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NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br 1 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão reservados. Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-temper baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF para os formatos doc, odt, txt entre outros. SUMÁRIO Direito Administrativo ................................................................ 3 Direito Financeiro e Tributário .................................................. 36 2 1. Administração Pública como função do Estado. Princípios regentes do Direito Administrativo constitucionais e legais, explícitos e implícitos. A reforma do Estado brasileiro. Os quatro setores e suas características. A publicização do terceiro setor (as organizações sociais e as OSCIPS). NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br NFPSS – PARTE 2 DIREITO ADMINISTRATIVO1 Art. 37 (CF). A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte. - LEGALIDADE: a atuação da Administração Pública deve ser autorizada por lei. - IMPESSOALIDADE: pode ser analisado sob duas perspectivas: Isonomia: a Administração deve tratar todos os administrados da mesma forma. Proibição de promoção pessoal: o administrador não pode se valer das realizações públicas para se promover. #OLHAOGANCHO: esse princípio fundamenta a proibição de existência de nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal, inclusive do partido. Por outro lado, permite que se reconheça a validade de atos praticados por agente de fato. (Segurança Jurídica e Teoria dos atos de Governo). - MORALIDADE: o administrador deve se pautar de acordo com padrões éticos (moral administrativa). - PUBLICIDADE: os atos da Administração devem ser públicos, o que permite maior controle pelo povo. Restrições à publicidade: segurança da sociedade e do Estado; proteção à intimidade ou ao interesse social. #APOSTACICLOS: O IBGE está legalmente impedido de fornecer a quem quer que seja as informações individualizadas que coleta, no desempenho de suas atribuições, para que sirvam de prova em quaisquer outros procedimentos administrativos. STJ. 1ª Turma. REsp 1.353.602-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 30/11/2017 (Info 617). - EFICIÊNCIA: introduzido pela EC 19/00, esse princípio impõe a busca por melhores resultados, com o menor custo possível. - RAZOABILIDADE/PROPORCIONALIDADE: é a mesma ideia que aprendemos em direito constitucional, no sentido de que a atuação administrativa deve respeitar os subprincípios da (i) adequação; (ii) necessidade e (iii) proporcionalidade em sentido estrito. 1 Por Isabella Miranda. 3 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br - INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: à medida que o administrador exerce função pública (múnus público – atividade em nome do interesse do povo), ele não pode abrir mão desse interesse (direito), justamente porque tal direito não o pertence. - SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO: quando em confronto, o interesse público se sobrepõe ao interesse particular. É esse o princípio que justifica, por exemplo, a intervenção do Estado na propriedade privada. #ATENÇÃO: alguns autores contestam a existência desse princípio. Argumentam que: (a) Há indeterminação no conceito de interesse público; (b) violação ao princípio da proporcionalidade, pois, em caso de conflito entre os direitos, já se escolhe, de antemão, qual sempre irá prevalecer. - AUTOTUTELA: a Administração possui o poder-dever de anular seus atos ilegais e revogar os inconvenientes. #ATENÇÃO: fala-se em heterotutela se o controle não é feito pela Administração Pública, como em casos de anulação de ato administrativo pelo poder judiciário. #NÃOCONFUNDA: Tutela é o poder de fiscalização dos atos das entidades da administração indireta pelos órgãos centrais da administração direta. - MOTIVAÇÃO: obriga a Administração a explicitar o fundamento normativo de suas decisões, permitindo o controle. #SELIGA: chama-se de MOTIVAÇÃO ALIUNDE o caso em que a motivação consiste em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações ou decisões, que passam a ser parte integrante do ato. Art. 50, §1º, Lei 9.784/1999: A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. #OLHAOGANCHO: Teoria dos motivos determinantes: o ato discricionário, uma vez motivado, tem sua validade vinculada à veracidade dos fatos descritos como motivadores da sua prática. #ISSOÉUMPLUS: Direito Fundamental à boa administração. - Boa administração pública é aquela que efetiva direitos fundamentais previstos na CF/88 por meio de políticas públicas e serviços públicos. É o direito a uma administração pública eficiente, transparente, imparcial, proba, com participação social e responsabilidade estatal. Além disso, a doutrina também preceitua que o direito à boa administração relaciona-se a princípios e regras que regulam o controle das relações administrativas. - Tal direito fundamental, no Brasil, decorre de uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico brasileiro, especialmente do texto constitucional, o qual busca elevar a boa administração pública a um patamar de fundamentalidade (decorrente do Estado Democrático de Direito, da dignidade da pessoa humana e dos direitos fundamentais). Por isso, o direito à boa administração é considerado um direito fundamental no ordenamento jurídico brasileiro. - Esse direito foi positivado pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, a qual prevê garantias como a de o cidadão ser previamente ouvido pela Administração Pública antes de a seu respeito ser tomada 4 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br qualquer medida individual desfavorável, o direito de ter acesso aos processos que lhe sejam referentes e a obrigação por parte da Administração de fundamentar suas decisões. - Boa Governança: possui relação com a gestão dos recursos e com a capacidade do governo de implementar as políticas públicas, ou seja, sua capacidade gerencial, técnica e financeira. É diferente de governabilidade (legitimidade política de governar). A doutrina divide a governança em interna e externa. A governança interna tem relação com a gestão dos recursos públicos (pessoal, financeiro, material), enquanto a governança externa está ligada à coordenação dediversas entidades governamentais e não governamentais na implementação de políticas públicas. A ideia de governança diz respeito ao fato de que o Estado não tem papel apenas de execução, mas também de coordenação e controle das políticas públicas. #OLHAOGANCHO: A boa governança se relaciona diretamente com o princípio da eficiência. A doutrina tem apontado que a governança pública tem como base quatro princípios: Relações Éticas; Conformidade, em todas as suas dimensões; Transparência; Prestação responsável de contas. - Accountability: significa o dever dos agentes públicos de prestar contas à população de seus atos na gestão da coisa pública. Está ligado à publicidade e transparência na Administração Pública. Nas modernas sociedades democráticas, espera-se que os governantes prestem contas à sociedade, eis que gerem coisa pública e não privada. Também esse dever valoriza a eficiência administrativa, pois a informação e a participação fazem com que a população passe a exigir melhores resultados. Accountability horizontal: controle e prestação de contas quando um poder ou órgão fiscaliza o outro - uma ação entre entidades no mesmo plano. Ex.: auditorias realizadas pela Controladoria-Geral da União nos órgãos federais (controle interno), as auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (controle externo) etc. Accountability vertical: controle que a população exerce sobre os políticos e os governos. OS QUATRO SETORES: 1) Primeiro setor: está o