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O QUE É GEOGRAFIA

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O QUE É GEOGRAFIA?
Geografia é, por excelência, a ciência que estuda a binômia sociedade – natureza.
Neste sentido, a Geografia é a realidade objetiva, o saber vivido e aprendido pela própria vivência. m saber que expõe o indivíduo em contato direto com o mundo exterior, com o seu tempo, ultrapassando, inclusive, esta "aparência" da realidade concreta, chegando a estudar a ideologia que se esconde na realidade.
A Geografia vai estudar a relação sociedade-natureza através daquilo que é a expressão material visível desta relação: o espaço.
O Espaço é, ao mesmo tempo, produto do trabalho (manifestação da relação sociedade – natureza) e condição material dele.
 Vêm das palavras gregas "geo" e "graphos" significando respectivamente Terra e escrever. Geografia é o estudo científico da superfície da Terra com o objetivo de descrever e analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos que acontecem na superfície do globo terrestre.
A superfície da Terra é a camada do planeta de contato e inter-relacionamento entre a Atmosfera, Biosfera, Hidrosfera e Litosfera. Esta camada permite através de seu equilíbrio natural o surgimento de minerais, água, solos diferentes, vida animal, vida vegetal e uma série quase infinita de outros acontecimentos que tendem a mudar com o tempo. É de essencial importância para a geografia o estudo destes fenômenos no espaço, no tempo, seu inter-relacionamento e agrupamento em padrões e funções. 
Surgida na Grécia antiga o estudo da superfície da Terra se perdeu no mundo cristão junto com o conhecimento grego na Idade Média, ressurgindo com o renascimento e os grandes exploradores do século XIV e XV. Dadas todas as possibilidades de estudo, a geografia é hoje uma disciplina extremamente complexa e está dividida em inúmeras áreas especializadas:
Geografia Social - estuda a mudança na distribuição espacial de pessoas e suas atividades, além da interação destas com seu ambiente. A geografia social empresta muito das ciências sociais, mas é especialmente preocupada com descrições e análises de distribuição espacial.
Geografia Física - estuda as condições naturais e seus processos como ocorrem na superfície da Terra, as formas espaciais resultantes são objeto de várias subdisciplinas: Considerada por alguns como uma das mais antigas disciplinas acadêmicas, a geografia surgiu na Antiga Grécia, sendo no começo chamado de história natural ou filosofia natural.
Grande parte do mundo ocidental conhecido era dominada pelos gregos, em especial o leste do Mediterrâneo. Sempre interessados em descobrir novos territórios de domínio e atuação comercial, era fundamental que conhecessem o ambiente físico e os fenômenos naturais. O céu claro do Mediterrâneo facilitava a vida dos navegantes gregos, sempre atentos às características dos ventos, importantes para sua navegação em termos de velocidade e segurança. Sobre tais experiências, os gregos deixaram para as futuras gerações escritas que contavam a sua vivência geográfica. Estudos feitos acerca do rio Nilo, no Egito, detalhavam, entre outras coisas, seu período de cheia anual. 
No século IV a.C., os gregos observavam o planeta como um todo. Através de estudos filosóficos e observações astronômicas, Aristóteles foi o primeiro a receber crédito ao conceituar a Terra como uma esfera. Em sua especulação sobre o formato da Terra, Strabo acabou escrevendo uma obra de 17 volumes, 'Geographicae', onde descrevia suas próprias experiências do mundo - da Galícia e Bretanha para a Índia, e do Mar Negro à Etiópia. Apesar de alguns erros e omissões em sua obra, Strabo acabou tornando-se o pai de geografia regional. 
Com o colapso do Império Romano, os grandes herdeiros da geografia grega foram os árabes. Muitos trabalhos foram traduzidos do grego para o árabe. Ocorreram, no entanto, a partir daí, algumas regressões: após o ano de 900 d.C., as indicações de latitude e longitude já não apareciam mais nos mapas. De todo modo, os árabes acabaram recuperando e aprofundando o estudo da geografia, e já no século XII, Al-Idrisi apresentaria um sofisticado sistema de classificação climática. Em suas viagens à África e à Ásia, outro explorador árabe, Ibn Battuta, encontrou a evidência concreta de que, ao contrário do que afirmara Aristóteles, as regiões quentes do mundo eram perfeitamente habitáveis.
