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NFPSS TRF3 PARTE 02 ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO

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NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 
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independentemente da conversão do arquivo de PDF para os formatos doc, odt, txt entre outros. 
 
 
 SUMÁRIO 
Direito Administrativo ................................................................ 3 
Direito Financeiro e Tributário .................................................. 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1. Administração Pública como função do Estado. Princípios regentes do Direito Administrativo 
constitucionais e legais, explícitos e implícitos. A reforma do Estado brasileiro. Os quatro setores e suas 
características. A publicização do terceiro setor (as organizações sociais e as OSCIPS). 
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 NFPSS – PARTE 2 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO1 
 
 
Art. 37 (CF). A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte. 
 
- LEGALIDADE: a atuação da Administração Pública deve ser autorizada por lei. 
 
- IMPESSOALIDADE: pode ser analisado sob duas perspectivas: 
 Isonomia: a Administração deve tratar todos os administrados da mesma forma. 
 Proibição de promoção pessoal: o administrador não pode se valer das realizações públicas para se 
promover. 
 
#OLHAOGANCHO: esse princípio fundamenta a proibição de existência de nome, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal, inclusive do partido. 
Por outro lado, permite que se reconheça a validade de atos praticados por agente de fato. (Segurança 
Jurídica e Teoria dos atos de Governo). 
 
- MORALIDADE: o administrador deve se pautar de acordo com padrões éticos (moral administrativa). 
 
- PUBLICIDADE: os atos da Administração devem ser públicos, o que permite maior controle pelo povo. 
 Restrições à publicidade: segurança da sociedade e do Estado; proteção à intimidade ou ao interesse 
social. 
 
#APOSTACICLOS: O IBGE está legalmente impedido de fornecer a quem quer que seja as informações 
individualizadas que coleta, no desempenho de suas atribuições, para que sirvam de prova em quaisquer 
outros procedimentos administrativos. STJ. 1ª Turma. REsp 1.353.602-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia 
Filho, julgado em 30/11/2017 (Info 617). 
 
- EFICIÊNCIA: introduzido pela EC 19/00, esse princípio impõe a busca por melhores resultados, com o menor 
custo possível. 
 
- RAZOABILIDADE/PROPORCIONALIDADE: é a mesma ideia que aprendemos em direito constitucional, no 
sentido de que a atuação administrativa deve respeitar os subprincípios da (i) adequação; (ii) necessidade e 
(iii) proporcionalidade em sentido estrito. 
 
 
 
1 Por Isabella Miranda. 
3 
 
 
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- INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: à medida que o administrador exerce função pública (múnus 
público – atividade em nome do interesse do povo), ele não pode abrir mão desse interesse (direito), 
justamente porque tal direito não o pertence. 
 
- SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO: quando em confronto, o interesse público se 
sobrepõe ao interesse particular. É esse o princípio que justifica, por exemplo, a intervenção do Estado na 
propriedade privada. 
 
#ATENÇÃO: alguns autores contestam a existência desse princípio. Argumentam que: (a) Há indeterminação 
no conceito de interesse público; (b) violação ao princípio da proporcionalidade, pois, em caso de conflito 
entre os direitos, já se escolhe, de antemão, qual sempre irá prevalecer. 
 
- AUTOTUTELA: a Administração possui o poder-dever de anular seus atos ilegais e revogar os inconvenientes. 
 
#ATENÇÃO: fala-se em heterotutela se o controle não é feito pela Administração Pública, como em casos de 
anulação de ato administrativo pelo poder judiciário. 
 
#NÃOCONFUNDA: Tutela é o poder de fiscalização dos atos das entidades da administração indireta pelos 
órgãos centrais da administração direta. 
 
- MOTIVAÇÃO: obriga a Administração a explicitar o fundamento normativo de suas decisões, permitindo o 
controle. 
 
#SELIGA: chama-se de MOTIVAÇÃO ALIUNDE o caso em que a motivação consiste em declaração de 
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações ou decisões, que passam a ser parte 
integrante do ato. 
Art. 50, §1º, Lei 9.784/1999: A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em 
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, 
que, neste caso, serão parte integrante do ato. 
 
#OLHAOGANCHO: Teoria dos motivos determinantes: o ato discricionário, uma vez motivado, tem sua 
validade vinculada à veracidade dos fatos descritos como motivadores da sua prática. 
 
#ISSOÉUMPLUS: Direito Fundamental à boa administração. 
- Boa administração pública é aquela que efetiva direitos fundamentais previstos na CF/88 por meio de 
políticas públicas e serviços públicos. É o direito a uma administração pública eficiente, transparente, 
imparcial, proba, com participação social e responsabilidade estatal. Além disso, a doutrina também preceitua 
que o direito à boa administração relaciona-se a princípios e regras que regulam o controle das relações 
administrativas. 
- Tal direito fundamental, no Brasil, decorre de uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico 
brasileiro, especialmente do texto constitucional, o qual busca elevar a boa administração pública a um 
patamar de fundamentalidade (decorrente do Estado Democrático de Direito, da dignidade da pessoa humana 
e dos direitos fundamentais). Por isso, o direito à boa administração é considerado um direito fundamental no 
ordenamento jurídico brasileiro. 
- Esse direito foi positivado pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, a qual prevê garantias 
como a de o cidadão ser previamente ouvido pela Administração Pública antes de a seu respeito ser tomada 
 
4 
 
 
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qualquer medida individual desfavorável, o direito de ter acesso aos processos que lhe sejam referentes e a 
obrigação por parte da Administração de fundamentar suas decisões. 
- Boa Governança: possui relação com a gestão dos recursos e com a capacidade do governo de implementar 
as políticas públicas, ou seja, sua capacidade gerencial, técnica e financeira. É diferente de governabilidade 
(legitimidade política de governar). A doutrina divide a governança em interna e externa. A governança 
interna tem relação com a gestão dos recursos públicos (pessoal, financeiro, material), enquanto a governança 
externa está ligada à coordenação dediversas entidades governamentais e não governamentais na 
implementação de políticas públicas. A ideia de governança diz respeito ao fato de que o Estado não tem papel 
apenas de execução, mas também de coordenação e controle das políticas públicas. 
#OLHAOGANCHO: A boa governança se relaciona diretamente com o princípio da eficiência. A doutrina tem 
apontado que a governança pública tem como base quatro princípios: Relações Éticas; Conformidade, em 
todas as suas dimensões; Transparência; Prestação responsável de contas. 
- Accountability: significa o dever dos agentes públicos de prestar contas à população de seus atos na gestão 
da coisa pública. Está ligado à publicidade e transparência na Administração Pública. Nas modernas 
sociedades democráticas, espera-se que os governantes prestem contas à sociedade, eis que gerem coisa 
pública e não privada. Também esse dever valoriza a eficiência administrativa, pois a informação e a 
participação fazem com que a população passe a exigir melhores resultados. 
 Accountability horizontal: controle e prestação de contas quando um poder ou órgão fiscaliza o outro 
- uma ação entre entidades no mesmo plano. Ex.: auditorias realizadas pela Controladoria-Geral da União nos 
órgãos federais (controle interno), as auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (controle externo) 
etc. 
 Accountability vertical: controle que a população exerce sobre os políticos e os governos. 
 
OS QUATRO SETORES: 
 
1) Primeiro setor: está o Estado (setor público), compreendendo a Administração Direta e a Indireta; 
 
2) Segundo setor: está o mercado (setor privado), espaço dedicado à iniciativa privada, em que a atuação dos 
agentes econômicos é voltada para a obtenção de lucro; 
 
3) Terceiro setor (setor público não estatal): é composto por organizações de natureza privada, sem objetivo 
de lucro, que, embora não integrem a Administração Pública, dedicam-se à consecução de objetivos sociais 
ou públicos. Essas entidades são também chamadas de públicas não estatais. São públicas porque prestam 
serviço de interesse público; são “não estatais” porque não integram a Administração Pública direta ou 
indireta. Ex.: entidades declaradas de utilidade pública, os serviços sociais autônomos (SESI, SESC, SENAI), 
organizações sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP). 
- CARACTERÍSTICAS: 
 Não são criadas pelo Estado, ainda que algumas delas tenham sido autorizadas por lei; 
 Em regra, desempenham atividade privada de interesse público (serviços sociais não exclusivos do 
Estado); 
 Recebem algum tipo de incentivo do Poder Público; 
 Muitas possuem algum vínculo com o Poder Público e, por isso, são obrigadas a prestar contas dos 
recursos públicos à Administração Pública e ao Tribunal de Contas; 
 Possuem regime jurídico de direito privado, porém derrogado parcialmente por normas direito 
público; 
 
 
5 
 
 
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 Integram o Terceiro Setor porque não se enquadram inteiramente como entidades privadas e também 
porque não integram a Administração Pública Direta ou Indireta. 
 
