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AULA de Direito das Sucessões 2018.2

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CURSO DE DIREITO
DIREITO DAS SUCESSÕES
Prof. Luiz Carlos Secca
Cel 22 – 992175773
E-mail lcsecca@secca.adv.br
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 3
Programa da Disciplina
◼ Sucessão Legítima
◼ Aceitação, Renúncia e 
Transmissão da herança
◼ Indignidade e Deserdação
na sucessão
◼ Cessão de direitos 
hereditários
◼ Herança jacente e vacante
◼ Petição de herança
◼ A ordem na vocação 
hereditária
◼ Herdeiros necessários
◼ Sucessão por direito de 
representação
◼ Sucessão testamentária
◼ Testamentos Ordinários e 
Especiais
◼ Codicilo
◼ Disposições Testamentárias
◼ Nulidades, Anulabilidades e 
Caducidade dos Testamentos
◼ Legados, seus Efeitos e sua 
Extinção
◼ Direito de Acrescer
◼ Substituição Testamentária
◼ Revogação, Rompimento e 
Execução dos Testamentos
◼ Inventário e Partilha
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 4
Referências
◼ DIAS, Maria Berenice. Manual de Sucessões. São Paulo: 
Editora RT.
◼ GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro – Direito 
das Sucessões, v.7. São Paulo: Editora Saraiva.
◼ TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito Civil –
Direito das Sucessões. São Paulo: Editora Método.
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Avaliação
➢ P1 e P2
▪ Prova Objetiva
▪ Prova discursiva
▪ Oito questões. 
▪ Valor 04 pontos.
▪ S/ consulta a lei.
▪ Três questões. 
▪ Valor 04 pontos.
▪ C/ consulta a lei.
Avaliação
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➢ 2ª Chamada e P6 – Matéria toda
➢ Temas p/ 
fichamento
▪ P1
▪ P2
Ordem da vocação hereditária.
Inventário (judicial e extrajudicial) e 
Partilha.
➢ Importante
▪ A entrega do fichamento deverá ser no dia da prova com
tolerância para o dia da revisão.
▪ Na 2ª chamada entregar o resumo correspondente a
prova que faltou.
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DIREITOS DAS 
SUCESSÕES
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Conceituação
➢ Sucessão
▪ Inter vivos
▪ Mortis causa
“É o modo especial de aquisição da propriedade
e da posse, consistente na transmissão
universal ou singular do patrimônio de uma
pessoa falecida a uma ou mais pessoas vivas”.
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Espécies de sucessões 
➢ Espécies
➢ Importante: “De cujus” pessoa morta.
➢ Importante: Ocorrendo o óbito opera-se a separação entre patrimonialidade e 
a personalidade (vacância de bens).
▪ Sucessão Legítima ou ab intestato
▪ Sucessão testamentária ou ex testamento
“é aquela decorrente da lei”.
“é a proveniente de ato de última vontade do titular do 
patrimônio”.
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➢ Classificação quanto a transmissão do patrimônio:
✓ Sucessão a título singular (legado);
✓ Sucessão a título universal (herança).
“Ocorre quando a pessoa substitui o de cujus na totalidade ou em
quota ideal do patrimônio”.
“Neste caso há a substituição de titularidade em um bem, ou em
determinados bens”.
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Herança, sucessão hereditária e 
natureza jurídica 
➢ Herança
“É o conjunto de bens pertencente ao sucedido, abatidas as dividas
no momento de sua morte, e que são transferidos aos herdeiros
legítimos ou testamentários”.
➢ Espólio = Monte-mor
➢ Importante: O espólio engloba o ativo e o passivo do de cujus.
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“O herdeiro adquire (forma derivada) a propriedade dos bens da herança
independentemente de registro”.
➢ Natureza Jurídica é um direito real
➢ Finalidade da sucessão
“Manter o patrimônio no grupo familiar, perpetuanto suas relações jurídicas
reais”.
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Herança e legado 
➢ Distinção
▪ O herdeiro sucede a título universal e o legatário sucede a
título singular ou particular;
▪ O herdeiro responde pelas dívidas e encargos do espólio na
proporção de sua quota hereditária, enquanto que o legatário
está isento dessa responsabilidade.
“Herança refere-se a universalidade patrimonial do de cujus e legado refere-se a 
bem determinado, o que é próprio do testamento”.
➢ Pergunta: Seria possível o legado abranger todo o patrimônio?
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Pactos sucessórios 
Lei incidente em matéria de 
sucessões
“Não prevalecem quaisquer disposições que as pessoas possam fazer em
vida sobre a sucessão (art. 426, CC)”.
“Aplica-se a lei vigente no momento que acontece a morte (art.1.787, CC)”.
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TRANSMISSÃO DA 
HERANÇA
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O óbito ou o fato determinante da 
sucessão 
▪ A morte natural da pessoa.
▪ A sobrevivência do beneficiário.
➢ Pressupostos de 
transmissibilidade
➢ Óbito
“É o assentamento ou registro no Cartório do Registro de Pessoas
Naturais (art. 29, III e 80, LRP).
➢ Requisitos p/ 
registro
▪ Pessoas que declaram (art. 79, LRP).
▪ Exigência de atestação médica (art. 77, LRP).
▪ Morte em catástrofe (art. 88, LRP).
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A abertura da sucessão 
➢ Pergunta: A morte é um fato natural ou um fato jurídico?
“É o oferecimento da herança aos sucessíveis, ou pôr-se ela à
disposição de herdeiros e legatários”.
➢ Delação ou 
devolução
➢ “Droit de saisine”
“É a transferência imediata da posse e do domínio
dos bens do de cujus (art.1.784, CC)”.
➢ Pergunta: O herdeiro toma posse imediata de seu quinhão?
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➢ Inventário
“Representa apenas a formalização da sucessão. Não passa o
mesmo de exteriorização administrativa da transmissão”.
“De fato ocorrida a morte, o acervo passa aos herdeiros como um todo
indiviso, devendo, ao final, ser partilhado entre os interessados, respeitadas
as respectivas posições e saldadas as dívidas e encargos que oneravam o
monte através de procedimentos judiciais próprios”
Carlos Alberto Bittar
➢ Sequência formal judicial
“Requerer a abertura até sessenta dias da abertura da sucessão, nomeia-se o
inventariante, são arrolados os herdeiros, descrevem-se os bens, e apontam-
se as dívidas para que, sob controle judicial, se efetive o pagamento aos
credores, resgata-se os créditos existentes, por último se efetua a partilha.”.
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Lugar da abertura da sucessão 
O lugar da abertura da sucessão será o do último domicílio do 
finado art. 1.785, CC.
Importante: Não se mostra relevante a localidade onde ocorreu o falecimento,
ou se o autor da herança residia em local distinto. Importa levar em conta onde
estavam situados seus principais interesses ou concentravam-se a administração e
as decisões do falecido.
Exceções 
(art. 48, §
único, NCPC)
▪ No caso de não possuir o autor da herança domicílio certo,
quando então se processará o feito no foro da situação dos bens;
▪ Na hipótese de existirem bens em lugares diversos, sem o
domicílio certo, em que se firma a competência pelo lugar da
ocorrência do óbito.
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O patrimônio sucessível e doações 
inoficiosas 
“É a atribuição de patrimônio por ato inter vivos ou causa mortis em
quantidade superior à meação permitida, a ponto de ofender a legítima dos
herdeiros”.
➢ Liberalidade Inoficiosa (art. 549 e 1.967, CC).
➢ Momento em que se apura o excedente: 
✓ No testamento, a verificação é na oportunidade do óbito do testador (art.
1.967, CC);
✓ Nas doações, o exame far-se-á no instante da liberalidade (art. 549, CC)”.
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❑ Cálculo da parte disponível e da legítima
❑ Partilha da parte inoficiosa 
✓ Legítima significa a porção a que tem direito em receber o herdeiro;
✓ O testador poderá dispor de até a metade de seus bens, ou da
meação, se for casado;
✓ As doações sempre computam-se como adiantamento;
✓ Ovalor do patrimônio existente na abertura da sucessão, abatidas as
dívidas e as despesas do funeral, somado com os adiantamentos
realizados aos herdeiros e dividindo-se o resultado em duas porções,
uma equivalerá a parte disponível e a outra a legítima art. 1.847, CC.
✓ Tendo o herdeiro sido contemplado por doação ou testamento com uma
porção superior à quota a que teria direito terá que devolver o excesso.
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Indivisibilidade da herança 
“Até a partilha, o direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da
herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao
condomínio (art. 1.791 e o seu § único, CC)”
“A posse e a administração dos bens do espólio é direito do inventariante,
direito este que não é dele pessoalmente, mas do próprio espólio e até o
compromisso do inventariante caberá sucessivamente conforme dispõe o
art. 1.797, CC”.
A administração da herança
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AGENTES DA SUCESSÃO 
E VOCAÇÃO 
HEREDITÁRIA
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Capacidade e legitimação para 
suceder 
Capacidade 
Sucessória
“É a aptidão da pessoa para receber os bens 
deixados pelo falecido”.
Legitimação 
Sucessória 
“É a vocação hereditária decorrente da lei, a qual
estabelece a ordem sucessória, ou de testamento,
quando alguém, independentemente da
classificação de herdeiro ou não, é contemplado
com bens”.
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As pessoas capacitadas para suceder 
Na sucessão 
legítima
“Todas as pessoas nascidas e as já concebidas são
contempladas na abertura da sucessão (art. 1.798, CC).”
Na sucessão 
testamentária
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O autor da herança 
“O autor da herança é o de cujus, também denominado
hereditando, que , em vida, era titular do patrimônio que veio a
formar a herança.”
Comoriência
“Ocorrendo a morte simultânea, decorre que as pessoas não
serão herdeiras entre si, ou não transmitirão uma à outra a
herança.”
