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NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br 1 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão reservados. Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-temper baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF para os formatos doc, odt, txt entre outros. SUMÁRIO Direito Ambiental ....................................................................... 3 Direito Econômico e de Proteção ao Consumidor ...................... 31 Direito Internacional ................................................................. 46 2 1. DIREITO AMBIENTAL. CONCEITO. OBJETO. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. AÇÕES JUDICIAIS DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br NFPSS – PARTE 5 DIREITO AMBIENTAL1 #DEOLHONOCONCEITO Art. 3° da Lei 6.938/1981. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Entende-se que o meio-ambiente é uno e indivisível, mas, para fins didáticos, pode ser subdividido em 4 segmentos: natural, cultural, artificial e do trabalho. Meio ambiente natural Constituído pelos recursos naturais e pela correlação recíproca de cada um desses em relação aos demais. Meio ambiente artificial Constituído ou alterado pelo ser humano, é constituído pelos edifícios urbanos e pelos equipamentos comunitários. Meio ambiente cultural Patrimônio histórico, artístico, paisagístico, ecológico, científico e turístico, constituindo-se tanto de bens de natureza material quanto imaterial. Meio ambiente do trabalho Conjunto de fatores que se relacionam às condições do ambiente de trabalho. Patrimônio genético Admitido apenas por parte da Doutrina. Trata-se de informações de origem genética oriundas dos seres vivos de todas as espécies, seja animal, vegetal, microbiano ou fúngico. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Princípio do desenvolvimento sustentável É o modelo que procura coadunar os aspectos AMBIENTAL, ECONÔMICO E SOCIAL, buscando um ponto de equilíbrio entre a utilização dos recursos naturais, o crescimento econômico e a equidade social. Princípio do Direito Humano Fundamental Estabelece a proteção ao meio ambiente como Direito Humano Fundamental indispensável à manutenção da dignidade humana, vida, e progresso da sociedade. Sem um ecossistema equilibrado nenhum direito humano fundamental pode existir, até porque a própria continuidade da vida planetária depende disso. Princípio da informação ou da publicidade Parte do pressuposto de que toda informação, em matéria ambiental, é de interesse coletivo. Informações atualizadas e concretas. Desdobramento do princípio da participação. 1 Por Juliana Campos 3 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Princípio da Prevenção É aplicado nos casos em que os impactos ambientais já são conhecidos. Trabalha com a certeza da ocorrência do dano. Princípio da Precaução Diz respeito à ausência de certezas científicas. É aplicado nos casos em que o conhecimento científico não pode oferecer respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos. Neste, há risco incerto ou duvidoso. Situações controversas. Normalmente inovações tecnológicas. #SELIGA: IN DUBIO PRO NATURA. Princípio do poluidor-pagador Deve o poluidor responder pelos CUSTOS SOCIAIS da poluição/EXTERNALIDADES NEGATIVAS causadas por sua atividade impactante, devendo-se agregar esse valor ao custo produtivo da sua atividade, para evitar que se privatizem o lucro e se socializem os prejuízos. ATENÇÃO! Esse princípio NÃO REPRESENTA UMA ABERTURA À POLUIÇÃO. Possui viés preventivo e repressivo, ao mesmo tempo em que promove o ressarcimento do dano ambiental, também visa evitá-lo. É necessário que haja poluição para a sua incidência! Princípio do usuário-pagador Estabelece que todos aqueles que se utilizarem de recursos naturais devem pagar por sua utilização, mesmo que não haja poluição. Mais amplo, engloba o poluidor-pagador. Princípio da participação ou Princípio democrático ou da Princípio da gestão comunitária Assegura ao cidadão o direito à informação e a participação na elaboração das políticas públicas ambientais, de modo que devem ser assegurados os mecanismos judiciais, legislativos e administrativos que efetivam o princípio. Dessa forma, a população deve ser inserida em questões ambientais. Ex.: assentos reservados à população civil em conselhos do meio ambiente. NÃO VINCULAM O PODER PÚBLICO. Equidade Intergeracional/Solidariedade Intergeracional Pacto entre gerações. Surgimento na Conferência de Estocolmo (1972). Liga-se ao princípio do desenvolvimento sustentável, posto que, se este for aplicado com efetividade, realiza na prática o princípio da equidade/solidariedade. Imposição de defender o meio ambiente para as futuras gerações (art. 225, CRFB). #NEVERFORGET: é com base no PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO que parte da doutrina sustenta a POSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NAS DEMANDAS AMBIENTAIS, carreando ao réu (suposto poluidor) a obrigação de provar que a sua atividade não é perigosa nem poluidora2. #DEOLHONAJURIS: No atual estágio do conhecimento científico, que indica ser incerta a existência de efeitos nocivos da exposição ocupacional e da população em geral a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos gerados por sistemas de energia elétrica, não existem impedimentos, por ora, a que sejam adotados os parâmetros propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), conforme estabelece a Lei nº 11.934/2009. STF. 2 #JÁCAIU #TRF3: Já foi considerada INCORRETA em prova do TRF da 3ª Região a seguinte alternativa: O princípio da prevenção está intimamente relacionado ao brocardo jurídico “in dubio contra projectum” e, segundo jurisprudência das Cortes Superiores, impõe o reconhecimento da inversão do ônus da prova. É precaução, galera, não prevenção! 