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Direito das Sucessões

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DIREITO DAS 
SUCESSÕES
1 DA SUCESSÃO EM GERAL
1.1 Conceito e classificação:
Sucessão = transmissão;
A sucessão pode ser legítima ou testamentária;
Código Civil
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de
última vontade.
1.2 Abertura da sucessão:
Princípio de Saisine: “Aberta a sucessão, a herança transmite-
se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.” (Art.
1789, CC).
➢ Regra fundamental, pela qual a morte opera a imediata
transferência da herança aos seus sucessores legítimos e
testamentários.
1.2.1 Morte civil
a) Morte real (Art. 6, CC): de corpo presente, comprovada 
pela morte cerebral;
b) Por declaração de ausência (Art. 22 e ss. CC);
c) Morte presumida (Art. 7, CC): 
- A herança constitui um condomínio pro indiviso.
- É cabível usucapião de herança?
- Requisitos da usucapião: Animus domini + posse pacífica, pública
e contínua + lapso temporal legal
APELAÇÃO CÍVEL USUCAPIÃO Sentença de extinção do pedido principal e da
reconvenção sem resolução de mérito. Imóvel usucapiendo transmitido por
herança. Intenção dos apelantes de separar o quinhão deles das partes dos
demais herdeiros e condôminos. Impossibilidade jurídica de individualizar a
herança pela via da usucapião. Bem integrante da herança que se transfere a
todos os herdeiros em condomínio pro indiviso. Inteligência dos artigos 1.784 e
1.791 do CC . Inadequação da via eleita. Sentença mantida. Recurso desprovido.
(TJPR AC 15151725 18ª C.Cív. Rel. Des. Luis Espíndola DJe 25.10.2016 p.
595).
Código Civil
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário,
ainda que vários sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros,
quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e
regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
1.3 Modalidades de herdeiros
a) Necessários : Cônjuge, ascendentes e descendentes.
b) Facultativos: Colaterais.
Código Civil
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os
ascendentes e o cônjuge.
➢ Proteção da Legítima: Limitação da liberdade de testar!
 Art. 1.846, CC: “pertence aos herdeiros necessários,
de pleno direito, a metade dos bens da herança,
constituindo a legítima.”
Cálculo da legítima:
a) Para fins de testamento, o cálculo será feito na abertura da 
sucessão.
Código Civil
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens
existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as
despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos
bens sujeitos a colação.
b) Para fins de doação, a legítima deverá ser calculada no
momento da liberalidade, ou seja, no momento em que se
realiza o ato gratuito de disposição.
Código Civil
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que
exceder à de que o doador, no momento da liberalidade,
poderia dispor em testamento.
Estudo de caso: doação inoficiosa
Márcia ajuizou ação de anulação de ato jurídico em face Marinalva,
companheira de seu genitor, pleiteando a nulidade do negócio jurídico
entabulado por este último em favor de Marinalva, sob o fundamento de que
o imóvel objeto da transação seria o único bem de titularidade de Amadeu,
de modo que este não poderia dispor do mesmo em sua totalidade. Márcia é
filha do casamento de Amadeu com Artina, divorciados desde o ano de
2008. Na ocasião do divórcio foi realizada a partilha dos bens, sendo que
posteriormente Amadeu vendeu sua cota parte do imóvel X a sua ex-
cônjuge e com o dinheiro adquiriu outro imóvel, o qual é objeto deste litígio,
o tendo registrado diretamente em nome de sua companheira Marinalva.
Ressalta-se, que ao tempo em que realizado o ato de liberalidade que
beneficiou Marinalva, Amadeu não possuía outros bens em seu nome.
Diante do caso, responda: a) A pretensão de Márcia merece procedência?
1.4 Norma material aplicável à sucessão:
Lei vigente ao tempo da abertura da sucessão (fato
morte).
Data de abertura da sucessão X data de abertura do
inventário.
Código Civil
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio
do falecido.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela
estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á
domicílio seu qualquer delas.