4) Quarto setor: está relacionado ao comércio informal e, também, ao exercício de atividades ilícitas como o 
tráfico de drogas, a corrupção, a lavagem de dinheiro. 
 
5) Quinto setor: excluídos sociais, isto é, aquela parcela mais pobre da sociedade, que vagueia na 
marginalidade. 
 
#VAICAIR #TABELALOVERS #REVISAQUEPASSA 
 
 OS OSCIP 
 
NATUREZA JURÍDICA 
Pessoa jurídica de direito privado, sem 
finalidade lucrativa, não integrante da 
administração pública. 
Pessoa jurídica de direito privado, 
sem finalidade lucrativa, não 
integrante da 
administração pública. 
 
 
ÁREA DE ATUAÇÃO 
 
Ensino, pesquisa científica, 
desenvolvimento tecnológico, proteção 
e preservação do meio ambiente, 
cultura e saúde. 
É mais ampla do que a das 
organizações sociais, porque 
abrange, além de todo o campo de 
atuação destas últimas, diversas 
outras áreas previstas no art. 3.º da 
Lei 9.790/1999. 
VÍNCULO JURÍDICO Contrato de gestão Termo de parceria 
NATUREZA DO ATO DE 
QUALIFICAÇÃO 
Ato discricionário Ato vinculado 
 
 
ATO DE QUALIFICAÇÃO 
A qualificação depende de aprovação 
do Ministro ou titular de órgão 
supervisor ou regulador da área de 
atividade correspondente ao seu 
objeto social e do Ministro do 
Planejamento, Orçamento e Gestão. 
 
 
Concedida pelo Ministério da Justiça. 
IMPOSSIBILIDADE DE 
DUPLA QUALIFICAÇÃO – 
OS E OSCIP 
Não admite ser qualificada ao mesmo 
tempo como OSCIP 
Não admite ser qualificada ao mesmo 
tempo como OS. 
 
 
 
 
ESTRUTURA INTERNA 
Exigência legal: 
– Conselho de administração com 
participação obrigatória de 
representantes do Poder Público e 
membros da comunidade, de notória 
capacidade profissional e idoneidade 
moral; 
– Diretoria. 
Obs.: não se exige Conselho Fiscal. 
 
Exigência legal: 
– Conselho Fiscal. 
Obs.: não se exige Conselho de 
administração ou participação de 
representantes do Poder Público em 
qualquer órgão da entidade. 
 
6 
 
 
2. Administração Direta (órgãos públicos: conceito, espécies, regime); Administração Indireta: Autarquias, 
Fundações Públicas, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas. Principais características de cada 
uma e regime jurídico. O regime das subsidiárias. Direito Administrativo Econômico. As formas de 
intervenção do Estado. Os princípios constitucionais da ordem econômica e a criação de sociedades de 
economia mista e empresas públicas. 
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LICITAÇÃO 
 
Dispensável para a contratação de 
prestação de serviços no âmbito do 
contrato de gestão (Lei 8.666/1993, 
art. 24, XXIV). 
Não há previsão expressa na 
legislação de dispensa de licitação 
para contratação de OSCIP. Inclusive, 
o Decreto 3.100/1999 prevê que a 
escolha da OSCIP para firmar termo 
de parceria deverá ser feita por meio 
de concursos de projetos. 
 
 
 
DESQUALIFICAÇÃO 
Perde-se a qualificação de OS a pedido 
ou se descumprido o contrato de 
gestão, mediante processo 
administrativo, em que seja assegurado 
o direito ao contraditório e à ampla 
defesa. 
Perde-se a qualificação de OSCIP a 
pedido ou mediante decisão 
proferida em processo administrativo 
ou judicial, de iniciativa popular ou 
do Ministério Público, em que sejam 
assegurados o contraditório e a 
ampla defesa. 
 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
 
 
Teoria dos 
órgãos 
públicos 
Quanto à relação 
entre o Estado e os 
agentes públicos: 
a. Teoria do mandato. 
b. Teoria da representação. 
c. Teoria do órgão (é a que prevalece). 
 
 
Quanto à natureza 
dos órgãos 
a. Subjetiva: identifica os órgãos com os agentes públicos; 
b. Objetiva: órgãos seriam apenas um conjunto de atribuições ou 
unidades funcionais da organização administrativa; 
c. Eclética: os órgãos seriam formados pela soma dos elementos 
objetivos e subjetivos, ou seja, pelo plexo de atribuições e pelo 
agente público. 
 
 
 
 
 
Classificação 
Quanto à posição que 
ocupa na escala 
governamental ou 
administrativa 
a. Órgãos independentes; 
b. Órgãos autônomos; 
c. Órgãos superiores; 
d. Órgãos subalternos. 
Em relação ao 
enquadramento 
federativo 
a. Órgãos federais; 
b. Órgãos estaduais; 
c. Órgãos distritais; 
d. Órgãos municipais. 
Quanto à composição 
/ atuação funcional 
a. Órgãos singulares ou unipessoais; 
b. Órgãos coletivos ou pluripessoais. 
Em relação às 
atividades que, 
a. Órgãos ativos; 
b. Órgãos consultivos; 
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 preponderantemente, 
são exercidas 
c. Órgãos de controle; 
 
 
Informações 
gerais 
 Não possuem personalidade jurídica (alguns possuem personalidade judiciária, mas 
apenas para a defesa de suas prerrogativas institucionais); 
 Embora não possuam personalidade, podem celebrar contrato de gestão (interno ou 
endógeno). 
Súmula 525-STJ: A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas 
personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus 
direitos institucionais. 
 
#APOSTACICLOS: Lei das Estatais (Lei 13.303/2016). 
- Na participação em sociedade empresarial em que a empresa pública, a sociedade de economia mista e suas 
subsidiárias não detenham o controle acionário, essas deverão adotar, no dever de fiscalizar, práticas de 
governança e controle proporcionais à relevância, à materialidade e aos riscos do negócio do qual são 
partícipes. 
- EMPRESA PÚBLICA é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação 
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. 
#ATENÇÃO: Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do 
Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras 
pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em 
sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. 
- O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias deverá observar 
regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão de riscos e de controle 
interno, composição da administração e, havendo acionistas, mecanismos para sua proteção. 
- A lei determina a necessidade de licitação para as contratações por estatais, mas traz hipóteses próprias de 
dispensa e inexigibilidade (artigos 28 a 30). #ATENÇÃO: As licitações realizadas e os contratos celebrados por 
empresas públicas e sociedades de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais 
vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize 
sobre preço ou superfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da 
igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento 
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do 
julgamento objetivo. 
- As despesas com publicidade e patrocínio da empresa pública e da sociedade de economia mista não 
ultrapassarão, em cada exercício, o limite de 0,5% (cinco décimos por cento) da receita operacional bruta do 
exercício anterior. 
- É vedado à empresa pública e à sociedade de economia mista realizar, em ano de eleição para cargos do 
ente federativo a que sejam vinculadas, despesas com publicidade e patrocínio que excedam a média dos 
gastos nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito ou no último ano imediatamente anterior à eleição. 
- A lei concedeu um prazo de 24 meses para que as empresas públicas e as sociedades de economia mista 
constituídas anteriormente à sua vigência promovessem as adaptações necessárias à adequação ao disposto 
na lei. 
 
 
8 
 
 
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#JÁCAIU: Os membros do Conselho de Administração e os diretores são administradores e submetem-se às 
normas da Lei n° 6.404/76 (Lei das S.A.). (TRF 2ª Região, 2017). 
 