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Herdeiros e legatários 
Herdeiro
▪ Legitimo
▪ Testamentário
▪ Necessário
▪ Facultativo
Legatário
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Modos de sucessão e de partilha 
▪ Por direito próprio
▪ Por direito de representação
▪ Por direito de transmissão
“ocorre quando o herdeiro pertence a uma determinada
classe, descendente, ascendente e cônjuge.”
“ocorre em razão de não mais existir o herdeiro que pertence
a uma determinada classe.”
“ocorre quando o herdeiro pertencente a uma determinada
classe é substituído, por transmitir seus direitos hereditários.”
Modos de 
sucessão
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▪ Por cabeça ou in capita
▪ Por estirpe ou in stirpes
▪ Por em linha ou in lineas
“a herança é partilhada entre herdeiros da mesma classe.”
Modos de 
partilha “a partilha se dá por representação.”
“envolve partilha igual entre herdeiros da mesma classe.”
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ACEITAÇÃO DA 
HERANÇA
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O ato de aceitação 
“é um ato de vontade pelo qual o herdeiro se dispõe a aceitar a
herança, isto é, através de sua manifestação, aceita-se receber
os bens, ou parte deles, que antes pertenciam ao falecido (art.
1.804, CC)”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 32
Características da aceitação 
Aceitação
▪ Têm que ser pura e simples (art. 1.808, CC);
▪ Inaceitabilidade de o herdeiro querer o recebimento de 
bens determinados;
▪ Vedação a pretensão do herdeiro em receber somente 
créditos, rejeitando as obrigações;
▪ Buscar que o quinhão seja composto unicamente por 
dinheiro;
▪ É ato irrevogável (art. 1.812, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 33
Espécies de aceitação 
Aceitação 
(art. 1.805, CC)
▪ Expressa
▪ Tácita
“o herdeiro declara por escrito, público ou particular, que
deseja receber a herança”.
“ocorre quando, sem declarar a sua aceitação, o herdeiro
pratica atos que pela sua natureza implicam a aceitação da
herança”.
Aceitação 
presumida
“É presumida quando o herdeiro deixa passar o prazo marcado
pelo juiz, a requerimento do interessado, sem se manifestar
sobre a herança que lhe é deferida (art. 1.807, CC).”
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 34
Aceitação obrigatória 
Pergunta: Poderia ser o herdeiro obrigado a aceitar o seu quinhão hereditário?
Resposta: Possuindo o herdeiro dívidas pessoais, assiste direito aos seus
credores se habilitarem e aceitar a herança em nome do herdeiro (art.
1.813, CC)
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 35
A aceitação no caso de morte do 
herdeiro 
Pergunta: Se, depois da morte do autor da herança, vem a falecer o
herdeiro, sem que se tenha definido a aceitação, como ficará seu quinhão
hereditário?
Resposta: O poder ou a faculdade de aceitar a herança passa aos 
herdeiros do herdeiro (art. 1.809, CC).
Pergunta: Se manifestada a recusa da herança pelo herdeiro que faleceu
depois, a faculdade de aceitação seria também transmitida aos herdeiros daquele
que faleceu antes?
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Aceitação por incapazes 
“Não se invalida o inventário se faltar a representação, desde
que não resulte em nenhum prejuízo ao herdeiro menor, ou ao
portador de alguma incapacidade. O Ministério Público atua
como um verdadeiro curador”.
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RENÚNCIA DA HERANÇA
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 38
Direito a não participar da herança 
Conceito
“A renúncia é um ato jurídico, ou uma declaração
unilateral de vontade do herdeiro, declarando que não
aceita a herança”.
Pergunta: A cessão de direitos hereditários caracteriza uma 
renúncia?
Pergunta: O herdeiro renunciante transmite os seus direitos 
hereditários?
Pergunta: O herdeiro renunciante poderia exigir uma 
remuneração?
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 39
Características 
▪ I — A “unilateralidade”, por não depender da vontade de outros herdeiros.
▪ II — A “abstratividade”, isto é, a ausência de motivações.
▪ III — A “indivisibilidade”, porquanto a renúncia se opera em relação à
herança, e não a um bem (art. 1.808, CC).
▪ IV — “Ato jurídico puro”, ou seja, sem depender de condições ou termo
(art. 1.808, CC).
▪ V — A “gratuidade”, jamais se permitindo algum pagamento ou uma
compensação.
▪ VI — “Efeito retroativo”, valendo a contar da morte do autor da herança
(art. 1.804, § único, CC).
▪ VII — O “formalismo”, procede por termo nos autos, ou mediante escritura
pública.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 40
Incapacidade para a renúncia 
“Não é possível a renúncia por quem não tem a plena capacidade civil”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 41
Retratação da renúncia 
Renúncia e abandono
“O abandono não equivale à renúncia, porquanto esta envolve um ato de
vontade normalmente expresso, trazendo transmissão do domínio. Já no
abandono, perdura ele como titular do domínio, mesmo que sem a posse”.
Importante: O abandono não é uma situação definitiva, sendo sempre 
viável a reconsideração da decisão pelo herdeiro, retomando a posse ou o bem.
“A renúncia solene é irretratável, desde de que não oriunda de vício de 
consentimento (art. 1.812, CC)”. 
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 42
Renúncia por legatário insolvente 
“Há restrições quanto à possibilidade do legatário insolvente em renunciar. A
norma do art. 1.813, CC trata da sucessão em geral, abrangendo a legítima
e a testamentária”.
Representação de herdeiro renunciante
“Se o herdeiro renuncia à herança, ninguém pode suceder no lugar dele
pelo direito de representação (art. 1.851, CC), mas se este renuncia, por
direito próprio herdarão os seus descendentes (art. 1.811, CC)”.
27/08/2018 Prof. Luiz CarlosSecca 43
A renúncia em legados e herança 
“A abdicação da herança não determina a renúncia ao legado e prevalece o
oposto a renúncia do legado não acarreta a da herança”.
Alcance da renúncia
“A renúncia abrangerá as dívidas ou obrigações da herança, contudo não
dispensa a colação de bens, para fins de repor a porção inoficiosa ou recebida
a mais (art. 2.008, CC)”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 44
Renúncia e o imposto de transmissão 
“Não cabe o imposto de transmissão desde que se trate de
renúncia pura e simples, isto é, quando o herdeiro abdica de
sua parte”. Mas se for em favor de alguém, cabe o imposto”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 45
INDIGNIDADE NA 
SUCESSÃO
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 46
Limitações à capacidade sucessória 
▪ Indignidade (art. 1.814, CC).
▪ Deserdação (arts. 1.962 e 1.963, CC).
▪ O rol de pessoas do 1.801, CC.
Limitações
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 47
Conceito de indignidade 
“É a privação do direito hereditário cominada por lei, a quem cometeu certos 
atos ofensivos à pessoa ou aos interesses do hereditando.”
Clóvis Bevilaqua 
“A pena de indignidade é cominada pela própria lei, nos casos expressos
que enumera, ao passo que a deserdação repousa na vontade exclusiva
do autor da herança, que a impõe ao culpado no ato de última vontade,
desde que fundada em motivo legal”.
Washington de Barros Monteiro
Distinção entre indignidade e deserdação
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 48
Causas de indignidade 
“As causas da indignidade, enumeradas no art. 1.814, I a III, CC , englobam
a idéia de atos ofensivos praticados contra a pessoa, a honra e os interesses
do autor da herança”.
Importante: Não se reclama a condenação penal para tipificar-se a
indignidade. Basta a prova da ocorrência dos fatos previstos no art. 1,814, I a III,
CC para a sua aplicação.
Importante: São numerus clausus, esgotando as possibilidades de
indignidade”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 49
A ação para declarar a indignidade 
“A declaração de indignidade depende da manifestação judicial, por
sentença, cabendo a iniciativa da ação a quem tiver interesse no
inventário”.
Tem o herdeiro ou interessado quatro anos, contados da
abertura da sucessão, para entrar com a ação art. 1.815, §
único, CC.
“Herdeiros, os legatários, os credores, o Fisco, os
donatários, todos aqueles que, pelo resultado do
inventário, serão contemplados com alguma parcela
da herança.
“Independentemente do valor que for
atribuído à ação (art. 318, caput, NCPC)”.
Decadência
Legitimidade ativa 
para a lide
Procedimento Comum
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 50
Reabilitação do indigno 
Perdão do autor 
da herança
▪ Reabilitação expressa (art. 1.818, CC).
▪ Reabilitação tácita (art. 1.818, § único, CC).
Pergunta: O perdão do autor da herança pode ser dado por
instrumento particular?
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 51
Efeitos da indignidade 
Efeitos 
▪ Pessoais (art. 1.816, CC).
▪ Validade dos atos antes da sentença de exclusão 
(art. 1.817, CC).
▪ Restituição de frutos e rendimentos (art. 1.817, §
único, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 52
CESSÃO DE DIREITOS 
HEREDITÁRIOS
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 53
Conceito e classificação 
“Cessão de direitos hereditários é a transferência que o herdeiro, legítimo
ou testamentário, faz a outrem de seus direitos hereditários, que lhe
competem depois de aberta a sucessão a seu favor”.
Itabaiana de Oliveira
Pergunta: Consumada a partilha, sem que ainda não tenha sido expedido o
formal, ou efetuado o registro imobiliário, pode ser objeto cessão de direitos
hereditários os bens da herança?
Resposta: Não, a partir deste momento qualquer transferência obedecerá a
forma e as regras da compra e venda, ou da doação, ou da dação em
pagamento.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 54
Importante: Nula é a cessão de direitos hereditários relativa a imóveis,
envolvendo interesses de herdeiro incapaz, sem assistência, tendo ainda sido
efetivada por instrumento particular.
