecho “Eles recrutaram 186 estudantes universitários, que passaram por ressonâncias magnéticas” (3º parágrafo), a vírgula, por ser um recurso discursivo que caracteriza os estudantes, torna-se facultativa. V. Em “Ou seja: pode ser que pessoas que já têm uma melhor regulação emocional sejam melhores em fazer cálculos matemáticos mentais”, os dois-pontos poderiam ser substituídos por uma vírgula, e isso não alteraria o sentido do trecho. Estão CORRETAS, apenas, as proposições Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com a)I, III e IV. b)II, III e IV. c)I, II e V. d)II, III e V. e)I, IV e V. 27 Resposta: d 28 (2016/Banca: PROMUN) Assinale a alternativa em que está indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo: “Como amanhã será o nosso grande dia_____duas coisas serão importantes_____uma é a tranquilidade _____a outra é a observação minuciosa do que está sendo solicitado”. Parte superior do formulário a)ponto e vírgula - dois pontos - vírgula b)dois pontos - ponto e vírgula - ponto e vírgula Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)vírgula - vírgula - vírgula d)vírgula - dois pontos - ponto e vírgula e)dois pontos - vírgula - ponto e vírgula 28 Resposta: d 29 (2016/Banca: CESPE) Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue o item subsequente. O emprego do sinal de dois-pontos logo após “físico” (l.3) introduz a síntese de uma informação dada anteriormente no texto. Certo Errado 29 Resposta: errado Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 30 (2016/Banca: CESPE) Texto CB1A1BBB Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue o item subsequente. O emprego do sinal de dois-pontos logo após “físico” (.3) introduz a síntese de uma informação dada anteriormente no texto. Certo Errado 30 Resposta: errado 31 (2016/Banca: FCM) INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder a questão. TEXTO 1 Solidão, uma nova epidemia Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Uma em cada três pessoas sente-se sozinha na sociedade da hiperconexão e das redes sociais JOHN T. CACIOPPO / STEPHANIE CACIOPPO** [1º§]Qualquer um pode sofrer com solidão crônica: uma crian- ça de 12 anos que muda de escola; um jovem que, depois de crescer em uma pequena comunidade, sente-se perdido em uma grande cidade; uma executiva que está ocupada demais com sua carreira para manter boas relações com seus familiares e amigos; um idoso que sobreviveu a sua parceira e cuja saúde fraca dificulta fazer visitas. A generalização do sentimento de solidão é surpreendente. Vários estudos internacionais indicam que mais de uma em cada três pessoas, nos países ocidentais, sente-se sozinha habitualmente ou com frequência. [...] [2º§]A maioria dessas pessoas talvez não seja solitária por natureza, mas sente-se socialmente isolada, embora esteja rodeada de gente. O sentimento de solidão, no começo, faz com que a pessoa tente estabelecer relações com outras, mas, com o tempo, a solidão pode acabar em reclusão, porque parece uma alternativa melhor que a dor, a rejeição, a traição ou a vergonha. Quando a solidão se torna crônica, as pessoas tendem a se resignar. Podem ter família, amigos ou um grande círculo de seguidores nas redes sociais, mas não se sentem verdadeiramente em sintonia com ninguém. [3º§] Uma pessoa que se sente sozinha geralmente está mais angustiada, deprimida e hostil, e tem menos probabilidades de realizar atividades físicas. Como as pessoas solitárias tendem a ter mais relações negativas com os outros, o sentimento pode ser contagioso. Os testes biológicos realizados mostram que a solidão tem várias consequências físicas: elevam-se os níveis de cortisol – o hormônio do estresse –, a resistência à circulação de sangue aumenta e certos aspectos da imunidade diminuem. E os efeitos prejudiciais da solidão não terminam quando se apaga a luz: a solidão é uma doença que não descansa, que aumenta a frequência dos pequenos despertares durante o sono, e faz com que a pessoa acorde esgotada. [4º§] O motivo é que, quando o cérebro entende o seu entorno social como algo hostil e pouco seguro, permanece constantemente em alerta. E as respostas do cérebro solitário podem funcionar para a sobrevivência imediata.[...]Quando nossos motores estão constantemente acelerados, deixamos nosso corpo exausto, reduzimos nossa proteção contra os vírus e inflamações e aumentamos o risco e a gravidade de infecções virais e de muitas outras doenças crônicas. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com [5º§]Uma análise recente – de 70 estudos combinados, com mais de três milhões de participantes – demonstra que a solidão aumenta o risco de morte em 26%, aproximadamente o mesmo que a obesidade. O fato de que mais de uma em cada quatro pessoas em países industrializados pode estar vivendo na solidão, com consequências certamente devastadoras para a saúde, deveria nos preocupar.[...] [6º§]Com frequência, as pessoas solitárias não estão conscientes de muitas das coisas que estão acontecendo: não percebem. Por exemplo, a hipervigilância é aguçada de forma implícita em busca de ameaças sociais e a capacidade de controlar os impulsos é reduzida. Mas, assim como acontece com a dor física que nos informa de uma possível lesão em nosso corpo, o sentimento de solidão nos indica a necessidade de proteger ou consertar nosso corpo social. [7º§]Os familiares e amigos geralmente são os primeiros a detectarem os sintomas de solidão crônica. Quando uma pessoa está triste e irritável, talvez esteja pedindo, em silêncio, que alguém a ajude e se conecte com ela. A paciência, a empatia, o apoio de amigos e familiares, compartilhar bons momentos com eles, tudo isso pode fazer com que seja mais fácil recuperar a confiança e os vínculos e, por fim, reduzir a solidão crônica. [8º§]Infelizmente, para muitos, falar com sinceridade sobre a solidão continua sendo difícil, porque é uma condição mal compreendida e estigmatizada. No entanto, dadas sua frequência e suas repercussões na saúde, teria de ser reconhecida como um problema de saúde pública. Deveria receber mais atenção nas escolas, nos sistemas de saúde, nas faculdades de medicina e em asilos para garantir que os professores, os profissionais de saúde, os trabalhadores de creches e de abrigos de terceira idade saibam identificá-la e abordá-la. [9º§]As redes sociais podem abrir novas vias para conectar-se com os demais? Depende de como forem utilizadas. Quando as pessoas usam as redes para enriquecer as interações pessoais, isso pode ajudar a diminuir a solidão. Mas, quando servem de substitutas de uma autêntica relação humana, causam o resultado inverso. Imagine um carro. Se uma pessoa o conduz para compartilhar um passeio agradável com seus amigos, certamente se sentirá menos sozinha; se dirige sozinho para cumprimentá-los de longe e ver como os demais estão se divertindo, sua solidão certamente seguirá igual ou até mesmo pior. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com [10º§]Infelizmente, muitas pessoas solitárias tendem a considerar as redes sociais como um refúgio relativamente seguro para se relacionar com os outros. Como é difícil julgar se as outras pessoas são dignas de confiança no ciberespaço, a relação é superficial. Além disso, uma conexão pela internet não substitui uma real. Quando uma criança cai e machuca o joelho, uma mensagem compreensiva ou uma chamada pelo Skype não substitui o abraço de consolo dos seus pais. [...] **John T. Cacioppo, autor de Loneliness, é professor catedrático de psicologia e dirige o centro de neurociência cognitiva e social na Universidade de Chicago. Stephanie Cacioppo é professora de psiquiatria e neurociência no mesmo local. Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/06/ciencia/1459949778_182740.html, publicado em 13/04/2016, acesso em 07 out. 2016. Texto adaptado. Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 05/10/2014. Texto Adaptado. Releia o trecho a seguir. Qualquer um pode sofrer com solidão crônica: uma criança de 12 anos que muda de escola; um jovem que, depois de crescer em uma pequena comunidade, sente-se perdido em uma grande cidade; uma executiva que está ocupada demais com sua carreira para manter boas relações com seus familiares e amigos; um idoso que sobreviveu a sua parceira e cuja saúde fraca dificulta fazer visitas. Nesse trecho, os dois pontos foram utilizados para anunciar uma a)citação discursiva. b)enumeração explicativa. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)inserção de discurso direto. d)quebra na sequência das ideias. e)síntese do que foi enunciado anteriormente. 31 Resposta: b 32 (2016/Banca: FCC) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo. A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e sociais do mundo, em permanente mudança e construção. Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados Unidos, país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com finanças e até mesmo organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo. Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do “eu mereço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa crença fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí parecem não perceber que dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi possível alcançar. (Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca) Afirma-se corretamente: a)No segmento O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente (1° parágrafo), o elemento sublinhado refere-se a “Ocidente”. b)No segmento com direito à proteção dos pais e depois à do Estado (1° parágrafo), o sinal indicativo de crase que antecede o termo “do” é facultativo e pode ser suprimido. c)O elemento sublinhado em é também um fenômeno histórico implicado nastransformações econômicas e sociais do mundo (2° parágrafo) pode ser corretamente substituído por: “compelido”. d)Mantendo-se a correção e o sentido, o segmento sublinhado em país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo (3° parágrafo) pode ser substituído por: “cuja a infância foi transformada”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e)Fazendo-se as devidas alterações entre minúsculas e maiúsculas, as frases Hoje há algo novo nesse cenário / Vivemos a era dos adultos infantilizados (3° parágrafo) podem ser articuladas em um único período com o uso do sinal de dois-pontos. 32 Resposta: e 33 (2016/Banca: COSEAC) “Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a nossa língua, estou convencido, não está em perigo de desaparecimento” (linhas 6-7) A justificativa do uso de dois pontos no enunciado é a)explicitar uma afirmação anteriormente anunciada. b)apresentar o discurso direto de um personagem. c)enumerar fatos em uma progressão temporal. d)indicar quebra na sequência de ideias. 33 Resposta: a Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 34 (2016/Banca: IF-MT) Instrução: Leia o texto a seguir e responda a questão. Os dois pontos presentes no título do texto têm a função de anunciar a) a fala de um personagem do texto. b)uma citação c)um esclarecimento. d)uma oração apositiva. 34 Resposta: c 35 (2016/Banca: FCM) A questão deve ser respondida com base no texto. Leia-o atentamente, antes de responder a essa questão. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Solidão, uma nova epidemia Uma em cada três pessoas sente-se sozinha na sociedade da hiperconexão e das redes sociais JOHN T. CACIOPPO / STEPHANIE CACIOPPO** [1º§]Qualquer um pode sofrer com solidão crônica: uma criança de 12 anos que muda de escola; um jovem que, depois de crescer em uma pequena comunidade, sente-se perdido em uma grande cidade; uma executiva que está ocupada demais com sua carreira para manter boas relações com seus familiares e amigos; um idoso que sobreviveu a sua parceira e cuja saúde fraca dificulta fazer visitas. A generalização do sentimento de solidão é surpreendente. Vários estudos internacionais indicam que mais de uma em cada três pessoas, nos países ocidentais, sente-se sozinha habitualmente ou com frequência. [...] [2º§]A maioria dessas pessoas talvez não seja solitária por natureza, mas sente-se socialmente isolada, embora esteja rodeada de gente. O sentimento de solidão, no começo, faz com que a pessoa tente estabelecer relações com outras, mas, com o tempo, a solidão pode acabar em reclusão, porque parece uma alternativa melhor que a dor, a rejeição, a traição ou a vergonha. Quando a solidão se torna crônica, as pessoas tendem a se resignar. Podem ter família, amigos ou um grande círculo de seguidores nas redes sociais, mas não se sentem verdadeiramente em sintonia com ninguém. [3º§] Uma pessoa que se sente sozinha geralmente está mais angustiada, deprimida e hostil, e tem menos probabilidades de realizar atividades físicas. Como as pessoas solitárias tendem a ter mais relações negativas com os outros, o sentimento pode ser contagioso. Os testes biológicos realizados mostram que a solidão tem várias consequências físicas: elevam-se os níveis de cortisol – o hormônio do estresse –, a resistência à circulação de sangue aumenta e certos aspectos da imunidade diminuem. E os efeitos prejudiciais da solidão não terminam quando se apaga a luz: a solidão é uma doença que não descansa, que aumenta a frequência dos pequenos despertares durante o sono, e faz com que a pessoa acorde esgotada. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com [4º§] O motivo é que, quando o cérebro entende o seu entorno social como algo hostil e pouco seguro, permanece constantemente em alerta. E as respostas do cérebro solitário podem funcionar para a sobrevivência imediata. [...]Quando nossos motores estão constantemente acelerados, deixamos nosso corpo exausto, reduzimos nossa proteção contra os vírus e inflamações e aumentamos o risco e a gravidade de infecções virais e de muitas outras doenças crônicas. [5º§]Uma análise recente – de 70 estudos combinados, com mais de três milhões de participantes – demonstra que a solidão aumenta o risco de morte em 26%, aproximadamente o mesmo que a obesidade. O fato de que mais de uma em cada quatro pessoas em países industrializados pode estar vivendo na solidão,com consequências certamente devastadoras para a saúde, deveria nos preocupar.[...] [6º§]Com frequência, as pessoas solitárias não estão conscientes de muitas das coisas que estão acontecendo: não percebem. Por exemplo, a hipervigilância é aguçada de forma implícita em busca de ameaças sociais e a capacidade de controlar os impulsos é reduzida. Mas, assim como acontece com a dor física que nos informa de uma possível lesão em nosso corpo, o sentimento de solidão nos indica a necessidade de proteger ou consertar nosso corpo social. [7º§]Os familiares e amigos geralmente são os primeiros a detectarem os sintomas de solidão crônica. Quando uma pessoa está triste e irritável, talvez esteja pedindo, em silêncio, que alguém a ajude e se conecte com ela. A paciência, a empatia, o apoio de amigos e familiares, compartilhar bons momentos com eles, tudo isso pode fazer com que seja mais fácil recuperar a confiança e os vínculos e, por fim, reduzir a solidão crônica. [8º§]Infelizmente, para muitos, falar com sinceridade sobre a solidão continua sendo difícil, porque é uma condição mal compreendida e estigmatizada. No entanto, dadas sua frequência e suas repercussões na saúde, teria de ser reconhecida como um problema de saúde pública. Deveria receber mais atenção nas escolas, nos sistemas de saúde, nas faculdades de medicina e em asilos para garantir que os professores, os profissionais de saúde, os trabalhadores de creches e de abrigos de terceira idade saibam identificá-la e abordá-la. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com [9º§]As redes sociais podem abrir novas vias para conectar-se com os demais? Depende de como forem utilizadas. Quando as pessoas usam as redes para enriquecer as interações pessoais, isso pode ajudar a diminuir a solidão. Mas, quando servem de substitutas de uma autêntica relação humana, causam o resultado inverso. Imagine um carro. Se uma pessoa o conduz para compartilhar um passeio agradável com seus amigos, certamente se sentirá menos sozinha; se dirige sozinho para cumprimentá-los de longe e ver como os demais estão se divertindo, sua solidão certamente seguirá igual ou até mesmo pior. [10º§]Infelizmente, muitas pessoas solitárias tendem a considerar as redes sociais como um refúgio relativamente seguro para se relacionar com os outros.Como é difícil julgar se as outras pessoas são dignas de confiança no ciberespaço, a relação é superficial. Além disso, uma conexão pela internet não substitui uma real. Quando uma criança cai e machuca o joelho, uma mensagem compreensiva ou uma chamada pelo Skype não substitui o abraço de consolo dos seus pais. [...]. **John T. Cacioppo, autor de Loneliness, é professor catedrático de psicologia e dirige o centro de neurociência cognitiva e social na Universidade de Chicago. Stephanie Cacioppo é professora de psiquiatria e neurociência no mesmo local. Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/06/ciencia/1459949778_182740.html, publicado em 13/04/2016, acesso em 07 out. 2016. Texto adaptado. Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 05/10/2014. Texto Adaptado. Releia o trecho a seguir. Qualquer um pode sofrer com solidão crônica: uma criança de 12 anos que muda de escola; um jovem que, depois de crescer em uma pequena comunidade, sente-se perdido em uma grande cidade; uma executiva que está ocupada demais com sua carreira para manter boas relações com seus familiares e amigos; um idoso que sobreviveu a sua parceira e cuja saúde fraca dificulta fazer visitas. Nesse trecho, os dois pontos foram utilizados para anunciar uma Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Parte superior do formulário a)citação discursiva. b)enumeração explicativa. c)inserção de discurso direto. d)quebra na sequência das ideias. e)síntese do que foi enunciado anteriormente. 