4 Mogado Tachar Mogado Selecionar NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Plenário. RE 627189/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/6/2016 (REPERCUSSÃO GERAL) (INFO 829 DO STF) – IMPORTANTE!!! Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é possível que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as obrigações de recompor o meio ambiente degradado e de pagarquantia em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo. (Info 526). #RECORDARÉVIVER AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM MATÉRIA AMBIENTAL - Legitimidade ativa para propor a ação civil pública - principal e cautelar (art. 5º da Lei 7.347/85): Ministério Público; Defensoria Pública; União, Estados, Municípios; Autarquia, empresa pública, fundação, sociedade de economia mista; e Associação que esteja constituída há pelo menos 1 ANO, e inclua a proteção ao meio ambiente entre suas finalidades institucionais. #SELIGA Trata-se de legitimação autônoma para a condução do processo. É concorrente e disjuntiva, PODENDO CADA UM DOS LEGITIMADOS PROMOVER SOZINHO a ação coletiva, sem que haja autorização ou anuência dos demais Eventual litisconsórcio entre eles é facultativo. Quanto aos direitos individuais homogêneos, há legitimação extraordinária dos entes acima arrolados. A legitimidade ativa do Ministério Público tem previsão constitucional (art. 129, III), abrangendo ações para defesa de direitos difusos (meio ambiente), coletivos e individuais homogêneos, quando tratados de forma coletiva. Não pode, porém, o MP, ajuizar ação individual em nome do lesado pelo dano ambiental para pleitear a prevenção ou a reparação de dano individual não homogêneo, por lhe faltar legitimidade. As associações civis que tenham como finalidade estatutária a defesa do meio ambiente podem agir em juízo, sendo POSSÍVEL A DISPENSA DA PRÉ-CONSTITUIÇÃO HÁ PELO MENOS 1 ANO, desde que exista manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido (art. 5º, § 4º, da Lei 7.347/85). #APOSTACICLOS Admite-se o litisconsórcio facultativo unitário (art. 5º, § 2º, da Lei 7.347/85), podendo os legitimados se habilitarem como litisconsortes de qualquer uma das partes, o que deve ocorrer quando do ingresso da ação, ou por meio da assistência litisconsorcial, tendo em vista que não se admite o litisconsórcio facultativo unitário superveniente. O particular, pessoa natural, não tem legitimidade para ajuizar a ação civil pública em defesa do meio ambiente, mas a tem para deduzir em juízo pretensão indenizatória para a reparação de dano pessoal , com base na responsabilidade objetiva do poluidor (art. 14, § 1º, da Lei 6.938/81). - Legitimidade Passiva Pode ser demandada em ação civil pública qualquer pessoa, natural jurídica, pública ou privada, desde que esteja inserida no conceito de poluidor previsto no art. 3º, IV, da Lei 6.938/81. #SELIGAMAISUMAVEZ Intervenção de terceiros: em regra, o sistema de jurisdição coletiva não admite a intervenção de terceiros, tendo em vista que o regime da reparação do dano ambiental é o da responsabilidade objetiva. 5 Mogado Selecionar Mogado Selecionar Mogado Selecionar Mogado Selecionar NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br A intervenção de terceiros – como a denunciação da lide – não será admitida se dificultar a efetivação da proteção do meio ambiente (REsp 232187). Mesmo havendo vários agentes poluidores (responsabilidade solidária), a jurisprudência do STJ é firme quanto a não ser obrigatória a formação de litisconsórcio, visto que a responsabilidade de reparação integral do dano ambiental é solidária. - Competência Jurisdicional Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. O art. 2º da Lei 7.347/85 preceitua que “as ações previstas nesta Lei serão PROPOSTAS NO FORO DO LOCAL ONDE OCORRER O DANO, cujo juízo terá COMPETÊNCIA FUNCIONAL para processar e julgar a causa”. Nas ações preventivas: fixa-se competência pelo LOCAL ONDE DEVA OCORRER O DANO. Quando o dano ambiental for regional ou nacional, prevalecerá a regra do inciso II, do artigo 93, da Lei 8.078/1990, que confere COMPETÊNCIA AO FORO DA CAPITAL DO ESTADO OU NO DISTRITO FEDERAL, para os danos de âmbito nacional ou regional. #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: De acordo com o STJ, a referida competência do foro da capital do estado para conhecer de ação civil pública que busca a reparação de dano ambiental nacional ou regional, ostenta natureza absoluta. (Resp. 1.101.057-MT). Mesmo que o local em que ocorreu o dano não seja sede de vara federal, a este juízo compete processar e julgar a ação civil pública (e não à Justiça Estadual), quando for matéria de sua competência, por não se enquadrar o art. 2º na delegação constitucional de competência prevista no art. 109, § 3º, da CRFB/88. Nesse sentido, foi cancelada em 24.11.2000 a Súmula 183, do STJ, que previa a competência da Justiça Estadual. #APOSTACICLOS #ATENÇÃOTRF3 EXEMPLOS EM QUE A COMPETÊNCIA É DA JUSTIÇA FEDERAL: - Havendo interesse na causa da União, suas autarquias, fundações e empresas públicas, ou havendo discussão sobre tratados internacionais ou direitos indígenas, a competência é da Justiça Federal. - REsp 1057878 – vazamento de óleo, se afetar porto organizado (equiparado a bem público federal), bem como pelo fato do licenciamento ambiental ter sido promovido pelo IBAMA. - STJ, CC 80905 – quando o dano ocorrer em Área de Proteção Ambiental – APA instituída pela União. - No STJ prevalece que, sendo a ACP ambiental proposta pelo MPF, a competência será da JF. - Litispendência, Conexão e Continência NÃO há litispendência entre: o Ação coletiva e ação individual (art. 104 do CDC), pois não possuem as mesmas partes no polo ativo; o Ação coletiva sobre direito difuso e outra voltada à proteção de direito coletivo, pois o objeto desta é mais limitado do que o daquela; 6 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br o Ação para a defesa de direito individual homogêneo