#APOSTACICLOS: As empresas públicas e sociedades de economia mista não têm direito à prerrogativa de 
execução via precatório. STF. 1ª Turma. RE 851711 AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/12/2017 
(Info 888). No entanto, é possível sim aplicar o regime de precatórios para empresas públicas e sociedades de 
economia mista que prestem serviços públicos e que não concorram com a iniciativa privada STF. 1ª Turma. RE 
627242 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 02/05/2017. STF. 
Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858). 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ECONÔMICO 
 
- Estado e ordem econômica: evolução 
a) Estado Liberal de Direito (Estado Abstencionista) 
b) Estado Social de Direito (Estado prestador ou intervencionista) 
c) Estado Democrático de Direito (Estado Regulador): “a ineficiência do Estado Social justificou a adoção 
do denominado Estado Regulador (Estado Subsidiário ou Neoliberal), com a diminuição do aparato 
estatal, especialmente com a devolução de atividades econômicas e delegação de serviços públicos 
aos particulares, que passariam a ser fomentados e regulados por órgãos ou entidades regulatórias 
(ex.: agências reguladoras), transformando a intervenção estatal direta (prestação) em indireta 
(regulação).” (Rafael Carvalho Rezende Oliveira). 
 
- Fundamentos da ordem econômica: valorização do trabalho humano + livre-iniciativa. 
 
- Espécies de intervenção do Estado na ordem econômica: 
a) Direta 
 
 
b) Indireta 
 
 
- Meios de intervenção: 
 Planejamento e disciplina; 
 Regulação; 
 Fomentos; 
 Repressão ao abuso do poder econômico (Direito da Concorrência); 
 Exploração direta da atividade econômica (“Os monopólios estatais são aqueles elencados 
taxativamente na Constituição – art. 176, 177, I a IV e outros –, sendo admissível a instituição de novos 
monopólios apenas por emenda constitucional, mas não por lei, tendo em vista os princípios 
constitucionais da livre-iniciativa e da livre concorrência, bem como a ausência de delegação 
constitucional ao legislador ordinário para eventual criação de novos monopólios” (como o permitia a 
EC 1/69, em seu art. 163; Rafael Carvalho Rezende Oliveira). 
 
9 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as 
funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo 
para o setor privado. 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo 
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei. 
 
 
3. Direito Administrativo Regulador. Agências: Reguladoras e Executivas. O regime jurídico das Agências 
Reguladoras: natureza jurídica, características, contrato de gestão, pessoal e poder normativo. A concessão 
de serviços. Conceito, características. Direitos do concedente e do concessionário. Equilíbrio do contrato. 
Formas de extinção. As permissões e autorizações. As parcerias da Administração Pública. Parcerias público 
privadas. 
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DIREITO ADMINISTRATIVO REGULADOR2 
 
- Regulação (Estado regulador): 
 Sentido amplo: regulação é toda forma de intervenção estatal. 
 Sentido restrito: regulação é somente o condicionamento da atividade econômica por lei ou ato 
normativo. 
 
- Regulação X Regulamentação: a regulação representa uma função administrativa, processualizada e 
complexa, que compreende o exercício de função normativa, executiva e judicante; a regulamentação é 
caracterizada como função política, inerente ao chefe do Executivo, que envolve a edição de atos 
administrativos normativos (atos regulamentares),complementares à lei. 
 
- Formas de regulação: 
 Regulação estatal: exercida pela Administração Direta ou por entidades da Administração Indireta 
(ex.: agências reguladoras). 
 Regulação pública não estatal: exercida por entidades da sociedade, mas por delegação ou por 
incorporação das suas normas ao ordenamento jurídico estatal (ex.: entidades desportivas). 
 Autorregulação: realizada por instituições privadas, geralmente associativas, sem nenhuma delegação 
ou chancela estatal (ex.: Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). 
 Desregulação: quando ausente a regulação institucionalizada, pública ou privada, ficando os agentes 
sujeitos à mão invisível do mercado. 
 
#APOSTACICLOS: Não há violação do princípio da legalidade na aplicação de multa previstas em resoluções 
criadas por agências reguladoras, haja vista que elas foram criadas no intuito de regular, em sentido amplo, os 
serviços públicos, havendo previsão na legislação ordinária delegando à agência reguladora competência para 
a edição de normas e regulamentos no seu âmbito de atuação. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 825776/SC, Rel. 
Min. Humberto Martins, julgado em 05/04/2016. 
 
 SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
- Concepções sobre serviço público: 
 Amplíssima: toda e qualquer atividade exercida pelo Estado. 
 Ampla: toda atividade prestacional voltada ao cidadão, não importando se é de titularidade exclusiva 
do Estado e qual a forma de remuneração. 
 Restrita: atividade prestada pelo Estado, de forma individualizada e com fruição qualificada. 
 Restritíssima: atividade de titularidade do Estado remunerada por taxa ou tarifa. 
 
 
2 Fonte: Curso de Direito Administrativo, Rafael Carvalho Rezende Oliveira. 
10 
 
 
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- Prevalece a concepção ampla, de modo que o serviço público é conceituado como a “atividade prestacional, 
titularizada, com ou sem exclusividade, pelo Estado, criada por lei, com o objetivo de atender as necessidades 
coletivas, submetida ao regime predominantemente público”. 
 
#CONTROVÉRSIA: Tanto a Lei nº 8987/95, como o Código Consumerista, dizem que o CDC é aplicado no 
âmbito do serviço público. No entanto, o próprio CDC diz que só há relação de consumo quando a prestação 
do serviço é remunerada. Porém, há serviços públicos que não são remunerados. E agora, como resolver? 
 Corrente 1 (Juruena Villela Souto): aplica-se o CDC a todos os serviços, pois todos são remunerados, nem que 
seja indiretamente por meio de impostos. 
 Corrente 2 (Cláudia Lima Marques): aplica-se o CDC apenas aos serviços UTI SINGULI, que são 
especificamente remunerados por taxa ou tarifa. 
 Corrente 3 (Rafael Oliveira): CDC incide apenas sobre os serviços remunerados por TARIFA, e não naqueles 
remunerados por taxa. 
 
- Não são serviços públicos: atividades judiciais, legislativas e de governo (políticas); fomento; poder de 
polícia; intervenção na propriedade privada; obras públicas. 
 
- Ordem social (saúde e educação): podem ser prestados pelos particulares independentemente de delegação. 
São atividades privadas, sujeitas ao poder de polícia do Estado. Apenas quando desempenhadas pelo Estado é 
que se sujeitam ao regime de direito público. 
 
- Formas de prestação: 
 Direta: o serviço é prestado pela Administração Pública, direta ou indireta. 
 Indireta: o serviço é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do Poder Público, é 
atribuída a sua mera execução. 
 
- Regulamentação e controle: atividade típica do Poder Público, indelegável a particulares. 
 
- Classificação de serviços públicos: 
 Originário: só pode ser prestado pelo Estado; poder de império; indelegável. Ex.: segurança nacional. 
 Derivado: pode ser prestado por particulares; delegável. Ex.: energia, telefonia. 
 
- Classificações dos serviços públicos: 
 Exclusivo: titularidade do Estado, prestados direta ou indiretamente. Ex.: energia. 
 Não exclusivo: Estado não é titular; podem ser prestados por particulares sem delegação. Ex.: saúde, 
educação. 
 Próprio: prestado pelo Estado, direta ou indiretamente. Ex.: energia, escola pública. 
 Impróprio: prestado por particular, sem delegação. Ex.: saúde, educação. 
 Geral, uti universi: Usuários indeterminados. Ex.: iluminação pública, saneamento. 
 Individual, uti singuli: Usuários determinados, mensuráveis. Ex.: água, energia. 
 Obrigatório: colocado à disposição dos cidadãos, obrigatoriamente; remunerado por tributos. 
 Facultativo: usuário pode optar por recebê-lo ou não; remunerado por tarifas. 
 