Negócio jurídico solene art. 1.793, caput, CC.
Cessão
▪ Universal
▪ Parcial
“Se dá quando envolve todos os direitos do cedente, ou a sua 
quota por inteiro”. 
“Se restringe a uma parte do patrimônio componente do
quinhão do cedente, o que lhe dá direito a participar do
inventário”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 55
Cessão a estranho, em preterição a 
coerdeiros 
“É indispensável a ciência dos coerdeiros condôminos, para que
exerçam o direito de preferência (art. 1.794, CC)”.
“O coerdeiro preterido, depositando o preço, poderá
adjudicar para si o quinhão cedido (art. 1.795, CC)”.
Direito de 
preferência
Adjudicação 
do quinhão
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 56
Participação do cônjuge 
“Exige-se o consentimento do cônjuge do cedente, para
possibilitar a cessão e a falta de autorização tornará anulável o
ato praticado (art. 1.647 e 1.649, CC) ”.
“Venda ou cessão da herança não exime o patrimônio transferido 
do direito que têm os credores de executar seus créditos em 
bens transferidos”.
Cessão da herança e direito dos 
credores
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 57
HERANÇA JACENTE E 
VACANTE
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 58
Configuração Jurídica
“Jacência, portanto, é o estado em que se encontra a herança,
enquanto se não conhecerem os respectivos titulares. Procede-se,
então, sob a fiscalização do juiz, à administração, à guarda e à
conservação do acervo por um curador designado, enquanto se
espera a habilitação dos interessados. Caso não surja, decreta-se
por sentença a vacância, passando os bens ao domínio do Poder
Público, observado o procedimento próprio estabelecido no estatuto
processual (arts. 738 a 743, NCPC).”
Carlos Alberto Bittar
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 59
Natureza jurídica 
“Massa patrimonial despersonalizada, podendo atuar em juízo como
autora e ré, representada pelo curador (NCPC, art. 75, VI), possuindo, na
linguagem dos processualistas, personalidade judiciária”.
Condições 
necessárias 
Condições para a herança ser jacente
▪ Não haver herdeiros conhecidos ou, mesmo que existam, a 
ela renunciaram;
▪ Inexistência de testamento ou, mesmo que exista, os 
herdeiros contemplados manifestarem a renúncia.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 60
Nomeação e funções do curador 
“Há de se observar critérios para a escolha do curador, como a probidade,
o teor das relações entre o falecido e o nomeado, o conhecimento do
patrimônio e da situação familiar do extinto. Para o cargo, não se exige
alguma qualificação profissional ou um nível superior de cultura”.
Arnaldo Rizzardo
“Os poderes do curador são de caráter administrativo, cabendo-lhe
arrecadar e conservar os bens da herança, reivindicar o domínio, retomar
a posse dos bens, representar a herança e defendê-la em juízo, cobrar as
dívidas, solicitar a venda em hasta pública dos bens que tiverem que ser
vendidos, promover o cumprimento das disposições contidas no
testamento, se houver, etc. (art. 739 do NCPC).”
Arnoldo Wald
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 61
Convocação e habilitação dos 
herdeiros, e alienação dos bens 
“Hipóteses de venda (art. 742, NCPC), sempre que conveniente para a herança.
“Ultimada a arrecadação, o juiz mandará expedir edital (art. 741, NCPC).”
Habilitação dos herdeiros (arts. 687 a 692, NCPC). 
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 62
Habilitação dos credores da herança 
“É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas
reconhecidas, nos limites das forças da herança (arts. 1.821, CC e 741,
§ 4º, NCPC)”.
“Passado um ano da primeira publicação do edital (art. 741, NCPC) e
não havendo herdeiro habilitado nem habilitaçãopendente, será a
herança declarada vacante (arts 743, NCPC e 1.820, CC).”
Herança vacante
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 63
Momento da transferência 
“Ela se dá com a declaração da vacância, mas se torna definitiva, sem
possibilidade de se desfazer, passados cinco anos da abertura da sucessão
(art. 1.822, CC)”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 64
PETIÇÃO DE HERANÇA
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 65
Conceito 
“É a faculdade garantida ao herdeiro de reclamar a sua
quota-parte, ou o seu quinhão, em uma sucessão
hereditária (arts. 1.824 a 1.828, CC)”.
Petição de 
herança (petitio 
hereditatis)
Abrangência da petição de herança
“Até a partilha, qualquer interessado tem legitimação para requerer o seu
ingresso no inventário. Depois da partilha, não; porque aí já estaria encerrado
o inventário, e somente através de ação específica, de petição de herança, é
que poderia alguém pretender sua parte no patrimônio hereditário”
Clóvis do Couto e Silva
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 66
Natureza da ação 
“A petição de herança, na primeira fase, é uma ação pessoal na parte
que envolve o reconhecimento da qualidade de herdeiro, considerada
como preliminar e na, segunda, fase posterior de reivindicação do
patrimônio a ação é real, eis que exercitável contra todos, e mesmo
terceiros, à relação sucessória”.
Importante: Distinção da ação de petição de Herança e ação reivindicatória.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 67
Legitimação ativa e passiva na ação e 
imposição de restituir 
▪ O herdeiro que se considera prejudicado na sucessão.
▪ O cessionário do herdeiro.
▪ O Município ou DF quando pela declaração da herança 
jacente.
Legitimação
“O art. 1.826 impõe a restituição ressalvando os direitos
assegurados ao possuidor de boa-fé”.
Imposição 
de restituir
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 68
O herdeiro aparente 
“É a pessoa que recebe a herança sem estar na qualidade de herdeiro,
embora pareça se revestir desta qualidade”.
Aquisição de legado por herdeiro aparente art. 1.828,CC.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 69
A ação de petição de herança 
“O herdeiro preterido ingressará com uma ação comum reclamando o seu
quinhão, o que automaticamente, se não anula, retifica ou muda a
partilha”.
Importante: A ação mais comum na reclamação da porção hereditária é a
de investigação de paternidade cumulada com a petição de herança, e
obedecendo o rito comum”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 70
Prescrição ou decadência da ação 
Investigação de paternidade 
Ação de petição de Herança 10 anos (art. 205, CC)
Imprescritível
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 71
A ORDEM NA 
VOCAÇÃO 
HEREDITÁRIA
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 72
A Ordem na Vocação Hereditária 
“Consiste na relação preferencial pela qual a lei chama, por classe,
determinadas pessoas à sucessão hereditária”.
Classes
▪ Descendentes
▪ Ascendentes
▪ Cônjuge ou companheiro
▪ Colaterais
Importante: Dentro de uma mesma classe, a preferência estabelece-se
pelo “grau”, isto é, o mais afastado é excluído pelo mais próximo.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 73
Ordem na 
sucessão legítima 
(CC, art. 1.829)
▪ Os descendentes em concorrência com o 
cônjuge sobrevivente;
▪ Os ascendentes em concorrência com o 
cônjuge;
▪ O cônjuge ou companheiros sobrevivente;
▪ Os colaterais.
Tipos de sucessão
(art. 1.835, CC)
▪ Sucessão por cabeça ou direito próprio
▪ Sucessão por estirpe ou representação
▪ Sucessão por linha (ascendentes)
Avoengas “Chamam-se as quotas transmitidas diretamente do avô para os 
netos”. 
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 74
Os descendentes que concorrem com o cônjuge 
sobrevivente
“O cônjuge sobrevivente permanece em terceiro lugar na referida ordem,
mas passa a concorrer em igualdade de condições com os descendentes do
falecido”.
Resposta: Caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça,
não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for
ascendente dos herdeiros com que concorrer (CC, art. 1.832).
Pergunta: Qual o quinhão do cônjuge em concorrência com os 
descendentes?
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 75
Importante: O cônjuge supérstite não será chamado a concorrer na
herança se casado com o falecido pelo regime da comunhão universal ou pelo
regime da separação obrigatória de bens e se o casamento tiver sido celebrado no
regime da comunhão parcial não concorrerá nos bens comuns adquiridos na
constância do casamento e concorrerá com os descendentes apenas na partilha
dos bens particulares.
Importante: Não mais subsistem as desigualdades entre filhos
consangüíneos e adotivos, legítimos e ilegítimos, todos herdam em igualdade de
condições (art. 227, § 6º, CF, art. 20, ECA e art. 1.596, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 76
Os Ascendentes em concorrência com o cônjuge 
sobrevivente 
“Não havendo herdeiros da classe dos descendentes, são chamados à
sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente
(CC, art. 1.836)”.
Pergunta: Qual o quinhão do cônjuge em concorrência com 
os ascendentes?
Resposta: Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge
caberá um terço da herança e a metade desta se houver um só
ascendente, ou se maior for aquele grau (CC, art. 1.837).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 77
➢ O cônjuge ou companheiro
“Na falta de descendentes e ascendentes, será deferida a
sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente (CC, art. 1.838)”.
➢ Importante: Quando o regime adotado é o da comunhão universal, recolhe
a metade do acervo (herança) na condição de herdeiro, porque a outra metade
já lhe pertence, constituindo a meação. No regime da comunhão parcial a
meação incide sobre o patrimônio comum. Tem a jurisprudência admitido a
comunicação dos aquestos (bens adquiridos na constância do casamento a
título oneroso) no regime da separação legal de bens, quando haja resultado do
esforço comum dos cônjuges.
➢ Importante: Somente é reconhecido direito sucessório a este, porém, se, ao
tempo da morte do outro cônjuge, não estavam separados judicialmente, nem
separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa
convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente (art. 1.830, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 78
➢ Direito de representação concedido aos filhos de irmãos (art. 1.840).
➢ Concorrência à herança de irmãos bilaterais com irmãos unilaterais 
(art. 1.841, CC).