e outra que verse acerca de direito difuso, podendo haver coincidência, no máximo, entre as causas de pedir. Por outro lado, PODE haver litispendência entre: o Ação civil pública que tenha por objeto a desconstituição de um ato lesivo ao meio ambiente e uma ação popular com o mesmo fim. Para Celso Fiorillo, a diferença entre os legitimados não exclui a identidade das partes ativas, pois exercem direito cuja titularidade pertence à coletividade. Por esse motivo, o resultado da lide, nos dois casos, é estendido a todos os titulares do direito ao meio ambiente. #SELIGANASÚMULA: Súmula 489 do STJ (também aplicável em matéria ambiental): Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas propostas nesta e na Justiça estadual. #APOSTACICLOS - Pedido na ACP Ambiental O STJ passou a admitir, com fundamento no princípio da reparação integral, a cumulação de pedidos de obrigação de fazer/não fazer /condenação pecuniária, não obstante a literalidade do art. 3º, Lei 7347/1985, indicar o contrário (REsp 1114893). Considerando que a tutela ambiental é fungível, o juiz pode, sem incidir em decisão extra ou ultra petita, fazer as determinações necessárias à recuperação do meio ambiente, ainda que não tenha sido instado a tanto (REsp 967375). Tal fato tem levado parte da doutrina a afirmar que o pedido, na ACP ambiental, é ABERTO. #APOSTACICLOS - Reexame Necessário Invertido Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo. #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #APOSTACICLOS:A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa está sujeita ao reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação analógica da primeira parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65. STJ. 1ª Seção. EREsp 1.220.667-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 24/5/2017 (Info 607). - Prescrição O pleito de recuperação do meio ambiente degradado é IMPRESCRITÍVEL, visto que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é fundamental, não sendo permitido a uma geração subtrair da subsequente referido direito (REsp 1120117). - Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) É possível, nos termos do art. 5º, §6º, da Lei 7347/85, que os órgãos legitimados firmem TAC objetivando tratar de temas ambientais. TAL TERMO NÃO PODERÁ TRANSACIONAR SOBRE A MATÉRIA AMBIENTAL, MAS TÃO SOMENTE SOBRE A FORMA DE CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS. O STJ decidiu que a assinatura de TAC ambiental não é capaz de afastar a tipicidade penal, pois a extensão nesta seara não é alcançada pela esfera administrativa ou civil - independência de instâncias. O cumprimento do TAC servirá, no máximo, para atenuar a sanção penal imposta (Informativo STJ 467). 7 Mogado Selecionar Mogado Selecionar Brasileiro em pleno gozo dos direitos políticos. Legitimidade Ativa Legitimados Português com residência permanente no Brasil e com reciprocidade. Legitimidade Passiva Pessoas Jurídicas públicas ou privadas, na forma do art. 1° da LAP; Responsáveis; Beneficiários. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br #SELIGA: O STJ tem admitido a inversão do ônus da prova em casos de empresas ou empreendedores acusados de dano ambiental, tendo como base o princípio da precaução. #DEOLHONAJURIS O MPF possui legitimidade para propor, na Justiça Federal, ação civil pública que vise à proteção de zona de amortecimento de parque nacional, ainda que a referida área não seja de domínio da União. (AgRg no REsp 1.373.302-CE). AÇÃO POPULAR EM MATÉRIA AMBIENTAL CARACTERÍSTICAS DA AÇÃO POPULAR AMBIENTAL Prevalência das regras da LACP e do CDC. Desnecessidade de ajuizamento da ação contra todos os responsáveis, já que a responsabilidade ambiental é solidária. Desnecessidade de citar, em todas as demandas os órgãos do Poder Público. Competência para julgamento do juízo do local onde ocorreu o dano. Oitiva prévia da Pessoa Jurídica de Direito Público Imprescritibilidade (não valendo a regra do art. 21 da LAP). O recurso, em regra, terá efeito devolutivo (não se aplicando a regra do artigo 19 da LAP, que prevê o duplo efeito). Poderá tutelar obrigações de fazer e não-fazer de forma autônoma, não se restringindo aos pedidos constitutivos e condenatório. #DEOLHONAJURIS: A natureza da legitimação na AP é controversa. Na jurisprudência e na doutrina prepondera a tese da legitimação ordinária, diversamente das demais ações coletivas. O STF já se manifestou assim, enquanto o STJ se pronunciou no sentido da substituição processual. #ATENÇÃO: Ainda que o ato tenha sido lícito, será possível a utilização da ação popular. No caso da ação popular ambiental, basta o dano ao meio ambiente, porque a responsabilidade para proteção do meio ambiente independe de culpa ou de ilicitude (in re ipsa), basta haver nexo de causalidade entre a conduta comissiva ou omissiva e a lesão. 8 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br #ATENÇÃODENOVO: Segundo previsão legal, a ação popular prescreve em 5 ANOS. Porém, A AÇÃO POPULAR AMBIENTAL NÃO ESTÁ SUJEITA A ESSE PRAZO. #APOSTACICLOS. Tal entendimento está em consonância com a jurisprudência do STJ no sentido de que as demandas que envolvem a reparação ao meio ambiente são imprescritíveis. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO AMBIENTAL - Legitimidade Ativa Partidos políticos com representação no Congresso Nacional (os quais podem defender quaisquer direitos inerentes à sociedade); Organizações sindicais; Entidades de classe e Associações, as quais devem estar legalmente constituídas e é necessário que atuem na defesa dos interesses dos seus membros associado. No caso das associações, estas devem estar em funcionamento há pelo menos 1 ANO. - Legitimidade Passiva Somente a pessoa estatal poderá ser demandada e nunca o particular #APOSTACICLOS. Desse modo, este Mandado será proposto contra autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder público quando estes por ato de ilegalidade ou abuso de poder ofenderem direito líquido e certo, tendo esta característica o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado MANDADO DE INJUNÇÃO AMBIENTAL Art. 2° Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador competente. Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5° da Constituição Federal. Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria. Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente às pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo impetrante, sem prejuízo do disposto nos §§ 1° e 2° do art. 9°. Parágrafo único. O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desistência da demanda individual no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração coletiva. 9 2. O DIREITO AMBIENTAL COMO DIREITO ECONÔMICO. A NATUREZA ECONÔMICA DAS NORMAS DE DIREITO AMBIENTAL. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Art. 9° A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. § 1° Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. § 2° Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator. § 3° O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da impetração fundada emoutros elementos probatórios. Art. 14. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de injunção as normas do mandado de segurança, disciplinado pela Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009, e do Código de Processo Civil, instituído pela Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e pela Lei no 13.105, de 16 de março de 2015, observado o disposto em seus arts. 1.045 e 1.046. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) § 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. § 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. 10 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br § 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida. Art. 177. Constituem monopólio da União: #IMPORTANTE I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores; IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem; V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) § 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) § 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) II - as condições de contratação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) § 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional. (Renumerado de § 2º para 3º pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) #DEOLHONAJURIS: O STF julgou inconstitucional lei municipal que proíbe, sob qualquer forma, o emprego de fogo para fins de limpeza e preparo do solo no referido município, inclusive para o preparo do plantio e para a colheita de cana-de-açúcar e de outras culturas. Entendeu-se que seria necessário ponderar, de um lado, a proteção do meio ambiente obtida com a proibição imediata da queima da cana e, de outro, a preservação dos empregos dos trabalhadores que atuem neste setor. Plenário. RE 586224/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 5/3/2015 (REPERCUSSÃO GERAL) (INFO 776 DO STF)!!! 11 3. NORMAS CONSTITUCIONAIS RELATIVAS À PROTEÇÃO AMBIENTAL. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, MEDIANTE PRÉVIA E JUSTA INDENIZAÇÃO em títulos da dívida agrária, com cláusula de PRESERVAÇÃO DO VALOR REAL, resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir do 2° ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. § 1º As benfeitorias ÚTEIS e necessárias serão indenizadas em dinheiro. § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietáriose dos trabalhadores. Art. 187. A POLÍTICA AGRÍCOLA será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente: VII - a eletrificação rural e irrigação; § 1º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais. Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária. § 1º A ALIENAÇÃO ou a CONCESSÃO, a qualquer título, de terras públicas com área superior a 2.500 hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional. § 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária. Art. 189. Os BENEFICIÁRIOS da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de 10 anos. Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por 05 anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a 50 hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. (USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL OU “PRO LABORE”) Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo A ALTERAÇÃO e a SUPRESSÃO permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; 12 4. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA AMBIENTAL. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3º O APROVEITAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS, incluídos os POTENCIAIS ENERGÉTICOS, a PESQUISA e a LAVRA DAS RIQUEZAS MINERAIS em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. § 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de CATÁSTROFE ou EPIDEMIA que ponha em risco sua população, ou no INTERESSE DA SOBERANIA DO PAÍS, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em TODOS os atos do processo. Art. 21. Compete à União: XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIV - populações indígenas; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; 13 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; NACIONAL (GERAL) UNIÃO REGIONAL ESTADOS REGIONAL/LOCAL DF LOCAL MUNICÍPIOS ADMINISTRATIVA OU MATERIAL LEGISLATIVA OU FORMAL EXCLUSIVA (União) Art. 21 INDELEGÁVEL COMUM (U, E, DF e M) Art. 23 É pertinente a todos os entes. PRIVATIVA (União) Art. 22 DELEGÁVEL aos Estados por meio de LC. CONCORRENTE (U, E e DF) Art. 24 União estabelece normas gerais e os Estados suplementam estas disposições. ART. 25 ESTADUAL REGRA: RESIDUAL ou REMANESCENTE EXCEÇÃO (COMPETÊNCIA EXPRESSA): - Gás canalizado. - Instituir as Regiões Metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiõespor meio de LC. ART. 30 MUNICIPAL