Ou seja, todos os óbitos verificados antes de 11.01.2003
seguem as regras sucessórias do CC/16, mesmo que a
partilha seja ultimada tempos depois da vigência da nova
lei civil.
1.5 O lugar da sucessão e as regras de competência do
inventário:
Último domicílio do falecido.
Obs.: aqui o local do óbito é irrelevante. 
Código de Processo Civil
Art. 48, CPC. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o
competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento
de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o
óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é
competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis(só imóveis);
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes(inovação
legislativa);
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do
espólio(aqui sim entram os imóveis).
No caso de inventário extrajudicial não incidem as regras
de competência do inventário judicial, podendo ser
lavrado em qualquer cartório do território nacional;
1.5.1 Inventário e partilha de bens situados no território 
brasileiro
Mesmo se o bens pertencerem a estrangeiro com residência no
exterior, a competência é da Justiça Brasileira;
O legislador adotou o princípio da igualdade entre nacionais e
estrangeiros;
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com
exclusão de qualquer outra:
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à
confirmação de testamento particular e ao inventário e à
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da
herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional;
De modo diverso, em se tratando de bens situados no
exterior, mesmo que pertencentes a um brasileiro,
prevalece o entendimento de que a competência para
processar e julgar não é da jurisdição brasileira, mas sim
da jurisdição do país onde está situado;
1.5.2 Norma sucessória mais benéfica para herdeiros
brasileiros quando se tratar de bem situado no Brasil,
deixado por estrangeiro
Art. 10, § 1º, LINDB: A sucessão de bens de estrangeiros,
situados no País, será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem
os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a
lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº
9.047, de 1995)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9047.htm
Código Civil
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a 
lei vigente ao tempo da abertura daquela.
1.6 Da responsabilidade dos herdeiros
Limites da herança;
Código Civil
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às
forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso,
salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor
dos bens herdados.
1.7 Legitimação ou vocação para suceder
É a aptidão para ser sucessor, herdeiro ou legatário.
CÓDIGO CIVIL
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou
já concebidas(nascituro) no momento da abertura da
sucessão.
Ou seja, é preciso estar VIVO no momento da
abertura da sucessão (morte), sendo nascido ou
concebido.
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser 
chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos(não se confunde com o 
nascituro), de pessoas indicadas pelo testador, desde que 
vivas estas ao abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada 
pelo testador sob a forma de fundação.
Art. 1.801. Não podemser nomeados herdeiros nem
legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu
cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa
sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco
anos;
➢As disposições testamentárias em favor de pessoas não
legitimadas a suceder são nulas.
1.8 A sucessão sem herdeiro legítimo ou instituído:
Herança jacente e vacante
Código Civil
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem
herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da
herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e
administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor
devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.
Herança jacente: É aquela do de cujus que morre sem
disposição de última vontade e não deixa herdeiros
legítimos notoriamente conhecidos.
É transitória – dura até a localização de herdeiros antes
desconhecidos ou até a declaração de vacância. Enquanto
isso, fica sob a administração de um curador.
Código Civil
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação(art.
740, §§1º ao 6º, NCPC) e ultimado o inventário, serão
expedidos editais na forma da lei processual(art. 741,
NCPC), e, decorrido um ano de sua primeira publicação,
sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será
a herança declarada vacante.
Declaração de Vacância: transferem-se os bens ao Estado;
A declaração de vacância dá ao Estado (em sentido
genérico) apenas a propriedade resolúvel dos bens. Só
passa ser definitiva 05 anos após a abertura da sucessão
sem a habilitação de qualquer herdeiro.
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará
os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco
anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao
domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União
quando situados em território federal.
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de
vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.
Os descendentes, ascendentes, cônjuge e companheiro
sobreviventes poderão reclamar os bens nos cinco anos
seguintes à abertura da sucessão;
Também poderão reclamar os quinhões ou bens que lhes
couberem, nesse prazo, os herdeiros testamentários e
legatários, caso seja descoberto testamento no curso do
processo de arrecadação da herança jacente.