Já no século XV, viajantes como Bartolomeu Dias e Cristóvão Colombo redescobririam o interesse pela exploração, pela descrição geográfica e pelo mapeamento. A confirmação do formato global da Terra veio quinze anos mais tarde, em uma viagem de circunavegação realizada pelo navegador português Fernando Magalhães, permitindo uma maior precisão das medidas e observações.
Grandes nomes se empenharam no estudo das várias áreas da geografia. A geografia social, por exemplo, recebeu a dedicação de nomes como Goethe, Kant, e Montesquieu, preocupados em estabelecer em seu estudo a relação entre a humanidade e o meio ambiente. A geografia recebeu novas subdivisões, entre as quais, a geografia antropológica e a geografia política. 
Por volta do século XIX, surgia a Escola Alemã, apresentando o determinismo, que suportava a ideia de que o clima era capaz de estimular ou não a força física e o desenvolvimento intelectual das pessoas. Assim, afirmava que nas zonas temperadas a civilização teria um desenvolvimento mais elevado do que nas quentes e úmidas zonas tropicais. Já nos anos 30, a Escola Francesa lançava o possibilíssimo, que afirmava que as pessoas poderiam determinar seu desenvolvimento a partir de seu ambiente físico, ou seja, sua escolha determinaria a extensão de seu avanço cultural. 
Chegaram os anos 60 com todas as suas revoluções, e o desejo de fazer da geografia um estudo mais científico, mais aceito como disciplina, levaram à adoção da estatística como recurso de apoio. No final da década, duas novas técnicas de suma importância para a geografia começavam a ser desenvolvidas: o computador eletrônico e o satélite, dando nova ênfase à disciplina. 
O objetivo desses estudos é o de contribuir para a melhor maneira de se explorar os recursos da natureza, bem como desenvolver melhores formas de ser ver e melhorar as relações socioespaciais.
A definição acima apresentada não é consenso entre os geógrafos, tanto que, no passado, tal conceituação era bem diferente da atualmente utilizada. A própria etimologia da palavra “Geografia” (“Geo” = Terra; “Grafia” = Descrição) denuncia a sua premissa inicial: descrever os fenômenos da superfície terrestre. Em outras definições, ela é vista como o campo do conhecimento que visa ao estudo dos lugares ou à explicação sobre a diferenciação de áreas.
Em termos gerais, é muito difícil precisar o que a Geografia estuda e o que ela não estuda, isso porque ela é uma ciência horizontal, enquanto outras formas de conhecimento são do tipo vertical, ou seja, o que a diferencia dos demais saberes científicos não é o seu objeto, mas a sua orientação. O que confere ao estudo geográfico a sua especificidade é o seu categorial, que é o conjunto de conceitos que vão definir a orientação de seus estudos, dos quais se destacam: a paisagem, a região, o território, o lugar e as redes.
Dessa forma, os estudos geográficos debruçam-se sobre questões que estão relacionadas tanto com as ciências da natureza quanto com as ciências sociais, envolvendo temas como: o relevo, a representação do espaço (mapas), a formação das cidades, o meio rural, os territórios políticos dos Estados, as disputas regionais e territoriais, entre inúmeros outros elementos.
Portanto, o objetivo desta seção é elencar textos relacionados com esses inúmeros aspectos, dando um tratamento geográfico a temas que se aproximam da História, da Biologia, da Química e de outros saberes, conferindo a esses a especificidade da abordagem socioespacial.