LOCAL e SUPLEMENTAR ART. 32 DF COMPETÊNCIAS ESTADUAIS e MUNICIPAIS #DEOLHONAJURIS: É inconstitucional lei estadual que regulamenta a atividade da “vaquejada”. Segundo decidiu o STF, os animais envolvidos nesta prática sofrem tratamento cruel, razão pela qual esta atividade contraria o art. 225, § 1º, VII, da CF/88. A crueldade provocada pela “vaquejada” faz com que, mesmo sendo 14 COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE 5. ZONEAMENTO AMBIENTAL. SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br esta uma atividade cultural, não possa ser permitida. A obrigação de o Estado garantir a todos o pleno exercício de direitos culturais, incentivando a valorização e a difusão das manifestações, não prescinde da observância do disposto no inciso VII do § 1º do art. 225 da CF/88, que veda práticas que submetam os animais à crueldade. STF. Plenário. ADI 4983/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 06/10/2016 (Info 842). ATENÇÃO! NÃO OBSTANTE TAL DECISÃO FOI APROVADA A LEI 13.364/16 QUE CONSIDERA VAQUEJADA PATRIMÔNIO NACIONAL BRASILEIRO E PROMULGADA EC 96/2017 que libera práticas como as vaquejadas e os rodeios em todo o território brasileiro. De acordo com a Emenda, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o parágrafo 7º do artigo 215 da Constituição, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro. Essas atividades devem ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. Os Municípios podem legislar sobre Direito Ambiental, desde que o façam fundamentadamente. STF. 2ª Turma. ARE 748206 AgR/SC, Rel Min. Celso de Mello, julgado em 14/3/2017 (INFO 857 DO STF). O Município tem competência para legislar sobre meio ambiente e controle da poluição, quando se tratar de interesse local. Ex.: é constitucional lei municipal, regulamentada por decreto, que preveja a aplicação de multas para os proprietários de veículos automotores que emitem fumaça acima de padrões considerados aceitáveis. STF. Plenário. RE 194704/MG, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 29/6/2017 (INFO 870 DO STF) – IMPORTANTE!!! 02 GRUPOS (Art. 7º) PROTEÇÃO INTEGRAL Preservar a natureza + Uso indireto USO SUSTENTÁVEL Conservação da natureza + Uso sustentável 05 CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO GRUPO DE PROTEÇÃO INTEGRAL (Art. 8º) I – Estação Ecológica (EE) II – Reserva Biológica (RB) III – Parque Nacional (PARNA) IV – Monumento Natural (MONA) V – Refúgio da Vida Silvestre (RVS) 07 CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO GRUPO DE USO SUSTENTÁVEL (Art. 14) I – Área de Proteção Ambiental (APA) II – Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) III – Floresta Nacional (FLONA) IV – Reserva Extrativista (RESEX) V – Reserva de Fauna (REFAU) VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) VII – Reserva Particular do Patrimônio Sustentável (RPPN) #DEOLHONAJURIS: O processo de criação e ampliação das unidades de conservação deve ser precedido da regulamentação da lei, de estudos técnicos e de consulta pública. O parecer emitido pelo Conselho Consultivo 15 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br do Parque não pode substituir a consulta exigida na lei. O Conselho não tem poderes para representar a população local. STF. Plenário, julgado em 13/08/2003. #DICA: O conceito de “conservação” é mais amplo que o de “preservação”, inclusive, a conservação abrange em seu conceito a preservação. #DICA: Todas as “áreas” e todas as “reservas”, com exceção da “reserva biológica” são categorias de UC de uso sustentável. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL3 Preservar a Áreas Proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional. Pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável. Conselho Consultivo. ESTAÇÃO natureza e Posse e particulares ECOLÓGICA realizar domínio serão (ART. 9º) pesquisas públicos. desapropriada científicas. s. RESERVA BIOLÓGICA (ART. 10) Preservar integralmente a biota e demais atributos naturais existentes. Posse e domínio públicos. Áreas particulares serão desapropriada s. Proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional. Pesquisa depende de autorização prévia do órgão responsável. Conselho Consultivo. Preservar Visitação está sujeita a normas e restrições do Plano de Manejo. Conselho Consultivo. Ecossistemas Áreas Pesquisa PARQUE naturais de Posse e particulares depende de NACIONAL grande domínio serão autorização (ART. 11) relevância públicos. desapropriada prévia do órgão ecológica e s. responsável. beleza cênica. Pode ser constituído Visitação está MONUMENTO NATURAL (ART. 12) Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza A lei não fala que são de posse e domínio por áreas particulares, desde que haja sujeita a normas e restrições do Plano de Pesquisa depende de autorização prévia do órgão Conselho Consultivo. cênica. públicos compatibilida Manejo responsável de entre os (art. 32, §2º). objetivos da 3 O quadro foi elaborador de acordo com os nossos materiais. 16 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br unidade com a utilização pelo proprietário. Caso contrário, haverá desapropriaçã o. A lei não fala que são de posse e domínio públicos Pode ser Pesquisa depende de autorização prévia do órgão responsável. constituído por áreas particulares, Proteger desde que ambientes haja naturais para a compatibilida Visitação está REFÚGIO DA existência ou de entre os sujeita a VIDA reprodução de objetivos da normas e Conselho SILVESTRE espécies ou unidade com restrições do Consultivo. (ART. 13) comunidades de a utilização Plano de flora local e da pelo Manejo. fauna residente proprietário. ou migratória. Caso contrário, haverá desapropriaçã o. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL4 UNIDADE OBJETIVO DOMÍNIO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL É uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Público ou privado 4 Tabela extraída do livro de Direito ambiental esquematizado, Frederico Augusto Di Trindade Amado. – 5.