Estado (setor público), compreendendo a Administração Direta e a Indireta; 2) Segundo setor: está o mercado (setor privado), espaço dedicado à iniciativa privada, em que a atuação dos agentes econômicos é voltada para a obtenção de lucro; 3) Terceiro setor (setor público não estatal): é composto por organizações de natureza privada, sem objetivo de lucro, que, embora não integrem a Administração Pública, dedicam-se à consecução de objetivos sociais ou públicos. Essas entidades são também chamadas de públicas não estatais. São públicas porque prestam serviço de interesse público; são “não estatais” porque não integram a Administração Pública direta ou indireta. Ex.: entidades declaradas de utilidade pública, os serviços sociais autônomos (SESI, SESC, SENAI), organizações sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP). - CARACTERÍSTICAS: Não são criadas pelo Estado, ainda que algumas delas tenham sido autorizadas por lei; Em regra, desempenham atividade privada de interesse público (serviços sociais não exclusivos do Estado); Recebem algum tipo de incentivo do Poder Público; Muitas possuem algum vínculo com o Poder Público e, por isso, são obrigadas a prestar contas dos recursos públicos à Administração Pública e ao Tribunal de Contas; Possuem regime jurídico de direito privado, porém derrogado parcialmente por normas direito público; 5 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Integram o Terceiro Setor porque não se enquadram inteiramente como entidades privadas e também porque não integram a Administração Pública Direta ou Indireta. 4) Quarto setor: está relacionado ao comércio informal e, também, ao exercício de atividades ilícitas como o tráfico de drogas, a corrupção, a lavagem de dinheiro. 5) Quinto setor: excluídos sociais, isto é, aquela parcela mais pobre da sociedade, que vagueia na marginalidade. #VAICAIR #TABELALOVERS #REVISAQUEPASSA OS OSCIP NATUREZA JURÍDICA Pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade lucrativa, não integrante da administração pública. Pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade lucrativa, não integrante da administração pública. ÁREA DE ATUAÇÃO Ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde. É mais ampla do que a das organizações sociais, porque abrange, além de todo o campo de atuação destas últimas, diversas outras áreas previstas no art. 3.º da Lei 9.790/1999. VÍNCULO JURÍDICO Contrato de gestão Termo de parceria NATUREZA DO ATO DE QUALIFICAÇÃO Ato discricionário Ato vinculado ATO DE QUALIFICAÇÃO A qualificação depende de aprovação do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. Concedida pelo Ministério da Justiça. IMPOSSIBILIDADE DE DUPLA QUALIFICAÇÃO – OS E OSCIP Não admite ser qualificada ao mesmo tempo como OSCIP Não admite ser qualificada ao mesmo tempo como OS. ESTRUTURA INTERNA Exigência legal: – Conselho de administração com participação obrigatória de representantes do Poder Público e membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral; – Diretoria. Obs.: não se exige Conselho Fiscal. Exigência legal: – Conselho Fiscal. Obs.: não se exige Conselho de administração ou participação de representantes do Poder Público em qualquer órgão da entidade. 6 2. Administração Direta (órgãos públicos: conceito, espécies, regime); Administração Indireta: Autarquias, Fundações Públicas, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas. Principais características de cada uma e regime jurídico. O regime das subsidiárias. Direito Administrativo Econômico. As formas de intervenção do Estado. Os princípios constitucionais da ordem econômica e a criação de sociedades de economia mista e empresas públicas. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br LICITAÇÃO Dispensável para a contratação de prestação de serviços no âmbito do contrato de gestão (Lei 8.666/1993, art. 24, XXIV). Não há previsão expressa na legislação de dispensa de licitação para contratação de OSCIP. Inclusive, o Decreto 3.100/1999 prevê que a escolha da OSCIP para firmar termo de parceria deverá ser feita por meio de concursos de projetos. DESQUALIFICAÇÃO Perde-se a qualificação de OS a pedido ou se descumprido o contrato de gestão, mediante processo administrativo, em que seja assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Perde-se a qualificação de OSCIP a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. ÓRGÃOS PÚBLICOS ÓRGÃOS PÚBLICOS Teoria dos órgãos públicos Quanto à relação entre o Estado e os agentes públicos: a. Teoria do mandato. b. Teoria da representação. c. Teoria do órgão (é a que prevalece). Quanto à natureza dos órgãos a. Subjetiva: identifica os órgãos com os agentes públicos; b. Objetiva: órgãos seriam apenas um conjunto de atribuições ou unidades funcionais da organização administrativa; c. Eclética: os órgãos seriam formados pela soma dos elementos objetivos e subjetivos, ou seja, pelo plexo de atribuições e pelo agente público. Classificação Quanto à posição que ocupa na escala governamental ou administrativa a. Órgãos independentes; b. Órgãos autônomos; c. Órgãos superiores; d. Órgãos subalternos. Em relação ao enquadramento federativo a. Órgãos federais; b. Órgãos estaduais; c. Órgãos distritais; d. Órgãos municipais. Quanto à composição / atuação funcional a. Órgãos singulares ou unipessoais; b. Órgãos coletivos ou pluripessoais. Em relação às atividades que, a. Órgãos ativos; b. Órgãos consultivos; 7 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3@ciclosr3 www.ciclosr3.com.br preponderantemente, são exercidas c. Órgãos de controle; Informações gerais Não possuem personalidade jurídica (alguns possuem personalidade judiciária, mas apenas para a defesa de suas prerrogativas institucionais); Embora não possuam personalidade, podem celebrar contrato de gestão (interno ou endógeno). Súmula 525-STJ: A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais. #APOSTACICLOS: Lei das Estatais (Lei 13.303/2016). - Na participação em sociedade empresarial em que a empresa pública, a sociedade de economia mista e suas subsidiárias não detenham o controle acionário, essas deverão adotar, no dever de fiscalizar, práticas de governança e controle proporcionais à relevância, à materialidade e aos riscos do negócio do qual são partícipes. - EMPRESA PÚBLICA é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. #ATENÇÃO: Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. - O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias deverá observar regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão de riscos e de controle interno, composição da administração e, havendo acionistas, mecanismos para sua proteção. - A lei determina a necessidade de licitação para as contratações por estatais, mas traz hipóteses próprias de dispensa e inexigibilidade (artigos 28 a 30). #ATENÇÃO: As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobre preço ou superfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do julgamento objetivo. - As despesas com publicidade e patrocínio da empresa pública e da sociedade de economia mista não ultrapassarão, em cada exercício, o limite de 0,5% (cinco décimos por cento) da receita operacional bruta do exercício anterior. - É vedado à empresa pública e à sociedade de economia mista realizar, em ano de eleição para cargos do ente federativo a que sejam vinculadas, despesas com publicidade e patrocínio que excedam a média dos gastos nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito ou no último ano imediatamente anterior à eleição. - A lei concedeu um prazo de 24 meses para que as empresas públicas e as sociedades de economia mista constituídas anteriormente à sua vigência promovessem as adaptações necessárias à adequação ao disposto na lei. 8 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br #JÁCAIU: Os