1.9 Aceitação e renúncia da herança:
A aceitação é o ato do herdeiro que confirma a
transmissão da herança;
Obs.: a transmissão da herança em si ocorre com a Saisine.
Pode ser expressa, tácita ou presumida.
Código Civil
Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a
herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que
se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda
não verificada.
Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido
antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda
herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
Se o sucessor falecer sem externar sua vontade (dizer se
aceita ou não a herança), o direito de aceitar é transmitido
a seus sucessores, a menos que haja condição suspensiva;
Os sucessíveis do herdeiro que faleceu sem aceitar,
concordando em receber a segunda herança poderão
aceitar ou renunciar a primeira.
Pedro
Filho BFilho A
Neto C
Cônjuge 
de B
1.9.1 Renúncia da herança
A renúncia é a manifestação unilateral de vontade do herdeiro
declara que não quer receber a herança;
Só poderá ser expressa por instrumento público ou termo
judicial.
Obs.: Renúncia translativa não é renúncia.
Efeitos da renúncia: Considera-se o renunciante como nunca
chamado à sucessão. Sua parte acresce aos herdeiros do mesmo
grau.
Ninguém pode suceder representando herdeiro renunciante!
Código Civil
Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante
acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele
o único desta, devolve-se aos da subsequente.
Se, todavia, todos os herdeiros da mesma classe renunciarem
ou se se tratar de herdeiro único renunciante, os descendentes
poderão receber a herança, mas por direito próprio (ou por
cabeça) e NÃO POR DIREITO DE REPRESENTAÇÃO.
Código Civil
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro
renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua
classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a
herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito
próprio, e por cabeça.
Pai
Filho BFilho A Filho C
Neto DNeto C
2 DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
 É aquela na qual os herdeiros são designados diretamente pela
lei, sem manifestação de vontade do autor da herança.
Segundo o art. 1.829, CC há quatro classes de herdeiros:
➢Descendentes em concorrência com o cônjuge;
➢Ascendentes em concorrência com o cônjuge;
➢Cônjuge isoladamente;
➢Colaterais.
2.1 Da sucessão dos descendentes em concorrência com o
cônjuge e companheiro
STF. Recurso extraordinário n º 878.694, Rel. Min. Luiz
Roberto Barroso, julgado em maio de 2017: equiparou o regime
de concorrência sucessória do companheiro ao do cônjuge.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem 
seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge
sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação
obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares;
Regimes em que o cônjuge concorre 
com os descendentes
Regimes em que o cônjuge não herda 
com os descendentes
Regime da comunhão parcial de bens, 
havendo bens particulares
Regime da comunhão parcial de bens, 
não havendo bens particulares 
Regime da participação final dos 
aquestos
Regime da comunhão universal de bens
Regime da separação convencional de 
bens
Regime da separação legal ou 
obrigatória de bens
➢ MEAÇÃO e HERANÇA não se confundem! 
➢Onde o cônjuge MEIA, ele NÃO HERDA!
a) Regime da comunhão parcial de bens
Premissa regra: comunicação dos bens adquiridos durante
o casamento com exclusão dos anteriores e os havidos por
doação/sucessão.
Bens particulares: art. 1.659, CC.
Só haverá concorrência sucessória se o autor da herança
houver deixado bens particulares.
(FGV-OAB-XXII/2017) Clara e Sérgio são casados pelo regime da comunhão
parcial de bens. Durante o casamento, o casal adquiriu onerosamente um
apartamento e Sérgio herdou um sítio de seu pai. Sérgio morre deixando, além
de Clara, Joaquim, filho do casal. Sobre os direitos de Clara, segundo os fatos
narrados, assinale a afirmativa correta.
a) Clara é herdeira do apartamento, em concorrência com Joaquim.
b) Clara é meeira no apartamento e herdeira do sítio, em concorrência com
Joaquim.
c) Clara é herdeira do apartamento e do sítio, em concorrência com Joaquim.
d) Clara é meeira no sítio e herdeira do apartamento, em concorrência com
Joaquim.