35 Resposta: b 36 (2016/Banca: IF-TO) Com base na norma-padrão da língua escrita, analise as propostas de alteração do texto I: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com I. Caso reescrevêssemos o 9º parágrafo retirando o adjunto adverbial “nas suas tiradas anticapitalistas”, assim o registraríamos: “Karl Marx, nunca poupou o seu próprio povo – um povo de trambicagens que alimentavam a máquina capitalista e retardavam a revolução”. II. Em 2 de maio de 2016, data de publicação do artigo “Judeus, solitários & fantasmas”, Ken Livingstone era o único ex-mayor (ex-prefeito) de Londres. O cargo de mayor (prefeito) da capital londrina foi criado em 2000. Na data presente, são dois os ex-mayors (ex-prefeitos) de Londres: Kevin Livingstone e Boris Johnson, este último governou a capital londrina até 8 de maio de 2016. Com base nessas informações, se o artigo em questão fosse escrito hoje, as vírgulas a separar o nome “Ken Livingstone” deveriam ser suprimidas, de modo que a 1ª frase do 5º parágrafo fosse assim registrada: Agora, veio o escândalo maior: o ex-mayor de Londres Ken Livingstone defendeu a camarada e acrescentou alguns “pensamentos” sobre a matéria. III. No 2º parágrafo, além de adaptar o texto à nova Ortografia Oficial, os parênteses poderiam ser substituídos por travessões, o que não implicaria a exclusão da vírgula presente na linha 6, de modo que a 2ª frase do parágrafo fosse assim registrada: Lembrando as célebres palavras do satirista Karl Kraus (1874-1936) sobre a Viena do seu tempo – “O antissemitismo é tão comum que até os judeus o praticam” –, deixei de prestar atenção aos delírios antissemitas que se produzem todos os dias. IV. A vírgula que isola o adjunto adverbial “Agora” (linha 22) pode ser retirada sem prejuízo para a correção do texto. V. Nas linhas 38-40, além de adequar o texto à nova Ortografia Oficial, poderíamos, sem prejuízo para a coerência e a norma-padrão, substituir os dois pontos por vírgula e empregar a conjunção “tendo em vista que”, de modo que a frase fosse assim registrada: “Sobre o antissemitismo da direita, há poucas dúvidas e poucas surpresas, tendo em vista que o ódio aos judeus sempre fez parte da cartilha mais radical”. Assinale a alternativa correta: Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Parte superior do formulário a)Somente as proposições II e V estão corretas. b)Somente as proposições I e II estão corretas. c)Somente as proposições II, III, IV e V estão corretas. d)Somente as proposições IV e V estão corretas. e)Somente as proposições I, II e III estão corretas. 36 Resposta: c 37 (2016/Banca: FCC) A maioria das pessoas pensa que vai se aposentar cedo e desfrutar da vida, mas um estudo sugere que estamos fadados a nos aposentar cada vez mais tarde se quisermos manter um padrão de vida razoável. Em 2009, pesquisadores publicaram um estudo na revista Lancet e afirmaram que metade das pessoas nascidas após o ano 2000 vai viver mais de 100 anos e três quartos vão comemorar seus 75 anos. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Até 2007 acreditávamos que a expectativa de vida das pessoas não passaria de 85 anos. Foi quando os japoneses ultrapassaram a expectativa para 86 anos. Na verdade, a expectativa de vida nos países desenvolvidos sobe linearmente desde 1840, indicando que ainda não atingimos um limite para o tempo de vida máximo para um ser humano. No início do século XX, as melhorias no controle das doenças infecciosas promoveram um aumento na sobrevida dos humanos, principalmente das crianças. E, depois da Segunda Guerra Mundial, os avanços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer promoveram um ganho para os adultos. Em 1950, a chance de alguém sobreviver dos 80 aos 90 anos era de 10%; atualmente excede os 50%. O que agora vai promover uma sobrevida mais longa e com mais qualidade será a mudança de hábitos. A Dinamarca era em 1950 um dos países com a mais longa expectativa de vida. Porém, em 1980 havia despencado para a 20a