➢ Não concorrendo à sucessão irmão bilateral, herdarão, em partes
iguais, os unilaterais (art. 1.842, CC).
➢ Preferência aos sobrinhos em relação aos tios (art. 1.843, CC).
“Os colaterais figuraram em quarto lugar na ordem da vocação hereditária,
quando não houver cônjuge sobrevivente e serão chamados a suceder os
colaterais até o quarto grau (art. 1.839)”.
➢ Os colaterais 
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 79
HERDEIROS 
NECESSÁRIOS
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 80
A legítima e a porção disponível 
Herdeiros 
necessários
“São os descendentes, os ascendentes e o cônjuge sobrevivente 
ou companheiro, aos quais é reservada metade do patrimônio do 
de cujus (art. 1.845 e 1.846, CC)”. 
Importante: O testador não pode preterir ou prejudicar os herdeiros 
necessários no ato de última vontade. Somente deixam de herdar os indignos, 
ou deserdados, ou aqueles que renunciarem à herança.
Herdeiros necessários ≠ Herdeiros legítimos
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 81
Importante: A parte indisponível, que pertence aos herdeiros necessários,
denomina-se “legítima” e atinge metade do patrimônio do falecido.
Pergunta: Se presentes apenas outros sucessores, o testamento pode 
abranger todos os bens?
27/08/2018 Prof.Luiz Carlos Secca 82
Cálculo da porção disponível 
H = {Pe – (D + Df)} + C
“Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da
sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em
seguida, o valor dos bens sujeitos à colação (art. 1.847, CC)”.
▪ H – Herança ou Patrimônio Líquido
▪ Pe – Patrimônio existente
▪ D – Dívidas
▪ Df – Despesas c/ funeral
▪ C – Colação
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 83
▪ Legítima = Parte Indisponível (Pi)
▪ H – Herança
L = H/2
Importante: A outra metade encontrada constitui quota disponível, ou
seja, a porção do patrimônio do finado de que ele pode dispor, por testamento,
sem qualquer restrição.
L = Pd = H/2
▪ Pd – Parte disponível
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 84
“Considera-se metade de todo o patrimônio do casal, posto que a outra
porção é do cônjuge sobrevivente. A meação do de cujus será subdividida
em duas quantidades iguais, para chegar-se à porção disponível e à
indisponível. Não importa, neste regime, o nome no qual se encontram os
bens”.
“A metade disponível abrange a metade do patrimônio constituído durante
o casamento, excluídos na apuração os bens doados ou herdados, e
metade do patrimônio particular, isto é, advindo antes do casamento e
erigido durante o casamento por doação ou herança”.
Regime de comunhão universal
Regime de comunhão parcial
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 85
“a porção disponível é calculada da mesma forma que no regime de
comunhão parcial, lembrando que a diferença entre esses regimes está
no momento em que se opera a comunhão do patrimônio adquirido
onerosamente, que é ao se dissolver a sociedade conjugal quando se
trata do regime de participação final nos aquestos”.
Regime de participação final nos aquestos
Importante: Os legados serão descontados da parte disponível, não se 
comprometendo a outra porção, que é intocável.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 86
O direito à legítima pelo herdeiro 
testamentário 
Exclusão dos herdeiros legítimos Colaterais
Herdeiros facultativos “São os colaterais até o quarto grau (irmãos, tios, 
sobrinhos)”.
“Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador
disponha de seu patrimônio sem os contemplar (art. 1.850, CC)”.
“Enquanto as doações são consideradas adiantamentos da legítima, adicionando-
se ao valor dos bens para fins de cálculo dos quinhões necessários, os legados
ou liberalidades testamentárias não se computam no quinhão do herdeiro
necessário (art. 1.849, CC)”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 87
SUCESSÃO POR DIREITO 
DE REPRESENTAÇÃO
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 88
Direito de Representação 
“Dá-se a sucessão por direito próprio quando a herança é deferida ao
herdeiro mais próximo. E por representação, quando chamado a suceder em
lugar de parente mais próximo do autor da herança, porém pré-morto,
ausente ou incapaz de suceder (art. 1.851)”.
Importante: A representação é restrita à sucessão legítima, não 
se aplicando à testamentária. 
Importante: Somente se verifica o direito de representação na linha
reta descendente, nunca na ascendente (art. 1.852). Na linha colateral,
ocorrerá em favor dos filhos de irmãos do falecido (dos sobrinhos) quando
com irmão deste concorrerem (art. 1.853).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 89
▪ O representado ter falecido antes do representante, salvo as hipóteses 
de ausência (desaparecimento do domicílio sem dar notícia do paradeiro), 
indignidade e deserdação;
▪ O representante seja descendente do representado;
▪ O representante ter legitimação para herdar do representado. no 
momento da abertura da sucessão (o excluído da sucessão do pai não o 
pode representar na sucessão do avô);
▪ Que não haja solução de continuidade no encadeamento dos graus 
entre representante e representado (não pode o neto saltar sobre o pai 
vivo, a fim de representá-lo na herança do avô, salvo em caso de 
ausência, indignidade ou deserdação);
▪ Que reste, no mínimo, um filho do de cujos ou, na linha colateral, um 
irmão do falecido (porque se todos os filhos do falecido já morreram, ou 
todos os irmãos deste, os netos, no primeiro caso, e os sobrinhos, no 
segundo, herdam por direito próprio).
Requisitos
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 90
Efeitos
▪ Atribuir o direito sucessório a pessoas que não sucederiam,
mas que acabam substituindo um herdeiro pré-morto.
▪ Não estão obrigados pelas dívidas do representado, mas
somente pelas do autor da herança.
▪ Só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado,
se vivo fosse (art. 1.854),
▪ O quinhão do representado partir- se-á por igual entre os
representantes (art. 1.855).
▪ O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-
la na sucessão de outra”(art. 1.856)
PROCESSO SUCESSÓRIO
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 91
Administração Provisória
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 92
“O exercício da administração provisória não depende de intervenção judicial. Recai
sobre quem estava no exercício da posse da herança. No entanto, se não existir
nenhuma das pessoas a quem a lei confere tal legitimidade, cabe ao juiz nomear
pessoa de sua confiança”.
➢ Administrador 
provisório
▪ Legitimidade para o exercício da administração (art. 1.797, 
CC);
▪ Representação ativa e passiva do espólio (art. 614, NCPC);
▪ Exerce posse dos bens em nome dos herdeiros;
▪ A percepção de frutos e rendimentos na administração 
provisória é levada a colação (art. 2.020, CC);
▪ Direito a reembolsar-se das despesas;
▪ Responsabilidade por danos por sua culpa;
▪ Encargo para requerer a abertura do inventário em 60 dias 
do falecimento (art. 615, NCPC).
➢ Importante: O art. 616 do NCPC atribui legitimidade concorrente a outros 
interessados.
Confirmação do Testamento e do 
Codicilo
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 93
“A apresentação ou o registro do testamento independe do inventário. É
procedimento preliminar avulso. Ainda que o inventário possa ser levado a
efeito extrajudicialmente, quando existe testamento o processo é sempre
judicial, com a participação do MP”.
➢ Importante: A confirmação do testamento não tem o condão de evitar futura 
ou posterior ação de nulidade ou invalidade.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 94
➢ Testamento cerrado
✓ Aquele que estiver com o testamento tem o dever de apresentá-lo em
juízo (art. 1.875, CC);
✓ O juízo competente é o do inventário, partilha e arrecadação;
✓ O ato de abertura é presidido pelo juiz, na presença de quem lhe
apresentou o testamento (art. 735, NCPC);
✓ Não há necessidade de o seu portador ser representado por advogado.
✓ A solenidade pode ser acompanhada pelos herdeiros e demais
interessados. pois é um ato público;
“Elaborado pelo testador e apresentado ao tabelião para aprovação, cerramento
e costura. É devolvido ao seu autor ou fica sob a guarda do tabelião. Somente o
autor tem conhecimento do conteúdo”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 95
✓ Verificando que o documento está intacto, ou seja, não há marcas
visíveis de ter sido violado, o juiz procede à sua abertura, determinando
que o escrivão o leia;
✓ Após, determina a lavratura do auto de abertura, que é um termo
descrevendo a solenidade, sendo assinado e arquivado em livro próprio;
✓ Ainda que o testamento esteja aberto e violado, nem por isso deve
deixar de ser registrado (somente tais circunstâncias devem ser
descritas no termo);
✓ Autuado o testamento e o auto de apresentação, o expediente é
distribuído como procedimento de jurisdição voluntária, não cabendo
contraditório;
✓ Ouvido o Ministério Público, o juiz manda registrar, arquivar e cumprir o
testamento.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 96
✓ Caso o juiz negue apor o “cumpra-se”, por ter verificado irregularidades, a
higidez dotestamento pode ser discutida em ação própria;
✓ A depender do resultado da demanda, a sentença determina o
cumprimento do testamento;
✓ Cabe ao escrivão intimar o testamenteiro nomeado pelo testador para
prestar compromisso (art. 735, § 3º, NCPC);
✓ Para o compromisso ser firmado por procuração são necessários poderes
especiais (art. 105, NCPC);
✓ Caso não exista testamenteiro nomeado, estiver ausente ou não aceitar o
encargo, caberá ao inventariante dar cumprimento ao testamento (art. 618,
NCPC);
✓ Reconhecida a necessidade ou a conveniência em ser nomeado
testamenteiro dativo, deve o juiz respeitar a ordem de preferência legal de
quem tem a posse e a administração dos bens (art. 1.797, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 97
✓ Qualquer interessado pode requerer ao juiz que mande o detentor exibi-
lo (art. 736, NCPC);
✓ Trata-se de procedimento judicial de jurisdição voluntária, em que o
requerente deve estar representado por procurador (art. 719, NCPC);
✓ Pode o juiz, de ofício, tomar esta providência. Mas para isso é preciso
que tenha ciência da morte do testador e da existência do testamento,
bem como de quem o tem em seu poder;
✓ Apresentado o testamento, cabe ao juiz determinar o seu registro e
cumprimento.