- Serviço pode ser paralisado: 
 Em situação de emergência (ex.: queda de raio na central elétrica); ou 
 Após prévio aviso, quando: 
11 
 
 
4. Formas de intervenção do Estado na propriedade. Limitações administrativas, 
tombamento, requisição, servidão e desapropriação. Fundamentos e requisitos constitucionais para as 
desapropriações. Espécies de desapropriações. Proteção ao patrimônio histórico, artístico e cultural. 
Desapropriações por utilidade ou necessidade pública ou por interesse social, desapropriações por interesse 
social para fins de reforma agrária. O art. 243 da CF/88. Retrocessão. Desapropriação indireta. 
Procedimento expropriatório. 
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o Motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex.: manutenção 
periódica e reparos preventivos); e 
o Por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade; 
 
 PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS (PPP) – Lei 11.079/2004 
 
- Há contraprestação financeira paga pelo Estado (investimentos de grande vulto, para atrair investidores). 
 
- Concessão patrocinada: contraprestação do Estado + tarifa do usuário. 
 
- Concessão administrativa: remuneração integral do Estado. 
 
- Restrições: 
 Quanto ao valor: a PPP não pode ser inferior a R$ 10 milhões; #NOVIDADE #COLANARETINA. 
 Quanto ao tempo: a PPP deve ter periodicidade mínima de 5 anos e máxima de 35 anos, incluindo 
eventual prorrogação, 
 Quanto à matéria: não é cabível PPP que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o 
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
 Quanto à área de atuação: a PPP não pode ser utilizada para delegação das atividades de poder de 
polícia, regulação, jurisdicional e de outras atividades exclusivas do Estado, pois são serviços 
indelegáveis; 
 
- Tipos de contraprestação: ordem bancária, cessão de créditos não tributários, outorga de direitos em face da 
Administração Pública; outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; outros meios admitidos em lei. 
 
- Fundo Garantidor: recursos da União, mas garante PPP de todas as esferas. 
 Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico incumbida 
de implantar e gerir o objeto da parceria. Pode assumir a forma de companhia aberta. 
 O Poder Público não pode controlar a SPE, exceto se banco público financiador assumir a empresa 
como garantia. 
 
- Licitações: modalidade concorrência; inversão de fases (habilitação ocorre antes do julgamento); admitida 
fase de lances (propostas com preço até 20% superior à melhor proposta). 
 
#JÁCAIU: Situação hipotética: O estado X pretende realizar obra de restauração no parque estadual com a 
construção de pistas de corrida, quadras poliesportivas e parque aquático. Em decorrência de restrição 
orçamentária, o estado pretende firmar uma PPP para tal fim. Assertiva: Nesse caso, é vedada a realização da 
PPP, por se tratar exclusivamente de contrato de execução de obra pública. (TRF 5ª Região, 2017). 
 
 
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@ciclosr3 www.ciclosr3.com.br- A intervenção na propriedade decorre do PODER DE POLÍCIA e tem dois fundamentos: 
 Cumprimento da função social da propriedade; 
 Satisfação do interesse público. 
 
- MODALIDADES: 
 Intervenções restritivas (ou brandas): são impostas restrições e condições à propriedade, sem retirá- 
la do seu titular. Ex.: servidão, requisição, ocupação temporária e tombamento. 
 Intervenções supressivas (ou drásticas): retira a propriedade do seu titular originário, transferindo-a 
para o seu patrimônio. Ex.: diferentes espécies de desapropriação. 
 
DESAPROPRIAÇÃO 
 
DESAPROPRIAÇÃO 
 
 
CONCEITO 
 É a intervenção através da qual o Estado se apropria da propriedade alheia, após o 
devido processo legal, transferindo-a compulsoriamente e de maneira originária 
para o seu patrimônio, com fundamento no interesse público e, normalmente, 
mediante indenização. 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 Aquisição originária (livre, portanto, de todos os ônus). 
 Todo e qualquer bem ou direito que possua valor econômico pode ser 
desapropriado. 
 Competência LEGISLATIVA é PRIVATIVA da União. 
 
 
COMPETÊNCIA 
DECLARATÓRIA E 
EXECUTIVA 
 A competência DECLARATÓRIA (1ª fase do procedimento) é apenas dos entes 
políticos (atribui-se competência, igualmente, ao DNIT e à ANEEL). Para fins de 
reforma agrária, a competência é EXCLUSIVA DA UNIÃO. 
 Por outro lado, a competência EXECUTIVA (para ajuizar a ação de desapropriação, 
pagar o preço...) pode ser repassada, por meio de lei ou contrato, à administração 
indireta e aos concessionários/permissionários. 
 
 
 
 
ESPÉCIES 
 Comum/ordinária/regular: justificada por utilidade/necessidade pública ou por 
interesse social. 
 Florística: proteção ambiental. 
 Sancionatória: divide-se em: 
 Urbana (prevista no estatuto da cidade); 
 Rural para fins de reforma agrária (previsão no art. 184/CF, LC 76 e lei nº 
8.629/93); 
 Confiscatória (art. 243, CF). 
 
 
 
PROCEDIMENTO 
DA 
DESAPROPRIAÇÃO 
COMUM. 
1ª FASE (DECLARATÓRIA) = Publicação de ato de declaração da expropriação (decreto 
ou lei de efeito concreto), declarando o bem de utilidade pública ou de interesse 
social. Manifesta a vontade de possuir o bem. 
EFEITOS IMEDIATOS DO ATO DECLARATÓRIO: (a) Fixa o estado do bem: só serão 
indenizadas benfeitorias posteriores se necessárias ou úteis, caso autorizadas essas 
últimas; (b) Submete o bem ao poder expropriatório estatal: o Estado ainda não é 
proprietário, mas pode exercer alguns poderes sobre o bem. Ex.: entrar para realizar 
medições. (c) Confere ao Poder Público o poder de penetrar no bem, desde que não 
haja excesso e (d) Inicia o prazo de CADUCIDADE (deve a Administração tentar 
efetivar administrativamente a desapropriação ou, ao menos, ajuizar a ação de 
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 desapropriação). Veja os prazos: 
 UTILIDADE ou NECESSIDADE PÚBLICA: prazo de 05 anos (renova +5); 
 INTERESSE SOCIAL: prazo de 02 anos. 
2ª FASE (EXECUTIVA): Adoção dos atos materiais (concretos) pelo Poder Público ou 
seus delegatários, devidamente autorizados por lei ou contrato, com o intuito de 
consumar a retirada da propriedade do proprietário originário. Pode ser: (a) 
ADMINISTRATIVA: depois da declaração, a Administração propõe valor, o qual é 
ACEITO (nesse caso, há verdadeiro contrato de compra e venda) ou (b) JUDICIAL: o 
valor NÃO É ACEITO (ou não se conhece o PROPRIETÁRIO DO BEM). Nesse caso, deve 
ser ajuizada AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. 
AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO 
(i) POLO ATIVO: Poder Público (Adm. direta ou indireta) ou delegatários. 
Obs.: a) Desapropriação Sancionatória Urbanística: legitimidade ativa EXCLUSIVA DO 
MUNICÍPIO; b) Desapropriação para fins de reforma agrária: legitimidade ativa 
EXCLUSIVA DA UNIÃO. 
(ii) POLO PASSIVO: proprietário do imóvel. 
(iii) Requisitos da PETIÇÃO INICIAL: (a) Oferta do preço; (b) Cópia do contrato ou do 
diário oficial em que houver sido publicado o decreto expropriatório; (c) Planta ou 
descrição do bem a ser desapropriado e suas confrontações. 
(iv) CONTESTAÇÃO: Só pode versar sobre: vício no processo (preliminares) ou preço. 
(v) IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE: 
Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de 
conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imiti-lo 
provisoriamente na posse dos bens; 
§2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a 
requerer a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) 
dias. 
§3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será concedida a imissão 
provisória. 
§4o A imissão provisória na posse será registrada no registro de imóveis competente. 
(vi) PROVA PERICIAL: É plenamente cabível na ação de desapropriação. É importante 
para a fixação do valor. Deve haver a apresentação do laudo em até 05 dias antes da 
audiência. 
(vii) SENTENÇA E TRANSFERÊNCIA DO BEM: (a) Fixa o valor da indenização (após o 
pagamento, consuma-se a desapropriação); (b) Autoriza a imissão definitiva na posse; 
(c) Constitui título hábil para registro. (d) É o pagamento do valor, ou sua consignação 
judicial, que promove a transferência do bem. 
 