membros do Conselho de Administração e os diretores são administradores e submetem-se às normas da Lei n° 6.404/76 (Lei das S.A.). (TRF 2ª Região, 2017). #APOSTACICLOS: As empresas públicas e sociedades de economia mista não têm direito à prerrogativa de execução via precatório. STF. 1ª Turma. RE 851711 AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/12/2017 (Info 888). No entanto, é possível sim aplicar o regime de precatórios para empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos e que não concorram com a iniciativa privada STF. 1ª Turma. RE 627242 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 02/05/2017. STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858). DIREITO ADMINISTRATIVO ECONÔMICO - Estado e ordem econômica: evolução a) Estado Liberal de Direito (Estado Abstencionista) b) Estado Social de Direito (Estado prestador ou intervencionista) c) Estado Democrático de Direito (Estado Regulador): “a ineficiência do Estado Social justificou a adoção do denominado Estado Regulador (Estado Subsidiário ou Neoliberal), com a diminuição do aparato estatal, especialmente com a devolução de atividades econômicas e delegação de serviços públicos aos particulares, que passariam a ser fomentados e regulados por órgãos ou entidades regulatórias (ex.: agências reguladoras), transformando a intervenção estatal direta (prestação) em indireta (regulação).” (Rafael Carvalho Rezende Oliveira). - Fundamentos da ordem econômica: valorização do trabalho humano + livre-iniciativa. - Espécies de intervenção do Estado na ordem econômica: a) Direta b) Indireta - Meios de intervenção: Planejamento e disciplina; Regulação; Fomentos; Repressão ao abuso do poder econômico (Direito da Concorrência); Exploração direta da atividade econômica (“Os monopólios estatais são aqueles elencados taxativamente na Constituição – art. 176, 177, I a IV e outros –, sendo admissível a instituição de novos monopólios apenas por emenda constitucional, mas não por lei, tendo em vista os princípios constitucionais da livre-iniciativa e da livre concorrência, bem como a ausência de delegação constitucional ao legislador ordinário para eventual criação de novos monopólios” (como o permitia a EC 1/69, em seu art. 163; Rafael Carvalho Rezende Oliveira). 9 Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 3. Direito Administrativo Regulador. Agências: Reguladoras e Executivas. O regime jurídico das Agências Reguladoras: natureza jurídica, características, contrato de gestão, pessoal e poder normativo. A concessão de serviços. Conceito, características. Direitos do concedente e do concessionário. Equilíbrio do contrato. Formas de extinção. As permissões e autorizações. As parcerias da Administração Pública. Parcerias público privadas. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO REGULADOR2 - Regulação (Estado regulador): Sentido amplo: regulação é toda forma de intervenção estatal. Sentido restrito: regulação é somente o condicionamento da atividade econômica por lei ou ato normativo. - Regulação X Regulamentação: a regulação representa uma função administrativa, processualizada e complexa, que compreende o exercício de função normativa, executiva e judicante; a regulamentação é caracterizada como função política, inerente ao chefe do Executivo, que envolve a edição de atos administrativos normativos (atos regulamentares),complementares à lei. - Formas de regulação: Regulação estatal: exercida pela Administração Direta ou por entidades da Administração Indireta (ex.: agências reguladoras). Regulação pública não estatal: exercida por entidades da sociedade, mas por delegação ou por incorporação das suas normas ao ordenamento jurídico estatal (ex.: entidades desportivas). Autorregulação: realizada por instituições privadas, geralmente associativas, sem nenhuma delegação ou chancela estatal (ex.: Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Desregulação: quando ausente a regulação institucionalizada, pública ou privada, ficando os agentes sujeitos à mão invisível do mercado. #APOSTACICLOS: Não há violação do princípio da legalidade na aplicação de multa previstas em resoluções criadas por agências reguladoras, haja vista que elas foram criadas no intuito de regular, em sentido amplo, os serviços públicos, havendo previsão na legislação ordinária delegando à agência reguladora competência para a edição de normas e regulamentos no seu âmbito de atuação. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 825776/SC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 05/04/2016. SERVIÇOS PÚBLICOS - Concepções sobre serviço público: Amplíssima: toda e qualquer atividade exercida pelo Estado. Ampla: toda atividade prestacional voltada ao cidadão, não importando se é de titularidade exclusiva do Estado e qual a forma de remuneração. Restrita: atividade prestada pelo Estado, de forma individualizada e com fruição qualificada. Restritíssima: atividade de titularidade do Estado remunerada por taxa ou tarifa. 2 Fonte: Curso de Direito Administrativo, Rafael Carvalho Rezende Oliveira. 10 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br - Prevalece a concepção ampla, de modo que o serviço público é conceituado como a “atividade prestacional, titularizada, com ou sem exclusividade, pelo Estado, criada por lei, com o objetivo de atender as necessidades coletivas, submetida ao regime predominantemente público”. #CONTROVÉRSIA: Tanto a Lei nº 8987/95, como o Código Consumerista, dizem que o CDC é aplicado no âmbito do serviço público. No entanto, o próprio CDC diz que só há relação de consumo quando a prestação do serviço é remunerada. Porém, há serviços públicos que não são remunerados. E agora, como resolver? Corrente 1 (Juruena Villela Souto): aplica-se o CDC a todos os serviços, pois todos são remunerados, nem que seja indiretamente por meio de impostos. Corrente 2 (Cláudia Lima Marques): aplica-se o CDC apenas aos serviços UTI SINGULI, que são especificamente remunerados por taxa ou tarifa. Corrente 3 (Rafael Oliveira): CDC incide apenas sobre os serviços remunerados por TARIFA, e não naqueles remunerados por taxa. - Não são serviços públicos: atividades judiciais, legislativas e de governo (políticas); fomento; poder de polícia; intervenção na propriedade privada; obras públicas. - Ordem social (saúde e educação): podem ser prestados pelos particulares independentemente de delegação. São atividades privadas, sujeitas ao poder de polícia do Estado. Apenas quando desempenhadas pelo Estado é que se sujeitam ao regime de direito público. - Formas de prestação: Direta: o serviço é prestado pela Administração Pública, direta ou indireta. Indireta: o serviço é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do Poder Público, é atribuída a sua mera execução. - Regulamentação e controle: atividade típica do Poder Público, indelegável a particulares. - Classificação de serviços públicos: Originário: só pode ser prestado pelo Estado; poder de império; indelegável. Ex.: segurança nacional. Derivado: pode ser prestado por particulares; delegável. Ex.: energia, telefonia. - Classificações dos serviços públicos: Exclusivo: titularidade do Estado, prestados direta ou indiretamente. Ex.: energia. Não exclusivo: Estado não é titular; podem ser prestados por particulares sem delegação. Ex.: saúde, educação. Próprio: prestado pelo Estado, direta ou indiretamente. Ex.: energia, escola pública. Impróprio: prestado por particular, sem delegação. Ex.: saúde, educação. Geral, uti universi: Usuários indeterminados. Ex.: iluminação pública, saneamento. Individual, uti singuli: Usuários determinados, mensuráveis. Ex.: água, energia. Obrigatório: colocado à disposição dos cidadãos, obrigatoriamente; remunerado por tributos. Facultativo: usuário pode optar por recebê-lo ou não; remunerado por tarifas. - Serviço pode ser paralisado: Em situação de emergência (ex.: queda de raio na central elétrica); ou Após prévio aviso, quando: 11 4. Formas de intervenção do Estado na propriedade. Limitações administrativas, tombamento, requisição, servidão e desapropriação. Fundamentos e requisitos constitucionais para as desapropriações. Espécies de desapropriações. Proteção ao patrimônio histórico, artístico e cultural. Desapropriações por utilidade ou necessidade pública ou por interesse social, desapropriações por interesse social para fins de reforma agrária. O art. 243 da CF/88. Retrocessão. Desapropriação indireta. Procedimento expropriatório. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br o Motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex.: manutenção periódica e reparos preventivos); e o Por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade; PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS (PPP) – Lei 11.079/2004 - Há contraprestação financeira paga pelo Estado (investimentos de grande vulto, para atrair investidores). - Concessão patrocinada: contraprestação do Estado + tarifa do usuário. - Concessão administrativa: remuneração integral do Estado. - Restrições: Quanto ao valor: a PPP não pode ser inferior a R$ 10 milhões; #NOVIDADE #COLANARETINA. Quanto ao tempo: a PPP deve ter periodicidade mínima de 5 anos e máxima de 35 anos, incluindo eventual prorrogação, Quanto à matéria: não é cabível PPP que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. Quanto à área de atuação: a PPP não pode ser utilizada para delegação das atividades de poder de polícia, regulação, jurisdicional e de outras atividades exclusivas do Estado, pois são serviços indelegáveis; - Tipos de contraprestação: ordem bancária, cessão de créditos não tributários, outorga de direitos em face da Administração Pública; outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; outros meios admitidos em lei. - Fundo Garantidor: recursos da União, mas garante PPP de todas as esferas. Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Pode assumir a forma de companhia aberta. O Poder Público não pode controlar a SPE, exceto se banco público financiador assumir a empresa como garantia. - Licitações: modalidade concorrência; inversão de fases (habilitação ocorre antes do julgamento); admitida fase de lances (propostas com preço até 20% superior à melhor proposta). #JÁCAIU: Situação hipotética: O estado X pretende realizar obra de restauração no parque estadual com a construção de pistas de corrida, quadras poliesportivas e parque aquático. Em decorrência de restrição orçamentária, o estado pretende firmar uma PPP para tal fim. Assertiva: Nesse caso, é vedada a realização da PPP, por se tratar exclusivamente de contrato de execução de obra pública. (TRF 5ª Região, 2017). 12 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br- A intervenção na propriedade decorre do PODER DE POLÍCIA e tem dois fundamentos: Cumprimento da função social da propriedade; Satisfação do interesse público. - MODALIDADES: Intervenções restritivas (ou brandas): são impostas restrições e condições à propriedade, sem retirá- la do seu titular. Ex.: servidão, requisição, ocupação temporária e tombamento. Intervenções supressivas (ou drásticas): retira a propriedade do seu titular originário, transferindo-a para o seu patrimônio. Ex.: diferentes espécies de desapropriação. DESAPROPRIAÇÃO DESAPROPRIAÇÃO CONCEITO É a intervenção através da qual o Estado se apropria da propriedade alheia, após o devido processo legal, transferindo-a compulsoriamente e de maneira originária para o seu patrimônio, com fundamento no interesse público e, normalmente, mediante indenização. CARACTERÍSTICAS Aquisição originária (livre, portanto, de todos os ônus). Todo e qualquer bem ou direito que possua valor econômico pode ser desapropriado. Competência LEGISLATIVA é PRIVATIVA da União. COMPETÊNCIA DECLARATÓRIA E EXECUTIVA A competência DECLARATÓRIA (1ª fase do procedimento) é apenas dos entes políticos (atribui-se competência, igualmente, ao DNIT e à ANEEL). Para fins de reforma agrária, a competência é EXCLUSIVA DA UNIÃO. Por outro lado, a competência EXECUTIVA (para ajuizar a ação de desapropriação, pagar o preço...) pode ser repassada, por meio de lei ou contrato, à administração indireta e aos concessionários/permissionários. ESPÉCIES Comum/ordinária/regular: justificada por utilidade/necessidade pública ou por interesse social. Florística: proteção ambiental. Sancionatória: divide-se em: Urbana (prevista no estatuto da cidade); Rural para fins de reforma agrária (previsão no art. 184/CF, LC 76 e lei nº 8.629/93); Confiscatória (art. 243, CF). PROCEDIMENTO DA DESAPROPRIAÇÃO COMUM. 1ª FASE (DECLARATÓRIA) = Publicação de ato de declaração da expropriação (decreto ou lei de efeito concreto), declarando o bem de utilidade pública ou de interesse social. Manifesta a vontade de possuir o bem. EFEITOS IMEDIATOS DO ATO DECLARATÓRIO: (a) Fixa o estado do bem: só serão indenizadas benfeitorias posteriores se necessárias ou úteis, caso autorizadas essas últimas; (b) Submete o bem ao poder expropriatório estatal: o Estado ainda não é proprietário, mas pode exercer alguns poderes sobre o bem. Ex.: entrar para realizar medições. (c) Confere ao Poder Público o poder de penetrar no bem, desde que não haja excesso e (d) Inicia o prazo de CADUCIDADE (deve a Administração tentar efetivar administrativamente a desapropriação ou, ao menos, ajuizar a ação de 13 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br desapropriação). Veja os prazos: UTILIDADE ou NECESSIDADE PÚBLICA: prazo de 05 anos (renova +5); INTERESSE SOCIAL: prazo de 02 anos. 2ª FASE (EXECUTIVA): Adoção dos atos materiais (concretos) pelo Poder Público ou seus delegatários, devidamente autorizados por lei ou contrato, com o intuito de consumar a retirada da propriedade do proprietário originário. Pode ser: (a) ADMINISTRATIVA: depois da declaração, a Administração propõe valor, o qual é ACEITO (nesse caso, há verdadeiro contrato de compra e venda) ou (b) JUDICIAL: o valor NÃO É ACEITO (ou não se conhece o PROPRIETÁRIO DO BEM). Nesse caso, deve ser ajuizada AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO (i) POLO ATIVO: Poder Público (Adm. direta ou indireta) ou delegatários. Obs.: a) Desapropriação Sancionatória Urbanística: legitimidade ativa EXCLUSIVA DO MUNICÍPIO; b) Desapropriação para fins de reforma agrária: legitimidade ativa EXCLUSIVA DA UNIÃO. (ii) POLO PASSIVO: proprietário do imóvel. (iii) Requisitos da PETIÇÃO INICIAL: (a) Oferta do preço; (b) Cópia do contrato ou do diário oficial em que houver sido publicado o decreto expropriatório; (c) Planta ou descrição do bem a ser desapropriado e suas confrontações. (iv) CONTESTAÇÃO: Só pode versar sobre: vício no processo (preliminares) ou preço. (v) IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE: Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imiti-lo provisoriamente na posse dos bens; §2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a requerer a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias. §3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será concedida a imissão provisória. §4o A imissão provisória na posse será registrada no registro de imóveis competente. (vi) PROVA PERICIAL: É plenamente cabível na ação de desapropriação. É importante para a fixação do valor. Deve haver a apresentação do laudo em até 05 dias antes da audiência. (vii) SENTENÇA E TRANSFERÊNCIA DO BEM: (a) Fixa o valor da indenização (após o pagamento, consuma-se a desapropriação); (b) Autoriza a imissão definitiva na posse; (c) Constitui título hábil para registro. (d) É o pagamento do valor, ou sua consignação judicial, que promove a transferência do bem. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA É fato administrativo pelo qual o Estado se apropria de bem particular, sem observância dos requisitos da declaração e da indenização prévia. De acordo com o artigo 35 do Decreto 3365/41, uma vez incorporado ao patrimônio público, não será possível a sua reivindicação pelo particular. Diante disso, o particular deve ajuizar uma ação de desapropriação indireta, que, a rigor, é uma ação de indenização. Hoje, prevalece o entendimento de que o prazo prescricional para que o particular prejudicado ajuíze a ação de desapropriação indireta é de 10 anos. 14 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br DIREITO DE EXTENSÃO É aquele pelo qual o expropriado requer que a desapropriação e a respectiva indenização incidam sobre a totalidade do bem, pois a parte não abarcada ficou inservível ou esvaziada de interesse patrimonial. São para os casos de desapropriação parcial. TREDESTINAÇÃO É a mudança da destinação do bem expropriado. Poder Público diz que faria uma coisa no decreto, mas depois faz outra. Será ilícita quando houver DESVIO DE FINALIDADE (o bem não foi usado para atender o interesse público), caso em que o particular deve ser reintegrado (retrocessão). Será lícita quando, embora divergente do planejamento inicial, permanece atendendo o INTERESSE PÚBLICO. Ex.: iria construir escola, mas constrói hospital. Nesse caso, o particular não poderá reaver o bem. RETROCESSÃO O direito de o expropriado exigir a devolução do bem desapropriado que não foi utilizado pelo Poder Público para atender o interesse público. Há controvérsia sobre qual seria o prazo para o particular ajuizar a ação. TOMBAMENTO TOMBAMENTO CONCEITO É um procedimento ou ato administrativo pelo qual o Poder Público sujeita a restrições parciais os bens de qualquer natureza cuja conservação seja de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu excepcional valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico. É SEMPRE UMA RESTRIÇÃO PARCIAL. QUANTO À CONSTITUIÇÃO OU PROCEDIMENTO DE OFÍCIO: Recai sobre bem público. Processa-se mediante simples notificação à entidade a quem pertencer ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada. VOLUNTÁRIO: Não há resistência por parte do proprietário. Há anuência ou pedido do proprietário. 2. COMPULSÓRIO: Há resistência por parte do proprietário, que se opõe à pretensão detombar do poder público. A oposição ocorrerá no prazo de 15 dias da notificação de interesse de tombamento do bem. A notificação gera efeitos de um tombamento provisório. QUANTO À EFICÁCIA 1. PROVISÓRIO: É gerado pela simples notificação. Ocorre quando ainda está em curso o processo administrativo instaurado pela notificação. Produz os mesmos efeitos do definitivo, apenas dispensando a transcrição no registro de imóveis. 2. DEFINITIVO: Ocorre com o efetivo registro no livro do tombo. QUANTO AOS DESTINATÁRIOS GERAL: que atinge todos os bens situados em um bairro ou em uma cidade. 2. INDIVIDUAL: que atinge um bem determinado. #CONTROVÉRSIA #ATENÇÃO: existe controvérsia doutrinária sobre a natureza jurídica do tombamento. Parte da doutrina defende se tratar de uma limitação administrativa, pois há restrição geral que atinge direitos individuais em benefício de uma coletividade. Outra parte defende que seria servidão administrativa, pois 15 #JÁCAIU: O comprador de um imóvel com restrição pretende ser indenizado por ter sofrido limitação administrativa preexistente constante em nota non aedificandi — proibição de construir — referente a parte do imóvel, em razão de normas ambientais. Nesse caso, é indevida a indenização pretendida, pois não há perda da propriedade, mas apenas restrições de uso. (TRF 5ª Região, 2017). NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br incide sobre imóvel determinado, impondo ao titular ônus maior do que o sofrido pelos demais membros da coletividade. - Para José dos Santos Carvalho Filho, “trata-se realmente de instrumento especial de intervenção restritiva do Estado na propriedade privada, com fisionomia própria e inconfundível com as demais formas de intervenção. Além disso, tem natureza concreta e específica, razão por que, diversamente das limitações administrativas, se configura como uma restrição ao uso da propriedade. Podemos, pois, concluir que a natureza jurídica do tombamento é a de se qualificar como meio de intervenção do Estado consistente na restrição do uso de propriedades determinadas.” #SELIGA: Não há mais o direito de preferência do ente público que tombou o bem, no caso de alienação do mesmo. A preferência somente permanece no caso de venda em hasta pública. #NÃOCONFUNDA. #ATENÇÃO: é possível tombamento de bens públicos, mesmo que se trate de um bem da União tombado por um Município, por exemplo, desde que haja o interesse local. #OLHAOGANCHO! Bem público tombado é inalienável, ressalvada a possibilidade de transferência entre os entes federados. #NÃOCONFUNDA: é possível a desapropriação de bens públicos, desde que haja autorização legislativa e que a desapropriação se dê do ente maior para o menor (exigência ausente no tombamento). Conclui-se, portanto, que os bens públicos federais não são passíveis de desapropriação. #APOSTACICLOS: É possível a desistência da desapropriação a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, desde que: a) ainda não tenha havido o pagamento integral do preço (pois nessa hipótese já terá se consolidado a transferência da propriedade do expropriado para o expropriante); e b) o imóvel possa ser devolvido sem que ele tenha sido alterado de forma substancial (que impeça sua utilização como antes era possível). É ônus do expropriado provar a existência de fato impeditivo do direito de desistência da desapropriação. STJ. 2ª Turma. REsp 1368773-MS, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. para acórdão Min. Herman Benjamin, julgado em 6/12/2016 (Info 596). #APOSTACICLOS:A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde que o proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info 851). #APOSTACICLOS: O que ocorre com a edição de leis ambientais que restringem o uso da propriedade é a limitação administrativa, cujos prejuízos causados devem ser indenizados por meio de ação de direito pessoal, e não de direito real, como é o caso da ação em face de desapropriação indireta. Assim, ainda que tenha havido danos ao agravante, diante de eventual esvaziamento econômico de propriedade, deve ser indenizado pelo Estado, por meio de ação de direito pessoal, cujo prazo prescricional é de 5 anos, nos termos do art. 10, parágrafo único, do Decreto-Lei n. 3.365/41. STJ. 2ª Turma. EDcl no REsp 1454919/MG, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 07/04/2015. 16 5. Responsabilidade civil do Estado e dos prestadores de serviços públicos. Conceito e teorias. A responsabilidade por ação e por omissão. Evolução histórica no Direito brasileiro. Elementos. A reparação do dano. Ação regressiva e litisconsórcio. Responsabilidade administrativa, civil e penal do servidor. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br FUNDAMENTO E TEORIAS FUNDAMENTO CF. Art. 37. §6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. HISTÓRICO (i) TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE: Estado não responde civilmente, pois é representante de DEUS, que não erra. (ii) TEORIAS CIVILISTAS: são três: a. Atos de império X atos de gestão: o Estado não responde por atos de império, mas responde por atos de gestão, caso em que sua responsabilidade será SUBJETIVA. b. Culpa do servidor: o Estado responde SUBJETIVAMENTE, desde que comprovada a culpa do agente público. c. Culpa do serviço (FAUT DU SERVICE ou culpa anônima): não precisa provar a culpa do agente, mas apenas que (i) o serviço não foi prestado; (ii) foi prestado com falha ou (iii) foi prestado com atraso. (iii) TEORIAS PUBLICISTAS: A responsabilidade do Estado passa a ser objetiva. São duas: a. Teoria do risco administrativo: embora a responsabilidade seja objetiva, admite- se a exclusão do nexo causal em alguns casos (é a teoria adotada no Brasil, em regra). No entanto, o STJ e a doutrina tradicional entendem que, em caso de omissão, a responsabilidade será SUBJETIVA. O STF, contudo, em alguns julgados, já disse que a responsabilidade será sempre objetiva, pois a CF (art. 37, §6º) não distingue ação de omissão. b. Teoria do risco integral: não admite a exclusão do nexo causal (ex. dano ambiental). EXCLUDENTES Aplicam-se normalmente todas as excludentes do nexo de causalidade (caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima). Na hipótese de culpa concorrente, deve ser diminuído o valor da indenização. QUEM RESPONDE No STJ prevalece o entendimento de que a vítima pode escolher se vai processar o Estado, o servidor ou os dois, solidariamente. No entanto, há precedente do STF aplicando a teoria da DUPLA GARANTIA, que diz que a vítima só pode ajuizar a ação contra o Poder Público, uma vez que o servidor tem, a seu favor, a garantia de só ser processado via ação de regresso proposta pelo Estado. #ATENÇÃO: se a vítima decidir processar o servidor, ela deverá provar a sua culpa/dolo, pois a responsabilidade do agente público é SUBJETIVA. DIREITO DE REGRESSO O STJ entende que, processado apenas o Poder Público, NÃO É OBRIGATÓRIA a denunciação da lide em face do servidor. PRAZO O STJ pacificou o entendimento de que o prazo é de 05 anos (analogia ao D. 20.910/32). 17 6. Servidores públicos. Regime constitucional. Regimes jurídicos: O servidor estatutário e o empregado público. Cargos e Funções. Direitos e deveres dos servidores estatutários. Regime previdenciário do servidor estatutário. Normase princípios constitucionais. As regras de transição. O novo regime previdenciário. O sistema de previdência complementar. Regime e processo disciplinar. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br - A regra geral é a responsabilidade objetiva do Estado, com base na teoria do risco administrativo. No entanto, existem hipóteses em que essa teoria não será aplicada. - Em casos como danos decorrentes de atividades nucleares, crimes ocorridos a bordo de aeronaves sobrevoando o território brasileiro, ataques terroristas e danos ambientais, vem sendo aplicada a teoria do risco integral. - Em casos de responsabilidade por omissão, tem-se aplicado a responsabilidade com base na teoria da culpa anônima (#NÃOCONFUNDA: fala-se em responsabilidade subjetiva nesses casos, mas a culpa a ser provada é a administrativa – ou anônima). - Nos casos de responsabilidade de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos, a responsabilização do Estado ocorrerá de maneira subsidiária. #APOSTACICLOS: Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854). CARGO PÚBLICO: Efetivo ou em comissão. Criado por lei. Atribuição, nomenclatura e responsabilidades próprias. Vínculo estatutário. EMPREGO PÚBLICO: Criado por lei. Atribuições, nomenclatura e responsabilidades próprias. Contratação decorrente de prévia aprovação em concurso público. Vínculo trabalhista. FUNÇÃO PÚBLICA: Não precisa ser criada por lei. Corresponde às atribuições dos cargos e empregos públicos, mas podem existir isoladamente. #ATENÇÃO #REVISAQUEPASSA: - Não é necessário realizar concurso para: Cargos em comissão Funções temporárias 18 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Cargos vitalícios de Ministros ou de Conselheiros dos Tribunais de Contas Magistrados dos Tribunais Superiores Quinto constitucional #COLANARETINA #APOSTACICLOS: Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público (Info 862, STF). Súmula vinculante n. 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. Súmula 36 STF: Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade. Súmula 683, STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Súmula 684, STF: É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. Súmula 685, STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Súmula 686, STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Súmula 266, STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público. Súmula 377, STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. #NÃOCONFUNDA: Súmula 552, STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. #APOSTACICLOS: No âmbito da administração pública federal, é vedada a contratação temporária do mesmo servidor antes de decorridos 24 meses do encerramento do contrato anterior. Tal regra está prevista no art. 9º, III, da Lei nº 8.745/93.O STF, ao analisar um caso concreto envolvendo a contratação temporária de professores, decidiu que essa regra é constitucional e fixou a seguinte tese: “É compatível com a Constituição Federal a previsão legal que exija o transcurso de 24 (vinte e quatro) meses, contados do término do contrato, antes de nova admissão de professor temporário anteriormente contratado.” (Info 869 STF). #APOSTACICLOS: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas. STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871). #APOSTACICLOS: o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública . É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860). #APOSTACICLOS: A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela 19 7. Ato administrativo. Conceito. Regime jurídico. Espécies. Elementos e requisitos. Vícios dos atos administrativos. Principais classificações dos atos administrativos. Procedimento administrativo. Fundamentos constitucionais. Controle dos atos da Administração. Controle administrativo e jurisdicional. Limites do controle jurisdicional. O controle da Administração Pública pelos Tribunais de Contas. Formas, características e limites. Mandado de Segurança. Ação Popular. Ação Civil Pública. Improbidade administrativa; aspectos processuais e materiais. Responsabilidade administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br decorre. É permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016 (repercussão geral) (Info 845). ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS Normativos: manifestações de vontade abstratas para destinatários determináveis. Exemplos: decretos, regulamentos, resoluções e instruções normativas. Ordinatórios: expedidos pela autoridade administrativa de hierarquia superior para seus subordinados. Exemplos: ordens de serviço e circulares. Negociais: coincidem com a pretensão de particulares. Exemplos: licença, permissão e autorização. Enunciativos: a Administração se limita a certificar ou atestar fato constante de registros, processos e arquivos públicos ou emitir opinião sobre determinado assunto. Exemplos: certidões, atestados e pareceres. Punitivos: aplicação de sanção a servidores ou administrados. Exemplos: multa, interdição de atividades e demolição. - A Lei 9.784/1999é aplicável à Administração FEDERAL direta e indireta; aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, quanto exerçam funções administrativas (atípicas). - A Lei 9.784/1999 tem aplicação SUBSIDIÁRIA aos Estados, Distrito Federal e Municípios, segundo o STJ, que não possuem leis próprias sobre processo administrativo. E também tem aplicação SUBSIDIÁRIA aos processos administrativos FEDERAIS regulados por leis específicas (exemplo clássico é o PAD – processo administrativo disciplinar – art. 143 e seguintes da Lei 8.112/1990). #SELIGA INDEPENDÊNCIA / COMUNICAÇÃO ENTRE AS INSTÂNCIAS (EXEMPLOS) INDEPENDÊNCIA COMUNICAÇÃO Absolvição penal por falta de provas – não repercute na esfera administrativa, pois pode ser que na esfera administrativa existem provas suficientes para condenação naquela esfera. Negativa da existência do fato – comunica-se com a esfera administrativa, posto que se evidencia que o fato em questão sequer existiu. Prescrição penal – não repercute na esfera administrativa, pois apenas reconhece a perda do direito de punir do Estado. Negativa de autoria – comunica-se com a esfera administrativa. O fato existe, mas ficou comprovado que a parte não o realizou. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 8.429/1992) 20 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br - Sujeitos ativos: Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui agentes políticos. Terceiro, que induza ou concorra para a prática de ato de improbidade (deve haver participação de agente público). - Sujeitos passivos: Administração direta, indireta ou fundacional; Empresa incorporada ao patrimônio público; Entidade privada da qual o erário participe com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual; Entidade privada da qual o erário participe com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual (sanção limita-se à contribuição do poder público); Empresa privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público (sanção limita-se à contribuição do poder público). #DEOLHONATABELA ATOS DE IMPROBIDADE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (ART. 9º) DANO AO ERÁRIO (ART. 10) VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART. 11) Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente (...). Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente. ELEMENTOS ESSENCIAIS: Percepção de vantagem patrimonial pelo agente, mesmo que não haja dano ao erário. Essa vantagem deve ser indevida. Conduta dolosa do agente. Nexo causal entre o exercício funcional e a vantagem indevida. ELEMENTOS ESSENCIAIS: Conduta, comissiva ou omissiva, dolosa ou CULPOSA. Perda patrimonial. Nexo causal entre o exercício funcional e a perda patrimonial. Ilegalidade da conduta. ELEMENTOS ESSENCIAIS: Conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa do agente público. Ofensa aos princípios da administração pública. Nexo causal entre o exercício funcional e a violação dos princípios #NOVIDADELEGISLATIVA #ATUALIZAOVADE Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016). Das Penas Art. 12, IV- na hipótese prevista no art.10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 a 8 anos e multa civil de até 3 vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016). 21 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br #NOVIDADE2018 #AJUDAMARCINHO3 A Lei nº 13.650/2018 inseriu um inciso no art. 11 da Lei nº 8.429/92 afirmando que a prática de transferir recursos para instituições privadas de saúde sem prévio contrato ou convênio é ato de improbidade administrativa. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: (...) X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (inciso X inserido pela Lei nº 13.650/2018) - Prescrição: Cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança. Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público. Ações civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis. Até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o da lei em comento. #TABELALOVERS (isso cai! chora não, coleguinha!) SANÇÕES PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ENRIQUECIMENTO ILÍCITO PREJUÍZO AO ERÁRIO LESÃO A PRINCÍPIOS Ressarcimento ao erário Aplicável Aplicável Aplicável Perda da função pública Aplicável Aplicável Aplicável Suspensão dos direitos Políticos De 8 a 10 anos De 5 a 8 anos De 3 a 5 anos Perda dos bens acrescidos ilicitamente Deve ser aplicada Pode ser aplicada Multa civil Até 3x o valor do acréscimo patrimonial Até 2x o valor do dano Até 100x o valor da remuneração recebida pelo agente Proibição de contratar com o Poder Público Por 10 anos Por 5 anos Por 3 anos Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 3 Comentários disponíveis em: http://www.dizerodireito.com.br/2018/04/lei-136502018-acrescenta-nova-hipotese.html. 22 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. #APOSTACICLOS: A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa está sujeita ao reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação analógica da primeira parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65. STJ. 1ª Seção.EREsp 1220667-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 24/5/2017 (Info 607). #APOSTACICLOS: É possível a abertura de inquérito civil pelo Ministério Público objetivando a apuração de ato ímprobo atribuído a magistradomesmo que já exista concomitante procedimento disciplinar na Corregedoria do Tribunal acerca dos mesmos fatos, não havendo usurpação das atribuições da Corregedoria pelo órgão ministerial investigante. A mera solicitação para que o juiz preste depoimento pessoal nos autos de inquérito civil instaurado pelo Ministério Público para apuração de suposta conduta ímproba não viola o disposto no art. 33, IV, da LC nº 35/79 (LOMAN). STJ. 1ª Turma. RMS 37151-SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Sérgio Kukina, julgado em 7/3/2017 (Info 609). #APOSTACICLOS: No caso de condenação pela prática de ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública, as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios não podem ser fixadas abaixo de 3 anos, considerando que este é o mínimo previsto no art. 12, III, da Lei nº 8.429/92. Não existe autorização na lei para estipular sanções abaixo desse patamar. STJ. 2ª Turma. REsp 1582014-CE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 7/4/2016 (Info 581). #APOSTACICLOS: Ainda que não haja dano ao erário, é possível a condenação por ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei nº 8.429/92), excluindo-se, contudo, a possibilidade de aplicação da pena de ressarcimento ao erário. STJ. 1ª Turma. REsp 1412214-PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Benedito Gonçalves, julgado em 8/3/2016 (Info 580). #JÁCAIU: Quem não é agente público (o terceiro, previsto no artigo 3º da Lei nº 8.429/92) não pode responder isoladamente (sem a presença de qualquer agente público), em ação de improbidade, e ser submetido às medidas gerais previstas no artigo 12 da mencionada legislação. (TRF 2ª Região, 2014). RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS PELA PRÁTICA DE ATOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Lei 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente. Art. 2o As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não. Art. 3o A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito. § 1o A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização individual das pessoas naturais referidas no caput. 23 8. Licitações. Fundamento constitucional. Conceito e modalidades. O regime de licitações e alterações. Dispensa e inexigibilidade. Revogação e anulação, hipóteses e efeitos. Pregão e consulta. O Registro de preços. Contratos administrativos. Conceito e características. Invalidação. Principais espécies de contratos administrativos. Inexecução e rescisão dos contratos administrativos. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br § 2o Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade. Art. 4o Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária. Art. 7o Serão levados em consideração na aplicação das sanções: I - a gravidade da infração; II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; III - a consumação ou não da infração; IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; V - o efeito negativo produzido pela infração; VI - a situação econômica do infrator; VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações; VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica; IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de sua responsabilização na esfera judicial. Art. 19. § 1o A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado: I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a prática de atos ilícitos; ou II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados. Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o rito previsto na Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985. Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de reparar, integralmente, o dano causado pelo ilícito, cujo valor será apurado em posterior liquidação, se não constar expressamente da sentença. PRINCÍPIOS REITORES DA LICITAÇÃO (art. 3º, Lei 8.666/1993): Isonomia: princípio que garante a igualdade material de participação entre os licitantes, sem preferências, salvo aquelas estabelecidas pela própria lei. Seleção da proposta mais vantajosa para a Administração: isso não significa que deve sempre ser escolhida a proposta que apresente o menor preço (um tipo de licitação), mas sua incidência requer a análise d diversos outros fatores que, em conjunto, apontem para a melhor escolha pelo Poder Público, a luz dos critérios da economicidade, eficiência, técnica, custo-benefício para o erário, e outros. Promoção do desenvolvimento nacional sustentável: alinhamento entre os impactos, reflexos e aspectos ambientais, econômicos e sociais de determinada decisão/projeto. Vinculação ao instrumento convocatório: as regras da licitação são estabelecidas, concretamente, no edital de convocação, o que permite amplo conhecimento do procedimento, previamente, pelos participantes. Favorece a impessoalidade e a probidade administrativa, uma vez que o prévio estabelecimento das regras impede, ou, ao menos, dificulta, a alteração do procedimento durante o seu curo. 24 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br #APOSTACICLOS: Se um servidor público for sócio ou funcionário de uma empresa, ela não poderá participar de licitações realizadas pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado este servidor público (art. 9º, III, da Lei nº 8.666/93). STJ. 2ª Turma. REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 7/3/2017 (Info 602). - Não confundir tipo de licitação, que representa o critério de julgamento das propostas (ex.: preço, técnica, técnica + preço, dentre outras previstas na legislação especial) com modalidade de licitação, que representa o rito a ser seguido (concorrência, tomada de preços, etc.). - Competência: União competência privativa para normas gerais (nacionais). Todos os entes competência autônoma para normas específicas, com o objetivo de atenderem às peculiaridades socioeconômicas, respeitadas as normas gerais. #ATENÇÃO #NÃOCONFUNDA: Licitação deserta: ausência de interessados. Licitação fracassada: existem licitantes presentes no certame, mas todos são inabilitados ou desclassificados. - A anulação da licitação deve ser promovida pela autoridade responsável pelo certame,de ofício, ou por provocação, ou ainda, pode ser determinada pelo Poder Judiciário, se proposta a ação judicial pertinente, sempre que for constatada ilegalidade no procedimento, e somente acarreta o dever de indenizar o contratado por aquilo que tiver executado até a data da anulação, ou outro dano havido e devidamente comprovado, por força da vedação ao enriquecimento ilícito. Art. 59, Lei 8.666/1993. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. - A revogação – que somente pode ser levada a efeito pela Administração – não constitui dever da autoridade, mas decorre do poder discricionário e pode se dar na hipótese de um fato novo, de uma circunstância inexistente quando da edição do certame, superveniente, devidamente comprovada, e diretamente relacionada à licitação, ocasionar alteração no interesse público, sem que haja vício na licitação. nesse caso, cabe indenizar todo e qualquer dano havido do qual existir prova e nexo causal. Pode acontecer a qualquer tempo, ainda que o certame já tenha se encerrado e o objeto já esteja adjudicado ao vencedor (Marçal Justen Filho). Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. § 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. § 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. § 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa. § 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação. 25 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br #CONTROVÉRSIA: Exigência de regularidade fiscal em licitações. (Rafael Carvalho Rezende Oliveira). 1ª corrente: a regularidade fiscal refere-se aos tributos federais, estaduais e municipais. Trata-se da interpretação literal do art. 29, III, da Lei 8.666/1993. 2ª corrente: a exigência de regularidade fiscal restringe-se aos tributos do ente federativo que promove a licitação. O ente que promove a licitação não pode utilizá-la para constranger os participantes a pagar tributos devidos a outros membros da federação (Marçal Justen Filho). 3ª corrente: a regularidade fiscal relaciona-se apenas com os tributos incidentes sobre a atividade do licitante e o objeto da licitação (Juruena Villela Souto). #NOVIDADELEGISLATIVA #ATUALIZAOVADEMECUM #AJUDAMARCINHO: A Lei nº 13.500/2017 tem como objetivo principal dispor sobre o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Esta mesma lei alterou a Lei de Licitações e Contratos.4 Nova hipótese de dispensa de licitação (novo inciso XXXV do art. 24) No art. 24 da Lei nº 8.666/93 existem diversos incisos que espelham situações nas quais o administrador pode ou não realizar a licitação. Esse rol de situações do art. 24 é taxativo (exaustivo), ou seja, somente são dispensáveis as hipóteses expressamente previstas ali. A Lei nº 13.500/2017 acrescentou mais um inciso ao art. 24, criando uma nova hipótese de licitação dispensável. Veja: Art. 24. É dispensável a licitação: (...) XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública. Alteração no art. 26, parágrafo único Como foi acrescentada uma nova hipótese de licitação dispensável, a Lei nº 13.500/2017 também precisou alterar a redação do inciso I do parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.666/93 exigindo que o processo formal de dispensa demonstre qual é o “grave e iminente risco à segurança pública” que autoriza a contratação direta. Mão-de-obra oriunda do sistema prisional A fim de estimular a contratação de ex-detentos, a Lei nº 13.500/2017 acrescentou um novo dispositivo à Lei nº 8.666/93 prevendo que a Administração Pública poderá exigir que as empresas contratadas pelo Poder Público tenham um mínimo de funcionários que sejam oriundos do sistema prisional. Veja: Art. 40. (...) § 5º A Administração Pública poderá, nos editais de licitação para a contratação de serviços, exigir da contratada que um percentual mínimo de sua mão de obra seja oriundo ou egresso do sistema prisional, com a finalidade de ressocialização do reeducando, na forma estabelecida em regulamento. #ATENÇÃO às outras novidades na Lei 8.666/1993 #ÉDISSOQUEOEXAMINADORGOSTA 4 Disponível em: http://www.dizerodireito.com.br/2017/10/alteracoes-da-lei-135002017-na-lei.html 26 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Art. 3°. (...) §2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015). § 5o Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015). PREGÃO (Lei 10.520/2002) - Modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, independentemente do valor estimado do futuro contrato (não pode ser usado o pregão para locações imobiliárias e alienações em geral, delegação de serviços públicos e obras, e outros. Art. 1º. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. - Espécies de pregão: presencial e eletrônico. - Tipo de licitação: critério menos preço. Art. 4º. X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital; - Inversão das fases de habilitação e julgamento. - Declaração de habilitação: Art. 4º. VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes contendo
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