➢ Testamento público
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 98
✓ Nesta modalidade de testar não houve intervenção do notário para
comprovar o cumprimento dos requisitos de sua formação, por isso a lei
impõe a “publicação em juízo do testamento particular” (art. 736, NCPC);
✓ Todos os que têm interesse na sucessão possuem legitimidade para
requerer a publicação;
✓ Caso o testamento não se encontre em mãos de quem requereu sua
publicação em juízo, cabe ser cumulado o pedido de exibição contra quem
o detenha;
✓ Trata-se de procedimento de jurisdição voluntária (art. 719, NCPC);
✓ Devem ser citados todos os interessados e intimadas as testemunhas para
serem ouvidas em audiência. Caso algum dos citandos não resida na
comarca, descabe expedição de precatória. A citação é por edital.
Testamento particular
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 99
✓ As testemunhas são ouvidas em audiência para confirmarem os requisitos
de validade do testamento: a capacidade do testador, a leitura em voz
alta na presença de todos e a autenticidade das assinaturas.
✓ Basta a ouvida de uma única testemunha. A confirmação fica a critério do
juiz (CC 1.879).
✓ Após a ouvida das testemunhas, é facultada a manifestação das partes.
Com o parecer do Ministério Público, o juiz confirma o testamento, que
será registrado e arquivado.
✓ Determinado o cumprimento, cabe ser intimado o testamenteiro para o
compromisso (NCPC 735, § 3º).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 100
✓ Ainda assim é possível contestar judicialmente sua validade. Podem ser
questionados não só vícios de consentimento, mas também vícios de
forma, como a falsidade de assinaturas.
✓ Caso não se consiga ouvir nenhuma das testemunhas, ao invés de se
confirmar o testamento, as partes devem ser remetidas às vias ordinárias
para procurar sua reconstituição, posto que o testamento não é prova
insuprível.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 101
✓ A todos eles aplicam-se as regras de apresentação e confirmação do 
testamento particular (art. 734, § 3º NCPC);
✓ É necessária a inquirição das testemunhas para informarem sua presença 
no ato, a ocorrência da leitura e a assinatura do documento;
✓ No testamento nuncupativo é indispensável a oitiva das testemunhas (art. 
1.896, CC);
✓ O codicilo não precisa ser confirmado em juízo se foi encontrado 
aberto (art. 1.885, CC);
➢ Codicilo e testamentos especiais
Inventário e Partilha
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 102
➢ Importante: Pode processar-se judicial ou extrajudicialmente; de forma
amigável ou contenciosa; pelo rito do inventário ou do arrolamento.
➢ Inventário
▪ Sentido estrito
▪ Sentido amplo
“é o rol de todos os bens e responsabilidades
patrimoniais de um indivíduo”.
“é o procedimento destinado a individualizar o
patrimônio dos herdeiros e entregar os bens a
seus titulares”.
➢ O inventário tem natureza processual.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 103
➢Procedimentos para realizar a partilha. 
✓ Arts. 610 a 658, NCPC – inventário judicial, chamado de solene ou
ordinário: quando há herdeiros incapazes ou não existe acordo sobre a
partilha;
✓ Arts. 659 a 663, NCPC – arrolamento sumário: procedimento judicial se
entre os herdeiros, todos capazes, há consenso na partilha e testamento;
✓ Arts. 664, NCPC – arrolamento comum: processo judicial quando o valor
dos bens do espólio são de pequeno valor. É rito obrigatório mesmo que
existam herdeiros incapazes, discordância quanto a partilha e
testamento.
✓ Art. 610, NCPC – inventário e partilha extrajudiciais, por escritura
pública: precisa que não haja testamento e que os herdeiros, sendo
todos capazes, concordem com a partilha.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 104
➢ Inventário negativo
“Serve para provar que alguém, ao falecer, não deixou bens a inventariar. O
processo é de jurisdição voluntária e a decisão judicial tem eficácia
meramente declaratória da inexistência de bens”.
➢Hipóteses
▪ Atender à exigência legal sobre o regime de bens do
casamento do viúvo que tem filhos;
▪ Buscar a declaração judicial da inexistência de bens
comprovando que as dívidas do falecido superam o valor de
seus bens;
▪ Quando o falecido deixa apenas obrigações por cumprir, como
a de outorga de escritura relativa a venda de imóvel feita
antes da abertura da sucessão. Admite a nomeação do
inventariante a fim de dar cumprimento a essa obrigação
deixada pelo falecido.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 105
Enquanto esta prática persiste, ao menos é possível fazer o inventário 
negativo pela via extrajudicial, por meio de escritura pública.
Inventário administrativo 
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 106
Visando racionalizar os procedimentos e simplificar a vida dos cidadãos, bem
como desafogar o Poder Judiciário, a lei, oferece à coletividade um outro
procedimento além do judicial, que permite a realização de inventário e
partilha mediante escritura pública lavrada pelo notário,
independentemente de homologação judicial, quando todos os
interessados forem capazes e não houver testamento. Não segue, pois, os
princípios do direito processual civil, mas do procedimento notarial,
extrajudicial.
➢ Arts. 610, 611 e 659 NCPC
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 107
➢ Importante: Aplica-se a Lei n. 11.441/2007 aos casos de óbitos ocorridos
antes de sua vigência, como estabelece o art. 30 da Resolução n. 35 do
Conselho Nacional de Justiça.
➢ Caráter facultativo do procedimento administrativo.
✓ A redação conferida ao art. 610 do Novo Código de Processo Civil, com a
utilização do verbo "poderá", indica o caráter facultativo do
procedimento administrativo;
✓ O art. 2º da Resolução n. 35, de 24 de abril de 2007, do Conselho Nacional
de Justiça, proclama ser "facultada aos interessados a opção pela via
judicial ou extrajudicial, podendo ser solicitada, a qualquer momento, a
suspensão, pelo prazo de 30 dias, ou a desistência da via judicial, para
promoção da via extrajudicial".
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 108
➢ Dispensa de homologação judicial da partilha.
Dispõe o art. 3º da Resolução n. 35 do Conselho Nacional de Justiça:
"Art. 3º As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio
consensuais não dependem de homologação judicial e são títulos hábeis
para o registro civil e o registro imobiliário, para a transferência de bens e
direitos, bem como para promoção de todos os atos necessários à
materialização das transferências de bens e levantamento de valores
(DETRAN, Junta Comercial, Registro Civil de Pessoas Jurídicas, instituições
financeiras, companhias telefônicas,etc.)".
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 109
➢ Partes interessadas
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 110
➢ Assistência de advogado
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 111
➢ Sobrepartilha pela via administrativa. 
✓ Dispõe o art. 2.022 do Código Civil que ''ficam sujeitos a sobrepartilha os
bens sonegados e quaisquer outros bens da herança de que se tiver
ciência após a partilha".
✓ Os casos previstos no art. 669 do Novo Código de Processo Civil são
aqueles em que a herança contiver bens remotos do lugar do inventário,
litigiosos, ou de liquidação morosa ou difícil, bem como os bens sonegados
e os de que tiverem ciência os herdeiros após a partilha.
✓ Pode a sobrepartilha ser feita também pela via extrajudicial, ou seja, por
escritura pública. Faz-se a sobrepartilha, assim, pela mesma forma que a
partilha, isto é, por outra escritura pública, desde que todos os herdeiros
sejam capazes e concordes. Caso haja alguma discordância, a
sobrepartilha deverá ser efetuada mediante inventário judicial. Mesmo que
o inventário tenha se processado judicialmente, a sobrepartilha poderá ser
realizada administrativamente, e vice-versa.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 112
✓ É admissível a sobrepartilha por escritura pública, ainda que referente a
inventário e partilha judicial já findos, mesmo que o herdeiro, hoje maior e
capaz, fosse menor ou incapaz ao tempo do óbito ou do processo judicial
(Res. CNJ n. 35/2007, art. 25).
✓ A incapacidade superveniente constitui empeço à realização da sobrepartilha
pela via administrativa, mesmo que o inventário anterior tenha observado
essa forma (NCPC, art. 610).
✓ Lavrada a escritura pública de sobrepartilha, deve o notário anotar o fato na
escritura de partilha, se lavrada em seu cartório, ou fazer a devida
comunicação ao Juízo ou ao cartório onde se promoveu o inventário
primitivo, para a respectiva anotação.
✓ Se houver um só herdeiro, maior e capaz, com direito à totalidade da
herança, lavrar-se-á a escritura de inventário e adjudicação dos bens, em
vez de partilha.
➢ Importante:
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 113
✓ Embora não previsto na legislação pátria, tem sido admitido pelos juízes
em situações excepcionais, quando há necessidade de comprovar a
inexistência de bens a inventariar;
✓ É admissível inventário negativo também por escritura pública, como
enfatiza o art. 28 da Resolução n. 35/2007, do Conselho Nacional de
Justiça. Nesse caso, a escritura deverá conter todos os dados de
identificação do de cujus, do cônjuge sobrevivente e dos sucessores, que
herdariam caso houvesse patrimônio, a declaração da data e do local do
óbito, bem como de inexistência de bens a partilhar, comparecendo ao ato
todas as partes interessadas.
➢ Inventário negativo 
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 114
➢ Alvará para levantamento ou recebimento de valores 
❖ Para as verbas mencionadas na Lei n. 6.858/80, dispõe o art. 14 da
Resolução n. 35/2007 do Conselho Nacional de Justiça: "Para as verbas
previstas na Lei n. 6.858/80, é também admissível a escritura pública
de inventário e partilha".