 A licenciatura em geografia tem como objetivo formar professores de geografia para atuar no ensino fundamental e médio, além de oferecer condições básicas para que o mesmo continue seu aperfeiçoamento emcursos de Pós-Graduação para atuar na carreira do magistério superior de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Para isso, apresenta elementos do conhecimento específico e pedagógico que permite ao longo da formação do professor, conhecer a realidade da educação local, estadual e nacional. E dentro do processo de aprendizagem e dos conteúdos do ensino de geografia, experimentar e avaliar métodos e técnicas que contribuam para a formação de cidadãos responsáveis e comprometidos com os problemas sociais.
 .A geografia da população é um ramo da geografia (humana) que analisa, descreve e interpreta a composição, a distribuição, as migrações e o crescimento da população, em relação com o espaço. 
A distribuição dos homens sobre a Terra traz ao mesmo tempo a marca dos caracteres originais das civilizações e dos condicionamentos ecológicos. A geografia da população propõe-se esclarecer tudo o que, nas estruturas dos grupos humanos, reflete a influência daqueles dois fatores. Constitui assim o primeiro aspeto da orientação que explica a diversidade concreta das configurações espaciais e dos traços da paisagem a partir das regularidades postas em evidência pelas análises do meio natural e do meio social. A geografia da população permite, com efeito, por em evidência o modo como os fatores técnicos e os fatores ecológicos interferem: refere a existência de escalões caracterizados por certos regimes demográficos e por uma certa capacidade de dominar o ambiente. Prepara assim a compreensão dos sistemas regionais de organização do espaço 
 
Entender o espaço geográfico sempre como social é reforçar que sua análise só é possível através da dialética espaço-sociedade, tanto no que toca aos estudos que se aproximam do campo das ciências sociais como do campo das ciências da natureza. Estrutura etária
 
Estrutura etária é a distribuição da população por idades. As faixas etárias e os respectivos intervalos de idades mais utilizados são os seguintes:
Jovens: 0 a 14 anos ou 0 a 19 anos.
Adultos: 15 a 59 anos ou 20 a 59 anos.
Velhos ou idosos: 60 anos ou mais.
O processo de modernização (urbanização-industrialização) ocorrido no Brasil ao longo das quatro últimas décadas acarretou significativas alterações na estrutura etária da população brasileira. A principal alteração foi à diminuição do percentual de jovens, devido à redução das taxas de natalidade, e o aumento do percentual de adultos e idosos, devido ao aumento da expectativa de vida.
No período 1950-1991, enquanto o percentual de jovens (0 a 14 anos) diminuiu de 42 para 35%, o percentual de idosos quase dobrou: passou de 4,0 para 7,5%. No mesmo período, a expectativa de vida do brasileiro passou de 46 para 65,5 anos.
Apesar dos avanços demográficos ocorridos, é importante lembrar que os números apresentados refletem apenas a média do país. Se analisados ao nível das diferentes camadas sociais e regiões do país, veremos que existem enormes disparidades demográficas. Por exemplo:
A média de vida dos brasileiros mais ricos (cerca de 70 anos) é muito superior à dos brasileiros mais pobres (aproximadamente 50 anos).
A esperança ou expectativa de vida na Região Sul é de 69 anos; e na Região Nordeste é de 64 anos;
A taxa de fecundidade da Região Nordeste (4,0) é quase o dobro da taxa da região Sul (2,3).
Os idosos da Região Sudeste são 8,0% da população, contra apenas 5,4 % na região Norte.
As recentes modificações ocorridas na estrutura etária da população brasileira transformaram o Brasil, de um país tipicamente "jovem", isto é, de população jovem, em um país "adulto". A atual estrutura etária do Brasil coloca-o em posição intermediária entre os países de população jovem e os países de população velha.
O crescimento da população brasileira
Poucos países conheceram um crescimento populacional tão grande e rápido como o que ocorreu no Brasil nos últimos 120 anos.
De 1872 (primeiro censo) a 1991 (décimo censo), a população brasileira passou de quase dez milhões para pouco menos de 150 milhões de pessoas, um aumento de quinze vezes em menos de 120 anos.
Em apenas três décadas (período 1950-1980), a população brasileira teve um acréscimo de 67 milhões de pessoas: passou de 52 para 119 milhões.

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