 
 
 
DESAPROPRIAÇÃO 
INDIRETA 
 É fato administrativo pelo qual o Estado se apropria de bem particular, sem 
observância dos requisitos da declaração e da indenização prévia. De acordo com 
o artigo 35 do Decreto 3365/41, uma vez incorporado ao patrimônio público, não 
será possível a sua reivindicação pelo particular. Diante disso, o particular deve 
ajuizar uma ação de desapropriação indireta, que, a rigor, é uma ação de 
indenização. Hoje, prevalece o entendimento de que o prazo prescricional para 
que o particular prejudicado ajuíze a ação de desapropriação indireta é de 10 
anos. 
 
 
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DIREITO DE 
EXTENSÃO 
 É aquele pelo qual o expropriado requer que a desapropriação e a respectiva 
indenização incidam sobre a totalidade do bem, pois a parte não abarcada ficou 
inservível ou esvaziada de interesse patrimonial. São para os casos de 
desapropriação parcial. 
 
 
 
 
TREDESTINAÇÃO 
 É a mudança da destinação do bem expropriado. Poder Público diz que faria uma 
coisa no decreto, mas depois faz outra. 
 Será ilícita quando houver DESVIO DE FINALIDADE (o bem não foi usado para 
atender o interesse público), caso em que o particular deve ser reintegrado 
(retrocessão). 
 Será lícita quando, embora divergente do planejamento inicial, permanece 
atendendo o INTERESSE PÚBLICO. Ex.: iria construir escola, mas constrói 
hospital. Nesse caso, o particular não poderá reaver o bem. 
 
 
RETROCESSÃO 
 O direito de o expropriado exigir a devolução do bem desapropriado que não foi 
utilizado pelo Poder Público para atender o interesse público. Há controvérsia 
sobre qual seria o prazo para o particular ajuizar a ação. 
 
 TOMBAMENTO 
 
TOMBAMENTO 
 
 
CONCEITO 
 É um procedimento ou ato administrativo pelo qual o Poder Público sujeita a 
restrições parciais os bens de qualquer natureza cuja conservação seja de interesse 
público, por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu excepcional 
valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico. É SEMPRE UMA 
RESTRIÇÃO PARCIAL. 
 
 
QUANTO À 
CONSTITUIÇÃO 
OU 
PROCEDIMENTO 
DE OFÍCIO: Recai sobre bem público. Processa-se mediante simples notificação à 
entidade a quem pertencer ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada. 
VOLUNTÁRIO: Não há resistência por parte do proprietário. Há anuência ou pedido do 
proprietário. 
2. COMPULSÓRIO: Há resistência por parte do proprietário, que se opõe à pretensão 
detombar do poder público. A oposição ocorrerá no prazo de 15 dias da notificação 
de interesse de tombamento do bem. A notificação gera efeitos de um tombamento 
provisório. 
 
QUANTO À 
EFICÁCIA 
1. PROVISÓRIO: É gerado pela simples notificação. Ocorre quando ainda está em 
curso o processo administrativo instaurado pela notificação. Produz os mesmos 
efeitos do definitivo, apenas dispensando a transcrição no registro de imóveis. 
2. DEFINITIVO: Ocorre com o efetivo registro no livro do tombo. 
QUANTO AOS 
DESTINATÁRIOS 
GERAL: que atinge todos os bens situados em um bairro ou em uma cidade. 
2. INDIVIDUAL: que atinge um bem determinado. 
 
#CONTROVÉRSIA #ATENÇÃO: existe controvérsia doutrinária sobre a natureza jurídica do tombamento. Parte 
da doutrina defende se tratar de uma limitação administrativa, pois há restrição geral que atinge direitos 
individuais em benefício de uma coletividade. Outra parte defende que seria servidão administrativa, pois 
 
15 
 
 
#JÁCAIU: O comprador de um imóvel com restrição pretende ser indenizado por ter sofrido limitação 
administrativa preexistente constante em nota non aedificandi — proibição de construir — referente a parte do 
imóvel, em razão de normas ambientais. Nesse caso, é indevida a indenização pretendida, pois não há perda da 
propriedade, mas apenas restrições de uso. (TRF 5ª Região, 2017). 
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incide sobre imóvel determinado, impondo ao titular ônus maior do que o sofrido pelos demais membros da 
coletividade. 
 
- Para José dos Santos Carvalho Filho, “trata-se realmente de instrumento especial de intervenção restritiva do 
Estado na propriedade privada, com fisionomia própria e inconfundível com as demais formas de intervenção. 
Além disso, tem natureza concreta e específica, razão por que, diversamente das limitações administrativas, se 
configura como uma restrição ao uso da propriedade. Podemos, pois, concluir que a natureza jurídica do 
tombamento é a de se qualificar como meio de intervenção do Estado consistente na restrição do uso de 
propriedades determinadas.” 
 
#SELIGA: Não há mais o direito de preferência do ente público que tombou o bem, no caso de alienação do 
mesmo. A preferência somente permanece no caso de venda em hasta pública. #NÃOCONFUNDA. 
 
#ATENÇÃO: é possível tombamento de bens públicos, mesmo que se trate de um bem da União tombado por 
um Município, por exemplo, desde que haja o interesse local. 
 
#OLHAOGANCHO! Bem público tombado é inalienável, ressalvada a possibilidade de transferência entre os 
entes federados. 
 
#NÃOCONFUNDA: é possível a desapropriação de bens públicos, desde que haja autorização legislativa e 
que a desapropriação se dê do ente maior para o menor (exigência ausente no tombamento). Conclui-se, 
portanto, que os bens públicos federais não são passíveis de desapropriação. 
 
#APOSTACICLOS: É possível a desistência da desapropriação a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em 
julgado, desde que: a) ainda não tenha havido o pagamento integral do preço (pois nessa hipótese já terá se 
consolidado a transferência da propriedade do expropriado para o expropriante); e b) o imóvel possa ser 
devolvido sem que ele tenha sido alterado de forma substancial (que impeça sua utilização como antes era 
possível). É ônus do expropriado provar a existência de fato impeditivo do direito de desistência da 
desapropriação. STJ. 2ª Turma. REsp 1368773-MS, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. para acórdão Min. Herman 
Benjamin, julgado em 6/12/2016 (Info 596). 
#APOSTACICLOS:A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde que o 
proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. STF. Plenário. RE 
635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info 851). 
#APOSTACICLOS: O que ocorre com a edição de leis ambientais que restringem o uso da propriedade é a 
limitação administrativa, cujos prejuízos causados devem ser indenizados por meio de ação de direito pessoal, 
e não de direito real, como é o caso da ação em face de desapropriação indireta. Assim, ainda que tenha 
havido danos ao agravante, diante de eventual esvaziamento econômico de propriedade, deve ser indenizado 
pelo Estado, por meio de ação de direito pessoal, cujo prazo prescricional é de 5 anos, nos termos do art. 10, 
parágrafo único, do Decreto-Lei n. 3.365/41. STJ. 2ª Turma. EDcl no REsp 1454919/MG, Rel. Min. Humberto 
Martins, julgado em 07/04/2015. 
 
 
 
16 
 
 
5. Responsabilidade civil do Estado e dos prestadores de serviços públicos. Conceito e teorias. A 
responsabilidade por ação e por omissão. Evolução histórica no Direito brasileiro. Elementos. A reparação 
do dano. Ação regressiva e litisconsórcio. Responsabilidade administrativa, civil e penal do servidor. 
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 FUNDAMENTO E TEORIAS 
 
 
FUNDAMENTO 
CF. Art. 37. §6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO 
(i) TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE: Estado não responde civilmente, pois é 
representante de DEUS, que não erra. 
(ii) TEORIAS CIVILISTAS: são três: 
a. Atos de império X atos de gestão: o Estado não responde por atos de império, 
mas responde por atos de gestão, caso em que sua responsabilidade será 
SUBJETIVA. 
b. Culpa do servidor: o Estado responde SUBJETIVAMENTE, desde que comprovada 
a culpa do agente público. 
c. Culpa do serviço (FAUT DU SERVICE ou culpa anônima): não precisa provar a 
culpa do agente, mas apenas que (i) o serviço não foi prestado; (ii) foi prestado com 
falha ou (iii) foi prestado com atraso. 
(iii) TEORIAS PUBLICISTAS: A responsabilidade do Estado passa a ser objetiva. São duas: 
a. Teoria do risco administrativo: embora a responsabilidade seja objetiva, admite- 
se a exclusão do nexo causal em alguns casos (é a teoria adotada no Brasil, em 
regra). No entanto, o STJ e a doutrina tradicional entendem que, em caso de 
omissão, a responsabilidade será SUBJETIVA. O STF, contudo, em alguns julgados, 
já disse que a responsabilidade será sempre objetiva, pois a CF (art. 37, §6º) não 
distingue ação de omissão. 
b. Teoria do risco integral: não admite a exclusão do nexo causal (ex. dano 
ambiental). 
 