ª ed. – Rio de Janeiro: Forense ; São Paulo : MÉTODO, 2014. 17 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO É uma área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana,com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. Público ou privado FLORESTA NACIONAL É uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Público RESERVA EXTRATIVISTA É uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. Público RESERVA DA FAUNA É uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos Público faunísticos. Público RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL É uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. Público RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL É uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Privado DOMÍNIO E POSSE PRIVADO PÚBLICO OU PRIVADO PÚBLICO Reserva Particular do Patrimônio Sustentável (RPPN) Monumento Natural (MONA) Estação Ecológica (EE) Refúgio da Vida Silvestre (RVS) Reserva Biológica (RB) Área de Proteção Ambiental (APA) Parque Nacional (PARNA) Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Floresta Nacional (FLONA) Reserva Extrativista (RESEX) Reserva de Fauna (REFAU) Reserva de Desenvolvimento Sustentável 18 (RDS) 6. PODER DE POLÍCIA E DIREITO AMBIENTAL. LICENCIAMENTO AMBIENTAL. BIOSSEGURANÇA. INFRAÇÕES AMBIENTAIS. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br #NÃOCONFUNDIR: Todas as “reservas”, com exceção da RPPN, são de domínio público. Todas as “áreas” podem ser de domínio público ou privado. #DEOLHONOCONCEITO: Poder de Polícia e Direito Ambiental A atividade da Administração Pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato em razão de interesse público concernente à saúde da população, à conservação dos ecossistemas, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício da atividade econômica ou de outras atividades dependentes de concessão, autorização/permissão ou licença do Poder Público de cujas atividades possam decorrer poluição ou agressão à natureza. LICENCIAMENTO AMBIENTAL - LC 140/11 Art. 2o Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se: I - LICENCIAMENTO AMBIENTAL: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental; II - ATUAÇÃO SUPLETIVA: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar; III - ATUAÇÃO SUBSIDIÁRIA: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta Lei Complementar. Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. § 2o A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente federativo licenciador. Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses: I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação; II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos. Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. § 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou 19 LICENÇA PRÉVIA Concedida na fase preliminar; Aprova a localização do empreendimento; Atesta a viabilidade ambiental. LICENÇA DE INSTALAÇÃO LICENÇA DE OPERAÇÃO Autoriza a instalação do empreendimento. Autoriza a operação ou funcionamento do empreendimento. LICENÇA PRÉVIA PRAZO MÍNIMO aquele previsto no cronograma. PRAZO MÁXIMO 05 anos LICENÇA DE INSTALAÇÃO PRAZO MÍNIMO aquele previsto no cronograma PRAZO MÁXIMO 06 anos LICENÇA DE OPERAÇÃO PRAZO MÍNIMO 04 anos PRAZO MÁXIMO 10 anos O pedido de renovação deve ser feito com antecedência MÍNIMA de 120 dias. O prazo de validade ficará AUTOMATICAMENTE renovado até manifestação definitiva do órgão ambiental competente. RENOVAÇÃO DO LICENCIAMENTO (LC 140/2011 e Res. CONAMA NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput. - Resolução 237 do CONAMA Art. 7º. Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível de competência, conforme estabelecido nos artigos anteriores. Art. 8º. O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores,com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. Art. 9º. O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação. LICENCIAMENTO LICENÇA Procedimento administrativo Ato administrativo #DICA: Apenas um ente político (U, E, DF ou M) expede a licença. Não há possibilidade de mais de um ente expedir licença para o mesmo empreendimento. 20 PRAZOS DE VALIDADE LICENCIAMENTO ORDINÁRIO 237/97) NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br BIOSSEGURANÇA Art. 1°, § 1° Para os fins desta Lei, considera-se atividade de pesquisa a realizada em laboratório, regime de contenção ou campo, como parte do processo de obtenção de OGM e seus derivados ou de avaliação da biossegurança de OGM e seus derivados, o que engloba, no âmbito experimental, a construção, o cultivo, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a liberação no meio ambiente e o descarte de OGM e seus derivados. § 2° Para os fins desta Lei, considera-se atividade de uso comercial de OGM e seus derivados a que não se enquadra como atividade de pesquisa, e que trata do cultivo, da produção, da manipulação, do transporte, da transferência, da comercialização, da importação, da exportação, do armazenamento, do consumo, da liberação e do descarte de OGM e seus derivados para fins comerciais. Art. 2° As atividades e projetos que envolvam OGM e seus derivados, relacionados ao ensino com manipulação de organismos vivos, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e à produção industrial ficam restritos ao âmbito de entidades de direito público ou privado, que serão responsáveis pela obediência aos preceitos desta Lei e de sua regulamentação, bem como pelas eventuais conseqüências ou efeitos advindos de seu descumprimento. § 3° Os interessados em realizar atividade prevista nesta Lei deverão requerer autorização à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, que se manifestará no prazo fixado em regulamento. § 4° As organizações públicas e privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais, financiadoras