❖ Lei n. 6.858/80:
Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os
montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos
respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes
habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica
dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei
civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou
arrolamento.
Sonegados
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 115
“É tudo aquilo que deveria entrar em partilha, porém foi ciente e
conscientemente omitido na descrição de bens pelo inventariante, não
restituído pelo mesmo ou por sucessor universal, ou doado a herdeiro e não
trazido à colação pelo beneficiado com a liberalidade.”
➢ Argüidos de 
sonegação
▪ Herdeiro que sonega bens da herança, não os descrevendo no 
inventário, quando em seu poder;
▪ Herdeiro que não denuncia a existência de bens do acervo, 
que, com ciência sua, se encontre em poder de outrem;
▪ Herdeiro que deixa de conferir no inventário bens sujeitos a 
colação;
▪ Inventariante que não inclui ou omite, nas declarações 
prestadas, efeitos pertencentes ao espólio;
▪ Cessionário do herdeiro, quando declara que não possui bens 
hereditários.”
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 116
➢ Fatos caracterizadores de sonegação de bens:
✓ Falsificar escrita, para diminuir o ativo;
✓ Ocultar créditos, aquisições, etc.;
✓ Disfarçar doação ou dádiva;
✓ Encobrir dívida de de herdeiro para com o espólio;
✓ Realizar, até mesmo em vida do inventariado e manter depois da sua morte, 
alienação fictícia de coisas pertencentes a ele, ou nada declarar sobre compra 
fraudulenta efetuada por terceiro;
✓ Extraviar, de propósito, ou ocultar títulos de propriedade ou de dívida;
✓ Simular ou falsificar aquisição de bens do de cujus por ele, sonegador;
✓ Utilizar-se, diretamente ou por meio de interposta pessoa, de um crédito inexistente 
ou falso, contra a sucessão, a fim de baixar o monte-mor ou prejudicar herdeiros.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 117
➢ Importante: A simples apresentação de um testamento falso não constitui 
sonegado.
➢ Importante: Sonegar pressupõe a existência de dolo. Erro ou ignorância 
afasta, em princípio, a presunção de sonegação. 
➢ Pena de 
sonegados
▪ Herdeiro
▪ Inventariante
▪ Herdeiro
▪ Ñ herdeiro
“Perda do direito sobre o bem sonegado (art. 1.992, CC).”
“Remoção da inventariança e perda do direito sobre 
os bens sonegados (arts. 1.992 e 1.993, CC).”
“Remoção da inventariança (art. 1.993, CC).”
Pagamento das dívidas
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 118
“Sendo a herança o acervo de bens que constitui o patrimônio do falecido,
responde ela, consequentemente, por seus débitos, como dispõem os arts.
1.997 do Código Civil e X do Código de Processo Civil”.
➢ Princípio da responsabilidade patrimonial. 
➢ Teoria da continuação da pessoa.
“A pessoa do herdeiro substitui a do de cujus em todas as relações jurídicas 
das quais ele era titular”. 
➢ Importante: O patrimônio transmissível aos herdeiros do finado, é apenas
o saldo entre o seu ativo e o seu passivo, neste incluídos os impostos
sucessórios.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 119
➢ Responsabilidade do espólio e dos herdeiros. 
"A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido, mas, feita a
partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que
na herança lhe coube (art. 1.997, caput, CC)”.
➢ Princípio da irresponsabilidade “ultra vires hereditatis” (art. 1.792 
CC).
✓ Os legados podem ser atingidos e absorvidos pelo pagamento das dívidas
quando o monte não for suficiente para liquidar o passivo;
✓ Permanecendo o excesso, o inventariante requererá a declaração de
insolvência do espólio (art. 618, VIII, NCPC);
✓ O espólio dividido em legados, faz-se o rateio entre os legatários, na
proporção dos benefícios.
➢ Disposições relevantes.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 120
➢ Pergunta: Seria possível que, após a partilha, algum dos herdeiros se haja
tornado insolvente. Poderiam os credores cobrar dos demais coerdeiros
solventes?
“Efetivada a partilha, os credores cobrarão os seus créditos não mais
do espólio, mas dos herdeiros, na proporção da parte que lhes couber na
herança, como já mencionado. Entre eles não há solidariedade. No entanto,
se a dívida for indivisível, o que pagar tem direito regressivo contra o
outros, dividindo-se a parte do coerdeiro insolvente entre os demais (art.
1.999, CC)”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 121
➢ A habilitação dos créditos, a reserva e a separação de bens.“A cobrança das dívidas faz-se, em regra, pela habilitação do credor no
inventário (art. 642 e parágrafos NCPC), devendo ser requerida antes da
liquidação, para possibilitar, se aceita, a inclusão do crédito no passivo do
espólio, ser deduzido o valor no cálculo do imposto”.
✓ A Fazenda Pública não se habilita, porque a partilha não pode ser
homologada sem prova da quitação tributária de todos os bens do espólio e
de suas rendas, sendo requisitada a prova da quitação junto à Receita
Federal (art. 192, CTN);
✓ O credor hipotecário igualmente não depende de prévia habilitação, dadas
as garantias reais inerentes ao crédito e que lhe asseguram direito de
sequela.
➢ Importante:
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 122
✓ Despesas funerárias (art. 1.998, CC);
✓ Vintena do testamenteiro (art. 1.987, parágrafo único, CC);
✓ Dívidas; do falecido;
✓ Cumprimento dos legados. 
➢ Constituem encargos da herança.
➢ Importante: Podem os credores optar pela ação de cobrança ou pela
execução contra devedor solvente, e deles receber pro rata, se munidos
de título hábil, requerendo, nesse caso, a penhora no rosto dos autos do
inventário.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 123
✓ O crédito por despesas com o funeral, feito segundo a condição do finado
e o costume do lugar;
✓ As custas judiciais e despesas com a arrecadação e liquidação da massa;
✓ Os gastos com o luto do cônjuge e dos filhos;
✓ O crédito por despesas com a doença de que faleceu o devedor, no
semestre anterior à sua morte;
✓ O crédito pelos gastos de mantença do devedor falecido e sua família, no
trimestre anterior ao falecimento;
✓ O crédito pelos salários devidos aos empregados e mais pessoas de
serviço doméstico do devedor, nos seus derradeiros meses de vida;
✓ Os demais créditos de privilégio geral.
➢ Ordem legalmente estabelecida (art. 965, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 124
✓ Não sendo impugnada a habilitação de dívida vencida e exigível, o
juiz declarará habilitado o credor e mandará que se faça a separação de
dinheiro ou, na sua falta, de bens suficientes para seu pagamento.
✓ Se houver separação de bens, o juiz mandará aliená-los em hasta
pública se o credor não preferir que lhe sejam adjudicados. A
adjudicação, no entanto, depende da concordância de todas as partes
(art. 642 e § 2º, NCPC).
✓ Havendo impugnação, as partes serão remetidas às vias ordinárias. Nesse
caso, o juiz mandará, porém, reservar em poder do inventariante bens
suficientes para pagar o credor, quando a dívida constar de documento
que comprove suficientemente a obrigação e a impugnação não se fundar
em quitação, como estabelece o (art. 643, NCPC).
➢ Disposições relevantes.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 125
➢ Continuação
✓ O credor remetido às vias ordinárias terá de apresentar a ação de cobrança
em trinta dias sob pena da reserva de bens perder a eficácia (art. 1997, §
2º, CC);
✓ Não havendo o juiz acolhido, no processo de inventário, habilitação
pretendida pelo credor, compete a este promover a cobrança pelos meios
regulares (art. 643, NCPC);
✓ A dívida não vencida pode ser cobrada no inventário, se líquida e
certa. Concordando as partes com o pedido, o juiz, ao julgar habilitado o
crédito, mandará que se faça separação de bens para o futuro pagamento
(art. 644, NCPC).
”A reserva ocorre quando a dívida é impugnada, e a separação de bens
quando não o é”.
❑ Separação de bens não se confunde com reserva.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 126
✓ O art. 2.000, CC faz a distinção entre credor do de cujus (do espólio) e
credor do herdeiro, estabelecendo preferência em favor do primeiro sobre
o credor do herdeiro, que tem direito apenas ao que sobejar;
✓ Em virtude de evicção se um dos herdeiros vier a perder bens que lhe
haviam sido adjudicados na divisão, os demais o indenizarão, na proporção
de suas quotas (art. 2.024, CC), tomando como base para cálculo da
indenização o valor do bem ao tempo da partilha, para que seja mantida a
igualdade determinada no art. 2.017, CC, salvo convenção em contrário
entre os herdeiros, ou se a evicção decorrer de culpa do evicto ou de fato
posterior à partilha (art. 2.025, CC).
➢ Continuação.
✓ Quando toda a herança for dividida em legados;
✓ Quando o reconhecimento das dívidas importar redução dos legados (art. 1.020, CC).
❑ O legatário será parte legítima para manifestar-se sobre as 
dívidas do espólio:
Garantia dos quinhões hereditários
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 127
➢ Efeito declaratório da partilha (art. 2.023, CC).
✓ O efeito da partilha é meramente declaratório e não constitutivo;
✓ O herdeiro adquire a propriedade e a posse dos bens não em virtude da
partilha, mas por força da abertura da sucessão. A sentença que a
homologa retroage os seus efeitos, por ficção, a abertura da sucessão,
tendo, portanto, efeito ex tunc .