EXCLUDENTES 
Aplicam-se normalmente todas as excludentes do nexo de causalidade (caso fortuito, 
força maior e culpa exclusiva da vítima). Na hipótese de culpa concorrente, deve ser 
diminuído o valor da indenização. 
 
 
QUEM 
RESPONDE 
No STJ prevalece o entendimento de que a vítima pode escolher se vai processar o 
Estado, o servidor ou os dois, solidariamente. 
No entanto, há precedente do STF aplicando a teoria da DUPLA GARANTIA, que diz que 
a vítima só pode ajuizar a ação contra o Poder Público, uma vez que o servidor tem, a 
seu favor, a garantia de só ser processado via ação de regresso proposta pelo Estado. 
#ATENÇÃO: se a vítima decidir processar o servidor, ela deverá provar a sua culpa/dolo, 
pois a responsabilidade do agente público é SUBJETIVA. 
DIREITO DE 
REGRESSO 
O STJ entende que, processado apenas o Poder Público, NÃO É OBRIGATÓRIA a 
denunciação da lide em face do servidor. 
PRAZO O STJ pacificou o entendimento de que o prazo é de 05 anos (analogia ao D. 20.910/32). 
 
 
17 
 
 
6. Servidores públicos. Regime constitucional. Regimes jurídicos: O servidor estatutário e o empregado 
público. Cargos e Funções. Direitos e deveres dos servidores estatutários. Regime previdenciário do servidor 
estatutário. Normase princípios constitucionais. As regras de transição. O novo regime previdenciário. O 
sistema de previdência complementar. Regime e processo disciplinar. 
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- A regra geral é a responsabilidade objetiva do Estado, com base na teoria do risco administrativo. No 
entanto, existem hipóteses em que essa teoria não será aplicada. 
 
- Em casos como danos decorrentes de atividades nucleares, crimes ocorridos a bordo de aeronaves 
sobrevoando o território brasileiro, ataques terroristas e danos ambientais, vem sendo aplicada a teoria do 
risco integral. 
 
- Em casos de responsabilidade por omissão, tem-se aplicado a responsabilidade com base na teoria da culpa 
anônima (#NÃOCONFUNDA: fala-se em responsabilidade subjetiva nesses casos, mas a culpa a ser provada é a 
administrativa – ou anônima). 
 
- Nos casos de responsabilidade de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos, a 
responsabilização do Estado ocorrerá de maneira subsidiária. 
 
#APOSTACICLOS: Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus 
presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, 
nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, 
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de 
encarceramento. STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854). 
 
 
 CARGO PÚBLICO: 
 Efetivo ou em comissão. 
 Criado por lei. 
 Atribuição, nomenclatura e responsabilidades próprias. 
 Vínculo estatutário. 
 
 EMPREGO PÚBLICO: 
 Criado por lei. 
 Atribuições, nomenclatura e responsabilidades próprias. 
 Contratação decorrente de prévia aprovação em concurso público. 
 Vínculo trabalhista. 
 
 FUNÇÃO PÚBLICA: 
 Não precisa ser criada por lei. 
 Corresponde às atribuições dos cargos e empregos públicos, mas podem existir isoladamente. 
 
#ATENÇÃO #REVISAQUEPASSA: 
- Não é necessário realizar concurso para: 
 Cargos em comissão 
 Funções temporárias 
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 Cargos vitalícios de Ministros ou de Conselheiros dos Tribunais de Contas 
 Magistrados dos Tribunais Superiores 
 Quinto constitucional 
 
#COLANARETINA #APOSTACICLOS: Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, 
empregos e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um 
dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do 
agente público (Info 862, STF). 
 
Súmula vinculante n. 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos 
de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. 
Súmula 36 STF: Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade. 
Súmula 683, STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, 
da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
Súmula 684, STF: É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. 
Súmula 685, STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem 
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na 
qual anteriormente investido. 
Súmula 686, STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. 
Súmula 266, STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na 
inscrição para o concurso público. 
Súmula 377, STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas 
reservadas aos deficientes. 
 
#NÃOCONFUNDA: Súmula 552, STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com 
deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. 
 
#APOSTACICLOS: No âmbito da administração pública federal, é vedada a contratação temporária do mesmo 
servidor antes de decorridos 24 meses do encerramento do contrato anterior. Tal regra está prevista no art. 
9º, III, da Lei nº 8.745/93.O STF, ao analisar um caso concreto envolvendo a contratação temporária de 
professores, decidiu que essa regra é constitucional e fixou a seguinte tese: “É compatível com a Constituição 
Federal a previsão legal que exija o transcurso de 24 (vinte e quatro) meses, contados do término do contrato, 
antes de nova admissão de professor temporário anteriormente contratado.” (Info 869 STF). 
#APOSTACICLOS: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de 
servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas. STF. 
Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017 
(repercussão geral) (Info 871). 
 
#APOSTACICLOS: o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais 
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública . É obrigatória a 
participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança 
pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 
654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 
(repercussão geral) (Info 860). 
 
#APOSTACICLOS: A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do 
exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela 
19 
 
 
7. Ato administrativo. Conceito. Regime jurídico. Espécies. Elementos e requisitos. Vícios dos atos 
administrativos. Principais classificações dos atos administrativos. Procedimento administrativo. 
Fundamentos constitucionais. Controle dos atos da Administração. Controle administrativo e jurisdicional. 
Limites do controle jurisdicional. O controle da Administração Pública pelos Tribunais de Contas. Formas, 
características e limites. Mandado de Segurança. Ação Popular. Ação Civil Pública. Improbidade 
administrativa; aspectos processuais e materiais. Responsabilidade administrativa e civil de pessoas 
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública. 
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decorre. É permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar 
demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. 
Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016 (repercussão geral) (Info 845). 
 
 
 ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Normativos: manifestações de vontade abstratas para destinatários determináveis. Exemplos: 
decretos, regulamentos, resoluções e instruções normativas. 
 Ordinatórios: expedidos pela autoridade administrativa de hierarquia superior para seus 
subordinados. Exemplos: ordens de serviço e circulares. 
 Negociais: coincidem com a pretensão de particulares. Exemplos: licença, permissão e autorização. 
 Enunciativos: a Administração se limita a certificar ou atestar fato constante de registros, processos e 
arquivos públicos ou emitir opinião sobre determinado assunto. Exemplos: certidões, atestados e 
pareceres. 
 Punitivos: aplicação de sanção a servidores ou administrados. Exemplos: multa, interdição de 
atividades e demolição. 
 
- A Lei 9.784/1999é aplicável à Administração FEDERAL direta e indireta; aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, quanto exerçam funções administrativas (atípicas). 
 
- A Lei 9.784/1999 tem aplicação SUBSIDIÁRIA aos Estados, Distrito Federal e Municípios, segundo o STJ, que 
não possuem leis próprias sobre processo administrativo. E também tem aplicação SUBSIDIÁRIA aos processos 
administrativos FEDERAIS regulados por leis específicas (exemplo clássico é o PAD – processo administrativo 
disciplinar – art. 143 e seguintes da Lei 8.112/1990). 
 
#SELIGA 
INDEPENDÊNCIA / COMUNICAÇÃO ENTRE AS INSTÂNCIAS (EXEMPLOS) 
INDEPENDÊNCIA COMUNICAÇÃO 
 Absolvição penal por falta de provas – não 
repercute na esfera administrativa, pois pode 
ser que na esfera administrativa existem provas 
suficientes para condenação naquela esfera. 
 Negativa da existência do fato – comunica-se 
com a esfera administrativa, posto que se 
evidencia que o fato em questão sequer existiu. 
 Prescrição penal – não repercute na esfera 
administrativa, pois apenas reconhece a perda 
do direito de punir do Estado. 
 Negativa de autoria – comunica-se com a esfera 
administrativa. O fato existe, mas ficou 
comprovado que a parte não o realizou. 
 