Clara Sérgio
Joaquim
Regime: comunhão parcial
Bem comum: apartamento.
Bem particular: sítio 
b) Regime da comunhão universal de bens
Premissa regra: comunicação de todos os bens presentes e
futuros dos cônjuges.
Bens particulares: art. 1668, CC.
(FGV-OAB-IX/2012) José, viúvo, é pai de Mauro e Mário, possuindo um 
patrimônio de R$ 300.000,00. Casou-se com Roberta, que tinha um patrimônio de 
R$ 200.000,00, pelo regime da comunhão universal de bens. José e Roberta tiveram 
dois filhos, Bruno e Breno.
Falecendo Roberta, a divisão do monte seria a seguinte:
a) José recebe R$ 250.000,00 e Mauro, Mário, Bruno e Breno recebem cada um R$ 
62.500,00.
b) O monte, no valor total de R$ 500.000,00, deve ser dividido em cinco partes, ou 
seja, José, Mauro, Mário, Breno e Bruno recebem, cada um, R$ 100.000,00.
c) José recebe R$ 250.000,00 e Bruno e Breno recebem, cada um, a importância de R$ 
125.000,00.
d) A herançadeve ser dividida em três partes, cabendo a José, Bruno e Breno 1/3 do 
monte, ou seja, R$ 166.666,66 para cada um.
José Roberta
MárioMauro Bruno Breno
Regime: comunhão universal
Bem particular José: R$ 300.000,00
Bem particular Roberta: R$ 200.000,00
c) Regime da separação convencional de bens
Premissa regra: todos os bens são considerados
particulares.
Como o viúvo não tem direito a meação, faz jus aos
direitos sucessórios.
d) Regime da participação final dos aquestos
Premissa regra: durante o casamento equivale a uma
separação convencional e, quando de sua dissolução, se
aproxima da comunhão parcial, com a diferença da
necessidade de prova do esforço comum.
Não há meação, portanto. O cônjuge concorre com os
descendentes.
2.1.1 Da reserva da quarta parte da herança para o
cônjuge
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829,
inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que
sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à
quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com
que concorrer.
Garantia de mínimo vital ao cônjuge
O que fazer no caso de sucessão híbrida? Ou seja, diante da
existência de herdeiros comuns com o cônjuge e exclusivos do
autor da herança.
A posição majoritária recomenda considerar todos os descendentes
como exclusivos do autor da herança, de modo que não será
observada, nesse contexto, a reserva da quarta parte.
João Maria
LucasPedro Beatriz Larissa
Mateus Filipe
2.2 Direito de representação 
Exceção à máxima de que a classe mais próxima exclui a 
mais remota. 
A ideia é garantir que os herdeiros pré-mortos tenham seus 
direitos transmitidos a seus sucessores. 
Conceito:
Direito garantido aos sucessores do herdeiro pré-morto ou
excluído da sucessão de receber a parte que caberia àquele.
1) Pré-morte;
2) Herdeiro excluído: O direito de representação acontece
nesse caso, pois a pena não pode ser transmitida a seus
herdeiros.
Obs.: no caso de herdeiro renunciante Não há direito de
representação.
2.2.2 Direito de representação na linha descendente
O direito de sucessão dá-se na linha reta descentente!
Sucessão por cabeça ou direito próprio X sucessão por
representação ou por estirpe
Pedro Lucas
Lara
Jorge
Lorenzo
2.3 Da sucessão dos ascendentes em concorrência com o 
cônjuge e companheiro
Art. 1829, II – aos ascendentes em concorrência com o cônjuge;
O grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de 
linhas.
Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os
ascendentes da linha paterna e materna herdam em partes iguais.