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➢ Responsabilidade pela evicção
✓ A perda sofrida (evicção) pelo herdeiro de um bem que passou a integrar
o seu quinhão será rateada entre os coerdeiros e o herdeiro desfalcado
(Princípio da igualdade) art.2.024, CC;
✓ Os prejuízos resultantes da evicção serão calculados segundo o valor do
bem ao tempo da sentença que julgou a partilha;
✓ Se algum herdeiro for insolvente, responderão os demais, na mesma
proporção, pela parte deste, inclusive o evicto (art. 2.026, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 129
➢ Casos de exclusão da obrigação decorrente da evicção (art. 2.025, CC):
✓ Convenção em contrário;
✓ Evicção por culpa do herdeiro evicto;
✓ Evicção por fato posterior a partilha.
Anulação da partilha
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 130
✓ Em razão dos vícios e defeitos que a invalidam;
✓ Prazo decadencial de 01 ano para o exercício do direito de anular;
✓ Partilha amigável, homologada pelo juiz, pode ser objeto de ação 
anulatória (art. 657, NCPC);
✓ Partilha judicial, decidida por sentença, é passível de ação rescisória 
no prazo decadencial de 02 anos, contados do transito em julgado 
(art. 658, NCPC).
➢ Anulabilidade da partilha (art. 2.027, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 131
➢ Importante:
✓ Os atos judiciais, que não dependem de sentença, ou em que esta for
meramente homologatória podem ser rescindidos (anulados) art.
966, §4º, NCPC;
✓ A ação anulatória da partilha segue o rito ordinário e se processa no
mesmo juízo do inventário (1º grau de jurisdição);
✓ A ação rescisória se processa perante o tribunal;
✓ A ação rescisória é reservada às hipóteses de sentença de mérito, com
impugnação ao conteúdo decisório;
✓ A ação anulatória é direcionada ao ato ou negócio jurídico homologado.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 132
➢ Nulidade da partilha.
➢ Correção de erro de fato e de inexatidões materiais.
✓ Mesmo passada em julgado, a partilha poderá ser emendada através de
aditamento do formal ou da carta de adjudicação;
✓ O juiz de ofício ou a requerimento da parte, poderá, a qualquer tempo,
corrigir erro de fato e de inexatidões materiais (art. 656, NCPC);
✓ Cabe agravo de instrumento contra decisão que determina retificação de
partilha em inventário e autoriza sobrepartilha de bens.
“Os terceiros, que não participaram direta ou indiretamente do processo em
que houve a partilha, podem ajuizar ação de nulidade da partilha cumulada
com petição de herança, no prazo geral de dez anos (art. 205, CC)”.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 133
SUCESSÃO 
TESTAMENTÁRIA 
Testamento em Geral
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 134
“É o ato personalíssimo, unilateral, gratuito, solene e revogável, pelo
qual alguém, segundo as prescrições da lei, dispõe, total ou
parcialmente, do seu patrimônio para depois de sua morte; ou nomeia
tutores para seus filhos menores, ou reconhece filhos naturais, ou faz
outras declarações deúltima vontade (arts. 1.857, 1.729, § único,
1.609, III, CC, etc.).”
➢ Conceito de 
testamento
➢ Características 
do testamento
▪ Ato personalíssimo (art. 1.858, CC).
▪ Negócio jurídico unilateral.
▪ Ato solene (ad solemnitatem).
▪ Ato gratuito.
▪ Ato revogável (art., 1.969, CC).
▪ Ato causa mortis.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 135
➢ Capacidade testamentária (art. 1.860, caput e o seu § único, CC).
➢ Capacidade ou incapacidade superveniente (art. 1.861, CC). 
➢ Impugnação da validade do testamento (art. 1.859, CC).
➢ Importante: A sucessão legítima representa vontade presumida do de cujus e
tem caráter supletivo.
Formas Ordinárias de Testamento
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 136
➢ Formas 
ordinárias de 
testamento (art. 
1.862, I a III, CC).
“É o testamento escrito pelo próprio testador, ou por alguém ao
seu rogo e por aquele assinado, com caráter sigiloso,
completado pelo instrumento de aprovação ou autenticação
lavrado pelo tabelião ou seu substituto legal, em presença do
disponente e de duas testemunhas idôneas.”
▪ Público
▪ Cerrado, secreto ou místico
▪ Particular
“É o testamento escrito pelo tabelião em seu livro de notas, de
acordo com as declarações do testador, feitas em língua nacional,
podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos, em
presença de duas testemunhas, que devem assistir a todo o ato.
“É o testamento escrito de próprio punho, ou mediante processo
mecânico, assinado pelo testador, e lido por três testemunhas,
que o subscreverão, com a obrigação de, depois da morte do
disponente, confirmar a sua autenticidade.”
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 137
➢ Testamento público
▪ Lavratura pelo tabelião ou seu substituto legal em seu livro 
de notas;
▪ Leitura em voz alta na presença de duas testemunhas;
▪ Necessidade de presença das testemunhas durante todo o 
tempo;
▪ Data e assinatura.
✓ Requisitos e 
formalidades 
(art. 1.864, I ao III, 
CC).
✓ Testador analfabeto (art. 1.865, CC).
✓ Testador surdo (art. 1.866, CC).
✓ Testador cego (art. 1.867, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 138
➢ Testamento cerrado
➢ Requisitos e 
formalidades 
(art. 1.868, I ao IV, 
CC).
▪ Cédula testamentária;
▪ Auto de entrega;
▪ Auto de aprovação;
▪ Cerramento.
➢ Abertura, registro e cumprimento do testamento cerrado (art. 1.875, CC).
➢Testamento cerrado pode ser disposto em português ou língua 
estrangeira (art. 1.871, CC).
➢ Analfabeto não pode dispor por testamento cerrado (art. 1.872, CC).
➢ Surdo-mudo alfabetizado pode dispor na forma cerrada (art. 1.873, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 139
➢Testamento particular ou hológrafo
➢ Requisitos e 
formalidades 
(art. 1.876, §§ 1° e 
2°, CC).
▪ Escrito de 
próprio punho
▪ Escrito em 
processo 
mecânico
▪ Assinado pelo testador;
▪ Ser lido na presença de três testemunhas;
▪ Subscrição das testemunhas.
▪ Assinado pelo testador;
▪ Ser lido na presença de três 
testemunhas;
▪ Subscrição das testemunhas.
▪ Não pode conter rasuras e espaços 
em branco;
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 140
➢ Não podem ser admitidos como testemunhas (art. 228, I ao V, art. 208, 
CC).
➢ Confecção do testamento particular em circunstâncias excepcionais 
(art. 1.879, CC).
➢ Admissibilidade de confirmação do testamento diante da falta de 
testemunhas (art. 1.878, § único).
➢ O testamento particular pode ser escrito em língua estrangeira (art. 
1.880, CC).
Codicilos
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 141
➢ Conceito
“É ato de última vontade, destinado, porém, a disposições de
pequeno valor ou recomendações para serem atendidas e
cumpridas após a morte.”
➢ Codicilo=epístola=pequena carta
➢ Objetos e 
Finalidades
▪ Disposições conforme o art.1.881, CC.
▪ Nomear e substituir testamenteiros (art. 1.883, CC).
▪ Reabilitar indigno (art. 1.818, CC).
▪ Destinar verbas para o sufrágio de sua alma (1.998, CC).
▪ Reconhecer filho havido fora do matrimônio (1.609, II, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 142
➢ Esmolas de pouca monta limite de 10% do monte-mor.
➢ Requisitos do 
codicilo
➢ Espécies de codicilo
▪ Capacidade p/ testar (art.1.860, CC).
▪ Forma hológrafa simplificada.
▪ Data indicada explicitamente.
▪ Assinatura da cédula codicilar.
▪ Ato autônomo;
▪ Ato complementar.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 143
➢ Revogação do codicilo 
(art. 1.884, CC)
▪ Revogação expressa
▪ Revogação tácita
➢A execução do codicilo se dará da mesma forma que o testamento 
particular.
Testamentos Especiais
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 144
➢ Formas 
Especiais de 
testamento 
(art. 1.886, I a 
III, CC).
▪ Testamento Marítimo
▪ Testamento Aeronáutico
▪ Testamento Militar
➢ Importante: As formas especiais admissíveis estão obrigatoriamente no CC.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 145
➢ Testamento Marítimo ou Aeronáutico
✓ Requisitos
✓ Formas 
(art. 1.888, parte 
final, CC)
✓ Caducidade (art. 1.891, CC).
▪ Assemelhada ao público
▪ Assemelhada ao cerrado
▪ Navio ou aeronave nacionais (arts. 1.888 e 1.889, CC);
▪ Navio ou aeronave de guerra ou mercante;
▪ Testador a bordo;
▪ Registro em livro diário de bordo (art. 1.888, § único, CC);
▪ Testamento sob a guarda do comandante (art. 1.890, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 146
➢ Testamento Militar
✓ Formas
✓ Requisitos
✓ Caducidade (art. 1895, CC).
▪ Público (art. 1.893, CC).
▪ Cerrado (art. 1.894, CC).
▪ Nuncupativo (art. 1.896, CC).
▪ A força está em campanha interna ou externa;
▪ O disponente se encontrar em campanha ou praça sitiada;
▪ Não haver no local um tabelionato que possa dispor;
▪ Situação de perigo real.
Disposições Testamentárias em 
Geral
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 147
“Trata-se da regulamentação do conteúdo do testamento, isto é, o que pode e
o que não pode conter (regras permissivas e regras proibitivas) e como deve
ser interpretada a vontade do testador (regras interpretativas).”
➢ Importante: Não se contempla animais, as coisa inanimadas e as entidades
místicas.