 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 8.429/1992) 
 
 
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- Sujeitos ativos: Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui agentes políticos. 
Terceiro, que induza ou concorra para a prática de ato de improbidade (deve haver participação de agente 
público). 
 
- Sujeitos passivos: Administração direta, indireta ou fundacional; Empresa incorporada ao patrimônio 
público; Entidade privada da qual o erário participe com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual; 
Entidade privada da qual o erário participe com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual (sanção 
limita-se à contribuição do poder público); Empresa privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, 
fiscal ou creditício, de órgão público (sanção limita-se à contribuição do poder público). 
 
#DEOLHONATABELA 
ATOS DE IMPROBIDADE 
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO 
(ART. 9º) 
DANO AO ERÁRIO 
(ART. 10) 
VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
(ART. 11) 
Art. 9° Constitui ato de 
improbidade administrativa 
importando enriquecimento 
ilícito auferir qualquer tipo de 
vantagem patrimonial indevida 
em razão do exercício de cargo, 
mandato, função, emprego ou 
atividade nas entidades 
mencionadas no art. 1° desta lei, 
e notadamente (...). 
Art. 10. Constitui ato de 
improbidade administrativa que 
causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão, dolosa ou 
culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação 
dos bens ou haveres das entidades 
referidas no art. 1º desta lei, e 
notadamente. 
Art. 11. Constitui ato de 
improbidade administrativa que 
atenta contra os princípios da 
administração pública qualquer 
ação ou omissão que viole os 
deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e 
lealdade às instituições, e 
notadamente. 
ELEMENTOS ESSENCIAIS: 
 Percepção de vantagem 
patrimonial pelo agente, 
mesmo que não haja dano ao 
erário. 
 Essa vantagem deve ser 
indevida. 
 Conduta dolosa do agente. 
 Nexo causal entre o 
exercício funcional e a 
vantagem indevida. 
ELEMENTOS ESSENCIAIS: 
 Conduta, comissiva ou 
omissiva, dolosa ou CULPOSA. 
 Perda patrimonial. 
 Nexo causal entre o exercício 
funcional e a perda patrimonial. 
 Ilegalidade da conduta. 
ELEMENTOS ESSENCIAIS: 
 Conduta funcional, comissiva 
ou omissiva, dolosa do agente 
público. 
 Ofensa aos princípios da 
administração pública. 
 Nexo causal entre o exercício 
funcional e a violação dos 
princípios 
 
#NOVIDADELEGISLATIVA #ATUALIZAOVADE 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou 
manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei 
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016). 
Das Penas 
Art. 12, IV- na hipótese prevista no art.10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 a 8 
anos e multa civil de até 3 vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 157, de 2016). 
21 
 
 
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#NOVIDADE2018 #AJUDAMARCINHO3 
A Lei nº 13.650/2018 inseriu um inciso no art. 11 da Lei nº 8.429/92 afirmando que a prática de transferir 
recursos para instituições privadas de saúde sem prévio contrato ou convênio é ato de improbidade 
administrativa. 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública 
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: (...) 
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia 
celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da 
Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (inciso X inserido pela Lei nº 13.650/2018) 
 
- Prescrição: 
 Cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança. 
 Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo prescricional previsto em lei 
específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público. 
 Ações civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis. 
 Até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas 
entidades referidas no parágrafo único do art. 1o da lei em comento. 
 
#TABELALOVERS (isso cai! chora não, coleguinha!) 
SANÇÕES PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO 
PREJUÍZO AO ERÁRIO LESÃO A PRINCÍPIOS 
Ressarcimento ao 
erário 
Aplicável Aplicável Aplicável 
Perda da função 
pública 
Aplicável Aplicável Aplicável 
Suspensão dos 
direitos 
Políticos 
 
De 8 a 10 anos 
 
De 5 a 8 anos 
 
De 3 a 5 anos 
Perda dos bens 
acrescidos 
ilicitamente 
 
Deve ser aplicada 
 
Pode ser aplicada 
 
 
Multa civil 
Até 3x o valor do 
acréscimo patrimonial 
 
Até 2x o valor do dano 
Até 100x o valor da 
remuneração recebida 
pelo agente 
Proibição de 
contratar com o 
Poder Público 
 
Por 10 anos 
 
Por 5 anos 
 
Por 3 anos 
 
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em 
julgado da sentença condenatória. 
 
3 Comentários disponíveis em: http://www.dizerodireito.com.br/2018/04/lei-136502018-acrescenta-nova-hipotese.html. 
22 
 
 
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Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do 
agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se 
fizer necessária à instrução processual. 
 
#APOSTACICLOS: A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade 
administrativa está sujeita ao reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação 
analógica da primeira parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65. STJ. 1ª Seção.EREsp 1220667-MG, Rel. Min. Herman 
Benjamin, julgado em 24/5/2017 (Info 607). 
#APOSTACICLOS: É possível a abertura de inquérito civil pelo Ministério Público objetivando a apuração de ato 
ímprobo atribuído a magistradomesmo que já exista concomitante procedimento disciplinar na Corregedoria 
do Tribunal acerca dos mesmos fatos, não havendo usurpação das atribuições da Corregedoria pelo órgão 
ministerial investigante. A mera solicitação para que o juiz preste depoimento pessoal nos autos de inquérito 
civil instaurado pelo Ministério Público para apuração de suposta conduta ímproba não viola o disposto no art. 
33, IV, da LC nº 35/79 (LOMAN). STJ. 1ª Turma. RMS 37151-SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para 
acórdão Min. Sérgio Kukina, julgado em 7/3/2017 (Info 609). 
#APOSTACICLOS: No caso de condenação pela prática de ato de improbidade administrativa que atenta contra 
os princípios da administração pública, as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios não podem ser fixadas 
abaixo de 3 anos, considerando que este é o mínimo previsto no art. 12, III, da Lei nº 8.429/92. Não existe 
autorização na lei para estipular sanções abaixo desse patamar. STJ. 2ª Turma. REsp 1582014-CE, Rel. Min. 
Humberto Martins, julgado em 7/4/2016 (Info 581). 
#APOSTACICLOS: Ainda que não haja dano ao erário, é possível a condenação por ato de improbidade 
administrativa que importe enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei nº 8.429/92), excluindo-se, contudo, a 
possibilidade de aplicação da pena de ressarcimento ao erário. STJ. 1ª Turma. REsp 1412214-PR, Rel. Min. 
Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Benedito Gonçalves, julgado em 8/3/2016 (Info 580). 
 
#JÁCAIU: Quem não é agente público (o terceiro, previsto no artigo 3º da Lei nº 8.429/92) não pode responder 
isoladamente (sem a presença de qualquer agente público), em ação de improbidade, e ser submetido às 
medidas gerais previstas no artigo 12 da mencionada legislação. (TRF 2ª Região, 2014). 
 
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS PELA PRÁTICA DE ATOS CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Lei 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) 
 
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela 
prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades simples, 
personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado, bem 
como a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham 
sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que 
temporariamente. 
Art. 2o As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos 
atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não. 
Art. 3o A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou 
administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito. 
§ 1o A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização individual das pessoas 
naturais referidas no caput. 
 
23 
 
 
8. Licitações. Fundamento constitucional. Conceito e modalidades. O regime de licitações e alterações. 
Dispensa e inexigibilidade. Revogação e anulação, hipóteses e efeitos. Pregão e consulta. O Registro de 
preços. Contratos administrativos. Conceito e características. Invalidação. Principais espécies de contratos 
administrativos. Inexecução e rescisão dos contratos administrativos. 
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§ 2o Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua 
culpabilidade. 
Art. 4o Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual, transformação, 
incorporação, fusão ou cisão societária. 
Art. 7o Serão levados em consideração na aplicação das sanções: 
I - a gravidade da infração; 
II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; 
III - a consumação ou não da infração; 
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; 
V - o efeito negativo produzido pela infração; 
VI - a situação econômica do infrator; 
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações; 
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia 
de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica; 
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; 
Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de sua 
responsabilização na esfera judicial. 
Art. 19. § 1o A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado: 
I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a prática de atos 
ilícitos; ou II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários 
dos atos praticados. 
Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o rito previsto na Lei no 7.347, de 24 de julho 
de 1985. Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de reparar, integralmente, o dano causado 
pelo ilícito, cujo valor será apurado em posterior liquidação, se não constar expressamente da sentença. 
 