O cônjuge concorre INDEPENDENTEMENTE do regime de 
bens; 
Concorrendo com ascendente em primeiro grau (o pai ou a mãe
do falecido), ao cônjuge tocará um terço da herança;
 Caber-lhe-á metade desta, todavia, se houver um só ascendente
vivo, ou se maior for aquele grau (concorrendo com os avós, por
exemplo).
João Maria
MãePai
Regime de bens: comunhão parcial
Patrimônio: R$ 150.000,00
2.3.1 Inexistência de direito de representação na linha
reta ascendente
Diz a lei que não há direito de representação na linha
ascendente!
Mãe
Jorge
Pai
Avô 
2.4 Da sucessão do cônjuge ou companheiro isoladamente 
Art. 1.829, III, CC – ao cônjuge sobrevivente.
 Na falta de descendentes e ascendentes, a sucessão será deferida
por INTEIRO ao cônjuge sobrevivente (Art. 1.838, CC).
A sucessão ocorrerá INDEPENDENTEMENTE do regime de
bens
Condições para a sucessão do cônjuge sobrevivente, 
ISOLADAMENTE ou em CONCORRÊNCIA:
[...] ao tempo da morte do outro, não estavam
separados judicialmente, nem separados de fato há
mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que
essa convivência se tornara impossível sem culpa do
sobrevivente (Art. 1830, CC).
 Direito real de habitação (Art. 1.831, CC):
Independente do regime, sem prejuízo da participação que lhe
caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único
daquela natureza a inventariar.
A norma consagra proteção do direito à moradia ao cônjuge,
enquanto não se constituir nova relação.
2.5 Da sucessão dos colaterais
Art. 1.829, IV, CC – aos colaterais
São herdeiros os colaterais até 4º grau: 
✓ Irmãos (colaterais de 2º grau);
✓Tios e sobrinhos (colaterais de 3º grau);
✓ Primos, tios-avós e sobrinhos-netos (colaterais de 4º grau).
Aqui o cônjuge não concorre!
Os colaterais são herdeiros facultativos. Para
excluí-los da sucessão, o autor da herança/testador
simplesmente dispõe do patrimônio sem os
contemplar.
Regras de sucessão:
✓Os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o
direito de representação de filhos de irmãos.
✓Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e somente
na falta de sobrinhos herdarão os tios.
Pedro Irmão
Sobrinho
Pai Tio
Avô
✓Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais
e unilaterais, cada um destes herdará metade do que
cada um daqueles herdar.
Pedro
Irmão 
bilateral
Irmão 
bilateral
Irmão 
bilateral
Irmão 
unilateral
Obs.: a mesma regra é utilizada na concorrência entre
sobrinhos unilaterais ou bilaterais.
2.5.1 Direito de representação na linha colateral
Na linha colateral, o direito de representação é
conferido somente aos filhos de irmãos.
Marcos Irmão 2
Sobrinho Sobrinha
Sobrinho 
neto
Sobrinho
neto
Irmão 1
3. DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
3.1 TESTAMENTO
Negócio jurídico unilateral por meio do qual o testador faz
disposições de ordem patrimonial ou não para depois de
sua morte.
Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da
totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua
morte.
[...]
§ 2 º São válidas as disposições testamentárias de caráter não
patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha
limitado.
3.1.1 Legítima
§ 1 º A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser
incluída no testamento.
DIANTE DA EXISTÊNCIA DE HERDEIROS NECESSÁRIOS
(CÔNJUGE, ASCENDENTE OU DESCENDENTE), O
AUTOR DA HERANÇA SÓ PODERÁ LIVREMENTE
DISPOR DE 50 % DE SEU PATRIMÔNIO.
Pertence aos herdeiros necessários a metade dos bens da
herança, constituindo a LEGÍTIMA;
Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes
QUANDO DA ABERTURA DA SUCESSÃO.