➢ Importante: Admitem-se disposições em favor de nascituros, de prole
eventual ou de pessoas jurídicas em formação.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 148
➢ Interpretação dos testamentos
➢ Regras 
práticas
▪ Expressões masculinas abrangem o feminino;
▪ Pontuação, letras maiúsculas e sintaxe auxiliam a exegese em 
caráter complementar;
▪ Interpreta-se a intenção real e efetiva da vontade do testador 
(arts. 1.899 e 112, CC);
▪ Disposição ambígua deve-se interpretar no sentido que lhe dê 
eficácia (Princípio da conservação do ato);
▪ Apreciar o conjunto das disposições testamentárias;
▪ Beneficiário pelo cargo ou função que exerce é aquele da época 
do falecimento;
▪ O vocábulo bens designa tudo o que tem valor;
▪ Contemplação indeterminada de certa categoria contempla os que 
estavam ás suas ordens;
▪ A expressão prole aplica-se aos descentes filhos (sangue ou 
adotivos);
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 149
➢ Importante: O art. 1903, CC admite a utilização de prova externa para
elucidação de contradição ou obscuridade sobre herdeiro, legatário ou a coisa
legada.
➢ Supressão de omissão do testador na indicação precisa dos
beneficiários (art. 1.902, CC).
➢ Disposição em favor de herdeiros sem especificar as quotas
respectivas (art. 1.904, CC).
➢ Nomeação individual e coletiva sem a atribuição das quotas 
respectivas (art. 1.905, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 150
➢ Regras 
proibitivas
▪ Nomeação de herdeiro a termo (art. 1.898, CC).
▪ Instituição de herdeiro sob condição captatória (art. 1.900, I, CC).
▪ Referência a pessoa incerta (art. 1.900, II, CC).
▪ Favorecimento de pessoa incerta, a ser identificada por terceiro (art.1.900, III, CC).
▪ Delegação ao herdeiro, ou a outrem, da prerrogativa de fixar o valor 
do legado (art. 1.900, IV, CC).
▪ Favorecimento de pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.802, 
CC (art. 1.900, V, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 151
➢ Regras 
permissivas
▪ Nomeação pura e simples (art. 1.897, CC).
▪ Nomeação sob condição (art. 1.897, CC).
▪ Nomeação com imposição de encargo(art. 1.897, CC).
▪ Disposição motivada (art. 1.897, CC).
▪ Nomeação a termo, nas disposições fideicomissárias (art. 
1.898, CC).
▪ Disposição com cláusula de inalienabilidade (art. 1.911, CC).
Legados
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 152
➢ Legado 
ou deixa
“é o bem que alguém recebe por meio de testamento ou codicilo.
➢ Sujeitos
▪ Legatário ou honrado
▪ Legante
▪ Onerado
▪ Prelegatário
➢ Prelegado
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 153
➢ Modalidades
▪ De coisa alheia
▪ De coisa comum (art. 1.914, CC);
▪ De coisa singularizada (art. 1.916, CC);
▪ De coisa localizada (art. 1.917, CC).
➢ Legados 
de coisas
➢Legado ineficaz (art. 1.912, CC).
▪ Legado de coisa do herdeiro ou do legatário 
(art. 1.913, CC);
▪ Legado de coisa genérica (art. 1.915, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 154
➢ Legado de crédito ou de quitação da dívida (art. 1.918, §§ 1º e 2º, CC). 
➢ Legado de alimentos (arts. 1.920 e 1.928, § único, CC).
➢ Legado de usufruto (art. 1.921, CC).
➢ Legado de imóvel (art. 1.922, CC).
Efeitos do legado e o seu 
pagamento
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 155
➢ Importante: A posse não é deferida com a abertura da sucessão (art. 1.923,
§ 1º, CC) e a ausência do implemento da condição suspensiva ou do termo
inicial impede a aquisição dos bens e de seus frutos (art. 1.923, § 2º, 2 ª parte,
CC).
➢A aquisição do legado com os seus frutos se dá na abertura da
sucessão (art. 1.923, caput e o seu § 2º, 1ª parte, CC).
➢ Importante: Não são devidos os frutos nos legados de coisa incerta ou não
encontrada desde a abertura da sucessão.
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 156
➢ Legado de renda ou pensão periódica são devidos da abertura da
sucessão (art. 1.926, CC).
➢ Os juros nos legados em dinheiro serão devidos após a
constituição em mora (art. 1.925, CC);
➢ Legado de quantidades certas em prestações periódicas são
devidos nos períodos contados a partir da abertura da sucessão
(art. 1.927, CC).
➢ Tendo as prestações natureza alimentar, pagar-se-ão no começo de
cada período (art. 1.928, § único, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 157
➢Nos legados de coisa incerta a escolha caberá ao herdeiro onerado
segundo um critério de qualidade média (art. 1.929, CC).
➢Legado de coisa 
incerta
➢ Importante: A escolha poderá ser deixada ao arbítrio de terceiro, ou passará
ao juiz, em razão de aquele não querer ou não poder aceitar a incumbência (art.
1930, CC).
▪ Electionis
▪ Optionis
“Quando a escolha cabe ao herdeiro”.
“Quando a escolha cabe a terceiro ou do legatário”.
➢ Importante: Quando a escolha couber ao legatário, este poderá escolher a
coisa de melhor qualidade, mas não existindo a coisa o herdeiro irá escolher
usando o critério de qualidade média (art. 1.931, CC).
27/08/2018 Prof. Luiz Carlos Secca 158
➢ Legado alternativo
“É aquele que tem por objeto uma coisa ou outra, dentre as quais só uma
deverá ser entregue ao legatário”.
➢ A opção cabe ao herdeiro (art. 1.932, CC).
➢ Transmissão da opção (art. 1.933, CC).
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➢ Responsabilidade pelo pagamento do legado.
✓ Em regra cabe ao próprio testador designar, dentre os herdeiros
nomeados, aquele ou aqueles que devam responder pela entrega do
legado;
✓ Se o testador for omisso, silenciando a respeito, responderão pelo legado,
proporcionalmente, todos os herdeiros instituídos;
✓ Se instituído um único herdeiro, a este caberá a satisfação do encargo;
✓ Se a coisa legada pertencer ao herdeiro ou legatário, só a este caberá
entrega-la ao sublegatário, com direito de regresso contra os demais
coerdeiros, pela quota de cada um, salvo se o contrário expressamente
dispôs o testador.
Caducidade dos legados
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“O legado pode caducar por causa superveniente, de ordem objetiva (falta de
objeto do legado) ou subjetiva (falta do beneficiário)”.
➢ Causas 
objetivas
▪ Modificação substancial da coisa legada (art. 1.939, I, CC);
▪ Alienação da coisa legada(art. 1.939, II, CC);
▪ Perecimento ou evicção da coisa legada (art. 1.939, III, CC).
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➢ Causas 
subjetivas
▪ Indignidade do legatário (art. 1.939, IV, CC);
▪ Pré-morte do legatário (art. 1.939, V, CC);
▪ Renúncia do legatário (art. 1.943, CC);
▪ Falecimento do legatário antes do implemento da 
condição suspensiva (art. 1.943, CC);
▪ Falta de legitimação do legatário (arts. 1.801 e 1.802, 
CC).
Do direito de acrescer entre 
herdeiros legatários
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➢ Conceito
“Ocorre quando o testador contempla vários beneficiários
(coerdeiros e colegatários), deixando-lhes a mesma herança, ou a
mesma coisa determinada e certa, em porções não determinadas,
e um dos concorrentes vem a faltar”.
➢ Requisitos do direito de acrescer:
✓Nomeação de coerdeiros, ou colegatários, na mesma disposição 
testamentária;
✓Deixa dos mesmos bens ou da mesma porção de bens;
✓Ausência de quotas hereditárias determinadas.
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➢Princípios fundamentais:
O direito de acrescer é decorrência da vontade presumida do testador;
Nos casos em que ocorre o direito de acrescer, reputa-se o acréscimo como forçado;
Substituições
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➢ Conceito
“Substituição é a disposição, mediante a qual o testador chama, em lugar do
herdeiro ou legatário, um outro, que se diz substituto, para que venha fruir,
no todo ou em parte, as mesmas vantagens e encargos, quando, por
qualquer causa, a sua vocação cesse”.
➢ Substituição testamentária
✓ Instituição subsidiária
✓ Instituição condicional
“O substituído não quiser ou não puder ou fideicomissário sobreviver ao fiduciário”.
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➢ Hipóteses
▪ Não querer renúncia;
▪ Não poder premoriência, exclusão por indignidade
ou falta de legitimação e não implemento da condição
imposta pelo testador.
➢Espécies de 
substituição
▪ Substituição vulgar ou ordinária
▪ Substituição fideicomissária;
▪ Substituição compendiosa.
▪ Simples ou singular;
▪ Coletiva ou plural;
▪ Recíproca.
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➢ Substituição vulgar (art. 1.947, CC).
“Ocorre quando o testador designa uma ou mais pessoas para ocupar o
lugar do herdeiro, ou legatário, que não quiser ou não puder aceitar o
benefício”.
✓ Substituição vulgar simples ou singular (art. 1948, 1ª parte, CC);
✓ Substituição vulgar coletiva ou plural (art. 1948, 1ª parte, CC);
✓ Substituição vulgar recíproca (art. 1948, 2ª parte, CC).
“Quando é designado só um substituto para um ou muitos herdeiros ou
legatários instituídos”.
“Quando há mais de um substituto, a serem chamados simultaneamente”.
“Quando são nomeados dois ou mais beneficiários, estabelecendo o testador 
que reciprocamente se substituam”.
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➢ Caducidade da substituição vulgar
✓ Quando o primeiro nomeado (herdeiro ou legatário) aceita a herança ou
o legado;
✓ Quando o substituto falece antes do instituído ou do testador;
✓ Quando não se verifica a condição suspensiva imposta à substituição;
✓ Quando o substituto se torna incapaz de receber por testamento, ou
vem a renunciar a herança ou o legado.
➢ Importante: A condição e o encargo imposto ao substituído, sujeita
também

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