 
PRINCÍPIOS REITORES DA LICITAÇÃO (art. 3º, Lei 8.666/1993): 
 Isonomia: princípio que garante a igualdade material de participação entre os licitantes, sem 
preferências, salvo aquelas estabelecidas pela própria lei. 
 Seleção da proposta mais vantajosa para a Administração: isso não significa que deve sempre ser 
escolhida a proposta que apresente o menor preço (um tipo de licitação), mas sua incidência requer a 
análise d diversos outros fatores que, em conjunto, apontem para a melhor escolha pelo Poder 
Público, a luz dos critérios da economicidade, eficiência, técnica, custo-benefício para o erário, e 
outros. 
 Promoção do desenvolvimento nacional sustentável: alinhamento entre os impactos, reflexos e 
aspectos ambientais, econômicos e sociais de determinada decisão/projeto. 
 Vinculação ao instrumento convocatório: as regras da licitação são estabelecidas, concretamente, no 
edital de convocação, o que permite amplo conhecimento do procedimento, previamente, pelos 
participantes. Favorece a impessoalidade e a probidade administrativa, uma vez que o prévio 
estabelecimento das regras impede, ou, ao menos, dificulta, a alteração do procedimento durante o 
seu curo. 
 
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#APOSTACICLOS: Se um servidor público for sócio ou funcionário de uma empresa, ela não poderá participar 
de licitações realizadas pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado este servidor público (art. 9º, III, da 
Lei nº 8.666/93). STJ. 2ª Turma. REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 7/3/2017 (Info 
602). 
 
- Não confundir tipo de licitação, que representa o critério de julgamento das propostas (ex.: preço, técnica, 
técnica + preço, dentre outras previstas na legislação especial) com modalidade de licitação, que representa 
o rito a ser seguido (concorrência, tomada de preços, etc.). 
 
- Competência: União  competência privativa para normas gerais (nacionais). Todos os entes  
competência autônoma para normas específicas, com o objetivo de atenderem às peculiaridades 
socioeconômicas, respeitadas as normas gerais. 
 
#ATENÇÃO #NÃOCONFUNDA: Licitação deserta: ausência de interessados. Licitação fracassada: existem 
licitantes presentes no certame, mas todos são inabilitados ou desclassificados. 
 
- A anulação da licitação deve ser promovida pela autoridade responsável pelo certame,de ofício, ou por 
provocação, ou ainda, pode ser determinada pelo Poder Judiciário, se proposta a ação judicial pertinente, 
sempre que for constatada ilegalidade no procedimento, e somente acarreta o dever de indenizar o 
contratado por aquilo que tiver executado até a data da anulação, ou outro dano havido e devidamente 
comprovado, por força da vedação ao enriquecimento ilícito. 
 
Art. 59, Lei 8.666/1993. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo 
os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. 
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este 
houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, 
contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. 
 
- A revogação – que somente pode ser levada a efeito pela Administração – não constitui dever da autoridade, 
mas decorre do poder discricionário e pode se dar na hipótese de um fato novo, de uma circunstância 
inexistente quando da edição do certame, superveniente, devidamente comprovada, e diretamente 
relacionada à licitação, ocasionar alteração no interesse público, sem que haja vício na licitação. nesse caso, 
cabe indenizar todo e qualquer dano havido do qual existir prova e nexo causal. Pode acontecer a qualquer 
tempo, ainda que o certame já tenha se encerrado e o objeto já esteja adjudicado ao vencedor (Marçal Justen 
Filho). 
 
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por 
razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente 
para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, 
mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. 
§ 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, 
ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. 
§ 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do 
art. 59 desta Lei. 
§ 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
§ 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de 
inexigibilidade de licitação. 
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#CONTROVÉRSIA: Exigência de regularidade fiscal em licitações. (Rafael Carvalho Rezende Oliveira). 
 1ª corrente: a regularidade fiscal refere-se aos tributos federais, estaduais e municipais. Trata-se da 
interpretação literal do art. 29, III, da Lei 8.666/1993. 
 2ª corrente: a exigência de regularidade fiscal restringe-se aos tributos do ente federativo que 
promove a licitação. O ente que promove a licitação não pode utilizá-la para constranger os 
participantes a pagar tributos devidos a outros membros da federação (Marçal Justen Filho). 
 3ª corrente: a regularidade fiscal relaciona-se apenas com os tributos incidentes sobre a atividade do 
licitante e o objeto da licitação (Juruena Villela Souto). 
 
#NOVIDADELEGISLATIVA #ATUALIZAOVADEMECUM #AJUDAMARCINHO: A Lei nº 13.500/2017 tem como 
objetivo principal dispor sobre o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Esta mesma lei alterou a Lei de 
Licitações e Contratos.4 
 
Nova hipótese de dispensa de licitação (novo inciso XXXV do art. 24) 
 No art. 24 da Lei nº 8.666/93 existem diversos incisos que espelham situações nas quais o 
administrador pode ou não realizar a licitação. 
 Esse rol de situações do art. 24 é taxativo (exaustivo), ou seja, somente são dispensáveis as hipóteses 
expressamente previstas ali. 
 A Lei nº 13.500/2017 acrescentou mais um inciso ao art. 24, criando uma nova hipótese de licitação 
dispensável. Veja: 
 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
(...) 
XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos penais, desde 
que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública. 
 
Alteração no art. 26, parágrafo único 
Como foi acrescentada uma nova hipótese de licitação dispensável, a Lei nº 13.500/2017 também precisou 
alterar a redação do inciso I do parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.666/93 exigindo que o processo formal 
de dispensa demonstre qual é o “grave e iminente risco à segurança pública” que autoriza a contratação 
direta. 
 
Mão-de-obra oriunda do sistema prisional 
A fim de estimular a contratação de ex-detentos, a Lei nº 13.500/2017 acrescentou um novo dispositivo à Lei 
nº 8.666/93 prevendo que a Administração Pública poderá exigir que as empresas contratadas pelo Poder 
Público tenham um mínimo de funcionários que sejam oriundos do sistema prisional. Veja: 
 
Art. 40. (...) 
§ 5º A Administração Pública poderá, nos editais de licitação para a contratação de serviços, exigir da 
contratada que um percentual mínimo de sua mão de obra seja oriundo ou egresso do sistema prisional, 
com a finalidade de ressocialização do reeducando, na forma estabelecida em regulamento. 
 
 #ATENÇÃO às outras novidades na Lei 8.666/1993 #ÉDISSOQUEOEXAMINADORGOSTA 
 
 
4 Disponível em: http://www.dizerodireito.com.br/2017/10/alteracoes-da-lei-135002017-na-lei.html 
26 
 
 
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Art. 3°. (...) §2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, 
sucessivamente, aos bens e serviços: 
II - produzidos no País; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no 
País. 
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em 
lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de 
acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015). 
§ 5o Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: (Redação dada pela Lei 
nº 13.146, de 2015) 
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído 
pela Lei nº 13.146, de 2015) 
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de 
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam 
às regras de acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015). 
 
 PREGÃO (Lei 10.520/2002) 
 
- Modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, independentemente do valor estimado do 
futuro contrato (não pode ser usado o pregão para locações imobiliárias e alienações em geral, delegação de 
serviços públicos e obras, e outros. 
 
Art. 1º. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles 
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais no mercado. 
 
- Espécies de pregão: presencial e eletrônico. 
 
- Tipo de licitação: critério menos preço. 
 
Art. 4º. X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados 
os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e 
qualidade definidos no edital; 
 
- Inversão das fases de habilitação e julgamento. 
 
- Declaração de habilitação: 
Art. 4º. VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando ciência 
de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes contendo

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