ou patrocinadoras de atividades ou de projetos referidos no caput deste artigo devem exigir a apresentação de Certificado de Qualidade em Biossegurança, emitido pela CTNBio, sob pena de se tornarem co-responsáveis pelos eventuais efeitos decorrentes do descumprimento desta Lei ou de sua regulamentação. Art. 3° Para os efeitos desta Lei, considera-se: I – organismo: toda entidade biológica capaz de reproduzir ou transferir material genético, inclusive vírus e outras classes que venham a ser conhecidas; V – organismo geneticamente modificado - OGM: organismo cujo material genético – ADN/ARN tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética; VI – derivado de OGM: produto obtido de OGM e que não possua capacidade autônoma de replicação ou que não contenha forma viável de OGM; VIII – clonagem: processo de reprodução assexuada, produzida artificialmente, baseada em um único patrimônio genético, com ou sem utilização de técnicas de engenharia genética; IX – clonagem para fins reprodutivos: clonagem com a finalidade de obtenção de um indivíduo; XI – células-tronco embrionárias: células de embrião que apresentam a capacidade de se transformar em células de qualquer tecido de um organismo. Art. 5° É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: I – sejam embriões inviáveis; ou II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento. 21 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br § 1° Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores. § 2° Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa. § 3° É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica o crime tipificado no art. 15 da Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Art. 6° Fica proibido: I – implementação de projeto relativo a OGM sem a manutenção de registro de seu acompanhamento individual; II – engenharia genética em organismo vivo ou o manejo in vitro de ADN/ARN natural ou recombinante, realizado em desacordo com as normas previstas nesta Lei; III – engenharia genética em célula germinal humana, zigoto humano e embrião humano; IV – clonagem humana; V – destruição ou descarte no meio ambiente de OGM e seus derivados em desacordo com as normas estabelecidas pela CTNBio, pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização, referidos no art. 16 desta Lei, e as constantes desta Lei e de sua regulamentação; VI – liberação no meio ambiente de OGM ou seus derivados, no âmbito de atividades de pesquisa, sem a decisão técnica favorável da CTNBio e, nos casos de liberação comercial, sem o parecer técnico favorável da CTNBio, ou sem o licenciamento do órgão ou entidade ambiental responsável, quando a CTNBio considerar a atividade como potencialmente causadora de degradação ambiental, ou sem a aprovação do Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, quando o processo tenha sido por ele avocado, na forma desta Lei e de sua regulamentação; VII – a utilização, a comercialização, o registro, o patenteamento e o licenciamento de tecnologias genéticas de restrição do uso. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, entende-se por tecnologias genéticas de restrição do uso qualquer processo de intervenção humana para geração ou multiplicação de plantas geneticamente modificadas para produzir estruturas reprodutivas estéreis, bem como qualquer forma de manipulação genética que vise à ativação ou desativação de genes relacionados à fertilidade das plantas por indutores químicos externos. Art. 7° São obrigatórias: I – a investigação de acidentes ocorridos no curso de pesquisas e projetos na área de engenharia genética e o envio de relatório respectivo à autoridade competente no prazo máximo de 5 (cinco) dias a contar da data do evento; II – a notificação imediata à CTNBio e às autoridades da saúde pública, da defesa agropecuária e do meio ambiente sobre acidente que possa provocar a disseminação de OGM e seus derivados; III – a adoção de meios necessários para plenamente informar à CTNBio, às autoridades da saúde pública, do meio ambiente, da defesa agropecuária, à coletividade e aos demais empregados da instituição ou empresa sobre os riscos a que possam estar submetidos, bem como os procedimentos a serem tomados no caso de acidentes com OGM. Art. 8° Fica criado o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, vinculado à Presidência da República, órgão de assessoramento superior do Presidente da República para a formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança – PNB. § 1° Compete ao CNBS: I – fixar princípios e diretrizes para a ação administrativa dos órgãos e entidades federais com competências sobre a matéria; II – analisar, a pedido da CTNBio, quanto aos aspectos da conveniência e oportunidadesocioeconômicas e do interesse nacional, os pedidos de liberação para uso comercial de OGM e seus derivados; 22 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br III – avocar e decidir, em última e definitiva instância, com base em manifestação da CTNBio e, quando julgar necessário, dos órgãos e entidades referidos no art. 16 desta Lei, no âmbito de suas competências, sobre os processos relativos a atividades que envolvam o uso comercial de OGM e seus derivados; § 3° Sempre que o CNBS deliberar favoravelmente à realização da atividade analisada, encaminhará sua manifestação aos órgãos e entidades de registro e fiscalização referidos no art. 16 desta Lei. § 4° Sempre que o CNBS deliberar contrariamente à atividade analisada, encaminhará sua manifestação à CTNBio para informação ao requerente. INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. § 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. § 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. § 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade. § 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei. Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes prazos máximos: I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação; II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação; III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação; IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação. Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: I - advertência; II - multa simples; III - multa diária; IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; V - destruição ou inutilização do produto; VI - suspensão de venda e fabricação do produto; VII - embargo de obra ou atividade; VIII - demolição de obra; IX - suspensão parcial ou total de atividades; X – (VETADO) XI - restritiva de direitos. § 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas. 23 7. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL. CONCEITO DE DANO. A REPARAÇÃO DO DANO AMBIENTAL. DANO MORAL COLETIVO. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br § 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. § 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo: I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha. § 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente. § 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo. § 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei. § 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares. § 8º As sanções restritivas de direito são: I - suspensão de registro, licença ou autorização; II - cancelamento de registro, licença ou autorização; III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. #DEOLHONAJURIS: Configurada infração ambiental grave, é possível a aplicação da pena de multa sem a necessidade de prévia imposição da pena de advertência (art. 72 da Lei 9.605/98). STJ. (Info 561). O particular que, por mais de vinte anos, manteve adequadamente, sem indício de maus-tratos, duas aves silvestres em ambiente doméstico, pode permanecer na posse dos animais. STJ. (Info 550). A responsabilidade administrativa ambiental, como regra, apresenta caráter subjetivo, exigindo dolo ou culpa para sua configuração. STJ. 2ª Turma. REsp 1640243/SC, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 07/03/2017. #IMPORTANTE POLUIDOR é pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. #DEOLHONAJURIS: O particular que deposita resíduos tóxicos em seu terreno, expondo-os a céu aberto, em local onde, apesar da existência de cerca e de placas de sinalização informando a presença de material orgânico, o acesso de outros particulares seja fácil, consentido e costumeiro, responde objetivamente pelos danos sofridos por pessoa que, por conduta não dolosa, tenha sofrido, ao entrar na propriedade, graves queimaduras decorrentes de contato com os resíduos. STJ (Info 544). - Tríplice Responsabilização da Pessoa Física ou Jurídica: a) Penal b) Cível c) Administrativa 24 8. SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Art. 225, § 3º da CF/88. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou JURÍDICAS, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. #DEOLHONAJURIS: Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é possível que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as obrigações de recompor o meio ambiente degradado e de pagar quantia em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo. STJ (Info 526). NÃO SE APLICA MAIS A DUPLA IMPUTAÇÃO É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. #DEOLHONAJURIS: É IMPRESCINDÍVEL A REALIZAÇÃO DE PERÍCIA OFICIAL para comprovar a prática do crime previsto no art. 54 da Lei 9.605/98. Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. STJ. 6ª Turma. REsp 1.417.279-SC,Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 22/9/2015 (INFO 571 DO STJ) – IMPORTANTE!!! #APOSTACICLOS Compete à JUSTIÇA FEDERAL processar e julgar o crime ambiental de CARÁTER TRANSNACIONAL que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. STF. Plenário. RE 835558/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 9/2/2017 (REPERCUSSÃO GERAL) (INFO 853 DO STF) – IMPORTANTE!!! ESTRUTURA DO SISNAMA Órgão Superior Conselho de Governo Órgão Consultivo e Deliberativo CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente Órgão Central MMA – Ministério do Meio Ambiente Órgãos Executores IBAMA e ICMBio Órgãos Seccionais Órgãos e entidades ESTADUAIS Órgãos Locais Órgãos e entidades MUNICIPAIS #ATENÇÃO: No texto da Lei 6.938/81 consta como órgão central a “Secretaria de Meio Ambiente”. Contudo, em 1992, esta secretaria foi transformada em Ministério do Meio Ambiente. Consequentemente, o presidente do CONAMA que era o Secretário passou a ser o Ministro. Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por OBJETIVO a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes PRINCÍPIOS: II - RACIONALIZAÇÃO do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; V - CONTROLE e ZONEAMENTO das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - INCENTIVOS AO ESTUDO e à PESQUISA DE TECNOLOGIAS orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 25 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br VII - ACOMPANHAMENTO DO ESTADO da qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá- la para participação ativa na defesa do meio ambiente. Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente VISARÁ (À OU AO): I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; III - ao estabelecimento de CRITÉRIOS e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; 26 9. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL. CONCEITO. COMPETÊNCIAS. NATUREZA JURÍDICA. REQUISITOS. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF3 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; Art. 8º Compete ao CONAMA: I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes; Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do Conama. Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental
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