posição, devido ao tabagismo. O controle da ingestão de sal e açúcar, e a redução dos vícios como cigarro e álcool, além de atividade física, vão determinar uma nova onda do aumento de expectativa de vida. A própria qualidade de vida, medida por anos de saúde plena, deve mudar para melhor nas próximas décadas. O próximo problema a ser enfrentado é a falta de dinheiro para as últimas décadas de vida: estamos nos aposentando muito cedo e o que juntamos não será o suficiente. Precisamos guardar 10% do salário anual e nos aposentar aos 80 anos para que a independência econômica acompanhe a independência física na aposentadoria. Os pesquisadores propõem que a idade de aposentadoria seja alongada e que os sexagenários mudem seu raciocínio: em vez de pensar na aposentadoria, que passem a mirar uma promoção. (Adaptado de: TUMA, Rogério. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/revista/911/o-contribuinte-secular) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Atente para as afirmações abaixo. I. Sem prejuízo para a correção, o sinal de dois-pontos pode ser substituído por “visto que”, precedido de vírgula, em: O próximo problema a ser enfrentado é a falta de dinheiro para asúltimas décadas de vida: estamos nos aposentando muito cedo e o que juntamos não será o suficiente. (7o parágrafo) II. No segmento A própria qualidade de vida, medida por anos de saúde plena, deve mudar para melhor..., as vírgulas podem ser corretamente substituídas por travessões. (6o parágrafo) III. Haverá prejuízo para a correção caso uma vírgula seja colocada imediatamente após “alongada” no segmento: Os pesquisadores propõem que a idade de aposentadoria seja alongada e que os sexagenários mudem seu raciocínio... (último parágrafo) Está correto o que se afirma APENAS em a)I e II. b)I e III. c)II e III. d)II. e)I. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 37 Resposta: a Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 38 (2016/Banca: CESGRANRIO) Os dois-pontos em “Ou servem: alguém precisa fazer o trabalho sujo.” (l. 36-37) podem, no Texto I, ser substituídos, sem alteração do sentido original, por a)à medida que b)ou c)já que d)mas Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com e)embora 38 Resposta: c 39 (2016/Banca: FCC) À beira do abismo Em 1888, Van Gogh compartilhou, por três meses, uma casa com o pintor Paul Gauguin. Um dia, o amigo resolveu retratá-lo enquanto ele pintava seus girassóis. Ao ver pela primeira vez o quadro, que o flagra no último lugar em que poderia estar, pois um pintor se julga sempre fora da pintura, Van Gogh exclamou: “Sou eu, é claro, mas eu me tornando louco”. A arte como expressão da loucura ou, ao contrário, como opção pela loucura? Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em “curá-lo” da pintura. É claro, não conseguiu. A arte como vírus, como uma contaminação? Penso nas poucas telas que Clarice Lispector pintou. Telas tensas, desagradáveis: manifestações de gênio ou de insanidade? Elas ajudaram a deprimir Clarice ou, ao contrário, ajudaram a salvá-la? Recordo a Clarice que visitei um dia, sentada em sua cozinha diante de uma fatia de bolo, um tanto apática, a me dizer: “Comer bolo não me interessa. O que eu preciso é de água. De água e de literatura”. Vista assim, como uma necessidade primária, a literatura revela sua potência, mas também seus riscos. Riscos que os escritores, para se consolar, transportam para o interior da escrita. Para dar sentido àquelas partes de si que não pode controlar, o escritor deve correr o risco de sair de si. Ele se dedica justamente àquilo que, anestesiados pela ideia de normalidade, evitamos. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com A matéria da literatura vem, de fato, dessas zonas abissais em que as certezas se esgarçam, a nitidez se esvai e a dúvida comanda. Muitos não suportam. “Nascemos e crescemos num cárcere e por isso achamos naturais esses ferros nos pulsos e nos pés”, escreveu o alemão Georg Büchner. Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abismo, a sucumbir.E isso se parece com a loucura. O problema é que aquilo que o escritor enfrenta está sempre dentro de si. De certa forma, em consequência, todo escritor escreve “contra si”. Daí a dúvida que Machado sintetiza em O alienista: estarão os escritores no lugar dos médicos, que amparam e curam, ou de seus pacientes, que resistem e esperneiam? A resposta não é fácil: eles ocupam ao mesmo tempo os dois lugares: vestem o jaleco da saúde, mas também os grilhões da ignorância. (Adaptado de: CASTELLO, José. Sábados inquietos. Brasília, IMP, 2013, p. 6-7) Considere as seguintes afirmativas, acerca do uso dos sinais de pontuação. I. Em Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em “curá-lo” da pintura (2º parágrafo), as aspas têm a dupla função de demarcar uma citação e insinuar ironia. II. Em Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abismo, a sucumbir (5º parágrafo), as vírgulas estão empregadas em desacordo com a norma-padrão da língua. III. Em A resposta não é fácil: eles ocupam ao mesmo tempo os dois lugares: vestem o jaleco da saúde, mas também os grilhões da ignorância(6º parágrafo), os dois-pontos que seguem imediatamente o termo sublinhado podem ser substituídos, preservando-se as relações de sentido do texto original, por vírgula seguida de pois. Está correto o que consta em Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com a)I e III, apenas. b)II, apenas. c)I, apenas. d)II e III, apenas. e)I, II e III. 39 Resposta: a 40 (2016/Banca: ESAF) Assinale o trecho em que foram plenamente atendidas as regras de emprego dos sinais de pontuação. a)No Alto Xingu, após um ano sem se pintar, sem festejar, sem cortar o cabelo, a família do chefe morto chora, pela última vez, e volta à vida cotidiana. Antes porém, convida todos os povos xinguanos, para uma comemoração de final de luto: o Quarup. b)Juntos, os povos xinguanos homenageiam o chefe morto, representado na festa, por um tronco de madeira pintado e decorado; a existência e o exemplo do chefe ficam assim, gravados na memória das futuras gerações. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com c)Contra a morte, nada se pode fazer, a não ser lembrar do morto. É o que nos ensina o mito de origem do Quarup, segundo o qual os gêmeos Sol e Lua, ao final de longa saga, tentam, em vão, trazer a mãe de volta à vida. d)A mãe dos gêmeos que fora feita de madeira nobre e se casara com um chefe-jaguar, partira para a aldeia dos mortos. Sol e Lua decidem então, homenageá-la com uma festa, na qual reúnem o povo dos peixes e dos animais de pelo. e)Com a mesma madeira rija de que era feita a mãe, erguem no centro da aldeia, um tronco, imagem viva da memória dela. Desde então, toda vez que um chefe morre no Alto Xingu, realiza-se a festa do Quarup. (Adaptado de Tisakisü: tradição e novas tecnologias da memória, Museu do Índio/Funai, p.71.) 40 Resposta: c 41 (2016/Banca: CESPE) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Com relação a aspectos linguísticos do texto CB8A1BBB, julgue o item subsequente. Seriam mantidas a correção gramatical e as informações veiculadas no texto caso o ponto final empregado logo após “tempo” (l. 7) fosse substituído por dois-pontos, da seguinte forma: D. João não perdeu tempo: no dia 10 de março (...). Certo Errado 41 Resposta: certo 42 (2016/Banca: CESPE) Texto IV Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto IV, julgue (C ou E) o item a seguir. No período “Ganhou com isso (...) um eco natural” (l. 78 a 81), o sinal de dois-pontos poderia ser substituído por um travessão, sem queo sentido do texto e sua correção gramatical fossem prejudicados. Parte superior do formulário Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Certo Errado 42 Resposta: certo 43 (2016/Banca: VUNESP) A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que se prezam, além do presidente e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de Deputados, ambos eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto. O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais não poder, de modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de impostos sobre produtos semelhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer a sua riqueza, mas não sem os estertores de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande nação vivia aos solavancos, sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dando campo a que surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do seu parlamento. Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava muito em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras coisas cabalísticas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o deputado Felixhimino ben Karpatoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo dentista, não se sabia bem; todos tratavam-no de doutor, embora nada se conhecesse dele. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com (Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado) Assinale a alternativa em que os sinais de pontuação estão empregados segundo os mesmos princípios da norma- padrão adotados na passagem – com certa diferença na duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto. a)A separação os fez perder muita coisa: ele, a guarda dos filhos; ela, a casa em que morava com as crianças. b)Há algo importante a explicar: a perda de clientes, muitos deles inadimplentes; entretanto, ninguém fala nada. c)Os meios de divulgação são os seguintes: internet, mensagem de celular e jornais; com eles, atingiremos o público. d)Foi o que disse o funcionário: o carregamento não chegou, ainda; e os pedidos estão se acumulando, mais e mais. e)Fui reticente, mas agora me explico: meu dinheiro acabou, nada me resta; e meu pai não pode me ajudar, coitado. 43 Resposta: a 44 (2016/Banca: COSEAC) Texto 2 Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 1 Para o Brasil o homem da África foi trazido principalmente como mão de obra: a mão de obra capaz de substituir o indígena, pois este não estava afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura. (...) 2 Foi particularmente o escravo que influiu na organização econômica e social do Brasil, constituindo a escravidão uma daquelas três forças – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que caracterizam o processo de exploração da nova terra portuguesa; e que fixaram igualmente a paisagem social da vida de família ou coletiva no Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881, antecipando-se assim aos modernos estudos de interpretação antropológica ou sociológica sobre o negro: “o mau elemento da população não foi a raça negra, mas essa raça reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O Abolicionismo”. 3 Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre. Como escravo, e por causa da escravidão, o negro africano teve sua vida perturbada; dela afastado bruscamente, misturou-se com outros grupos culturais. Esta circunstância contribuiu para que os valores culturais de que era portador fossem prejudicados em sua completa autenticidade ao se integrar no Brasil. 4 Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os sincretismos e os processos transculturativos. 5 Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado. (JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com O sinal de dois-pontos, usado após “mão de obra” (§ 1), anuncia: a)uma citação. b)uma discriminação. c)uma consequência. d)um esclarecimento. e)um exemplo. 44 Resposta: d 45 (2016/Banca: VUNESP) As escolas do futuro Um grupo de alunos está reunido na sala de aula no meio de um debate caloroso – estão tentando adaptar um carro convencional em um modelo ecológico e econômico. Essa é apenas uma das lições desta escola, chamada Minddrive, no Kansas, EUA. Esta não é uma escola normal, claro. O Minddrive, na verdade, é um reforço escolar para adolescentes que não vão bem no ensino regular. Mas seu método educativo não é tão exótico assim. Ele é todo baseado em jogos epistêmicos, em que os alunos simulam situações cotidianas e pensam em soluções para os problemas que vão surgindo. “Os desafios que as nossas escolas enfrentam hoje são importantes demais para ficarmos isolados. Precisamos preparar os alunos para o Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo E-mail: preparaconcursos10@gmail.com mundo real”, diz David Shaffer, professor de pedagogia da Universidade de Wisconsin e chefe do projeto de jogos epistêmicos para uso na educação. Green School é uma escola em Bali, na Indonésia, onde tudo é natural: as estruturas são de bambu e as salas de aula, abertas, para que o calor e o vento balineses possam entrar. Criada pelo americano John Hardy, ela se baseia na metodologia do educador britânico Alan Wagstaff, que defende uma maneira de ensinar que conecta aspectos racionais, emocionais, físicos e espirituais. Na prática, isso quer dizer que o conhecimento está dividido em temas, e não em matérias. Por exemplo, no ensino fundamental, crianças de sete anos aprendem “padrões de contagem” pulando corda. Um dos objetivos da Green School é que seus alunos saiam de lá prontos para abrir seus próprios negócios