3.1.2 Possibilidade de imposição de cláusulas restritivas à
legítima
Obs.: Salvo se houver justa causa, declarada no
testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de
inalienabilidade, impenhorabilidade, e de
incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
3.1.1 Características do testamento
a) Personalíssimo;
b) Unilateral;
c) Gratuito;
d) Com eficácia post mortem;
e) Formal, de acordo com a lei;
f) Revogável a qualquer tempo.
3.2 PROIBIÇÃO DO PACTO SUCESSÓRIO
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de
pessoa viva.
Razões da proibição:
a) prejudicaria a revogabilidade da disposição;
b) Geraria a expectativa da morte.
Obs.1: Hipótese diversa é a transferência do patrimônio antecipada
do patrimônio, o que dispensa futuro inventário.
Obs.2: Nada impede que o sujeito opere liberalidades com seu
patrimônio. Mas, havendo doações a descendentes e cônjuge, estas
terão que ser submetidas à colação, por ocasião do inventário.
3.3 CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA
3.3.1 Capacidade testamentária ativa
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato
de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Obs.: Estatuto da pessoa com deficiência (Lei 13.146/2015)
Momento de verificação da capacidade testamentária ativa:
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não
invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com
a superveniência da capacidade.
A CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA DEVE SER AFERIDA
NO MOMENTO DE SUA ELABORAÇÃO
3.3.2 Capacidade testamentária passiva
Podem suceder as pessoas nascidas ou já concebidas, por 
forçado art. 1.798, CC.
Especificamente em relação à sucessão testamentária:
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados 
a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo 
testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo 
testador sob a forma de fundação.
3.4 DAS MODALIDADES DE TESTAMENTO
Público;
Cerrado;
Particular.
3.4.1 Testamento público
É lavrado por tabelião de notas ou seu substituto, de acordo
com as declarações do testador; Lido em voz alta e, em
seguida, assinado por todos.
Falecendo o testador, qualquer interessado poderá requerer ao
juiz o seu cumprimento.
Obs.1: Se o testador não souber ou não puder assinar, uma das
testemunhas assina a seu rogo.
Obs.2: O indivíduo surdo poderá testar se souber ler ou, se não
souber, designando quem o faça;
Obs.3: Ao cego só se permite o testamento público, lido duas
vezes, pelo tabelião e uma das testemunhas.
3.4.2 Testamento particular ou hológrafo
Escrito pelo próprio testador sem maiores formalidades.
Exigências: 
a) redigido e assinado pelo testador;
b) Com participação e assinatura de três testemunhas;
c) Não conter rasuras ou espaços. 
O testamento particular exige confirmação em juízo.
Poderá ser requerida em juízo sua publicação pelo herdeiro,
pelo legatário ou por quem o detenha.
O testamento precisará ser confirmado em juízo, através da
inquirição das testemunhas
Art. 1.879, CC. Em circunstâncias excepcionais declaradas na
própria cédula, o testamento particular de próprio punho e
assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser
confirmado, a critério do juiz.
3.5 LEGADO
Disposição específica (coisa certa e determinada) sucessória
realizada a título singular, por meio de testamento.
Sua eficácia, portanto, fica condicionada ao falecimento do
testador.
3.5.1 Eficácia do legado
O herdeiro, legítimo ou testamentário pela Saisine recebe
desde logo a propriedade e a posse da herança.
O legatário, a priori, recebe somente a propriedade com a
abertura da sucessão. Quanto à posse direta, aberta a
sucessão, adquire somente o direito de pedi-la aos
herdeiros instituídos.
3.5.2 Caducidade dos legados: art. 1939, CC
Corresponde à ineficácia, por causa ulterior de disposição
testamentária válida.
Caducando o legado (em qualquer caso) retorna ele à
massa hereditária.
a) se, depois do testamento, o testador modificar a coisa
legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a
denominação que possuía;
b) se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em
parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde ela
deixou de pertencer ao testador;
➢ Hipóteses legais: art. 1939, CC. 
c) se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem
culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu
cumprimento;
d) se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art.
1.815;
e) se o legatário falecer antes do testador;

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